Milho e soja têm os maiores preços desde dezembro de 2016

753 views
2 mins leitura

Os produtores que decidiram investir na plantação de grãos já recebem em torno de R$ 77 pela saca de soja e R$ 35 pela saca de milho – os maiores preços desde dezembro de 2016. Principal insumo para abastecer as cadeias produtivas de carnes, o milho é o grão de ouro de Santa Catarina. Com um consumo de 6 milhões de toneladas por ano e uma produção que gira em torno de 3 milhões de toneladas, Santa Catarina é o maior importador de milho do país.

Se de um lado as agroindústrias, suinocultores e avicultores pagam mais caro pelo grão, do outro, os produtores de milho comemoram a alta nos preços. O cenário da produção de milho no país é complexo, e fatores como o crescimento das exportações brasileiras de grãos, o milho destinado à fabricação de etanol e a perda de área plantada na safra de verão levaram os preços do insumo aos maiores patamares desde 2016. “No setor produtivo de proteína animal, produtores e consumidores de grãos devem formar uma parceria que se fortaleça quando existe rentabilidade para ambos”, ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

Os preços de hoje costumam interferir também na próxima safra de milho. Normalmente, em anos em que o preço é baixo, como foi em 2017, os produtores acabam não investindo na produção de milho e buscando culturas mais rentáveis – o que diminui a oferta do grão no país. E foi justamente isso que aconteceu em Santa Catarina. Esta safra tem uma área plantada 14,4% menor e a produção deve cair 20,5% em relação ao ano anterior.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Estiagem deixa 14 rios em situação crítica em 11 cidades de Santa Catarina

Próxima publicação

Governador e Michel Temer entregam certificado do Guinness World Records a catarinense recordista mundial por trabalhar há 80 anos na mesma empresa