Porto União começa a vacinar jovens de 17 anos

247 views
11 mins leitura

Porto União começou a vacinar nesta segunda-feira, 13, jovens de 17 anos contra o Covid-19. A vacinação acontecerá enquanto durarem os estoques. 

Em União da Vitória a vacinação para 1ª dose ainda está suspensa, na espera da chegada de novas doses. A segunda dose da vacinação continua como o cronograma.

O Ministério da Saúde confirmou o envio de 303.030 vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech nesta segunda-feira ao Paraná. Os imunizantes fazem parte da 50ª pauta de distribuição e são destinados integralmente à aplicação de primeiras doses (D1).

Segundo o governo federal, serão três envios. As doses começam a desembarcar no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, às 13h55 no voo AD 4830. Em seguida, o voo G3 1106 deve pousar às 14h35 e, por último, às 15h30, o voo LA 4791 finaliza a carga destinada ao Estado.

Do aeroporto, as doses seguem para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) onde passarão por conferência e armazenamento até que sejam descentralizadas para as 22 Regionais de Saúde. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aguarda a divulgação do Informe Técnico referente a esta remessa para iniciar o processo de distribuição.

O Paraná não recebe um número tão grande de vacinas destinadas exclusivamente à D1 há, pelo menos, uma semana, devido à necessidade de doses para completar o esquema vacinal (D2), principalmente de imunizantes da Pfizer e AstraZeneca, que possuem intervalo de 12 semanas entre as doses. Com este prazo perto de vencer, o Ministério da Saúde tem cumprido com o cronograma e enviado vacinas em tempo hábil para garantir a imunização dos paranaenses.

De acordo com os dados do Vacinômetro nacional, o Paraná já aplicou 11.729.836 doses, sendo 7.673.102 D1, 321.649 doses únicas (DU) e 3.735.085 D2. Entre D1 e DU, o Estado já atingiu 91,6% da população adulta, estimada em 8.720.953 pessoas com ao menos uma dose. Já considerando D2 e DU, 46,5% dos paranaenses com mais de 18 anos estão completamente imunizados com a doença.

3ª Dose e menores de 18 anos

Os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei 358/2021 que regulamenta a aplicação, quando necessária e autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da dose complementar da vacina contra a Covid-19, para a efetividade da imunização da população paranaense.

O projeto, de autoria do deputado Delegado Francischini (PSL), tramita com um substitutivo geral apresentado durante análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo relator da matéria, deputado Nelson Justus (DEM).

Pela proposta, as doses complementares respeitarão a forma e a ordem pré-estabelecida pelo Plano Nacional de Imunização – PNI e pelo Plano Estadual de Vacinação da Secretaria de Estado da Saúde.

Com o aval da Anvisa para a aplicação de dose complementar, caberá à Secretaria de Estado da Saúde a recomendação e aplicação da vacina, bem como definir o caráter periódico, caso haja essa necessidade.

O deputado Delegado Francischini declarou que a proposta é importante para que o Estado tenha uma legislação sobre a aplicação de doses complementares. “É o Paraná saindo na frente em uma questão tão importante e poderá ser o único estado com uma lei a esse respeito”, ponderou.

O deputado ressaltou ainda a importância do reforço a grupos mais vulneráveis como profissionais da saúde e idosos. “Os primeiros encontram-se na linha de frente do combate à Covid, ficando diretamente expostos ao contágio, enquanto os segundos são os que possuem maiores chances de complicações decorrentes da contaminação, razão pela qual, justifica-se o reforço na imunização”, acrescentou o parlamentar.

De acordo com dados da Sesa, o Paraná já vacinou mais de 90% da população adulta com pelo menos uma dose e 32,68% da população está com a imunização completa.

Em Santa Catarina

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina iniciou sexta-feira, 10, a distribuição de 87.750 doses da vacina Pfizer às 17 Unidades Descentralizadas de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina para vacinação dos adolescentes dos grupos prioritários (gestantes, puérperas, lactantes, com deficiência permanente, portadores de comorbidades e privados de liberdade) e para aplicação da dose de reforço nos idosos com 85 anos ou mais.

O diretor da Dive/SC, João Augusto Brancher Fuck, destaca a nova fase do calendário de imunização. “Com o ritmo acelerado de vacinação em todo o estado, conseguimos iniciar o envio de doses para aplicação nos adolescentes e a dose de reforço nos idosos com mais de 85 anos de idade. É mais uma etapa importante na Campanha de Vacinação no Estado”, ressalta o diretor.

Para que possam ser vacinados, os adolescentes devem ser autorizados pelos pais ou responsáveis. A autorização pode ser de forma verbal, caso o jovem esteja acompanhado pelos pais ou responsáveis, ou mediante apresentação de termo de consentimento devidamente preenchido e assinado pelos pais e/ou responsáveis legais. No caso dos idosos com mais de 85 anos de idade, a dose de reforço deve ser aplicada naqueles que tomaram a segunda dose da vacina há, pelo menos, seis meses.

Confira aqui as orientações para a vacinação dos adolescentes e a aplicação da dose de reforço nos idosos acima de 70 anos.

O estado também vai encaminhar às centrais regionais 30.580 doses da Coronavac a 124 municípios para a aplicação da primeira dose nos adultos com 18 anos ou mais ainda não vacinados. Para a aplicação da segunda dose, serão distribuídas 85.410 doses da Pfizer e 84.870 da Coronavac. Ao todo, serão 288.610 doses encaminhadas às centrais nesta sexta.

A distribuição começa pela manhã. As doses das centrais da Grande Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Tubarão, Criciúma, Araranguá, Jaraguá do Sul, Joinville, Mafra, Lages e Rio do Sul serão transportadas via terrestre. As doses das centrais de São Miguel do Oesre, Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Videira e Joaçaba seguem via aérea pelo avião do Corpo de Bombeiros Militar.

Confira aqui a tabela de distribuição de doses e as orientações às Secretarias Municipais de Saúde sobre a continuidade da Campanha de Vacinação contra a COVID-19 em Santa Catarina.

Nacional

O Brasil recebeu domingo, 12, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), 5.181.930 doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer. São quatro lotes, que chegam em voos separados até o fim da noite.

Após o desembarque, as vacinas serão levadas para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP) e, em seguida, enviadas aos mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

De acordo com a Pfizer, com as remessas de hoje, já são 72 milhões de doses do imunizante entregues ao país. No total, segundo a empresa, o Brasil receberá 200 milhões de doses da vacina até o fim de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina.

O primeiro contrato, fechado em com o Ministério da Saúde em 19 de março, prevê a entrega de 100 milhões de doses até o fim de setembro. Já o segundo, assinado em 14 de maio, prevê mais 100 milhões entre outubro e dezembro.

União da Vitória promulga lei que determina tradução em Libras em vídeos institucionais

306 views
10 mins leitura

O Prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas, promulgou na manhã desta sexta-feira, 10, a lei nº 4.958 que institui a tradução da Língua Brasileira de Sinais (Libras) Língua Portuguesa nos vídeos institucionais do executivo e legislativo do município.

O objetivo é o de assegurar aos surdos e deficientes auditivos do município o entendimento das divulgações oficiais do município através da janela de Libras e tem um prazo de 90 dias para entrar em vigor.

Para o secretário da Associação de Surdos de Porto União da Vitória (ASPUVA), Mateus Werle, a promulgação dessa lei é uma abertura para a acessibilidade a comunidade surda do município, fazendo com que todas as pessoas com deficiência possam entender as divulgações do município através da tradução de Libras.

Durante a assinatura, o prefeito falou sobre a importância do projeto que foi aprovado no legislativo é de autoria dos vereadores Edenilson Godoy e Valdecir Ratko, “Os vereadores estão de parabéns por esse projeto, que faz a inclusão na prática em nosso município. Sabemos que muitas vezes as pessoas surdas tem a dificuldade em se comunicar e é nosso papel oferecer a eles essa tradução e interpretação”, afirmou Bachir.

Educação bilíngue

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, em agosto, uma lei que define a educação bilíngue de surdos como uma modalidade de ensino independente. O texto modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para estabelecer como educação bilíngue aquela em que a língua brasileira de sinais (Libras) é considerada primeira língua, e o português escrito como segunda língua.

A lei teve origem no Senado, onde foi aprovada e seguiu para a Câmara dos Deputados, que aprovou o texto e o enviou ao Executivo em meados de julho. A medida deve ser aplicada em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue de surdos. A modificação na LDB deve beneficiar estudantes surdos, surdos-cegos, com deficiência auditiva sinalizante, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas que tenham optado pela modalidade bilíngue.

Dentre as ações previstas, o texto prevê que serão disponibilizados, quando necessário, serviços de apoio educacional especializado, como o atendimento educacional especializado bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos estudantes surdos, bem como estabelece que a oferta de educação bilíngue de surdos terá início desde o nascimento e se estenderá ao longo da vida.

Os sistemas de ensino assegurarão a esses alunos a oferta de material didático e atendimento por professores bilíngues com formação e especialização apropriadas em nível superior.

A lei visa ainda fomentar os sistemas de ensino, em regime de colaboração, de maneira que se desenvolvam programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos estudantes.

Extensão para LibreOffice permite tradução em Libras em tempo real

Desenvolvido por pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), o aplicativo LibrasOffice permite maior autonomia para deficientes auditivos no dia a dia, tanto no estudo como no trabalho.

Ele foi projetado para auxiliar os deficientes auditivos no uso da suíte digital de escritório LibreOffice – alternativa gratuita aos programas de edição de texto, planilhas e apresentações de grandes empresas de tecnologia.

“O usuário passa o mouse sobre um ícone ou item de menu, ou mesmo de um sub-menu, e aparece na extremidade inferior da tela uma pessoa dizendo o que é aquela funcionalidade em Libras. Quer dizer, o surdo ou surda passa a ter um intérprete de Libras à sua disposição”, afirmou o professor Henrique Cukierman, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe, que coordenou o processo de desenvolvimento do software.

Segundo Henrique, a nova funcionalidade é bastante importante para a comunidade de Libras, já que por regra eles usam a língua de sinais, e não a língua portuguesa.

O aplicativo foi lançado no dia 16 de abril pelo Laboratório de Informática e Sociedade (LabIS) da Coppe/UFRJ.

O professor Cukierman informou que o leitor em Libras está disponível para surdos e ouvintes para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Linux, com explicações em Libras e em português. O aplicativo oferece um formulário de contato com a comunidade surda, já que, devido à extensa quantidade de ícones, nem todos foram traduzidos para Libras até o momento.

Henrique Cukierman disse que o projeto aceita contribuições de quem quiser adicionar sinais para funcionalidades ainda não traduzidas para Libras ou indicar regionalismos. “O aplicativo está aberto a contribuições externas tanto em termos de fornecimento de sinais, como também para compartilhar com a comunidade de LibreOffice.”

O projeto

O projeto surgiu de uma demanda da UFRJ de 2015 para auxiliar no treinamento de 20 pessoas com deficiência, contratadas pela Fundação Coppetec, responsável pela administração dos projetos da Coppe, no âmbito do projeto Coppe Inclusão. Desse total, um terço era portadora de deficiência auditiva.

Cukierman explicou que a demanda foi levada ao curso Computadores e Sociedade. Ali, os alunos se dividem em grupos e têm de realizar um projeto de conclusão do curso. “Esse foi um dos projetos do fim de disciplinas, em 2015”. O professor observou que ele ainda tinha uma perspectiva mais teórica. “Então, tiramos a teoria, fizemos um protótipo e criamos um aplicativo no LabIS.”

Sob a coordenação do professor Cukierman, os estudantes Jônathan Elias Sousa da Costa e Eduardo de Mello Castanho desenvolveram o programa. O projeto também contou com a colaboração de Fernando Severo e Pedro Braga, atualmente doutorandos da Coppe.

O programa foi testado com sucesso na Faculdade de Letras da UFRJ, nas aulas de introdução à informática no curso de Letras Libras, em 2018. Os intérpretes consideram que o programa, por ser um software bilíngue (português e Libras), é útil também para as pessoas que interagem com os surdos, pois podem expandir o seu vocabulário de Libras e ajudar o ouvinte a aprender.

Expectativa

A expectativa é que o aplicativo poderá beneficiar um universo de, pelo menos, 12 milhões de pessoas surdas ou parcialmente surdas no país, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um dos funcionários da Coppe que passaram pelo treinamento com o aplicativo, Adilson Rodrigues, considerou positiva a iniciativa da instituição em buscar auxiliar a comunicação entre ouvintes e surdos. Para ele, o LibrasOffice “deve ser mostrado em palestras, para que surdos e ouvintes conheçam sua importância.”

Rodovias da região continuam com paralisação de caminhoneiros

404 views
11 mins leitura

Após os atos do 7 de Setembro, as rodovias no País foram fechadas pelos caminhoneiros em quase todos os estados, passando apenas veículos pequenos, de emergência e carregados com alimentos perecíveis. A paralisação dos caminhoneiros acontece de forma pacífica em rodovias pelo País, inclusive aqui na região de União da Vitória e Porto União. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitora os pontos de paralisação e manifestação dos caminhoneiros.

No início da tarde desta quinta-feira, 09, as rodovias BR 153 na região de Porto Vitória e a BR 476 na região de São Mateus do Sul (Km 285 – Posto Triângulo) e União da Vitória (KM 357 Trevo do Malon) foram liberadas. Elas estavam fechadas para caminhões e carretas. Apesar disso os caminhoneiros, segundo informou a PRF, continuam próximo dos locais em postos de combustíveis e acostamentos. As manifestações aconteceram em pelo menos 16 estados.

No momento, no trecho sob circunscrição na Delegacia de Pato Branco, todas as rodovias estão com trânsito livre, não há bloqueios. Até o fechamento desta edição haviam pontos com retenção de veículos de carga em alguns pontos no Paraná: BR 277, KM 518 em Guaraniaçu. (por populares); BR 116, KM 153 em Mandirituba (por populares); e na BR 373, KM 247, em Guaramiranga. Equipes da PRF trabalham nos locais garantindo a livre circulação, e reforça que as pessoas que não pretendem participar da manifestação, não podem ser impedidas de seguir viagem, qualquer que seja o veículo que estão usando.

Em Santa Catarina os bloqueios até o meio da tarde ainda continuavam para veículos de cargas. Segundo a PRF de Santa Catarina os pontos de bloqueio somente para caminhões: BR 280: km 2,4 São F. do Sul; km 10 São F. do Sul; km 22 Araquari; km 55 Guaramirim; km 121 São B. do Sul; km 230 Canoinhas; BR 116: km 07 Mafra; BR 282: km 606 Maravilha e km 646 em São Miguel do Oeste.

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, se reuniu com as forças de segurança estaduais, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, Procon, Ministério Público do Estado de Santa Catarina e Ministério Público Federal para alinhar a atuação conjunta a fim de restabelecer a normalidade nas rodovias.  Ainda na noite de quarta-feira, 8, ele determinou a criação de um Grupo de Controle e Operações para planejar e executar ações nesse sentido.

SC também decretou prioridade no abastecimento para veículos de assistência médica e hospitalar, bem como de viaturas das forças de segurança. Já o Procon, irá atuar no combate à elevação de preços dos combustíveis.

Moisés editou um decreto na manhã desta quinta-feira, 9, que estabelece prioridade no abastecimento de veículos utilizados para assistência médica e hospitalar e para as atividades da segurança pública em Santa Catarina. O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), no começo da tarde. “Entendemos que ainda vivemos um momento sensível, delicado, de crise pandêmica, e precisamos priorizar a Saúde. Nós sempre fizemos questão de garantir o direito de manifestação, do contraditório, mas o direito a vida é uma premissa básica. Nosso Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial participa ativamente destas primeiras ações para garantir serviços essenciais. É muito importante garantirmos a manutenção da ações de combate à pandemia, de transporte de vacina e de atendimento aos catarinenses”, afirmou o governador.

Essa paralisação causou uma corrida aos postos de combustíveis na noite de quarta-feira, 08, e durante a manhã desta quinta-feira, 09, em União da Vitória e Porto União, sendo que em alguns locais já não havia mais combustíveis.

O esvaziamento da paralisação e manifestação aconteceu depois do apelo do Presidente Jair Bolsonaro em um áudio confirmado depois pelo Ministério da Infraestrutura pedindo a liberação das rodovias do País. Circulou, entre os caminhoneiros, um áudio com uma mensagem do presidente pedindo a desmobilização, de forma a evitar desabastecimento e mais inflação.

Pela manhã os estados onde ainda havia manifestações eram em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, Pernambuco e Pará.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios está interditada por caminhoneiros, que permanecem sentados na pista, de forma a não possibilitar a passagem de veículos. A liberação da via ainda está sendo negociada com as autoridades. Vários caminhões encontram-se estacionados na lateral e no gramado localizado próximo ao Congresso Nacional.

Em um áudio direcionado aos caminhoneiros, ainda não publicado de forma oficial, o presidente Bolsonaro pediu às lideranças do movimento que desbloqueiem as vias para evitar desabastecimento e aumento da inflação.

“Fala para os caminhoneiros que são nossos aliados que esses bloqueios atrapalham, nossa economia. Isso provoca desabastecimento e inflação. Prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque para os caras, para liberar, para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília, aqui, agora. Não é fácil negociar e conversar por aqui com outras autoridades, mas a gente vai fazer nossa parte e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? Aproveita e em meu nome dá um abraço em todos os caminhoneiros”, disse o presidente.

Na noite da quarta-feira, 8, o ministro Tarcísio Freitas confirmou a autenticidade do áudio com a voz do presidente. “Esse áudio é real e de hoje. Ele mostra a preocupação do presidente com a paralisação dos caminhoneiros, que iria agravar efeitos na economia e inflação, e ia impactar nos mais pobres e vulneráveis”.

Freitas disse que o país já vive atualmente efeito da pandemia nos preços dos produtos. Segundo ele, “a inflação tem hoje uma componente internacional, e uma paralisação vai trazer desabastecimento, prejudicando a população”. “A gente não pode tentar resolver um problema criando outro”. “Peço a todos que escutem atentamente as palavras do presidente, e que tenhamos serenidade para pavimentar um futuro melhor. A solução do problema se dará através do diálogo das autoridades. Vamos confiar nessa condução e no diálogo”, acrescentou o ministro.

Em oito estados a PRF desbloqueia rodovias ocupadas

“A PRF encontra-se em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo com a tendência de fim das mobilizações até a 0h do dia 09/09. Importante alertar que a disseminação de vídeos e fotos por meio de redes sociais não necessariamente reflete o estado atual da malha rodoviária”, informou o Ministério da Infraestrutura, em nota.

Ainda segundo a pasta, ao longo do dia foram debeladas 67 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias.

O movimento iniciou um dia depois de manifestações pró-governo em diferentes cidades. Manifestantes pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a destituição de ministros da corte, além de intervenção militar.

Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) manifestou “total repúdio” às paralisações. “Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, diz a entidade. O texto leva a assinatura do presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.

A entidade, que congrega cerca de 4 mil empresas de transporte, disse ainda estar preocupada com os efeitos que bloqueio nas rodovias poderão causar, especialmente em relação ao abastecimento dos setores de produção e comércio.

Projeto União Pró-Vida realiza eventos para divulgar o Setembro Amarelo

653 views
14 mins leitura

O Projeto União Pró-Vida (UPV) realizou nos dias 3 e 4 de setembro, panfletagem e a feira de livros doados, visando divulgar o Setembro Amarelo, os meios e formas de atendimentos realizados, além de ouvir e conversar com a população de União da Vitória e Porto União.

Além dessa ação, os integrantes voluntários do União Pró-Vida visitaram diversas entidades e instituições das cidades para divulgar o Setembro Amarelo que alerta para a conscientização e prevenção ao suicídio. Além das ações os voluntários da Família UPV, junto com outros parceiros realizaram a doação de sangue no Hemocentro de União da Vitória.

O UPV faz atendimento por telefone, WhatsApp e presencialmente na Rodoviária de Porto União, que deve ser consultado antes para esse tipo de atendimento (Veja em box os números).

O suicídio é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Por isso, a campanha Setembro Amarelo deste ano traz o slogan ‘Agir salva vidas’ e visa a alertar as pessoas sobre como identificar alguém que precisa de ajuda e tratamento psicológico. Os números reforçam a importância da campanha mundial. No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Em Santa Catarina, no ano de 2020, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram registrados 769 suicídios, dos quais 79% (611) foram cometidos por pessoas do sexo masculino. Em 2021, até julho, mantém-se proporção semelhante, com 416 registros (336 do sexo masculino). No período de 2017 a 2020, a maior proporção dos óbitos concentrou-se na faixa etária de 30 a 59 anos; no entanto, a maior incidência está na faixa etária de 70 a 79 anos, com 13,1 óbitos a cada 100 mil habitantes nesta faixa etária.

Prevenção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Por isso, para diminuir as estatísticas, o diálogo sobre o tema é fundamental. “Precisamos conscientizar as pessoas, esclarecer e abrir espaço para falar sobre suicídio. É preciso deixar que as pessoas possam falar sobre o sofrimento, e isso pode trazer alívio e conforto. As pessoas próximas podem perceber sinais e ajudar na prevenção. Lembrando que também é necessário procurar ajuda especializada para acolher e encaminhar para o tratamento adequado”, explicou Libiana Bez, enfermeira da Gerência de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos não Transmissíveis, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive).

O Ministério da Saúde destaca que não há como detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, mas ela pode dar alguns sinais que devem chamar atenção da família e de amigos, como isolamento, abuso de álcool e outras drogas, mudanças bruscas de humor, diminuição do autocuidado e até a automutilação. Esses sinais, especialmente quando se manifestam constantemente, requerem atenção especial.

A porta de entrada para o acolhimento é sempre a unidade básica de saúde. Os serviços públicos de saúde mental de Santa Catarina contam com 110 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e diferentes modalidades. Nessas estruturas, são atendidas pessoas que vêm em demanda espontânea, incluindo as que têm distúrbio psiquiátrico, pensamento suicida e tentativa de suicídio.

No Paraná o mês foi lembrado na Assembleia Legislativa do Paraná que falou sobre a data de 10 de setembro que é o Dia Mundial de Combate ao Suicídio. No Paraná, a lei 18.871/2016, que teve parte de sua redação alterada, através de proposta dos deputados Dr. Batista (DEM) e Mabel Canto (PSC), pela lei 20.229/2020 criou a Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que deve ser realizada no período que compreenda o dia 10 de setembro.

O objetivo dessa legislação é o de promover a reflexão e a conscientização sobre essa temática, com o objetivo de dignificar avida em relação ao aumento do índice de suicídios e a automutilação, esclarecendo à população, através de palestras, debates e audiências públicas, sobre como identificar possíveis sinais suicidas e como auxiliar o acompanhamento de indivíduos que apresentem esse perfil, visando minimizar a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.

A pedido da Associação, a Assembleia Legislativa do Paraná, por solicitação do deputado Alexandre Curi (PSB), estará iluminada com a cor amarela neste dia 10 de setembro em apoio à campanha do Setembro Amarelo. Movimento que acontece em todo o mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9 entre cada 10 fatos ocorridos poderiam ser evitados se essas pessoas tivessem ajuda, e é justamente esse alerta que o Setembro Amarelo traz: a necessidade de se falar sobre as doenças psíquicas que podem levar ao suicídio e, principalmente, provocar uma reflexão nas pessoas sobre as causas que geram o comportamento suicida, e como esse gesto extremo pode ser evitado com ações preventivas.

De acordo com o relatório “Suicide worldwide in 2019” publicado pela OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. “Não podemos – e não devemos – ignorar o suicídio”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.

A Campanha Setembro Amarelo tem por objetivo prevenir e reduzir estes números, e em trabalho conjunto entre Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Paranaense de Psiquiatria (APPSIQ), se tem, no ano de 2021, a intenção de aumentar ainda mais a visibilidade sobre este relevante tema.

Pandemia

Outro fator preocupante é o prolongamento da pandemia da Covid-19, o que tem obrigado muitas pessoas a se isolarem com medo do contágio da doença. Reuniões entre familiares e com amigos deixaram de existir, viagens foram adiadas e isso fez com que as pessoas ficassem mais em suas casas, muitas vezes no seu “mundinho particular”, o que pode acarretar ainda mais em quadros de depressão e crises de ansiedade e pânico que podem levar essas pessoas ao suicídio. Sem contar que muitos tratamentos de saúde mental foram interrompidos nesse período.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o primeiro lugar em casos de transtorno de ansiedade e o segundo lugar em casos de transtornos depressivos, que podem levar ao suicídio.

“Nossa atenção à prevenção do suicídio é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de Covid-19, com muitos dos fatores de risco para suicídio – perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social – ainda muito presentes. A nova orientação da OMS fornece um caminho claro para intensificar os esforços de prevenção do suicídio”, disse o diretor-geral da OMS.

Preconceito

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Tadeu Veneri (PT), realizou no final do mês de agosto uma audiência pública virtual onde o tema suicídio foi debatido. Para Diógenes Martins Munhoz, diretor da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção ao Suicídio, o preconceito sobre o tema é a principal causa para o aumento dos números de casos. “O preconceito em torno do tema suicídio é um dos principais fatores que corroboram para o crescimento dos números, especialmente de homens, que têm mais dificuldade em pedir ajuda que as mulheres. O primeiro passo é deixar de lado essa falácia de que uma terapia é “frescura” ou “mimimi”. Desmistificar a área da saúde mental. As pessoas precisam cada vez mais de ajuda profissional. E elas podem e merecem esse tratamento. E no caso da tentativa propriamente dita, a forma de acolhimento por parte dos profissionais tem se mostrado eficaz até em evitar uma provável reincidência”.

A psicóloga e especialista no tema, Karen Scavacini, lembra “que o suicídio tem relações com muitos fatores: relações sociais, culturais, econômicas, psicológicas e situacionais e a pandemia se tornou um destes fatores, como dentro do comportamento suicida”, indicou.

A especialista faz parte de uma organização internacional que abrange 41 países que estuda os números da Covid-19 e a relação da pandemia com os casos de suicídio. O objetivo é utilizar estratégias de prevenção antes e depois que a situação melhorar ou se resolver.

Alguns fatores como o isolamento social, estresse dos profissionais de saúde e o distanciamento físico podem ter contribuído para o crescimento dos casos. “O impacto tem sido muito grande, inclusive com a desativação de serviços psiquiátricos, o que comprometeu o tratamento de pessoas propensas ao suicídio”, ressaltou.

Uma cartilha confeccionada a pedido da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre prevenção ao suicídio pode ser acessada no link: https://bit.ly/3tazC9Q e mais informações sobre o Setembro Amarelo podem ser conferidas no site oficial da campanha: https://www.setembroamarelo.com/

Centro de Valorização da Vida

Um importante aliado na prevenção do suicídio é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, pelo telefone 188, e-mail ou chat pelo site da instituição.

Em União da Vitória e Porto União não há mais o CVV, em contrapartida foi criado o Projeto Pró-Vida que realiza atendimento semelhante e disponibiliza os seguintes números para atendimento:

42-35237217

42-988900279 (24h)

42-988156081

42-991381467

Maratona desenvolve negócios em potencial no Sul do Paraná

1040 views
10 mins leitura

Hackathon encerrado no domingo (29) trabalhou soluções de turismo inteligente, mobilidade urbana e automação no campo

De 27 a 29 de agosto, foi realizado o Hackathon SRI Sul Paraná, maratona para o desenvolvimento de ideias com potencial para geração de novos negócios. Conduzido de forma online, o Hackathon teve como focos o turismo inteligente, a mobilidade urbana e a automação no campo. Ao todo, sete soluções foram apresentadas à banca julgadora. Os três primeiros lugares foram: É os Guri, com o projeto Colonada (plataforma de serviços agrícolas); Glass Maps, com o projeto Glass Maps (solução em realidade aumentada que promete oferecer acessibilidade); e Coltec Elite, com o Guia Sul (aplicativo para divulgação de informações e localização de pontos turísticos).

Esta edição foi resultado da parceria entre Sebrae/PR, Prefeitura de União da Vitória, IFPR – Campus União da Vitória, Uniguaçu, Coltec, Uniuv e Comitê de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Território do Iguaçu (Comitê MPE Iguaçu), com o patrocínio de Bahniuk Supermercados, Capimar e Mineralle.

Elizandro Ferreira, consultor do Sebrae/PR, destaca que as sete soluções apresentadas têm potencial para tornarem-se negócios promissores e, em função disso, todas passarão por um processo de pré-incubação.

 “São projetos relevantes e relacionados à região, que serão levados a um novo estágio, para transformar as ideias em negócios”, adianta Elizandro.

 Wilson Petisco, vice-presidente da Companhia de Habitação e Desenvolvimento de União da Vitória (Ciahab), explica que uma das diretrizes da atual Administração Municipal é a geração de novos negócios, com uma lei de inovação já aprovada. A parceria no Hackathon visa incentivar o empreendedorismo.

“O objetivo é criar um ambiente favorável e implantar a cultura da inovação no Sul do Paraná. Temos as instituições de ensino superior e um campo propício para o surgimento de negócios inovadores que podem fortalecer a economia regional”, pontua.

Market place agrícola

Por ser 100% digital, o Hackathon SRI Sul Paraná permitiu a participação de pessoas de todas as regiões. A equipe vencedora, É os Guri, é de Dois Vizinhos, sudoeste do Paraná e formada por André Datsch, Fernando Matheus dos Santos e Luiz Eduardo Barbosa. Eles criaram uma plataforma para serviços agrícolas, para conectar fornecedores de serviços, máquinas e até arrendamento de áreas.

“Foi minha primeira participação em um hackathon e foi uma experiência positiva. As mentorias nos ajudaram a expandir a ideia. Queremos dar sequência, fazer mais validações e transformar o projeto em uma rede de negócios, pois há mercado para nossa solução”, analisa Fernando Matheus dos Santos.

Maria Salette Rodrigues de Melo, coordenadora geral do Comitê MPE Iguaçu, vê o Hackathon como uma forma de incentivar o desenvolvimento de novos projetos ligados ao Sul do Paraná.

 “Tivemos vários projetos relacionados ao Turismo, o que nos impulsiona a acreditar no grande potencial de crescimento e geração de emprego e renda para os municípios que compõem a região.”

 Daiane Scolaro, presidente da Associação de Turismo e Meio Ambiente do Vale do Iguaçu (Atema), participou da maratona como mentora e espera que os grupos deem prosseguimento aos projetos.

“Pela Atema, trabalhamos com projetos para o desenvolvimento do Turismo regional. Vamos torcer para que eles continuem trabalhando e estaremos à disposição para poder ajudá-los.”

Mais soluções

Além das três premiadas, quatro projetos foram elaborados, todos ligados ao Turismo. Os projetos são: Turismo Regional Inteligente; Tour Rota Sul – Turismo Paraná; Natuari; e Atlas Turístico.

O que é hackathon

O termo hackathon vem da junção de duas palavras da língua inglesa: hack, que quer dizer programar com excelência, e marathon, maratona. A maratona de programação, então, reúne hackers por muito tempo, com o objetivo de desenvolver soluções que causem impactos tanto internos (como no caso de uma empresa, por exemplo) quanto externos.

Mas não somente projetos específicos da área da programação fazem parte de um hackathon. Como a maratona foi se popularizando e mostrando ótimos resultados, outras áreas adotaram a prática para trazer melhorias de forma diferente e eficiente.

Paranaenses podem participar do Hackathon da NASA

A partir de iniciativa de Campo Morão, evento de inovação online é aberto para interessados de todo o estado

Nos dias 2 e 3 de outubro, será realizada uma edição da Space Apps Challenge, maratona de programação online organizada pela NASA, a agência espacial norte-americana. Simultâneo em 87 países, o evento é voltado para artistas, designers, engenheiros, empreendedores, pesquisadores e, entre outros, estudantes de todas as áreas, de qualquer localidade. A participação é gratuita, basta fazer a inscrição pelos sites: da prefeitura de Campo Mourão, Paraná State.

A atividade conta com a parceria do Sebrae/PR, Prefeitura de Campo Mourão, Idea 5 e sob o guarda-chuva do evento Empreende Week. O objetivo é que por meio da maratona, os participantes criem soluções inovadoras para resolver problemas do mundo, podendo utilizar dados abertos da NASA e de outras nove agências espaciais, inclusive a brasileira.

“No começo do ano realizamos o pedido para sermos sede do evento. Apresentamos o trabalho que estamos fazendo no ecossistema de inovação e número de startups desenvolvidas nos últimos anos. Por conta dessa movimentação, formos aprovados para rodar o hackathon em Campo Mourão, o que traz visibilidade para o município”, comenta o consultor do Sebrae/PR, Michael Douglas Camilo.

Para participar, é preciso formar equipes dispostas a se dedicar a criar soluções entre 9h do dia 2 de outubro e 23h59 do dia 3. O consultor recomenda que o grupo seja multidisciplinar. A solução ganhadora da edição de Campo Mourão será selecionada para a etapa global, que dará ao vencedor o direito de visitar a NASA. 

Para o diretor-geral na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, Eduardo Akira Azuma, o hackathon ajudará a estimular a inovação entre públicos distintos.  “O evento atrai pessoas que não são especificamente da área de tecnologia para pensar inovação. É uma forma de começarmos a furar bolhas e trazer os jovens para criar. Além disso, o evento prestigia nosso município, já que poucas cidades no Paraná vão recebê-lo”, comenta.

Na edição de 2020 do Space Apps Challenge, que está completando dez anos, 26 mil pessoas de diversos países desenvolveram novos produtos ou serviços, conforme os desafios propostos pela NASA. O primeiro teve a participação de 2 mil pessoas, em 17 países. O evento cresceu em decorrência da pandemia, com mais de 40 mil participantes, em mais de 80 países, engajados em soluções para causas como a covid-19.

Planalto Norte na luta pelo Gás natural novamente

194 views
10 mins leitura

Representantes de empresas do Planalto Norte, SCGÁS e o Deputado Valdir Cobalchini reuniram-se na tarde da quarta-feira, 25, com a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC) para buscar soluções para viabilizar a implantação da rede isolada de gás natural na região. A rede irá atender, principalmente, indústrias do segmento de papel e celulose, com investimentos de cerca R$ 12 milhões, de 2021 até 2023.

A necessidade de uma nova matriz energética com o gás natural, para motivar novos investimentos na região e reduzir custos de produção nas plantas industriais já é uma reinvindicação antiga da região. O ex-deputado estadual Antonio Aguiar em 2011 já fazia esse pedido ao governo do Estado. Havia planos de uma construção de um gasoduto que sairia de Araucária (PR) e chegaria a Mafra, tendo ramificações em São Mateus do Sul e Porto União.

Agora devido à necessidade de adaptação da regulação existente, a SCGÁS solicitou à ARESC revisões em resoluções para viabilização do projeto, em especial pedindo desvinculação de prazo para que a rede isolada alcance a rede principal de distribuição. A rede isolada é um projeto inovador no Brasil e consiste em levar Gás Natural Comprimido (GNC) ou Gás Natural Liquefeito (GNL) por meio de caminhões, para antecipar a oferta de gás natural ao mercado até a chegada da rede principal. A SCGÁS implantou o modelo no ano passado em Lages, onde a rede local está em fase de ampliação para atender quatro indústrias, postos de combustível e comércios da região. O ofício enviado a ARESC também pede o balanceamento dos custos operacionais nas redes de distribuição.

A implantação da rede isolada poderá antecipar o atendimento a indústrias nas cidades de Três Barras, Canoinhas e Mafra, fomentando investimentos e a geração de emprego na região. A construção do Terminal de Gás Sul na Baía da Babitonga também ajudará na viabilização do insumo, por meio de um novo modal de fornecimento de combustível, que poderá alcançar novos mercados através do GNL. Porto União ainda continua fora desse modelo.

Edital

A SCGÁS lançou, na última semana, edital para acolhimento de propostas para o Projeto Piloto de Geração de Energia Elétrica a Gás Natural. O Chamamento Público vai selecionar um cliente do segmento comercial para receber, em regime de comodato, um gerador de energia elétrica a gás natural, com o objetivo de formatar um modelo de uso de Gerador de Energia Elétrica a Gás Natural.

O cliente contemplado terá economia na aquisição do gerador de energia elétrica a gás natural, pois ele será fornecido pela SCGÁS em regime de comodato durante cinco anos. Além disso, o cliente também economizará no consumo de energia elétrica no horário em que o Kwh (Quilowatt-hora) é mais caro, entre 18h30 e 21h30, além da garantia de fornecimento de energia elétrica em caso de falta de suprimento por parte da concessionária de energia elétrica.

“Atualmente, mais de 650 clientes do segmento comercial utilizam gás natural em Santa Catarina. Com este projeto, poderemos formatar um case de uso de geração de energia elétrica a gás natural e agregar conhecimento técnico, possibilitando a SCGAS prestar o apoio necessário aos clientes que buscam uma solução energética segura, limpa e econômica para seus empreendimentos”, comentou Andre Tavares, engenheiro do mercado urbano da SCGÁS.

Biodiesel em Mafra

O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) concedeu a Licença Ambiental de Operação (LAO) para que a JBS Biodiesel, por meio da Seara Alimentos, opere no município de Mafra. Com o investimento de R$ 180 milhões, a maior fábrica de biodiesel de Santa Catarina vai gerar cerca de 100 vagas de empregos, além de outras 300 novas vagas de trabalho indiretas contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da região.

Vale destacar que a produção de biodiesel da companhia utiliza, em sua maior parte, gorduras animais derivadas da cadeia produtiva da JBS. Ao destinar corretamente esses resíduos e transformá-los em biocombustível, a companhia agrega valor a este subproduto e promove a sustentabilidade na sua operação.

“Trata-se de um empreendimento comprometido com as ações de controle ambiental dentro da sua operação, que além de gerar oportunidade e renda para a região, executará programas ambientais fundamentais para preservação do meio ambiente”, destaca o presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto.

O município de Mafra está localizado em uma região estratégica para o setor de biocombustível nacional. Além de contar com uma logística eficiente de embarque e desembarque pelos modais ferroviário e rodoviário, está a 120 quilômetros de distância de Araucária (PR), onde está instalada a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), uma das principais unidades de mistura e distribuição de diesel do país.

“O biodiesel é um combustível renovável que pode substituir ou reduzir a necessidade do óleo diesel. Assim, os automóveis que hoje rodam com diesel poderão aderir a um combustível mais amigável ao planeta. Isto é desenvolvimento sustentável. Investimos no fortalecimento da economia, geramos mais empregos e contribuímos com o meio ambiente”, ressalta o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon.

A JBS mantém mais de 30 operações da Seara em 18 municípios do estado, entre unidades produtivas de aves, suínos, industrializados, fábricas de ração, centros de incubação, terminais logísticos e centros de distribuição. Além disso, em Santa Catarina, a Companhia conta com mais de 20 mil colaboradores e uma rede de mais de 2 mil produtores integrados.

O que é biodiesel

O biodiesel é um combustível renovável obtido a partir de um processo químico denominado transesterificação. Por meio desse processo, os triglicerídeos presentes nos óleos e gordura animal reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a glicerina. O primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel, após passar por processos de purificação para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação em motores de ignição por compressão (ciclo Diesel).

O que é GNC

O GNC é o Gás Natural comprimido e armazenado a uma pressão de 250 bar, transportado e distribuído para regiões não-atendidas pelos gasodutos convencionais.

O produto é transportado em carretas especiais, o Gasoduto Móvel, e cestas de cilindros especialmente desenvolvidas para as demandas de indústrias, postos e plantas de processamento, num raio de até 300 Km da unidade de compressão.

O que é GNL?

Já o gás natural liquefeito (GNL) é o gás natural (GN) no estado líquido. A liquefação (mudança física do estado gasoso para o estado líquido) ocorre após o resfriamento do gás natural à temperatura de 162º C negativos. Nessas circunstâncias, o GN tem seu volume reduzido em cerca de 600 vezes, o que facilita o transporte para grandes distâncias.

SC atualiza portarias de eventos, casas noturnas e serviços de alimentação

155 views
10 mins leitura

A partir de ontem, 30, Santa Catarina terá novos regramentos sanitários para realização de eventos sociais, coorporativos e de grande porte, e para funcionamento de serviços de alimentação como bares e restaurantes e casas noturnas, pubs e afins. Nesta quinta-feira, 26, foi publicado no Diário Oficial as portarias que trazem as novas adequações, que variam conforme o cenário epidemiológico e a avaliação de risco regionalizada.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, destacou que, considerando o avanço da vacinação, mas também a confirmação da transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus no estado, deve-se agir com prudência na retomada destas atividades, evitando principalmente as aglomerações. Para isso, a Saúde decidiu manter o fator de distanciamento como uma forma de promover um ambiente mais seguro para os clientes e trabalhadores, possibilitando com que os estabelecimentos possam funcionar de acordo com sua capacidade e com o cenário epidemiológico.

“A ocupação desses espaços deve ser feito pela razão entre o tamanho espaço em metros quadrados pelo fator de distanciamento de acordo com o nível de risco. Esse fator varia de 2,0 no nível gravíssimo, 1,8 no nível grave e 1,5 nos níveis alto e moderado. Por exemplo, digamos que se tenha um restaurante com espaço de 500m². Se ele estiver numa região com o nível de Risco Alto (amarelo), basta calcular o tamanho do salão (500) dividido pelo fator de distanciamento (1,5), que se chegará ao total de 333 clientes sentados. E é esse o total de pessoas que o ambiente permite ter, de forma a manter o distanciamento”, resumiu. Na parte externa, basta seguir um distanciamento de um metro e meio entre as mesas.

Já para os eventos sociais e corporativos e para as casas noturnas, pubs e afins, além do fator de distanciamento, será permitido o funcionamento, com uma capacidade máxima de pessoas de forma simultânea, não podendo ser ultrapassada conforme o nível de risco da região: No nível Gravíssimo (cor vermelha), até 100 pessoas; No nível Grave (cor laranja) que Porto União está enquadrada, até 200 pessoas; No nível Alto (cor amarela), até 300 pessoas; No nível Moderado (cor azul), até 500 pessoas.

O acesso à pista de dança deve permanecer proibido em qualquer nível, pois há risco de se promover aglomerações que possam elevar o risco de transmissão de Covid-19 entre os participantes. Além disso, é reforçada a obrigatoriedade do uso de máscaras por todos os clientes, sendo permitida a retirada apenas quando estiverem sentadas as mesas durante o consumo. É recomendado que os funcionários estejam vacinados e que façam a utilização da PFF2 ou da N95.

As portarias também apontam para a importância de se manter a ventilação dos ambientes internos. “Deve sempre ser mantida a ventilação natural dos ambientes, com portas e janelas abertas favorecendo a circulação de ar externo, ventiladores de teto na função reversa ou sendo direcionados para espaços vazios. É importante que os estabelecimentos mantenham os ambientes bem arejados para que as partículas respiratórias sejam dissipadas”, enfatizou Macário.

Para Eventos de Massa ou de Grande Porte com a participação simultânea de mais de 500 pessoas, devem ser seguidas as orientações da Portaria SES n° 904, que estabelece fluxos, protocolos e regramentos sanitários para avaliação do plano de contingência para liberação de eventos com essas características. Para que esse tipo de evento seja autorizado durante a vigência da pandemia de Covid-19, é necessário que o organizador elabore um plano de contingência detalhado, e protocole para avaliação da Diretoria de Vigilância Sanitária com antecedência mínima de 15 dias antes do evento. A Vigilância Sanitária estadual irá emitir um parecer, e encaminhará para o município sede onde ocorrerá o evento e a Comissão Intergestora Regional (CIR) formado pelo colegiado de Secretários Municipais da Região que avaliarão o grau de risco do evento e darão o parecer final sobre sua realização ou não. O limite máximo de pessoas para que um evento seja avaliado nesse momento será de 7 mil, limite que será analisado pela Saúde a cada 30 dias ou a partir da mudança no cenário epidemiológico.

O secretário de Estado da Saúde André Motta Ribeiro aponta que a atualização dessas portarias são parte de uma necessidade de avançar com prudência na retomada destas atividades, mas que a situação sanitária ainda inspira cuidados principalmente com o avanço da variante Delta. “As regras vem não para penalizar, mas para promover ambientes em que as pessoas possam frequentar com segurança, servindo também para impulsionar a economia local. É importante um pacto para que estes regramentos sejam seguidos, para que possamos continuar avançando na redução da transmissão, ao mesmo tempo que avançamos na campanha de vacinação, imunizando o maior número de catarinenses”, finalizou.

Flexibilização na pandemia ajuda na recuperação do setor de serviços

O Índice de Confiança de Serviços, divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 1,3 ponto, ficando em 99,3 pontos em agosto, no maior nível desde setembro de 2013, quando o indicador estava em 101,5 pontos. Na comparação com agosto de 2020, a alta foi de 14 pontos e em médias móveis trimestrais o índice avançou 3,7 pontos, a quarta alta consecutiva.

O economista do FGV/Ibre Rodolpho Tobler explicou que esse é o quinto avanço seguido. Com isso, a confiança dos serviços se consolida em patamar acima do nível pré-pandemia e próximo ao nível neutro.

“Ao contrário do que foi observado nos últimos meses, a alta foi mais influenciada pela melhora no volume de serviços no mês, enquanto as expectativas ficaram estáveis. A combinação sugere que a recuperação do setor vem avançando em paralelo às flexibilizações na pandemia. Vale ressaltar que o cenário para os próximos meses ainda depende da recuperação da confiança do consumidor e carrega muita incerteza, especialmente associados aos riscos da variante delta”, destacou Tobler.

Segundo o Instituto, o resultado da confiança dos serviços do mês foi influenciado principalmente pelo Índice de Situação Atual, que subiu 2,6 pontos, para 93,0 pontos, ficando no maior nível desde junho de 2014, quando o indicador alcançou 94,3 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 0,1 ponto, para 105,7 pontos, patamar mais alto desde novembro de 2012 (106,2 pontos).

Seguindo a tendência positiva, o saldo do emprego previsto tem demonstrado recuperação contínua, com médias móveis trimestrais em alta pelo terceiro mês consecutivo, ficando em 10,4 pontos em agosto, maior resultado desde maio de 2014. O saldo se refere ao percentual de empresas que planejam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses, menos o percentual que planejam reduzir. No pico da pandemia, em junho do ano passado, no pico da pandemia, o indicador ficou negativo em 35 pontos.

Fecam estuda criação de Fórum Permanente para Proteção aos Animais

518 views
11 mins leitura

A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), atendendo ao pedido da vereadora de Florianópolis, Pri Fernandes (PODE), instalará o Fórum Permanente para Proteção aos Animais. Segundo informou a vereadora, “na prática a Fecam vai discutir e auxiliar as Prefeituras na busca de soluções para os problemas que envolvem a causa animal e que explodem quase sempre nas mãos das protetoras. Está mais do que na hora das Prefeituras fazerem a sua parte. Chega dos protetores pagarem a conta sozinha. Precisamos debater e cobrar as soluções. Vamos acompanhar de perto para que muito em breve a gente tenha o Fórum instalado e que a gente consiga fazer o poder público entender que juntos somos muito mais fortes”, destacou.

O Presidente da entidade Clenilton Pereira (Prefeito de Araquari) destacou a reunião, “nós tivemos uma reunião muito legal com a vereadora Pri Fernandes de Florianópolis junto com a equipe da Fecam e debatemos um assunto de extrema importância hoje no Brasil e no mundo que é a proteção animal. Nós vamos instituir um Fórum Permanente de Defesa e Proteção Animal. Nas próximos semanas a gente vai elaborar todo esse processo e vai começar com todas as associações dos municípios de Santa Catarina vamos levar adiante esse projeto que é de suma importância e que por muitas vezes se torna invisível aos olhos da população e dos gestores. Mas vai ser diferente agora, as prefeituras e as câmaras de vereadores que por exemplo quiser participar vai participar desse momento tão importante que é defender e proteger os animais”, afirmou Pereira.

A vereadora de Porto União, Vanessa Witiuk (PSD), em sua rede social destacou a importância e deu seu apoio a essa iniciativa, Encaminhei a Vereadora Priscila Fernandes, de Florianópolis, um ofício do meu gabinete em total apoio ao ofício de sua autoria, protocolado na Fecam, para a criação de um Fórum Permanente de Defesa e Proteção Animal, pois acredito que independentemente de partido, município, devemos nos unir neste caso, que é a causa animal. O estado, os protetores, os simpatizantes da causa e os animais, ganharam muito, se isto for concretizado”, enaltece.

O objetivo do Fórum deve ser mobilizar os diversos segmentos da sociedade para a discussão de temas e proposições a fim de estabelecer políticas públicas que visem a causa da defesa e da proteção animal e terá a competência para avaliar e apresentar sugestões e deve contar com a participação de entidades governamentais ou não, organizadores da sociedade civil, protetores independentes, voluntários e simpatizantes. A Fórum estabelecerá ações que tem por objetivo mobilizar os diversos segmentos da sociedade para a discussão de temas e proposições a fim de estabelecer medidas que visem a causa da defesa e da proteção animal.

Dia Mundial do Cão

O Dia Mundial do Cão é comemorado em 25 de agosto, mas em Santa Catarina um dia após a data a Assembleia Legislativa de Santa Catarina derrubou uma lei de proteção aos animais.

“Foi rejeitado na Assembleia o projeto de lei do deputado Marcius Machado (PL) que proibiria a corrida de cães no nosso estado. Foram 17 votos contra apenas três a favor e tivemos três abstenções. Desconhecimento, despreparo, desprezo com a vida dos seres vivos e falta de empatia de respeito de civilidade quando se acha normal usar os animais em competições e divertimentos pessoal. Será que é tão difícil entender que a sofrimento dos animais quando se usa anabolizantes entre outras medicações, para fazer com que os animais ultrapassem os seus limites. Esses animais desenvolvem problemas graves de saúde problemas respiratórios, problemas cardíacos e muitos sofrem mutilações e muitos são descartados e mortos”, critica a vereador de Florianópolis. 

A matéria alterava a Lei nº 12.854/2003 (Código Estadual de Proteção de Animais) para proibir a realização das corridas de quaisquer raças de cães. Na justificativa da proposta, o autor argumentou que as competições causam danos físicos e psíquicos aos animais envolvidos. Em alguns casos, conforme o deputado, os cães recebem substâncias para melhorar o desempenho. A prática, de acordo com Marcius, já foi proibida em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O PL foi rejeitado por 17 votos a três, além de três abstenções. O placar da votação pode ser consultado no Portal da Transparência da Alesc.

Parlamentares contrários à matéria demonstraram preocupação com as consequências da aprovação. “É um projeto que deixa muitos pontos em aberto”, considerou Bruno Souza (Novo). “Pode prejudicar atividades praticadas por clubes, que são insuspeitos, gostam dos animais, não estão ali para maltratar. Essa lei não irá aumentar a proteção dos cães e poderá trazer empecilhos.”

Jessé Lopes (PSL) criticou que o chamou de “pautas dos ‘ecochatos’”. “O que é que tem os cachorros correrem? Eles até se divertem”, disse. “A tendência é daqui a pouco não poder comer mais churrasco.”

O deputado Silvio Dreveck (PP), que se absteve, afirmou que não compreendeu o teor do projeto e pediu esclarecimentos ao autor, que não estava presente na hora da votação. “Parece que em Santa Catarina não temos essa prática [da corrida de cães]”, disse.

O autor do projeto, Marcius Machado, se pronunciamento nas redes sociais sobre a derrubada do seu projeto. “Mas esta derrota não significa o fim do caminho. Voltarei a apresentar este tema em 2022. De acordo com a médica veterinária Kátia Chubaci, cães que são submetidos a estas práticas apresentam, além de problemas físicos, traumas psicológicos. Os galgos, por exemplo, têm expectativa de 15 anos de vida, mas, quando participam de corridas, esta expectativa cai para 5 anos. Esta prática já é proibida na Argentina, Uruguai e também no Rio Grande do Sul. A derrubada do Projeto de Lei é uma derrota gigantesca para a proteção animal, mas vamos voltar a discuti-lo. As corridas acontecem e não são brincadeira! Os animais são altamente prejudicados. Precisamos protegê-los”, destaca.

Na Câmara Federal

O Projeto de Lei 84/21 altera a Lei de Crimes Ambientais para tornar crime promover, estimular, divulgar ou permitir a realização de corridas, lutas, disputas ou outras atividades extenuantes utilizando cães, mesmo que não haja apostas, brindes ou promoções. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

Segundo o projeto, a conduta passará a ser equiparada ao crime de abuso, maus-tratos, ou mutilação de cães e gatos, com pena prevista de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda.

“Sabemos que a corrida de cães é reprovada no mundo todo, razão pela qual foi proibida em países como Estados Unidos, Itália, França, Argentina e Uruguai, como resultado do clamor popular”, explica o autor da proposta, deputado Ricardo Silva (PSB-SP). “A proibição dessa prática cruel em países da América do Sul (Argentina e Uruguai) tem causado o crescimento da conduta em diversas localidades do Brasil, especialmente na região Sul do País”, denuncia.

Saúde confirma dose de reforço de vacina para idosos

262 views
13 mins leitura

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 25, a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 para idosos acima de 70 anos. Outra medida aprovada pelo ministério e pelas secretarias estaduais e municipais de saúde é a antecipação da segunda dose em alguns casos.

A chamada “dose de reforço” será aplicada em quem tomou a segunda dose há cerca de seis meses. As pessoas começarão a receber a proteção adicional em setembro. Os integrantes da pasta não adiantaram a data. O intuito é fortalecer a imunidade dessas faixas etárias diante do crescimento da circulação da variante delta.

“Nos países onde a variante tem transmissão comunitária tem havido maior problemas nos idosos e naqueles que não foram ainda vacinados. Vacinando os idosos com este reforço teremos proteção adicional”, disse na entrevista o ministro da Saúde.

As pessoas com dificuldades no sistema imunológico, denominadas “imunossuprimidas”, também serão convocados para a dose de reforço. Neste caso, a diferença entre a última dose e a de reforço será de 28 dias. Estão neste grupo, por exemplo, pessoas com HIV e transplantados.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire, defendeu a medida. “Vamos trabalhar obedecendo a ciência e as orientações técnicas do PNI [Programa Nacional de Imunização]. Se neste momento está orientando vacinar acima de 70 anos com a dose de reforço é porque as evidências nos indicam que este público está mais vulnerável”, opinou.

O imunizante utilizado será o Pfizer. “Vamos fazer com vacina da Pfizer porque ela foi testada em regimes de intercambialidade [uso de diferentes marcas em distintas doses], porque está aprovada na maioria das agências sanitárias do mundo e porque o ministério se programou para adquirir uma quantidade expressiva e tem chegado em tempo que nos dá segurança”, justificou Queiroga.

Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, até o fim de agosto a previsão é de disponibilização de 80 milhões de doses. Cruz acrescentou que até o meio de setembro o Ministério da Saúde quer atingir a imunização de toda a população adulta com a primeira dose.

Antecipação

A Câmara Técnica do PNI também decidiu pela antecipação da segunda dose das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Em vez de três meses, o intervalo entre as duas doses será de dois meses. Já a antecipação da Pfizer ainda está em estudo.

A medida foi adotada com o propósito de tentar alcançar a meta de aplicar a segunda dose em todos os brasileiros adultos até o fim de outubro. Até hoje, 35% das pessoas com mais de 18 anos completaram o ciclo vacinal no país.

Doses de reforço na segunda quinzena de setembro

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.

Aplicação da terceira dose deve começar por idosos

O ministro Marcelo Queiroga disse, que a aplicação da terceira dose de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde. Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal.

A aplicação da terceira dose de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde.

O ministro, no entanto, destacou que para iniciar a dose de reforço ainda são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a sua aplicação. “Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”.

Distribuição de vacinas

Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal. O ministro ressaltou a importância dos entes federados observarem o intervalo entre as doses, que varia de acordo com o cada imunizante.

“É fundamental que se observe o intervalo de vacinação entre as doses, para que possamos entregar as vacinas com a pontualidade desejada. Porque, se cada estado, cada município, resolver fazer a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará a nossa campanha nacional de imunização”, disse.

De acordo com o ministério, as doses são enviadas aos estados levando em consideração a população, acima de 18 anos, que ainda não foi vacinada em cada unidade da Federação.

“Vamos fazer o possível para que essa distribuição ajustada garanta uma maior homogeneidade na vacinação em todas as unidades da Federação. O compromisso que o governo federal tem é com cada um dos 210 milhões de brasileiros. Se imunizarmos a população vacinável, todos vão se beneficiar com a imunidade que será proporcionada”, afirmou o ministro da Saúde.

Critérios

Para enviar as doses nesse formato, o Ministério da Saúde informou que fez um levantamento com base em dois critérios: as vacinas para a primeira dose já enviadas para cada estado, desde o começo da campanha de vacinação, e a estimativa da população acima de 18 anos de cada unidade da federação.

“O Ministério da Saúde, em momento nenhum, mudou a metodologia. A diferença é que temos que obedecer um princípio maior, que rege toda a gestão do SUS [Sistema Único de Saúde], que se chama equidade. Ela tem que ser sempre buscada e preservada. O Ministério da Saúde tem a obrigação de olhar para todos os brasileiros da mesma forma, independentemente da unidade federativa”, disse a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo.

De acordo com o ministério, a medida foi acordada entre representantes da União, estados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e municípios pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), após a conclusão do envio de vacinas para imunizar todos os 29 grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

O ministério informou ainda que o ajuste na distribuição não impactará na distribuição das vacinas para a segunda dose, já que todos os estados continuarão recebendo o quantitativo necessário para completar todos os esquemas vacinais.

Santa Catarina

A partir do dia 1º de setembro, adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, já podem tomar a vacina contra a Covid-19 em Santa Catarina. A vacinação desse público será apenas com doses da vacina Pfizer. Os municípios deverão destinar 10% das doses recebidas para vacinar os adolescentes com comorbidades, deficiência permanente grave, gestantes, puérperas e lactantes; e os outros 90% para a aplicação nos demais adolescentes. Esse avanço foi possível, pelo trabalho em conjunto do Governo de SC, Ministério da Saúde e prefeituras.

Paraná

Toledo, na Região Oeste, recebeu nesta quarta-feira, 25, as 35.173 doses do imunizante da Pfizer para dar início à vacinação de toda a população a partir dos 12 anos contra a Covid-19. A remessa especial faz parte de um estudo de natureza observacional da farmacêtiva norte-americana, autorizado pelo Ministério da Saúde, que busca analisar o comportamento do Sars-Cov-2 em adolescentes e jovens de uma cidade de porte médio que receberam a primeira dose do medicamento. A cidade para o estudo foi definida pela Pfizer e governo federal. O Governo do Estado apoiou na logística, com o transporte das vacinas de Curitiba para Toledo.

De acordo com a prefeitura do município, a aplicação dos imunizantes da faixa etária entre 12 e 17 anos vai começar nesta sexta-feira (27). A intenção é aplicar cerca de 7 mil primeiras doses por dia, contemplando duas idades no período.

Foram organizados quatro pontos para aplicação de D1, que vão funcionar com horário ampliado das 8h às 23h. Cada ponto receberá 1.750 doses por dia. Pelo menos 50 profissionais de saúde serão mobilizados nos pontos de vacinação, além das equipes de vigilância e saúde e atenção primária da secretaria municipal.

Caso de hantavirose é registrado em Cruz Machado

280 views
11 mins leitura

Após o registro de dois casos positivos e dois casos suspeitos de Hantavirose no município de Cruz Machado, a secretaria municipal de saúde está com as atenções voltadas para esta doença que, em anos anteriores, já vitimou sete pessoas no município. Dos casos positivos, um foi na linha Encantilado e o outro na linha Rio da Areia. Os casos suspeitos estão localizados na linha Palmital e em outro ponto da linha Rio da Areia. O primeiro caso positivo do município em 2021 foi também o primeiro caso da doença registrado no Paraná neste ano, o que ligou o sinal de alerta.

Tendo em vista a prevenção e tratamento a possíveis casos da doença, na terça-feira, 17, foi realizada uma capacitação em União da Vitória, com a participação de representantes 4ª Regional de Saúde de Irati, divisão de zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, (SESA-PR) e representantes de todos os municípios que compõe a 6ª Regional de Saúde de União da Vitória, com o tema “Hantavirose, inspeção do local provável de inspeção e aplicação do roteiro de investigação”. Cruz Machado esteve participando com Felipe Siepko, Felício Suski Júnior, Daniel Lipinski, Rose Ferch, Sandro José Krawczyk, Dr. Helton Choman e Dr. Lázaro Daniel Pacheco.

Já na quarta-feira, 18, ocorreu pela manhã a parte prática da capacitação, com  a realização de um trabalho a campo na linha Rio da Areia, com representantes de todos os municípios da 6ª Regional e técnicos da 4ª Regional de Saúde. A equipe da divisão de zoonoses da Sesa continuou durante a semana passada em Cruz Machado, realizando o monitoramento dos casos suspeitos. Na sexta-feira, 27, a equipe da 6ª Regional de Saúde estará novamente em Cruz Machado, desta vez realizando uma capacitação com os agentes comunitários de saúde.

Histórico da doença no Paraná

Em 1998, a hantavirose apareceu no Paraná no município de Bituruna, pertencente a 6ª Regional de Saúde de União da Vitória. No mês de setembro de 1998, dois pacientes, marido e mulher, adoeceram e faleceram ao mesmo tempo, com quadro de insuficiência respiratória aguda.

Tal fato chamou a atenção dos profissionais da 6ª Regional de Saúde, levando-os a pensar em hantavírus. Todavia, como ambos os pacientes já haviam falecido quando a notificação foi realizada, não foi possível a coleta de amostras e consequente confirmação laboratorial. Por isso, foram considerados “suspeitos” de hantavirose. A partir desses dois casos, todo paciente com quadro clínico similar passou por uma investigação mais profunda, tentando caracteriza-la. Eles foram os dois únicos casos suspeitos em 1998. No ano de 1999, em janeiro, no município de Honório Serpa, pertencente a 7ª Regional de Saúde de Pato Branco, ocorreu um caso suspeito de leptospirose, cuja sorologia resultou negativa. O paciente, após queda do leito no hospital onde esteve internado, fez fratura de crânio, vindo a falecer no dia 20/01/99. O Laboratório Central do Estado guardou parte do soro utilizado para o diagnóstico de leptospirose e, com a confirmação do primeiro caso de hantavírus em outubro/99, enviou o mencionado soro para diagnóstico de hantavírus, que resultou positivo para o vírus Sin Nombre, sendo este, portanto, o primeiro caso confirmado laboratorialmente no Estado do Paraná, mas não o caso índice, já que só ficou conhecido em novembro.

No mês de agosto de 1999, em Cruz Machado, uma trabalhadora na área rural, apresentou quadro de insuficiência respiratória aguda e evoluiu para óbito. Os profissionais que a atenderam no Hospital Regional de União da Vitória suspeitaram de hantavirose e coletaram amostra para exame laboratorial.

Em outubro de 1999, o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo confirmou a positividade para hantavírus Sin Nombre. Este caso se constitui no “caso índice”, uma vez que foi o primeiro caso confirmado da doença. Logo após a confirmação do primeiro caso em Cruz Machado em outubro/99 profissionais do nível central do CSA se deslocaram até a residência da vítima para a análise epidemiológica do caso, quando se constatou a presença de inúmeros locais ou fatores de risco do meio ambiente, como presença de roedores, paióis com depósito de milho, feijão, ou outros alimentos, não sendo possível estabelecer o local ou a maneira de transmissão.

No ano de 2000, novos casos apareceram, a partir de agosto, todos envolvidos com corte de Pinus, no município de General Carneiro.

Em Santa Catarina

A doença ocorre em todas as regiões do estado, embora a frequência seja maior no Oeste, Meio Oeste e Vale do Itajaí. Os casos são registrados durante todo o ano e estão relacionados, principalmente, às atividades de produção em área rural, bem como pesca e acampamentos. Em 2020, (última informação sobre o assunto no site da Secretaria de saúde e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), mostra a semana epidemiológica 28 (11/07) onde foram registrados 08 casos, entre estes, três evoluíram para óbito. Em decorrência da pandemia de Covid-19, em que os quadros clínicos, afetando o sistema respiratório, podem ser semelhantes, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos a possibilidade de hantavirose, realizando a suspeição e o manejo clínico indicado. (Com informações com as agências de Notícias dos governos do Paraná e Santa Catarina)

O QUE É HANTAVIROSE?

É uma doença perigosa, que pode levar à morte. Ela é causada por um vírus presente na urina, fezes e saliva dos ratos que vivem no mato (rato do arroz, rato da taquara).

COMO SE PEGA A DOENÇA?

Pela respiração de poeiras contaminadas com o vírus, principalmente em locais fechados. O contágio também é possível pela mordida do rato do mato.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS

No começo, parece uma gripe. A pessoa sente febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, tosse seca e falta de ar. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreias.

QUEM TEM MAIS CHANCES DE PEGAR HANTAVIROSE?

As pessoas que podem ter contato com os ratos do mato, como agricultores; pescadores; trabalhadores das áreas de reflorestamento; quem vive ou trabalha no campo; quem varre ou dorme em locais fechados há muito tempo, como galpões, paióis, armazéns, casas rurais, casas de campo, dentre outros. 

Como a hantavirose é transmitida?

A infecção humana por hantavirose ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. As outras formas de transmissão, para a espécie humana, são:

percutânea, por meio de escoriações cutâneas ou mordedura de roedores;

contato do vírus com mucosa (conjuntival, da boca ou do nariz), por meio de mãos contaminadas com excretas de roedores;

transmissão pessoa a pessoa, relatada, de forma esporádica, na Argentina e Chile, sempre associada ao hantavírus Andes.

O período de transmissibilidade do hantavírus no homem é desconhecido. Estudos sugerem que o período de maior viremia seria alguns dias que antecedem o aparecimento dos sinais/sintomas. Já o período de incubação do vírus, ou seja, o período que os primeiros sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é, em média, de 1 a 5 semanas, com variação de 3 a 60 dias.

Fatores ambientais

Diversos fatores ambientais estão associados com o aumento no registro de casos de hantavirose, e estão ligados ao aumento da população de roedores silvestres como, o desmatamento desordenado, a expansão das cidades para áreas rurais e as áreas de grande plantio, favorecendo a interação entre homense roedores silvestres.

Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é lembrada

282 views
12 mins leitura

Apesar de o Brasil possuir uma das legislações mais avançadas do mundo no que se refere à garantia de direitos das pessoas em situação de deficiência, no entanto, na prática, a maior parte do que se assegura na lei não é acessível a todos, avalia a superintendente técnico-pedagógica da Federação das Apaes do Estado de Santa Catarina (Feapesc), Maria Nilza Eckel, ao divulgar a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, uma campanha anual que iniciou sábado, 21, e segue até este sábado, 28, desde 1963. O objetivo é promover a reflexão sobre as necessidades e os direitos dessa parcela da população que constantemente é esquecida.

Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) vem se destacando como um dos principais parlamentares na militância pela criação de políticas públicas que promovam a inclusão e a acessibilidade. o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência enfatiza que o Parlamento catarinense é parceiro em ações em prol da inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e no ensino regular.

A presidente da Feapaesc, Alice Kuerten, destaca que a campanha “É tempo de Transformar Conhecimento em Ação” tem como objetivo divulgar conhecimento sobre as condições sociais das pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla, como meio de transformação da realidade, superando as barreiras que as impedem de participar coletivamente em igualdade de condições com as demais pessoas.

Ela explica que a cada ano é definido um tema, que busca conscientizar a sociedade acerca de determinadas necessidades para inclusão plena. Autonomia, protagonismo e independênci têm sido conceitos recorrentes. A campanha tem sido uma ferramenta para promoção de uma atitude de eminência para com a pessoa em situação de deficiência intelectual múltipla em diversos campos da vida.

Este ano, enfatiza Alice Kuerten, “nos propomos a provocar o debate nacional levando às pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla conhecimento sobre os seus direitos, a partir de conteúdos acessíveis sobre transporte, moradia, acesso à educação, saúde e assistência social, pensando em como assegurar que esses direitos se efetivem na vida diária.”

“Temos em Santa Catarina aproximadamente 23,5 mil de pessoas com alguma deficiência, que são atendidas pelas Apaes, mas provavelmente há muitos outros que não estão sendo atendidos devido haver ainda algumas famílias que não acham importante esse atendimento, não tem condições ou moram longe, enfim, por vários motivos.”

Ela destaca ainda que a semana tem como foco também conscientizar as famílias, os órgãos públicos, empresas privadas e a todos, que se houver possibilidade, oportunidade, mediação necessária, essas pessoas com alguma deficiência tem todas as condições de atuar dentro de qualquer sistema de trabalho, do ensino regular e na sociedade em geral.

Alice Kuerten salienta que o tema da campanha deste ano “É tempo de Transformar Conhecimento em Ação” serve também para as pessoas reflitam que todos têm conhecimento, sabem da importância da inclusão, mas que ainda precisamos agir para tornar realidade as legislações. “Muitas vezes é só proforma, as pessoas não estão preparadas para receber esse educando, esse trabalhador. Temos que transformar essa proforma em ação.”

Sobre as atividades para marcar o evento, Alice Kuerten informou que cada Apae catarinense está promovendo seus eventos. “Devido à pandemia de Covid-19, no ano passado e este ano muitos eventos são on-line.”  A dirigente disse que em Santa Catarina há cerca de 5 mil profissionais trabalhando nas associações e mais 4,5 mil voluntários. “Todos envolvidos nesta campanha.”

Agosto Laranja em União da Vitória

Foi aprovado em 2020 o Projeto de Lei que institui a campanha ‘Agosto Laranja’ em União da Vitória. Trata-se de uma mobilização, como justificou na época o autor da proposta, o ex-vereador Diego dos Santos, para a realização de ações no município como foco na prevenção de deficiências. Conforme o parlamentar, 24% dos brasileiros tem alguma deficiência – e muitas   delas, poderiam ter sido evitadas.

“O projeto foi construído com a Apae e contempla diversas deficiências. É um passo importante. São 45 milhões de brasileiros com alguma deficiência e 70% poderiam ser evitadas, tanto na gestação quanto no parto”, defendeu.

O vereador Ednilson Godoy (PV) lembrou da data na sessão realizada nesta segunda-feira, 23, “O mês de agosto foi instituído através de projeto de lei na legislatura passada, como Agosto Laranja que é o mês de realização de ações de conscientização e prevenção as deficiências. Ligada a esse assunto entrei com o projeto de lei nº 39 de 2021 que cria o programa de inclusão através da localização e identificação de pessoas com deficiência física, direito a inclusão a todos os deficientes físicos mesmo em lugares mais carentes. Também juntamente com o vereador Anderson Cardoso (PROS) pedimos alteração da lei 4891 de 5 de outubro de 2020, no qual acrescentamos nessa lei o dia 5 de Maio como o dia da conscientização da visão monocular e também a inserção do símbolo da Visão monocular como símbolo de prioridade ao atendimento as pessoas com visão monocular no município de União da Vitória”, explica.

Segundo informou o vereador Godoy em suas redes sociais o Art. 2° Institui a utilização do “Símbolo que representa à Visão Monocular” em todos os locais públicos e privados. O Art.7° Institui em âmbito do Município de União da Vitória o dia 5 (cinco de maio) como o dia conscientização da Visão Monocular.

Jogos paralímpicos

A abertura oficial dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 aconteceu ontem, 24. Por meio deles, os olhos de todo o mundo estarão voltados para grandes expoentes de uma parcela considerável da população: as pessoas com deficiência.

Esses homens e mulheres representam, hoje, cerca de 1,2 bilhão de pessoas. Por isso mesmo o Comitê Paralímpico Internacional (COI) lançou a campanha Nós, os Quinze, que tem como objetivo acabar com a discriminação e chamar a atenção para a inclusão desse público. A campanha do COI vai usar as paralimpíadas para aumentar dar mais visibilidade a essa causa.

O objetivo da Nós, os Quinze é colocar pessoas com deficiência “no coração da agenda de inclusividade e diversidade quebrando barreiras sociais sistêmicas que limitam a realização do potencial de pessoas com deficiência.”

A campanha tem duração prevista de uma década e também aborda outras características que são alvo de discriminação, como gênero, etnia e orientação sexual.

No vídeo da campanha, pessoas com diversos tipos de deficiência mostram “que, assim como qualquer um, realizam atividades arrumar a cama, pagar boletos, casar. E falam que não querem ser colocados num pedestal, e sim tratados como iguais.”

Entre as empresas que apoiam a campanha do COI, estão organizações como a Unesco, o Banco Mundial e a Comissão Europeia.  

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, reunida na manhã desta terça-feira, 24, aprovou o Projeto de Lei (PL) 347/2020, que dispõe sobre o registro de violência contra a pessoa com deficiência nos boletins de ocorrência expedidos pelas delegacias de Polícia Civil e pela Polícia Militar. De autoria da deputada Marlene Fengler (PSD), o projeto permitirá que se tenha um “mapa de estatísticas das violências contra a pessoa com deficiência”, conforme explicou o relator na comissão, deputado José Milton Scheffer (PP).

O relator argumentou que a inexistência de dados tabulados dificulta o enfrentamento da questão e que o registro permitirá visualizar o cenário dessa violência e definir providências de proteção às pessoas com deficiência.

Com a aprovação, está encerrado o trâmite do projeto nas comissões, restando apenas a deliberação no plenário.

Procon-PR alerta sobre novo golpe com cartão por aproximação

390 views
13 mins leitura

Uma pesquisa do Procon-PR para verificar o nível de conhecimento dos consumidores paranaenses em relação ao recurso “Pagamento por Aproximação”, presente em boa parte dos serviços de cartão de crédito e débito, aponta que a maior parte dos consumidores não tem informações suficientes sobre o assunto: 76,8% desconhecem os cuidados e 67,5% não se sentem seguros para pagar contas utilizando a função.

O Procon é vinculado à Secretaria estadual da Justiça, Família e Trabalho. De acordo com o secretário Ney Leprevost, a tecnologia tem facilitado muito a vida dos cidadãos e é um caminho sem volta, mas deve vir acompanhada de informações que garantam que os consumidores sejam protegidos e não acabem tendo qualquer tipo de prejuízo.

Na prática, essa funcionalidade – cuja utilização aumentou bastante na pandemia – possibilita que o consumidor faça suas transações/pagamentos/compras sem precisar inserir o cartão nas máquinas dos estabelecimentos, nem precisar digitar sua senha e com isso acaba se protegendo de eventual contaminação pela Covid-19.

“É uma facilidade que pode esconder alguns perigos. Nem todo mundo sabe quais são os valores máximos para cada operação. Você pode pagar até R$ 200 por operação e se o cartão for furtado, e o consumidor não perceber imediatamente, pode sofrer um grande prejuízo”, alerta Claudia Silvano, chefe do Procon-PR.

Ela alerta também para um novo golpe que está sendo aplicado em quem tem o cartão por aproximação, “temos alguns perigos , o primeiro é o seguinte: nem todo mundo sabe quais são os valores máximos por cada operação e pasmem você pode pagar valores de até 200 reais por operação no cartão com aproximação, se seu cartão tiver essa funcionalidade, mas daí qual é o problema? O problema é que as pessoas podem fazer um verdadeiro estrago na sua conta. Pessoas mal intencionadas podem aproximar a máquina de cartão e passar valores o consumidor saber.  E o segundo é que nem sempre, pelo menos a partir de uma pesquisa que a gente fez recentemente, os bancos informam para os consumidores sobre essa funcionalidade. As pessoas não sabem que ela existe e como é que funciona; quais os limites na operação. E ficou para o consumidor, ainda mais uma situação de vulnerabilidade”, explica Silvano.

O resultado da pesquisa mostrou que 77,4% dos entrevistados relataram que não receberam informação de seu banco sobre o recurso. Ainda de acordo com a pesquisa, 67,5% dos entrevistados afirmaram que não sentem seguros utilizando o recurso de “Pagamento por Aproximação” por várias razões: medo de ter seu cartão roubado e terceiros utilizarem com facilidade; eventual aproximação de maquinetas por terceiros mal intencionados, entre outros.

Segundo ela informou, o Procon-PR está investigando qual é a distância máxima que cada operação se concretiza “Por exemplo você está no ônibus chega alguém com uma maquineta encosta na sua bolsa ou no seu bolso como os homens que usam cartões na carteira no bolso de trás e se concretiza a transação”, alerta.

Para ela o consumidor tem que saber como é o funcionamento do pagamento por aproximação “e nem sempre essa informação é dada da forma que deveria ser. Portanto fique atento e confira regulamento seu extrato e vendo qualquer operação estranha entre em contato com o seu banco e desative essa função se você não se sentir seguro utilizando essa função”, esclarece.

Claudia Silvano diz que os bancos e as bandeiras emissoras dos cartões deveriam assegurar que o consumidor pudesse escolher se quer ou não desativar a funcionalidade, o que hoje não é possível, segundo Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

“As empresas de cartões deveriam garantir que os consumidores fossem prévia e adequadamente informados sobre os valores máximos para cada transação, informação que 76,8% dos entrevistados relataram desconhecer”, afirma Claudia.

Como complemento da fiscalização do Procon, ela acrescenta que a intenção da Secretaria é reforçar o alerta ao consumidor para verificar seus extratos bancários com regularidade para identificar débitos indevidos e dialogar, junto à Abecs, sobre a possibilidade de desativação dessa função. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de julho de 2021 e contou com 940 entrevistados.

A Proteste, associação de defesa do consumidor, relata que recebe várias reclamações de consumidores, que as instituições financeiras não estão fazendo o estorno dos valores realizados por aproximação. Para tentar barrar um pouco esses golpes foi estipulado uma valor máximo de 200 reais para cada transação dessa forma, antes de 2020 o valor era de 50 reais.

Aumento das compras com cartões

As compras realizadas por meio do sistema de cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 52% no segundo trimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período do ano passado. No total foram negociados R$ 609,2 bilhões no período, de acordo com dados divulgados este mês pela Abecs, que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.

Em quantidade de transações, foram registrados 7,1 bilhões de pagamentos com cartões nos meses de abril, maio e junho, o equivalente a 55 mil por minuto, 53,9% a mais do que no ano anterior.

O cartão de crédito foi o meio de pagamento que apresentou o maior valor transacionado no segundo trimestre, registrando R$ 371,3 bilhões, com crescimento de 53%, seguido do cartão de débito que movimentou R$ 214 bilhões (+ 42,3%), e do cartão pré-pago, R$ 23,9 bilhões, o que representa alta de 214,3%.

Os gastos com cartões no exterior cresceram 62% depois de seis trimestres consecutivos de queda. Segundo os dados, o volume movimentado foi de US$ 708 milhões, o equivalente a R$ 3,7 bilhões. As compras realizadas por estrangeiros no Brasil somaram US$ 492,7 milhões (R$ 2,6 bilhões), uma alta de 73,6%.

Segundo a Abecs, o resultado é reflexo de um cenário de maior abertura da economia, com a flexibilização das medidas de isolamento social em combate à pandemia, levando em consideração que a comparação é feita com o segundo trimestre do ano passado, período de maior impacto na crise.

De acordo com o levantamento da entidade, quando avaliado o primeiro semestre do ano, os pagamentos com cartões cresceram 33,2% ao somarem R$ 1,2 trilhão. O cartão de crédito movimentou R$ 707,2 bilhões (alta de 30,8%), o cartão de débito, R$ 418,4 bilhões (alta de 30,3%), e o cartão pré-pago, R$ 41,8 bilhões (alta de 183,2%). Ao todo foram 3,6 bilhões de pagamentos com cartões no período, o que representa um crescimento de 30,5% em comparação com o primeiro semestre de 2020.

Os dados mostram ainda que o uso de cartões para o pagamento em compras na internet e aplicativos movimentou R$ 135,1 bilhões no segundo trimestre, com alta de 46,5%. No acumulado do semestre, o valor movimentado chegou a R$ 255,2 bilhões, com alta de 41,2%. O destaque foi o mês de abril, que registrou avanço de 60% dos pagamentos online.

Os pagamentos sem contato ou por aproximação no segundo trimestre cresceram 694%, somando R$ 34,4 bilhões. O mais usado nessa função foi o cartão de crédito, com R$ 19 bilhões, seguido pelo cartão de débito, com R$ 10,6 bilhões, e pelo cartão pré-pago, com R$ 4,8 bilhões. No semestre foram R$ 53 bilhões movimentados com esse tipo de pagamento. O crescimento foi de 540,7%, em comparação com o primeiro semestre de 2020. Por modalidade, o cartão de crédito registrou R$ 30,1 bilhões, o cartão de débito, R$ 15,7 bilhões, e o cartão pré-pago, R$ 7,1 bilhões.

O levantamento da Abecs também indicou que o segundo trimestre do ano foi o período que registrou a menor taxa de inadimplência do cartão de crédito desde a criação da série histórica do Banco Central, chegando a 3,8% em abril e ficando abaixo do índice de inadimplência geral da pessoa física em empréstimos recursos livres (4%), que inclui crédito consignado, crédito pessoal e financiamento de veículos, entre outros.

“Isso mostra que, mesmo com o aumento expressivo do uso dos meios eletrônicos de pagamento e a crise gerada pela pandemia de covid-19, o brasileiro usa o cartão de crédito de forma consciente. Ainda segundo dados do Banco Central, o saldo das transações sem juros do cartão cresceu 40,5% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, o crédito rotativo recuou 8,3% e registrou sua 11ª queda consecutiva”, diz a Abecs.

Projeções

De acordo com a Abecs, a utilização de cartões deve ser 24,5% maior em 2021, de acordo com a revisão feita pela entidade. O número inicial era de 19%. “O avanço na abertura da economia e recuperação do setor de serviços reforçam as perspectivas positivas para o restante do ano. A tendência para os próximos meses é que o setor inicie um retorno a padrões de crescimento mais próximos aos dos anos anteriores à pandemia”, afirma a Abecs. O valor movimentado deve chegar aos R$ 2,48 trilhões.

Dia D da saúde do Homem será neste sábado em União da Vitória

263 views
15 mins leitura

Os homens não gostam de ir ao médico para fazer exames de rotina ou consultas de prevenção. Talvez por isso, que esses mesmos homens vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde.

Para tentar mudar isso no Paraná foi instituído desde 2012 o Agosto Azul, para que os homens possam dar mais atenção aos cuidados com a sua saúde. Em União da Vitória neste sábado, 21, acontece o Dia D da Saúde do Homem em União da Vitória. O evento organizado pela Secretaria de Saúde do município vai oferecer atendimento especial para os homens em razão do Agosto Azul.

O dia D acontecerá em todas as Unidades Básicas de Saúde, das 8h às 16h, onde será feita a avaliação da saúde do homem, consulta médica e de enfermagem para rastreamento de doenças e agendamento para estratificação do risco cardiovascular, para homens acima de 50 anos; Solicitação de exames para detecção precoce do câncer de próstata para homens acima de 50 anos, ou 45 anos com histórico de câncer de próstata na família.

O atendimento poderá ser com horário marcado diretamente na UBS mais perto da residência. Além do atendimento voltado para homens acima de 45 anos, homens de todas as idades que forem até as unidades de saúde também poderão fazer avaliação de saúde bucal e prevenção do câncer de boca, atualizar a vacinação, aferir a pressão arterial e fazer o teste de glicemia, além de testes rápidos de HIV, sífilis e Hepatite B e C.

O Agosto Azul é uma campanha que busca orientar os homens sobre a importância de manter hábitos de vida saudável, com foco de prevenção de doenças durante todo o ano.

A secretaria ainda reforça que esse atendimento poderá ser buscado nas UBS´s não apenas no dia D, mas todos os dias do ano, sendo a campanha apenas uma forma de atender aos homens que não podem ir até as unidades nos dias da semana.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou no dia 2 de agosto um evento online para marcar a início das atividades da campanha Agosto Azul. Durante todo o mês a Sesa vai incentivar e apoiar os municípios na organização de atividades sobre o tema.

Em virtude da pandemia da Covid-19, a maior parte da programação deste ano será desenvolvida em canais virtuais, a fim de evitar aglomerações. Neste ano a campanha tem como tema “Homem, torne a sua vida melhor! Cuide da sua Saúde”.

“É preocupante para a saúde pública o fato de que o homem, geralmente, busca pelo serviço já na atenção especializada, com o problema instalado e muitas vezes evoluindo de maneira insatisfatória, causando consequências como agravo da morbidade, maior sofrimento, menor possibilidade de resolução do problema de saúde e maior ônus para o SUS”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“A prevenção e a promoção em saúde, quando realizadas oportunamente, demonstram que muitos problemas podem ser evitados com a procura pelos serviços, nas unidades básicas, com mais regularidade, pela porta de entrada preferencial do SUS, ou seja, na Atenção Primária à Saúde”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

“Por isso, estamos alertando os profissionais da Saúde que atuam neste acolhimento para que redobrem a atenção e as orientações ao público masculino”, ressaltou a diretora.

Outros eixos são: doenças prevalentes na população masculina, fortalecendo a assistência básica, e prevenção de violências e acidentes, promovendo ações com o objetivo de chamar a atenção para a preocupante relação entre a população masculina e as violências, em especial a violência urbana, e acidentes, sensibilizando a população em geral e os profissionais de saúde sobre o tema.

Audiência pública

Também no dia 2 de agosto a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promoveu a audiência pública Agosto Azul 2021. O deputado Michele Caputo (PSDB) presidiu a audiência pública em substituição à deputada Mara Lima (PSC), autora do projeto de lei que instituiu no Paraná o Agosto Azul, em 2012.

“Desde então, as instituições comprometidas têm feito uma série de programações, com fóruns e debates sobre o câncer de próstata, contra a violência e questões de melhoria de vida. É uma campanha que busca reforçar esta política”, explicou Michele Caputo. De acordo com ele, mesmo com todos os esforços, ainda é comum os homens procurarem menos as unidades de saúde para exames da saúde sexual e reprodutiva.

“Isso define muito claramente a necessidade do Agosto Azul no Paraná. A cultura do homem forte que não adoece criou uma expectativa de vida muito menor”, explicou o parlamentar.

A afirmação foi reforçada com a palestra do cirurgião geral e urologista, Marcelo Bigarella. “A expectativa de vida das mulheres é quase oito anos maior que a dos homens no Brasil. Isto não tem explicação biológica e genética, é algo muito peculiar”, disse. De acordo com ele, a saúde do homem não se resume ao câncer de próstata, o mais frequente, só perdendo para o câncer de pele e melanoma, mas o mais característico, assim como o de mama para as mulheres. “O câncer de próstata não é a principal causa de mortalidade, o que mais mata nos dois sexos é o de pulmão”, explicou.

Ele falou ainda das atividades físicas, alimentação saudável e moderação do uso de álcool. “Precisamos de estratégias de prevenção ao uso abusivo. Uma das principais causas de morte dos homens até 35 anos é de acidentes de carro, e o álcool está envolvido em 61% dos casos. Quem fuma tem mais chances de desenvolver câncer, uma escolha individual que gera problemas muito graves. A ciência aponta o cigarro como algo extremamente nocivo”, alertou.

Segundo o urologista, exames de rotina são indispensáveis acima dos 30 anos, como endoscopias ou saúde bucal. “É preciso criar uma rede de apoio e também gerenciar o stress, com hobbies, distrações e conversas. Também é fundamental não postergar tratamentos de doenças que apareçam”, disse, ressaltando as particularidades da saúde do homem, como as doenças de próstata, doenças relacionadas à vida sexual, planejamento familiar, acesso à saúde e a conformação com os sintomas.

“O câncer de próstata é o crescimento fora de controle de células cancerosas que tomam outros tecidos. A maioria dos casos não tem sintomas na fase inicial. Os exames de rotina são importantes por isso, para detecção precoce. Com o diagnóstico precoce a chance de cura é de 95%. Um em cada dez homens terá câncer de próstata. Os fatores de risco são a idade, o histórico de família e é mais agressivo entre homens negros. Sedentarismo, abuso de gorduras e estresse podem aumentar as chances de incidência”, afirmou o especialista.

Ainda de acordo com o Marcelo Bigarella, o exame de toque deve ser incentivado. “18% dos casos são detectados precocemente pelo exame de toque aliado ao de PCA. Não existe outro exame de diagnóstico precoce. Homens com antecedentes familiares devem procurar urologistas a partir dos 50 anos, com fatores genéticos aos 45 anos e homens com gene compatível para câncer devem procurar a partir dos 40 anos”, explicou.

INCIDÊNCIA

O câncer está entre as quatro principais causas de morte prematura, de 30 a 69 anos, em todo o mundo. Entre a população masculina do Paraná estima-se 18.710 novos casos a cada ano, de 2020 a 2022, com 3.560 de câncer de próstata, 1.250 de câncer de colón e reto, 1.180 de traqueia, brônquios e pulmão, 900 de estômago e 720 de esôfago.

Dados sobre a proporção de óbitos no sexo masculino no Estado apontam também como causas de morte as doenças infecciosas e parasitárias e doenças dos aparelhos circulatório e respiratório e obesidade, além de causas externas, como violências e acidentes.

Entre os casos de Covid-19 registrados até o momento no Paraná, o sexo masculino corresponde a 53%. Os óbitos nesse público equivalem a 42%.

DADOS

A atenção primária à saúde no Paraná tem cadastrados, entre janeiro a julho deste ano, 4.275.378 usuários do sexo masculino e realizou neste período 1.017.075 atendimentos.

“São vários programas desenvolvidos pela Sesa e que abrangem a Saúde do Homem, como o programa de controle do tabagismo, o programa de saúde mental e o Vida no Trânsito, um projeto nacional para a redução do número de acidentes e que no Estado conta com a participação dos municípios considerados de maior porte”, arrematou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti.

Em Santa Catarina o mês de atenção a saúde do homem é novembro

A conscientização e campanhas acontece no estado vizinho no mês de novembro. A campanha Novembro Azul busca conscientizar sobre as doenças masculinas, em especial o câncer de próstata, que de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) é a segunda doença que mais mata homens em Santa Catarina.

O tabu em torno do exame de toque retal

A cada dia 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente 3 milhões vivem com a doença, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus de 2017. Cerca de 20% dos casos de câncer de próstata não conseguem ser diagnosticados através do exame sanguíneo (PSA). Por essa razão, a importância do exame de toque retal.

Variantes do Covid-19 pode aumentar casos da doença

162 views
13 mins leitura

Após uma grande parte da população vacinada, os decretos de restrições acabaram sendo afrouxados, mas as novas variantes principalmente a Delta e Lambda vem aumentando os casos de Covid-19, principalmente em grandes centros. Os órgãos de saúde orientam que os cuidados devem continuar, mesmo a maiorias das pessoas vacinadas. Em outros países que haviam liberado eventos e o uso da máscara tiveram que voltar atrás e exigir máscaras e reduzindo os eventos.

Em União da Vitória e Porto União ainda não há casos das duas variantes, mas nos estados já confirmaram a chegada das variantes. O Paraná confirmou o primeiro caso da variante Lambda (C.37), originária do Peru, na sexta-feira, 13, após o sequenciamento genômico pela Fiocruz, conforme amostragem aleatória, encaminhada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

Trata-se de uma mulher de Londrina, no Norte do Estado, sem comorbidades e que não havia sido vacinada. Ela coletou exames em 9 de julho, após os primeiros sintomas no dia 5. Não foi internada e teve sintomas leves.

Dois outros casos da variante Delta também foram confirmados nesta sexta entre as 91 amostras que foram processadas nos últimos dias. O primeiro é de uma mulher, moradora de Londrina, que apresentou sintomas no dia 4 de julho. O segundo caso foi em Cascavel, no Oeste, em um homem que apresentou sintomas no dia 9 de julho e coleta do RT-PCR no dia 13 do mês passado.

Ainda não há informações sobre o estado de saúde e vacinação do caso de Londrina. O homem de Cascavel não tinha sido vacinado até a data da coleta do exame, e se recuperou da doença.

“Temos insistido para que a população vá se vacinar. A primeira dose é muito importante e a segunda é fundamental para criar o escudo da imunidade. Isso nos ajuda na proteção, inclusive contra essas variantes. Fica mais uma vez o pedido, vacina é a nossa única e efetiva arma hoje para combater o vírus”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A variante Lambda foi identificada no Peru no final de 2020. Ao contrário da Delta, designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “variante de preocupação”, a Lambda é uma “variante de interesse”. O Paraná contabiliza 56 casos da variante Delta e 18 óbitos desde o começo da investigação da circulação no Estado. A transmissão dessa cepa já é comunitária. Os casos confirmados são em Apucarana, Curitiba, Piên, Fernandes Pinheiro, Araucária, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandaguari, Irati, Imbituva, Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Rolândia, Londrina e Cascavel.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirmou 25 casos da variante Delta do coronavírus em Santa Catarina pelo Laboratório de Referência Nacional Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro e do Ceará.

Com isso, até o momento o estado detectou 36 casos da variante Delta em 20 municípios. Desse total, quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do estado) e 25 em investigação sobre o local provável de infecção.

As amostras foram selecionadas por meio da estratégia de vigilância genômica do SARS-CoV-2 em Santa Catarina, que tem como objetivo monitorar as mutações e variantes que circulam no estado, bem como compreender os padrões de dispersão e evolução do vírus durante a pandemia em curso e o possível impacto na epidemiologia da COVID-19.

O Centro de Informações Estratégicas (CIEVS-SC), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), acompanha o trabalho das equipes de vigilância em saúde dos municípios na investigação epidemiológica dos casos quanto ao local provável de infecção, identificando se os mesmos possuem histórico de viagem para fora do estado nos últimos dias, bem como buscar o monitoramento e rastreamento de contatos próximos.

O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN/SC) implantou recentemente um protocolo de triagem de amostras de secreções respiratórias de casos confirmados de coronavírus por RT-qPCR para verificar as possíveis infecções por Variantes de Preocupação (VOC), como a delta. Para isso, utiliza uma metodologia que detecta mutações comuns às variantes alfa, beta e gama, e caso não seja detectada essa mutação, pode ser um indicativo de que a amostra seja da variante delta, vindo a receber prioridade para realização do sequenciamento.

Independentemente do tipo de variante do coronavírus, recomenda-se a adesão da população à vacinação contra a Covid-19, de acordo com o calendário pactuado entre o estado e os municípios. “É importante que todos compareçam aos locais de vacinação, quando chegar a vez, para receber tanto a primeira quanto a segunda dose da vacina. Também é importante que não se postergue e nem busque escolher o fabricante da vacina, pois todas as vacinas protegem contra as formas graves da doença. Apenas com o esquema vacinal concluído a imunização tem o seu efeito, e as pessoas estarão protegidas” alerta o Superintendente de Vigilância em Saúde Eduardo Macário.

Além disso, é fundamental continuar seguindo as medidas de prevenção para evitar a disseminação do vírus, como o uso de máscaras, com destaque para as do tipo PFF2 ou N95, que respeite o distanciamento social evitando aglomerações, mantenha os ambientes ventilados e pratique a higiene respiratória, lavando as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizando o álcool gel.

A variante Delta

A variante Delta é da linhagem viral B.1.617, que apareceu na Índia em outubro de 2020. Em maio de 2021, após ser associada ao agravamento da pandemia, a cepa foi declarada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme um estudo divulgado em julho por pesquisadores ligados a OMS e ao Imperial College de Londres, a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus original identificado na China, sendo assim ainda mais preocupante do que as variantes surgidas no Reino Unido (Alfa), na África do Sul (Beta) e no Brasil (Gama).

Epicentro da variante Delta

A prefeitura do Rio de Janeiro já havia anunciado que a cidade é o epicentro da variante Delta no Brasil. A análise genômica, que identifica as variantes do novo coronavírus, é feita por amostragem.

Apesar do apelo do secretário para que as pessoas evitem aglomerações e exposições desnecessárias, já que a variante Delta é mais transmissível que as outras, no fim de semana a Secretaria de Ordem Pública interditou duas festas clandestinas, uma com 2 mil pessoas e outra com 600.

Anvisa

A Anvisa esclarece que vem cumprindo seu papel na área de fronteiras, tanto no papel de órgão de caráter técnico e assessorial, nos termos da Lei 13.979, como no âmbito de suas competências operacionais em portos e aeroportos do Brasil.

A defesa técnica da Agência consta nos autos do processo judicial, tendo como fonte a Nota Técnica n. 137/2021/SEI/COVIG/GGPAF/DIRE5/ANVISA.

Cumpre destacar que a Agência não dispõe de competência legal para normatizar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos, tais como restringir a locomoção de pessoas e disciplinar os critérios para aplicação de medidas de quarentena. Da mesma forma, não compete à Anvisa regulamentar e definir medidas de detecção ou prevenção de fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, tais como programas e políticas de testagem laboratorial e de imunização da população.

O trabalho técnico da Agência é de caráter assessorial, por meio da recomendação de medidas aos ministros de Estado responsáveis. Nesse sentido, desde novembro de 2020, a Anvisa vem recomendando a quarentena de 14 dias para todos os viajantes procedentes do exterior. No entanto, apesar de se tratar de medida primordial de combate à propagação do Sars-CoV-2 e suas variantes, tal recomendação nunca foi incorporada nas Portarias que tratam da restrição de entrada de estrangeiros no País. 

Os dados sobre a evolução da prevalência da variante Delta mostram que o surgimento dessa variante em outros países iniciou-se em janeiro, e sua prevalência começou a ser ampliada a partir de março de 2021. Porém tanto o surgimento da variante em território brasileiro quanto a sua evolução está sendo retardados, se comparados com as curvas de países desenvolvidos, o que reflete a atuação dos fluxos de contingência implementados pela Anvisa.

Em relação às práticas de testagem, é importante esclarecer que a política nacional de testagem em solo brasileiro é estabelecida pelo Ministério da Saúde, cabendo a sua execução aos estados e municípios.

Ônibus Lilás fará atendimentos a mulheres vítimas de violência na região de União da Vitória

274 views
12 mins leitura

O Ônibus Lilás voltou a circular no Paraná neste mês de agosto, em que se comemora os 15 anos da Lei Maria da Penha. A unidade móvel da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho dedicada ao atendimento às mulheres vítimas de violência estará nesta quarta-feira 18, em União da Vitória, após passar por algumas cidades da região.

O programa desenvolvido por meio do Departamento de Garantias dos Direitos da Mulher oferece orientação contra violência doméstica e familiar, direitos da mulher, orientação psicológica, jurídica e assistência social para mulheres. Segundo a Lei Maria da Penha, agressão não é apenas aquela que deixa marcas físicas. Embora a violência física e o abuso sexual sejam mais evidentes, outros tipos de violência também causam sofrimento e podem ser punidos.

A legislação também condena casos de violência emocional ou psicológica, como xingar, humilhar, ameaçar, fazer a mulher acreditar que está ficando louca e controlar tudo o que ela faz; patrimonial, como controlar ou tirar o dinheiro da mulher ou destruir seus objetos; e moral, que consiste em humilhar a vítima publicamente e expor sua vida íntima.

“Políticas públicas são importantes para a prevenção e enfrentamento da violência. Os nossos ônibus são preparados para garantir a privacidade e sigilo no atendimento individual das mulheres”, diz o secretário Ney Leprevost.

Para as ações nos diversos municípios, todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 são adotados para que os atendimentos presenciais aconteçam de forma segura no interior do ônibus, com a presença de uma pessoa por vez.

A unidade conta com dois consultórios, onde as mulheres podem fazer as denúncias e são acolhidas por psicólogas. As vítimas também recebem orientação jurídica sobre onde e como podem buscar ajuda, além de terem acesso a material gráfico para conscientização de seus direitos.

“O Paraná trabalha fortemente para que as mulheres se sintam protegidas e o Ônibus Lilás é mais um instrumento para isso”, afirmou a chefe do Departamento de Garantias dos Direitos da Mulher, Mara Sperandio.

“Atendendo uma requisição do deputado Hussein Bakri, líder do governo, nós liberamos o Ônibus Lilás para região de União da Vitória e vai estar a semana toda na região, atendendo os municípios porque é muito importante hoje você fazer a prevenção contra a violência. As mulheres têm sido muito vítimas de violência, inclusive nessa época de pandemia aumentou a violência contra mulher em alguns lugares do Brasil, mas aqui no Paraná nós estamos atentos e conscientizando, levando informações. No ônibus lilás para toda mulher tem o sigilo garantido para denunciar e recebe as orientações de como deve proceder juridicamente em busca de reparos também quando, ela é agredida, mas o ideal mesmo é nós conscientizarmos a sociedade de que não se pode agredir a mulher”, relatou o Secretário.

O deputado Hussein Bakri (PSD), destacou a vinda do ônibus para a região, “É um trabalho continuo, nós temos o trabalho comandado pela Gabi na Secretaria Regional da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), do botão do pânico com a polícia militar e nós já tivemos resultados fantásticos e agora nós estamos com esse Ônibus lilás que vai na mesma linha. Estou muito contente com o apoio do secretário Ney, do nosso querido Governador e dizer que a região inteira está sendo brindada nesse mês especial com esse ônibus. Quero agradecer a parceria das prefeituras e especialmente a Sejuf comandado pela Gabi e agradecer também a casa civil que fez um esforço muito grande para poder levar as pessoas da região esse benefício tão importante”, destacou o deputado.

O governador Ratinho Junior também falou sobre a vinda do Ônibus para a região de União da Vitória, “Essa semana vai estar acontecendo em União da Vitória e também toda a região que é o trabalho da Secretaria de Justiça família e Trabalho que é o nosso ônibus lilás que vem para fazer o atendimento de Combate à violência à mulher e também darão atendimento aquelas mulheres que para algum motivo foram agredidas moralmente e até fisicamente. Então esse ônibus que vai com a equipe jurídica, assistência social, psicólogos e tem uma parceria com as prefeituras que também entrou com toda a equipe técnica. Ao mesmo tempo é uma um trabalho de conscientização de levar uma cultura de paz e de também de punição até, criando a concepção que o homem que faz isso será punido aqui no nosso estado. A justiça tem tratado de forma muito severa isso e também a nossa Polícia Civil investigando os casos, então é um empreendimento importante que é um trabalho do Governo do Estado em atendimento em defesa da mulher e automaticamente atendendo essas mulheres que precisam desses atendimentos jurídicos psicológicos e de ação social”, completou o Governador.

A primeira parada do ônibus em União da Vitória será no bairro João Paulo, segundo informou em suas redes sociais a chefe da Sejuf. “Nesta quarta-feira, 18, o Ônibus Lilás estará em frente ao centro comunitário do bairro João Paulo, oferecendo diversos benefícios gratuitos para as mulheres das 9 às 17 horas.  Não posso deixar de registrar aqui o meu agradecimento a todos que ajudaram para que a nossa cidade fosse incluída no roteiro”, escreveu colocando a lista de várias entidades e pessoas que auxiliaram na vinda do Ônibus para a região. Os próximos locais que o Ônibus estar é em União da Vitória ainda não foram divulgados.

Agosto Lilás

Criada para punir casos de violência doméstica e familiar contra mulheres, a Lei Maria da Penha completou 15 anos no sábado, 7 de agosto. A Câmara dos Deputados vai comemorar a data com a campanha Agosto Lilás. A campanha contará com uma ampla programação transmitida pelo canal no YouTube da Secretaria da Mulher e pelo portal e-Democracia

Atendimento especializado

Atualmente, no Brasil existem apenas 381 delegacias especializadas – nem todas para atendimento à mulher – e apenas 139 varas especializadas no Poder Judiciário. Para reverter esse cenário, está em discussão na Câmara o projeto de lei 501/19, da deputada Leandre (PV-PR), que obriga os estados a criarem, em suas microrregiões, Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher no prazo de cinco anos.

“A especialização deste tipo de delegacia serve para criar não apenas um ambiente mais amigável ao acolhimento das denúncias, com a presença, por exemplo, de delegadas do sexo feminino, mas também para empreender ações mais efetivas de combate à violência contra a mulher”, justificou a deputada.

Segundo a autora da proposta, as delegacias especializadas estão em sua maioria sediadas em grandes centros urbanos e capitais, deixando “desassistidas as regiões no interior dos estados, onde também existem centenas de mulheres que precisam de proteção”.

Origem da Lei Maria da Penha

O nome da lei homenageia Maria da Penha, que sofreu tentativa de feminicídio em 1983, ficando paraplégica. Até 1998, o agressor de Maria da Penha continuava em liberdade, e o caso ganhou repercussão internacional e foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em 2001, a OEA responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras.

A OEA recomendou não apenas que o Brasil desse seguimento à devida punição do agressor de Maria da Penha, como prosseguisse com uma reforma que evitasse a tolerância estatal nesses casos.

Diante da falta de medidas legais e ações efetivas, em 2002 foi formado um consórcio de organizações não governamentais (ONGs) feministas que elaborou a primeira versão de uma lei de combate à violência doméstica contra a mulher. Em 2006, após muita discussão na Câmara e no Senado, a lei foi aprovada pelos parlamentares.

UNIÃO DA VITÓRIA

Quarta-feira, 18/08

Quinta-feira, 19/08

Sábado, 21/08

CRUZ MACHADO

Sexta-feira, 20/08