O GAÚCHO E O 20 DE SETEMBRO

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Estamos em 2021 no mês de setembro e em quase todos os Estados brasileiros, e por que não dizer em vários locais do mundo, pois onde mora um gaúcho, ali se festeja a data. Esta que é festejada por uma revolução da qual não houve vencedor; por conseguinte a bravura gaúcha, fez com que o Hino Rio-Grandense é mais cantado que o próprio Hino Nacional. Isso expressa a tamanha grandeza cultural, ou seja, a paixão do seu povo pelo tradicionalismo e o amor pelas coisas da terra.

 O evento lembra o começo da Revolução Farroupilha que ocorreu em 20 de setembro de 1835, mais longa revolução do Brasil, que durou quase dez anos e tinha como ideal liberdade, igualdade e humanidade. A Semana Farroupilha é uma semana que todos os gaúchos vão para as ruas comemorar, tomando um chimarrão e celebrando com desfiles, shows e se caracterizando de forma adequada. Com as moças de vestido de prenda e os homens de bombacha, lenço, guaiaca, chapéu, entre outros.

O gaúcho tem, desde o nascimento, uma cultura própria da rudeza e da delicadeza e respeito ao próximo, onde as prendas são enaltecidas pela grandeza da mulher gaúcha. Os peões mostram suas bravuras e a simplicidade, que muitas vezes têm sua imagem denegrida por ciúmes alheios, pois no Rio Grande o gaúcho parece vítima e carrasco; bom e mau; maragato e chimango; é gremista ou é colorado. Além disso, soma-se à riqueza musical dos festivais do Estado, que joga na praça, anualmente, centenas de músicas nativas e voltadas à cultura gaúcha, cantando o orgulho das tradições.

Os CTGs estão espalhados pelo mundo através dos antigos e atuais desbravadores que, até hoje, avançam pelos confins do mundo, com seus altos e baixos, com crises ou não, com a globalização que impõe o aculturamento através da grande mídia padronizada. O CTG se mantém e todos os anos é sagrado o movimento de vinte de setembro, uma parada obrigatória para comemorar o Dia do Gaúcho.

No Rio Grande é feriado, sendo que as festividades começam uma semana antes com os Acampamentos Farrapos, para relembrar os bravos guerreiros da Revolução Farroupilha. É o respeito pelos tempos, uma semana onde se conversa, se dança, se integra as famílias, os amigos, numa tertúlia em que o piazito e a prendinha, o vovô e a vovó se pilcham para cantar, diariamente, o hino do Estado. Além do mate, saboreia-se o churrasco campeiro, como faziam os farrapos da época. É a obrigação de dizer “Obrigado”, ao menos uma vez por ano, aos velhos guerreiros, numa atitude ética e franca de lealdade e fraternidade, que integra o gaúcho na Semana Farroupilha.

Salve o gaúcho e a Semana Farroupilha, e como diz o Hino Rio-Grandense: “Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra”.

Até a próxima!

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