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Uso de máscaras no Paraná e Santa Catarina pode ser flexibilizado

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Um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná quer flexibilizar o uso de máscaras na proteção contra a Covid-19 no Estado. De autoria do deputado Alexandre Amaro (Republicanos), o projeto 580/2021 pretende tornar facultativo o uso de máscaras ao ar livre em locais que não possuam aglomeração de pessoas, tais como vias públicas, parques, praças e outros ambientes a céu aberto. De acordo com o parlamentar, com o avanço da vacinação no Estado e a consequente queda no número de infectados e mortos, o uso do acessório é desnecessário.

O projeto de Alexandre Amaro pretende alterar o artigo 1º da Lei Estadual nº 20.189/2020, que tornou obrigatório o uso de máscaras no Estado enquanto durar a pandemia da Covid-19. Caso a mudança seja aprovada pelos deputados, a Lei passaria a vigorar com a seguinte redação: “Obriga, no âmbito do Estado do Paraná, o uso de máscara por todas as pessoas que estiverem fora de sua residência, enquanto perdurar a pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, salvo em ambientes ao ar livre, nos quais não haja aglomeração de pessoas.”

A proposição considera ambientes ao ar livre as vias públicas, parques e praças e outros ambientes, a céu aberto, que não possuam aglomeração de pessoas. O restante das determinações da Lei Estadual nº 20.189/2020 permanece inalterado.

Na justificativa da matéria, o parlamentar lembra que o Paraná já imunizou 97,5% da população acima de 18 anos com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Também recorda que estados como o Rio de Janeiro e São Paulo já avaliam a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos ao público e que não possuam qualquer tipo de aglomeração de pessoas. Inclusive os deputados estaduais do Rio de Janeiro aprovaram, no dia 26, um projeto de lei que flexibiliza o uso de máscara no estado. Por lá a medida será implantada de forma gradativa, conforme resolução da Secretaria de Saúde.

Alexandre Amaro afirma ainda que a iniciativa não tem a intenção de desencorajar o uso de máscaras ou motivar descuidos com as medidas não farmacológicas de proteção. “Ao contrário, este apenas verifica a desnecessidade de uso de máscara nos locais indicados, haja vista a flexibilização das restrições pelo Governo Estadual, culminando no retorno gradual das atividades presenciais no âmbito do setor público e privado, tais como shows, casas noturnas e entre outras”, completa a justificativa da matéria.

A proposta aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça e das demais comissões temáticas da Assembleia Legislativa. Somente após a tramitação nas Comissões é que o projeto segue para a votação pelos deputados no plenário.

A Lei 20.189/2020, que tornou obrigatório o uso da máscara em ambientes coletivos, foi aprovada pelos deputados paranaenses em abril de 2020. O Paraná foi um dos primeiros estados do País a adotar a obrigatoriedade da utilização de máscaras em espaços abertos ao público e de uso coletivo, como vias públicas, parques, praças, transporte coletivo, rodoviárias, portos, aeroportos, veículos de transporte coletivo, táxi, transporte por aplicativo, repartições públicas, estabelecimentos comerciais, industriais, bancários, empresas prestadoras de serviços e qualquer estabelecimento semelhante. O uso também é obrigatório em locais em que possa haver aglomeração de pessoas.

 

Quem burlar a legislação e for flagrado circulando em locais públicos sem máscara, pode ser multado. Os valores no mês de outubro variam entre R$ 117,20 até R$ 586,00. Já as empresas podem receber penalidades que variam de R$ 2.344,00 até R$ 11.720,00. Em caso de reincidência os valores poderão ser dobrados.

 

Em Santa Catarina

Diante da melhora nos índices da pandemia em Santa Catarina, o Governo do Estado estuda a publicação de decreto que flexibiliza a utilização de máscaras de proteção individual. As regras estão sendo elaboradas e deverão ser levados em conta, principalmente, os índices de vacinação.

O decreto somente será editado a partir da revogação da Lei Federal nº 14.019/2020, que obriga o uso do equipamento de proteção em todo o território nacional, tanto em ambientes fechados quanto abertos.

A Secretaria de Estado da Saúde está desenvolvendo os regramentos de acordo com as indicações epidemiológicas. “Compreendemos que estamos em um novo momento de enfrentamento à pandemia. O uso de máscaras mostrou sua eficácia. Com a o avanço da vacinação e com nossa população cada vez mais protegida, porém, percebemos que a flexibilização seja possível”, afirmou o secretario de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

Santa Catarina é o segundo estado no ranking de vacinação do país: 76,51% de sua população receberam pelo menos uma dose da vacina e 57,72% têm o esquema vacinal completo. O estado se aproxima da marca de 10 milhões de vacinas aplicadas, sendo que, dessas, 239.762 são doses de reforço.

Anvisa

Na contramão de governos estaduais e municipais que já anunciaram ou discutem a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destacaram, hoje (29), a importância das pessoas continuarem adotando as medidas não-farmacológicas contra a covid-19.

“Mantemos, em todas as nossas considerações, a importância das medidas não farmacológicas de enfrentamento à pandemia, tais como evitar aglomerações, usar máscaras e a boa higienização das mãos”, disse o diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, durante a reunião em que membros da diretoria colegiada aprovaram novas regras para a retomada das viagens em cruzeiros marítimos pela costa do Brasil, a partir deste mês.

“Esta tríade, em aditamento ao advento da vacinação, tem tornado possível a gradual e responsável retomada das atividades [econômicas], mas temos que manter como nosso norte os alertas dos organismos nacionais e internacionais”, disse Torres, acrescentando que, apesar do avanço da vacinação e da consequente diminuição dos números de mortes e de novos casos da doença, a pandemia ainda não terminou.

Relator do protocolo que define as obrigações das companhias marítimas, tripulantes, viajantes, terminais de passageiros marítimos e do poder público, o diretor Alex Machado Campos reafirmou o que já havia dito durante audiência pública da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de enfrentamento à covid-19.

 

“Eu disse que preocupava muito a Anvisa a associação entre a retomada de inúmeras atividades e o fim de protocolos [sanitários]. Ou mesmo com [a ideia de] que a pandemia chegou ao fim. Isso é algo temerário. As coisas não podem ser confundidas”, alertou Alex Machado, defendendo a manutenção do uso de máscaras e das demais recomendações das autoridades sanitárias mundiais.

“A tão necessária retomada [das atividades econômicas e sociais] deve ter como condicionante e sustentáculo os protocolos. O momento é de alerta, de precaução. É muito prematuro qualquer movimento no sentido de [flexibilizar ou suspender] protocolos que compuseram um conjunto de medidas exitosas”, acrescentou o diretor da agência reguladora, para quem a vacinação, embora fundamental para debelar a crise e salvar vidas, ainda não pode ser recomendada isoladamente.

“As vacinas são um grande instrumento, mas é a composição delas com as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, a higienização das mãos, o distanciamento, que, a rigor, começa a surtir efeitos”, disse Alex Machado.

A diretora Cristiane Rose Jourdan também expressou preocupação com o que classificou como “precipitações”. Ao falar sobre a importância do protocolo que a Anvisa estabeleceu para tentar assegurar a proteção dos passageiros e tripulantes de cruzeiros marítimos, a diretora deixou claro que a população ainda precisa tomar cuidado.

“Estamos diante de uma redução significativa dos números da pandemia do novo coronavírus em grande parte do globo. Nesse cenário, tendo em vista o percentual da população vacinada, a tendência é a volta à normalidade. É o que esperamos. Só que, em contraponto à tendência otimista, a Organização Mundial da Saúde já alerta para o surgimento de variantes e até de reversão da queda do número de casos, mesmo em países com grandes percentuais de pessoas vacinadas. Portanto, vejo com um viés de preocupação qualquer precipitação, uma vez que ainda não vencemos a pandemia e estamos na expectativa dos acontecimentos futuros com relação à imunidade global”, disse Cristiane.

Governo do Paraná terá serviço público de loteria para financiar novas políticas sociais

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O Governo do Paraná vai passar a gerar recursos e financiar atividades socialmente relevantes relacionadas à promoção de direitos sociais a partir de uma nova fonte de receita. O governador Carlos Massa Ratinho Junior enviou nesta quarta-feira (6) à Assembleia Legislativa o projeto de lei que cria o serviço de loteria do Paraná, responsável por garantir a fiscalização e administração de jogos lotéricos do Estado.

O projeto de lei prevê que a autarquia poderá executar diretamente ou delegar, mediante permissão, concessão ou outra modalidade prevista na legislação que rege as contratações públicas, as atividades operacionais inerentes à exploração do jogo lotérico. Com essa implementação, o Paraná se reúne aos cinco entes federativos que possuem legislação vigente acerca de serviços lotéricos: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo e Maranhão.

A Loteria do Estado do Paraná (Lotepar) terá vínculo direto com a Secretaria de Estado da Fazenda e tem a finalidade de buscar novas fontes arrecadatórias, sobretudo em um momento de crise econômica.

“É vantajoso para o Estado porque a exploração desses serviços de loteria aumenta a arrecadação aos cofres públicos, principalmente em uma época de crise econômica. Esses recursos serão utilizados para implementação de políticas públicas com finalidade de garantir direitos sociais à população”, esclareceu o secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior.

A arrecadação desses jogos lotéricos poderá ser destinada para ações relacionadas à segurança, serviços voltados à habitação popular e a financiamento de projetos e programas que tratem da concretização dos demais direitos previstos na Constituição do Estado do Paraná, especialmente quando voltados à promoção de recursos para idosos.

Os jogos lotéricos no âmbito do Estado do Paraná também serão regulados por meio de seus respectivos planos lotéricos. O serviço estadual ainda será responsável por adotar sistemas de garantia à segurança contra adulteração dos bilhetes físicos e digitais promovendo maior segurança à população.

A Projeto de Lei atende também o disposto da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e da Lei Complementar Estadual nº 231, de 2020, a Lei de Qualidade e Responsabilidade Fiscal do Paraná.

Supremo Tribunal Federal

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em setembro de 2020, por unanimidade, que a União não tem monopólio para manter jogos lotéricos, que podem ser criados e explorados também pelos estados, desde que estejam de acordo com a regulamentação federal.

Atualmente, existem quatro loterias estaduais em operação (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Paraíba). Outros 11 estados ainda estudam a criação dos jogos. Há um projeto na Câmara Federal que autoriza os estados a explorar esses jogos (PL 472/07).

O Projeto

O projeto de lei (544/2021) enviado à Assembleia Legislativa do Paraná pelo governo do Estado cria a Loteria do Estado do Paraná (Lotepar) que será uma autarquia pública com orçamento e autonomia próprios e vinculada à Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA).

A justificativa do texto enfatiza que os recursos levantados pela loteria pública financiarão atividades “socialmente relevantes relacionadas à promoção de direitos sociais”. Especificamente, a arrecadação com a exploração do jogo auxiliará o Estado a custear serviços de segurança pública, habitações populares e ações e programas do Governo Estadual, especialmente quando voltados à promoção de direitos dos idosos.

O Poder Executivo argumenta na justificativa da matéria que a loteria significa uma forma de incrementar os cofres públicos especialmente no contexto de crise econômica e sanitária atuais. “O aumento da arrecadação fornece meios para que o Governo Estadual possa ter recursos para implementar políticas públicas de forma a garantir direitos à população”.

Outro ponto levantado dá conta de que outros estados da Federação têm legislações que permitem a exploração de loterias estaduais, como o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo e Maranhão. Além disso, o projeto destaca que o Paraná já teve um serviço público de loterias, a Serlopar, criada em 1987 e extinta 2007.

Delegação

O projeto de lei prevê que a Lotepar poderá executar diretamente os jogos de loteria no estado ou delegá-los “mediante permissão, concessão ou outra modalidade prevista na legislação que rege as contratações públicas, as atividades operacionais inerentes à exploração do jogo lotérico”.

À autarquia caberá programar, controlar e executar todos os serviços técnicos, administrativos e financeiros; promover a articulação com órgãos congêneres; realizar estudos, pesquisas e levantamentos visando o planejamento do sistema de loterias; e manter serviços de informação permanente ao público.

Desta forma, como previsto na justificativa do texto, a Lotepar poderá “realizar auditorias nos equipamentos, processos e procedimentos, bem como em livros comerciais ou fiscais, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais das empresas, em meios físico ou digital, que vierem a explorar quaisquer das modalidades de loteria previstas”.

Ainda “requerer, quando necessário, a inspeção da Vigilância Sanitária, abrangendo o imediato acesso a dependências, a todos os itens, documentos e equipamentos que se fizerem necessários”.

“A Lotepar exigirá dos concessionários e permissionários do serviço

certificação da adoção de práticas dedicadas ao fomento do jogo responsável e à proteção de vulneráveis e, ainda, da higidez e lisura de programas de computador (software) e equipamentos (hardware) a serem utilizados na operação das modalidades lotéricas”, destaca o projeto.

O projeto determina que os prêmios das loterias estaduais sejam de no mínimo 45% da arrecadação – pelo menos 25% do valor total deverão ser destinados à promoção do desporto, seguridade social e programas sociais. O texto também diz que a Caixa tem de autorizar as novas loterias para que não sejam semelhantes às oferecidas por ela.

História das loterias no Brasil

No Brasil, a primeira loteria de que se tem notícia foi realizada em 1784, em Vila Rica (atual Ouro Preto), capital de Minas Gerais. Com o dinheiro arrecadado foram construídos os prédios da Câmara dos Vereadores e da Cadeia Pública. A prática foi adotada em todo país, sendo que o governo dava concessões para sua exploração preferencialmente às Santas Casas, aos orfanatos e aos hospitais para evitar abusos, mas também a particulares. Foi o imperador D. Pedro II quem regulamentou o funcionamento das loterias, por meio do decreto nº 357, de 27 de Abril de 1844. Em 1899, nos primeiros anos da República, parte da arrecadação foi incluída como receita no Orçamento Federal.

Os primeiros Revendedores (distribuidores) da loteria federal do Brasil foram de 1930 até 1950, nesta época a administração das loterias era feira por particulares, selecionados por concorrência pública e o prazo de duração da concessão era 05 anos.

Em 1961 o então Presidente Jânio Quadros publicou o Decreto nº 50.954, que regulou o serviço da Loteria Federal no País para a União e rescindiu a concessão do serviço, ficando assim a Loteria Federal explorada diretamente pela União e subordinada ao Ministro da Fazenda e executada em todo País pelo Conselho Superior da Caixa Econômica Federal.

Dificuldade em construir bons projetos na área tech engessam liberação de R$ 3 bi no Paraná

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3ª Semana de Inovação do Paraná ressalta R$3 bilhões parados no BRDE e que poderiam financiar novas idéias de paranaenses. 

Três bilhões de reais estão parados nos cofres do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) pela falta de projetos. A informação foi compartilhada pelo vice-presidente da entidade, Wilson Bley, durante solenidade realizada no Palácio Iguaçu, para o lançamento da terceira edição da Semana de Inovação do Paraná, evento marcado para acontecer até sexta-feira (8 de outubro), em ambiente gratuito e virtual.

“Temos esse recurso e também a dificuldade para emprestá-lo aos municípios, especialmente aos pequenos, por não conseguirem exercer bons projetos, ou de fazer uma boa licitação, de fazer um bom termo de referência, por exemplo, ou simplesmente porque eles não têm projetos”, disse. O BRDE é considerado um dos “anjos” – termo usado no ambiente do empreendedorismo para identificar quem investe em novas ideias –, isto é, pode fazer investimento e ser usado por quem tem boas propostas na área de inovação, mas não dispõe de capital. Contudo, se não houver uma boa fundamentação, o Banco recua e o dinheiro não vem. “É algo que deve ser discutido efetivamente. O BRDE também tem esse compromisso, de não apenas emprestar dinheiro, mas também de ajudar na criação de políticas públicas. Queremos um Paraná extremamente pujante”. Na prática, isso significa que, embora o estado seja destaque nacional em desenvolvimento tecnológico, ainda há espaço para crescimento, seja no aprimoramento das boas ideias ou lapidando a construção delas.

Dessa forma, tornar a inovação mais palpável, inclusive tratando de algumas dores – como é o caso dos projetos faltantes –, é uma das grandes propostas da terceira edição da Semana de Inovação do Paraná. O evento é uma organização do Governo com parcerias, entre elas, com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR), entidade que assina o Assespro Innovation Day.

“Somos o quarto estado no Brasil em quantidade de empresas de desenvolvimento de software, porém, o sétimo em faturamento. A Semana vai nos permitir apresentar, para o Brasil e para o mundo, as inovações e as soluções desenvolvidas aqui no Paraná”, apontou Lucas Ribeiro, presidente da Assespro-PR, mostrando admiração pelo trabalho que o Governo vem realizando. “O Paraná é um celeiro de boas ideias e de inovação de ponta, quando o tema é tecnologia, o Governo do Paraná tem se mostrado um excelente parceiro e incentivador, o que também atrai fundos e investidores para cá”, destacou.

Marcelo Rangel, superintendente de Inovação, lembrou que o Paraná é o estado mais inovador do Brasil e que agora é preciso “colocar os produtos na vitrine”. “Começamos um novo ciclo, tratando a inovação sob a ótica do empreendedorismo. Precisamos trabalhar com qualificação, aumentando as oportunidades, os postos de trabalho. Nessa terceira Semana de Inovação vamos trabalhar muito esse tema. Vamos produzir Nota Fiscal! O ciclo começa lá na universidade, mas podemos ter a inovação lá entre as pessoas humildes, que produzem algo diferente”, disse. De novo, a aplicabilidade dos projetos inovadores foi pauta. “Precisamos tratar da desburocratização desse tema. De que adiante termos projetos espetaculares, de prêmios, mas o projeto ainda estar no papel?”, pontuou Rangel.

Dando exemplo de como é possível fazer a inovação “caminhar”, o superintendente de Ciência e Tecnologia, Aldo Bona, trouxe comparativos. Segundo ele, em 2019, havia 600 pedidos/registros de patentes nas sete universidades estaduais, mas nenhuma delas transformadas em negócios. Era um ativo tecnológico, só que sem avanços. “Concedemos um programa, na época, que logo atingiu seu objetivo: as cinco ideias premiadas já estão em fase de licenciamento para virar produto”, contou, citando um pouco da dinâmica do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). “Precisamos não só da tecnologia na educação, mas da formação para o uso da tecnologia no geral. Isso se conecta a uma ideia de formação mais empreendedora que possa estimular nosso estudante a ter a perspectiva de que, mais do que trabalhar como empregado, ele possa gerar riquezas, oportunidades e ajudar o desenvolvimento”.

INNOVATION DAY

A Semana de Inovação, prevista para acontecer anualmente pela Lei Estadual 19.966/2019, será virtual e gratuita. A iniciativa busca engajar o ecossistema de tecnologia paranaense com dois eventos on-line e gratuitos – o Viasoft Connect e o Assespro Innovation Day –, ambos com o objetivo de fomentar a discussão sobre o tema para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico estadual.

O Assespro Innovation Day promove palestras nos dois primeiros dias de evento das 9 às 13 horas. A programação tem como atração ícones da área, como o pesquisador e especialista em tecnologia, Tony Ventura, e Dave Mosby, investidor-anjo no Vale do Silício.

“Destacaremos as principais iniciativas, tanto soluções para empresas públicas, como privadas, que já estão tendo sucesso ou que ainda estão nascendo. É um importante momento para comprovarmos a liderança do Paraná em termos de inovação, empreendedorismo e desenvolvimento de startups”, diz o presidente da Assespro-PR, Lucas Ribeiro.

PARCEIROS

A organização da Semana de Inovação conta com o patrocínio da Fomento Paraná, da Celepar, do Senac e da OBr.Global. Apoiam o evento, também, o Sebrae, o Tecpar, o Lactec e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Para o time, estar participando de um evento com histórico de apoio à área tech, é motivo de orgulho.

Weliton Perdomo, coordenador estadual de Inovação do Sebrae-PR; Lucas Ribeiro, presidente da Assespro-PR e CEO do ROIT BANK; e o superintendente de Inovação do Paraná, Marcelo Rangel, no lançamento da 3ª Semana de Inovação do Paraná.

Governador irá sancionar o projeto aprovado na Assembleia Legislativa que regulamenta Homeschooling no Paraná

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Sensível à realidade das famílias que praticam o ensino domiciliar no estado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior, confirmou ao deputado Estadual Marcio Pacheco (PDT), que irá sancionar o projeto de lei 179/2021 que institui homeschooling na educação básica no Paraná. A sanção aconteceu em uma cerimônia no Palácio Iguaçu, ontem, 04, às 17 horas, com a participação de pais educadores e entidades de apoio à prática e dos deputados coautores da proposta. A Secretária Estadual de Educação (SEED) terá prazo de 90 dias, contados após a sanção, para regulamentar a nova lei.

“O Paraná assumiu o protagonismo no debate nacional sobre o homeschooling. Saímos na frente. Nossa lei será referência para outros estados. Estamos garantindo o direito de escolha dos pais em relação ao método de ensino de seus filhos. São 36 deputados coautores, houve uma grande articulação que consolidou esse resultado”, analisa Marcio Pacheco, um dos autores do projeto.

O texto que autoriza o ensino domiciliar, sob o encargo dos pais ou responsáveis, com supervisão e avaliação periódica da aprendizagem por órgãos de ensino, garantirá segurança jurídica para as famílias que deixaram de estar no limbo jurídico, e por vezes tratadas como criminosas.

A prática não é obrigatória. Os pais poderão optar entre o ensino escolar ou o domiciliar. A escolha deverá ser comunicada a um órgão competente definido pelo Poder Executivo por meio de um formulário específico. Caberá aos Conselhos Tutelares supervisões periódicas para coibir qualquer tipo de abuso. Serão realizadas avaliações periódicas para avaliação do nível de aprendizado dos estudantes respeitando critérios determinados pelo sistema público.

Com o objetivo de garantir a segurança e o bem-estar dos estudantes, o texto proíbe a realização da prática do homeschooling por pais e responsáveis que tenham sofrido condenação por qualquer crime doloso contra a vida e os crimes cometidos na modalidade dolosa como os previstos no Estatuto da Criança e do Adolescentes, na Lei Maria da Penha, crimes hediondos, entre outros.

O texto prevê a promoção da interação social das crianças e adolescentes que deverá ser desenvolvida, em no mínimo 8 horas mensais, por meio de atividades coletivas desportivas, religiosas ou de lazer, em espaços públicos ou privados. A participação poderá ser comprovada por matrículas, contratos, diplomas, certificados, recibos e declaração dos pais ou responsáveis, instruídos com filmagens ou fotografias, como ainda, por qualquer outro meio idôneo.

Conforme levantamento realizado pela Associação Nacional de Ensino Domiciliar (ANED), o Brasil conta com mais de 18.000 estudantes em ensino domiciliar, sendo o método aplicado em 27 estados da federação. No Paraná é estimado que mais de 3 mil famílias praticam o ensino domiciliar.

Esse formato de ensino surgiu nos Estados Unidos na década de 70 e hoje está presente em mais de 60 países. A modalidade é válida por exemplo nos EUA, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Suíça, Portugal, Holanda, Áustria, Finlândia, Noruega, Rússia, Bélgica, África do Sul, Filipinas, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Na América Latina o ensino domiciliar é regulamentado na Colômbia, Chile, Equador e Paraguai.

Autores do projeto –  Além do deputado Marcio Pacheco, também assinam a matéria as deputadas Cristina Silvestri (CDN) e Cantora Mara Lima (PSD), e os deputados Ademar Traiano (PSDB), Ademir Bier (PSD), Alexandre Amaro (Republicanos), Coronel Lee (PSL), Cobra Repórter (PSD), Delegado Fernando Martins (PSL), Delegado Jacovós (PL), Delegado Francischini (PSL), Do Carmo (PSL), Dr. Batista (DEM), Elio Rusch (DEM), Emerson Bacil (PSL), Gilson de Souza (PSC), Homero Marchese (PROS), Ricardo Arruda (PSL), Rodrigo Estacho (PV), Soldado Fruet (PROS), Tercilio Turini (CDN), Douglas Fabrício (CDN), Reichembach (PSC), Galo (PODE), Paulo Litro (PSDB), Soldado Adriano José (PV), Subtenente Everton (PSL), Plauto Miró (DEM), Nelson Luersen (PDT), Luiz Carlos Martins (PP), Gilberto Ribeiro (PP), Anibelli Neto (MDB), Mauro Moraes (PSD), Jonas Guimarães (PSB), Francisco Bührer (PSD), Boca Aberta Junior (PROS) e Evandro Araújo (PSC).

Em Santa Catarina Alesc, Comissão de Educação rejeita projeto de lei que autoriza o ensino domiciliar

Por maioria de votos, a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa aprovou, o parecer pela rejeição do Projeto de Lei Complementar (PLC) 3/2019, de autoria do deputado Bruno Souza (Novo), que regulamenta o ensino domiciliar em Santa Catarina, conhecido como “homeschooling”. A proposta segue, agora, para análise da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão e relatora do PLC, apresentou o parecer contrário à matéria durante mais de 50 minutos, argumentando que foi solicitado diligenciamento a 14 entidades ligadas ao setor educacional, dos quais 11 responderam, em sua maioria contra a aprovação da proposta. Citou também que o PLC era inconstitucional e ilegal, além de abordar questões pedagógicas contra a aprovação da matéria em Santa Catarina.

Carminatti falou do prejuízo à socialização das crianças com uma possível adoção do “homeschooling” e lembrou que a legislação determina que as famílias devam matricular as crianças aos quatro anos nas escolas.

Em seguida, a deputada Ana Campagnolo (PSL) apresentou voto divergente da relatora, defendendo a aprovação do PLC. Disse que na audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, no início do mês, que debateu o ensino domiciliar, achou bastante compreensível que as entidades educacionais e professores tenham se manifestado contrário ao PLC por estarem defendendo o emprego dos professores. Rebateu o argumento de que a matéria seria inconstitucional, lembrando que Supremo Tribunal Federal (STF) deixou claro que o ensino domiciliar não fere a Constituição e que precisa apenas de sua regulamentação.

A parlamentar também destacou que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alesc aprovou a tramitação da matéria, inclusive com o voto do deputado licenciado Luiz Fernando Vampiro (MDB), hoje secretário de Estado da Educação. Salientou que o “homeschooling” é adotado por mais de 60 países, em sua maioria desenvolvidos, e que no Rio Grande do Sul, neste mês, os deputados estaduais aprovaram a implantação deste modelo educacional. “No Brasil há dez mil famílias que já adotam este modelo educacional e mesmo que essa lei não seja aprovada continuaram com a educação domiciliar.”

Votaram contra o parecer os deputados Ismael dos Santos (PSD) e Ana Campagnolo. Seguiram a relatora os deputados Dr. Vicente Caropreso (PSDB), Silvio Dreveck (PP), Fernando Krelling (MDB) e Valdir Cobalchini (MDB). Conforme determina o Regimento Interno da Alesc, como o parecer de Luciane Carminatti (PT) foi aprovado, o voto divergente de Ana Campagnolo não foi apreciado. Rejeitado na principal comissão de mérito, o projeto de lei segue agora para a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente.

Lei Federal

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3262/19, das deputadas Chris Tonietto (PSL-RJ), Bia Kicis (PSL-DF) e Caroline de Toni (PSL-SC), que permite que pais eduquem seus filhos em casa.

A proposta modifica o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para deixar claro que a pena prevista para o crime de abandono intelectual, de detenção de quinze dias a um mês ou multa, a quem deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária de filho em idade escolar, não se aplica a pais ou responsáveis que ofertarem a modalidade de educação domiciliar. O texto ainda depende de análise pelo Plenário.

A relatora da proposta, deputada Greyce Elias (Avante-MG), defendeu que a prática do homeschooling “nada tem a ver com o abandono intelectual”. “Pelo contrário, os genitores demonstram um comprometimento ainda maior com a educação dos filhos”, argumentou.

Ela também lembrou que uma proposta do Executivo (PL 2401/19, apensada ao PL 3179/12), regulamenta a educação domiciliar. Esse projeto deve ser avaliado por uma comissão especial, ainda a ser criada, sob relatoria da deputada Luisa Canziani (PTB-PR).

Inicialmente, o texto aprovado pela CCJ também tramitava em conjunto à regulamentação da modalidade de ensino, mas depois de requerimento da presidente da comissão, deputada Bia Kicis, uma das autoras do projeto que descriminaliza o homeschooling, ele foi desanexado e, portanto, enviado diretamente para a CCJ. Deputados da oposição consideraram o fato “uma manobra” da presidente para acelerar a aprovação do texto.

A reunião que resultou na aprovação da proposta foi marcada por embate e obstrução promovida pelos partidos de oposição.

Tramitação

O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado, o texto vai ao Plenário. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)

Projeto de Hussein que facilita execução de novos projetos pelas startups avança na Assembleia

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Avançou na Assembleia Legislativa do Paraná a proposta que visa desburocratizar e criar um ambiente para que empresas de inovação possam prestar seus serviços sem parte das restrições. O projeto de lei 182/2021, do deputado Hussein Bakri (PSD), que estabelece regras para a constituição e normas gerais de funcionamento de ambiente regulatório experimental, também denominado de “Sandbox Regulatório”, foi aprovado em terceiro turno de votação na sessão plenária desta quarta-feira, 22. O texto avançou como uma emenda modificativa da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) apresentada pelo relator, deputado Paulo Litro (PSDB).

Pelo texto, os Sandboxes Regulatórios servirão de instrumento para fomentar e apoiar a inovação, tecnológica no Estado do Paraná, com base na Lei Estadual de Inovação, para incentivar as empresas locais ou as que queiram se instalar no Estado do Paraná a realizarem investimentos em pesquisa científica, tecnológica e de inovação, impulsionar pesquisadores, empreendedores a desenvolver seus projetos.

Além disso, o projeto pretende fortalecer e ampliar a base técnico-científica no Paraná, constituída por entidades de ensino, pesquisa e prestação de serviços técnicos especializados e por empresas privadas de produção de bens e serviços de elevado conteúdo tecnológico, gerando emprego e renda.

Ainda de acordo com o texto, o Sandbox Regulatório vai permitir que empresas com soluções inovadoras possam oferecer seus produtos e serviços ao público, por um período limitado, sem o conjunto de restrições impostas pela regulamentação vigente. A ideia, diz o texto, é estimular a experimentação para que o regulador possa acompanhar de perto as inovações e avaliar o impacto que elas terão na experiência do usuário.

“A aprovação desta proposta permitirá às startups e a outros empreendedores da inovação testar seus produtos antes que sejam retiradas todas as licenças e alvarás necessários para o funcionamento de uma empresa. Isto não é apenas essencial neste momento de recuperação da economia local, mas também para atrair novos negócios para o estado. Fato é que os grandes beneficiários desta nova possibilidade não serão apenas as empresas, mas também os nossos cidadãos, pois poderão usufruir de soluções inovadoras”, destaca Bakri na justificativa da matéria.

Coordenadora da Frente Digital do Congresso, a deputada federal Luísa Canziani destacou a aprovação pela Assembleia Legislativa do nosso projeto do Sandbox Regulatório no Paraná. A proposta vai criar um ambiente de experimentação de novas tecnologias sem tantas amarras burocráticas, o que vai atrair investidores, desenvolver o ecossistema de inovação e encontrar soluções digitais para políticas públicas. O Paraná se consolida a cada dia como o Estado mais moderno e inovador do Brasil!

A proposta de minha autoria desburocratiza a legislação e permite que essas empresas ofereçam seus serviços ao poder público antes de tirar todas as licenças e alvarás exigidos hoje.

“Foi uma sugestão do vereador Euler de Curitiba precisamos dizer as coisas boas de onde vem. Após eu recebi do superintendente geral de inovação do Paraná Marcelo Rangel o pedido que é um projeto que visa oferecer condições e incentivos daqueles projetos de inovação que tem diferencial para que elas tenham um apoio para que possam se fortalecer. E aí sim mostrar todo seu talento e mostrar toda a sua capacidade para o estado. É um projeto que abre as portas para inovação no estado do Paraná na medida em que não vai ter custo para apresentar e estará liberada de uma série de entraves burocráticos para que possa colocar em prática seus projetos de inovação e aí sim mostrando a sua capacidade e competência ser contratada pelo Estado e ser um projeto aproveitado”, comenta.

Por períodos limitados, novos produtos poderão ser experimentados para avaliar o impacto sobre os usuários e, em caso de resultados positivos, o Estado poderá contratá-los de forma definitiva, promovendo as adequações necessárias. “Têm muitos jovens talentos que não tem condições muitas vezes financeiras de colocar de pé um projeto desses, com esse projeto eles terão condições e incentivo para dar o próximo passo. O governo do Estado irá incentivar essas ideias”, explicou Hussein.

Esse projeto vai permitir a diversas startups colocarem de pé os seus projetos e, mostrando sua capacidade e competência, serem contratadas pelo Estado em favor dos paranaenses. Posteriormente, as normas gerais previstas no projeto serão regulamentadas pelo Governo do Estado para a efetiva aplicação da proposta.

Sandbox

Aprovado junto com o Marco Legal, a matéria permite que órgãos e as entidades da administração pública com competência de regulamentação setorial poderão, individualmente ou em colaboração, no âmbito de programas de ambiente regulatório experimental (sandbox regulatório), afastar a incidência de normas sob sua competência em relação à entidade regulada ou aos grupos de entidades reguladas.

Sandbox são condições simplificadas, que permitem que novas startups testem seus produtos, serviços e modelos de negócios inovadores no mercado real sendo monitoradas e reguladas por órgãos competentes, obedecendo determinados limites do edital.

É um regime diferenciado onde a empresa pode lançar novos produtos e serviços experimentais com menos burocracia e mais flexibilidade no seu modelo, segundo o governo.

No sandbox, órgãos ou agências com competência de regulação setorial podem afastar normas para que empresas inovadoras experimentem modelos de negócios inovadores e testem técnicas e tecnologias, com acompanhamento do regulador. Cabe aos órgãos e agências definir os critérios de seleção das empresas participantes, as normas que poderão ser suspensas e o período de duração.

Contratação pela Administração Pública

Facilitando para o governo a aquisição de soluções de startups inovadoras. A legislação anterior de compras públicas inviabiliza a contratação de soluções inovadoras desenvolvidas por startups devido às especificidades das exigências.

BC já aderiu

O Banco Central (BC) no início do ano realizou as inscrições para envio de projetos de sandbox. O projeto visa estar inserido no âmbito de competência regulatória do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central.

O Banco Central selecionou 10 projetos (podendo ser ampliado em até 50%), com duração de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

“Entre seus objetivos estão estimular a inovação e a diversidade de modelos de negócio, fomentar a concorrência entre os fornecedores de produtos e serviços financeiros e atender às diversas necessidades dos usuários, no âmbito do SFN e do SPB, ao mesmo tempo em que assegura a rigidez desses sistemas”, explicou a chefe-adjunta do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor), Paula Ester Leitão.

Alep alerta os direitos dos consumidores no Dia do Cliente

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O 15 de setembro é celebrado no Brasil como o Dia do Cliente.  A data, criada por uma lei federal de 2017, é uma forma de aprimorar a relação entre vendedor e comprador, além de servir como um período de incentivo às compras por meio de descontos e promoções. Estratégias utilizadas para dar impulso ao caixa dos lojistas, que neste período do ano costuma ser menos movimentado, em função da ausência de datas comemorativas (e comerciais) no calendário. Mas a data também reforça ao consumidor a necessidade de fazer valer seus direitos.  “O direito do consumidor está implícito na Constituição Federal e é um direito fundamental de todo cidadão, que legitimamente deseja ser bem atendido e adquirir serviços e produtos de qualidade”, afirma o deputado Márcio Pacheco (PDT), que preside na Assembleia Legislativa do Paraná a Comissão de Defesa do Consumidor, por onde passam todos os projetos que tratam do tema.

A Comissão, que conta com outros seis parlamentares, tem, além da competência de se manifestar sobre toda e qualquer proposição relacionada à defesa do consumidor, também tem como função receber, avaliar e investigar denúncias relativas à violação dos direitos do consumidor.

O objetivo da Comissão é promover a eficácia na proteção dos interesses econômicos do consumidor, melhorar a eficiência dos serviços do produtor ou prestador de serviço, aprimorando a interação e respeito, bem como a proteção de práticas abusivas cometidas nas relações entre comerciantes e consumidores, assegurando assim os direitos a quem adquire um produto ou serviço. “Todas as queixas da população merecem uma atenção especial por parte da Comissão”, reforça o deputado.

Aplicativo Agora é Lei no Paraná – Em 2017, a Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa, em parceria com a Diretoria de Tecnologia da Informação, desenvolveu um aplicativo para se tornar mais um instrumento de proteção aos consumidores paranaenses. Reuniu, em um primeiro momento, pouco mais de 200 leis, aprovados no Legislativo e sancionadas pelo Poder Executivo.  Atualmente, são mais de 350 leis que tratam da compra e venda de produtos e prestação de serviços.  “Em caso de dúvida sobre seus direitos, os consumidores têm, na palma da mão, uma ferramenta poderosa, onde podem pesquisar. E essa busca pode ser feita por palavra ou categorias (serviços, lazer, saúde, educação, segurança e meio ambiente)”, explica a diretora de Comunicação, Kátia Chagas.

O consumidor paranaense pode fazer valer seus direitos em lojas, supermercados, shoppings, restaurantes, hospitais, bancos, escolas e companhias aéreas com uma simples consulta no aplicativo instalado no celular. O app pode ser baixado na versão Android e IOS, de forma gratuita.

“Apenas com o trabalho e o talento dos funcionários da Assembleia criamos um aplicativo que além de dar destaque para o trabalho dos deputados, coloca nas mãos das pessoas mais um instrumento na defesa dos seus direitos”, destaca o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB). “Nossa comunicação trabalha em sintonia com o que há de mais moderno e buscando novas formas de ampliar a divulgação de tudo o que ocorre aqui na Assembleia”, acrescenta.

E a ferramenta vai além de ser um simples recurso tecnológico. O aplicativo Agora é Lei no Paraná é um instrumento de cidadania, à medida em que qualquer cidadão pode, de forma rápida e fácil, acessar a legislação voltada ao consumo tendo, portando, acesso aos seus direitos. “Nós procuramos cada vez mais, em nossos canais de comunicação, estimular que os paranaenses baixem o aplicativo, para que possam cobrar os seus direitos de qualquer lugar e façam valer as leis que estão em vigor no Paraná”, reforça Kátia Chagas.

Premiação

A ferramenta acumula prêmios, indicações e menções em premiações de relevância nacional. O principal deles foi a escolha do aplicativo como vencedor do Prêmio Redes 2019. A premiação ocorreu no 8º Redes WeGov, evento multitemático que reuniu agentes públicos e estudiosos da administração pública para debater o uso das novas ferramentas tecnológicas na comunicação do setor, além de troca de experiências sobre iniciativas bem-sucedidas, superando outros 25 projetos de todo o país.

O projeto criado pela Assembleia Legislativa também foi finalista no prêmio Assembleia Cidadã, promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), realizado durante a 23ª Conferência realizada em Salvador, na Bahia, em novembro de 2019.

Em 2017, recebeu “Menção Honrosa do Prêmio e-Gov”, do Ministério do Planejamento e da Associação Brasileira de Entidades de Tecnologia da Informação e da Comunicação, o mais importante reconhecimento do país a projetos e soluções de governo eletrônico com uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação. O projeto foi o único entre os 12 finalistas a ser desenvolvido por um Legislativo estadual.

Algumas leis que estão no Agora é Lei – Entre as leis apresentadas no aplicativo estão diversas que envolvem o momento de pandemia a qual passam todos os brasileiros, como a lei 20.189/2020, que torna obrigatório o uso de máscaras durante a pandemia da covid-19; e a lei 20.187/2020 que proíbe que planos de saúde cobrem taxas adicionais no tratamento da covid-19, bem como exige a esterilização de máquinas de cartão e carrinhos e cestas de compras para evitar a proliferação do coronavírus.

O aplicativo também apresenta leis como a 16.136/2009 que determina que os estabelecimentos comerciais situados no Paraná, devem manter um exemplar do Código de Proteção e Defesa do Consumidor para a consulta, quando solicitada, pelos clientes.

Também consta no aplicativo a lei 19.582/2018 que permite o desembarque, das 22 às 5 horas, de mulheres, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e idosos usuários do Sistema de Transporte Coletivo Intermunicipal e Metropolitano em local mais seguro e acessível; a lei 17.949/2014 que determina que banho e tosa de animais sejam realizados em locais que possibilitem aos clientes e visitantes do estabelecimento a visão total dos serviços e também a instalação de um sistema de gravação dos serviços que poderão ser acompanhados pelos clientes; a lei 18.946/2016 que obriga a divulgação, na entrada dos estabelecimentos comerciais, das formas de pagamentos aceitas; a lei 18.943/2016 que proíbe que estabelecimentos comerciais determinem um valor mínimo para compras e consumos com cartão de débito e crédito; e a lei 18.822/2016 que obriga fornecedores de serviços prestados de forma contínua, como telefonia, internet e tv a cabo, a conceder a seus clientes antigos os mesmos benefícios de promoções realizadas para atrair novos clientes.

Já a lei 17.454/2013 obriga as empresas que utilizam o e-commerce, com hospedagens em sites na internet e que tenham matriz ou filiais no Estado do Paraná, inserirem em seus sites os respectivos endereços, telefones e dados cadastrais completos; a lei 18.996/2017 que determina que as empresas informem ao consumidor o fim dos prazos dos descontos ou vantagens temporárias oferecidos pelos prestadores de serviços; E a lei 17.478/2013 que os supermercados e demais estabelecimentos similares a divulgarem em destaque a data de vencimento dos produtos incluídos em todas as promoções especiais feitas em suas dependências.

Mais informações sobre o aplicativo Agora é Lei no Paraná podem ser conferidas no site: https://www.assembleia.pr.leg.br/agoraelei

Alguns direitos previstos na lei federal – Dinheiro de volta em dobro: O artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que o consumidor que sofrer uma cobrança indevida tem direito a receber de volta o valor pago a mais em dobro, acrescido de correção monetária e juros legais. A exceção é se o engano for justificável;

– Compra on-line – Quando comprar um produto on-line, desconfie de ofertas muito abaixo da média de preço  e leia o detalhamento do produto. Caso esteja mais barato por causa de um defeito, a descrição deve informar sobre esse fato previamente e de forma clara;

– Desistência de compra – Se você comprar pela internet e desistir, o reembolso deve ser total, inclusive de frete e outras taxas. O chamado “direito de arrependimento” está previsto no artigo 49 do CDC;

– Atraso na entrega – Se você comprou um produto e ele não foi entregue no prazo estipulado, entre em contato com a loja para comunicar o problema e cobrar providências. O atraso na entrega caracteriza descumprimento de oferta, de acordo com o artigo 35 do CDC.

Procon-PR alerta sobre novo golpe com cartão por aproximação

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Uma pesquisa do Procon-PR para verificar o nível de conhecimento dos consumidores paranaenses em relação ao recurso “Pagamento por Aproximação”, presente em boa parte dos serviços de cartão de crédito e débito, aponta que a maior parte dos consumidores não tem informações suficientes sobre o assunto: 76,8% desconhecem os cuidados e 67,5% não se sentem seguros para pagar contas utilizando a função.

O Procon é vinculado à Secretaria estadual da Justiça, Família e Trabalho. De acordo com o secretário Ney Leprevost, a tecnologia tem facilitado muito a vida dos cidadãos e é um caminho sem volta, mas deve vir acompanhada de informações que garantam que os consumidores sejam protegidos e não acabem tendo qualquer tipo de prejuízo.

Na prática, essa funcionalidade – cuja utilização aumentou bastante na pandemia – possibilita que o consumidor faça suas transações/pagamentos/compras sem precisar inserir o cartão nas máquinas dos estabelecimentos, nem precisar digitar sua senha e com isso acaba se protegendo de eventual contaminação pela Covid-19.

“É uma facilidade que pode esconder alguns perigos. Nem todo mundo sabe quais são os valores máximos para cada operação. Você pode pagar até R$ 200 por operação e se o cartão for furtado, e o consumidor não perceber imediatamente, pode sofrer um grande prejuízo”, alerta Claudia Silvano, chefe do Procon-PR.

Ela alerta também para um novo golpe que está sendo aplicado em quem tem o cartão por aproximação, “temos alguns perigos , o primeiro é o seguinte: nem todo mundo sabe quais são os valores máximos por cada operação e pasmem você pode pagar valores de até 200 reais por operação no cartão com aproximação, se seu cartão tiver essa funcionalidade, mas daí qual é o problema? O problema é que as pessoas podem fazer um verdadeiro estrago na sua conta. Pessoas mal intencionadas podem aproximar a máquina de cartão e passar valores o consumidor saber.  E o segundo é que nem sempre, pelo menos a partir de uma pesquisa que a gente fez recentemente, os bancos informam para os consumidores sobre essa funcionalidade. As pessoas não sabem que ela existe e como é que funciona; quais os limites na operação. E ficou para o consumidor, ainda mais uma situação de vulnerabilidade”, explica Silvano.

O resultado da pesquisa mostrou que 77,4% dos entrevistados relataram que não receberam informação de seu banco sobre o recurso. Ainda de acordo com a pesquisa, 67,5% dos entrevistados afirmaram que não sentem seguros utilizando o recurso de “Pagamento por Aproximação” por várias razões: medo de ter seu cartão roubado e terceiros utilizarem com facilidade; eventual aproximação de maquinetas por terceiros mal intencionados, entre outros.

Segundo ela informou, o Procon-PR está investigando qual é a distância máxima que cada operação se concretiza “Por exemplo você está no ônibus chega alguém com uma maquineta encosta na sua bolsa ou no seu bolso como os homens que usam cartões na carteira no bolso de trás e se concretiza a transação”, alerta.

Para ela o consumidor tem que saber como é o funcionamento do pagamento por aproximação “e nem sempre essa informação é dada da forma que deveria ser. Portanto fique atento e confira regulamento seu extrato e vendo qualquer operação estranha entre em contato com o seu banco e desative essa função se você não se sentir seguro utilizando essa função”, esclarece.

Claudia Silvano diz que os bancos e as bandeiras emissoras dos cartões deveriam assegurar que o consumidor pudesse escolher se quer ou não desativar a funcionalidade, o que hoje não é possível, segundo Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

“As empresas de cartões deveriam garantir que os consumidores fossem prévia e adequadamente informados sobre os valores máximos para cada transação, informação que 76,8% dos entrevistados relataram desconhecer”, afirma Claudia.

Como complemento da fiscalização do Procon, ela acrescenta que a intenção da Secretaria é reforçar o alerta ao consumidor para verificar seus extratos bancários com regularidade para identificar débitos indevidos e dialogar, junto à Abecs, sobre a possibilidade de desativação dessa função. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de julho de 2021 e contou com 940 entrevistados.

A Proteste, associação de defesa do consumidor, relata que recebe várias reclamações de consumidores, que as instituições financeiras não estão fazendo o estorno dos valores realizados por aproximação. Para tentar barrar um pouco esses golpes foi estipulado uma valor máximo de 200 reais para cada transação dessa forma, antes de 2020 o valor era de 50 reais.

Aumento das compras com cartões

As compras realizadas por meio do sistema de cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 52% no segundo trimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período do ano passado. No total foram negociados R$ 609,2 bilhões no período, de acordo com dados divulgados este mês pela Abecs, que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.

Em quantidade de transações, foram registrados 7,1 bilhões de pagamentos com cartões nos meses de abril, maio e junho, o equivalente a 55 mil por minuto, 53,9% a mais do que no ano anterior.

O cartão de crédito foi o meio de pagamento que apresentou o maior valor transacionado no segundo trimestre, registrando R$ 371,3 bilhões, com crescimento de 53%, seguido do cartão de débito que movimentou R$ 214 bilhões (+ 42,3%), e do cartão pré-pago, R$ 23,9 bilhões, o que representa alta de 214,3%.

Os gastos com cartões no exterior cresceram 62% depois de seis trimestres consecutivos de queda. Segundo os dados, o volume movimentado foi de US$ 708 milhões, o equivalente a R$ 3,7 bilhões. As compras realizadas por estrangeiros no Brasil somaram US$ 492,7 milhões (R$ 2,6 bilhões), uma alta de 73,6%.

Segundo a Abecs, o resultado é reflexo de um cenário de maior abertura da economia, com a flexibilização das medidas de isolamento social em combate à pandemia, levando em consideração que a comparação é feita com o segundo trimestre do ano passado, período de maior impacto na crise.

De acordo com o levantamento da entidade, quando avaliado o primeiro semestre do ano, os pagamentos com cartões cresceram 33,2% ao somarem R$ 1,2 trilhão. O cartão de crédito movimentou R$ 707,2 bilhões (alta de 30,8%), o cartão de débito, R$ 418,4 bilhões (alta de 30,3%), e o cartão pré-pago, R$ 41,8 bilhões (alta de 183,2%). Ao todo foram 3,6 bilhões de pagamentos com cartões no período, o que representa um crescimento de 30,5% em comparação com o primeiro semestre de 2020.

Os dados mostram ainda que o uso de cartões para o pagamento em compras na internet e aplicativos movimentou R$ 135,1 bilhões no segundo trimestre, com alta de 46,5%. No acumulado do semestre, o valor movimentado chegou a R$ 255,2 bilhões, com alta de 41,2%. O destaque foi o mês de abril, que registrou avanço de 60% dos pagamentos online.

Os pagamentos sem contato ou por aproximação no segundo trimestre cresceram 694%, somando R$ 34,4 bilhões. O mais usado nessa função foi o cartão de crédito, com R$ 19 bilhões, seguido pelo cartão de débito, com R$ 10,6 bilhões, e pelo cartão pré-pago, com R$ 4,8 bilhões. No semestre foram R$ 53 bilhões movimentados com esse tipo de pagamento. O crescimento foi de 540,7%, em comparação com o primeiro semestre de 2020. Por modalidade, o cartão de crédito registrou R$ 30,1 bilhões, o cartão de débito, R$ 15,7 bilhões, e o cartão pré-pago, R$ 7,1 bilhões.

O levantamento da Abecs também indicou que o segundo trimestre do ano foi o período que registrou a menor taxa de inadimplência do cartão de crédito desde a criação da série histórica do Banco Central, chegando a 3,8% em abril e ficando abaixo do índice de inadimplência geral da pessoa física em empréstimos recursos livres (4%), que inclui crédito consignado, crédito pessoal e financiamento de veículos, entre outros.

“Isso mostra que, mesmo com o aumento expressivo do uso dos meios eletrônicos de pagamento e a crise gerada pela pandemia de covid-19, o brasileiro usa o cartão de crédito de forma consciente. Ainda segundo dados do Banco Central, o saldo das transações sem juros do cartão cresceu 40,5% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, o crédito rotativo recuou 8,3% e registrou sua 11ª queda consecutiva”, diz a Abecs.

Projeções

De acordo com a Abecs, a utilização de cartões deve ser 24,5% maior em 2021, de acordo com a revisão feita pela entidade. O número inicial era de 19%. “O avanço na abertura da economia e recuperação do setor de serviços reforçam as perspectivas positivas para o restante do ano. A tendência para os próximos meses é que o setor inicie um retorno a padrões de crescimento mais próximos aos dos anos anteriores à pandemia”, afirma a Abecs. O valor movimentado deve chegar aos R$ 2,48 trilhões.

Lei do ‘Sinal Vermelho’ é sancionada

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A procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Cristina Silvestri (CDN), e o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacaram na semana passada, a sanção do projeto de lei que institui o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho no Paraná. Com a medida, mulheres em situação de violência doméstica ou familiar podem denunciar a condição e pedir socorro expondo a mão com a marca de um “X”, preferencialmente escrito em vermelho.

O projeto de lei, proposto na Assembleia Legislativa do Paraná pelas deputadas estaduais Cristina Silvestri (CDN), Mabel Canto (PSC), Cantora Mara Lima (PSC), Luciana Rafagnin (PT), Maria Victoria (PP) e pelo deputado Romanelli, foi sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em 28 de maio, sendo convertido na lei 20.595/21.

“A sanção desta lei é motivo de muito orgulho, mostrando mais uma vez a atuação firme da Procuradoria da Mulher na articulação de projetos que beneficiam as paranaenses. Agora nós contamos com o apoio do Executivo para que essa lei seja regulamentada e que sejam feitas campanhas periódicas de longo alcance, para que cada vez mais mulheres saibam que podem pedir ajuda mostrando o X na mão”, detalhou a deputada estadual e procuradora da mulher Cristina Silvestri. Ela frisou que o projeto que originou a lei foi apresentado pela Procuradoria a pedido da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Mais uma forma de proteção das mulheres que passa a valer como lei no Paraná. Vamos agora dar publicidade a esta medida, para que seja conhecida e usada para garantir a segurança das mulheres que convivem com o risco de violência doméstica. É nosso dever combater e prevenir este tipo de situação”, afirmou Romanelli.

O pedido de socorro é um dos meios previstos na Lei Maria da Penha. Com ele, a mulher pode solicitar ajuda sem se expor para o agressor. A ideia é disseminar a informação para atendentes de farmácias, repartições públicas e instituições privadas, portarias de condomínios, hotéis, pousadas, bares, restaurantes, lojas e shoppings center e supermercados.

Ao visualizar o pedido, a pessoa deve coletar o nome da vítima, endereço ou telefone, e ligar imediatamente para um telefone de emergência da Polícia Militar, o 190. “É importante que todas as pessoas que lidam com o público conheçam este sinal e saibam da importância da denúncia”, diz Romanelli.

Cooperação – Com a sanção da nova lei, o governo fica autorizado a promover ações de integração e cooperação para dar visibilidade à iniciativa. O objetivo é envolver o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, órgãos de segurança pública, Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de associações e organizações da sociedade civil e instituições representativas do setor.

Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicou que caiu violência na rua e aumentaram agressões dentro de casa. O “vizinho”, que em 2019 ficou em 2º lugar como autor das agressões (21%), neste ano sumiu das respostas. Em seu lugar apareceram pai, mãe, irmão, irmã, e outras pessoas do convívio familiar.

Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano durante a pandemia de Covid.

Isso representa que 17 milhões sofreram violência física, sexual ou psicólogas.

No País

Somente entre fevereiro e abril deste ano, registrou-se um aumento de 431% em relatos sobre brigas entre vizinhos, que renderam 52 mil postagens no Twitter, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Desse total, 5.583 indicavam episódios de violência doméstica. Pelo mapeamento, concluiu-se que um quarto (25%) do total de relatos de brigas de casal foi publicado às sextas-feiras e mais da metade (53%) à noite ou na madrugada, entre 20h e 3h. Outra descoberta é de que as mulheres foram maioria entre os autores das postagens (67%).

O Instituto Igarapé foi outra organização engajada na causa, lançando o relatório Violência contra mulheres: Como a pandemia calou um fenômeno já silencioso. Como a questão está presente de norte a sul do país, virou foco do poder público, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desenvolveu a campanha Sinal Vermelho. O objetivo é encorajar as mulheres vítimas a pedir ajuda em farmácias. A prefeitura de Curitiba também divulgou, este ano, uma cartilha, intitulada Prevenção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher em condomínios.

No estado de São Paulo, onde os casos tiveram alta de 44,9% já no primeiro mês de pandemia, entidades de administradores de condomínios têm elaborado materiais e promovido eventos para orientar moradores e síndicos. Na capital paulista, uma das entidades que abraçaram a causa foi a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), que realizou um evento para discutir o tema, em outubro.

Legislação

No Brasil, o principal instrumento legal que serve de respaldo para as mulheres vítimas de violência é a Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Maria da Penha. Porém, há outras iniciativas que se somam a ela.

Uma delas ainda está em tramitação, já tendo sido aprovada pelo Senado Federal. Trata-se do Projeto de Lei (PL) nº 2510/2020, que obriga moradores e síndicos de condomínios a denunciar às autoridades competentes casos de violência contra mulher que ocorram nas dependências do condomínio, incluindo os ocorridos dentro de casas e apartamentos. O projeto é de autoria da deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA).

Segundo a proposta, que deve passar pela Câmara dos Deputados, o dever de notificar casos se estende a agressões cometidas contra crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. O projeto estabelece que os relatos sejam feitos ao síndico do condomínio, que terá até 48 horas para denunciar formalmente o caso à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) ou a canais eletrônicos ou telefônicos adotados pelos órgãos de segurança pública.

Caso descumpra a medida após ter levado uma advertência, o síndico poderá perder o cargo. O morador poderá ter que pagar uma multa de até cinco vezes o valor da mensalidade do condomínio.

A advogada Alessandra Caligiuri explica que o projeto de lei segue uma tendência nacional, que já existe em algumas unidades federativas. Ela cita Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais, Acre, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em Rondônia, por exemplo, a lei foi promulgada em dezembro de 2019 e determina multa que varia de R$ 500 e R$ 5 mil. Já no Acre, o valor fica entre R$ 500 e R$ 10 mil, dependendo das circunstâncias da infração, das condições financeiras do infrator e do porte do condomínio. “Infelizmente, as pessoas só sentem quando mexem no bolso”, diz Alessandra.

Estatística

Ao se consultar dados reunidos pelo FBSP, observa-se que muitas brasileiras ainda são vítimas de violência. Em 2017, o total de casos de lesão corporal dolosa (quando há intenção, por parte do agressor, de cometê-la) foi de 252.895. Nos dois anos seguintes, permaneceu quase igual. Em 2018, foi de 263.067. Já em 2019, chegou a 266.310, ou seja, uma mulher foi agredida a cada dois minutos.

Em meados de outubro, o FBSP divulgou seu anuário mais recente, no qual apresentou dados sobre a violência contra mulheres durante a crise sanitária. Uma das conclusões foi a de que os chamados para o 190, da Polícia Militar, aumentaram 3,8%, desde que a pandemia foi declarada. No total, a corporação foi chamada para socorrer vítimas mulheres 147.379 vezes, em municípios dos 12 estados avaliados pela entidade. Apesar disso, as vítimas têm tido dificuldades para ir a delegacias ou outros locais que prestam atendimento.

Somente no primeiro semestre deste ano, 648 mulheres foram vítimas de feminicídio, isto é, mortas apenas por serem mulheres. O índice registrado é 1,9% maior do que o dos primeiros seis meses de 2019.

Diversos levantamentos comprovam a relação de proximidade entre vítimas e autores da violência doméstica. Um deles foi produzido pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), órgão subordinado à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Divulgado em março de 2019, o estudo apontou que 58,8% das vítimas de feminicídios cometidos em naquele ano eram casadas com os agressores (https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-04/df-metade-das-vitimas-de-feminicidio-era-casada-com-agressor). Além disso, em 23,5% dos casos, eles  já haviam se relacionado dessa forma, estando já separados no momento do crime.

O FBSP também faz um alerta nesse sentido, destacando, no anuário de 2019, que 88,8% das vítimas foram assassinadas pelos próprios companheiros ou ex-companheiros. “A relação próxima com o algoz é apontada por diversos estudos de vitimização como característica marcante das violências de gênero. Este aspecto relaciona-se com a amplitude característica   da violência contra a mulher, que incide nas relações íntimas conjugais através da dependência patrimonial e violência psicológica, por exemplo. São traços desafiadores das políticas de prevenção e proteção, pois  ocorrem  no  seio  de  relações  das quais se espera segurança e confiança, e que comumente estão investidas de tabus por dizerem respeito à esfera doméstica e familia”, escreve o fórum.

Como denunciar

A Lei Maria da Penha lista cinco tipos de agressões que configuram a violência contra a mulher: a psicológica, a física, a moral, a sexual e a patrimonial. Muitas vítimas não conseguem romper o ciclo de violência, por seguir a seguinte lógica: há um aumento na tensão entre vítima e agressor, sendo que este demonstra irritação por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. A mulher tenta acalmar o agressor e se esforça para não adotar nenhuma conduta que possa desagradar ao agressor, como se fosse sua culpa. Na segunda fase do ciclo, a explosão do agressor irrompe e toda a tensão acumulada na etapa anterior se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial. Na última fase, chamada de “lua de mel”, o agressor se diz arrependido, tentando uma reconciliação com a vítima, que se sente confusa, pressionada e, muitas vezes, responsável pelo comportamento do agressor.

Hussein Bakri e Guto Silva visitaram 6° Regional da Saúde nesta sexta

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Da redação, com informações da assessoria de Hussein Bakri


Hussein Bakri, deputado estadual líder do governo na Assembleia Legislativa
do Paraná, Guto Silva, chefe da Casa Civil e o diretor-geral da Secretaria de
Estado da Saúde, Nestor Werner Jr., visitaram nesta sexta-feira (23) a 6ª
Regional da Saúde, em União da Vitória, onde realizaram um balanço da
vacinação contra o coronavírus. Foram recebidos por autoridades locais, como
o prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas.
Na data em que o balanço ocorreu, mais de 2 milhões de doses já haviam sido
aplicadas no estado desde o início do programa de vacinação, há 3 meses:
mais de 1,5 milhão de primeiras doses, graças ao trabalho incansável dos
profissionais de saúde e à estrutura proporcionada pela Secretaria de Saúde.
Em suas redes sociais, Hussein afirmou que “[Nós] reforçamos aos prefeitos do
Sul e do Centro-Sul presentes que o Governo Ratinho Junior trabalha e conta
com os municípios para que, em conjunto, o Paraná salve vidas e vença essa
difícil batalha contra a Covid-19”.
O deputado e o chefe da Casa Civil viajaram pelo estado nesta última semana,
visitando diversas regiões e promovendo debates sobre o enfrentamento da
pandemia com autoridades locais.

Deputados aprovam auxílio emergencial para microempresas e microempreendedores individuais

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A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou na sessão plenária desta quarta-
feira (28) a proposta do Poder Executivo que institui o auxílio emergencial para
socorrer as microempresas e microempreendedores paranaenses durante o
período de pandemia da Covid-19. O projeto de lei 150/2021, que tramita em
regime de urgência, avançou em primeiro turno de votação após receber 48
votos favoráveis.
De acordo com o projeto, 86,7 mil empresas terão direito a um socorro de R$
59,6 milhões, com recursos provenientes do Fundo Estadual de Combate à
Pobreza do Paraná (FECOP). Pequenas empresas cadastradas no Simples
Nacional em quatro segmentos receberão R$ 1.000. Já os
microempreendedores individuais (MEIs) de seis setores terão direito a R$ 500.
“É uma ajuda ao fluxo de caixa desses empresários, fazer com que os
comerciantes possam voltar gradativamente a retomar seus negócios, gerando
emprego e renda no Estado”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior
na Mensagem enviada ao Poder Legislativo.
Serão quatro parcelas de R$ 250 para pequenas e microempresas
paranaenses optantes do Simples Nacional com Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE) de Transporte de Passageiros (como vans
escolares e ônibus de turismo), de Confecções de Vestuário e Calçados (lojas
de roupas, calçados e outros itens de vestuário), de Bares, Lanchonetes e
Restaurantes e similares, e Aluguel de Equipamentos Recreativos e Esportivos.
Para receber o auxílio, é preciso ter inscrição estadual ativa e comprovar
faturamento ou declaração no PGDAS-D no valor de até R$ 360 mil durante o
ano de 2020. Em todo o Paraná, diz o texto, 32.697 empresas podem se
enquadram nesses requisitos necessários e solicitar o auxílio, segundo
estimativas da Secretaria de Estado da Fazenda. O investimento será de R$
32,6 milhões.
Já os MEIs dos segmentos de Bares, Lanchonetes e Restaurantes, Produtores
de Eventos, Agentes de Viagem e Operadores Turísticos, Atividades de
Sonorização e Iluminação, Casas de Eventos, Empresas de Filmagens de
Eventos e Produtores de Teatro receberão duas parcelas de R$ 250. Em todo
o Estado, segundo o Executivo, 54 mil microempreendedores podem fazer
parte deste recorte. O investimento será de R$ 27 milhões.
FECOP
Passou em segunda votação o projeto de lei 124/2021, do Poder Executivo,
que amplia os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná
(FECOP). Com a dispensa de votação da redação final aprovada, a matéria
segue agora para sanção, ou veto, do Governo do Estado. O texto altera a Lei

Estadual n.º 11.580/1996, que dispõe sobre o imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual intermunicipal e de comunicação (ICMS).
De acordo com o projeto, parte do ICMS de produtos e serviços de prestações
de serviço de comunicação; veículos automotores novos e energia elétrica,
exceto a destinada à eletrificação rural, será destinada para reforçar o caixa do
Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECOP). Atualmente, parte dos
recursos do fundo é oriundo de um percentual do ICMS de produtos como
água, joias, bebidas alcóolicas, cigarro, gasolina (exceto de aviação), perfumes
e refrigerantes.
O Governo do Estado ressalta na justificativa do projeto que a medida “se
justifica como esforço econômico para enfrentamento da pandemia ocasionada
pela Covid-19, visando oferecer suporte às classes menos favorecidas da
sociedade paranaense, no intuito de promover condições dignas de
sobrevivência, bem como garantir emprego neste momento em que estas se
encontram mais necessitadas do suporte governamental, cujas ações serão
suportadas por meio dos recursos do FECOP. O Executivo ainda ressalta que
o projeto não propõe aumento de carga tributária, tampouco renúncia fiscal.
Abril Verde
Assinado pelo deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia, o
projeto de lei 162/2018, que institui a campanha Abril Verde de prevenção aos
acidentes de trabalho e às doenças ocupacionais, foi aprovado em primeiro
turno de votação. O objetivo da proposta é conscientizar a população em
relação a esses acidentes e divulgar, por meio de campanhas, os direitos
relativos à Segurança e Medicina de Trabalho dispostas na legislação e em
normas regulamentadoras. (ler mais)
BOX: Calendário e título
Foi aprovado em segunda discussão o projeto de lei 11/2021, do deputado
Homero Marchese (PROS), que institui o Dia do Auditor de Controle Externo no
Calendário Oficial do Estado do Paraná, a ser celebrado anualmente no dia 27
de abril. Com a dispensa de votação da redação final, o texto segue para
sanção, ou veto, do Poder Executivo.
Já os projetos de lei 549/2018, do deputado Dr. Batista (DEM), que institui, na
última semana de janeiro, a Semana de Conscientização dos Riscos do
Botulismo; 45/2021, da deputada Cristina Silvestri (CDN), que concede o título
de Utilidade Pública à Associação Esporte em Ação, de Guarapuava,
avançaram em primeira votação.
BOX: Redação final
Por fim, passaram em redação final os projetos de lei 649/2020, do deputado
Hussein Bakri (PSD), que concede título de Utilidade Pública ao Instituto da
Caridade Universal do Brasil, de Foz do Iguaçu; e 467/2020, do deputado
Coronel Lee (PSL), que institui o Dia do Presbítero, a ser celebrado anualmente no primeiro domingo do mês de agosto. Ambos os textos seguem agora para sanção, ou veto, do Poder Executivo.


Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná

Vacinação contra covid: Confira os dados locais e estaduais

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O Paraná aplicou mais de meio milhão de vacinas no primeiro mês da campanha De Domingo a Domingo. Desde o início da campanha, 529.615 doses de vacinas contra o Covid-19 foram aplicadas nos fins de semana, uma média de 52 mil doses/dia. Já em Santa Catarina, um relatório estadual de vacinação divulgado no dia 23 aponta que o estado aplicou um total de 1.463.434 doses da vacina. Atualmente, União da Vitória já vacina idosos com mais de 62 anos, e Porto União, idosos com mais de 60 anos.
A campanha De Domingo a Domingo, criada pelo Governo do Estado do Paraná no dia 26 de março, atingiu a marca de 529.615 doses da vacina aplicadas nos fins de semana, uma média de 52 mil doses/dia. As datas consideradas para a análise foram os cinco fins de semana de 27 de março a 25 de abril. O objetivo é acelerar a vacinação contra a Covid-19. De acordo com os dados do Vacinômetro, até a tarde desta segunda-feira (26), 2,4 milhões de doses da vacina já haviam sido aplicadas no Paraná, ou seja, mais de 21% deste total foi aplicado durante os fins de semana.
Outra estratégia do Governo do Estado para acelerar a vacinação no Paraná foi a criação, no dia 5 deste mês, do Corujão da Vacinação. A ideia é proporcionar a vacinação fora dos horários normais, disponibilizando
atendimento até a meia-noite em algumas regiões. O Governo do Estado também colocou aeronaves à disposição da Secretaria da Saúde para agilizar o envio dos imunizantes logo que chegam ao Paraná. A média de tempo entre a chegada das vacinas e o recebimento nas Regionais de Saúde tem sido de até 24 horas.
O Balanço Parcial de vacinação contra a Covid-19 divulgado nesta sexta-feira, 23, mostra que o estado aplicou um total de 1.463.434 doses da vacina contra a Covid-19 na população dos grupos prioritários. Do total, 990.324 foram da
primeira dose (D1) e 473.110 da segunda (D2). Em um comparativo com o boletim de doses divulgado na quarta-feira, 21, houve um aumento de 136.547 no número de doses aplicadas.
Os grupos prioritários que já iniciaram a vacinação são trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência e idosos institucionalizados, indígenas, quilombolas, idosos com 60 anos ou mais e profissionais das forças de segurança e
salvamento. Todas as 129.750 doses da vacina contra a Covid-19 que chegaram ao Governo do Estado na manhã desta sexta-feira, 23, já estão sendo distribuídas.
Dados de vacinação contra o covid-19 de Porto União:
1° dose:
-Indígenas: 08
-Instituições de Longa Permanência: 03
-Profissionais da saúde: 943
-Idosos: 4.447
-Força e Segurança: 06
2° dose:
-Indígenas: 08
-Instituições de Longa Permanência: 02
-Profissionais da saúde: 519
-Idosos: 2.107
-Força e Segurança: 00
Dados de vacinação contra o covid-19 em União da Vitória, que já aplicou 7898
primeiras doses e 3241 segundas doses:-128 Idosos em Instituições de Longa Permanência
-1724 Profissionais da Saúde
-37 Profissionais de Força de Segurança
-6009 Idosos com mais de 63 anos


Fontes: Agência de Notícias do Paraná, Governo de Santa Catarina,
Agência Brasil, Prefeituras Municipais de União da Vitória e Porto União

Com nova remessa, Paraná vai intensificar vacinação de domingo a domingo

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O Paraná vai intensificar o processo de vacinação de domingo a domingo com a distribuição de um novo lote de imunizantes contra a Covid-19. As 242.050 doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde começam a chegar ainda nesta quinta-feira (8) nas 22 Regionais que formam o sistema público de saúde do Estado. O material será transportado do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, por meio de aeronaves e caminhões.

Essa é a 12ª remessa destinada ao Paraná pelo Governo Federal. É formada por 127.250 imunizantes da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz e 114.800 da Coronavac/Butantan. Com o lote, o Paraná recebeu até o momento 2.495.350 conjuntos vacinais.

“O pedido é para agilizar a distribuição. Queremos que os municípios aproveitem o fim de semana para vacinar o maior número possível de pessoas. Ficar sem vacina é sinal de que todas as doses foram aplicadas. Não queremos vacina no estoque. Queremos sim no braço dos paranaenses”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Ele acompanhou nesta quinta-feira (08) a chegada do novo carregamento de imunizantes ao Cemepar. E voltou a pedir agilidade a todos os entes envolvidos com o processo. “Seja com a primeira ou com a segunda dose, precisamos vacinar o mais rapidamente possível. Usar tudo o que temos. Não é o momento de parar nem um dia sequer, usar esquema de guerra para vacinar”, disse.

A remessa da AstraZeneca está dividida em 70.338 para aplicar como primeira dose em idosos de 65 a 69 anos e 50.868 como segunda dose para os trabalhadores de saúde imunizados em janeiro, quando o primeiro lote do medicamento chegou ao Paraná. O intervalo de aplicação desse imunizante é de três meses. Há, ainda, 5% (6.044 doses) separadas como reserva técnica, seguindo o protocolo do Plano Nacional de Imunização (PNI) elaborado pelo Ministério da Saúde. O conjunto integra um lote de 2.407.750 para todo o País.

Já as doses do Butantan estão divididas entre 25.040 para idosos de 65 a 69 anos e 2.277 para profissionais de segurança pública, ambas destinadas para a primeira aplicação. Outras 70.715 são para idosos entre 70 e 74 anos e 11.212 para trabalhadores da saúde, ambas como segunda dose, além da reserva técnica (5.556 doses). Elas são parte de um lote de 2.008.800 aplicações para todo o Brasil.

A inclusão das forças de segurança respeita a distribuição realizada pelo Ministério da Saúde. O grupo é considerado prioritário também pelo Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19.

“Precisamos destacar que a segunda dose é tão importante quanto a primeira. É ela que garante o fechamento do ciclo de imunização. Peço à população que acompanhe a caderneta de vacinação e entre em contato com o município para saber quando e onde tomar a segunda dose”, ressaltou Ratinho Junior.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Prédios públicos de Curitiba ganham iluminação azul para conscientizar sobre autismo

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Ato ocorreu no Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Na sexta-feira, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, prédios públicos de Curitiba foram iluminados de azul para lembrar a população sobre a data e estimular o debate e o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista.

A ação foi promovida pela Superintendência Geral de Ação Solidária do Governo do Estado, SGAS, e deve perdurar durante o mês de abril, com luzes azuis iluminando o Palácio Iguaçu, o Palácio das Araucárias e o Tribunal de Contas do Estado, no Centro Cívico, e o Teatro Guaíra, na Praça Santos Andrade. Em suas redes sociais, a SGAS também divulgou uma série de posts sobre a data, que trazem mais informações sobre o transtorno e estimula as famílias a procurarem por um diagnóstico.

A superintendência também está promovendo uma campanha para mobilizar a população e os servidores do Estado para que vistam, na segunda-feira, uma peça de roupa na cor azul e postem em suas redes sociais com a hashtag “#souumapecaimportante”. Os servidores também receberam uma peça de um quebra-cabeça, que vai ser montado na segunda-feira, em frente ao Palácio Iguaçu. A ideia é mostrar que todos são peças fundamentais dentro desse grande movimento de conscientização. Segundo a presidente do Conselho de Ação Solidária, a primeira-dama Luciana Saito Massa, a sociedade e muitas famílias ainda desconhecem o que é autismo, como identificá-lo e como buscar um tratamento.

Dia Mundial do Autismo

O Dia Mundial do Autismo foi instituído em 2008 pela ONU para trazer mais luz sobre o tema. Estimativas da Organização Mundial da Saúde avaliam que há 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, 2 milhões no Brasil. No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde mantém 350 pontos de atenção especializados no atendimento a pessoas com deficiência intelectual, incluindo o Transtorno do Espectro Autista. Distribuída em todas as regiões do Estado, a rede presta acolhimento, atendimento e tratamento para pessoas com suspeita ou diagnóstico de autismo.

A pasta também disponibiliza em seu site, www.saude.pr.gov.br, uma área para cadastro sobre o Transtorno do Espectro Autista, que busca identificar e conhecer a realidade de pessoas com autismo no Estado. Além disso, a Escola de Saúde Pública do Paraná, lançou em setembro de 2020 a Capacitação Multiprofissional em Análise do Comportamento Aplicada voltado ao Transtorno do Espectro do Autismo. A proposta é de atualizar profissionais e gestores da Rede SUS em Análise do Comportamento Aplicada. Profissionais da área podem buscar pelo conteúdo da capacitação no site da ESPP, www.escoladesaude.pr.gov.br.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Paraná envia aos municípios nova remessa de vacinas e kits intubação

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Imunizantes foram encaminhados às 22 Regionais de Saúde em 4 aeronaves

O Governo do Estado iniciou nesta sexta-feira (2) a distribuição, às 22 Regionais de Saúde, de parte do novo lote de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde ao Paraná na quinta-feira (1). Às 14h, 7.839 doses do imunizante Coronavac, produzido pelo laboratório Sinovac com o Instituto Butantan, saíram do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) para o Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, para de lá partirem para o Interior em 4 aeronaves e um helicóptero do Estado. Nas regionais mais próximas, as doses foram enviadas por via terrestre.

Com essa nova remessa, os municípios paranaenses começam a aplicar a primeira dose da vacina em pessoas com idade entre 65 e 69 anos e nos profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas. “Com essa logística de distribuição, mandamos para o Interior, neste primeiro momento, as vacinas voltadas para a aplicação da primeira dose. São 2.277 doses para os profissionais de segurança e 5.555 para pessoas de 65 a 69 anos”, explicou o diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Nestor Werner Júnior.

Os imunizantes distribuídos nesta sexta-feira fazem parte do 11º lote de vacinas enviado ao Estado pelo Ministério da Saúde. As 525,25 mil doses desembarcaram no Aeroporto Afonso Pena na quinta-feira, sendo a maior parte destinada para a segunda aplicação nos grupos que já receberam a primeira dose da vacina, incluindo trabalhadores da saúde e pessoas com idade a partir de 70 anos. “Começaremos a distribuir essas doses na semana que vem, porque existe um aprazamento, tem um tempo que precisa esperar para a aplicação entre a primeira e a segunda dose. Enquanto isso, elas ficarão armazenadas no Cemepar”, destaca Werner.

Kits intubação

Junto com os imunizantes, o Governo do Estado também enviou 190.170 ampolas de medicamentos do chamado kit intubação, que serão destinadas aos hospitais da rede de atendimento à Covid-19. A maior parte dos analgésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares, usados para intubar os pacientes que tiveram agravamento no quadro respiratório, foi adquirida pela Secretaria de Estado da Saúde, além dos remédios enviados ao Paraná pelo Ministério da Saúde.

“Continuamos com o trabalho de conseguir mais medicamentos, para garantir o atendimento dos cidadãos neste momento de escassez. Abrimos uma cotação, baseada em uma decisão da Anvisa, que flexibilizou a importação de medicamentos do kit intubação para o Brasil”, explicou o diretor. “Estamos no momento final dessa negociação. Já temos a indicação de fornecedores e é possível que na semana que vem se feche a compra, por uma dispensa de licitação especial, para que esses remédios cheguem ao Paraná o mais rápido possível”, destacou.

Armazenamento

As doses de reforço dos imunizantes Coronavac e Covishield (Universidade de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz) ficarão armazenadas no Cemepar para serem enviadas aos municípios conforme o calendário de aplicação da segunda dose. As vacinas devem começar a ser distribuídas entre as Regionais de Saúde na semana que vem.

“Temos em nossos controles os quantitativos que foram remetidos aos municípios anteriormente. Vamos mandando a eles de acordo com essas remessas, respeitando o prazo de reaplicação, para que elas cheguem às salas de vacinação para fazer a segunda dose de uma maneira ordenada, no prazo certo. A guarda da segunda dose ficou a cargo do Estado desde o primeiro momento, porque temos uma infraestrutura maior para garantir a qualidade da vacina e a segurança no transporte”, ressaltou Werner.

Com essa nova remessa, o Estado ultrapassou a marca de 2 milhões de doses recebidas do Ministério da Saúde, chegando a 2.253.300 vacinas. Até agora, o Paraná já aplicou 1.385.762 vacinas, imunizando 1.141.897 paranaenses. Destes, 243.865 já receberam a dose de reforço.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Comissão das universidades estaduais se dedica ao enfrentamento da Covid-19

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Elaborar soluções de prevenção e enfrentamento para a Covid-19 no ambiente universitário. Esse é o objetivo da Comissão de Especialistas, formada por servidores da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e representantes das Universidades Estaduais do Paraná.

Criada em março de 2020, logo após o surgimento dos primeiros casos de coronavírus no Estado, a comissão é responsável por informar, avaliar e executar ações de prevenção e combate à propagação da doença, entre elas, incentivar a formulação de protocolos de biossegurança. Ela ainda está ativa.

“A comissão foi criada para dar uma resposta rápida aos graves problemas causados pela pandemia. Nossa preocupação era fornecer subsídios às instituições para que elas elaborassem e aplicassem os protocolos de segurança, garantindo a continuação das atividades de pesquisa e ensino”, destaca o coordenador da comissão, Renê Wagner Ramos.

Os protocolos foram adotados de acordo com a realidade de cada uma das universidades e finalizados em novembro de 2020. Uma das principais ações resultantes foi o retorno das atividades híbridas (presenciais e remotas) para os alunos dos dois últimos anos de cursos da área da saúde, seguindo a orientação do Ministério da Educação.

O grupo também organizou e estimulou a produção de máscaras de tecidos e máscaras hospitalares, face shields, distribuição de álcool em gel, campanhas para doação de cestas básicas, além de editais de fomento para a realização de pesquisas científicas sobre o vírus.

Com o desafio de continuar com a formação de alunos nas universidades estaduais, a Comissão de Especialistas orientou que as aulas fossem retomadas de maneira remota, na maioria das disciplinas ofertadas nos diferentes cursos de graduação.

“Sempre estivemos preocupados com nossos alunos e sua formação profissional durante a pandemia, o mercado de trabalho precisa deles. É necessário ter um plano de retorno seguro para funcionários, alunos e professores. A sociedade clama por resposta e nós, das universidades estaduais, estamos estudando e pesquisando essas soluções”, afirma o vice-reitor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Décio Sabbatini Barbosa.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná