O primeiro silo do Planalto Norte que realiza secagem de grãos com ar ambiente fica em Irineópolis.

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A iniciativa pioneira na região inspirou visita técnica dos estudantes de agronomia do Instituto Federal de Santa Catarina, que na última semana vieram conferir como funciona o sistema adotado pelo produtor Jozisclei Henning e seus irmãos, na localidade de São Roque.
O engenheiro agrônomo e extensionista da Epagri, Alex Caitan Skolaude conta que o sistema foi desenvolvido pela Emater do Rio Grande do Sul e já está em funcionamento em mais propriedades de Irineópolis. “A Emater disponibilizou o programa para que a Epagri pudesse fazer os projetos desse silo. O Jozisclei foi o primeiro a ser atendido, mas já implantamos em mais duas propriedades do município e temos projetos para outras”, conta Skolaude.
Entre as vantagens da utilização do ar ambiente para a secagem dos grãos está a qualidade do produto final. “A secagem não provoca danos térmicos para os grãos, o que faz com que a qualidade do produto final seja bem superior. Também tem a possibilidade do produtor secar e armazenar os grãos no mesmo silo e na mesma propriedade, gerando uma autonomia para o agricultor”, explica o engenheiro agrônomo, que destaca ainda a redução do custo que o produtor teria pagando o transporte dos grãos até a cooperativa para fazer a secagem.
Para o secretário de agricultura, Edson Marcos Chaves, a tecnologia utilizada é boa e viável para as pequenas propriedades. “Esse tipo de silo tem uma grande importância no armazenamento e secagem dos cereais, servindo tanto para o milho, como também para feijão ou arroz. Seu funcionamento depende de um motor e um exaustor que fazem toda a parte de ventilação do silo, por isso tem um custo baixo para a implantação e gera muitos benefícios”, comenta o secretário, que junto da equipe da Epagri também acompanhou a visita dos estudantes de agronomia. “A visita dos alunos do IFSC foi muito importante, porque puderam ver de perto e tirar dúvidas sobre essa estrutura, podendo contribuir com o desenvolvimento de mais propriedades na região”, destaca.
O produtor Gleidjunior Henning conta que o silo tem capacidade para armazenamento de 400 sacos de milho e desde sua construção, finalizada pela família em junho de 2022, já está fazendo a diferença na propriedade. “Fizemos com a intenção de não tirar o grão da propriedade, pelo custo do frete e do armazenamento. Percebemos também que nessa forma de secagem tem mais qualidade do que secado a fogo. Os animais também preferem esse milho do que os outros, até eles sentem a diferença, que é cem por cento melhor”, avalia o produtor que relata que o investimento foi em torno de R$16 mil, financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Rural, contando com a construção da cobertura. “Também saiu ainda mais em conta porque a mão de obra foi nossa, mas vale a pena o investimento”, relata.
O governo do Estado, por meio da secretaria de agricultura oferece apoio para subsidiar a implantação desse tipo de Silo, as linhas de crédito Investe AGROSC e Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR). Os produtores interessados em conhecer o projeto e saber como funciona podem procurar o escritório da Epagri de Irineópolis para mais informações.

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