Senado analisa projeto que cria "royalties do foguete" para educação

57 views
3 mins leitura

O projeto de lei apresentado pelo senador Weverton (PDT-MA) institui para os estados, Distrito Federal e municípios, compensação financeira pela exploração comercial de áreas de lançamentos de foguetes e veículos espaciais em seus territórios. O PL 1.951/2019 visa direcionar recursos da exploração comercial da Base de Alcântara para os entes federativos e instituições educacionais, implementando os “royalties do foguete”.

O tributo deverá ser pago pelas empresas como forma de compensação pelo aproveitamento econômico de áreas de lançamentos de foguetes e pesquisas aeroespaciais, como já ocorre com recursos naturais como o petróleo e o gás. Propõe-se uma alíquota de 15% sobre as receitas dessas empresas, sendo que  40% da contribuição iria para os estados,40% para os municípios, 10% para as universidades estaduais e 10% para as fundações de amparo à pesquisa.

Segundo o autor, a instituição dos royalties se torna necessária devido à importância da Base de Alcântara no setor aeroespacial.

— Calcula-se que o Brasil poderá, a partir de 2040, arrematar negócios na faixa de US$ 10 bilhões ao ano. Nesse sentido, faz-se necessário estabelecer assim como na mineração ou no petróleo, o pagamento de royalties — argumentou Weverton.

Dessa forma, busca-se estimular o desenvolvimento das regiões nas quais estão localizados centros de lançamento como o de Alcântara, estipulando uma compensação financeira às populações que podem sofrer eventuais danos causados pela exploração dessas atividades econômicas.

“O recurso dos royalties, sem dúvida, impulsionará o desenvolvimento nacional e regional. Este PL é uma forma de compensar financeiramente os estados e municípios que possuem centros de lançamento em seus territórios e as populações direta e indiretamente atingidas”, justifica o senador.

Em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguarda o recebimento de emendas, o PL seguirá posteriormente para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se aprovado, sem recurso para votação em Plenário, será encaminhado para a Câmara dos Deputados.


Source: Senado

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Cidades que perderam profissionais do Mais Médicos terão financiamento

Próxima publicação

PM faz operação com 19 mil homens em todo o estado de São Paulo