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Com mais três óbitos no boletim, Saúde do Paraná discute novas políticas contra a dengue

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O boletim semanal da dengue, divulgado nesta terça-feira, 12, confirma mais três óbitos, totalizando cinco mortes pela doença neste período epidemiológico (de 1º de agosto de 2021 a julho de 2022). Eles ocorreram nas regiões Oeste e Noroeste do Estado, entre os dias 1º de fevereiro e 24 de março de 2022. São dois homens, um de 86 anos, que residia no município de Matelândia, e outro de 74 anos, morador de Tapira, além de uma mulher de 32 anos, residente de Medianeira. Os dois óbitos anteriores ocorreram nos municípios de Arapongas e Nova Esperança.

Também foram confirmados mais 4.882 casos, somando 16.560 confirmações. São 12.465 novas notificações, totalizando 65.040 registros em 360 municípios (sete a mais do que o anterior). Há ainda, 19.051 casos em investigação.

Diante desse quadro, a Secretaria de Estado da Saúde promoveu nesta terça uma reunião técnica para mapear e sugerir novas medidas de enfrentamento da dengue no Paraná. Participaram gestores da Secretaria de Saúde do Paraná, os diretores das 22 Regionais de Saúde, apoiadores do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems/PR), o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Júnior Weiller, e o diretor executivo do Consórcio Paraná Saúde, Carlos Roberto Kalckmann Setti.

“Este aumento vertiginoso no número de casos notificados e confirmados aponta para uma situação de eminente epidemia, e por esse motivo é necessário fazer um alinhamento de medidas, principalmente no que se refere à ação do Estado nas Regionais de Saúde e consequentemente nos municípios”, explicou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

A 6ª Regional de Saúde em União da Vitória, segundo o boletim, informou que há 9 casos de dengue nas cidades que pertence a regional de saúde, sendo 4 casos de fora do estado. Tanto União da Vitória e Porto União são cidade considerados municípios infestados de mosquito.

A Secretaria realiza constantes ações há alguns anos de prevenção por meio das 22 Regionais de Saúde, mas a proposta, agora, é focar na mesma estratégia que se mostrou eficaz no combate à doença durante a epidemia de 2019. “Precisamos sensibilizar os municípios para que centralizem o atendimento da dengue em uma unidade de referência para o acolhimento deste paciente. Isso favorecerá um manejo adequado dos pacientes por parte dos médicos, evitando condutas que possam resultar no agravamento da doença”, disse o secretário.

O contingenciamento de insumos e o combate dos focos dos criadouros, com apoio da Defesa Civil, também são ações estratégicas para combater a dengue. “Já estamos desenvolvendo ações em vários municípios de forma direta com as Secretarias Municipais de Saúde, realizando mutirões para eliminação dos criadouros. Estaremos com toda estrutura necessária da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para apoiar em tudo que estiver ao nosso alcance”, afirmou o coronel Fernando Raimundo Schunig, comandante da Defesa Civil.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Ações simples ajudam a evitar a proliferação do mosquito.

 

“90% dos criadouros são passíveis de remoção. Reforçamos a orientação de que as medidas de prevenção contra a dengue precisam ser adotadas por toda a população, a maioria dos criadouros estão presentes nos domicílios, por isso a recomendação para que todos verifiquem suas casas, quintais e eliminem os focos de água parada”, complementa a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.

Em Santa Catarina

O primeiro boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), desse ano, revela que 45 municípios de Santa Catarina apresentam alto risco de transmissão de dengue. A maioria deles está localizada na região Oeste do estado. Além disso, o relatório revela que 33 municípios apresentam médio risco e 22, baixo risco. Os resultados auxiliam a entender o cenário de transmissão que o estado enfrenta no ano de 2022. No LIRAa realizado no mesmo período do ano passado, 17 municípios apresentavam alto risco de transmissão das doenças.

Os municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti precisam realizar a atividade duas vezes, uma no início e outra no final do ano. Por isso, neste ano, 118 foram orientados a realizar o LIRAa. Porém, 15 não fizeram o levantamento, por orientação da DIVE/SC e devido ao aumento de casos de dengue, cenário que já indica um alto índice de infestação: Belmonte, Brusque, Chapecó, Concórdia, Guaraciaba, Iporã do Oeste, Itá, Maravilha, Mondaí, Palmitos, Romelândia, Santa Helena, São José do Cedro, Seara e Xanxerê. Os municípios de Bandeirante, Coronel Martins e Entre Rios também não realizaram a atividade. Com isso, a atividade do LIRAa foi realizada por 100 municípios.

“Dos 45 que registraram alto risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, 21 estão localizados na região de saúde Oeste e 24 já registraram casos autóctones de dengue no ano de 2022. Os resultados da atividade demonstram os altos índices de infestação, que contribuem para a transmissão de dengue em nível epidêmico. As informações do LIRAa associadas aos dados epidemiológicos, colocam a necessidade da intensificação das ações para o controle da doença no estado”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

A atividade do LIRAa fornece informações referentes a quantidade e o tipo de recipientes inspecionados, ou seja, locais que apresentam água, e que podem servir como criadouros para reprodução do Aedes aegypti. Esses dados auxiliam os municípios a discutir e direcionar ações para áreas apontadas como críticas, além de avaliar as atividades desenvolvidas, o que possibilita a otimização de recursos humanos e materiais disponíveis.

Nesse ano, 100.679 depósitos foram inspecionados: pequenos recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes (35,0%), lixo e sucata (29,8%) e os recipientes fixos como calhas e piscinas (17,5%).

“As informações da atividade mostram que ainda existem muitos depósitos com água que geram as condições para a manutenção da reprodução do mosquito. Os municípios devem analisar seus dados, direcionado as ações de controle vetorial para as situações identificadas. Além disso, a população precisa compreender o risco e mudar os hábitos, como a eliminação dos locais com água parada. Somente com um esforço conjunto, veremos uma redução no número de casos”, explica o diretor.

LIRAa

O LIRAa permite a identificação de áreas com maior proporção e ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).

Conforme definido na Estratégia operacional do estado de Santa Catarina, os municípios infestados devem realizar a atividade nos meses de março e novembro.

Dengue em SC

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela DIVE/SC, já foram confirmados 9.422 casos de dengue, desses, 7.515 são autóctones (com transmissão dentro do estado).

Já foram confirmados oito óbitos pela doença: Brusque, 81 anos, homem, autóctone; Caibi, 72 anos, homem, autóctone; Chapecó, 86 anos, mulher, autóctone; Chapecó, 73 anos, homem, autóctone; Criciúma, 40 anos, homem, importado; Itá, 72 anos, homem, autóctone; Romelândia, 61 anos, homem, autóctone; Xanxerê, 51 anos, homem, autóctone.

A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com vírus. Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro e 10 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro. Diante desse cenário, em continuidade ás ações realizadas pela SES/SC, na próxima semana uma equipe da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estará na região Oeste do estado, visitando alguns serviços de saúde e realizando reuniões com profissionais de saúde para reforçar as orientações sobre o manejo clínico da doença. Além disso, uma equipe da SES, juntamente ao Secretário de Estado Interino da Saúde, Alexandre Lencina Fagundes, estará participando das reuniões da Comissão Intergestores Regional (CIR) do Médio Vale do Itajaí e Foz do Rio Itajaí, assim como visitará alguns municípios da região de Blumenau para avaliar o cenário de transmissão e estabelecer as ações a serem intensificadas.

Lançado em 2019, Voe Paraná conecta cidades, gera negócios e triplica operação aérea no Estado

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Por 20 anos, a empresária Maria Salette Rodrigues de Melo viajava semanalmente de União da Vitória a Curitiba para acompanhar o trabalho na filial da sua empresa de advocacia. Uma rotina cansativa que incluía acordar de madrugada, dirigir os 245 km entre os municípios, enfrentar trânsito e ainda torcer para chegar a tempo de tratar de negócios.

Mas isso é passado, como ela mesma diz, já que o trajeto que demorava 3h30 hoje é feito em uma hora com os voos regulares da Azul do aeroporto de União da Vitória para Curitiba. A rota aérea foi viabilizada pelo Programa Voe Paraná, do Governo do Estado, o maior projeto de aviação regional do País.

“Sou uma usuária frequente e grande incentivadora do Voe Paraná. Este voo comercial era muito esperado na cidade e está sempre lotado de empresários e de pessoas que vão viajar para outros lugares e precisam fazer conexão em Curitiba”, diz Salette.

Criado em 2019, o Voe Paraná mudou o cenário aeroportuário do Estado. O número de aeroportos com operações regulares passou de seis, em 2018, para 20 em janeiro deste ano, três vezes maior. Juntos, eles oferecem 61 rotas regionais que conectam cidades de todo o Paraná com o Aeroporto Internacional de São José dos Pinhais, na grande Curitiba, e algumas chegam até Caçador e Florianópolis, em Santa Catarina.

A expansão programada para acontecer em 2020 foi prejudicada pela pandemia e o programa foi suspenso por mais de um ano. A retomada aconteceu no segundo semestre de 2021, com as linhas da empresa Aerosul de Apucarana para Curitiba, Arapongas para Caçador, Curitiba para Caçador/Londrina/Florianópolis e de Pato Branco para Arapongas/Curitiba/Caçador/Londrina/São Miguel do Oeste. As rotas são feitas com aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove passageiros.

Em dezembro de 2021, depois de uma negociação direta feita pelo governo estadual, a Azul Linhas Aéreas voltou a oferecer voos regulares ligando Curitiba às cidades de Toledo, Guarapuava, Pato Branco e Ponta Grossa. O trajeto é feito com a aeronave ATR-72, com capacidade para 70 passageiros.

Em janeiro deste ano entraram em operação dez novas linhas da Azul Conecta, empresa sub-regional da Azul, que usa os aviões Cessna Grand Caravan, de nove lugares, conectando Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio, União da Vitória e Umuarama à capital paranaense.

Esses voos permitem que os clientes do Interior do Estado se conectem a outros destinos oferecidos pela Azul a partir do aeroporto de São José dos Pinhais, como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Maringá, Foz do Iguaçu, Cuiabá e Campo Grande.

Ainda neste semestre, outra rota do Voe Paraná será inaugurada: Paranavaí-Curitiba, com três voos semanais. Para viabilizar os voos em Paranavaí, serão realizadas obras de recape asfáltico da pista do aeródromo municipal Edu Chaves. Os recursos já estão liberados. São R$ 5,35 milhões, sendo R$ 5 milhões do Estado e o restante de contrapartida do município. A prefeitura será responsável pela licitação da obra.

RAPIDEZ E SEGURANÇA – Como os aviões Cessna, da Azul Conecta, que fazem os novos destinos, têm poucos lugares, quem precisa fazer um trajeto com frequência costuma comprar a passagem com antecedência. Só para garantir. Mas com as datas flexíveis é fácil conseguir uma passagem.

No final de janeiro, a dona de casa Dalva Fernandes Costa, que voltava para Curitiba depois de visitar a família em Apucarana, comprou a dela três dias antes de viajar. Dalva não sabia que era possível fazer a viagem de avião, já que a linha tinha acabado de inaugurar. “Eu ia comprar uma passagem de ônibus e minha sobrinha falou: ‘não tia, dá pra ir de avião’. Comprei, viajei e gostei muito. É prático, rápido e o custo-benefício é muito bom, sem contar que estou num avião e não viajando de ônibus”, diz.

Dalva visita os pais idosos a cada dois ou três meses e fica com eles dez dias. A próxima ida será na semana do feriado de 21 de abril. E ela garante: “Com certeza vou de avião”.

A mesma boa surpresa teve o professor da Escola Negócios da PUC-PR, Carlos Augusto Candêo Fontanini, que há duas semanas também foi visitar os pais em Apucarana. Na volta, ele decidiu experimentar a nova rota da Azul e aprovou. “É a melhor opção que existe hoje para o trajeto. O voo é pontual, tranquilo, o avião é seguro, o piloto e o copiloto são simpáticos e o preço é muito bom, quase o valor da passagem de ônibus. Além disso, a gente faz os 370 quilômetros de distância entre Curitiba e Apucarana em pouco mais de uma hora”, acrescenta.

Para fazer visitas regulares, Fontanini ia de ônibus leito, que demorava no mínimo seis horas – podendo chegar a oito horas, dependendo do horário – ou embarcava em voos com destino a Maringá ou Londrina. Nesse caso, precisava de alguém disposto a pegar estrada para buscá-lo ou deixá-lo no aeroporto. Já as viagens de carro, explica, eram muito estressantes.

“É uma estrada com trânsito pesado de caminhões e eu tinha que sair mais cedo da casa dos meus pais, no domingo, para evitar esse trânsito. Agora posso ficar mais tempo com eles e voltar no voo das 19h50 da Azul”, diz.

MAIS NEGÓCIOS – As linhas aéreas regionais também abrem uma gama de oportunidades de negócios nos municípios, com viagens para compras e turismo. Além disso, são uma vantagem considerável para as empresas que estudam investir no Paraná.

“As novas linhas são um salto na logística e na infraestrutura do Paraná. Com melhores condições de deslocamento, mais empresários terão interesse em abrir negócios no nosso Estado, gerando mais emprego e renda para os paranaenses”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “A chave do desenvolvimento é a integração entre os modais, por isso investimos em rodovias, ferrovia, nos portos e criamos o maior programa de aviação regional do País, conectando cidades de médio porte a qualquer canto do mundo”.

O raciocínio é claro: para que todas as regiões do Estado cresçam e se desenvolvam é preciso oferecer conexões. É preciso levar voos para perto de grandes cidades do Interior e facilitar a conexão com tantas outras que são fundamentais para o crescimento do Estado porque reúnem empresas gigantes: Medianeira/Lar, Palotina/C.Vale, Ortigueira/Klabin, Rolândia/JBS, Assis Chateaubriand/Frimesa. O Voe Paraná é um exemplo de como isso pode ser feito.

A concretização das operações aéreas regionais se deve a uma parceria do Governo do Estado com a Azul. Em outubro de 2021, o governador Ratinho Junior e executivos da companhia anunciaram o acordo de expansão da malha aérea no Paraná. As viagens começaram nos dias 23 e 24 de janeiro. Mas o trabalho teve início muitos meses antes.

A Invest Paraná, agência do Governo do Estado responsável pela prospecção de novos negócios e atração de empresas, teve um papel importante na negociação junto à Receita para redução da alíquota de querosene de aviação em troca de investimentos em aeronaves para ampliar os voos. “A Invest Paraná funciona como uma ponte entre o poder público e a iniciativa privada para prospectar novos investimentos e o desenvolvimento do Estado”, explica o seu presidente, Eduardo Bekin.

As companhias Gol e TAM também mantém operações regulares grandes no Estado.

INTERNACIONALIZAÇÃO E INVESTIMENTOS – E o trabalho continua para viabilizar a expansão do Voe Paraná. A Invest já iniciou conversas com companhias aéreas locais e globais para ampliar ainda mais o número de linhas e conexões regionais e colocar em operação outros aeroportos no Estado.

Uma possibilidade que está sendo negociada desde o ano passado é um voo direto entre Paraná e Emirados Árabes Unidos (EAU). As conversas com executivos da Emirates Airlines, maior companhia aérea dos EAU, começaram em outubro, durante a Expo Dubai. Atualmente, a empresa mantém com o Brasil a rota São Paulo-Dubai cinco vezes por semana. Foz do Iguaçu seria uma das candidatas para uma nova linha por ser um destino turístico nacional.

Outras conquistas também já começaram a surgir a partir da concessão de quatro aeroportos para a iniciativa privada. A CCR já assumiu o controle dos terminais de Foz do Iguaçu, Londrina, São José dos Pinhais e Curitiba (aviação executiva).

Nesta semana, São José dos Pinhais voltou a oferecer voos diretos para Buenos Aires, na Argentina, uma rota voltada ao mercado empresarial e turismo. Com a terceira pista a ser construída, as possibilidades se multiplicam. O aeroporto internacional de Foz do Iguaçu, com a pista ampliada, também já oferece voos para Santiago, no Chile, e negocia com mais destinos internacionais.

Há, ainda, obras em andamento ou já autorizadas, com recursos do Estado, para Pato Branco, Siqueira Campos, Arapongas, Cornélio Procópio, Loanda e Paranavaí reestruturarem seus terminais para alcançar novo status comercial. Em paralelo, Cascavel e Maringá operam com aeroportos novos recém-inaugurados. Essa expansão que começou há alguns anos reúne recursos privados e públicos de diversos entes (municipal, estadual e federal). E a projeção é de investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos anos.

Polo de inovação, Paraná é escolhido por empresa para estrear tecnologia 5G no Sul do Brasil

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Um dos polos da inovação no País, o Paraná foi escolhido para começar a usar a tecnologia 5G na Região Sul do Brasil. As primeiras antenas 5G Standalone, na frequência 2,3 GHz SA, foram ativadas pela operadora TIM nesta terça-feira (05) nas áreas do Parque Barigui e do Palácio Iguaçu, em Curitiba. O anúncio do lançamento foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em cerimônia com o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e o CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli, na sede do Governo do Estado.

Com isso, clientes da operadora dessas regiões já podem usufruir da tecnologia, que chegará aos demais municípios paranaenses e evoluirá com a chegada do 5G SA em 3,5 GHz a partir de junho, conforme cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A estimativa é que com o 5G a velocidade de navegação na internet seja 20 vezes maior do que a oferecida atualmente pelas bandas 4G.

“O Paraná é palco de um momento histórico ao ser pioneiro em receber essa tecnologia que vai transformar o mundo. É um momento de disruptura com tudo o que tínhamos. Nos sentimos honrados em termos sido escolhidos pela TIM, uma empresa que já é quase paranaense, e ao mesmo tempo, animados para criar novas soluções que consolidem o Estado como o mais moderno e inovador do País”, afirmou o governador.

Ratinho Junior lembrou que a opção da operadora de origem italiana por iniciar a aplicação do 5G pelo Paraná reforça o acerto nas decisões tomadas pelo Governo do Estado em busca da consolidação de um ambiente inovador. Citou como exemplo a elaboração do programa Descomplica Telecom, implementado no ano passado após aprovação na Assembleia Legislativa. “O Paraná e Curitiba são vanguarda”, disse.

Com a meta de buscar soluções para expandir as telecomunicações no Estado, o projeto partiu de propostas para resolver os principais gargalos da área, que dificultam o desenvolvimento e a competitividade internacional do Estado. O processo se baseou na melhoria da legislação, na segurança e no incremento da internet na área rural.

“Buscamos ainda lá atrás criar as condições necessárias para o sistema funcionar completamente no Paraná. E agora, com o 5G, é a população que vai ganhar, com a melhoria de serviços importantes como a telemedicina e a mobilidade”, disse. “Com nove ecossistemas regionais de inovação, 18 parques tecnológicos, sete universidades estaduais, quatro federais e mais da metade das cidades com polos universitários, o Paraná é hoje um dos líderes brasileiros em tecnologia e inovação”.

MASSIFICAÇÃO

Alberto Griselli explicou que a faixa de 3,5 GHz, adquirida pela TIM em leilão federal, será essencial para proporcionar alta velocidade e baixíssima latência para os usuários. Servirá também, disse ele, para massificar e revolucionar a adoção de soluções da Internet das Coisas (IoT) em vários setores fundamentais para alavancar a economia do País.

“A TIM tem investido fortemente na preparação da chegada do 5G, tecnologia que vai acelerar o processo de transformação digital nas cidades, estimular a geração de negócios e dar mais oportunidades aos brasileiros. A escolha de Curitiba como a primeira cidade do Sul a receber as antenas 5G Standalone da TIM reafirma nossa ligação histórica e cada vez mais consolidada com a cidade e com o Estado”, comentou o CEO da operadora.

A empresa havia anunciado, em março, a escolha da capital paranaense para o desenvolvimento do projeto “Cidade 5G”. O acordo de colaboração (MoU) com a Huawei foi assinado durante o Mobile World Congress, em Barcelona. A ideia é implementar redes 5G, prevendo a evolução da tecnologia, monitoramento de redes e aperfeiçoando a experiência do usuário. O acordo é válido por dois anos, podendo ser prorrogado, e os primeiros testes devem ser finalizados até dezembro de 2023.

“Curitiba mais uma vez saiu na frente para a implantação da nova tecnologia 5G. Uma inovação que será ainda mais válida quando se tornar um processo social, compartilhado com toda a sociedade”, ressaltou o prefeito Rafael Greca.

EMPRESA

A TIM lidera diferentes segmentos no Paraná. Atualmente, a operadora é líder do mercado de telefonia móvel no Estado, com 52,1% (6,9 milhões de clientes). A operadora também está à frente na cobertura 4G, presente em 100% das 399 cidades paranaenses e na rede da tecnologia 4.5G, já implantada em 235 municípios.

A TIM também saiu à frente, em Curitiba, com a oferta do 5G DSS (que utiliza o 5G sobre as frequências do 4G). A ativação dessa rede faz parte da estratégia da TIM – iniciada em 2019 – de proporcionar desde já aos clientes, sem custos adicionais, uma experiência diferenciada de conectividade, que agora deve evoluir com a chegada revolucionária do 5G no País.

 

A tecnologia 5G

O 5G, nova tecnologia de conexão móvel, chega primeiro nas grandes cidades e, ao longo do tempo, nos demais municípios do país. De imediato, as pessoas que se conectarem na rede irão experimentar uma velocidade maior para baixar e enviar arquivos pelo celular e menos atraso em videochamadas. Isso porque o 5G pode ser até 100 vezes mais rápido do que as conexões 4G e terá a chamada baixa latência – um tempo mínimo de resposta, responsável pelo delay, ou atraso, que acontece em ligações. O doutor em computação, operador da LGPD na esfera federal, Allan Douglas Costa, explica o que é o 5G e qual a sua principal vantagem.

A evolução da rede vai permitir conectar muitos objetos à internet ao mesmo tempo: celular, carro, semáforo, relógio. Tudo isso já pode ser ligado ao 4G, mas é esperado que tudo funcione de forma mais rápida e estável. O 5G pode revolucionar o próprio smartphone, já que as altas velocidades permitiriam que muitas tarefas deixassem de ser processadas no chip do aparelho e passassem a acontecer na nuvem, pegando emprestado a potência dos computadores. O mesmo pode acontecer com acessórios médicos, como pulseiras e relógios conectados. O doutor em computação, Allan Douglas Costa, enumera algumas aplicações melhoradas com a nova tecnologia.

Em termos práticos e do dia a dia, as videochamadas devem se tornar mais claras. A experiência de jogos online também deve ser aprimorada. As transmissões de vídeo ao vivo devem travar menos e perder sinal em meio a uma multidão será mais raro. As operadoras geralmente não oferecem acesso exclusivo a um tipo de tecnologia de rede, mas cobram pela franquia de dados utilizada: quanto mais se navega, mais se paga.

As empresas ainda não definiram se haverá reajustes nos preços em seus pacotes, pois ainda vão levar meses até que a tecnologia esteja disponível.

Campanha de imunização contra o sarampo começa nesta segunda-feira

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Primeiros imunizados serão os profissionais da saúde, até 30 de abril. A segunda etapa, de 2 de maio até 3 de junho, contemplará crianças de seis meses a cinco anos, que poderão receber, no mesmo momento, a vacina contra a gripe.

O Paraná começa nesta segunda-feira (4) a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, realizada simultaneamente à imunização da Influenza. A ação é nacional e, pela primeira vez, realizada de forma concomitante. Esta é a 8ª campanha do sarampo e tem como objetivo imunizar crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade e atualizar a situação vacinal dos trabalhadores da saúde. A cobertura vacinal em, 2021, ficou em 82,45%.

A campanha ocorrerá em duas etapas. A primeira inicia nesta segunda-feira (4), vai até 30 de abril e tem como público-alvo os trabalhadores da saúde. A partir do dia 2 de maio até 3 de junho acontece a segunda etapa, contemplando as crianças de seis meses a cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), que poderão receber, no mesmo momento, a vacina contra a gripe.

Todas desta faixa etária deverão receber uma dose da vacina tríplice viral, independentemente da situação vacinal atual contra a doença. A estimativa é que 692.651 crianças devem comparecer aos postos de vacinação para receber a dose. A meta é imunizar 95% deste público. As doses de rotina da vacina tríplice viral (D1 e D2) que coincidirem com o período da campanha deverão ser reagendadas para 30 dias após a dose da campanha.

DOSES – A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) distribuiu 280.830 vacinas para as Regionais de Saúde para o início da imunização e ainda tem em estoque no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) outras 300.085. Além das 692 mil crianças, cerca de 272.817 trabalhadores de saúde devem receber a vacina.

A tríplice viral pode ser administrada simultaneamente com a vacina contra a gripe, a partir dos seis meses de idade. Para os trabalhadores da saúde pode haver coadministração das vacinas tríplice viral e da vacina contra a Covid-19.

DOENÇA – O sarampo é uma doença infecciosa, aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente, em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A estratégia de vacinação contra o sarampo com a vacina tríplice viral foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1992, com o propósito de controlar surtos de sarampo, reduzir internações, complicações e mortes.

O Paraná estava há mais de 20 anos sem casos de sarampo no território, mas em 2019, houve um surto da doença que durou até setembro de 2020. Não ocorreram óbitos e as faixas etárias mais atingidas foram de 20 a 29, com 1.035 casos confirmados; de 10 a 19 anos, com 457; e de 30 39 anos, com 293 casos confirmados.

A Sesa monitora constantemente o sarampo no Paraná. Desde o fim do surto, mais nenhum caso foi registrado, garantido ao Estado a condição de área livre da doença. Porém, a queda nas coberturas vacinais, devido à pandemia da Covid-19, a liberação de viagens dentro do país e no Exterior e maior contato entre a população, podem propiciar a transmissão do vírus.

Pessoas com viagens nacionais ou internacionais programadas devem estar devidamente imunizadas contra a doença. Aqueles que poderão conviver com imigrantes, visitantes estrangeiros ou refugiados devem adotar o mesmo cuidado. A orientação da Secretaria deve-se aos vários surtos existentes em alguns estados do Brasil e em diversos países.

ESTATÍSTICAS – A cada ano, cerca de 142 mil pessoas morrem de sarampo. Em 2012, o Brasil registrou 9.342 casos da doença e, em 2019, após um ano de franca circulação do vírus, perdeu a certificação de país livre do vírus do sarampo, dando início a novos surtos, com a confirmação de 20.901 casos. Em 2020 foram 8.448 casos.

Pode tomar a vacina da gripe e a dose de reforço contra Covid-19 no mesmo dia?

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Com a chegada da campanha de vacinação contra gripe no Estado hoje (4), as dúvidas voltam a ganhar espaço, especialmente considerando que muitos paranaenses ainda estão na fila das vacinas contra a Covid-19, que já estão na quarta fase.

Atualmente, o Paraná oferta a imunização contra a Covid-19 para toda a população adulta, da 1ª dose até o reforço (DR), e também ao público infantil, que já começou a receber a 2ª dose do imunizante. Ao todo, mais de 9 milhões de pessoas já completaram o ciclo primário de vacinação,  ou seja, receberam duas doses ou a dose única da vacina. Também há orientação para idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos buscarem a dose adicional, ou quarta dose. Para DR ou dose adicional, a orientação é de respeitar o intervalo de quatro meses da aplicação anterior.

Para a gripe, a previsão é de que a campanha ocorra em duas etapas. A primeira se estenderá entre o início das aplicações até o dia 2 de maio, com direcionamento para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde.

Já a segunda fase acontece entre os dias 3 de maio e 4 de junho, abrangendo os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

No Paraná, a estimativa do Ministério da Saúde é que 4.308.575 pessoas elencadas como grupos prioritários, deverão ser vacinadas durante a campanha da gripe. A meta é atingir pelo menos 90% deste público. A nova vacina protegerá contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B. O imunizante também é ofertado por instituições privadas de saúde.

Neste guia estão algumas respostas, principalmente para as pessoas mais idosas.

Pode tomar as vacinas para Covid-19 e Influenza no mesmo dia?

A aplicação simultânea das doses pode ser realizada em toda a população acima de 12 anos, desde que não possua sintomas gripais ou não tenha contraído Covid-19 nos últimos 30 dias. Neste caso, é necessário aguardar o fim dos sintomas, de maneira que o organismo se recupere completamente para a administração das vacinas. Essa é uma nova orientação. Em 2021, com a novidade das fórmulas contra Covid-19, era preciso aguardar 14 dias. Mas há segurança e eficácia na aplicação conjunta.

Crianças podem tomar vacinas contra Covid-19 e Influenza no mesmo dia?

Nesse caso, para crianças entre 5 e 11 anos, é necessário aguardar um intervalo de 15 dias entre a aplicação das doses, independente da ordem. Aquelas crianças que não receberam nenhuma vacina devem receber primeiro contra a Covid-19, e após 15 dias a da gripe. No caso da Influenza, a vacina já está disponível a partir dos 6 meses de idade.

Como é realizada a aplicação dos imunizantes?

Seguindo as orientações previstas no Plano Nacional de Imunizações, o processo de aplicação simultânea é feito com a administração de uma dose em cada braço.

Quando não devo tomar as vacinas?

As vacinas não devem ser administradas para pessoas que possuam sintomas gripais, que tenham testado positivo para Covid-19 nos últimos 30 dias ou pessoas com história de anafilaxia grave a doses anteriores, segundo o Ministério da Saúde.

Como saber se posso tomar a dose de reforço ou a vacina contra a Covid-19?

As vacinas contra a Covid-19 já estão disponíveis nas unidades de saúde. A orientação é fazer o reforço com Pfizer, AstraZeneca ou Janssen em todos os adultos a partir dos 18 anos. O intervalo para a aplicação adicional considera a marca do imunizante no esquema vacinal inicial. Para Coronavac, Pfizer e AstraZeneca, o reforço é quatro meses após a segunda, preferencialmente com a Pfizer e alternativamente com Janssen ou Astrazeneca. Para Janssen, o reforço é após dois meses a dose única, também com Janssen ou Pfizer (alternativa). A quarta dose vale apenas para idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos, com intervalo de quatro meses.

 

Após novo decreto, Saúde atualiza resolução sobre uso de máscaras

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O documento traz orientações sobre excepcionalidades onde o uso de máscaras continua sendo recomendado e aplica-se aos espaços de natureza pública ou privada, abertos ou fechados de uso público ou coletivo, que estejam autorizados a funcionar em concordância com demais normativas vigentes, tanto em esfera estadual, como municipal.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou nesta terça-feira (29) a Resolução nº 243/2022 , que atualiza e detalha a não obrigatoriedade do uso de máscaras no Paraná, oficializada no decreto 10.596/2022. O documento traz orientações sobre excepcionalidades onde o uso de máscaras continua sendo recomendado e aplica-se aos espaços de natureza pública ou privada, abertos ou fechados de uso público ou coletivo, que estejam autorizados a funcionar em concordância com demais normativas vigentes, tanto em esfera estadual, como municipal.

A Saúde recomenda o uso de máscaras para professores e demais funcionários de creches e pré-escolas de programas de educação infantil que atendem muitas crianças que ainda não são elegíveis para vacinação; não vacinados contra a Covid-19 ou com o esquema vacinal incompleto; em residências quando houver pessoas com suspeita ou confirmação da Covid-19; para pessoas vulneráveis à doença, como idosos, gestantes, puérperas ou com comorbidades; pessoas imunossuprimidas; e agentes comunitários de saúde e de endemias nas visitas domiciliares;

Outras situações com recomendação são acesso ao transporte público (pontos e terminais de embarque e desembarque de pessoas) e durante o deslocamento; e acesso e atendimento em instituições hospitalares e demais unidades de saúde e de assistência social por funcionários, pacientes e visitantes e Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) por funcionários e visitantes.

Segundo o texto, os pais e/ou responsáveis que julgarem necessário que as crianças façam o uso da máscara de proteção facial podem orientá-los a fazê-lo. O documento também defende que as medidas de prevenção como higienização das mãos e uso do álcool em gel devem ser mantidas.

“Os números da pandemia têm apresentado queda e com isso conseguimos realizar algumas flexibilizações, dentre elas o uso obrigatório de máscaras. Este acessório de proteção individual nos ajudou muito durante estes dois anos e tudo isso só está sendo possível graças ao povo paranaense, que adotou as medidas de prevenção e se vacinou contra a doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Segundo a Resolução, o uso de máscaras é essencial em casos confirmados ou suspeitos com Covid-19, acesso e atendimento em unidades hospitalares que atendam síndromes respiratórias ou casos suspeitos ou confirmados da doença, e também para controle de surtos (quando três casos são diagnosticados em um mesmo ambiente, por meio de exame RT-PCR, em menos de 14 dias entre eles).

Não é recomendado o uso de máscaras em ambientes fechados para crianças com menos de dois anos ante ao risco de sufocamento; pessoas com transtorno do espectro autista ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial; e intérpretes de libras, ou pessoas falando ou prestando assistência a alguém que depende de leitura labial, som claro ou expressões faciais para se comunicar.

Estados podem aplicar a quarta dose contra a Covid-19 na população acima de 80 anos

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Em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB-PR) realizada na semana passada, gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná e das secretarias municipais de Saúde aprovaram o início da vacinação da quarta dose contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos no Paraná. A decisão seguiu a recomendação do Ministério da Saúde, por meio da Nota Técnica 20/2022.

Com a mudança, os 399 municípios paranaenses responsáveis pela aplicação das doses poderão vacinar os idosos assim que os imunizantes forem enviados pelo governo federal, direcionados para este público-alvo.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou da reunião, e disse que o processo de vacinação é dinâmico, e que seguir as recomendações dos órgãos competentes garante mais proteção à população. “Devemos estender a 4ª dose para população acima de 80 anos, mas estamos pleiteando no PNI que possamos estender para toda a população acima de 18 anos, de forma decrescente”, disse.

“Esperamos as doses que o Ministério da Saúde irá nos mandar. Os municípios são nossos parceiros e contamos com todos eles para efetuarem a busca ativa e que não deixemos de lado essa ação tão importante”, acrescentou.

A Secretaria de Saúde de União da Vitória inicia nesta segunda-feira, 28, a vacinação da 2ª dose de reforço (D4) da vacina contra a Covid-19 para idosos acima de 80 anos. Para tomar a 4ª dose é preciso respeitar o intervalo mínimo de 4 meses do primeiro reforço (D3).

O secretário da saúde Fernando Ferencz frisou a importância da vacinação da 4ª dose, para reforçar o aumento da imunidade e lembrou também que as pessoas que ainda não tomaram a 3ª dose, procurem os postos de saúde para completar a imunização. “Essa dose de reforço aumenta a imunidade de cada pessoa e também nos auxilia a chegar no patamar de uma imunização coletiva”, afirmou o secretário.

Para receber a vacina, a pessoa que tem direito deve ir até a Unidade de Saúde onde recebeu a as primeiras doses e levar além da carteirinha de vacinação, documento com foto e CPF.  O horário de atendimento para a vacinação é de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 11h45h e das 13h às 16h30h.

O Paraná alcançou na sexta-feira, 25, a marca de 4 milhões de pessoas imunizadas contra a Covid-19 com a dose de reforço ou terceira dose, já disponível para o público adulto (acima de 18 anos) em todos os 399 municípios. São, exatamente, 4.031.597 paranaenses com a passagem extra por uma unidade de saúde, cerca de 34% da população.

Os números ainda estão distantes do número absoluto da população com a imunização completa (segunda dose ou dose única): são 8.991.436 paranaenses, o que representa quase 80% do Estado coberto. Separando 771.116 menores de idade com a imunização completa, restam cerca de 4 milhões paranaenses para tomar a DR.

Outro indicador preocupante é a queda na procura da DR no decorrer dos meses desse ano. Foram 392.770 doses de reforço aplicadas em março, média de 16 mil por dia. Em fevereiro foram 897.876 (média de 32 mil) e em janeiro, 1.223.851 (média de 39 mil). Em dezembro foram 636.607, em novembro, 419.230, e em outubro, 417.099. Porto união ainda não divulgou quando irão iniciar a aplicação da quarta dose.

Em Santa Catarina neste mês de março, a equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) se reuniu com as Regionais de Saúde para as orientações do início da aplicação desta segunda dose de reforço. Ela deverá ser realizada com as vacinas Pfizer, Janssen ou AstraZeneca, independentemente da dose utilizada anteriormente.

De acordo com o Ministério da Saúde, a aplicação da segunda dose de reforço é importante para a proteção dos idosos contra a Covid-19, tendo em vista que estudos apontam a diminuição da efetividade das vacinas neste público, a partir de 3 a 4 meses depois da aplicação.

A cobertura vacinal com a primeira dose de reforço no estado de Santa Catarina ainda é baixa. Levando em consideração todos os adultos com 18 anos ou mais, a cobertura está em 38,4%; na população acima de 60 anos, em 73,49%; e, nos idosos com 80 anos ou mais, público que deve tomar a segunda dose de reforço neste momento, a cobertura da primeira dose de reforço está em 75%, também abaixo do recomendado que é de, pelo menos, 85%.

Sendo assim, neste momento, a prioridade ainda é pela aplicação da primeira dose de reforço. No entanto, aqueles municípios que tiverem doses disponíveis para aplicação da segunda dose de reforço, já podem iniciar a aplicação nos idosos com 80 anos ou mais que tenham tomado a primeira dose de reforço há mais de quatro meses.

Importância do segundo reforço

Estudos recentes desenvolvidos em Israel demonstraram que, após a aplicação de uma segunda dose de reforço, houve aumento de cinco vezes nos títulos de anticorpos após uma semana. É importante, portanto, que idosos fiquem atentos ao calendário vacinal e se vacinem após o intervalo entre a última dose e a do reforço.

Atualmente, em SC, mais de 111 mil de idosos com 80 anos ou mais já tomaram a primeira dose de reforço. As cidades que mais vacinaram essa faixa etária (por população estimada) são: Macieira, Vargem Bonita, Arvoredo, Santiago do Sul, Antônio Carlos, Marema, Princesa, Erval Velho, Rancho Queimado, Xavantina e Chapadão do Lageado.

 

Infectados no País

O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 29.852.341.

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 658.956. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

A quantidade de vidas perdidas para a pandemia chegou a 658.956. Em 24 horas, foram registradas 77 mortes. Ontem, o sistema de dados do Ministério da Saúde totalizava 658.879. Ainda há 3.084 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 28.550.311 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 95,6% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (28). Nele são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (167.124), Rio de Janeiro (72.697), Minas Gerais (60.769), Paraná (42.897) e Rio Grande do Sul (38.988).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.992), Amapá (2.124), Roraima (2.144), Tocantins (4.142) e Sergipe (6.311).

Vacinação

Até hoje foram aplicados 395,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 172,3 milhões com a primeira dose e 149,9 milhões com a segunda dose ou dose única. Outros 65,3 milhões já receberam a dose de reforço.

Em novo decreto, governador libera circulação sem máscaras em ambientes fechados

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A decisão foi tomada 23 meses após a instituição da obrigatoriedade, por lei estadual, em 28 de abril de 2020. A medida leva em consideração a situação estável da circulação do vírus que provoca a Covid-19 no Estado.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou um novo decreto ( 10.596/2022 ) nesta terça-feira (29) para liberar a circulação de pessoas sem máscaras em locais internos. Ele revoga os dispositivos da norma anterior e mantém a orientação para a Secretaria de Estado da Saúde regulamentar o uso em alguns espaços internos, como transporte público, espaços de saúde e clínicas, com caráter de recomendação.

A medida já está em vigor e leva em consideração a situação estável da circulação do vírus que provoca a Covid-19 no Estado, com internamentos, óbitos e taxa de transmissão em queda consistente há algumas semanas. A alteração é um complemento da flexibilização do uso do equipamento de proteção individual em locais externos, assinada em 16 de março.

A decisão foi tomada 23 meses depois da instituição da obrigatoriedade, por lei estadual, em 28 de abril de 2020. A implementação da nova regra só foi possível graças a uma alteração legislativa que deu ao Estado a prerrogativa pelas decisões sanitárias sobre uso de máscara, no começo do mês.

“Quase dois anos após a implementação da regra das máscaras, finalmente chegamos ao momento que podemos tirar a imposição do uso das máscaras também em ambientes fechados. Essa conquista só foi possível porque o paranaense aderiu em massa a nossa campanha de imunização e também sempre respeitou as medidas sanitárias nos momentos mais críticas. É uma conquista de todos os paranaenses”, afirmou Ratinho Junior.

NÚMEROS – No Paraná, quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa e mais de 4 milhões de pessoas receberam a dose de reforço. Também houve redução no número de mortes e de casos mais graves da doença. A média móvel de casos caiu 54% em relação há duas semanas e a média de mortes diminuiu 75% no mesmo período. A ocupação nas UTIs está em 33% e a taxa de transmissão é de 0,92, abaixo de 1, com tendência de queda.

Governador anuncia investimentos de R$ 2,5 bilhões em obras de infraestrutura no Estado

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São ordens de serviço, licitações para novas obras, convênios para pavimentação de ruas urbanas e dois grandes aportes no Porto de Paranaguá, além da entrega formal do EVTEA da Nova Ferroeste.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta terça-feira (29) mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos em infraestrutura. São ordens de serviço (algumas em parceria com a Itaipu Binacional), licitações para novas obras, convênios para pavimentação de ruas urbanas e dois grandes aportes no Porto de Paranaguá – um público, de R$ 1,3 bilhão no Novo Corredor de Exportação, e um privado, de R$ 800 milhões para novas esteiras transportadoras. O anúncio foi realizado durante um evento no Palácio Iguaçu.

“Um Estado como o Paraná, que é um importante produtor de alimentos e tem grandes polos industriais, precisa de grandes projetos de infraestrutura. Desde o início do Governo tiramos do papel as principais obras pendentes, como a Ponte da Integração, a Boiadeira, a Rodovia dos Minérios e a revitalização da PR-323, e nos organizamos para deixar um banco de projetos muito robusto para os próximos dez anos. E agora já podemos tirar alguns do papel. Com a liberação desse recurso expressivo, marcamos um dia muito importante para a logística paranaense”, afirmou o governador.

“Investir em infraestrutura é garantir que a rica produção das regiões cheguem com rapidez ao Porto de Paranaguá, e com um custo menor em logística. Cada anúncio de obras significa honrar um compromisso com a população e com uma das principais regiões produtivas do Brasil”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. “É um momento ímpar da história recente do Paraná. Chegamos ao final de quatro anos de gestão com R$ 7,5 bilhões em obras espalhadas por todo o Estado. É o maior anúncio em infraestrutura de todos os tempos”.

RODOVIAS – São R$ 130 milhões para revitalização de rodovias. Entre elas, uma no valor de R$ 1.052.374,43 para o anteprojeto de duplicação de 12,1 km entre Guaratuba e a divisa com Santa Catarina (sentido Garuva), no Litoral, atendendo uma demanda de turistas e moradores; outra para uma duplicação de 3,7 km do perímetro urbano da PR-317 em Campo Mourão (Centro-Oeste); e uma licitação no valor de R$ 4 milhões para obras de contenção (barreira) em 300 metros na BR-476, próximo à Ponte dos Arcos em União da Vitória.

Além disso, Ratinho Junior assinou seis ordens de serviço: a primeira delas no valor de R$ 1,4 milhão para a construção de uma passarela na PR-445, em Londrina; outra no valor de R$ 680 mil para elaboração de projeto de pavimentação na PR-990, em Rebouças; outra no valor de R$ 33,6 milhões para a construção de um viaduto na BR-376, em São José dos Pinhais, próximo à Rua Joinville e Alameda Bom Pastor.

Também foi liberado o início da pavimentação de 26,23 km de estrada entre Ramilândia e Santa Helena (Oeste), obra de R$ 20,4 milhões; a restauração da Ponte Ayrton Senna, em Guaíra (Oeste), incluindo nova iluminação e pavimentação de concreto da rodovia de acesso, investimento de R$ 18,2 milhões; e, por fim, a continuação da duplicação e restauração da PR-092, a Rodovia dos Minérios, entre o km 14,3 e o km 15,6, no perímetro urbano de Almirante Tamandaré, incluindo a construção de um viaduto, marginais nas duas laterais, passarelas e ciclovias, totalizando R$ 50,7 milhões.

As obras do Oeste estão dentro da parceria institucional com a Itaipu Binacional, que financia dezenas de iniciativas em infraestrutura na região.

CONVÊNIOS – Em outra vertente, foi anunciada a liberação de R$ 200 milhões, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Logística, para execução de obras urbanas em 104 municípios do Estado, como pavimentações, ciclovias, terceiras faixas, duplicação, recapeamento de asfalto, entre outros. Esses recursos integram o programa de desenvolvimento sustentável dos municípios, de olho na Agenda 2030, garantindo melhor qualidade de vida nos municípios.

PORTOS DO PARANÁ – Ratinho Junior também anunciou o cronograma de andamento da modernização e ampliação do Corredor de Exportação, no Porto de Paranaguá. A Portos do Paraná, empresa pública que administra as operações portuárias, vai investir R$ 1,3 bilhão na obra. O projeto básico está sendo finalizado e vai permitir a construção de um píer em T, com 4 berços de atracação, ponte de acesso e 8 torres pescantes, cada uma com capacidade de embarque de quatro mil toneladas/hora. Será um dos mais modernos do mundo. O investimento será público.

Outra obra que vai transformar o cais é a implantação de novas esteiras transportadoras nos berços 211, 209 e 208. Destinados para receber fertilizantes que chegam de outros países, os equipamentos vão agilizar o desembarque de produtos importados. Os investimentos privados também vão aumentar a capacidade de armazenagem dos adubos para mais de 492 mil toneladas. São mais de R$ 800 milhões em melhoria dentro e fora do cais público, realizadas pelas empresas Rocha e Fertipar.

A Portos do Paraná tem um cronograma extenso de novos investimentos. Também são parte desse planejamento o novo Moegão (com o objetivo absorver a produção transportada pelo modal ferroviário), com investimento de R$ 524 milhões, e os arrendamentos de cinco áreas (PAR09, PAR32, PAR14, PAR15 e PAR03) para a iniciativa privada.

FERROESTE – Também foi formalizada a entrega do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, o EVTEA, do projeto da Nova Ferroeste. O levantamento com mais de 2 mil páginas reúne informações de engenharia e socioeconômicas sobre o futuro empreendimento. O estudo apontou a geração de mais de 300 mil empregos diretos e indiretos em 65 anos. A execução da estrada de ferro com 1.304 quilômetros vai ligar Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá. A conexão entre Cascavel e Foz do Iguaçu vai permitir a integração com o Paraguai e a Argentina, tornando o estado uma central logística da América do Sul. Atualmente está sendo realizada a análise do projeto ambiental pelo Ibama, com audiências públicas previstas para abril.

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EXEMPLO/MULHER: Curitibana começou como manicure aos 12 anos e aos 22 criou uma escola profissionalizante

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Kauane partiu da sua experiência de vida para criar uma escola profissionalizante em Curitiba que visa mudar a vida das pessoas

A história da empreendedora curitibana Kauane Sales é inspiradora. Aos 12 anos já vivenciava os sabores da independência. Foi nessa época que ela buscou se aperfeiçoar no ramo da beleza, assim, buscou os cursos profissionalizantes, caminho normalmente seguido por quem planeja o ingresso em carreiras de curto e médio aprendizado. No entanto, Kauane não encontrava nenhum curso que a capacitasse realmente na profissão.

Para a empresária, faltavam orientações, mais aulas práticas e atualizações. Ela insistiu. Pendurou vários diplomas na parede até ter a ideia de oportunizar a outras pessoas cursos que realmente as fizessem se tornarem profissionais singulares no mercado de trabalho.

Em 2021, o vento soprou a favor. Ela teve a oportunidade de empreender a partir de um negócio próprio e então criou a Ensait: uma escola profissionalizante que, mais do que ensinar uma profissão, como diz a agora sócia e gerente, ambiciona preparar os alunos para o mundo. “Trabalhamos com uma tríplice combinação: corpo, mente e alma”, afirma.

A ideia da Ensait, cujo nome aportuguesa a expressão inglesa insight, que significa, clareza súbita na mente, é criar cursos dinâmicos, rápidos e práticos, que capacitam o aluno, levam ele à independência financeira e até mesmo o preparam para o empreendedorismo, isso tudo em diferentes áreas.

“O curso de massoterapia é o mais longo e dura só oito meses”, explica. O que o leque de capacitações ofertadas é bastante vasto: passa pelas áreas de Negócios, Beleza e Estética, Saúde, Terapias Alternativas, Tecnologia e Informática, Gastronomia, Moda e Arte e Logística e Industrial. Há cursos de profissões que estão em alta no País, como a capacitação para tatuadores e Chef de cozinha, bem como clássicos, como é o caso do curso de Corte e Costura, ambos com grande procura. A capacidade é de atender até 113 alunos. As aulas neste ano começam em março, presencialmente.

“Temos equipamentos de última geração para as aulas práticas. Além disso, nossas apostilas são atualizadas, diferente das de outros cursos que têm anos no mercado de trabalho e que são desatualizadas! Era isso o que eu encontrava, inclusive, em escolas conhecidas, famosas. Apostilas há anos defasadas. Isso não prepara ninguém”, comenta Kauane.

É diferente na Ensait também a aprovação do aluno. A escola “testa” o conhecimento do estudante a cada módulo concluído. Caso ele não atinja a nota suficiente na avaliação, precisa refazer o conteúdo avaliado. Conforme a empresária, isso evita que maus profissionais ganhem o mercado de trabalho no conhecido esquema do “pagou, levou”. “Aqui a gente faz a pessoa viver a profissão mesmo: o aluno sai amando ou odiando”, diz.

Kauane criou uma escola de profissões que prepara corpo, mente e alma, com testes a cada módulo que visam preparar profissionais que façam a diferença no mercado de trabalho

No Brasil, são quase 200 cursos técnicos habilitados pelo Ministério da Educação durante ou após o Ensino Médio. Apenas em 2019, mais de 9 milhões de alunos do “terceirão” frequentavam algum tipo de curso técnico. “E a expectativa é de crescimento. A tendência é que em 2021 os números voltem ao patamar pré-pandemia”, comemora a empresária. Kauane compartilha a sociedade da curitibana Ensait com Carlos Miura.

SERVIÇO

A Ensait fica na capital. Para saber mais, acesse https://ensait.com.br/ ou ligue para (41) 9 9102 6099.

Com 3 milhões de “faltosos”, Saúde reforça necessidade da dose reforço contra a Covid-19

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Com o novo cenário da flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos no Paraná, a vacinação contra a Covid-19, organizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e pelas 399 secretarias municipais, ganha um papel ainda mais importante. Quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa, com duas doses ou a dose única, mas muitos paranaenses acima de 18 anos não compareceram ainda aos postos de saúde para a aplicação da dose de reforço, que aumenta a quantidade de anticorpos contra o vírus.

Um levantamento realizado pela Sesa nesta segunda-feira (21) mostra que 3.862.627 pessoas tomaram a primeira e segunda doses (esquema primário completo) e por algum motivo não especificado não retornaram para a dose de reforço no prazo recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). Os dados são da Interface de Programação de Aplicações (API) de Consumo de Dados contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e são mais fieis do que o Vacinômetro nacional porque refletem um cruzamento de CPFs, impedindo eventual duplicidade ou atraso na notificação.

O número de 3.862.627 leva em consideração um universo de 8.207.305 pessoas aptas a tomarem o reforço (D2 e dose única), representando quase 50% dessa população. Existe uma prevalência de ausência nas faixas etária de 20 a 34 anos (15,9% vacinados de 20 a 24, 21,39% de 25 a 29 e 27,54% de 30 a 34). Na outra ponta, 81,97% dos que têm entre 70 e 74 e 81,28% dos que têm entre 65 e 69 anos tomaram o reforço.

Dos faltosos, 39,75% correspondem àqueles que receberam o esquema primário com doses da AstraZeneca, 34,43% com Pfizer, 22,38% com CoronaVac e 3,44% com Janssen.

Há algumas diferenças para os dados públicos do Ministério da Saúde. Segundo o Vacinômetro, 8.952.981 pessoas receberam a D2 ou DU, sendo que 91,68% (8.207.465) correspondem ao registro de doses aplicadas em maiores de 18 anos e 8,32% (744.632) em menores de idade, enquanto 3.968.486 tomaram a DR, resultando em pouco mais de 4,2 milhões “faltosos”.

A diferença acontece porque o levantamento da Sesa contabiliza apenas os esquemas completos (D1+D2 ou DU) realizados no Estado, desconsiderando aquelas pessoas que tomaram apenas uma dose do esquema primário no Paraná.

“A vacinação é a principal estratégia de prevenção de saúde pública para conter a pandemia da Covid-19, contribuindo para a diminuição do número de mortes e dos casos mais graves da doença, além de permitir a tomada de decisões por parte do Estado, como o uso de máscaras. Por isso, aqueles que estão em falta com esta dose precisam fazer esse reforço”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Temos vacinas para atender ao público e precisamos vacinar não só com a segunda dose, que garante proteção completa, mas também com a dose de reforço. Toda semana recebemos vacinas, então, precisamos é que as pessoas se conscientizem da importância desse complemento. Caso seja ultrapassado o prazo, é fundamental que o cidadão procure uma unidade básica de saúde assim que possível”, finalizou.

A DR é para aqueles que já completaram o esquema primário e têm mais de 18 anos, além de gestantes e imunossuprimidos. O intervalo deve ser de quatro meses entre as doses da CoronaVac/Butantan, AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/BioNTech (sendo aplicado a dose de reforço preferencialmente com o imunizante da Pfizer/BioNTech e de forma alternativa AstraZeneca/Fiocruz). Para quem tomou a dose única da Janssen/Johnson&Johnson, o Ministério da Saúde recomenda um intervalo de dois meses com o mesmo imunizante.

NÚMEROS DETALHADOS – Dentre os municípios, Altamira do Paraná, Nova Cantu, Corumbataí do Sul, Piên, Janiópolis, Guarapuava, Boa Vista da Aparecida, Mamborê e Jundiaí do Sul registraram o maior número de faltosos para a dose de reforço, todos com mais de 70% de ausência da população. Em Curitiba, a taxa é de 45,26%, com 683.672 pessoas acima de 18 anos em falta com a vacina. Londrina (32,20%), Maringá (40,27%), Cascavel (41,69%) e Ponta Grossa (45,56%) registram números acima dos 30%.

Uniflor, situado na área de abrangência de Maringá, teve o menor índice. Das 2.023 pessoas aptas à imunização, 496 estão em atraso (24,52%). Em seguida estão os municípios de São Pedro do Ivaí (24,58%), Alvorada do Sul (24,86%) e São Pedro do Ivaí (25,13%).

RECOMENDAÇÃO – Em fevereiro, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação de uma dose de reforço para os adolescentes (12 a 17 anos) imunocomprometidos. A orientação é de que o esquema primário de vacinação desse grupo deve ser feito com três doses – primeira, segunda e dose adicional – com intervalo de oito semanas entre elas.

Após a conclusão desse esquema, é recomendada ainda uma dose de reforço quatro meses após a terceira dose (ou dose adicional). Essa orientação já vale para a população adulta, com mais de 18 anos, com alto grau de imunossupressão. A vacinação para o público adolescente imunocomprometido deve ser feita obrigatoriamente com a vacina da Pfizer.

Governo investe mais de R$ 450 milhões em obras urbanas nos municípios do Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça-feira (22) a liberação de mais de R$ 450 milhões para a execução de obras em 284 municípios do Paraná. Com a contrapartida de alguns contratos pelas administrações municipais, o valor total alcança R$ 483 milhões.

No total, serão 620 ações diferentes para beneficiar a população de todas as regiões do Estado. Dentre elas, 533 serão realizadas a fundo perdido, no valor de R$ 319.967.431,96, por meio de transferência voluntária da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas (Sedu), ou seja, os valores não precisarão ser devolvidos aos cofres do Estado.

As outras 87, totalizando R$ 163.389.097,53, serão garantidas com verbas do Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), organizado pela Fomento Paraná e o Paranacidade. Todos os contratos foram aprovados neste começo de ano e os recursos já foram repassados. Os demais municípios foram contemplados com investimentos ao longo dos últimos três anos, totalizando atendimento nas 399 cidades.

Os valores serão empregados na construção de creches, Centros de Saúde Especializado, praças, quadras de esportes, calçadas, Centros de Desenvolvimento Econômico, barracões industriais, escolas municipais, complexos esportivos, Centros de Referência de Ação Social (CRAS), Centros de Convivência, terminais rodoviários, terminais de transporte urbano e campos de futebol, além de pavimentação de dezenas de ruas e avenidas e a implantação de iluminação pública e ciclovias.

O governador destacou que os investimentos estão dentro da Agenda 2030, de olho nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e reforçam o compromisso do Paraná com o crescimento organizado das cidades. Ele também ressaltou que o investimento é fruto de uma política municipalista e que envolve a valorização das potências regionais.

“Hoje é um dia muito importante para o Paraná. Estamos transformando em realidade um projeto ambicioso e que está dentro do planejamento estratégico do Estado, que é de executar investimentos perto da casa dos paranaenses. Serão obras e aquisições para as áreas da saúde, educação, ação social e, principalmente, para impulsionar a economia dos municípios”, destacou Ratinho Junior.

“É o primeiro grande investimento da Sedu neste ano, voltado para a melhoria da qualidade de vida dos paranaenses. É um dinheiro muito bem empregado, tanto para a compra de novos equipamentos e veículos para áreas como transporte e agricultura, como para a pavimentação de ruas e a construção de calçadas e ciclovias em todas as regiões, além de outras ações importantes. É um grande avanço para os municípios”, complementou o secretário do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, Augustinho Zucchi.

DESENVOLVIMENTO URBANO – Os recursos serão destinados para a construção de praças (cerca de R$ 6 milhões) em Anahy, Alto Piquiri, Contenda, Cianorte, Floraí, Honório Serpa, Clevelândia, Icaraíma, Nova Esperança, Nova Santa Bárbara, Paranaguá, São João e Leópolis; um Paço Municipal em Cascavel (R$ 1 milhão); um Parque Municipal em Anahy (R$ 212 mil); um Cemitério em Iracema do Oeste; e capelas mortuárias em Anahy, Marilândia do Sul, Esperança Nova, Santo Antônio do Sudoeste, Ventania, Japurá e Ventania (R$ 3,6 milhões).

Também será instalada iluminação pública em Farol, Juranda, São Manoel do Paraná, Cafezal do Sul, Campina do Simão, Honório Serpa, Marumbi, Nova Olímpia, São Jorge do Patrocínio e Tupãssi (R$ 6,1 milhões); e um Sistema Solar Fotovoltaico em São Manoel do Paraná (R$ 400 mil).

ESPORTE – Serão implantadas 30 unidades do Meu Campinho em Alto Piquiri, Anahy, Barra do Jacaré, Cambará, Campo Bonito, Campo Mourão, Capitão Leônidas Marques, Pinhais, Renascença, São João, União da Vitória, Clevelândia, Contenda, Coronel Vivida, Flórida, Foz do Iguaçu, Guapirama, Inácio Martins, Jesuítas, Manfrinópolis e Manoel Ribas (R$ 8,1 milhões). Algumas cidades receberão mais de um equipamento.

O programa Meu Campinho tem como objetivo a construção de campos de futebol com grama sintética em todas as regiões do Estado, com uma estrutura completa que envolve playground com piso emborrachado, iluminação em LED, bicicletário, floreiras, bancos de repouso e lixeiras. Os campos podem ser usados gratuitamente pela comunidade nos dias úteis e aos finais de semana.

Também serão construídas quadras de esportes em Borrazópolis e Cascavel; ginásios em Nova Fátima e Quedas do Iguaçu; um Complexo Esportivo em Nova Santa Rosa; e um campo de futebol em Santo Inácio.

EDUCAÇÃO – Nesta área, os valores serão empregados na construção de creches em Araucária, Rebouças e Tibagi (R$ 10 milhões); de escolas municipais, sendo duas em Iguaraçu, e uma em cada um dos municípios de Mallet, Palmital e Tupãssi (R$ 7,2 milhões); além da construção de uma Unidade de Apoio Escolar em Ourizona. O montante também contemplará a aquisição de equipamento e mobília para escolas em Loanda.

SAÚDE E AÇÃO SOCIAL – A liberação de recursos também inclui a construção de um Centro de Saúde Especializado em Bom Sucesso; Centros de Referência de Ação Social (CRAS) em Perobal e Sengés (R$ 1,3 milhão); e Centros de Convivência em Pérola D’Oeste, Rebouças, Santo Antônio do Sudoeste e Iracema do Oeste.

ESTÍMULO ECONÔMICO – Pensando em impulsionar o desenvolvimento econômico com a atração de indústrias, o que potencializa a diversificação do PIB, serão construídos Centros de Desenvolvimento Econômico em Anahy, Inácio Martins e Ivaí (R$ 6,9 milhões); barracões industriais em Clevelândia, Espigão Alto do Iguaçu, Santa Izabel do Oeste, Sengés e Teixeira Soares (R$ 9,1 milhões); além da consolidação de uma área industrial em Jacarezinho (R$ 3,5 milhões) e aquisição de terrenos para a área industrial de Rolândia (R$ 3,8 milhões)

AQUISIÇÕES – Além de construções, os recursos serão destinados para a compra de equipamentos e mobília para parques infantis em Capitão Leônidas Marques, Itaúna do Sul, Marechal Cândido Rondon e São Manoel do Paraná, e também para parques e praças em Santa Amélia. Serão adquiridos, ainda, hardwares para sistemas em Cascavel e Paula Freitas; itens de informática para União da Vitória; e equipamentos agrícolas para Cruzeiro do Oeste e Janiópolis.

PAVIMENTAÇÃO – O montante contempla a construção de calçadas (R$ 6,9 milhões) em Anahy, Ângulo, Arapongas, Campina Grande do Sul, Irati e Rancho Alegre d’Oeste; ciclovias (R$ 3,3 milhões) em Rolândia e Toledo; e, ainda, pavimentações e recapes (R$ 220 milhões) nos municípios de Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Alto Paraná, Alvorada do Sul, Andirá, Arapoti, Araucária, Araruna, Barra do Jacaré, Bela Vista do Paraíso, Bituruna, Boa Esperança, Boa Vista da Aparecida; Braganey; Brasilândia do Sul; Campo Largo, Campo Magro, Cascavel, Castro, Cruzeiro do Iguaçu, Curitiba, Diamante do Sul, Dois Vizinhos, Fênix, Fernandes Pinheiro, Florestópolis, Honório Serpa, Imbituva, Itambaracá, Itapejara D’Oeste, Itaperuçu, Jacarezinho, Jaguariaíva, Loanda, Lunardelli, Mandirituba, Mariluz, Marquinho, Marumbi, Mauá da Serra, Nova Aurora, Nova Esperança, Nova Santa Bárbara, Palmas, Paranaguá, Pato Bragado, Pérola, Piên, Pinhais, Pitanga, Ponta Grossa, Prudentópolis, Ramilândia, Rebouças, Rio Azul, Salgado Filho, Salto do Itararé, Salto do Lontra, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santa Isabel do Oeste, Santa Tereza do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São João do Triunfo, São Jorge do Oeste, São Jorge do Patrocínio, Sulina, União da Vitória, Uraí e Verê.

TRANSPORTE – O anúncio também abrange a construção de um Terminal Rodoviário Intermunicipal em Santo Antônio do Sudoeste (R$ 1,4 milhão); um Terminal Rodoviário Urbano em Assaí (R$ 350 mil); e terminais de transporte urbano em Cascavel e Corbélia (R$ 4,4 milhões).

Nesse setor de transporte, os recursos também serão destinados à aquisição de veículos, máquinas e equipamentos rodoviários a centenas de municípios, entre eles Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Altamira do Paraná, Alto Paraíso, Alto Paraná, Alto Piquiri, Anahy, Andirá, Antônio Olinto, Arapongas, Arapoti, Ariranha do Ivaí, Assaí, Balsa Nova, Bandeirantes, Bela Vista do Paraíso, Boa Esperança do Iguaçu, Borrazópolis, Cafeara, Cafelândia, Capina da Lagoa, Campo Magro, Cândido de Abreu, Candói, Capanema, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Castro, Catanduvas, Centenário do Sul, Cerro Azul, Cianorte, Clevelândia, Colombo, Congoinhas, Conselheiro Mairinck, Contenda, Corbélia, Corumbataí do Sul, Cruz Machado, Cruzeiro do Sul, Diamante do Sul, Dois Vizinhos, Doutor Camargo, Engenheiro Beltrão, Entre Rios do Oeste, Farol, Faxinal, Fênix, Fernandes Pinheiro, Figueira, Flor da Serra do Sul, Floraí, Floresta , Foz do Jordão, Francisco Alves, General Carneiro Godoy Moreira, Guamiranga, Guaraniaçu, Guaratuba, Ibaiti, Ibema, Iguaraçu, Imbituva, Inácio Martins, Ipiranga, Irati, Iretama, Itaguajé, Itambaracá, Itaperuçu, Itabuna do Sul, Ivaí, Jaboti, Jataizinho, Jacarezinho, Jaguariaíva, Jandaia do Sul, Janiópolis, Japurá, Jardim Alegre, Jesuítas, Joaquim Távora, Jussara, Kaloré, Laranjal, Leópolis, Londrina, Luiziana, Lunardelli, Lupionópolis, Mallet, Mamborê, Mandaguaçu, Mandaguari, Manfrinópolis, Manoel Ribas, Marialva, Marilândia do Sul, Mariluz, Maringá, Maripá, Marmeleiro, Marquinho, Marumbi, Matelândia, Matinhos, Medianeira, Mercedes, Moreira Sales, Morretes, Munhoz de Mello, Nova América da Colina, Nova Aurora, Nova Cantú, Nova Esperança, Nova Laranjeiras, Nova Prata do Iguaçu, Nova Santa Bárbara, Nova Santa Rosa, Palmeira, Palmital, Palotina, Paranaguá, Paranapoema, Pato Branco, Paulo Frontin, Piên, Pinhalão, Pitanga, Planaltina do Paraná, Pitangueiras, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, Porecatu, Porto Barreiro, Porto Vitória, Quarto Centenário, Quatro Pontes, Quedas do Iguaçu, Querência do Norte, Quitandinha, Rancho Alegre, Rebouças, Renascença, Reserva, Reserva do Iguaçu, Rio Bom, Rio Negro, Rolândia, Roncador, Rondon, Salto do Itararé, Salto do Lontra, Santa Amélia, Santa Izabel do Oeste, Santa Lúcia, Santa Mariana, Santa Tereza do Oeste, Santana do Itararé, Santo Antônio do Paraíso, Santo Antônio do Sudoeste, São João, São João do Triunfo, São Mateus do Sul, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Paraná, São Sebastião da Amoreira, Sapopema, Sarandi, Sengés, Sertanópolis, Sertaneja, Siqueira Campos, Tapira, Teixeira Soares, Terra Rica, Terra Roxa, Tibagi, Toledo, União da Vitória, Ventania, Verê, Vitorino e Wenceslau Braz.

 

Com influência de La Niña, outono no Paraná terá chuvas na média, ventos e dias frios

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A estação do outono de 2022 começa às 12h33 deste domingo (20) e termina no dia 21 de junho, às 06h14. Segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia será parcialmente nublado e com pancadas de chuva na maior parte do Estado.

As chuvas são previstas especialmente para Umuarama, Paranavaí, Londrina, Apucarana, Maringá, Campo Mourão, Telêmaco Borba, Laranjeiras, Cascavel, Guaíra e Paranaguá. Já o dia nublado é previsto em Rio Negro, União da Vitória, Guarapuava, Ponta Grossa, Jaguariaíva e Jacarezinho.

Também presente, o sol predomina em Pato Branco, Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu. Na Capital, a previsão é de tempo nublado e sem chuva. As temperaturas devem variar de 15ºC em Curitiba e Rio Negro a 31ºC em Foz do Iguaçu.

Entre o domingo e a terça-feira (22), uma frente fria ganha força pelo Centro-Sul do Paraná e estão previstos ventos expressivos a partir do Litoral. As temperaturas sobem lentamente, com menor amplitude térmica durante o dia e um pouco de frio nas manhãs e noites.

LA NIÑA – As previsões climáticas indicam alta probabilidade de que o fenômeno La Niña continue ativo neste outono, com intensidade oscilando entre fraca e moderada, dissipando-se no inverno. Ele altera a circulação geral dos ventos em várias regiões da Terra, com impactos sobre os padrões climáticos globais.

Neste trimestre, a temperatura média do ar deve ficar próxima à média climatológica. “Há previsão de variações bruscas na temperatura do ar ao longo da estação, com alguns dias muito frios intercalados com períodos aprazíveis e formação de geadas”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

A ocorrência de chuvas ficará entre próxima e abaixo da média climatológica em todas as regiões, com distribuição muito irregular no tempo e no espaço, como já vem ocorrendo nos últimos meses. “Teremos vários dias consecutivos com tempo seco, veranicos e nevoeiros próprios da estação”, observa o meteorologista.

Do ponto de vista estritamente climático, permanece a dificuldade para recuperar e manter de forma sustentada os níveis dos rios no Interior do Estado.

CLIMATOLOGIA – No Paraná, o outono se caracteriza pela redução no volume de chuvas em relação ao verão, causado pelo deslocamento de massas de ar frio e seco. A direção predominante do vento médio do Sul para o Norte do continente favorece a entrada de sistemas de alta pressão atmosférica.

Também aumenta o intervalo entre as chuvas, associado à passagem das frentes frias. Maio costuma ser o mês mais chuvoso da estação. Os maiores volumes costumam ocorrer nas regiões Sudoeste e Oeste. Já os menores são registrados no Norte.

Ao longo da estação, as massas de ar frio e seco provenientes da Antártica ou do sul da América do Sul avançam em direção ao Paraná, causando a redução das temperaturas e períodos frios. Os valores médios mais baixos ocorrem habitualmente na Região Metropolitana de Curitiba, no Centro e no Sul.

No site www.simepar.br estão disponíveis informações atualizadas sobre as condições do tempo no quadro “Palavra do Meteorologista”. É possível consultar a previsão do tempo para até 15 dias por município e por região. Também podem ser visualizadas imagens de satélite, radar, raios, modelo numérico e telemetria (temperaturas e chuvas).

AGROMETEOROLOGIA – O outono começa com indicação de alerta na lavoura. As hortaliças em geral devem ser protegidas em caso de previsão de geada por serem extremamente sensíveis às baixas temperaturas.

Já a cultura do trigo deve se desenvolver normalmente por ser bastante tolerante a veranicos e ao frio intenso. A manutenção da massa verde das pastagens pode ser afetada, com dificuldades na alimentação do gado e outros animais.

“O cenário é preocupante para as culturas do milho e do feijão de segundas safras, bem como do café, que podem ter sua produtividade reduzida por geada ou estiagem”, aponta a agrometeorologista e pesquisadora do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR Paraná), Heverly Morais.

ALERTA GEADA – A partir da primeira semana de maio, o Simepar, em parceria com o IDR-Paraná, emite as previsões de geada para todas as regiões do Estado por categorias de intensidade – fraca, moderada ou forte – com antecedência de 72, 48 e 24 horas. Mensagens do Alerta Geada são disseminadas por celular e e-mail para usuários cadastrados, bem como nas redes sociais e veículos de comunicação.

Confira as médias mensais históricas da faixa de variação da chuva, temperaturas mínimas e máximas por região do Paraná nos meses do outono:

Outono começa neste domingo parcialmente nublado e com pancadas de chuva na maior parte do Paraná

Confira perguntas e respostas sobre o novo decreto do uso de máscaras no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta quarta-feira (16) a lei que derrubou a obrigatoriedade do uso de máscaras no Paraná. Logo após a sanção, o Governo do Estado publicou um decreto com detalhes sobre os locais onde o uso pode ser flexibilizado e as situações em que ainda é necessário utilizar o equipamento de proteção. Segundo o texto, o uso em espaços ao ar livre será opcional, enquanto em locais fechados (eventos, transporte público, trabalho ou comércio) será obrigatório.

A liberação também vale para crianças menores de 12 anos, a critério dos pais, em espaços abertos ou fechados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não impõe a obrigação nessa faixa de idade, mas recomenda o uso. A Secretaria de Estado da Saúde vai emitir algumas resoluções para regulamentar as regras de uso em alguns espaços públicos.

Para esclarecer alguns tópicos, a Agência Estadual de Notícias preparou um guia com perguntas e respostas.

Havia uma lei que obrigava o uso de máscaras no Paraná?

O uso de máscaras era obrigatório no Estado desde 28 de abril de 2020. Na ocasião, o Paraná registrava 1.186 casos confirmados e 75 óbitos por Covid-19. O texto, proposto por deputados estaduais, determinava que a população usasse máscaras em espaços abertos ao público ou de uso coletivo, como ruas, parques e praças, estabelecimentos comerciais, industriais e bancários, repartições públicas, assim como no transporte público de passageiros (ônibus, trens, aviões, taxis e aplicativos de transporte) e onde houvesse aglomeração de pessoas.

O que mudou agora?

A lei que instituía a obrigatoriedade perdeu a validade. A partir de agora, as decisões acerca do uso de máscaras serão do Poder Executivo, sob orientação da Secretaria de Estado da Saúde, o que torna as regras mais dinâmicas, de acordo com os cenários que se apresentarem.

Por que mudou?

Dois anos após o início da pandemia o cenário é outro. No Paraná, quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa e mais de 3,7 milhões de pessoas receberam a dose de reforço. Mais de 50% das crianças de 5 a 11 anos também já receberam a primeira dose. Houve, ainda, redução no número de mortes e de casos mais graves da doença após o pico da Ômicron, no começo do ano. A média móvel de casos caiu 58% em relação há duas semanas e a média de mortes diminuiu 51% no mesmo período. A ocupação nas UTIs está em 36% e a taxa de transmissão é de 0,92, abaixo de 1, com tendência de queda. A decisão também acompanha a determinação de outros estados e países.

O que diz esse novo decreto?

O uso de máscaras em espaços ao ar livre é opcional, enquanto em locais fechados (eventos, transporte público, trabalho ou comércio) o uso será obrigatório. Essa decisão é própria de cada indivíduo.

A liberação também vale para crianças menores de 12 anos, a critério dos pais ou responsáveis, em espaços abertos ou fechados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não impõe a obrigação nessa faixa de idade, mas recomenda o uso.

Haverá outras regras?

Sim. Segundo o Decreto, a Secretaria de Estado da Saúde emitirá uma Resolução ainda nesta semana para embasar o comportamento sobre o uso de máscaras em locais fechados, além de disposições gerais sobre o novo cenário da pandemia.

A ideia é especificar detalhadamente como deve ser tratada a circulação de pessoas em espaços fechados, como comércios, escolas, unidades de saúde e templos religiosos.

O texto vai deixar mais claro o que é ambiente interno ou externo; abordará o regramento para unidades de saúde; e recomendará o uso de máscaras em espaços abertos com muitas pessoas, como shows e jogos de futebol, e para imunossuprimidos (incluídos os idosos) – nesse caso, a opção também será individual.

Como essa regra será aplicada nas cidades diante de outros decretos e leis municipais?

O Decreto do Estado tem validade em todo o território do Paraná, é a nova “norma geral”. No entanto, se algum município tiver lei que impõe o uso de máscaras, essa é a orientação que deve ser seguida naquele local. Os municípios também podem ter decretos mais restritivos que o do Governo do Estado, com algumas alterações, e eles devem ser respeitados pela população daquela cidade. Desde o começo da pandemia, a orientação geral é que deve ser seguida a norma mais restritiva, enquadradas as realidades locais.

Por que as máscaras são importantes?

As máscaras são importantes porque a Covid-19, doença causada pelo coronavírus SARS-Cov-2, é transmitida por meio do contato com pequenas gotículas que contêm o vírus e são expelidas por pessoas infectadas. Elas entram em contato com as vias aéreas. Portanto, o uso de máscaras é importante como medida de proteção individual e da comunidade. Elas funcionam como uma barreira física.

Além do uso de máscaras, algumas recomendações não perderam a validade: higienização constante das mãos, distanciamento social (quando possível), acompanhar o calendário de vacinação (inclusive com a dose de reforço) e manter os espaços internos arejados.

Governador sanciona lei que flexibiliza uso de máscaras; decreto libera uso em espaços abertos

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta quarta-feira (16) a lei ( 20.971/2022 ) que derrubou a obrigatoriedade do uso de máscaras no Paraná. A proposta foi encaminhada pelo Executivo à Assembleia Legislativa na semana passada e, após ser apreciada nas comissões de Constituição e Justiça e de Saúde, foi aprovada pelos deputados em dois turnos de votação.

Logo após a sanção, o Governo do Estado publicou um decreto ( 10.530/2022 ) com detalhes sobre os locais onde o uso pode ser flexibilizado e as situações em que ainda é necessário utilizar o equipamento de proteção. Segundo o texto, o uso em espaços ao ar livre será opcional a partir desta quinta-feira (17), enquanto em locais fechados (eventos, transporte público, trabalho ou comércio) o uso será obrigatório.

A liberação também vale para crianças menores de 12 anos, a critério dos pais, em espaços abertos ou fechados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não impõe a obrigação nessa faixa de idade, mas recomenda o uso. A Secretaria de Estado da Saúde vai emitir algumas resoluções para regulamentar as regras de uso em alguns espaços públicos.

O uso de máscaras era obrigatório no Estado desde 28 de abril de 2020. A mudança conta com aprovação do comitê científico da Secretaria de Estado da Saúde e leva em consideração o controle no quadro epidemiológico, com baixo índice de ocupação dos leitos exclusivos para a Covid-19, ampla vacinação dos paranaenses e manutenção do quadro de estabilidade do cenário após o Carnaval.

“Quase dois anos após a implementação da lei podemos fazer essa mudança, deixando o uso de máscara como opcional nos espaços abertos e alterando as regras para as nossas crianças, que estão sendo imunizadas. As máscaras foram um instrumento fundamental ao longo da pandemia e a adesão no Paraná sempre foi espontânea, demos exemplo no cuidado com os outros”, disse Ratinho Junior.

“Mesmo com a mudança, as estratégias de testagem e monitoramento da doença seguem no mesmo ritmo. E também orientamos a procura pela vacinação”, acrescentou.

No Paraná, quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa e mais de 3,7 milhões de pessoas receberam a dose de reforço. Também houve redução no número de mortes e de casos mais graves da doença. A média móvel de casos caiu 58% em relação há duas semanas e a média de mortes diminuiu 51% no mesmo período. A ocupação nas UTIs está em 36% e a taxa de transmissão é de 0,92, abaixo de 1, com tendência de queda.

SINTOMAS – Segundo o decreto, é obrigatório o uso de máscaras em locais abertos ou fechados para indivíduos com sintomas de Covid-19.