Busca Categoria

Estado PR- Pág 15

Programa Voe Paraná ajuda turistas a conhecer atrativos em todas as regiões do Estado

482 views
13 mins leitura

O número de aeroportos com operações regulares passou de seis, em 2018, para 20 em janeiro deste ano. É o maior programa de aviação regional do País.

Programando uma viagem no feriado, mas com um roteiro alternativo? Uma boa pedida é procurar destinos fora da rota turística clássica no Paraná. E essa alternativa passa pelas conexões aéreas implementadas com o Voe Paraná, que conecta Curitiba a cidades do Interior, no maior programa de aviação regional do País.

Os municípios de Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio, União da Vitória e Umuarama recebem voos vindos da Capital e contam com uma série de atrativos turísticos alternativos. As operações são realizadas de três a quatro vezes por semana, feitas com o Cessna Gran Caravan, modelo utilizado pela Azul Conecta, com capacidade para nove clientes.

Além disso, há voos regulares da Capital para Toledo, Guarapuava, Pato Branco, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. O Voe Paraná mudou o cenário aeroportuário do Estado. O número de aeroportos com operações regulares passou de seis, em 2018, para 20 em janeiro deste ano. O Paraná também recebe voos de várias capitais brasileiros e da Argentina.

A concretização destas operações se deve a uma política de estímulo do Governo do Estado a esses voos e de investimentos para as prefeituras modernizarem os aeroportos locais. “É o maior programa de aviação regional do País, conectando cidades de médio porte a qualquer canto do mundo. As companhias são parcerias dessa ideia e um feriado prolongado é uma boa chance de conhecer lugares novos de uma maneira simplificada”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Confira alguns atrativos turísticos perto das cidades do Voe Paraná:

CENTRO-OESTE – Um dos destinos do Voe Paraná é Campo Mourão, no Centro-Oeste do Estado, com chegada e saída às terças, quintas e sábados. Para quem tem a oportunidade de estender o passeio, a dica é as Termas de Jurema, localizado em Iretama, a cerca de 55 quilômetros da cidade.

O município conta ainda com vários atrativos voltados ao turismo de águas, como o Parque do Lago, ideal para a prática de esportes, caminhadas pela mata, passeios de pedalinho ou caiaque no lago. Mais um local ideal também para o turismo aquático, pesca e passeios é a Represa Mourão.

NOROESTE – Há também voos para Paranavaí, no Noroeste, às terças e quintas. A cerca de 100 quilômetros da cidade está um dos atrativos turísticos mais visitados do Paraná: a cidade de Porto Rico, que conta com aproximadamente 28 quilômetros de margem do Rio Paraná, o segundo maior da América do Sul. Famosa pelas praias de água doce, com destaque para a de Santa Rosa, a do Porto de São José e a Ilha Mineira, a área é ideal para a prática de esportes aquáticos e passeios de barco.

A Azul ainda tem voos para cidades como Umuarama, às terças, quintas e sábados, onde há parques com espaços para lazer em meio a natureza e cachoeiras para quem gosta de fazer trilhas, além de uma réplica da Torre Eiffel, muito visitada.

Outro destino na região é Cianorte, com voos às segundas, quartas e sextas. A cidade tem uma das maiores florestas urbanas do país, com 523 hectares, e oferece espaços para trilhas e caminhadas, além de cachoeiras e rios na área rural. Entre os destaques está a Trilha das Perobas, com mais de 30 exemplares da espécie, sendo algumas delas centenárias.

OESTE – Outro destino é Guaíra, com voos às segundas, quartas e sextas. A cidade é propícia para a pesca e a prática de esportes aquáticos, como wakeboard, caiaque e remo. Além disso, há também o Parque Nacional de Ilha Grande, uma das maiores áreas de preservação ambiental do Paraná, unindo em seu ecossistema o cerrado e o pantanal. Aberto todos os dias para visitação, o turista pode navegar e nadar nas margens do Rio Paraná.

O Oeste também tem o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, que dispensa apresentações: é uma das sete maravilhas da natureza.

CAMPOS GERAIS e VALE DO IVAÍ – Nos Campos Gerais, o destino é Telêmaco Borba, com voos às segundas, quartas e sextas. O destaque na cidade é o bonde aéreo sobre o Rio Tibagi, com um vão livre de 1.318 metros e 76 metros de altura. Outro destino é Apucarana, no Vale do Ivaí, com voos às terças e quintas. A dica na cidade é visitar a vinícola com vista privilegiada para as montanhas. Ponta Grossa, com Vila Velha, e Maringá, a cidade canção, são outras atrações próximas a essas cidades.

NORTE – Na região Norte, o destino é Arapongas, com voos às segundas, quartas e sextas, onde o foco é o turismo religioso, que envolve visitação em igrejas e rotas de peregrinação. A cidade também conta com feiras gastronômicas. Outra cidade da região com voos disponíveis é Cornélio Procópio, às terças e quintas.

SUDOESTE – No Sudoeste, estão disponíveis voos para Francisco Beltrão e Pato Branco, com roteiros que permitem o contato com a natureza, degustação de vinhos.

SUL – Outra cidade que conta com opções de turismo religioso é União da Vitória, onde está localizada a segunda maior estátua do Sagrado Coração de Jesus do Brasil, além de oferecer passeios para quem quer mergulhar na história local. O destino tem voos às terças e quintas. O local ainda é forte pelo turismo ferroviário: é possível passear de maria-fumaça e visitar uma estação ferroviária que conta um pouco da história da Guerra do Contestado.

Conheça outros atrativos turísticos do Estado:

CATARATAS – Foz do Iguaçu, no extremo Oeste do Estado, é um dos destinos turísticos mais importantes do Brasil e o mais visitado por estrangeiros do Paraná. O principal cartão postal da cidade é as Cataratas do Iguaçu, um complexo de 275 quedas que se estendem por quase cinco quilômetros do Rio Iguaçu. A cidade também abriga a Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo em geração de energia, o Parque das Aves, o Marco das 3 Fronteiras e outros atrativos.

VILA VELHA – Para quem deseja aproveitar o contato com a natureza no feriado prolongado de Corpus Christi, o Parque Vila Velha, localizado a apenas 90 km de Curitiba, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, é uma ótima opção. O local funcionará em horário normal para atender aos visitantes durante os quatro dias de feriado com atrações como o circuito de Arvorismo, a descida na Tirolesa, o passeio de cicloturismo, além de todas as belezas naturais.

GUARTELÁ – O Cânion Guartelá fica nos Campos Gerais, entre os municípios de Castro e Tibagi. Entre seus principais atrativos estão o Cânion do Rio Iapó, a Cachoeira da Ponte de Pedra e os Panelões do Sumidouro, além de trilhas em meio a natureza.

SALTO SÃO JOÃO – Prudentópolis, na região Centro-Sul, tem uma das quedas d’água mais visitadas do Sul do país: o Salto São João tem 86 metros e conta com dois mirantes, um deles com trilha aberta e sinalizada, com vista para a cabeceira do Salto.

RIBEIRÃO CLARO – A região de Ribeirão Claro, localizada no Norte Pioneiro, é marcada pela produção de café de qualidade. Além disso, há atrativos turísticos como a Represa de Chavantes, balneários, cachoeiras e morros. Angra Doce, um dos principais destinos do Estado, fica na região.

CURITIBA – Curitiba, a Capital, tem diversos atrativos turísticos, que passam por museus, parques, centros comerciais, bares e restaurantes.

LONDRINA – Localizada no Norte, Londrina é uma das cidades paranaenses categorizadas como um dos principais destinos do Estado pelo Ministério do Turismo. É muito conhecida por seus atrativos, como os parques Arthur Thomas e Jardim Botânico, o Lago Igapó e a Mata dos Godoy, além de monumentos como o Museu de Arte, o Museu Histórico de Londrina e a Catedral Metropolitana.

MARINGÁ – A cidade canção é uma das poucas do Brasil que consegue conciliar crescimento populacional e preservação ambiental. Um dos destaques é a arborização, além de parques e bosques ricos em flora e fauna. Além disso, Maringá tem folclore e centros culturais de diversos povos, que mantêm vivas suas tradições. Entre os atrativos turísticos, os mais visitados são a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, o Parque do Ingá e o Parque do Japão.

Estado atua em conjunto com associações dos municípios para implementação da Agenda 2030

382 views
11 mins leitura

Por meio de uma parceria entre o Governo do Estado e as associações municipais e regionais do Paraná, estão sendo desenvolvidas uma série de ações para acelerar a implementação da Agenda 2030 em todas as cidades do Paraná.

O Governo do Estado tem trabalhado em conjunto com as associações municipais e regionais do Estado, desenvolvendo uma série de ações para acelerar a implementação da Agenda 2030 em todas as cidades do Paraná. Uma das primeiras foi a criação da Estratégia Paraná de Olho nos ODS, que tem como objetivo desenvolver capacidades, no setor público, visando o planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável do Estado.

“O Paraná já é exemplo mundial no desenvolvimento sustentável, mas é fundamental que o Estado continue com novas ações para fomentar essas iniciativas diretamente com os municípios”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior, presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (CEDES). Ele lembrou que, a nível estadual, os ODS também foram incorporados no Plano Plurianual, documento que orienta a execução orçamentária.

Entre os objetivos da Estratégia, coordenada pela Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Social (SGDES), está o desenvolvimento de um diagnóstico municipal. Logo no início das ações foi desenvolvido um termo de compromisso para que os municípios aderissem aos ODS. Das 399 cidades do Estado, 392 já assinaram o documento.

A adesão possibilita, no aspecto econômico, o planejamento urbano integrado e a execução orçamentária, proporcionando previsibilidade, redução de desperdícios, ganhos de produtividade e economia, além do acesso a um relatório com um conjunto de indicadores dos ODS adequados aos municípios paranaenses. Com uma gestão planejada e alinhada com as agendas urbanas de desenvolvimento sustentável, cria-se a oportunidade de acesso a recursos públicos ou privados ou de organismos nacionais e internacionais.

Um termo similar também foi elaborado para estabelecer um compromisso entre o Governo do Estado e as 19 associações regionais de municípios do Paraná. Destas, 17 já assinaram, entre elas, as associações dos municípios do Litoral do Paraná (AMLIPA); da Região Metropolitana de Curitiba (ASSOMEC); do Suleste do Paraná (AMSULEP); dos Campos Gerais (AMCG); do Norte Pioneiro (AMUNORPI); do Norte do Paraná (AMUNOP); do Médio Paranapanema (AMEPAR); do Vale do Ivaí (AMUVI); do Setentrião Paranaense (AMUSEP); do Noroeste do Paraná (AMUNPAR); de Entre Rios (AMERIOS); de Campo Mourão (COMCAM); do Oeste do Paraná (AMOP); do Sul Paranaense (AMSULPAR); do Sudoeste do Paraná (AMSOP); do Centro Sul do Paraná (AMCESPAR) e dos municípios do Centro do Paraná (AMOCENTRO).

DIAGNÓSTICO – Outra ação em conjunto com as associações é a assinatura da Carta Compromisso Executivo, formalizada com o Cidades Sustentáveis. Nesse caso o Estado atua como elo entre o programa e os municípios. Trata-se de um documento em que os representantes das regiões assumem o compromisso de produzir um Diagnóstico do Município, cujos resultados servirão de referência para a consolidação de metas.

O documento deve trazer soluções como um Mapa de Desigualdade da Cidade; a criação de comissão para os ODS; a implementação dos princípios da Lei de Acesso à Informação, fortalecendo a transparência e a prestação de contas à sociedade; o combate a corrupção; a utilização de ferramentas e conteúdos disponibilizados pela Plataforma do Programa Cidades Sustentáveis e pelo Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis e adesão ao Pacto de Prefeitos pelo Clima e a Energia

“Essa cooperação é justamente para ampliar a sensibilização que o Estado do Paraná vem implantando junto aos municípios em relação a Agenda 2030. Já foram desenvolvidos vários trabalhos ligados aos objetivos de desenvolvimento sustentável. A Celepar desenvolveu um BI que resulta em um relatório intitulado Missão ODS, com indicadores para cada município do Estado, atualizado a cada seis meses”, destacou a Superintendente Geral de Desenvolvimento Econômico e Social, Keli Guimarães.

A plataforma a que ela se refere é chamada de Missão ODS – Indicadores Municipais e foi criada para mapear, acompanhar e monitorar as metas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), servindo como um dos instrumentos para orientar os gestores estaduais e municipais na elaboração de políticas públicas que atendam a Agenda 2030.

Para auxiliar no acompanhamento das ações municipais, a Celepar também desenvolveu o portal Boas Práticas ODS, que permite a publicação de iniciativas individuais e coletivas, com a descrição de qual objetivo elas contemplam. Há espaço para fotos, vídeos e um mensurador do impacto social daquele projeto. Também é possível navegar pelos 17 compromissos assumidos pelo Paraná e pelo País e ver como as iniciativas estão sendo implementadas em todas as regiões do Estado.

Vale registrar ainda, entre outros instrumentos, o SEDU/Paranacidade Interativo, que através da internet, com acesso livre, oferece informações para contribuir na definição de prioridades de investimentos, melhoria na oferta de serviços públicos, tributação, patrimônio, mobilidade e acessibilidade urbana, meio ambiente, dentre outros, além da Campanha de Sensibilização sobre a Agenda 2030 que pode ser desenvolvida por qualquer instituição junto aos seus colaboradores, através de mensagens eletrônicas ou grupos de WhatsApp, e baixada AQUI.

PIONEIRO – Outro destaque entre as ações conjuntas entre o Governo do Estado e as associações regionais é o Projeto de Fortalecimento da Rede Estratégia ODS, com apoio do Programa Cidades Sustentáveis. O Paraná é o primeiro estado do Brasil a integrar um programa de aceleração do desenvolvimento sustentável que engloba seus 399 municípios. A iniciativa tem como objetivo auxiliar os municípios a identificarem desafios e resolverem problemas em prol da qualidade de vida de seus cidadãos, criando novas estratégias para atingir as metas da Agenda 2030.

O projeto é coordenado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Programa Cidades Sustentáveis, Fundação Abrinq e Agenda Pública, e financiado pela União Europeia. No Paraná, essa cooperação contempla cinco atores, articulados pelo Cedes. Além do conselho, integram a ação o Programa Cidades Sustentáveis, a FNP, a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedu), através do Paranacidade.

“Por meio desta articulação, estamos acelerando a implantação das metas, propiciando a geração de mais desenvolvimento econômico e social aos nossos municípios. Esta aliança tem gerado muitos benefícios à população do nosso Estado”, destacou o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Jesuítas, Júnior Weiller.

ODS – Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável compõem a Agenda 2030 – uma agenda de desenvolvimento proposta pela ONU em 2015 para guiar boas práticas dos países para os próximos 15 anos. Ela integra 17 objetivos, entre eles a erradicação da pobreza, igualdade de gênero, energia renovável, educação de qualidade e crescimento econômico. A proposta é que sociedade, empresas, academia e governo atuem juntos para cumprir os objetivos.

Com temperatura de até -3,9°C, Simepar registra madrugada mais fria do ano em 44 cidades

419 views
3 mins leitura

As mínimas abaixo de zero também chegaram a General Carneiro (-3,9°C), Guarapuava (-2,5°C), Pinhão (-1,5°C), Pato Branco (-1°C), Ponta Grossa (-0,9°C), Lapa (-0,2°C), Francisco Beltrão (-0,1°C), Cascavel (-0,1°C).

As baixas temperaturas do sábado (11) deram as caras novamente na madrugada deste domingo (12), com direito a registro de -3,9°C em General Carneiro e -1,5°C em Pinhão, na região Sul do Estado, e -2,5°C em Guarapuava, no Centro-Sul, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

De acordo com os registros do órgão, 44 estações meteorológicas registraram as temperaturas mais frias do ano, superando a onda de frio do fim de maio. As mínimas abaixo de zero também chegaram a Pato Branco (-1°C), Ponta Grossa (-0,9°C), Lapa (-0,2°C), Francisco Beltrão (-0,1°C), Cascavel (-0,1°C).

Um pouco acima disso ficaram Palotina (0,6°C), Laranjeiras do Sul (0,6°C), Irati (0,4°C), Foz do Iguaçu (0,4°C), Fazenda Rio Grande (0,4°C) e Colombo (0,4°C). Na faixa de 1°C estiveram Capanema (1°C) e Capitão Leônidas Marques (1,6°C).

“Essa massa polar atua desde o final da semana em toda a região Sul e tivemos o dia mais frio do ano em praticamente todo o Estado, com exceção do Norte Pioneiro, onde o pico foi em maio. O destaque foi para a formação de geadas e frio muito intenso no Sul, Sudoeste e até Oeste do Paraná”, explica Samuel Braum, meteorologista do Simepar.

E, segundo ele, a trégua ainda vai demorar. “Esse frio intenso segue na segunda-feira novamente, com valores baixos e possibilidade de geada”, completa.

No Paraná, apenas as estações de Apucarana, Londrina, Cornélio Procópio, Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Santo Antônio da Platina, Cambará, Joaquim Távora, Ventania, Nova Fátima e Japira não registraram frio tão intenso quando o mês de maio. Mesmo assim nesses locais a temperatura variou de 1,6°C em Telêmaco Borba a 6,8°C em Cornélio Procópio.

Veja o mapa das temperaturas mais frias do ano:

Frio

Paraná lança um Manual de Planejamento de Rotas Cicloturísticas

379 views
12 mins leitura

O Governo do Estado do Paraná lançou na semana passada um Manual de Planejamento de Rotas Cicloturísticas, elaborado pela Paraná Projetos e o Programa Paranaense de Ciclomobilidade (Cicloparaná). A ideia é fomentar o cicloturismo no Estado e ajudar os municípios no processo de planejamento. O lançamento ocorreu no I Encontro Paranaense sobre Rotas Cicloturísticas, em Curitiba, em alusão ao Dia Mundial da Bicicleta.

De acordo com levantamento feito em 2020 pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, 50 municípios paranaenses contam com algum caminho que une turismo, bicicleta e meio ambiente. O Estado possui algumas rotas bem consolidadas, como o Circuito Pé Vermelho, na região de Londrina; a rota da Caiçara, que será oficializada como rota cicloturística; e a Estrada da Graciosa, que ainda não foi sinalizada, mas já é utilizada em passeios. Ou seja, há margem para crescer ainda mais.

“Esse manual é destinado a prefeituras, técnicos municipais, estudantes, cicloativistas e a todos que atuarão no planejamento de uma rota cicloturística, servindo tanto para o setor público como para o setor privado”, destaca Marta Takahashi, gerente de Planejamento da Paraná Projetos.

Segundo o Ministério do Turismo, o cicloturismo é reconhecido como uma atividade que faz parte do turismo de aventura em vias convencionais e não convencionais. Em 2014, último dado disponível, era a principal motivação de viagem de 450 mil estrangeiros que visitaram o Brasil. De acordo com o manual, diante desse quadro, o cicloturismo é fundamental para contribuir com a geração de novos fluxos de visitantes, motivados pela temática da proposta, pelos aspectos culturais e ambientais do território, mas também pela infraestrutura ofertada.

O perfil geral do cicloturista leva em consideração uma média de 4 e 7 dias de viagem, pedalando entre 50 a 75 km por dia. Quase 50% gasta até R$ 250 por dia e mais de 90% organiza a sua rotina de forma autônoma.

De acordo com o diretor-geral do Detran e presidente do Conselho Paranaense de Ciclomobilidade (Conciclo), Adriano Furtado, o Estado tem ajudado a liderar o debate de trânsito com os municípios para a implementação de educação no trânsito e formas sustentáveis de deslocamento e integração dos modais, o que necessariamente passa pela bicicleta.

“Quando se apresenta ao prefeito um manual bem estruturado, isso traz uma segurança e mostra o caminho para organizar uma rota cicloturística com o esforço para prestigiar os talentos locais e entendendo que podemos extrair um nicho de negócio importante para a economia”, comentou.

Entre os temas debatidos estiveram a viabilidade técnica e a infraestrutura necessária para desenvolver o segmento, além de informações para subsidiar futuros projetos técnicos sobre a atividade.

Outro fator levantado no evento foi a pandemia. De acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), o aumento das vendas de bicicletas no Brasil durante a emergência em saúde pública foi de 118%. A busca pelo contato com a natureza fez com que a atividade evoluísse, tanto da parte da oferta (instituições e prefeituras que priorizaram rotas cicloturísticas) quanto da demanda (turistas que começaram a voltar seus interesses ao cicloturismo).

“O cicloturismo foi um dos setores que puxaram a retomada econômica no pós-pandemia, mostrando novas tendências de destinos turísticos e potencializando cidades. Dessa forma, ele também contribui para a geração de emprego e renda”, acrescentou o diretor-presidente da Paraná Turismo, Irapuan Cortes.

O evento foi uma realização do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), Paraná Projetos/Secretaria de Estado de Planejamento e Projetos Estruturantes (SEPL), Ciclovida/Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paraná Turismo/Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Celepar, Câmara Técnica de Saúde e Esporte e Cicloturismo/Conciclo.

O Primeiro Circuito de Cicloturismo Interestadual do sul do Brasil

A Região de Porto União e União da Vitória está trabalhando para ter um trajeto de cicloturismo, o primeiro interestadual do sul do País.

A instalação das placas do projeto Cicloturismo foram instaladas pela Prefeitura de União da Vitória no ano passado, numa parceria com a Associação de Turismo e Meio Ambiente (Atema) que tem como objetivo fazer com que os ciclistas tenham um trajeto para ser percorrido e conhecer as belezas de União da Vitória, que passará ainda pelas cidades de Porto União; Porto Vitória; General Carneiro; Matos Costa; Bituruna e Irineópolis

Este circuito está em fase de implantação, ou seja, ainda não foram instaladas as placas de navegação ao longo do percurso. É de vital importância que o mapeamento seja feito através de GPS utilizando os mapas presentes no site.

São 378 quilômetros de lindas paisagens divididas em 7 trechos exclusivos, passando por cachoeiras, vales e locais cheios de história. Ao longo do caminho a presença de balsas, pontes e passarelas fazem com que o percurso seja ainda mais emocionante. Venha pedalar por nossas lindas paisagens, e leve pra casa momentos inesquecíveis.

A primeira placa a ser instalada ocorreu na frente da rodoviária da cidade na divisa com o município de Porto União. Os ciclistas ao fazer o percurso poderão conhecer os pontos turísticos na área central e terminando o trajeto na região do Rio dos Banhados, onde ficam as cachoeiras. Vale destacar que na região do Rio dos Banhados a empresa que venceu o processo licitatório já está fazendo o portal turístico com as devidas sinalizações para o passeio na região das cachoeiras.

Na época o prefeito de União da Vitória Bachir Abbas, falou sobre a importância das placas e lembrou de uma pessoa que sempre foi um idealizador pelo Cicloturismo nas cidades irmãs. “Importante este projeto e da boa parceria que temos junto com a Atema, Território Iguaçu e Associação Comercial em prol do turismo de União da Vitória. Sabemos que depois da pandemia o turismo regional será o forte e nós estamos trabalhando para isso. Quero aqui destacar o serviço do Cicloturismo e tenho que lembrar de uma pessoa que sempre foi um batalhador nesta área que foi o Eliéser Lourenzzetti do Senac de Porto União, que infelizmente nos deixou fazendo o que mais gostava que era o ciclismo, mas o sonho dele está virando realidade com a instalação das placas que vai fomentar o nosso turismo”, destacou Bachir Abbas.

O Circuito Interestadual de Cicloturismo do Vale do Iguaçu, é a mais longa rota de cicloturismo e a única interestadual do sul do Brasil que passa por seis municípios: Porto Vitória, União da Vitória, Bituruna, General Carneiro cidades estra no Estado do Paraná e Porto União e Irineópolis que fica em Santa Catarina.

A Presidente da Atema, Daiane Scolaro, esteve na Câmara de Vereadores de União da Vitória em 2021 onde apresentou os projetos de turismo para a região, entre eles o cicloturismo.

“Criada em 2014 através do Conselho Municipal de Turismo devido a necessidade de ter uma entidade formalizada para realizar os trabalhos de turismo, “Não só no município como Porto União da Vitória, mas também em toda a nossa região. Atualmente ela conta com 28 associados e estamos iniciando um trabalho para ampliar esse número de associados, disse a Presidente da Atema.

“É um projeto que envolve sete municípios: são três em Santa Catarina (Porto União, Irineópolis e Matos Costa) e quatro no Paraná (General Carneiro; Bituruna; Porto Vitória e União da Vitória). Esse projeto ainda está na fase de instalação de placas de sinalização do circuito. Nós temos três municípios que já instalaram, dois que estão em fase de licitação e um que tá na fase de elaboração de projeto para licitar”, explica.

Passada essa fase de instalação das placas inicia a parte de capacitação de todas as empresas, empreendimentos e pessoas que estarão ligadas ao roteiro para poderem alimentar um site onde vai ter todas as informações desse roteiro para comercialização. “Esse é um roteiro interestadual que é para ser um dos maiores do Sul do Brasil com aproximadamente 400 km”, completa.

O Circuito de Cicloturismo Interestadual Vale do Iguaçu foi traçado com o intuito de oferecer experiências únicas, ligando a história com os dias atuais, levando a lugares singulares com segurança, satisfação e carinho por você!

Para conhecer mais sobre o Cicloturismo acesse o site: https://www.cicloturismovaledoiguacu.com.br/

Para celebrar o Dia da Araucária, Lei aprovada em 2020 na Alep define regras para o estímulo, plantio e exploração da araucária

816 views
15 mins leitura

A Lei estadual 18.477/2015 instituiu o dia 7 de junho como o Dia da Araucária, data que passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná. A homenagem é apenas um dos instrumentos criados pela Assembleia Legislativa do Paraná para garantir a preservação da espécie, umas das mais ameaçadas de extinção na flora brasileira. Outro destaque é a Lei 20.223/2020, que define regras para o estímulo, plantio e exploração da araucária.

De acordo com a legislação, o direito de explorar direta e indiretamente a espécie é garantindo exclusivamente àquele que plantar na modalidade “plantação de Araucaria angustifolia”, definida como povoamento com finalidade comercial. Para tanto, é preciso respeitar o espaçamento regular entre indivíduos. Além disso, as plantações devem ser realizadas fora dos remanescentes naturais nativos, das Reservas Legais, das Áreas de Preservação Permanente e demais áreas protegidas.

De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a Araucária Angustifólia está em perigo. Já segundo um estudo da Universidade de Reading, no Reino Unido, a espécie poderia ser extinta em cerca de 50 anos. Atualmente, restam apenas de 1% a 3% da extensão original da Floresta das Araucárias, que cobria um território estimado em 20 milhões de hectares. Por isso, a Lei, de autoria do primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), do deputado Emerson Bacil (União) e do ex-deputado Hussein Bakri (PSD), é considerada tão importante.

Na época da aprovação, a matéria foi tida como um avanço para a área ambiental. “Além da madeira, a exploração vai permitir a utilização de seus subprodutos. Isso vai ser importante como atividade econômica. O Paraná vai poder plantar e explorar a araucária com segurança jurídica”, disse o deputado Romanelli.

Para o professor Flávio Zanetti, pesquisador do setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e estudioso da Araucária Angustifólia, a legislação representa um grande passo para a conservação da espécie. “A araucária agora tem uma política pública de renovação para sua perpetuação. Depois de muito tempo de prática extrativista, agora vamos plantar a araucária e depois colhê-la. Além de nos dar alimento, ela nos dá uma madeira fantástica. Este é o grande significado da Lei aprovada pela Assembleia”, destacou.

Outros projetos que ainda tramitam na Assembleia Legislativa também buscam a proteção da araucária. O projeto de lei 876/2019 institui a Política Estadual de incentivo à cultura e à cadeira produtiva do pinhão. De acordo com o proponente, deputado Rodrigo Estacho (PSD), a política vai permitir a preservação da vegetação nativa de araucárias, auxiliando o desenvolvimento aprimoramento e execução de técnicas envolvidas na cadeia produtiva do pinhão.

Já o projeto de lei 537/2019 estabelece regras de proteção, manejo sustentável e instrumentos de compensação pela preservação da Mata das Araucárias. A medida visa garantir a conservação das árvores de araucária por meio do estímulo de seu uso adequado. O projeto também quer despertar a consciência de agricultores e consumidores para assegurar um ambiente equilibrado e conservado. É o que diz o autor da proposta, o deputado Emerson Bacil, na justificativa do projeto.

O deputado Bakri concorda. “O projeto permite a exploração comercial do pinhão e da madeira a quem plantar ou já tenha plantado araucária fora dos remanescentes naturais nativos, das Reservas Legais, das Áreas de Preservação Permanente e demais áreas protegidas. Era uma reivindicação de anos”, observou.

Ele lembrou uma fala do deputado Luciano Pizzatto, já falecido, que dizia “conservar é saber usar”. “Nesse caso específico da lei, tem muito disso. As pessoas às vezes não entendem que certas culturas, como a araucária, elas degeneram e se não aproveitadas e conduzidas como prevê a lei, elas morrem com a natureza. Essa lei é para estabelecer diretrizes, fortalecer esse plantio de modo organizado e estabelecer regras. Muito orgulho de colocar em prática esse projeto que foi sancionado pelo governador”

“A proposta tem o objetivo de fomentar a atividade econômica no Paraná e se aplica apenas aos pinheiros plantados para fins comerciais. Com isso permite a exploração comercial do pinhão e da madeira a quem plantar – ou já tenha plantado. Será obrigatório cadastrar a plantação junto aos órgãos ambientais estaduais, informando tipo e idade da plantação, espaçamento e número de mudas, e produto a ser explorado. A proposta prevê ainda o incentivo à formação de cooperativas de agricultores para o plantio de araucárias e o seu uso comercial, bem como à realização de atividades educacionais com os produtores sobre a importância de preservar os remanescentes naturais da espécie”, completou Hussein.

 

Diretrizes

A Lei 20.223/2020 prevê ainda que quem decidir plantar a araucária em imóveis rurais para exploração dos produtos e subprodutos madeireiros ou não, deverá realizar um cadastro da plantação no órgão ambiental estadual. A exploração deverá ser previamente declarada para fins de controle de origem, devendo a propriedade rural estar devidamente inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Para o cadastro de plantações de araucária em áreas rurais são necessárias algumas informações, entre elas “o perímetro da área da propriedade onde foi estabelecida a plantação de Araucaria angustifolia, com pontos georreferenciados”. Também são necessárias informações como “o tipo de plantio (puro ou em consórcios agroflorestais); idade ou ano da plantação; número de mudas plantadas e o tipo de produto a ser explorado”. A legislação prevê também a necessidade do cadastro das plantações ser realizado por responsável técnico habilitado em áreas de plantio superior a quatro módulos fiscais.

O texto determina que a exploração da araucária em imóveis urbanos é restrita a modalidade indireta, ficando o proprietário isento da necessidade de cadastro junto ao órgão ambiental estadual. Já o plantio para fins de exploração econômica na modalidade direta não poderá ocorrer em Áreas de Preservação Permanente (APPs), em Áreas de Reserva Legal e em áreas de remanescentes de vegetação nativa onde o desmatamento de vegetação nativa de Mata Atlântica tenha ocorrido de forma ilegal.

A Lei prevê também o incentivo à formação de cooperativas de agricultores para o plantio e exploração de plantação, assim como a educação do campo e ambiental dos agricultores sobre espécies em extinção e a importância da preservação dos remanescentes naturais. Também será incentivada a certificação florestal voluntária dos produtos madeireiros e não madeireiros gerados pela exploração.

Algumas informações são necessárias para o cadastro de plantações de araucária em áreas rurais, entre elas o perímetro da área da propriedade onde foi estabelecida a plantação de Araucária Angustifolia, com pontos georreferenciados. Também são necessárias informações sobre o plantio, como o tipo (puro ou em consórcios agroflorestais); idade ou ano da plantação; número de mudas plantadas e o tipo de produto a ser explorado. A lei prevê também a necessidade de um cadastro das plantações ser realizado por responsável técnico habilitado em áreas de plantio superior a quatro módulos fiscais.

 

O texto determina também que a exploração da araucária em imóveis urbanos é restrita a modalidade indireta, ficando o proprietário isento da necessidade de cadastro junto ao órgão ambiental estadual. Já o plantio para fins de exploração econômica na modalidade direta não poderá ocorrer em Áreas de Preservação Permanente (APPs), em Áreas de Reserva Legal e em áreas de remanescentes de vegetação nativa onde o desmatamento de vegetação nativa de Mata Atlântica tenha ocorrido de forma ilegal.

A Lei prevê ainda o incentivo à formação de cooperativas de agricultores para o plantio e exploração de plantação, assim como a educação do campo e ambiental dos agricultores sobre espécies em extinção e a importância da preservação dos remanescentes naturais. O objetivo também é incentivar a certificação florestal voluntária dos produtos madeireiros e não madeireiros gerados pela exploração.

Lei representa um avanço contra a extinção – Ano passado, assim que a lei foi sancionada, o professor Zanetti, ressaltou que a legislação representa um grande passo para a conservação da espécie. “Se não fosse esta Lei, em 100 anos poderíamos dar tchau para a araucária”, disse.

Ele lamenta o fato de os proprietários rurais arrancarem ou cortarem a araucária ainda pequena, para não perderem pedaço de terra produtiva, uma vez que, se a deixarem crescer, não poderão mais cortá-la. “A araucária agora tem uma política pública de renovação para sua perpetuação. Pelo menos no Paraná”, comemorou.

Segundo o professor Zanetti, a nova regra dá tranquilidade ao produtor rural. “A lei dá segurança jurídica a quem planta a araucária poder colher. Colher não só pinhão, mas colher a madeira também. Depois de muito tempo de prática extrativista, agora vamos plantar a araucária e depois colhê-la. Além de nos dar alimento, nos dá uma madeira fantástica. Este é o grande significado da lei aprovada pela Assembleia”, destacou.

 

Extinção

A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) classifica a Araucária Angustifólia como “criticamente em perigo”. Dentre a lista das dez espécies ameaçadas de extinção, ela foi a mais comercializada, representando 5,2% do volume total da madeira vendida. O alto valor da madeira extraída da árvore fez com que a população de Araucária angustifólia sofresse redução populacional muito severa ao longo dos anos, cerca de 80%.

Governo implanta escritórios nas universidades para auxiliar pequenos municípios com obras

560 views
6 mins leitura

Com um investimento de R$ 2,45 milhões, o objetivo é atender demandas de municípios de pequeno porte com menos de 30 mil habitantes, localizados nas regiões onde se localizam os câmpus das instituições de ensino superior, e que não dispõem de setores de projetos.

O Governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (6) o aporte de R$ 2,45 milhões para implantação de escritórios de projetos de engenharia nas universidades estaduais do Paraná, chamados de Projetek. O objetivo é atender demandas de municípios de pequeno porte com menos de 30 mil habitantes, localizados nas regiões onde se localizam os câmpus das instituições de ensino superior, e que não dispõem de setores de projetos.

Os recursos são oriundos do Fundo Paraná de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, gerido pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Conforme o edital, o montante será aplicado na adequação de espaços físicos e aquisição de equipamentos e no custeio de bolsas para estudantes e profissionais de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, que vão atuar nos escritórios acadêmicos.

A iniciativa tem amparo no Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Inovação para o Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni), que visa incentivar o desenvolvimento socioeconômico paranaense, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços.

As unidades do Projetek irão utilizar tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling ou Modelagem de Informações da Construção, em tradução livre), um conjunto de técnicas e processos, que possibilita a atuação simultânea e colaborativa das áreas envolvidas nos projetos de edificações e instalações.

DESAFIOS – No segmento de desenvolvimento urbano e obras públicas, alguns municípios enfrentam dificuldade para desenvolver projetos executivos de engenharia, o que acaba impactando negativamente na captação de recursos para o financiamento de empreendimentos nas áreas de educação, saúde, segurança, cultura e saneamento. A elaboração de bons projetos vai permitir a execução das obras em menor tempo, evitando gastos extras para os cofres públicos municipais.

Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, os escritórios acadêmicos representam um reforço do Estado para auxiliar os gestores públicos municipais em obras de infraestrutura urbana e predial. “A ideia é disponibilizar equipes especializadas para elaborar os projetos de construção civil e obras públicas, minimizando falhas de execução e seguindo as técnicas adequadas e as legislações vigentes”, afirmou.

Ele afirmou, ainda, que a ação vai ao encontro da orientação do governador Ratinho Júnior, no sentido de posicionar, cada vez mais, as universidades estaduais a serviço do desenvolvimento do Paraná. “Os escritórios contribuem para a qualificação de profissionais voltados ao atendimento das demandas do setor público, sob a orientação de professores experientes e renomados do quadro de docentes das universidades estaduais”, enfatizou.

O portfólio de serviços do Projetek abrange infraestrutura urbana e predial, incluindo drenagem e pavimentação de ruas, bem como projetos de empreendimentos voltados a serviços para a população, como creches, escolas e postos de saúde.

Para o diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, o Projetek vai incrementar a relação entre a universidade e sociedade. “A partir das demandas dos municípios, as universidades vão mobilizar atividades de ensino, pesquisa e extensão para produzir os projetos, com alcance de várias regiões, gerando uma contribuição relevante para o desenvolvimento regional”, salientou.

Os primeiros projetos prospectados são dos municípios de Cafeara, Guaraci, Lupionópolis, Prado Ferreira e Sertanópolis. Entre os empreendimentos previstos estão centros municipais de educação infantil (CMEIs), arena de esportes, barracões industriais e multiuso, clínica de fisioterapia, entre outros.

O escritório da UEL deve beneficiar, ainda, outras 12 cidades do Norte do Paraná: Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso, Centenário do Sul, Florestópolis, Jaguapitã, Jataizinho, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Primeiro de Maio, Sabáudia e Tamarana.

Assembleia Legislativa do Paraná inspirou lei nacional antifumo

597 views
14 mins leitura

Projeto que nasceu no Legislativo paranaense foi sancionado pelo menos cinco anos da lei nacional antifumo; Casa de Leis busca ampliar legislação e ainda tem outras propostas restritivas ao fumo em tramitação.

O 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, é uma data para conscientizar a população sobre os malefícios do cigarro para a saúde e o papel fundamental que os pulmões desempenham na saúde e no bem-estar das pessoas. Desde 2014, o Brasil possui a Lei Nacional Antifumo. Entretanto, cinco anos antes da lei nacional antifumo ser regulamentada no Brasil, a Assembleia Legislativa do Paraná já debatia e aprovava um projeto estadual, que “proibiu o ato de fumar em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo”, que deu origem à lei 16239/2009.

De autoria do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) e dos ex-deputados estaduais Stephanes Júnior e Antônio Belinatti, o projeto era, claro, polêmico. Tanto que os parlamentares levaram quase um ano discutindo e alterando artigos. “Na época, o projeto que originou a legislação, recebeu dezenas de emendas e levamos em torno de um ano para aprovar a matéria. Fizemos audiências públicas para ouvir profissionais da área da saúde, que defendiam a proibição. E também ouvimos a posição de donos de bares e restaurantes que, na época, ficaram preocupados com a redução do movimento nos estabelecimentos, mas conseguimos aprovar uma lei que foi benéfica para todos, especialmente para fumantes e não fumantes, que puderam respirar melhor em ambientes fechados”, afirma Romanelli.

Ao longo dos anos, foram surgindo na Casa de Leis mais e mais propostas em torno do tema. O próprio Romanelli, em conjunto com Michele Caputo (PSDB) apresentou, em 2019, um projeto que restringe o consumo de cigarro e afins também em ambientes abertos de uso coletivo, como estádios de futebol, praças, praias e parques, por exemplo, alterando a redação original da lei de 2009, que restringe o consumo de cigarro somente aos ambientes de uso coletivo em locais fechados. “É, no mínimo inconveniente você estar em um ambiente aberto e ainda ser obrigado a ficar exposto às substâncias nocivas à saúde contidas no cigarro”, afirma o deputado Michele, que já foi secretário de Saúde do Paraná. Para Michele, é preciso fechar o cerco e fortalecer a luta contra o tabaco. “Entendemos que o tabagismo é uma doença e deve ser tratada como tal. Por isso, temos que lançar mão de novas estratégias para restringir seu consumo, o que inclui a política de redução de danos”, argumenta.

Também tramita na Assembleia Legislativa outra proposta relacionada ao tema. Desta vez, apresentada pelo deputado Dr. Batista (União) e que pretende proibir no estado o uso, a comercialização, a importação ou a produção de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos; e também a utilização de qualquer acessório ou refil destinado ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar. “O projeto se justifica devido a insegurança ocasionada pela disseminação desse produto na sociedade, mesmo estando proibido pela Anvisa. Sem que haja licença para introdução destes cigarros eletrônicos na vida dos indivíduos, coloca-os em posição de risco à saúde”, observa o deputado. Com o projeto de lei, o Paraná poderá sair na frente na proibição definitiva da comercialização do produto, já que a Anvisa abriu, neste ano, uma Tomada Pública de Subsídios, para receber informações técnicas a respeito dos cigarros eletrônicos e decidir se mantém a restrição ou se libera o uso e comercialização

Números em queda

Segundo dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco do INCA (Vigitel 2020), o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil era de 9,5%, sendo 11,7 % entre homens e 7,6 % entre mulheres. Os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, mostraram que o percentual de usuários de derivados de tabaco era, naquele período, de 12,8% entre os entrevistados. Os percentuais vêm baixando ao longo dos anos, já que em 2013, eram 14,9% os fumantes no Brasil.  Neste mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%. “Isso ocorre, claro, muito em razão das leis que aprovamos. Não tenho dúvida”, indica o deputado Romanelli.

Em Curitiba, segundo dados preliminares da pesquisa Vigitel, feita nas capitais e no Distrito Federal com a população acima de 18 anos, o índice, naquele ano, era de 12% de fumantes, redução de cinco pontos em relação a 2010, quando o percentual foi de 17% da população. Ainda assim, hoje, a capital paranaense é a quarta no ranking das capitais, ficando atrás de Florianópolis (15,1%), São Paulo (14,2%) e Porto Alegre (13,3%), que em 2010 também tiveram queda, já que apresentavam percentuais mais altos: 17,4, 19,6 e 19,5, respectivamente.

Cigarros eletrônicos e narguilé

Se por um lado o consumo do cigarro tradicional vem diminuindo, a preocupação cresce em relação aos dispositivos eletrônicos, mesmo tendo a importação e venda proibidas no Brasil desde 2009, e ao uso do narguilé.

Um estudo do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontou que 50% das pessoas que usam o cigarro eletrônico nunca consumiram um cigarro tradicional. Mas o próprio INCA aponta que o uso do cigarro eletrônico aumenta em três vezes o risco de se experimentar um cigarro tradicional e em até quatro vezes de se tornar um tabagista.

A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE) de 2019 revelou que o Paraná lidera, entre os jovens de 13 a 17 anos, o ranking do uso de narguilé. Pela pesquisa, 52,4% dos jovens entrevistados afirmaram já ter experimentado narguilé ao menos uma vez. A lista segue com o Distrito Federal em segundo, com 50,6%; e o Mato Grosso do Sul com 48,9%. Já no Brasil, o percentual médio de jovens que afirmaram ter usado narguilé é de 26,9%.  Já o uso do cigarro eletrônico foi confirmado por 27,6% dos jovens entrevistados, sendo o Paraná o segundo no ranking, perdendo apenas para o Distrito Federal com 30,8%. No país o percentual é de 16,8%.

Malefícios

O tabagismo é responsável direto por mais de 80% dos casos de câncer de pulmão e mais de uma dezena de outros tipos de câncer, como de esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, boca, laringe, faringe, garganta e mama. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável no mundo, com mais de 10 mil óbitos por dia.

Outro estudo, mas esse coordenado pelo Departamento de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Economia da Saúde do Instituto de Educação e Ciências em Saúde, aponta que 428 pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência do tabagismo. Cerca de 12,6% de todas as mortes no país podem ser atribuídas ao consumo de cigarros. As por doenças cardíacas respondem pela maior parte delas: 34,9 mil. Os dados são de 2015 e se referem a pessoas com mais de 35 anos.

Fumo passivo

Além de causar mal a quem inala diretamente a fumaça do tabaco, os malefícios são estendidos também aos não fumantes. A exposição à fumaça do tabaco presente no ambiente aumenta em cerca de 30% o risco de morrer por câncer de pulmão, infarto do miocárdio ou derrame cerebral.

Dependência

Cerca de 80% a 90% das pessoas começam a fumar antes dos 17 anos e, com o tempo, tornam-se dependentes da nicotina. Uma vez estabelecida a dependência, é difícil abandonar o cigarro, mesmo tendo pleno conhecimento de todos os malefícios que ele pode trazer.

A data

O Dia Mundial sem Tabaco é uma data celebrada todos os anos e criada pelos estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS). A campanha tem como objetivo chamar a atenção para a epidemia do tabaco e para as mortes que causa, informando o público sobre os perigos do uso do tabaco, as estratégias da indústria e as ações da Organização Mundial da Saúde para o controle do tabagismo. A campanha também visa informar as pessoas sobre o que podem fazer para ter uma vida saudável.

Campanha

A campanha “Tabaco: Ameaça ao Nosso Meio Ambiente”, alerta não apenas sobre os prejuízos que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo causam na saúde pulmonar, levando a doenças respiratórias crônicas como asma e bronquite e ao câncer de pulmão. Em 2022, a campanha também destaca para a conscientização sobre o impacto ambiental do tabaco, desde o cultivo, passando pela produção, a distribuição e os resíduos, algo que pode funcionar como mais uma razão para o abandono do tabaco.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem quiser parar de fumar. “O tabagismo é a primeira causa de morte evitável no mundo. As ações educativas, legislativas e econômicas no Brasil vêm gerando um aumento no número de pessoas que querem parar de fumar, o que evidencia a importância de priorizar o tratamento do fumante como uma estratégia fundamental no controle do tabagismo”, disse a coordenadora do Programa Cessação de Tabagismo na rede municipal da Saúde de São Paulo, Liamar de Abreu Ferreira.

O tabagismo é uma doença provocada pela dependência física à nicotina, e causa cerca de 50 doenças diferentes, como enfisema pulmonar, câncer e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. No Brasil, mais de 160 mil mortes por ano são atribuídas ao tabaco, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Sanepar abre inscrições para curso de manutenção hidráulica para mulheres em Bituruna

640 views
2 mins leitura

A Companhia e a Prefeitura buscam qualificar mão de obra e promover a autonomia e a geração de renda. São oferecidas 30 vagas gratuitamente e não é necessária experiência prévia.

A Sanepar e a Prefeitura de Bituruna, no Sul do Estado, estão com inscrições abertas para o curso de Manutenção Hidráulica Residencial para Mulheres. São oferecidas 30 vagas gratuitamente e não é necessária experiência prévia. O curso será em 1º de julho, no Centro de Convivência do Idoso de Bituruna.

Com 8 horas de duração, a capacitação visa proporcionar às mulheres noções básicas para que possam fazer manutenções e pequenos reparos em instalações residenciais de água e de esgoto. Também vai ensinar como executar a limpeza da caixa d’água, identificar e consertar vazamentos, entre outros.

“O curso oferece uma oportunidade de inserção em um novo mercado de trabalho para as mulheres, promovendo a geração de renda, ou também para que elas possam assumir pequenos consertos hidrossanitários nas suas próprias residências”, diz a gestora de Educação Socioambiental da Sanepar, Luciana Garcia.

Os interessadas podem obter mais informações no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Bituruna, Rua Maximiliano Greselle, 49, em horário comercial.

MAIS SANEAMENTO – A qualificação de mão de obra na comunidade faz parte do trabalho de educação socioambiental da Sanepar em municípios que estão recebendo obras de saneamento, como é o caso de Bituruna.

O sistema de esgotamento sanitário do município está sendo ampliado. As obras vão dobrar a capacidade da estação de tratamento de esgoto e atender mais 1.375 imóveis nas vilas Mariana e São Vicente, com a instalação de 31 quilômetros de tubulações, entre redes e coletores. O investimento soma R$ 10,7 milhões.

Maio teve chuvas desproporcionais em diversas regiões do Estado, aponta Simepar

703 views
5 mins leitura

Esta quarta-feira (01) marcou um início chuvoso para o mês de junho na metade Sul do Estado, mas, segundo o Simepar, a tendência é de tempo firme no fim de semana.

Os dados do Simepar sobre as precipitações em 35 estações meteorológicas apontam para uma relação desproporcional da chuva no Paraná entre o acumulado para maio deste ano e a média histórica para o mês. Em 15 regiões houve aumento nas chuvas, mas em outras 19 elas ficaram abaixo da média – em uma, Guaíra, houve “empate técnico”.

As chuvas concentradas nesta semana na Região Metropolitana de Curitiba e no Oeste e Sudoeste do Estado ajudaram essas regiões a ficar com registros acima da média. Isso ocorreu em Curitiba, Pinhais, Guaratuba, Cerro Azul, União da Vitória, Palmas, Pato Branco e Santa Helena. Em Rio Negro, na divisa com Santa Catarina, a Defesa Civil foi acionada para ajuda humanitária devido ao temporal que ocorreu neste domingo (29). Em São Miguel do Iguaçu, onde choveu mais de 250 mm, o índice pluviométrico ficou 65% acima da média histórica.

No Norte e no Noroeste aconteceu o contrário e a precipitação ficou abaixo do previsto para o mês. Foi o caso de Cianorte, Campo Mourão, Londrina e Maringá. No Oeste também houve exceções, como Toledo, Cascavel e Assis Chateaubriand.

Na Capital, mais da metade dos 135 mm de chuva aconteceu nos últimos três dias de maio. O nível de água do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba está em 89,87%, com três barragens em 100%, segundo a Sanepar.

PRÓXIMOS DIAS – A quarta-feira (01) marcou um início chuvoso para o mês de junho na metade Sul do Estado, mas a tendência é de tempo firme no fim de semana.

“Tivemos um sistema frontal passando pelo Estado e que aqui permaneceu oscilando e mantendo essa continuidade de chuvas. É uma frente fria que atua até amanhã [quinta-feira] e começa a se deslocar para o oceano, e aí sim o tempo vai voltando a ter uma condição de tempo mais seco. Não quer dizer que não vai chover, mas esse tempo instável de chuva a qualquer hora e com pancadas moderadas é só até esta quinta-feira”, explica o meteorologista Lizandro Jacóbsen, do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

O prognóstico para as próximas 24 horas ainda é de alerta, segundo o Simepar, pois as chuvas devem superar os 50 mm em muitas cidades e se aproximar dos 80 a 90 mm em outras. Com isso, vem o alerta para o risco de alagamentos devido ao volume já acumulado e a consequente subida do nível dos rios.

DEFESA CIVIL – Rio Negro, no Sul, registrou 90 mm entre domingo (29) e esta quarta-feira (01). A Defesa Civil do Paraná entregou telhas de fibrocimento para a cobertura das casas atingidas e auxiliou o retorno dos moradores. Até o momento, 110 residências foram danificadas. A Defesa Civil também planeja, junto à assistência social do município, o envio de colchões e cestas básicas.

“A chuva em si não causou tantos danos, mas sim o vendaval e o granizo. Porém, com a continuidade das chuvas, ainda pode haver outros eventos, como deslizamentos, alagamentos, inundações e enxurradas”, diz o chefe do sistema estadual de gerenciamento de riscos e desastres da Defesa Civil, capitão Anderson Gomes das Neves.

A população pode acessar os alertas da Defesa Civil e saber antecipadamente o melhor modo de se proteger ou de agir durante uma calamidade. Basta enviar SMS com o CEP da sua região para o número 40199. A Defesa Civil responde com mensagem de confirmação do cadastro e a partir deste momento o morador passa a receber alertas periódicos sobre a situação de maior gravidade em certa região.

Confira os gráficos de precipitações:

Maio encerra com chuvas volumosas no Sul do Estado - Curitiba, 01/06/2022
Maio encerra com chuvas volumosas no Sul do Estado - Curitiba, 01/06/2022

Um ano após conquista sanitária, Paraná reúne mais condições para crescer, diz governador

343 views
13 mins leitura

O Paraná celebra seu primeiro ano como área livre de febre aftosa sem vacinação com todas as condições reunidas para ampliar a competitividade no mercado internacional de proteína animal. A afirmação foi feita na terça-feira, 31, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior durante uma cerimônia, no Palácio Iguaçu, que marcou um ano da certificação concedida pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), em 27 de maio de 2021.

“Foi a maior conquista do agronegócio paranaense nos últimos 100 anos. Desde 1958 o Paraná buscava essa certificação, um selo de qualidade e sanidade animal que permite acessar países, principalmente na Ásia, que não compravam a carne do Estado por causa da vacinação”, disse Ratinho Junior. “Mais do que um grande produtor de alimentos, queremos ser o supermercado do mundo para industrializar tudo o que produzimos. Fazer com que a matéria-prima passe pela indústria e chegue ao exterior embalada e congelada”.

Além do status sanitário, conquistado com a ampliação da vigilância e defesa sanitária, principalmente após a criação da Agência e Defesa Sanitária do Paraná (Adapar), outros fatores tornam pecuária paranaense cada vez mais competitiva. O Estado é o maior produtor de proteína animal do País, com a produção de 6,213 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango no ano passado.

Mais de 2 milhões de toneladas de produtos de origem animal foram exportadas pelo Paraná em 2021, incluindo lácteos e pescados, o que somou US$ 3,4 bilhões (R$ 16,2 bilhões na cotação atual) na balança comercial, de acordo com as estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Isso é fruto de um trabalho estratégico que vem do passado, mas que também inclui muito o olhar do nosso governo para consolidar o Paraná no mercado internacional de alimentação”, salientou o governador. “Essa conquista, que atende todo o agronegócio do Paraná, abre um mercado gigantesco, de bilhões de dólares, que reflete na geração de emprego e na atração de investimentos de agroindústrias que querem se instalar no Paraná”.

Para isso, destacou Ratinho Junior, o Estado investe em áreas estratégicas para a produção do campo, com forte destaque para a infraestrutura e na agilidade dos processos de licenciamento ambiental em propriedades rurais, por meio do programa Descomplica Rural.

Na melhoria da infraestrutura rural estão programas como o Paraná Trifásico, da Copel, que está instalando 25 mil quilômetros de redes trifásicas no campo, beneficiando agroindústrias, granjas e outros empreendimentos que precisam de um reforço no sistema. O Governo do Estado também investe R$ 304 milhões para a pavimentação de 1.000 quilômetros de estradas rurais em 202 municípios.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que com a quantidade de produção, qualidade e sanidade reconhecidas, o Estado busca agora exercitar a habilidade comercial para fincar a bandeira paranaense no mercado mundial.

“Este último ano foi de construção de oportunidades. Todo o esforço feito pela sociedade paranaense ao longo de décadas foi para obter uma perninha para o nosso processo de internacionalização da nossa produção”, disse.

“O nosso desafio era mostrar uma cara limpa para o mundo, mostrar que o ambiente de produção está resolvido para peste suína clássica e para aftosa. Isso é um baita passaporte para o mundo”, ressaltou. “Esse reconhecimento beneficia a exportação do frango, peixe congelado e outros produtos, como os lácteos, com vista aos mercados mexicano, sul-coreano, japonês e tantos outros do Leste Asiático”.

A manutenção do status sanitário depende de uma atenção constante no sistema de vigilância dos rebanhos, trabalho feito pela Adapar através do monitoramento de animais, mas que conta com a participação também dos produtos, com a atualização cadastral dos plantéis.

Para reforçar essa estrutura, o Governo do Estado nomeou novos profissionais para trabalhar na agência e também anunciou a abertura de um processo seletivo para a contratação de técnicos agrícolas.

“Deixamos o amuleto da vacina e passamos a ter a vigilância com ponto focal. Teremos mais profissionais cuidando de nossas fronteiras e grandes investimentos na agroindústria, especialmente na área da suinocultura”, afirmou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. “Isso mostra que esse selo não é só para pôr na parede, mas para vender os produtos do Paraná para o mundo. E fazendo constantemente a vigilância, vamos ter oportunidade de vender melhor”.

Segundo ele, a fiscalização inclui tanto o trânsito interestaduais de animais, como o monitoramento das áreas de fronteira. “Estamos neste momento com uma operação na fronteira, que é a área mais vulnerável hoje pelos estudos da epidemiologia, para a não entrada de animais irregulares”, explicou Martins. “Temos todos os postos de fiscalização do chamado Arco Norte, entre o Mato Grosso do Sul e São Paulo, dois estados que ainda vacinam os rebanhos, para que não entrem animais vacinados no Paraná”.

Em Santa Catarina Alesc celebra 15 anos da conquista de SC como zona livre de aftosa sem vacinação

O governador Carlos Moisés participou, na semana passada da sessão especial em comemoração dos 15 anos da emissão a Santa Catarina do Certificado de Zona Livre de Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O status sanitário diferenciado foi fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína do país, além de abrir as portas para os mercados mais exigentes e competitivos do mundo.

Em seu pronunciamento, o governador falou que a certificação é uma conquista que ajuda a levar mais longe o trabalho de excelência dos produtores, técnicos e todos os demais envolvidos com o desenvolvimento do agronegócio catarinense. “A produção de Santa Catarina é uma grife para o mundo, prova disso é a presença em mercados internacionais exigentes. O status sanitário reconhecido pela OIE confirma este padrão e resulta do esforço daqueles que trabalham no campo, das equipes que acompanham, fiscalizam e ajudam a manter essa conquista, que, há 15 anos vem gerando valor à balança comercial do estado, mais qualidade e eficiência na atividade do campo”, frisou Carlos Moisés.

O governador também citou que os investimentos feitos pela atual gestão ajudam a melhorar a infraestrutura no meio rural, facilitar o escoamento da produção, aumentar a produtividade e fomentar o desenvolvimento sustentável. “As escolhas e as entregas que pudermos fazer para estimular cada vez mais o agronegócio, faremos. É o papel da gestão gerar oportunidades a um setor tão pujante que faz de Santa Catarina – um estado pequeno em território – gigante em tudo o que produz”, acrescentou o governador.

Por vídeo, o ministro da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Marcos Montes, parabenizou o Estado pelos 15 anos de certificação de área livre de aftosa sem vacinação. “Queremos agradecer e reconhecer todos os produtores, governantes e profissionais que trabalharam para garantir esta conquista. Obrigado pelo exemplo que Santa Catarina deu ao Brasil, a partir dele, queremos que mais estados também alcancem essa condição fundamental para o êxito do agro brasileiro”, expressou.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, como a febre aftosa é uma doença com alto risco sanitário e gera impacto econômico, alguns países só compram carnes de áreas livres da doença sem vacinação – onde não existe circulação do vírus e, consequentemente, o controle sanitário é mais rígido.

“A certificação da OIE é o maior reconhecimento sanitário que um estado ou país pode alcançar e demonstra ao mundo, principalmente aos mercados internacionais, o cumprimento de vários requisitos técnicos para assegurar a saúde dos rebanhos”, aponta Miotto.

29 anos sem foco da doença

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina ocorreu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007 representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE para receber o certificado que fez do estado a única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil.

Manutenção do status sanitário

Para manter o status sanitário diferenciado, a Cidasc mantém 58 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

A entrada de animais ainda é condicionada ao transporte em veículos com carga lacrada pelo Serviço Veterinário Oficial do Estado de origem, podendo ingressar ao estado somente pelos postos fixos de fiscalização estabelecidos pelo Serviço Veterinário Estadual. Em Santa Catarina não é permitida a entrada de bovinos de outros estados que não tenham o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Com Paraná Produtivo, Estado e sociedade discutem juntos avanços nos municípios

772 views
14 mins leitura

Iniciativa do Governo do Estado, programa abrange oito regiões que reúnem 202 municípios. Seis delas já têm seus planos de ações e duas devem receber nos próximos meses. Governanças regionais ajudarão os municípios a colocarem em prática o diagnóstico que consta nos planos.

O Paraná Produtivo, programa do Governo do Estado que identifica potenciais e carências das regiões e planeja um desenvolvimento integrado entre os municípios, avança mais uma etapa no próximo mês. Coordenado pela Secretaria de Planejamento e Projetos Estruturantes, com apoio do Paraná Projetos e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), contempla oito regiões e, destas, seis já receberam os planos de ações propostos e discutidos com lideranças e a população local. As outras duas devem receber nos próximos dias.

A partir daí, a próxima etapa é implantar governanças regionais para que os municípios consigam colocar em prática o diagnóstico que consta nos planos. “O foco do Paraná Produtivo é instituir a governança para que as próprias instituições consigam evoluir na execução dessas ações”, diz a secretária estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes, Louise da Costa e Silva Garnica. Na prática, segundo ela, essas governanças serão as vozes locais do projeto, garantindo a sua execução.

O Paraná Produtivo, programa do Governo do Estado que identifica potenciais e carências das regiões e planeja um desenvolvimento integrado entre os municípios, avança mais uma etapa no próximo mês. Coordenado pela Secretaria de Planejamento e Projetos Estruturantes, com apoio do Paraná Projetos e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), contempla oito regiões e, destas, seis já receberam os planos de ações propostos e discutidos com lideranças e a população local. As outras duas devem receber nos próximos dias.

A partir daí, a próxima etapa é implantar governanças regionais para que os municípios consigam colocar em prática o diagnóstico que consta nos planos. “O foco do Paraná Produtivo é instituir a governança para que as próprias instituições consigam evoluir na execução dessas ações”, diz a secretária estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes, Louise da Costa e Silva Garnica. Na prática, segundo ela, essas governanças serão as vozes locais do projeto, garantindo a sua execução.

ETAPAS – As primeiras etapas do programa foram executadas ao longo de 2021 nas cidades que não possuíam planos integrados de desenvolvimento. Os eixos foram trabalhados em oficinas técnicas, todas em formato virtual, que contaram com cerca de 80 participantes cada. As atividades tiveram a participação das lideranças locais e representantes do setor produtivo, universidades e governo, que debateram e elencaram os principais temas. Os documentos finais contam com 20 ações voltadas ao desenvolvimento produtivo, que enfatizam o foco de investimentos na região.

Para a estruturação dos planos, foram definidos quatro eixos prioritários: pessoas, sistemas produtivos, infraestrutura, e governança e gestão. Dentro deles há diversos vértices. Entre as iniciativas estão o fortalecimento da agricultura familiar e o fomento ao turismo e ecoturismo, por exemplo. Investimento em tecnologia e na promoção de ambientes de inovação também são prioridades. Na área de infraestrutura, são previstos a melhoria da logística rodoviária e investimentos em energias renováveis.

“Se há fortalecimento das regiões, as pessoas não precisam ir para os grandes centros porque conseguem viver bem onde estão. Às vezes, as pessoas não querem sair, mas saem por falta de alternativa. O próximo passo é tirar o diagnóstico do papel para que a sociedade possa sentir os efeitos desse trabalho longo e que mobilizou muitas pessoas”, diz Louise. “E, a partir dos planos, quando o Estado ou o governo federal conseguirem separar recurso para alguma intervenção prioritária, os documentos vão apontar as principais necessidades”.

Marcelo Antonio Percicotti da Silva, coordenador de Integração Econômica na secretaria do Planejamento, afirma que para gerar esse processo de desenvolvimento econômico, os cidadãos precisam trabalhar, empreender e estudar na região em que vivem. Segundo ele, com os planos e as governanças, os municípios vão discutir questões como atração de investimentos, desenvolvimento produtivo, formação profissional, pesando em uma integração regional e de parceiros.

“Isso é que está sendo debatido em âmbito regional. O Paraná Produtivo colocou grandes lideranças para pensar. Vamos melhorar as estradas, rodovias, a conectividade, tanto urbana como rural, etc. São demandas que envolvem muitas pessoas e precisam funcionar de maneira integrada”, explica.

EM ANDAMENTO  Mesmo com a etapa das governanças ainda não concluída, algumas ações já foram executadas em parceria com programas do Estado, como a pavimentação de estradas rurais, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), e qualificação profissional pelo programa Carretas do Conhecimento, da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, ou pela Escola de Gestão do Paraná.

O programa também conta com uma plataforma, disponível em www.paranaprodutivo.com.br, desenvolvida para dar suporte à metodologia de elaboração dos planos produtivos regionais, além do BI (Business Intelligence) com os dados dos eixos prioritários, desenvolvido pela Paraná Projetos, em parceria com o Ipardes, e que serviu de base para as oficinas de trabalho, de modo a enriquecer e potencializar o debate.

Outro ponto importante da plataforma é a capacitação dos representantes das regiões, dando as ferramentas necessárias para monitorar e avaliar a execução das políticas públicas e dos programas priorizados, além de incluir novos projetos e oportunidades que estejam alinhados estrategicamente ao objetivo do desenvolvimento produtivo regional.

Futuramente, o programa também vai inserir na ferramenta de monitoramento as regiões que já tenham planos semelhantes em desenvolvimento, para que esse modelo de governança seja implantado em todos os municípios do Paraná. O Paraná Produtivo também fará parte do Plano de Desenvolvimento de Longo Prazo do Estado, ajudando a projetar as cidades das novas gerações.

O programa conta com 37 parceiros da iniciativa privada, além do apoio de vários órgãos estaduais, como a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

“Fazemos um trabalho organizado. Se uma região escolhe, por exemplo, trabalhar com o turismo, temos entidades do governo, ou não governamentais, que trabalham com esse tema e vamos fazer uma atuação em conjunto”, destaca Marcelo Percicotti.

Uma das entidades parceiras que representam o setor produtivo é o Sistema Fecomércio, que abrange mais de 500 mil empresas dos segmentos do comércio de bens, serviços e turismo no Paraná e possui unidades de serviços do Sesc e do Senac nas oito regiões contempladas pelo programa. Elas servem como ponto principal de acesso aos serviços ofertados nos municípios de abrangência.

“Os gestores destas unidades têm participado desde o início dos workshops, reuniões e discussões para planejar e priorizar, junto aos demais parceiros do programa, ações que deverão impactar positivamente as regiões. É um trabalho colaborativo de soma de esforços, cada qual com sua missão, visando a melhora dos indicadores sociais e econômicos das regiões. É motivo de orgulho participar da construção e do desenvolvimento do Paraná Produtivo”, afirma Giovanni Bagatini, coordenador da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio Paraná.

EXEMPLOS – O Norte Pioneiro (região 1), por exemplo, está formalizando o Conselho Gestor Regional e, em junho, deve iniciar as ações na área de agricultura familiar, prioridade para os municípios abrangidos.

“É uma parte que está sendo cumprida para em um segundo momento entrar com efetividade nas ações que fizemos nas oficinas de planejamento. Já temos várias que vêm sendo realizadas de forma isolada, mas que vamos potencializar a partir dessa união de esforços. Temos parceiros fortes nesse programa”, afirmou Angélica Cristina Cordeiro, presidente da Associação do Sistema Regional de Inovação do Norte Pioneiro do Paraná e ponto focal da região 1 do programa.

Segundo ela, com uma governança bem constituída, será mais fácil atuar com eficácia para atender as necessidades da região. “Vamos causar um impacto mais assertivo na região, porque as entidades vão se conversar e vão unir os esforços olhando para uma mesma direção. Só o fato de já ter tudo estruturado, que nos permite tomar decisões com base em números atualizados, já ajuda muito as instituições que participaram das oficinas”, diz.

Para Carlos Guedes, vice-presidente de planejamento da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), outra entidade parceira do programa, a iniciativa é eficaz porque ouve as dores das regiões.

“Só vamos desenvolver o econômico e o social ouvindo o local. Este programa ouve e leva o diagnóstico, o aprimora e cria vertentes de trabalho, atendendo diretamente as necessidades de cada região com as várias formas de apoio do governo. Com o programa, as necessidades são discutidas em regiões não tão assistidas, que não têm conselhos de desenvolvimento, e essas comunidades podem agora participar de forma ativa”, afirma.

Para Márcio Morais, secretário-executivo da Associação das Indústrias de Metais Sanitários do Paraná, o programa possibilita medidas que, por meios convencionais, não seriam tão acessíveis. “A parceria torna possíveis resultados que não seriam alcançáveis por meio da gestão convencional. É um elemento aglutinador, que promove a sinergia entre instituições e busca o máximo aproveitamento das iniciativas em prol do desenvolvimento regional”, afirma.

Pontos turísticos do Estado do Paraná são tema de seleção de desenhos do Sesc PR

947 views
2 mins leitura

Estudantes, trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e população de qualquer idade e cidade paranaense podem participar

 

Até o dia 8 de julho estão abertas as inscrições para a seleção de desenhos originais, feitos à mão, sobre qualquer ponto turístico do Paraná. Trata-se do projeto Entre Caminhos do Paraná, promovido pelo Sesc PR.

O objetivo da seleção é valorizar os pontos turísticos do estado, conhecer e divulgar a história e a cultura paranaenses e produzir uma coletânea com 90 desenhos escolhidos. A participação será dividida em categorias: Estudantes (alunos matriculados nos projetos de Educação do Sesc PR); Trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e, Público em Geral. De cada categoria serão selecionadas 30 ilustrações. Não há restrição de idade para participar.

Os organizadores do projeto lembram que recentemente o Ministério do Turismo divulgou o novo Mapa do Turismo Brasileiro. Neste documento consta que o Paraná conta com 210 cidades e 15 regiões turísticas cadastradas e reconhecidas.

Os autores dos trabalhos selecionados, além de integrar a coletânea, também receberão troféus de participação e um exemplar do compilado das obras. Os cinco primeiros lugares em cada categoria serão premiados com hospedagem de um fim de semana no Hotel Sesc Caiobá, com direito a um acompanhante, e as despesas de deslocamento da cidade do premiado a Curitiba e, depois, a Matinhos serão custeadas pelo Sesc PR.

Para inscrições e acesso ao edital acesse o site do Sesc PR (www.sescpr.com.br/entrecaminhosdoparana) ou nas unidades do Sesc no Paraná.

 

SERVIÇO:

Seleção de Desenhos Entre Caminhos do Paraná

Inscrições até 8 de julho de 2022

Divulgação dos resultados: 10 de outubro de 2022

Entrega da premiação: 4 de novembro de 2022

Informações: www.sescpr.com.br/entrecaminhosdoparana

Governo divulga novas diretrizes para atendimento da população de rua nos dias de frio intenso

804 views
3 mins leitura

A Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho propõe e encaminha Orientação Técnica a órgãos estaduais, municipais e instituições da sociedade civil com o objetivo de salvaguardar o bem-estar e a vida deste público.

A Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), por meio do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política da População em Situação de Rua do Estado do Paraná (CIAMP-RuaPR), propõe e encaminha novas diretrizes aos órgãos estaduais, municipais e instituições da sociedade civil para atendimento as pessoas em situação de rua nos dias de frio intenso.

As medidas que têm como objetivo salvaguardar o bem-estar e a vida destas pessoas constam na Orientação Técnica 001/2022-CIAMP-RuaPR .

De acordo com a presidente do CIAMP-RuaPR, Dulce Darolt, é responsabilidade do Poder Público proteger grupos em situação de vulnerabilidade e risco social. “Neste caso, o público é de vulnerabilidade extrema. Assim, o Comitê propõe e orienta medidas de proteção para a população em situação de rua, especialmente voltadas aos dias de baixas temperaturas, que já ocorrem em praticamente todo o Estado”, afirmou.

Ela destaca que é necessário fortalecer a Rede de Proteção para este público buscando, preventivamente, medidas para atendê-lo em sua totalidade, com acolhimento. “Para aqueles que não aceitam serem acolhidos, que sejam fornecidos cobertores, agasalhos, além de vigilância de seu bem-estar durante as noites mais frias do ano”, ressaltou Dulce.

No caso de alto número de acolhimentos, acrescenta, devem ser mantidos os cuidados e recomendações sanitárias para garantia de higiene e da saúde das pessoas atendidas.

A presidente do CIAMP-RuaPR destaca, ainda, que é essencial acompanhar as informações geradas pela Rede Nacional de Meteorologia (INMET, CPTEC e SIPAM), assim como pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), para planejar a adotar prontamente as providências necessárias.

Para obter mais informações e comunicar sobre pessoas em situação de rua, basta enviar mensagem para o e-mail ciampruaparana@sejuf.pr.gov.br ou entrar em contato pelo telefone 156, em alguns municípios, e 190 em todo o Paraná.

Paraná registra temperaturas mais baixas do ano em 90% das cidades nesta terça-feira

786 views
4 mins leitura

Massa de ar polar provoca quedas bruscas nos termômetros de todo o Estado. Simepar alerta para ventos intensos durante o dia, o que aumenta a sensação de frio.

As temperaturas mais baixas do ano foram registradas nesta terça-feira (17) no Paraná, antes do início do inverno, que começa apenas no dia 21 de junho. Os dados são do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

A causa da queda das temperaturas, que chegaram a 0,5ºC no Centro-Sul do Estado (General Carneiro), é uma massa de ar polar que atua sobre o Paraná. De acordo com os registros do Simepar, mais de 90% das cidades paranaenses registraram as menores temperaturas do ano. Alguns exemplos foram Telêmaco Borba (1,6ºC), Palmas e Ponta Grossa (1,8ºC), Campo Mourão (1,9°C), Jaguariaíva (2,2ºC), Cerro Azul (2,7°C) e Fazenda Rio Grande (3,1°C).

Até então, as temperaturas mínimas tinham sido registradas nos dias 15 e 16 de abril. Em Telêmaco Borba foi de 6,6ºC; em Palmas, de 3,8ºC, em Campo Mourão, 8,5ºC, em Jaguariaíva, 6,1ºC; e em Fazenda Rio Grande, 7ºC. Em Cerro Azul e Ponta Grossa as mínimas registradas durante o ano foram de 8,2ºC e 7,4ºC em 07/05 e 12/05.

A previsão indica que a sensação de frio intenso permanece para os próximos dias, ganhando mais intensidade nesta quarta-feira (18). “Venta bastante no Paraná durante o dia, aumentando a sensação de frio. A previsão não indica que o período da tarde desta terça-feira pode esquentar”, destaca o meteorologista do Simepar, Samuel Braun.

De acordo com ele, não foram identificados fenômenos de geada no Estado nesta terça. “Por conta da ação dos ventos, dificilmente ocorre formação de gelo em áreas mais abrangentes, apenas bem pontuais”, afirmou. Outra característica comum da massa de ar polar é a sensação térmica mais baixa do que os registros indicados nos termômetros.

Também não foi registrada neve nesta terça. Ela pode ser confundida com a chuva congelada. “Chuva congelada envolve minúsculos cristais de gelo, que ao tocar o chão, tem a característica de quicar, diferente da neve que se deposita no chão ao cair”, destacou o meteorologista Reinaldo Kneib, também do Simepar. O instituto segue monitorando a possibilidade de ocorrência de neve no Paraná, mas até o momento não identificou essa possibilidade.

CICLONE – O Simepar também monitora o fenômeno registrado no Rio Grande do Sul, uma tempestade que resultou em ventos de 110 km/h. Segundo o meteorologista Lizandro Jacóbsen, ele atua mais afastado do litoral, mas as projeções indicam que os ventos fortes atingem também Santa Cataria. “Aqui no Paraná o impacto previsto é de sensação de ventos mais constantes, um frio mais rigoroso”, disse. “A previsão é de que as rajadas de vento não passem de 60 km/h, com mais concentração na região Sul, na divisa com Santa Catarina”.

Temperaturas mínimas desta terça-feira:

Proibição de piercings e tatuagens em animais é aprovada no Paraná

828 views
10 mins leitura

A proposta que visa coibir novas práticas de maus tratos a animais silvestres e domesticados foi aprovada em redação final na sessão plenária desta segunda-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Paraná. O projeto de lei 165/2021, assinado pelos deputados Alexandre Amaro (Republicanos) e Galo (PP), proíbe a realização de tatuagens e a colocação de piercings em animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos com fins estéticos em todo o estado.

Segundo o projeto, quem descumprir o que determina a lei poderá perder a guarda do animal e ficará proibido de ser o tutor de outros animais pelo prazo de cinco anos. Já o profissional que realizar tatuagens e aplicar piercings em animais terá cassada a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS pelo período de cinco anos. Em caso de reincidência, as sanções serão aplicadas em dobro.

Os autores explicam na justificativa da proposta que o crime de maus tratos a animais está previsto em diversos pontos da Constituição Federal e ressalta que fazer procedimentos deste tipo em um animal de estimação apenas satisfaz as preferências estéticas de seus donos, causando dores inúteis aos bichos.

“É uma judiação. As pessoas, às vezes, têm tatuagem e elas acham que seus animais de estimação têm que ter também. Já vimos casos de animais que morreram por causa dessa prática. É fora do contexto a pessoa depilar um gato ou um cachorro e tatuá-lo. É dolorido para os animais e se configura maus tratos. Animal não é coisa para se fazer o que quer com ele”, afirma o deputado Amaro.

“O animal sofre muito quando ocorre essa infusão de agulhas no seu corpo. Uma tatuagem na cabeça do animal, por exemplo, pode render um AVC ao bicho. Então, essa é uma questão muito grave”, conclui Galo. A matéria segue agora para sanção, ou veto, do Poder Executivo.

Em Santa Catarina os deputados aprovaram no mês de março de 2022, o projeto de lei (PL) que proíbe a realização de tatuagens e a colocação de piercings em animais para fins estéticos que foi sancionada pelo governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos).

O PL 105/2021, de autoria do deputado Marcius Machado (PL), altera o Código Estadual de Proteção dos Animais (Lei 12.854/2003) para inserir a proibição. “Esse é um pedido de vários protetores e protetoras de animais de Santa Catarina”, afirmou o parlamentar. “Infelizmente, há pessoas que utilizam cães e gatos como se fossem objetos.”

O presidente da Alesc, deputado Moacir Sopelsa (MDB), ressaltou que a vedação é restrita para finalidades estéticas. Colocação de brincos e realização de tatuagens para fins de identificação de animais estão excluídos do rol de proibições.

Câmara aprovou projeto em 2021

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 397 votos a favor e duas abstenções proposta do deputado Fred Costa (Patriota-MG) que proíbe a realização de tatuagens em animais com fins estéticos. O ato será sujeito a detenção de três meses a um ano e multa. A proposta segue para análise do Senado.

“Fazer uma tatuagem em um animal de estimação não há outra razão senão aquela de satisfazer as preferências estéticas de seus donos, causando dores inúteis nos bichos. Além do sofrimento causado pela dor, os animais tatuados são expostos a diversas outras complicações, como reações alérgicas à tinta e ao material utilizado no procedimento, infecções, cicatrizes, queimaduras e irritações crônicas”, argumentou.

O texto aprovado deixa explícito que a proibição se aplica apenas a tatuagens e piercings realizados por motivos estéticos em cães e gatos.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), ao Projeto de Lei 4206/20. O texto aprovado deixa explícito que a proibição se aplica apenas a tatuagens e piercings realizados por motivos estéticos em cães e gatos. O objetivo é evitar qualquer questionamento sobre a legalidade de procedimentos utilizados na identificação, rastreabilidade e certificação de animais de produção do agronegócio – bois, cavalos e porcos. “[O tema] gerou certa polêmica em razão de os animais de produção precisarem de marcações, de brincos, ou até mesmo em animais domésticos, os pets, por exemplo, quando há um serviço de castração. Em alguns casos, na maioria dos casos, melhor dizendo, é feita uma tatuagem na parte interna da orelha da fêmea que foi castrada, para que se haja a diferenciação de outros animais. Então é uma tatuagem que não tem fim estético. Nós estamos aqui falando sobre estética em animais”, explicou o relator.

Paulo Bengtson, que é médico veterinário, destacou a importância da defesa do bem-estar animal. “Além de provocar dor, as tatuagens expõem cães e gatos a diversas complicações, desde o risco inerente aos procedimentos de sedação, reações alérgicas à tinta e ao material utilizado na tatuagem, dermatites, infecções, cicatrizes, queimaduras, irritações crônicas e, em alguns casos, até necrose da pele. Os piercings, além da dor e do risco de infecção, aumentam a possibilidade de ocorrência de acidentes”, disse.

Alcance e acordo

O deputado Célio Studart (PV-CE) criticou a limitação da proibição a cães e gatos e queria estender o alcance da proposta a todos os animais. “Como vegano que defende todos os animais, sou contra separarmos cães e gatos. Todos sentem dor e a picada da agulha da tatuagem, para a vaidade e o ridículo do ser humano que quer ver o animal enfeitado com dizeres e imagens que não representam nada.” Célio Studart lembrou que tatuadores costumam treinar seu ofício em porcos.

O deputado Vicentinho (PT-SP) também propôs que fosse proibida a marcação de animais com ferro quente. “Enquanto seres humanos, somos de uma violência da qual nenhum animal é capaz. O animal não tem ódio, preconceito, machismo”, desabafou.

O autor do projeto defendeu a votação do texto do relator para cumprir acordo com os líderes partidários e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Obviamente, gostaria que fosse aprovado o texto que apresentei, que defende todos os animais. Mas acordo é para ser cumprido. Se não fosse desta maneira, o projeto nem estaria na pauta”, argumentou Fred Costa.

Criação e corpo

O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) aplaudiu o projeto. “Defender os animais é defender a criação de Deus. Aprendi a amar os animais desde a minha infância. Os pets são gente que deu certo”, comentou.

Adepta de tatuagens, a líder do Psol, Talíria Petrone (RJ), disse considerar escandaloso um ser humano tatuar um animal. “Eu decidi colocar desenhos no meu corpo, o corpo é meu. O ser humano se acha acima da natureza e de todos os animais. Os direitos da natureza têm sido atacados”, indignou-se.