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Projeto de Alvaro Dias institui reconhecimento oficial pelo Brasil do Holodomor, o genocídio ucraniano
O senador Alvaro Dias apresentou um projeto nesta quarta-feira, 2, que tem a finalidade de instituir em lei o reconhecimento oficial, pelo Brasil, do genocídio de ucranianos por meio da fome, o Holodomor. O projeto determina o quarto sábado de novembro como Dia de Memória do Holodomor no Brasil.
O cenário de guerra vivido atualmente pela Ucrânia tem causado comoção em todo o mundo. O líder do Podemos, Alvaro Dias, reconhece a importância da solidariedade e do respeito dos brasileiros com a Ucrânia neste momento de profunda dor e dificuldades.
“Toda a sociedade ucraniana foi sujeita a uma enorme violência, comprometendo por muitas décadas o difícil processo de construção da identidade nacional. A convicção de que com a fome e morte se tinha alcançado uma vitória definitiva sobre o campesinato foi assumida em diversas ocasiões. Calcula-se que morreram mais de três milhões de pessoas no Holodomor”, afirma Alvaro Dias na justificativa do projeto.
O Líder do Podemos explica que a comemoração anual na data proposta já é observada pelo mundo, tanto na Ucrânia quanto por comunidades de ucranianos e seus descendentes vivendo em outros países.
“Os olhos da história, a memória da consciência universal e a inteligência dos povos serão sempre a garantia da proclamação dos direitos humanos e da condenação implacável da brutalidade e da vilania. Tenho plena consciência de que para os ucranianos espalhados pelo mundo – notadamente para os 600 mil descendentes que vivem no Brasil – o presente projeto de lei é uma manifestação basilar à memória das vítimas do Holodomor”, destaca o senador Alvaro Dias.
No Brasil, os filhos da diáspora ucraniana somam 400 mil descendentes, a maioria concentrada na região sul do País, onde o clima temperado ainda é considerado quente por um povo acostumado com temperaturas de 20 graus negativos ou até menos. O Paraná concentra 90% dessa comunidade, que começou a chegar ainda no tempo dos czares russos em busca de terras gratuitas. Cinco gerações se passaram desde a vinda das primeiras famílias. Em Prudentópolis, no interior do estado, hoje é dia de luto para a maior parte das famílias: 75% da população da cidade tem sangue ucraniano. A grande maioria perdeu parentes no Holodomor. A língua falada pelos tetravôs e bisavôs ainda pode ser lembrada nas ruas, mesmo que seja pelo sotaque carregado que invade o português.
Porto União já criou o Dia em Memória às vítimas do Holodomor
A Lei 4.787, de 21 de dezembro de 2021, de autoria do vereador Walbert de Paula e Souza (PL), criou o Dia em Memória às vítimas do Holodomor.
O vereador convidou o presidente do Clube Ucraniano das cidades, Vilson Kotwiski, para falar sobre o assunto na câmara antes da aprovação da Lei.
“O período de Novembro é época em que a comunidade de origem ucraniana em Porto União relembra esse período terrível da história, onde o regime soviético matou aproximadamente 10 milhões de ucranianos, ou seja, um terço da população ucraniana da época. No mês de novembro aqui em Porto União a comunidade de origem ucraniana relembro esses fatos ocorridos na história de seu país. Necessita o nosso reconhecimento, visto que tomar vulto de crime contra a humanidade. Essa história do século passado acaba sendo contemporânea pois não podemos permitir que fatos semelhantes voltem a ocorrer. Porto União que tem parte significativa de sua população de origem ucraniana necessita dar apoio ao conhecimento da História de nosso povo para seguir consciência e não permitir que a humanidade ocorra nos mesmos erros do passado, não permitindo, portanto, que o mal prevaleça”, discursou na época o vereador.
O que foi o Holodomor
Por vezes referido como a Grande Fome, foi um período de fome na Ucrânia Soviética de 1932 a 1933 que causou a morte de milhões de ucranianos. Como parte da mais vasta fome soviética de 1932-33 que afetou as principais áreas produtoras de cereais do país, milhões de habitantes da Ucrânia, a maioria dos quais eram ucranianos, morreram de fome numa catástrofe sem precedentes na história da Ucrânia em tempo de paz
As estimativas iniciais do número de mortos por estudiosos e funcionários do governo variaram muito. De acordo com estimativas mais elevadas, até 12 milhões de ucranianos teriam perecido em resultado da fome direta e indiretamente. Uma declaração conjunta das Nações Unidas, assinada por 25 países em 2003, declarou que entre 7 e 10 milhões pereceram. Desde então, a investigação reduziu as estimativas para entre 3,3 e 7,5 milhões. Segundo as conclusões do Tribunal de Recurso de Kiev em 2010, as perdas demográficas devidas à fome ascenderam a 10 milhões, com 3,9 milhões de mortes por fome direta, e mais 6,1 milhões de défices de natalidade.
Desde 2006, o Holodomor é reconhecido pela Ucrânia e outros 15 países como um genocídio do povo ucraniano levado a cabo pelo governo soviético de Josef Stálin. No início da década de 1930, Stálin decidiu aplicar uma nova política para a URSS, através da transformação radical e acelerada das suas estruturas econômicas e sociais. Essa mudança visava aos seguintes objetivos: A coletivação da agricultura, ou seja, a apropriação pelo Estado soviético das terras, colheitas, gado e alfaias pertencentes aos camponeses. Dessa forma, o Estado passaria a estabelecer planos de coleta para a produção agropecuária, que lhe permitiam de modo regular e quase gratuito, abastecer as cidades e as forças armadas, bem como exportar para outros países. Por outro lado, pretendia-se estabelecer um efetivo controle político-administrativo sobre o campesinato, forçando-o a apoiar o regime soviético. Esse apoio seria igualmente garantido com a eliminação da camada social mais próspera e favorável à economia de mercado, os kulaks.
Os camponeses (82% da população soviética), depois de serem obrigados, através de todo o tipo de abusos e violências, a entregar os bens, são forçados a aderir às explorações agrícolas coletivas ou estatais. Estas destinavam-se a abastecer, de forma regular e quase gratuita, o Estado com produtos agrícolas e pecuários, através de planos de coleta fixados pelas autoridades centrais.
No entanto, em muitos casos, as vítimas da repressão foram simplesmente abandonadas nesses territórios distantes e inóspitos. Em consequência disso, aproximadamente 500 mil deportados, entre os quais muitas crianças, morreram devido ao frio, à fome e ao trabalho extenuante.
Sessão Espacial na Alep
A Assembleia Legislativa do Paraná realiza na próxima segunda-feira, 07, a partir das 14h30, uma sessão especial em solidariedade e apoio ao povo ucraniano, que sofre com os ataques militares realizados pela Rússia. A decisão da solenidade é da Mesa Executiva da Assembleia, formada pelo presidente Ademar Traiano (PSDB), pelo primeiro secretário, Luiz Claudio Romanelli (PSB), e pelo segundo secretário, Gilson de Souza (PSC) e conta com o apoio dos demais deputados. Os parlamentares vão usar o espaço para externar todo o respeito e apoio da Assembleia à Ucrânia que deve contar com a presença de lideranças ucranianas no Paraná, estado que abriga a maior colônia ucraniana do Brasil.
De acordo com o primeiro secretário da Assembleia, a sessão da próxima segunda-feira vai marcar o apoio irrestrito do Legislativo em defesa do País europeu. Além da iluminação em amarelo e azul do prédio da Assembleia que acontece desde o dia 1º, a bandeira da Ucrânia será hasteada em frente ao Poder Legislativo. Os deputados estaduais paranaenses também publicaram um manifesto de apoio incondicional ao povo ucraniano. “É inegável a contribuição das famílias de descendentes para o desenvolvimento de muitas cidades e regiões paranaenses. A Ucrânia é uma nação irmã e as violentas ações militares russas merecem total repúdio. A invasão promovida pela Rússia ataca todos os princípios de harmonia entre as nações e de convivência pacífica entre os povos. O parlamento do Paraná reforça a defesa da democracia e acredita que seus preceitos devem ser aplicados em qualquer lugar do mundo. O diálogo é a melhor forma de resolver conflitos. A soberania, a integridade territorial e o povo ucraniano têm nosso reconhecimento e respeito”, diz o texto.
Ao anunciar a sessão especial, Romanelli afirmou que a solenidade visa evidenciar o repúdio da Assembleia contra os atos de violência promovidos pela Rússia. “Esta é uma forma do Poder Legislativo demonstrar seu respeito pela sociedade ucraniana, que tem grande influência na cultura e economia do Estado do Paraná. O mundo está vendo a barbárie que está sendo cometida”, reforçou.
O líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), definiu o sentimento como de horror. “Eu sou descendente de libaneses refugiados, que vieram para o Brasil fugindo de uma guerra. Estamos na época da tecnologia, será que estamos à mercê de um inconsequente?”, indagou, ao se referir ao presidente russo.
Chuva fica abaixo da média em fevereiro no Paraná, aponta o Simepar
Fevereiro fechou com chuva abaixo da média histórica na maior parte das cidades paranaenses. A precipitação diária foi volumosa em alguns pontos do Estado, porém de forma isolada e rápida, típica de verão. Considerando o cenário de estiagem dos últimos dois anos, os números, no entanto, até que dão um fôlego aos reservatórios. Os dados são do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
A Capital teve o fevereiro mais chuvoso em três anos, apesar de um déficit de mais de 30% da sua climatologia. Foram 101,2,6 mm de chuvas registrados em Curitiba neste mês de fevereiro, contra 72,2 mm em fevereiro de 2021 e 79,2 mm no mesmo mês em 2020. O Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba aponta que o nível geral dos reservatórios está em 84,81%.
Com poucas frentes frias, as instabilidades ocorreram de forma isolada. O déficit de chuva foi mais expressivo em parte do Norte e no Litoral do Estado, além de cidades como União da Vitória, Apucarana e Cerro Azul.
Foz do Iguaçu, Guaíra, São Miguel do Iguaçu, Palotina, Toledo, Cascavel, Assis Chateaubriand, Salto Caxias, Cianorte, Umuarama, Francisco Beltrão, Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão, Maringá, Palmas, Guarapuava, Entre Rios (Guarapuava), Cândido de Abreu, Londrina, Telêmaco Borba, Fernandes Pinheiro, Ponta Grossa, Cambará, Pinhais, Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá e Guaratuba, onde há estações do Simepar, também registraram menos chuvas do que o esperado.
“Houve destaque na falta de chuvas na região litorânea e parte do Norte e Noroeste, com déficit acima de 100 milímetros de chuva”, explicou Samuel Braun, meteorologista do Simepar. Guaratuba, por exemplo, registrou “falta” de 188 mm. Em Cianorte, choveu perto de 50 milímetros, enquanto a média esperada era de 150 mm.
Em apenas dois pontos a chuva ultrapassou a média histórica para fevereiro. Em Jaguariaíva choveu 307,4 mm, quase 170 mm acima da média climatológica. Santa Helena também registrou boas precipitações. A chuva forte, porém, foi concentrada em poucos dias, como ocorreu em Umuarama, no dia 22, e em Pinhão, no dia 25, causando transtornos à população.
MARÇO – Para março, a tendência é que a chuva seja mais expressiva. “Principalmente em função da primeira quinzena deste mês, com várias frentes frias avançando pelo Estado e proporcionando a ocorrência de chuva um pouco mais expressiva”, destacou Braun.
Em Paranavaí, o dia 1º de março já registrou a maior chuva diária: 66,8 mm, um número expressivo se levar em conta que a média histórica para o mês é de 115 mm. Em fevereiro, o acumulado foi de 67 mm.
“Se esquecermos a divisão dos meses, considerando que fevereiro tem 28 dias, podíamos dizer que em Paranavaí até choveu dentro da normalidade, com mais de 130 milímetros nos últimos 30 dias”, citou o meteorologista Fernando Mendonça Mendes, também do Simepar.
Em Cianorte, que teve déficit de chuvas acentuado em fevereiro, o primeiro dia de março também começou chuvoso, com precipitação acumulada de 56,6 mm – o esperado para março fica entre 110 e 120 mm. Em Curitiba, março deve ficar com chuvas próximas da média: 123 mm.
“O indicativo é que o regime de chuvas continue dentro da média. Não cobre o déficit dos anos anteriores, mas, pelo menos, não vai haver interrupção nas precipitações”, concluiu Mendes.
TEMPERATURAS – As temperaturas ficaram acima das médias históricas em boa parte do interior do Estado. Para este mês de março, a expectativa é de dias mais amenos, como o início do outono. Os dias foram mais quentes que a média para fevereiro no Estado, entre 1° C e 2° C, conforme o mapa divulgado pelo Simepar. Destaque para as temperaturas máximas médias, que ficaram até 3°C acima das médias em pontos das regiões Sudoeste, Oeste e Noroeste. A menor temperatura do mês ocorreu em General Carneiro, com 5,7°C, no dia 08. Em Capanema foi registrado maior valor, com 40,4°C, no dia 24.
Confira a média de chuvas do mês de fevereiro:
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Prefeito de Canoinhas, Beto Passos, apresenta projetos do Plano 1000 ao Governo de Santa Catarina
Prefeito de Canoinhas, Beto Passos, esteve nesta quarta-feira, 2, em Florianópolis apresentando os projetos do Município ao Plano 1000, do Governo do Estado de Santa Catarina.
“Estamos pleiteando recursos deste plano para o Parque Cidade de Canoinhas e para pavimentações. Os secretários Eron Giordani e Paulo Eli nos receberam e vão analisar o material”, comenta o prefeito Beto Passos.
O parque vai ser o único do Planalto Norte tornando-se ponto turístico regional. “Estamos propondo pavimentações de vias importantes que vão beneficiar várias regiões do município”, garante o prefeito.
Os projetos ficarão sob análise do Governo do Estado e ainda não há data para divulgação da avaliação.
Se aprovado, Canoinhas poderá receber até 54 milhões de reais em quatro ou cinco parcelas anuais.
Enxurrada causa prejuízos em Porto União e União da Vitória
Após um período sem chuvas significativas, no primeiro dia do mês de Março uma forte chuva que durou aproximadamente 1h30 acabou trazendo transtorno e prejuízos em Porto União e União da Vitória.
O primeiro dia de Março começou quente e abafado, tendo alguns pingos de chuva após às 16 horas. Mas a partir das 18h uma forte chuva com ventos acabou alagando casas, empresas e quase todas as vias do centro das duas cidades.
Devido as problemas causados pela enxurrada que chegou a quase 100 mm em uma hora a defesa civil de União da Vitória e o Prefeito Bachir Abbas saíram in loco para verificar os problemas. A Previsão segundo a Simepar era de 75% de chuva com acumulado de 4mm de chuva, o que passou muito da previsão. Segundo a Simepar em fevereiro, a chuva prevista para o Estado ficou abaixo da média histórica na maior parte das cidades paranaenses. Segundo informações não oficiais este foi a maior precipitação pluviométrico dos últimos 8 anos.
A Defesa Civil de União da Vitória realizou mais de 10 atendimentos na noite de terça-feira, 01, depois do forte temporal que caiu na cidade entre às 18h e 20h. Os dados da Defesa Civil mostram que no período de duas horas o volume de precipitação acumulada foi de 95mm.
Durante toda a noite o prefeito Bachir Abbas, esteve em conjunto com as equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Obras percorrendo os principais pontos que foram atingidos com as chuvas e colocaram a disposição toda a estrutura para socorrer a população.
A chuva afetou diversas regiões tanto na área central quanto nos bairros, com atendimentos nos bairros São Gabriel, Nossa Senhora do Rocio, Lagoa Dourada, São Bernardo, Nossa Senhora da Salete e Limeira.
Os principais atendimentos realizados pelas equipes da Defesa Civil e Secretaria de Obras foram com a queda de muros, alagamentos e enxurradas em residências e limpeza de bocas de lobo para desobstrução em ruas alagadas em diversas regiões do Município.
O Coordenador Municipal da Defesa Civil de União da Vitória, Douglas Malschitzky, afirmou que ainda está sendo realizado o levantamento final, porém até o começo da manhã desta quarta-feira, 02, já foram registradas mais de 100 residências e empresas que tiveram danos e prejuízos com alagamentos, enxurradas e quedas de muros.
A Prefeitura de União da Vitória informa que quem tiver algum problema por conta das fortes chuvas que caíram na cidade, entre em contato com o Corpo de Bombeiros através do telefone 193. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão trabalhando em conjunto para que todas as ocorrências relacionadas às chuvas possam ser resolvidas o mais breve possível
Em Porto União, segundo informou o Corpo de Bombeiros, Comandado pelo Tenente Marco Colla, as guarnições de serviço da 3ª Companhia de Bombeiros Militar de Porto União atenderam 20 ocorrências, destas 10 ocorrências foram atendidos em um curto período de tempo entre as entre as 18h30 e às 21h50. Seis ocorrências relacionadas diretamente ao alto índice pluviométrico que embora ocorreu por pouco tempo registrou prejuízos a algumas famílias de Porto União. “Destacamos o atendimento relacionado a um incêndio registrado na rua Alfredo Metzler bairro Santa Rosa em Porto União, o mesmo foi inicialmente controlado pelo proprietário, sendo constatado pela guarnição danos na parte superior da casa, sendo a provável causa do inicio do incêndio um raio que atingiu a parte superior da casa e danificou pequena parte do teto e condutores elétricos, após deixar o local em segurança e orientar o proprietário a guarnição seguiu para demais atendimentos”, informou a 3ª Cia de Bombeiros. Foi realizado auxílio a residentes na rua Zalfa Yared no Bairro São Pedro devido alagamento de residências, foram entregues lonas na mesma região devido destelhamento. Também foi prestado auxilio e realizado trabalhos na rua Camarista João Clausen, no bairro São Pedro onde ocorreu o deslocamento de um muro de divisa entre lotes e também realizado vistoria devido deslocamento de terra nas proximidades do Clube Concórdia região central de Porto União, sendo está situação também informada a Defesa Civil do município para Procedimentos cabíveis.
A Previsão para os próximos dias são de chuvas na região. Segundo o Epagri Ciram a previsão de chuva com temporais localizados, com rajadas de vento momentâneas acima de 60km/h, raios e granizo, devido a frente fria em deslocamento por SC e formação de áreas de instabilidade. A chuva deve persistir, segundo a previsão para aproxima semana.
Um fato curioso após a enxurrada foi o número de placas de veículos perdidos pelas ruas alagadas. As publicações na internet de pessoas procurando placas e pessoas divulgando locais onde há várias placas na rua foi muito grande.
São Paulo também sofreu com fortes chuvas
O forte temporal que atingiu a cidade de São Paulo e parte da região metropolitana na noite terça-feira, 1º, provocou diversos alagamentos. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 150 chamados para enchentes e alagamentos na capital e na Grande São Paulo.
Duas pessoas ilhadas tiveram que ser resgatadas pelos bombeiros na Avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, na Vila Prudente, zona leste. O túnel do Vale do Anhangabaú, no centro, e algumas ruas do entorno ficaram alagadas. Circulam vídeos nas redes sociais de diversos pontos da cidade com ruas tomadas de água e carros boiando.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas provocaram o transbordamento do Córrego Ipiranga na altura da Avenida Tereza Cristina, na zona sul paulistana. A região de Pinheiros, a oeste da cidade, chegou a acumular 93,6 milímetros de chuva, e a Vila Prudente, na zona leste, registrou 79,5 milímetros de precipitação.
Os bombeiros atenderam ainda 93 chamados para quedas de árvores e 12 ocorrências de desabamentos e deslizamentos de terra
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Nota da Prefeitura de União da Vitória
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União da Vitória manifesta solidariedade ao povo ucraniano
Na nota divulgada na tarde desta sexta-feira, 25, a prefeitura de União da vitória se solidariza com o povo ucraniano que sofre neste momento uma invasão russa. “O povo ucraniano hoje sofre com a invasão de tropas russas, sentimos como nossos o sofrimento e a dor desta nação, em muito, porque União da Vitória possui seus traços, aqui, nos primórdios de nosso município, nossos irmãos ucranianos construíram sua história, influenciam diretamente no modo de vida da nossa terra”, diz uma parte da Nota. A nota continua reforçando os laços entre a Ucrânia e em especial o município que teve na sua colonização também ucranianos.
“O Município de União da Vitória se solidariza com o Governo da Ucrânia e com toda a comunidade ucraniana local, nacional e mundial, colocando-se ao lado desta e clamando pelo respeito a sua soberania”, completa.
O Governo do Estado do Paraná também se solidarizou com a população ucraniana. “Temos fortes laços com a Ucrânia. Vivem no Estado quase 500 mil ucranianos e seus descendentes, o maior contingente desta população fora do país de origem”, destacou o governador em exercício Darci Piana.
“Compartilhamos com nossos irmãos ucranianos a preocupação com as consequências desse conflito e esperamos que uma solução diplomática seja encontrada com rapidez e evite mais sofrimento para a população civil daquele país”, ressaltou.
Saída diplomática ainda é aposta de analistas para Rússia e Ucrânia
Apesar dos ataques da Rússia em território ucraniano nas últimas horas, pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil ainda apostam em uma saída diplomática para a disputa. O fato de o conflito envolver potências nucleares, como a própria Rússia e os Estados Unidos, por exemplo, impõe limites para uma solução armada. A guerra recupera conflitos geopolíticos que remontam à Guerra Fria, mas que, num contexto atual, estão relacionados aos interesses de países do Ocidente em avançar em controle e influência nos países do Leste Europeu, que faziam parte da antiga União Soviética.
Na visão do professor de Relações Internacionais e Economia Giorgio Romano Schutte, da Universidade Federal do ABC (UFABC), o caso repete um script já adotado por Vladimir Putin, presidente russo, no conflito envolvendo a Geórgia, em 2008. “Você teve cinco dias de confrontos pesados entre o exército da Geórgia e da Rússia e depois um cessar-fogo, uma negociação, e ninguém mais fala da entrada da Geórgia na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, disse.
O professor Maurício Santoro, do Departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), diz que há similaridade entre os casos, mas ele aponta que o conflito atual tem maiores proporções. “Na Ucrânia, nós estamos falando do maior país que fica integralmente na Europa, porque a Rússia tem uma parte na Ásia, e um país com 45 milhões de habitantes. É outra escala, muita coisa ruim pode acontecer disso. A Ucrânia faz fronteira com vários outros países europeus”, aponta.
Em 2008, a ação se deu na Geórgia, após investida da Otan para que o país viesse a compor a organização. E, em 2014, a possível filiação da Ucrânia à União Europeia resultou na anexação da península da Crimeia ao território russo. “Ao longo desses últimos anos, a Ucrânia continuou um processo de aproximação com o Ocidente e o atual presidente [Volodymyr] Zelensky é bastante crítico à Rússia”, destaca Santoro. Para o professor, “não há ainda uma definição exata de em que esfera de influência eles [Geórgia e Ucrânia] vão permanecer”.
Esforço diplomático
O professor aposentado de História Contemporânea Antônio Barbosa, da Universidade de Brasília (UnB) avalia que tanto o Ocidente quanto a Rússia sabem que existem limites que não podem ser transpostos. “Nós estamos falando de países que têm armas nucleares. Esse limite obviamente não será transposto”. Ele acredita que os esforços diplomáticos devem se voltar para a Ucrânia. “Algo parecido com a Finlândia na época da Segunda Guerra Mundial, a chamada finlandização, ou seja, o país se proclama neutro, vai continuar tendo os interesses ligados ao Ocidente, mas não vai entrar, por exemplo, na Otan.”
Nesse mesmo sentido, Romano considera improvável o envio de tropas da Otan, o que poderia pôr em curso um conflito de escala mundial. “As tropas da Otan vão agir quando tiver um tiro nos territórios dos países da Otan”, aponta. Ele acrescenta que o Ocidente deve abastecer os ucranianos com armamentos, inclusive, por se tratar de um negócio, mas que deve ser insuficiente para conter o exército russo, tendo em vista a escala das forças dos dois países. “O Putin sabe disso, eu também acho absolutamente improvável ele atacar qualquer país da Otan, porque aí sim haverá um conflito militar.”
Santoro destaca que isso nem mesmo foi mencionado pelos países da Otan. “Tem essa pressão muito grande em cima da Rússia usando os instrumentos econômicos, mas até agora nada em termos de enviar militares para lá”, aponta. Ele relembra que, no contexto da Guerra Fria, as disputas se davam justamente por meios indiretos, com países aliados, como Vietnã e Coreia. “Não lutando um contra o outro na Europa”.
As sanções econômicas, no entanto, têm se mostrado insuficientes. Uma das ameaças que poderiam conferir maior peso para desestabilização da economia russa, que é a retirada do país do Sistema Swift, também põe em risco outras economias mundiais. “Analistas financeiros já falaram que isso é impossível, porque é uma bomba atômica que pode atingir a economia europeia, tem efeitos imprevistos”, aponta Romano. O professor da UnB também não acredita nesse mecanismo. “A História Contemporânea tem nos ensinado que esses bloqueios praticamente não levam a nada. Nós temos países que estão bloqueados há muito tempo e continuam a viver”, afirma Barbosa.
Ucranianos em fuga começam a chegar à Europa Central
Milhares de ucranianos fugindo da guerra com a Rússia começaram a chegar a países vizinhos da Europa Central e a região se prepara para muitos mais, estabelecendo pontos de recepção e enviando tropas às fronteiras para prestar assistência.
Os países do flanco leste da União Europeia já fizeram parte do Pacto de Varsóvia liderado por Moscou, mas agora são membros da Otan. Entre eles, Polônia, Hungria, Eslováquia e Romênia compartilham fronteiras terrestres com a Ucrânia.
A Rússia realizou uma invasão da Ucrânia por terra, ar e mar, no maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Isso alimentou temores de uma enxurrada de refugiados fugindo da Ucrânia, uma nação de 44 milhões de pessoas.
Na geralmente tranquila passagem de fronteira em Medyka, no sul da Polônia, dezenas chegaram da Ucrânia a pé na manhã de quinta-feira, carregando bagagem. Uma fila de carros à espera de passagem aumentou ao longo do dia.
Uma polonesa, Olena Bogucka, de 39 anos, disse que estava esperando há quatro horas enquanto seu marido e filho ucranianos estavam presos do outro lado.
“Você não pode passar”, disse. “Não consigo falar com eles pelo telefone… não sei como tirar meu filho de lá… não sei o que fazer.”
Para facilitar as travessias de fronteira, a Polônia suspendeu as regras de quarentena na quinta-feira para pessoas que chegam de fora da UE sem um teste de Covid-19 negativo certificado em laboratório.
A Polônia abriga a maior comunidade ucraniana da região, com cerca de 1 milhão, e é o país da UE mais fácil de chegar a partir de Kiev.