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Governo destina R$ 1,5 milhão para programas de pós-graduação

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O Governo do Estado lançou nesta sexta-feira (19) o Programa Institucional Pró-Desenvolvimento, direcionado ao fortalecimento dos programas de pós-graduação das Universidades Estaduais. A iniciativa conta com Chamada Pública para modernização de laboratórios multiusuários, compartilhados no desenvolvimento de atividades de pesquisa das sete instituições de ensino superior.

Com amparo no Fundo Paraná, serão destinados recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, proveniente de suplementação orçamentária da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para a Fundação Araucária de Apoio Ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Para o titular da Seti, Aldo Bona, essa ação vai ao encontro do Programa Paraná Mais Ciência, estabelecido no Plano Plurianual (PPA), principal instrumento de planejamento de médio prazo da Administração Pública. “A ideia é sermos reconhecidos como um Estado estratégico na indução e promoção do conhecimento científico e da inovação, voltados à melhoria da qualidade de vida da população”, destacou o superintendente.

A exemplo do Pró-Extensão, lançado na semana passada, o Pró-Desenvolvimento vai suprir demandas de investimento e custeio para melhoria da infraestrutura universitária, incluindo a manutenção de equipamentos adquiridos com recursos de órgãos federais de fomento, que necessitam de cuidados regulares. A diferença, basicamente, é o foco nas atividades de pesquisa científica e tecnológica, vinculadas aos programas de pós-graduação.

O programa abrange todas as áreas do conhecimento correspondentes aos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napi), fomentados pela Fundação Araucária. Também serão contemplados os segmentos relacionados aos ecossistemas de inovação e áreas prioritárias identificadas pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná), tais como Agricultura & Agronegócio; Biotecnologia & Saúde; Energias Inteligentes; Cidades Inteligentes; Educação, Sociedade & Economia; Transformação Digital; e Desenvolvimento Sustentável.

O coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Paulo Renato Parreira, afirmou que a iniciativa atende uma demanda coletiva das universidades, para que as pró-reitorias de pós-graduação e pesquisa possam ampliar a quantidade e a qualidade dos projetos desenvolvidos. “O objetivo é incentivar, cada vez mais, a pesquisa de alto impacto em áreas estratégicas, alinhada ao desenvolvimento regional e sustentável, para alcançarmos um Paraná mais inovador”, ressaltou.

RECURSOS FINANCEIROS – As instituições estaduais de ensino superior paranaenses poderão submeter uma proposta cada uma, com prazo para execução dos projetos até março de 2023, observando algumas instruções normativas. Do montante previsto, 40% dos recursos serão divididos de forma igual entre as universidades, enquanto os 60% restantes serão alocados em função da quantidade de alunos equivalentes dos cursos de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

A distribuição das cotas de financiamento ficou definida da seguinte forma: Universidade Estadual de Maringá (UEM) – até R$ 391,6 mil; Universidade Estadual de Londrina (UEL) – até R$ 325 mil; Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – até R$ 252,7 mil; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – até R$ 183,7; Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) – até R$ 147,2 mil; Universidade do Norte do Paraná (UENP) – até R$ 101,1 mil; e Universidade Estadual do Paraná (Unespar) – até R$ 98,5 mil.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Estado do PR prepara abertura de mais 200 leitos exclusivos para Covid-19

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O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, anunciou nesta sexta-feira (19) que o Governo do Estado planeja abrir mais 200 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para Covid-19 nos próximos dias. Serão 20 no Hospital Universitário de Cascavel (Oeste) e 20 no Hospital Universitário de Ponta Grossa (Campos Gerais), além dos 5 leitos de UTI e 15 de enfermaria abertos no Hospital Regional do Litoral nesta sexta-feira (19).

Os demais ainda dependem de novos equipamentos, como monitores e ventiladores, mas também vão reforçar o atendimento hospitalar de referência em todas as regiões do Estado.

Mais de 4 mil leitos Esse esforço se soma a 357 leitos de UTI e 890 de enfermaria ativados apenas neste mês de março. O Paraná tem atualmente 1.671 leitos de UTI e 2.787 leitos clínicos para adultos e, somados os pediátricos, são mais de 4 mil espaços exclusivos para atendimento da Covid-19.

“Desde 26 de fevereiro estamos tomando decisões muito difíceis. Trabalhamos diariamente para derrubar os números e continuamos abrindo leitos no decorrer dos últimos 20 dias. São mais de mil leitos no Paraná inteiro apenas neste mês. Se pegarmos desde o início da pandemia, são mais de 4 mil leitos, o equivalente a 40 hospitais de campanha de 100 leitos, com 40 de UTI e 60 de enfermaria cada”, destacou o secretário.

Segundo ele, a estratégia utiliza a expertise de hospitais já instalados e com histórico de atendimento no Estado, como o reforço executado ao longo da pandemia nos quatro hospitais universitários e na entrega dos três hospitais regionais de Ivaiporã, Guarapuava e Telêmaco Borba.

“Observamos a fila todos os dias. Ela baixou um pouco, mas continua alta. Ninguém está desassistido. De alguma forma, em algum leito de hospital, em algum leito de unidade de pronto atendimento, o paciente está acolhido. Os paranaenses estão sendo assistidos por equipes treinadas”, acrescentou Beto Preto. “Esse é um dos motivos dos decretos. Precisamos apertar um pouco mais nesse momento”.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Estados do Sul formam consórcio para fortalecer luta contra a Covid-19

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Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se uniram em busca de saídas conjuntas para conter a expansão da crise sanitária decorrente da pandemia da Covid-19. A formalização do consórcio de saúde envolvendo os três estados da Região Sul foi sacramentada nesta quarta-feira, 17, em reunião na Casa D’Agronômica, uma das sedes do governo catarinense, em Florianópolis.

O anúncio foi feito pelos governadores Carlos Massa Ratinho Junior (Paraná), Carlos Moisés (Santa Catarina) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), além dos respectivos secretários de Saúde de cada estado. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o antigo, Eduardo Pazuello, em processo de transição no comando da pasta, participaram do início da reunião.

A primeira medida tomada pelo grupo foi a criação de um mecanismo de solidariedade entre os estados. A boa relação entre os vizinhos vai permitir a implantação de um estoque regulador central de insumos, com a troca de boletins diários sobre as quantidades disponíveis de medicamentos, equipamentos e materiais.

“Um estado pode ajudar o outro conforme a necessidade pontual. Pode ser de um remédio para sedação, de cilindros de oxigênio ou respiradores, por exemplo. Quem tem mais naquele momento vai disponibilizar para quem tem menos”, destacou Ratinho Junior.

Ele explicou que com a consolidação do consórcio será mais fácil também colaborar e receber a ajuda de outras unidades da Federação, conforme o estágio da contaminação em cada região.

“Os três estados do Sul estão vivendo momentos semelhantes no enfrentamento da pandemia e esse encontro serviu para reforçar os laços que historicamente nos unem. Também conversamos com o ministro Pazuello, que está deixando a pasta, e o novo ministro, Marcelo Queiroga. Eles nos asseguraram que haverá um novo impulso na entrega de doses de vacina, para dar um maior ritmo à campanha de imunização”, reforçou Carlos Moisés.

O governador Ratinho Júnior, salientou que o Sul do Brasil no momento é o epicentro da nova variante do coronavírus (P1). Ele também ponderou que os três estados estão enfrentando uma escassez de medicamentos do kit intubação, o que reforça a necessidade de integração.

“Liguei para o governador do Amazonas Wilson Lima nesta quarta-feira e ele ficou de nos enviar cilindros para armazenamento de oxigênio. Sabemos das necessidades de cada estado, mas é esse tipo de colaboração que queremos tornar mais intensa a partir do consórcio”, destacou Ratinho Junior.

Além do compartilhamento, a intenção é que a unificação dos dados em estoque permita a compra coordenada de insumos, ampliando a capacidade de aquisição.

Estratégia semelhante vai valer para a regulação de leitos. Uma central única do Sul, com dados uniformes dos três estados, será implementada nos próximos dias como forma de facilitar a internação de pacientes, seja em UTIs ou quartos clínicos.

“É uma união pela saúde da Região Sul e do Brasil. Para que aquele estado que conseguir sair antes da crise, que se encontrar em uma situação melhor, posso ajudar os outros. É uma forma de amenizar o sofrimento da população neste grave momento da pandemia no País”, afirmou Ratinho Junior.

“É mais fácil um paciente do Norte de Santa Catarina acessar um leito do Sul do Paraná do que atravessar o estado em busca de uma vaga. O mesmo vale para as divisas do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. Essa agilidade salva vidas”, acrescentou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Na avaliação do governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, embora o número de mortes esteja em alta, a tendência é de uma estabilização no número de casos. Apesar disso, reforçou ser preciso seguir vigilante e manter a expansão dos serviços.

“É muito importante nos reunirmos presencialmente para trocarmos as melhores experiências. Os Estados do Sul possuem perfil socioeconômico semelhante e observaram um comportamento parecido ao longo de um ano de pandemia. Observamos inicialmente no mês de fevereiro esta forte inclinação na demanda de internações, em função da variante”, contou Leite.

VACINAS

Outro ponto é a união de esforços por meio da criação de um fundo único para prospecção e possível compra de vacinas de diferentes laboratórios do mundo. “Vamos programar uma reunião dos três governadores com os presidentes de diferentes farmacêuticas em uma tentativa de aquisição de mais imunizantes”, destacou Ratinho Junior.

Os três governadores reafirmaram, contudo, que todas as vacinas adquiridas pelo consórcio do Sul serão encaminhadas para o Ministério da Saúde como forma de encorpar e dar mais agilidade ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ou seja, serão usadas na proteção de todo o País, e não apenas na população residente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Acreditamos que a compra tem de ser centralizada no Governo Federal, no Ministério da Saúde, para que não haja competição de quem compra primeiro. Vamos sinalizar aos laboratórios a intenção de adquirir as vacinas em conjunto”, explicou o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Durante a reunião com os representantes do Ministério da Saúde os três governadores reforçaram o pedido por agilidade na distribuição de medicamentos, especialmente sedativos, aparelhos como monitores e respiradores, além de maior celeridade na aquisição de vacinas.

“O momento é de união, de ajuda mútua em prol da população. Vejo com muita valia essa reunião de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Faremos o que for possível para ajudar”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assumiu o comando da pasta nesta semana.

Participaram do encontro os secretários da Saúde, Beto Preto, e da Comunicação Social e Cultura, João Debiasi; o diretor-geral da secretaria de Saúde, Nestor Werner Junior; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e o diretor executivo do Consórcio Paraná Saúde, Eduardo Setti.

Paraná distribui mais 129,2 mil doses para continuar vacinação de idosos com mais de 75 anos

A 6ª Regional de Saúde do Paraná em União da Vitória deve receber esta semana 2.150 doses.  O Governo do Estado começou a distribuição da uma nova remessa de vacinas contra o coronavírus ontem, 18. Serão 129.200 doses do imunizante CoronaVac, produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O lote corresponde à metade das doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde na terça-feira (16).

A distribuição da vacina às 22 Regionais de Saúde será iniciada às 11h30, no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba. As doses serão enviadas por transporte terrestre a todas as regionais.

Com o novo lote, o oitavo encaminhado pelo Ministério da Saúde, a secretaria estadual segue com a vacinação de dois grupos prioritários. São 106.930 doses destinadas a idosos com idade entre 75 e 79 anos, o que abrange aproximadamente 47% desse público-alvo, e 22.270 doses para os profissionais da saúde que ainda não receberam os imunizantes.

Até a tarde desta quarta-feira (17), o Paraná já havia vacinado 524.035 pessoas. No total, foram 707.103 doses aplicadas: 524.035 referentes à primeira dose e 183.068 à segunda. Ao todo, o Paraná recebeu do Governo Federal até o momento 1.260.000 doses.

SEGUNDA DOSE

A outra metade do novo lote, também composta por 129.200 doses, permanecerá armazenada no Cemepar para garantir a segunda aplicação. O direcionamento das farmacêuticas é de garantir um intervalo de 15 a 28 dias entre as aplicações para garantir a eficácia na imunização.

A expectativa do Paraná é de chegar à marca de 4 milhões de pessoas vacinadas até maio de 2021, seguindo as diretrizes de grupos prioritários previstas no Plano Estadual de Vacinação.

Frente Parlamentar destaca intenção de compra de vacinas pelo Paraná

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O coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus, da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Michele Caputo (PSDB), destacou nesta quinta-feira (18) o anúncio do Governo do Paraná que já formalizou a intenção de compra de 16 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus. De acordo com a disponibilidade dos laboratórios, o volume de doses pode aumentar.

“Há três meses, no relatório das ações desenvolvidas pela frente em 2020, já recomendamos que o Paraná fizesse esse tipo de sinalização aos laboratórios. Trata-se de uma medida fundamental para colocar o Estado na fila de espera por doses, a fim de complementar o Programa Nacional de Imunização, que caminha a passos lentos”, explica o deputado.

Na recomendação da Frente Parlamentar, os deputados pediam, já em dezembro, que o governo estadual oficializasse acordos de intenção de compra de doses com vários fornecedores de vacinas promissoras, mesmo que ainda não tivesse o aval da Anvisa – o que foi anunciado pelo governador na tarde desta quarta-feira (17).

“Isso porque esses documentos não atrelam à obrigatoriedade de compra e não dependem de desembolso financeiro, mas colocam o Paraná na lista de prioridades das fabricantes”, defendiam os deputados.

Além disso, segundo o relatório da Frente, o fator preço não poderia ser um impeditivo para aquisição de doses, tendo em vista que quanto mais cedo a população for imunizada, mais vidas serão preservadas e mais rápido poderá ser a retomada econômica. “O Paraná tem R$ 200 milhões reservados para compra de vacinas contra a Covid-19”, complementa Caputo.  

Doses – O Paraná formalizou em oito cartas de intenção para diferentes laboratórios o desejo de comprar imediatamente 16 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Essa quantia pode chegar a 33 milhões de doses e depende da capacidade de entrega das farmacêuticas.

“Estamos conversando com diversos laboratórios na tentativa de colaborar com o Ministério da Saúde. O Paraná não parou um só momento em busca de saídas para a vacinação”, destacou Carlos Massa Ratinho Junior durante encontro com os governadores Eduardo Leite (PSDB-RS) e Carlos Moisés (PSL-SC) em Florianópolis.

O plano deve ganhar mais intensidade justamente pela unificação de estratégias do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina em busca de soluções conjuntas para o enfrentamento ao vírus. O Consórcio Paraná Saúde é uma estratégia que reúne 398 municípios e desde o início da pandemia é uma opção para acesso direto aos fornecedores. O aporte financeiro do será feito pela Secretaria Estadual de Saúde.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Grupo de trabalho será formado para aprimorar projeto que cria regras para pulverização aérea de agrotóxicos

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A deriva é o movimento de um produto no ar durante ou depois da aplicação para um local diferente do planejado, ou seja, é tudo aquilo que não atinge o alvo durante a aplicação. No caso da pulverização agrícola, o agrotóxico é carregado para fora da área alvo pela ação do vento. E a consequência é a morte de abelhas, bichos da seda, destruição de folhas e frutos acarretando prejuízos na produção de alimentos. Por isso, o deputado Professor Lemos (PT), em parceria com outros parlamentares, promoveu uma audiência pública na manhã desta quinta-feira (18) para tratar do tema. “Foi uma demanda de vários setores da agricultura. Estamos apresentando um projeto de lei assinado por dez deputados sobre isso, mas a partir dessa audiência percebemos que o texto precisa ser aprimorado”, afirmou.

O projeto regulamenta o uso e aplicação de agrotóxicos no Estado do Paraná, proibindo a aplicação de qualquer tipo de agrotóxico numa distância mínima de 250 metros pela aplicação terrestre por qualquer meio e 500 metros por aplicação aérea de diversos estabelecimentos em área rural, como por exemplo, os próximos a agrupamentos de animais e culturas suscetíveis a danos.

O Paraná é o segundo maior produtor de soja e o terceiro maior consumidor de agrotóxicos do Brasil, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Cascavel é a campeã no uso de agrotóxicos: uma média de 3.665 toneladas por ano.

Em 1985, o Paraná estabeleceu uma norma que criava margem de segurança para aplicação de agrotóxicos, a Resolução SEIN 22/1985, que estabelecia que agrotóxicos não podiam ser aplicados a uma distância inferior a 50 metros de casas, escolas, unidades de saúde, rios, mananciais de água e outras culturas que podiam ser danificadas pelo veneno. No ano de 2018 em resolução assinada por três secretários e os presidentes de duas autarquias estaduais revogou-se a norma.  O relato foi feito pelo promotor de Justiça, Alexandre Gaio, do Centro de Apoio das Promotorias de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Paraná, que apontou caminhos a serem percorridos no sentido de minimizar os problemas em decorrência do uso indiscriminado. “Um deles é tratar com o Crea sobre a orientação aos profissionais que fazem cadastros de pulverização. Para aplicar agrotóxicos, é necessário que haja profissionais habilitados para isso. Assim, será possível que o profissional faça a pulverização de forma adequada evitando atingir propriedades sensíveis. Também mapear e monitorar essas propriedades para que possamos ajudar de alguma forma. Assim, poderemos identificar os produtores vizinhos, além de monitorar as aeronaves que fazem essa pulverização, porque não existe aqui no Paraná esse tipo de monitoramento”, alertou. Para o promotor, é urgente intensificar a fiscalização envolvendo vários órgãos de estado para receber denúncias.

Novas tecnologias – O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara participou do debate. Ele demonstrou preocupação com o tema, que tem trazido prejuízos a atividades sensíveis aos defensivos, como a olericultura e fruticultura. “Temos usado estratégias organizaras a partir dessas demandas da agricultura familiar. Como técnica de manejo, não se usa um mesmo pulverizador para todas as pragas. Existem inclusive avanços até mesmo nesse tipo de pulverização. Claro que todos nós preferiríamos o orgânico, mas não podemos deixar de enfrentar essa questão, em função do tamanho da nossa produção agrícola. Boas práticas de manejo são o caminho para construir um modelo mais ousado para impedir essa deriva e enfrentarmos isso de forma tecnicamente correta”, afirmou.

“E nós temos tecnologia que permite que a pulverização seja feita de forma a não afetar culturas sensíveis aos defensivos a ponto de reduzir em até 90% esse impacto”, afirmou Nelson Harger, diretor de Extensão Rural do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná.  Ele defendeu a inspeção desse maquinário, alegando que parte dos profissionais são treinados, mas não respeitam as técnicas. “Precisamos expandir e apoiar a agroecologia em nosso estado. Assim, garantimos renda, mas o caminho é longo e precisa ser feito em parceria para reduzir a carga de inseticida em outras culturas e combater as derivas”, disse.  O Instituto tem um grupo específico de ações sobre o tema.

Uma dessas parceiras é a Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. O diretor, Manoel Luiz Azevedo, disse que o caminho é a integração. Ele detalhou como funciona a fiscalização no estado, com 130 unidades locais e 20 regionais.  Explicou que são cerca de três mil fiscalizações por ano e os problemas atingem todos os tipos de aplicações de agrotóxicos, tanto a aérea como a terrestre. “Precisamos trabalhar de forma localizada, como já definimos em reuniões recentes. A questão tem que ser discutida no local onde acontece. Com a comunidade”, defendeu.

Relato de casos – Werner Genta, engenheiro agrônomo, viticultor e presidente da Associação Norte Paranaense de Estudos em Fruticultura e que trabalha com agricultura convencional e orgânica de uvas, relatou um caso ocorrido em 2020 no município de Marialva, onde um produtor observou danos no parreiral. “As uvas estavam murchas e estudando o caso, por meio de imagens, descobrimos que um herbicida pulverizado numa área que ficava em torno de 2.200 metros do parreiral era o causador do dano. E não parou por aí. Mais de 70 áreas de sete municípios foram afetadas”, detalhou.

Porém, ele acredita que fica difícil aplicar uma pena ao responsável, porque não há como comprovar somente por esse tipo de vistoria. “Como vamos afirmar com certeza que o vento espalhou o herbicida para outras áreas? Difícil até chegar a uma legislação que proteja o produtor”, afirmou Werner.

Entre os impactos em razão da pulverização em culturas sensíveis estão ainda os ramos e folhas ressecados, sintomas que podem ser confundidos com a seca.  Não são perceptíveis no início. No caso da viticultura, Werner atribui esses danos a agrotóxicos mais nocivos ao longo dos anos, em função da resistência aos antigos.

José Aparecido Neri, vice-presidente da Associação Altoniense dos Apicultores e representante dos pequenos agricultores, alertou para a utilização indiscriminada de produtos que são proibidos na pulverização.

José Pinheiro Gonçalves, presidente da Associação de Sericicultores de Mandaguaçu, que congrega 27 produtores, avalia que a deriva de pulverização da soja tem prejudicado o setor, a ponto de te a produção totalmente destruída. “Os herbicidas matam um dos principais alimentos do bicho-da-seda, que é a amoreira”, afirma.

O bicho-da-seda é a larva ou lagarta da mariposa doméstica Bombyx mori, um inseto economicamente importante, sendo um produtor primário da seda. A comida preferida do bicho-da-seda é a amoreira branca, embora comam outras espécies de amoreira e até mesmo laranja.

Ceres Haddich, da direção do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), defendeu uma legislação efetiva que proteja os pequenos agricultores e puna os infratores. O mesmo fez Marcos Brambilla, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e a representante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Naiara Andreolli Bittencourt, que também pediu para que não haja retrocesso de legislações anteriores sobre o tema.

Participação de deputados – Anibelli Neto (MDB), que preside a Comissão de Agricultura na Assembleia Legislativa, lembrou que o deputado Tadeu Veneri já protocolou um projeto nessa linha sobre os limites da aplicação de agrotóxicos. “É um tema que temos que discutir, especialmente em determinadas áreas como a apicultura, que acaba sofrendo as consequências dessa deriva. Aviões pulverizam defensivos em outras culturas e atingem produções sensíveis a esses produtos. É uma preocupação grande esse excesso de veneno”.

A questão do uso dos agrotóxicos precisa ser debatida com profundidade, destacou a deputada Luciana Rafagnin (PT), outra proponente da audiência pública. “Como os agricultores de alimentos orgânicos podem ter segurança para comercializar seus produtos, quando estão expostos à pulverização de suas produções de forma indiscriminada? Medidas urgentes são necessárias”.

Tadeu Veneri (PT), deputado autor de um projeto que proíbe esse tipo de pulverização aérea, lembrou de uma lei no estado do Ceará que tem tido bons resultados. “Não podemos ter um grande produtor que tem essa prática prejudicando um pequeno. Queremos ter a opção de não consumir agrotóxicos “.

Para o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), o tema é complexo na medida em que já no passado foram feitas diversas reuniões com a Adapar para pontuar um problema ainda mais grave, além da pulverização aérea: a clandestina, com utilização de produtos proibidos. “Precisamos pensar na agricultura moderna com tecnologia, mas de forma sustentável de modo a coibir a destruição ambiental. A agricultura de precisão pode fazer isso. Hoje existem equipamentos para isso, como os drones, por exemplo. O Estado tem se esforçado, mas a lei pode ser um grande avanço para normatizar essa questão, disciplinando e servindo como instrumento para preservar as atividades dos pequenos produtores”, sugeriu.

Já o deputado Arilson Chiorato (PT) sugeriu que a empatia também deve ser aplicada a esse tema. “Precisamos nos colocar no lugar dos pequenos agricultores. A perda não é somente econômica, mas na saúde. Para evitarmos essa pulverização clandestina, é necessário aumentar o efetivo dos quadros de fiscalização do estado”.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, deputado Goura (PDT), destacou que o fundamental é que a audiência tenha resultados concretos e efetivos. “Precisamos de fiscalização efetiva para termos uma agricultura sustentável”.

O deputado federal Enio Verri (PT) também marcou presença no debate. “No passado, para se ter uma produção de alimentos, era preciso desmatar. Com o tempo, ficou provado que isso não era necessário. Que é possível produzir de forma saudável. Precisamos mudar as políticas para o setor”, afirmou. Ele também criticou a liberação em tempo recorde de novos agrotóxicos.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Projeto que permite ambulâncias e viaturas policiais a passar direto nos pedágios avança na Assembleia

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A proposta que dá acesso livre a ambulâncias e viaturas policiais nas praças de pedágio de todo o estado foi aprovada em segundo turno na sessão plenária remota desta quarta-feira (17), na Assembleia Legislativa do Paraná. O projeto de lei 537/2017 prevê que veículos oficiais, já isentos da taxa de pedágio, poderão passar nas cancelas sem a necessidade de enfrentar fila para apresentar documentação que permite a isenção. 

De acordo com o projeto, que avançou na forma de um substitutivo geral da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ambulâncias, veículos oficiais, caracterizados ou não, das polícias Militar, Civil e Científica, e do Departamento Penitenciário, terão, como medida de segurança, o direito de passar automaticamente pelas praças de pedágio utilizando o sistema automático de passagem feito por meios de chips ou tags eletrônicas. 

Segundo os autores, o projeto pretende facilitar o tráfego dos veículos de emergências nas praças de pedágio, especialmente pela natureza do serviço que prestam, que deve ser essencialmente ágil. “A proposta possibilitará que ambulâncias e viaturas policiais possam exercer de forma mais plena suas funções quanto em serviço, evitando congestionamentos e paradas desnecessárias, evitando atrasos e danos aos atendimentos”, destacam.  

Assinam o projeto de lei os deputados Tão Medeiros (PTB); Soldado Adriano José (PV); Emerson Bacil (PSL); e o ex-deputado Bernardo Ribas Carli, falecido em 2018. À matéria ainda foi anexada o projeto de lei 70/2019, assinado pelo deputado Delegado Jacovós (PL).  

Segurança Pública – O projeto de lei 396/2019, dos deputados Delegado Fernando Martins e Emerson Bacil, ambos do PSL, que permite que os estacionamentos particulares de todo o estado do Paraná tenham acesso ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Sinesp Cidadão), foi aprovado em segundo turno de votação. O objetivo da proposta é coibir furtos e roubos de veículos, visando maior probabilidade de encontrá-los em caso de ocorrência por meio da ferramenta.  

De acordo com o texto, que avançou na forma de um substitutivo geral da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, nos casos de constatação da presença de um veículo roubado ou furtado no pátio do estacionamento, a empresa poderá, por meio do Sinesp Cidadão, contatar imediatamente a Polícia Militar e efetuar a denúncia.  

“É uma forma ágil de verificar eventuais apontamentos quanto a furtos e roubos de veículos”, explica o deputado Delegado Fernando Martins.  

As empresas de estacionamento que funcionam com o sistema de cancela poderão efetuar a consulta à ferramenta no caso de algum veículo permanecer no pátio por um período maior a seis horas. A proposta também permite o Poder Executivo a regulamentar a lei, indicando os aspectos necessários à sua aplicação, e a incentivar os estabelecimentos a utilizar o Sinesp Cidadão.  

Ambas as propostas retornam à pauta de votações da sessão remota da próxima segunda-feira (22) para serem votadas em terceiro turno de votação.  

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Projeto prevê isenção do ICMS sobre importação de vacinas e insumos para vacinação contra a Covid-19

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O deputado estadual Luiz Fernando Guerra (PSL) protocolou nesta semana, na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei 103/2021 que prevê a isenção do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS) na operação de importação de vacinas e insumos destinados à vacinação contra a Covid-19. A proposta altera a Lei 11.580, de 14 de Novembro de 1996 (Lei Orgânica do ICMS) inserindo o inciso específico.

A iniciativa do deputado vem fundamentada na recente decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido de que os estados, os municípios e o Distrito Federal estão autorizados a vacinar a população, caso a União não forneça imunizantes em quantidade suficiente.

Da mesma forma, o PL encontra amparo e similaridade com a lei federal que autoriza estados, municípios e o setor privado a comprarem vacinas contra a Covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sancionada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro. A matéria também é consoante ao contido no Convênio ICMS 15/2021 de 26 de fevereiro do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 2 de março, que autoriza os estados e o Distrito Federal a conceder isenção do ICMS nas importações e operações com vacinas e insumos destinados à sua fabricação para o enfrentamento à pandemia.

De acordo com o deputado, “a proposição apresentada busca criar no Paraná um ambiente favorável ao combate à pandemia de Covid-19, diminuindo os custos para importação da vacina imunizante, buscando alcançar um grau maior de imunização da população paranaense que não só contribua com a preservação da vida, mas também com a restauração da normalidade do dia a dia da população, estimulando, também, a economia do Estado”.

Desta forma, o projeto de lei possibilitará a aquisição das vacinas e insumos contra a Covid-19 com a redução do preço em cerca de 12% para os municípios reunidos em consórcio ou individualmente e para o setor privado que também foi autorizado através de lei federal a promover a importação de vacinas.

O país passa pelo pior momento da pandemia, registrando diariamente recordes de novos casos e de óbitos, acompanhados por uma situação de colapso dos sistemas de saúde em diversas regiões. Neste cenário os debates para aquisição de imunizantes por meio de consórcio ganharam força nas últimas semanas. De acordo com a Frente Nacional dos Prefeitos, o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (CONECTAR) já conta com a adesão de 2.492 municípios, sendo 313 do Paraná, incluindo as cinco maiores cidades (Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel) manifestando interesse.

Para o deputado Luiz Fernando Guerra, o consórcio é um instrumento legal e operacional para dar celeridade ao processo de imunização e combate ao coronavírus. Neste panorama, segundo ele, é preciso que todos se unam em prol da vacinação, sendo ela feita de forma segura, ágil e respeitando-se as prioridades estabelecidas. 

“Estamos seguindo as orientações previstas no Plano Nacional de Imunização, porém, a vacinação está lenta em diversas regiões do país, incluindo o Paraná e, caso não sejam disponibilizadas doses suficientes, acredito que o Governo do Estado não medirá esforços para que possamos ter acesso a essas vacinas. Com a isenção do ICMS prevista no projeto que passa a tramitar na Assembleia Legislativa, o Estado e municípios terão menos dificuldades financeiras e logísticas para a aquisição dos insumos e das vacinas se o PNI não conseguir abranger toda a população”, destaca o parlamentar.

Apoio – A Associação dos Municípios do Paraná (AMP), por meio do presidente Junior Weiller, expediu ofício manifestando apoio ao projeto de lei apresentado pelo deputado Guerra, e solicitou também a inclusão da proposta na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, e sua votação, em regime de urgência.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Projeto do Codesul para alavancar comércio internacional é retomado

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O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), presidido pelo Paraná, retomou nesta semana o desenvolvimento do Projeto 3C3C-Três Cidades, Três Continentes (Dongguan/China, Maringá/Brasil e Barcelos/Portugal). A união tem como objetivo gerar novos negócios entre as cidades e ampliar o comércio internacional.

Criado em abril de 2019, com a participação de representantes das três cidades dos três continentes (Ásia, América do Sul e Europa), o Projeto 3C3C conta também com a participação de associações de classe das três regiões. Entre elas estão a ACIB em Barcelos, a DYEA e Six Alliance em Dongguan, e Associação Comercial de Maringá e o Codesul, representando a Região Sul do Brasil.

“Em 2019 tivemos um encontro muito produtivo com os representantes das cidades e avançamos no estabelecimento de diretrizes para as parcerias. Porém, com a chegada da Covid-19, tivemos uma paralisação. Estamos novamente retomando os contatos necessários para colocar em prática as ações já planejadas”, explicou o secretário executivo do Codesul, Wilson Quinteiro.

O primeiro encontro definiu as bases de atuação e o grupo já se reuniu algumas vezes desde então, sendo a principal delas em junho de 2019, com o Seminário 3C3C de Negócios e Investimentos, realizado em Barcelos. O evento contou com a presença de 16 representantes chineses, quatro membros da delegação brasileira e cerca de 30 empresários portugueses.

De acordo com Quinteiro, mesmo nesse período de atividades restritivas, houve evolução nas tratativas. “Temos como exemplo o projeto desenvolvido em Dongguan para atender uma rede de lojas de conveniência com 4.800 filiais. A Sapiens Global participou da definição de criação de um quiosque com produtos brasileiros, de baixos teores de açúcar, para projeto experimental em cinco lojas da rede. O lançamento seria em abril de 2020 e foi suspenso devido à pandemia, mas há expectativa de efetivar a ideia neste ano”, afirmou.

O projeto também prevê apoio internacional às ações da Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre), além da comercialização de refrescos de frutas com baixos teores de açúcar e ações de limpeza do meio-ambiente devido a agentes poluidores no solo. “Nossa expectativa é de evoluirmos rapidamente neste ano, principalmente no período pós-pandemia. São projetos de altíssimo potencial que trarão muitos benefícios para todo o Sul do País”, finalizou Quinteiro.

CODESUL – O governador Carlos Massa Ratinho Junior assumiu a presidência do Codesul em janeiro deste ano. Ele substitui Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que presidiu o órgão por dois anos. A transição ocorreu de forma online, respeitando todas as medidas sanitárias exigidas.

O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul foi criado em 1961 por meio de convênio entre os três estados do Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Em 1992, o Mato Grosso do Sul passou a integrar o conselho. O principal objetivo do órgão é buscar alternativas aos desequilíbrios regionais e potencializar questões comuns aos estados-membros, sobretudo em questões essenciais como desenvolvimento econômico e social.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Saúde registra morte de macaco por febre amarela na RMC

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O boletim quinzenal da febre amarela divulgado nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma a morte de um macaco (epizootia) contaminado pelo vírus da doença na área da 2ª Regional de Saúde Metropolitana. O caso foi registrado no município de Piraquara, em região próxima à divisa com a 1ª regional de Saúde de Paranaguá.

“A epizootia sinaliza que o vírus está circulando”, alertou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “A secretaria já orientou as duas Regionais de Saúde para medidas preventivas, como busca ativa de pessoas não vacinadas contra a febre amarela, lembrando que em 2018 o Paraná registrou um óbito provocado pela doença, na região do Litoral, em pessoa não vacinada”.

Ele também reforçou a importância da vacinação. “Neste momento, em que imunizamos também contra a Covid-19, destacamos que é preciso um intervalo de 15 dias entre as doses das vacinas, mas que todas são necessárias e devem ser recebidas de acordo com protocolos de faixa etária”, ressaltou Beto Preto.

MONITORAMENTO –O atual período de monitoramento da febre amarela no Paraná teve início em julho de 2020 e segue até junho deste ano. O Estado registra até o momento 120 notificações de epizootias em 30 municípios, com 17 confirmações. Outras oito notificações seguem em investigação.

Em relação à febre amarela em humanos, o período não apresenta casos confirmados. Até agora foram 20 notificações, 18 já descartadas e 2 seguem em investigação.

MACACOS –A Secretaria da Saúde reforça que os macacos não transmitem a febre amarela. Da mesma forma que os humanos eles são contaminados pelo vírus por meio do mosquito transmissor da doença, adoecem e podem morrer vítimas da infecção.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

73,1% dos municípios do Paraná tiveram saldo positivo de empregos em janeiro

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Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (16), mostram que 292 municípios paranaenses tiveram saldo positivo de contratações em janeiro de 2021, ou seja, 73,1% tiveram geração de emprego no Estado. O número é consideravelmente superior a dezembro de 2020, que teve 139 municípios (34,8%) com resultados positivos.

Outros 18 municípios empataram as contratações e demissões e permaneceram zerados no primeiro mês do ano. Na contramão da média estadual, 89 cidades (22%) fecharam janeiro com estoque negativo de emprego, mas 61 delas perderam até dez vagas, o que indica variação sazonal, com boas chances de reversão em curto prazo.

Os 15 municípios que mais geraram empregos em janeiro foram Curitiba (5.624), Londrina (1.333), Cascavel (1.289), Maringá (1.139), Ponta Grossa (742), Araucária (562), Pinhais (532), Pato Branco (525), Apucarana (519), Toledo (510), Colombo (433), São José dos Pinhais (433), Fazenda Rio Grande (427), Foz do Iguaçu (415) e Guarapuava (401).

Os dados municipalizados de janeiro de 2021 do Caged também mostram um salto na comparação com janeiro de 2020. No mesmo mês do ano passado, 231 cidades (57,8%) apresentaram saldo positivo, 12 permaneceram zeradas e 156 perderam postos de carteira assinada. As cinco campeãs na ocasião foram Curitiba, Cascavel, Toledo, Colombo e Maringá.

“O Paraná mostrou em janeiro deste ano capacidade de recuperação dos empregos formais perdidos em dezembro de 2020. Também houve um avanço significativo sobre janeiro do ano passado. Essa evolução está acontecendo em todas as regiões e mostra que os municípios têm conseguido dar boas respostas à crise”, disse Suelen Glinski, chefe do Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho.

12 MESES – O Caged destaca, ainda, que 297 municípios registraram saldo positivo de empregos nos últimos 12 meses, o que representa 74,4% do total. Nessa conta, os maiores empregadores são Ponta Grossa (5.825), Cascavel (2.616), Toledo (1.884), Rolândia (1.840), Umuarama (1.803), Arapongas (1.775), Ortigueira (1.655), Matelândia (1.632), Guarapuava (1.487), Curitiba (1.439), Palmas (1.203), Palotina (1.195), Cambé (1.148), Sarandi (1.130) e Imbituva (1.127).

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Boletim confirma mais 5.439 casos de Covid-19. Estado já aplicou 707.103 doses da vacina

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A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (17) mais 5.439 casos de Covid-19 e 263 mortes pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná soma 769.966 casos e 14.087 óbitos em decorrência da doença. Há ajustes ao final do texto.

Os casos confirmados divulgados nesta data são de março (5.027), fevereiro (269) e janeiro (71) de 2021 e dos seguintes meses de 2020: julho (5), agosto (7), setembro (2), outubro (3), novembro (12) e dezembro (43).

IMUNIZAÇÃO – O Paraná já aplicou 707.103 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 524.035 da primeira dose e 183.068 da segunda, até o final da manhã desta quarta-feira (17). Portanto, 524.035 pessoas já foram vacinadas no Estado.

Ao todo, o Paraná recebeu 1.260.000 de doses do Governo Federal até o momento.

INTERNADOS – Nesta quarta-feira são 2.570 pacientes internados com diagnóstico confirmado de Covid-19. Destes, 2.121 ocupam leitos SUS (915 UTI e 1.206 clínicos/enfermaria) e 449 da rede particular (234 UTI e 215 clínicos/enfermaria)

Há outros 2.765 pacientes internados, 831 em leitos UTI e 1.934 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 263 pacientes. São 116 mulheres e 147 homens com idades que variam de 25 a 99 anos. Os óbitos ocorreram entre 12 de janeiro e 17 de março de 2021.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (49), Londrina (13), Maringá (12), Almirante Tamandaré (10), Cascavel (9), Piraquara (7), Toledo (7), Foz do Iguaçu (6), São José dos Pinhais (6), Arapongas (5), Cianorte (5), Mandirituba (5), Paranaguá (4), Paranavaí (4), Pinhais (4), Ponta Grossa (4), Quedas do Iguaçu (4), Tibagi (4), Três Barras do Paraná (4), Wenceslau Braz (4), Andirá (3), Araucária (3), Atalaia (3), Guarapuava (3), Itaperuçu (3), Jandaia do Sul (3), Paiçandu (3), Campo Mourão (2), Colombo (2), Cornélio Procópio (2), Flor da Serra do Sul (2), Francisco Beltrão (2), Guaraqueçaba (2), Guaratuba (2), Ibaiti (2), Lupionópolis (2), Pato Branco (2), Quitandinha (2), Rolândia (2) e Santa Izabel do Oeste (2).

O informe registra ainda uma morte em cada um dos seguintes municípios: Adrianópolis, Antonina, Barracão, Boa Ventura de São Roque, Cambé, Campo Largo, Candói, Carambeí, Castro, Cerro Azul, Chopinzinho, Clevelândia, Colorado, Coronel Vivida, Cruz Machado, Faxinal, Florestópolis, Ibiporã, Itambé, Ivaí, Ivaiporã, Juranda, Lindoeste, Mandaguaçu, Mangueirinha, Medianeira, Morretes, Nova Esperança, Palmas, Palmeira, Paraíso do Norte, Paranacity, Paranapoema, Planalto, Pontal do Paraná, Presidente Castelo Branco, Renascença, Ribeirão do Pinhal, Rio Branco do Sul, Santa Lúcia, Santana do Itararé, São Jorge do Patrocínio, Sarandi, Sengés, Telêmaco Borba, Terra Rica, Tijucas do Sul, Tupãssi, Ubiratã e Vera Cruz do Oeste.

 FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde contabiliza 5.104 casos de pessoas que não moram no Estado – 111 foram a óbito.

AJUSTES

Exclusões: 2 casos e 2 óbitos de residentes no Paraná:

– Um caso e óbito confirmados (F,43) no dia 29/01/2021 em GUARANIAÇU foram excluídos por erro de notificação;

– Um caso e óbito confirmados (M,71) no dia 09/03/2021 em CASCAVEL foram excluídos por erro de notificação.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Paraná vai alcançar novo patamar na cadeia de carnes com reconhecimento sanitário

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O Paraná recebeu nesta semana o parecer favorável do comitê técnico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e deu mais um passo para o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação, que acontecerá em maio. Essa foi a penúltima etapa de um processo de controle sanitário iniciado há 50 anos e que permitirá um salto na produção e comercialização da cadeia de carnes.

O último foco de aftosa no Paraná foi em 2006 e, desde então, o Governo do Estado trabalha para aumentar o controle sanitário. A vacinação nos rebanhos de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa foi interrompida em 31 de outubro de 2019 e deu lugar a um amplo trabalho de cadastramento. O reconhecimento nacional como Área Livre pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aconteceu em agosto de 2020.

Nos últimos anos também foi realizado um extenso inquérito epidemiológico com coletas de amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. Também há um esforço redobrado de vigilância nos 33 postos da Adapar, nas barreiras comuns com Santa Catarina e nas zonas de fronteira com Paraguai e Argentina.

Esse trabalho se confunde com a própria trajetória de vida profissional do secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Nessa entrevista, ele fala sobre a nova conquista, o patamar que o Paraná pode alcançar e a necessidade de cuidados diários por parte dos agricultores. Ele também cita a chancela da OIE para que o Paraná seja uma zona livre de peste suína clássica independente.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Paraná distribui novo lote e começa a vacinar idosos com mais de 75 anos

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O Governo do Estado começou a distribuir nesta quarta-feira (10) um novo lote de vacinas contra a Covid-19. São 79.630 doses do imunizante CoronaVac, produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

A remessa é formada pela metade do lote encaminhado na terça-feira (09) pelo Governo Federal, com 74.300 aplicações, e mais um residual com 5.530 doses da remessa da semana passada.

A maior parte das vacinas saiu no início da noite do Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, em um avião que pertence à Casa Militar, com destino ao Interior do Estado. Os imunizantes servirão para abastecer 15 das 22 regionais que integram o sistema público de Saúde do Paraná.

As outras sete divisões da Secretaria de Estado da Saúde, formadas pelos municípios mais próximos da Capital, retiram as doses nesta quinta-feira (11) diretamente no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba. O transporte será feito por via terrestre.

Seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, o novo lote foi subdividido em três partes: 39.940 aplicações estão reservadas para continuar a vacinação de idosos entre 80 e 84 anos; 31.180 doses foram separadas para quem tem entre 75 e 79 anos e, por fim, outras 8.510 vacinas vão para os trabalhadores da saúde.

“Ainda não é o número suficiente de vacinas que estamos esperando, mas significa um avanço. Temos capacidade e condições para vacinar até 250 mil doses por dia assim que tivermos todas as doses”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Ele lembrou que o Governo Federal encaminhou na terça-feira (09) um conjunto de 148.600 aplicações de vacina contra o coronavírus. Com essa remessa, o Estado ultrapassa a marca de 1 milhão de doses recebidas, chegando a 1.001.600 vacinas.

“A expectativa é que até o início da próxima semana nos enviem mais uma quantidade parecida com essa, e assim sucessivamente. Devemos atingir em torno de mais um milhão de doses apenas em março, com possibilidade de novos laboratórios se integrarem ao Plano Nacional de Imunização”, disse Beto Preto.

ARMAZENAMENTO – O restante das aplicações, também com 79.630 doses, seguirá armazenadas no Cemepar para garantir a imunização por completo de quem receber a primeira dose – o intervalo entre aplicações é de 15 a 28 dias, segundo a bula do medicamento.

De acordo com o Plano Estadual de Vacinação, seguindo a ordenação por grupos prioritários, a previsão do Paraná é de vacinar cerca de 4 milhões de pessoas até maio. “O cenário é difícil. Apesar de todo o esforço do Paraná com a maior abertura de leitos da história, não temos mais equipes e equipamentos. Apelo para o bom senso dos paranaenses”, afirmou o secretário.

Confira a quantidade de doses que cada Regional de Saúde vai receber:

1ª RS – Paranaguá – 1.730 doses

2ª RS – Metropolitana – 20.260 doses

3ª RS – Ponta Grossa – 4.080 doses

4ª RS – Irati – 1.540 doses

5ª RS – Guarapuava – 2.580 doses

6ª RS – União da Vitória – 1.220 doses

7ª RS – Pato Branco – 2.230 doses

8ª RS – Francisco Beltrão – 2.610 doses

9ª RS – Foz do Iguaçu – 2.580 doses

10ª RS – Cascavel – 3.720 doses

11ª RS – Campo Mourão – 2.880 doses

12ª RS – Umuarama – 2.750 doses

13ª RS – Cianorte – 1.290 doses

14ª RS – Paranavaí – 2.640 doses

15ª RS – Maringá – 6.250 doses

16ª RS – Apucarana – 2.970 doses

17ª RS – Londrina – 7.340 doses

18ª RS – Cornélio Procópio – 2.320 doses

19ª RS – Jacarezinho – 2.490 doses

20ª RS – Toledo – 3.160 doses

21ª RS – Telêmaco Borba – 1.600 doses

22ª RS – Ivaiporã – 1.390 doses

TOTAL – 79.630 doses.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Pesquisa avalia uso de fungos na construção civil e em embalagens

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Pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná desenvolveram um material produzido a partir do crescimento de fungos em resíduos da agroindústria que pode substituir plásticos, poliestireno expandido e outros materiais danosos ao meio ambiente utilizados na indústria de embalagens e na construção civil. O projeto da equipe composta por quatro pesquisadores foi uma das iniciativas auxiliadas pelo Programa Sinapse da Inovação, promovido pelo Governo do Estado do Paraná por meio da Fundação Araucária, com o apoio do Sebrae e do Sistema Fiep. 

Chamada de tecnologia Mush, a iniciativa é pioneira no Brasil e deu nome à startup. “Nosso material utiliza cascas, bagaços, talos, serragem, entre outros, que são utilizados como fonte de nutrientes e suporte para o crescimento de um fungo. Esse crescimento é feito em moldes e o produto final adquire o formato do molde utilizado”, explica o professor de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Eduardo Bittencourt Sydney.

Ao final do processo o fungo é inativado e o produto torna-se 100% seguro. O estudante do curso de Engenharia Química Leandro Inagaki Oshiro ressalta que além de agregar valor a resíduos do agronegócio, o material é 100% biodegradável e de baixo custo de produção.

“É altamente escalonável e resulta na produção de um material durável, leve, que apresenta resistência à chama, à umidade, resistência mecânica e faz absorção acústica”, explica.

Segundo o professor Eduardo Bittencourt Sydney, as mentorias realizadas ao longo do programa ajudaram a moldar a filosofia da empresa. “O apoio financeiro nos permitiu avançar de forma muito mais veloz para o estabelecimento de uma tecnologia de produção e desenvolvimento do produto”, afirma.

PRODUTO – Visando uma produção em larga escala, os pesquisadores criaram uma coleção de produtos voltados ao conforto acústico chamada Coleção Íris, desenvolvida em parceria com o Furf Design Studio. Os sócios esperam que a coleção seja a porta de entrada da Mush no território nacional.

“Ela combina arte, ciência e funcionalidade na criação de ambientes residenciais e corporativos mais confortáveis e sustentáveis. Estamos buscando investimento para ampliação de escala de produção para atender as demandas de mercado nesse setor”, diz o pesquisador Antônio Carlos de Francisco.

“As placas acústicas funcionam como um revestimento de parede, uma solução funcional e artística que substitui aquelas famosas espumas tradicionalmente utilizadas”, acrescenta.

Em paralelo, a equipe está desenvolvendo soluções para o mercado de embalagens e construção civil. Um dos grandes diferenciais do projeto é propor uma mudança de comportamento do consumidor em relação às embalagens. “A nossa ideia é que a nossa embalagem não seja descartada no lixo, mas que tenha um segundo uso sendo reaproveitada na forma de fertilizante em hortas. Estamos na fase de testes para obtermos esta comprovação”, explica Eduardo Bittencourt Sydney.

SINAPSE – O Programa Sinapse da Inovação faz parte do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Startup Life. É uma ação de incentivo ao empreendedorismo inovador que tem o objetivo de transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso.

“O Sinapse permite atender dois momentos muito importantes na vida de uma startup. Primeiro na captação de ideias que possam se transformar em um produto ou serviço. Segundo, na materialização da ideia num protótipo que chamamos de MVP. Este esforço todo para que no final tenhamos geração de emprego e renda para a sociedade paranaense”, ressalta o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

Na primeira edição do programa foram apoiados 92 empresários com um investimento total de R$ 3,5 milhões.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Estado conquista chancela técnica como zona livre de peste suína clássica

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Além de avançar no reconhecimento internacional como Área Livre de Aftosa sem Vacinação, o Paraná conquistou nessa quarta-feira (10) a chancela técnica da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como zona livre de peste suína clássica independente. Essa classificação retira o Estado de um grupo formado por 14 outros estados e garante vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional.

“O nosso pleito de isolar o Paraná foi reconhecido. Somos um bloco independente. Agora estamos isolados de problemas que possam acontecer na divisa com o Norte e parte do Nordeste que não são livres. Para o Estado é uma segurança, uma garantia. Somos um pedaço independente dentro do Brasil”, afirmou o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. “Seremos mais agressivos no comércio mundial. Abatemos mais de 10 milhões de suínos por ano e com perspectiva de chegar a 15 milhões em breve”.

O Paraná deve produzir neste ano 950 mil toneladas de suínos, se aproximando cada vez mais de Santa Catarina, maior produtor do País. “A partir desse documento teremos a chancela em maio e formaremos um bloco único. Se acontecer no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, estamos livres dessa questão. Isso nos dá um novo status sanitário. Possivelmente daqui a dois ou três anos seremos o maior produtor do País”, destacou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

DOENÇA – A peste suína clássica é uma doença viral e está incluída na lista de notificação obrigatória pela OIE por ser de fácil difusão. Ela acomete somente suínos e não é transmitida para o ser humano. Os sinais clínicos mais comuns são transtornos circulatórios e lesões cutâneas, acompanhadas de conjuntivite em animais adultos e distúrbios neurológicos em suínos jovens. O animal também pode apresentar febre alta, paralisia nas patas traseiras e manchas avermelhadas pelo corpo.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná