Vacina da Pfizer para crianças de 6 meses deve chegar ao Brasil na próxima semana

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O Ministério da Saúde informou nessa terça-feira (18) que a vacina da Pfizer contra a Covid-19 liberada para crianças de 6 meses a menores de 4 anos deve chegar ao Brasil nas próximas semanas e que todas as orientações para a vacinação deste público serão formalizadas em nota técnica aos estados.

Na última segunda-feira (17), o secretário-executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, já havia antecipado: “Nós estamos nas tratativas finais com relação à chegada das vacinas e a expectativa é de que elas já estejam no país em meados da próxima semana, na quarta-feira [26/10]. Esse foi o último dado que recebemos da própria empresa.”

O secretário, no entanto, não detalhou o número de doses. A declaração foi feita durante cerimônia no ministério em celebração ao Dia Nacional da Vacinação.

Alguns pais ainda seguem resistentes à vacinação dos pequenos e especialistas garantem que o imunizante é eficaz.  O infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia de Goiás, Marcelo Daher, explica que a vacina é segura e ajuda a evitar doenças graves como a pericardite.

“Os estudos de segurança que foram feitos posteriormente saíram e a vacina se mostrou segura e eficaz, eficaz no sentido de garantir proteção para as crianças”, explica o médico.

“Os pais podem ficar tranquilos em relação à segurança desta vacina para crianças a partir de seis meses. Ela vem se somar às vacinas que temos no dia a dia, uma vacina para ser utilizada para prevenir formas graves da Covid-19”, tranquiliza o infectologista.

O gerente-geral de Medicamentos Biológicos da Anvisa, Fabrício Carneiro de Oliveira, explica que a eficácia e segurança do novo produto foi garantida por meio de um conjunto de fatores científicos. “A Anvisa considerou um grande conjunto de dados, entre dados de qualidade e clínicos, obtidos por meio de estudos conduzidos em alguns países”, conta.

“Com base nesses dados enviados à Anvisa, foi considerado que a vacina é segura e eficaz na faixa etária pretendida”, afirma o especialista. Antes, no Brasil, o uso do imunizante da Pfizer só era permitido em crianças com mais de 5 anos de idade. Já a CoronaVac podia ser aplicada em crianças a partir de 3 anos.

A vacina para o público de 6 meses a 4 anos terá dosagem e composição diferentes. O processo de imunização será em três doses de 0,2 miligramas. As duas doses iniciais deverão ser administradas no intervalo de três semanas, sendo a terceira e última delas aplicada oito semanas após a segunda vacinação.

Para facilitar a rotina na hora da vacinação, tanto dos agentes de saúde, como dos pais, a cor do rótulo e da embalagem da dose é um detalhe importante. Os frascos das vacinas para esse público, de 6 meses a 4 anos, virão na cor vinho. Mãe da pequena Ana Beatriz, a dona de casa Leidiane Maria de Alencar, 29 anos, pretende vacinar a filha o quanto antes. “Estamos muito felizes porque liberou a vacina para a faixa etária da minha filha, que tem 4 anos, ela vai poder se vacinar e vai ser mais uma segurança para a vida dela”, destaca.

No mês de setembro, a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a 4 anos. Atualmente, apenas crianças acima de 3 anos podem se vacinar com a CoronaVac.

Segundo estudo da Fiocruz, nos dois primeiros anos da pandemia, a Covid-19 foi responsável pela morte de 1.439 crianças menores de 5 anos. Isso dá uma média de duas mortes por dia. Ainda de acordo com a  Fiocruz, as crianças menores de um ano são as mais vulneráveis pois representam a metade dos óbitos por Covid na faixa etária abaixo dos cinco anos.

Queda nas taxas de vacinação pode trazer doenças erradicadas de volta

Mês de conscientização sobre os cuidados com o câncer de mama

Crianças vacinadas nos estados

De acordo com o Ministério da Saúde, quase 700 mil crianças, entre 3 e 4 anos, já foram vacinadas no país com a primeira dose, e mais de 135 mil com a segunda fase da vacinação. Entre crianças de 5 a 11 anos, foram mais de 14,1 milhões vacinadas com a primeira dose, e pouco mais de 9,7 milhões com a segunda.

Dados do portal LocalizaSUS, do Ministério da Saúde mostram que 13,7% desse público-alvo recebeu a primeira dose e 3,9%, a segunda dose. Entre as capitais, há disparidade na cobertura.

Dados levantados pelo Portal Brasil61.com mostram que enquanto Vitória (ES) lidera a cobertura vacinal, com 35% desse público-alvo com a primeira dose e 15% também com a segunda, a Secretaria Estadual de Saúde de Cuiabá (MT) informou que recebeu imunizantes na primeira semana de outubro e iniciou a vacinação no dia 10 de outubro.

A reportagem manteve contato com as prefeituras das capitais  e 14 delas responderam. São Paulo (SP) aparece em segundo lugar no avanço da cobertura, com 33,5% do público com a primeira dose e 7,6% com a segunda. Na capital paulista, a campanha para esse grupo teve início em 20 de agosto.

Já o Rio de Janeiro foi a capital pioneira do país a iniciar a imunização do grupo de 3 e 4 anos, no dia 15 de julho, e atualmente registra 24,8% desse público com a primeira dose. Também ultrapassaram a marca de um quinto de vacinados Aracaju (SE), com 29,99% com a 1ª dose, e Recife (PE), com 22,85% também com a primeira dose.

O Distrito Federal também apontou que já comunicou o ministério sobre “a necessidade de mais doses” para dar conta do público de 77.660 crianças de 3 e 4 anos. Na cidade, a cobertura é de 7,7% na primeira dose e 1,58% na segunda dose.

Ainda no Centro-Oeste, em Campo Grande (MS), pouco mais de 10% do público-alvo recebeu a primeira dose. Para ampliar esse público, a cidade diz que tem elaborado estratégias, como busca ativa direto nas casas e vacinação itinerante em escolas e shoppings.

No Sul, em Porto Alegre (RS), a cobertura é de 16,8% com a primeira dose e 6,2% com a segunda. Em Belo Horizonte (MG), onde a aplicação começou no dia 29 de setembro, por enquanto, a vacinação beneficia crianças de 4 anos com e sem imunocomprometimento e crianças de 3 anos imunocomprometidas, tendo 19,7% de cobertura nesse público com a primeira dose.

Maceió (AL) se aproxima dos 10% (9,68%) de crianças vacinadas com a primeira dose e 1,9% com a segunda. Já Fortaleza apenas informou que aplicou 12.155 doses, sem detalhar a cobertura, assim como São Luís (MA), com 3.100 doses.

No Norte, Palmas (TO) divulgou que está com o sistema de contabilização de imunizados fora do ar, mas que “a cobertura vacinal contra a Covid-19 em crianças de 3 e 4 anos está baixa”. A prefeitura informou que desenvolve ações para alcançar esse público.

Fonte: Brasil 61

Escolas públicas batem colégios privados na olimpíada digital de matemática no Brasil

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Destinado aos estudantes de 4 a 12 anos, torneio contou com a participação de 3,3 mil instituições de ensino no País e mais de 32 milhões de problemas resolvidos

Dos dez colégios com maior desempenho, nove são oriundos da administração pública, sendo que a única escola privada ficou na nona colocação
 

Outubro de 2022 – As escolas públicas no Brasil são as grandes campeãs da última edição das olimpíadas digitais de matemática, realizadas no último mês em odo o País dentro de uma plataforma de jogos matemáticos (gamificação), que é utilizada na grade curricular de milhares de instituições de ensino no território nacional. Dos dez colégios com maior desempenho, nove são oriundos da administração pública, sendo que a única escola privada ficou na nona colocação.

O torneio, promovido pela startup internacional Matific, com o apoio da Microsoft e Fundação Telefônica Vivo, foi destinado a alunos do Ensino Infantil e do Fundamental, e contou com a adesão de 3,3 mil colégios e 201 mil estudantes. Em cinco dias de competição na plataforma, os participantes resolveram mais de 32 milhões de problemas propostos.

A primeira colocada na competição é a Escola Municipal Professor Claudio Brandão, de Belo Horizonte (MG), seguida por mais duas instituições mineiras, a Escola Pública Cora Coralina, também da capital, na segunda posição, e a Escola Municipal São Judas Tadeu, de Uberaba (MG), na terceira colocação (veja ranking abaixo).

A proposta dos organizadores é oferecer todos os anos uma competição saudável que inspire as crianças a resolver problemas, aprender e a criar soluções, além de ser uma oportunidade valiosa para fomentar o interesse pela matemática nos alunos. “Na edição deste ano, em particular, o torneio também serviu para a redução da desfasagem escolar causada pela pandemia e para a diminuição da ansiedade em relação à matemática”, explica Dennis Szyller, CEO da Matific Brasil.

“Com o avanço da internet e as tecnologias de escala e baixo custo, abre-se um caminho sustentável para o avanço do ensino de qualidade no Brasil, sobretudo para os estudantes e as crianças, os chamados ‘nativos digitais’”, acrescenta.

O sistema de gamificação da Matific já é adotado em 60 países, com milhões de alunos ao redor do mundo e diversos prêmios internacionais por sua pedagogia e tecnologia. No Brasil, a plataforma de jogos matemáticos é utilizada na grade curricular de cerca de 8 mil colégios públicos e privados.

Vencedores das Olimpíadas Digitais de Matemática

1 > (Pública) Escola Municipal Professor Claudio Brandao >> Belo Horizonte – MG
2 > (Pública) Cora Coralina >> Belo Horizonte – MG
3 > (Pública) Escola Municipal São Judas Tadeu >> Uberaba – MG
4 > (Pública) Nova Esperança, C E-Ef M >> Dois Vizinhos – PR
5 > (Privada) Instituto Educacional Maria Madalena Ltda. >> Tutóia – MA
6 > (Púbica) Escola Municipal De Educação Básica Santa Terezinha >> Coruripe – AL
7 > (Pública) DALILA AYRES E M PROFA EI EF >> Castro – PR
8 > (Pública) Antonio Laureano Da Cunha Filho >> Santo Antônio da Patrulha – RS
9 > (Privada) Centro Escolar Educare – Tutóia – MA
10 > (Pública) Ebm Prof. Carlos Doetsch – São Bento do Sul – SC

Fonte: Totum

O Êxodo do Brasileiro que está buscando cada vez mais os EUA

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Segundo um levantamento do Ministério das Relações Exteriores, o número de brasileiros vivendo no exterior saltou de 1.898.762 em 2012 para 4.215.800 atualmente — os últimos dados foram consolidados a partir de informações coletadas pelos consulados em 2020. No período, portanto, o aumento foi de 122%. E, pela quantidade atual de expatriados, pode-se dizer que cerca de 2% dos brasileiros moram hoje em um país estrangeiro.

O fenômeno tende a prosseguir. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em 2018 indicou que, se pudessem, 70 milhões de brasileiros maiores de 16 anos se mudariam para o exterior. No recorte por qualificação, essa era uma vontade de 56% dos adultos com curso superior.

Para falar sobre o assunto, sugerimos Leonardo Leão, especialista em Direito Internacional e CEO da Leão Group, empresa de consultoria internacional.

 

Sugestão de perguntas:

 

1- Por que o número de brasileiros vivendo no exterior aumentou?

2- Esse êxodo tem tendência de prosseguir?

3- Quais as vantagens de morar fora do Brasil atualmente?

4- Por que muitos brasileiros procuram os EUA para recomeçar a vida?

5- Sabemos que não é qualquer pessoa que pode apenas decidir e ir morar nos EUA. Quem pode e como?

 

Sobre Leonardo Leão 

 

É especialista em Direito Internacional, advogado, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group. Mestre em Direito pela University of Miami School of Law, com especialização na University of Miami Division of Continuing & International Education. É pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui MBA pela Massachusetts Institute of Business.

 

Mais informações no release abaixo

 

O tão famoso Green Card não é um sonho tão distante para os brasileiros, como costuma ser tido. De acordo com Escritório de Assuntos Consulares do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, em 2020, segundo números parciais do relatório fiscal americano, foram 1.899 permissões de residência permanente (vistos efetivamente concedidos ou mudanças de status).

Existem categorias de vistos que dão essa oportunidade, sem a necessidade de uma oferta de emprego de uma empresa americana ou ainda precisar investir em solo internacional. São os vistos EB1 e EB2 NIW, destinados a profissionais com boa experiência em suas áreas de conhecimento e um histórico de contribuições e reconhecimentos no decorrer da carreira.

O Itamaraty estima que cerca de 1,6 milhão de brasileiros vivem hoje em território norte-americano. “É um avanço que já vínhamos notando desde 2015, numa média de 10 a 18% ano a ano. De 2018 para 2019, o aumento foi de 29%. Ainda estamos aguardando os dados consolidados de 2020, mas acreditamos que também tenha havido um crescimento exponencial”, explica o especialista em direito internacional, advogado e consultor de negócios internacionais Leonardo Leão, da Leão Group.

Existem três subcategorias para a petição EB-1: EB-1A, para profissionais com habilidades extraordinárias; EB-1B, para professores e pesquisadores de destaque; e EB-1C, para executivos internacionais. No EB-2 NIW se enquadram profissionais dos mais diferentes setores, mas que tenham grau avançado de estudos (graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado) e 5 anos de experiência.

A primeira fase é a entrega ao USCIS (United States Citizenship and Immigration Services) de um dossiê com as comprovações de mérito, que pode aprovar, exigir mais informações ou até negar o pedido. Já na segunda parte, o National Visa Center solicita mais documentos pessoais, antecedentes criminais e exames médicos com um profissional credenciado. A última fase, por sua vez, compõe-se de uma entrevista no consulado americano.

Nos pedidos de residência, na categoria EB-2 NIW, onde profissionais com grau de bacharelado e pelo menos cinco anos de experiência ou habilidade acima da média em suas áreas de atuação, podem obter o Greencard até mesmo sem uma oferta de emprego em solo americano, também é necessário apresentar um plano de atuação nos Estados Unidos. Para fazer um pleito imigratório não é obrigatoriamente necessário ter um advogado, mas a assessoria de um escritório especializado pode fazer toda a diferença. “É preciso entender o perfil de cada um e saber pedir, ou seja, saber pontuar o que as autoridades americanas querem ver. As assessorias, por exemplo, estão muito mais preparadas para elaborar um plano de atuação”, afirma o advogado Leonardo Leão.

Profissionais de diversos segmentos, telecomunicações, por exemplo, ou ainda esporte, medicina, na área das ciências e até artes podem solicitar esse processo que custa em média R$ 22 mil dólares e o processo dura até dois anos.

 

Leonardo Leao

É especialista em Direito Internacional, advogado, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group. Mestre em Direito pela University of Miami School of Law, com especialização na University of Miami Division of Continuing & International Education. É pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui MBA pela Massachussets Institute of Business. Tem uma vasto conhecimento e histórico comprovado de mais de 15 anos fornecendo conselhos indispensáveis aos clientes que buscam orientações em relação a internacionalização de carreiras e negócios.

 

Leão Group

Leao Group Consulting Services é uma empresa de consultoria registrada nos EUA, com sede no estado da Flórida, com filiais em diversas partes do mundo, como Rio de Janeiro, Lisboa e Milão.

Os profissionais contam com sólida formação, sendo graduados por Universidades e Instituições de Ensino mundialmente reconhecidas e com vasta expertise no assessoramento de diversos investidores e companhias ao longo dos anos. A Leão Group ajuda empresas a explorar as grandes oportunidades de negócios em mercados internacionais, como os Estados Unidos e Europa, e contribui para a organização, tomada de decisão, diagnóstico e formulação de soluções para os mais variados modelos de negócio.

Fonte: Press Manager

Brasil e Argentina fecham parceria para intercâmbio de boas práticas em saneamento básico

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Um acordo de cooperação entre Brasil e Argentina vai contribuir com o setor de saneamento básico dos dois países nos próximos meses. Durante a 6ª Conferência Latinoamericana de Saneamento (LatinoSan), realizada na última semana, em Cochabamba, na Bolívia, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) formalizou a parceria com Ministério de Obras Públicas da Argentina.

O documento, assinado pelo secretário nacional de Saneamento do MDR, Pedro Maranhão, e pelo subsecretário de Planejamento e Gestão Operativa de Projetos Hídricos da Secretaria de Infraestrutura e Política Hídrica da Argentina, Fernando Zarate, prevê, inicialmente, visitas técnicas para o levantamento de boas práticas no setor.

Segundo Maranhão, o país vizinho se interessou na forma como são implementadas políticas públicas de água e esgoto nas comunidades em situação de vulnerabilidade, além da inovação na regionalização dos serviços de saneamento, implementada pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico.

“A primeira visita dos argentinos está prevista para novembro, em comunidades do Rio de Janeiro. Eles estão muito interessados na forma como estamos conduzindo o Novo Marco Regulatório do Saneamento com as populações vulneráveis, além da questão da regionalização do menor ao maior município. Posteriormente, iremos a Buenos Aires para entender a operacionalização de água e esgoto na Argentina”, detalhou.

Fonte: Brasil 61

Setor de serviços cresce pelo quarto mês seguido e opera acima do nível pré-pandemia

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A demanda no setor de serviços aumentou pelo quarto mês consecutivo, com ganho acumulado de 3,3% nesse período. De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), agosto registrou crescimento de 0,7% no volume da procura, quando comparado ao mês de julho. Na série anterior, o aumento identificado foi de 1,3%.

O responsável do IBGE pela pesquisa, Luiz Almeida, contextualiza essa sequência de resultados positivos. “A última vez que isso havia acontecido foi no ano passado, quando chegamos a cinco meses no campo positivo entre abril e agosto. No mês anterior, o setor estava 1,5% abaixo do pico da série e, em agosto, ele se aproxima ainda mais, ficando no ponto mais próximo desse nível desde novembro de 2014”, explica o analista.

Com isso, o setor opera 10,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e fica apenas 0,9% abaixo do maior patamar da série histórica, alcançado em novembro de 2014.

Três das cinco atividades pesquisadas acompanharam o resultado positivo do índice geral. Entre elas, os destaques foram as de outros serviços (6,7%) e de informação e comunicação (0,6%). No mês anterior, o volume do setor de outros serviços havia caído 5,0%. “Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior”, destaca Almeida. Os serviços financeiros auxiliares incluem corretoras de títulos, consultoria de investimentos e gestão de bolsas de mercado de balcão organizado.

Essa alta na procura pelo setor de serviços também foi sentida no recorte estadual. Na passagem de julho para agosto, o volume de serviços de 18 das 27 unidades da federação se expandiu. Os maiores impactos vieram de São Paulo (1,6%), seguido por Distrito Federal (5,0%), Minas Gerais (1,0%) e Rio de Janeiro (0,5%).

A empreendedora Silvia Helena, do setor alimentício e de eventos no DF, já sente as mudanças. “Após essa pandemia, o comércio tá voltando ao normal. Bom, normal assim, dos 3 últimos meses pra cá, os antigos clientes estão procurando eventos, não deixando de ser com o preço mais acessível, né?”, observa. Por outro lado, o Paraná (-7,1%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).

Quando comparado a agosto do ano passado, o volume do setor de serviços cresceu 8,0%, 18ª taxa positiva seguida nesse indicador. Entre as cinco atividades, a principal influência veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,6%), setor impactado pelo aumento da receita das empresas de transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros, aéreo de passageiros, entre outros.

Serviços x Comércio

Ao contrário do setor de serviços, o setor de comércio apresentou retração de crescimento no mês de agosto. Dados do IBGE indicam que o volume de vendas no comércio varejista nacional variou -0,1% frente a julho. Na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral foi -0,8%, enquanto na comparação interanual, sem ajuste, o comércio cresceu 1,6% frente a agosto de 2021. O acumulado no ano foi de 0,5% e, nos últimos doze meses, de -1,4%.

Tal movimento foi percebido pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-br), considerado como “prévia do PIB”. O índice apresentou queda de 1,13% em agosto. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a redução indica que o forte aumento na taxa básica de juros, a Selic, e o endividamento elevado da população têm sido obstáculos na atividade econômica, restringindo a venda de bens.

No entanto, há o que se comemorar. Em agosto de 2022, na série com ajuste sazonal, cinco das oito atividades pesquisadas estavam no campo positivo: tecidos, vestuário e calçados (13,0%); combustíveis e lubrificantes (3,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%); móveis e eletrodomésticos (1,0%); e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).

As atividades com variações no campo negativo foram: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%). Já os setores adicionais do varejo ampliado apresentaram comportamento distinto: alta de 4,8% para veículos e motos, partes e peças e queda de 0,8% para material de construção.

Fonte: Brasil 61

Dengue aponta mais 90 casos no Paraná

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O Boletim Semanal da Dengue divulgado nesta terça-feira, 18, pela secretaria estadual da Saúde registra 90 novos casos. O período epidemiológico, que teve início em agosto, soma até agora 1.160 casos confirmados, além de 3.478 que seguem em investigação.

O Paraná tem 12.636 notificações para a dengue distribuídas em 299 municípios das 22 Regionais de Saúde do Estado. O boletim não traz novos óbitos confirmados. O Estado permanece com duas mortes registradas neste período, uma no município de Foz do Iguaçu (9ª RS) e outra em Maripá (20ªRS).

ALERTA – “Estamos passando por um longo período de chuvas e sabemos que isso traz uma condição favorável para aumentar a proliferação do mosquito. Então, neste momento devemos redobrar o alerta contra a dengue com a eliminação dos focos e criadouros do mosquito transmissor da doença”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

A 6ª Regional de Saúde em União da Vitória, conta com um caso em investigação de dengue que é na sede da regional e outros dois casos de Chikungunya foram descartados.

 

Santa Catarina

No período de 02 de janeiro a 05 de outubro de 2022, foram identificados 57.756 focos

do mosquito Aedes aegypti em 232 municípios. Comparando ao mesmo período de 2021,

quando foram identificados 49.536 focos em 220 municípios, observa-se um aumento de

16,6% no número de focos detectados no Estado.

Em relação à situação entomológica, até 05 de outubro de 2022, 133 municípios foram

considerados infestados, o que representa um incremento 12,7% em relação ao mesmo

período de 2021, que registrou 118 municípios nessa condição. Porto União e União da Vitória são considerados infetados do mosquito, mas não registra nenhum caso até o momento.

A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos

focos. No período de 02 de janeiro a 05 de outubro de 2022, foram notificados 133.338 casos

suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 82.944 foram confirmados, 46.821 foram descartados, 2.985 inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada) e 588 permanecem como casos suspeitos. Na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram confirmados 19.092 casos de dengue no estado, observa-se um aumento de 334% no número de casos confirmados, considerando que até o momento há o registro de 82.944 casos de dengue em Santa Catarina.

Em relação aos casos autóctones, foram processadas 6.041 amostras para pesquisa viral pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Estado. Foram isolados dois sorotipos, sendo que em 93,6% das amostras (5.653/6.041) foi identificado o DENV1, e em 6,4% (388/6.041) o DENV2.

 

Brasil ultrapassa 500 mortes por dengue no primeiro semestre de 2022

O Brasil registrou 504 mortes por dengue, no primeiro semestre de 2022. O número representa praticamente o dobro de mortes notificadas em todo o ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo lidera a lista, com 180 óbitos. Em seguida aparecem Santa Catarina (60), Rio Grande do Sul (49), Goiás (44) e Paraná (43). Há ainda 364 óbitos em investigação.

Somente neste ano foram contabilizados 1,1 milhão de casos prováveis de dengue em todo o país, o que implica em uma taxa de incidência de 517,9 casos a cada 100 mil habitantes. A marca atingida em apenas seis meses já representa mais do que o dobro dos casos registrados em todo o ano de 2021 (544.460).

A Região Centro-Oeste do país lidera a taxa de incidência, com a marca de 1.544,2 casos a cada 100 mil habitantes, mais alta que a média brasileira. É nessa região também que estão os municípios com o maior número de infectados: Brasília, com 51.131 casos; e Goiânia, com 41.637 casos. Em seguida no ranking aparecem Joinville (SC), com 23.058 casos; São José do Rio Preto (SP), com 16.005 casos; e Aparecida de Goiânia (GO), com 14.689.

Chikungunya e Zika

De janeiro e junho, o Brasil contabilizou 108.730 casos prováveis de chikungunya, aumento de 95,7% em relação ao mesmo período de 2021. Segundo o boletim, até este momento, foram confirmados 19 óbitos para chikungunya, sendo 14 deles foram registrados no estado do Ceará. Outros 40 óbitos estão em investigação.

Quanto aos dados de zika, o boletim informa que foram contabilizados 5.699 casos da doença, aumento de 118,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Nenhuma morte por zika foi notificada no país neste ano de 2022.

Sintomas

Dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo mosquito e seus sintomas são semelhantes: em geral, elas provocam febre, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo. Mas alguns poucos sintomas as diferenciam. No caso da dengue costuma haver uma dor atrás dos olhos. Já a chikungunya pode provocar dor e inchaço nas articulações. A zika, por sua vez, pode causar febre baixa e vermelhidão nos olhos.

Para combater o mosquito transmissor dessas três doenças, as pessoas devem manter os ambientes e recipientes limpos e sem acúmulo de água, que favorecem a sua proliferação. As principais medidas de prevenção são: deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; e eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja mais bem ajustado ao vaso.

Bombeiros do 9º BBM se destacam no Senabom

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A delegação de bombeiros militares da região do Planalto Norte retorna nesta quinta-feira, 20, de São Paulo (SP) onde participou do 20º Seminário Nacional dos Bombeiros (Senabom), desde terça-feira, 18.

Segundo o Tenente-coronel Atila Medeiros SARTE, Comandante do 9º Batalhão de Bombeiros Militar, as atividades são importantes para o crescimento profissional de cada bombeiro e também para a integração entre outros profissionais. “Retornamos a Santa Catarina muito mais preparados para atuar no dia a dia, com muito conhecimento para melhor atender a nossa comunidade”, afirma o comandante Sarte.

Da região participaram 26 militares de várias unidades incluindo Porto União, Canoinhas, Irineópolis, Rio Negrinho, Três Barras, São Bento do Sul, Mafra, Matos Costa e Monte Castelo.

Paralelo ao seminário ocorreram algumas atividades como competições esportivas. Da região, o destaque na prova Bombeiro de Aço, foi o segundo lugar no geral do Cabo André Gurzinski,de Rio Negrinho.

 

O Senabom é o maior evento de Bombeiros Militares da América Latina, movimentando um grande número de bombeiros do país inteiro e também de outras nacionalidades. O evento contou com uma ampla programação de Workshops, Palestras, Competição do Bombeiro Mais Resistente, 1º Workshop Nacional de Multimarcas sobre Atendimento de Emergências Envolvendo Veículos Elétricos e Híbridos e Sistemas eCall, Coquetel de Abertura, Reunião dos Comandantes, Rodada de Negócios, Jantar dos Comandantes, entre outras atividades.

O objetivo é apresentar novas tecnologias nas áreas de prevenção e combate a incêndios, busca e salvamento, defesa civil, resgate e atendimento pré-hospitalar.

O evento também teve na programação atividades da 23ª FISP – Feira Internacional de Segurança e Proteção, e a 14ª Fire Show – International Fire Fair.

A equipe do 9º BBM foi formada pelos seguintes militares:

Canoinhas

1. TC BM Atila Medeiros SARTE

2. Maj BM Nauro Ricardo Mück

3. Maj BM Maicon Éder Motelievicz

4. Cb BM Murilo Marinhuk

5. Cb BM Guilherme Eduardo Comnisky

6. Cb BM Aline Zella

7. Cb BM Ricardo José Krzesinski

8. Cb BM Nelson Marcel Drosdoski

9. BC Marco Aurélio

 

São Bento do Sul

10. Maj BM EDMILSON Duffeck

11. 3 Sgt BM Tiago Rodrigo BUCH

12. 3 Sgt BM Claimir BONASSI de Paula

 

 

Rio Negrinho

13. 1 Ten BM JOÃO RICARDO Prochmann

14. Cb BM Maicon André GURZINSKI

15. Sd BM Rafael SEIDEL

 

 

Porto União

16. Sgt Jeferson

17. 1ºSgt BM Alvir Muller

18. 2ºSgt BM Adamar Zatorski

19. 3ºSgt BM Sérgio Konkel

20. Cb Fernando

 

 

Mafra

21. Cb BM Robinson Luis Carlim

22. Cb BM Douglas Maidl

 

 

Três Barras

23. Sd Eduardo

 

 

Matos Costa

24. 2ºSgt BM Osmar Kieutika

 

 

Irineópolis

25. 2º Sgt BM Marcelo Ritzmann

 

 

Monte Castelo

26. Sd Kreusberg

Fonte: Portal da Cidade União da Vitória

Descarte correto de resíduos é o tema central de atividades em Porto União

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A movimentação alusiva ao Dia da Árvore, comemorada em 21 de setembro, foi remarcada e ocorreu nesta quarta-feira, 19, na Praça Hercílio Luz, em Porto União. As atividades tiveram por objetivo recolher eletroeletrônicos, pilhas e baterias inservíveis e também a distribuição de mudas de árvores frutíferas.

As atividades foram organizadas pela Secretaria do Meio Ambiente e pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente. A ação foi concluída no final do dia e o veículo disponibilizado para receber o material estava praticamente cheio de produtos deixados pela população.

Segundo o secretário Carlos Santos atividades como essa ocorrem pelo menos duas vezes ao ano para incentivar a população a fazer o descarte correto de resíduos e preservar o meio ambiente.

Fonte: Portal da Cidade União da Vitória

Secretaria de Desenvolvimento econômico sustentável e Meio ambiente de Porto União realiza evento alusivo ao dia da árvore

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Foi realizado na Praça Hercílio Luz, na área central de Porto União, atividades alusivas ao dia da árvore. Evento ocorreu nesta quarta-feira (19), tendo em vista as condições climáticas que prorrogaram o calendário.
As pessoas que prestigiaram as atividades puderam levar mudas de árvores frutíferas, além de receber orientações e cartilhas de como preservar o meio ambiente. Um ponto de coleta de lixo eletrônico recolheu uma grande quantidade de material, que será realizado o descarte correto por intermédio de empresas parceiras do município.
O evento foi organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Meio Ambiente de Porto União, sob gestão de Carlos Santos

Inadimplência cresce e atinge 63,71 milhões de brasileiros, aponta CNDL/SPC Brasil

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Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (39,41%) estavam negativados em agosto de 2022 – o equivalente a 63,71 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 10,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em agosto deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de julho para agosto, o número de devedores cresceu 0,78%

O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que a melhora de alguns índices do país e a aproximação do período de contratações de trabalhadores temporários para o final do ano podem trazer um cenário mais positivo.

“Alguns índices no cenário macroeconômico tiveram melhora, como aumento do PIB, diminuição do desemprego e liberação de retroativos de auxílio emergencial, mas a inflação alta, especialmente com relação aos alimentos, continua impactando no orçamento das famílias. Por outro lado, estamos próximos das contratações de final de ano e do pagamento do 13º dos trabalhadores, o que geralmente traz alívio para o bolso dos endividados”, diz Costa.

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (34,90%).

O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em junho está na faixa etária de 30 a 39 anos (24,03%), são 15,83 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores. Tal montante equivale a 46,29% do total deste grupo etário. A quantidade segue bem distribuído entre os sexos: 50,88% de mulheres e 49,12% de homens.

Cada negativado deve, em média, R$ 3.630,64. Bancos são os principais locais de dívidas dos inadimplentes. Em agosto de 2022, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.630,64 na soma de todas as dívidas. Cada inadimplente devia, em média, para 1,94 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

Quase quatro em cada dez consumidores (34,41%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 49,24% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em relação ao aumento do endividamento no Brasil, o indicador mostra que em agosto de 2022 houve crescimento de 19,20% em relação ao mesmo período de 2021. O dado observado em agosto deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior.

Na passagem de julho para agosto, o número de dívidas apresentou alta de 1,72%.

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 33,98%, seguido de Água e Luz (10,00%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (‐10,48%) e Comércio (‐2,12%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

 

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 60,50% do total. Na sequência, aparece Comércio (13,13%), o setor de Água e Luz com 10,60% e Comunicação com 8,72% do total de dívidas.

O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, alerta para importância de os consumidores buscarem o máximo de informações a respeito das linhas de crédito oferecidas pelos bancos antes da contratação de um empréstimo.

“Os bancos oferecem diversas linhas de crédito, mas aquelas de mais fácil acesso costumam ser também as mais caras. Por isso, quando as contas não estiverem mais cabendo no orçamento, a orientação é procurar linhas de crédito mais baratas, ainda que isso signifique se deslocar até uma agência bancária ou falar com o gerente da conta. No final, esse movimento pode significar uma boa economia e pode evitar uma bola de neve nas dívidas do consumidor”, destaca Pellizzaro.

A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, aponta a necessidade de se ter uma reserva financeira, mesmo que pequena, para os momentos de crise ou emergência. “Nosso indicador de reincidência mostra que em agosto, do total de negativações, 82,65% foram de devedores reincidentes. Além disso, o tempo médio para pagamento da dívida é superior a 10 meses, ou seja, muitos entram na inadimplência, levam muito tempo para sair e em pouco tempo acabam retornando a essa situação. Mais que um desajuste pontual ou caso isolado, este fato retrata a existência de problemas mais sérios. Renda baixa, inflação e desemprego altos, crise econômica mundial, falta de educação financeira são pontos que ajudam a explicar essa situação. Mesmo com uma renda menor, é fundamental se organizar para ter uma reserva e conseguir acomodar gastos urgentes em períodos difíceis”, destaca a especialista em finanças.

Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

 

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O percentual de famílias inadimplentes, aquelas com dívidas em atraso, atingiu 30% em setembro. É a primeira vez que o índice chega a esse percentual e, portanto, é o valor mais alto da série histórica da pesquisa iniciada em 2010 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em agosto, o número de inadimplentes subiu para 29,6%. Na comparação com setembro de 2021, o indicador cresceu 4,5 pontos percentuais, já que o percentual era de 25,5% na ocasião.

A parcela de famílias endividadas, ou seja, com qualquer dívida (em atraso ou não) também bateu recorde no país em setembro: 79,3%. Em agosto, o percentual era de 79%. Em setembro do ano passado, 74%.

O endividamento das famílias mais pobres, ou seja, aquelas que ganham menos de dez salários mínimos, chegou a 80,3%. É a primeira vez que a parcela supera os 80%. “Embora os atrasos tenham crescido no mês e no ano entre os consumidores nas duas faixas de renda, as dificuldades de pagamento de todos os compromissos do mês são mais latentes entre as famílias de menor renda”, disse a economista da CNC Izis Ferreira.

Entre as mulheres, o percentual de endividamento é maior (80,9%) do que entre os homens (78,2%). As famílias que não têm condições de pagar suas dívidas ficaram em 10,7%, abaixo dos 10,8% de agosto, mas acima dos 10,3% de setembro do ano passado.

Entre os tipos de dívida que mais cresceram em relação a setembro do ano passado estão cartões de crédito (que subiu de 84,6% para 85,6% do total de dívidas), carnês de loja (de 18,8% para 19,4%) e cheque especial (de 4,6% para 5,2%).

 

 

 

GRÁFICO – NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR VALOR TOTAL DAS DÍVIDAS

Recorde: tempo médio de abertura de empresas no Brasil cai para 23 horas

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O tempo médio para a abertura de uma empresa no Brasil caiu para 23 horas ao final do segundo quadrimestre de 2022, ou seja, o período de maio a agosto. Trata-se do menor prazo médio já registrado. O atual patamar corresponde a uma redução de 17 horas em relação ao final do primeiro quadrimestre deste ano.

O Brasil registrou mais de 1,3 milhão de empresas abertas no segundo quadrimestre de 2022, o que corresponde a uma elevação de 2% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano. Os dados constam no Painel Mapa de Empresas, divulgados pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia.

O especialista em contabilidade Wilson Pimentel considera que a importância de se reduzir o tempo médio de abertura de uma empresa no Brasil vai desde a desburocratização nos serviços até a satisfação do empresário, que deseja iniciar as atividades o quanto antes.

“O que leva à redução do tempo de abertura das empresas no Brasil é a implantação de tecnologias pelo governo e contadores, bem como pelos órgãos públicos. Vale salientar que os sistemas estão bem mais sincronizados. A burocracia é um processo natural, até porque o governo precisa ter controles. Mas está cada vez melhor a sistemática de abertura de empresas no país. A cada ano, diminuem os papéis, que são documentos físicos, e permanecem sistemas em plataformas digitais”, destaca.

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No mês de julho, o tempo médio de abertura de empresas no país foi reduzido para um dia e duas horas, uma queda de cinco horas na comparação com o mês imediatamente anterior, quando era de um dia e sete horas.

A empresária Thais Melo tem 22 anos e mora em Brasília. Para ela, a redução é vista como algo positivo, uma vez que também serve de motivação para abertura de novas empresas, e tornar sonhos reais.

“Até recentemente, em 2018, havia muita burocracia. Levava-se dois meses para abrir uma empresa, e cerca de nove meses para se conseguir licenças e alvarás. Isso era algo que prendia muito, porque o interessado ficava à mercê disso, criava expectativas sem saber se daria certo ou não. Com isso, muitas pessoas desistiam”, relata.

A redução no tempo médio necessário para se abrir uma empresa é ainda maior quando notada a evolução da série histórica. Quando a comparação é feita com o início de 2019, a diminuição foi de quatro dias e 10 horas.

As informações acerca do tempo médio contemplam o período médio de consulta prévia de viabilidade, assim como o tempo médio de registro da companhia. Vale destacar que o atual tempo médio alcança a meta prevista para ser atingida apenas em dezembro de 2022.

O levantamento aponta, ainda, que o Brasil registrou 1.379.163 empresas abertas no segundo quadrimestre deste ano, o que corresponde a uma elevação de 2% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano.

Fonte: Brasil 61

ansiedade: a preocupação com o futuro do planeta tem nome

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O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vinculado à ONU, apontou que as ações humanas estão contribuindo para o aquecimento global e que alguns dos efeitos já estão sendo observados no mundo todo.

Além das mudanças climáticas, que é uma problemática mundial, temos observado nos últimos anos no Brasil a boiada passar com inúmeros retrocessos ambientais, desde o desmatamento, que explodiu em todos os biomas, até o perdão de dívidas ambientais, crescimento de incêndios criminosos, enfraquecimento das instituições ambientais, dentre outros. Sobram motivos para ficarmos com medo frente a incerteza do futuro que nos espera.

Esse medo crônico frente a destruição ambiental tem nome, é chamado de eco-ansiedade. O termo se popularizou devido ao relatório da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, lançado em 2017, que discutiu a saúde mental relacionada às mudanças climáticas. O objetivo da publicação é promover a compreensão sobre as implicações da crise socioambiental e do clima para profissionais da saúde, líderes e demais extratos sociais.

A eco-ansiedade é mais suscetível em grupos que lidam com as questões ambientais, como ativistas climáticos, pesquisadores, estudantes universitários e professores, biólogos, comunidades rurais e populações periféricas. A publicação apresenta algumas formas de manifestação dessa condição:

“A capacidade de processar informações e tomar decisões sem ser desativada por respostas emocionais extremas está ameaçada pelas mudanças climáticas. Alguma resposta emocional é normal, e até mesmo emoções negativas são uma parte necessária de uma vida plena. No caso extremo, no entanto, eles podem interferir com nossa capacidade de pensar racionalmente, planejar nosso comportamento e considerar ações alternativas. Um evento climático extremo pode ser uma fonte de trauma, e a experiência pode causar emoções incapacitantes. Efeitos mais sutis e indiretos das mudanças climáticas podem adicionar estresse à vida das pessoas em diferentes graus. Os efeitos do clima se traduzem em saúde mental prejudicada que pode resultar em depressão e ansiedade”. 


Adaptado de ‘Mental Health and Our Changing Climate: Impacts, Implications, and Guidance’ – American Psychological Association.

Um artigo relatou fatores que podem fazer com que sejamos menos capazes de lidar com as mudanças climáticas, onde a eco-ansiedade resulta em sentimento de frustração e impotência para mudar a realidade, sendo até debilitante. Os fatores citados compreendem limitações cognitivas, como dificuldade de lidar com preocupação distantes, ignorância sobre o que fazer, estar habituado com as notícias a ponto de não se importar, subestimar os riscos futuros, sentimento de impotência frente a um problema muito grande, além de questões ideológicas como a ideia de que uma tecnologia ainda não criada vai nos salvar, entre outros.

Além disso, há evidências que sugerem que as mudanças climáticas exacerbam as graves desigualdades de saúde mental existentes dentro das nações. O estudo utiliza como exemplo a comparação de informações sobre saúde mental dos povos originários inuits do Canadá com outros extratos sociais.

Historicamente, as populações inuítes experimentam disparidades substanciais de saúde mental em comparação com a população canadense não indígena, como consequência dos impactos duradouros da colonização. As consequências podem ser observadas na saúde mental: as taxas de suicídio entre os inuítes são até 11 vezes maiores do que a média canadense.10 Assim, é claro que a pressão já associada a disparidades pré-existentes de saúde mental será ainda mais exacerbada por futuras mudanças climáticas e ambientais.

Como minimizar a eco-ansiedade?

Confira um compilado de recomendações descritas por especialistas*

– Aprender maneiras de aliviar ou prevenir a ansiedade e a depressão como ataques de pânico, catastrofização ou outras formas paralisantes de ansiedade.
Os especialistas concordam que uma certa quantidade de ansiedade e mau humor serão evidentes no momento atual com a soma de várias crises, mas os níveis de ansiedade podem ser diminuídos e fortes sintomas de ansiedade podem ser ajudados pelo apoio de outras pessoas e pelo autocuidado. Muitos autores dão dicas práticas de habilidades e estratégias que ajudam quando os sentimentos de ansiedade começam a aumentar. Isso inclui respirar devagar, tomar uma decisão consciente para evitar catástrofes e usar distrações saudáveis ​​e meios reconfortantes;

– Desenvolver habilidades emocionais ou habilidades de saúde mental com antecedência, como a canalização da energia emocional e construção de rotinas diárias que aumentam o bem-estar do corpo e da mente;

– Aprender a manter o sentido da vida. Isso está intimamente ligado às discussões sobre esperança;

– Encontrar formas de participar na resolução de problemas relacionados com a crise ecológica. Os autores enfatizam que há ações individuais e coletivas. No entanto, costumam enfatizar que a ação coletiva deve ser acentuada para aliviar essa ecoansiedade, que decorre dos limites individuais e do sentimento de desamparo. Muitos especialistas alertam contra o uso apenas da ação como antídoto para a ansiedade ecológica, pois isso pode facilmente levar ao esgotamento ou a visões irreais sobre a real importância das ações individuais.- Encontrar suporte e apoio profissional;

– Desenvolver e manter uma forte ligação com a natureza.

*Traduzido e adaptado de INGLE, Harriet E.; MIKULEWICZ, Michael. Mental health and climate change: tackling invisible injustice. The Lancet Planetary Health, v. 4, n. 4, p. e128-e130, 2020.

Amar e mudar as coisas

Além das sugestões de como lidar com a eco-ansiedade, devemos buscar melhorar a forma como comunicamos as questões ambientais. É preciso compartilhar soluções possíveis e buscar apaixonar as pessoas, indo além da comunicação da tragédia. Pensando nisso, a IUCN lançou há uns anos uma campanha chamada “Love, not loss” (Amor, não perda) que para além do futuro catastrófico mostra como é importante contar histórias que deram certo na conservação da biodiversidade.

A Apremavi, junto com inúmeros parceiros, mostra na prática que é possível mudar a realidade. Ao longo dos nossos 35 anos de existência trabalhamos pelo fortalecimento das políticas públicas ambientais, pela criação de unidades de conservação públicas e particulares, em ações de capacitação e educação ambiental, além de atuarmos diariamente na restauração e recuperação de áreas degradadas. Amar e mudar as coisas nos interessa mais, que possamos juntos colocar a mão na massa, sem ceder a paralisia e a inércia, seguimos juntos!

Referências:

CLAYTON, Susan et al. Mental health and our changing climate: Impacts, implications, and guidance. Washington, DC: American Psychological Association and ecoAmerica, 2017.

INGLE, Harriet E.; MIKULEWICZ, Michael. Mental health and climate change: tackling invisible injustice. The Lancet Planetary Health, v. 4, n. 4, p. e128-e130, 2020.

PIHKALA, Panu. Eco-anxiety and environmental education. Sustainability, v. 12, n. 23, p. 10149, 2020

STANLEY, Samantha K. et al. From anger to action: Differential impacts of eco-anxiety, eco-depression, and eco-anger on climate action and wellbeing. The Journal of Climate Change and Health, v. 1, p. 100003, 2021.

O presente conteúdo serve apenas para informação geral, sem pretensão de fornecer diagnóstico, orientação especializada ou indicação de tratamento. Estudos apresentados são de responsabilidade exclusiva dos autores.

Fonte: Apremavi

Playlist melhora concentração e relaxamento para Enem

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Sentada em uma cadeira de rodas e com fones de ouvido, uma senhora de cabelos brancos e olhar curioso movimenta os braços com agilidade, repetindo os movimentos da coreografia d’O Lago dos Cisnes. A ex-bailarina Marta Gonzalez, que vivia em uma casa de repouso na Espanha, faleceu em 2019, mas a imagem de seus braços se movendo ao som da música do compositor russo Tchaikóvski chamou a atenção de todo o mundo porque, além da idade avançada, Marta tinha Alzheimer.

Não é de hoje que a ciência estuda os benefícios que a música parece oferecer ao cérebro humano. Um estudo realizado no Canadá, por exemplo, provou que ouvir a mesma música várias vezes seguidas contribui para que o cérebro de pacientes com princípio de Alzheimer forme novas redes neurais. E ouvir música também é benéfico para quem procura melhores resultados nos estudos. A Universidade de Caen, na França, dividiu estudantes em dois grupos. Ambos tiveram que assistir a uma palestra e, em seguida, fazer uma prova sobre o conteúdo ensinado. O grupo que assistiu à palestra ouvindo música apresentou um rendimento melhor que o outro.

Para a assessora do Sistema Positivo de Ensino Juliana Landolfi Maia, “a música tem um papel importante. Diferentes tipos de música afloram emoções diferentes, evocam memórias e desencadeiam uma série de respostas no corpo. Consequentemente, ouvir música não é apenas um hobby, pode ter efeitos terapêuticos e fazer parte de estratégias para estimular áreas do cérebro que despertam potencialidades de aprendizagem”. Ela é uma das responsáveis pela playlist “Zen Enem”, lançada pelo Sistema Positivo de Ensino para ajudar estudantes a relaxar e se concentrar antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cada uma das faixas da playlist foi escolhida com cuidado para trazer momentos de tranquilidade nessa fase tão complexa.

Saúde mental é parte importante dos resultados

Não é de hoje que a saúde mental é uma preocupação quando o assunto são os vestibulares e o Enem. Em 2019, um estudo feito pelo Programa de Avaliação Internacional de Estudantes com alunos de 72 países apontou que, no Brasil, 56% dos jovens relatam algum tipo de estresse durante os estudos. Com a pandemia de covid-19, esse cenário se tornou ainda mais grave. “O contexto da pandemia, com o distanciamento social necessário, trouxe consigo uma série de desafios de ordem emocional para os estudantes. A incerteza sobre o futuro, o medo e a falta de interação social tiveram consequências graves sobre todas as pessoas, inclusive os jovens”, ressalta Juliana.

Estar tranquilo na hora de resolver uma prova é um dos passos mais importantes para garantir bons resultados. A especialista lembra que “Nessa reta final de preparação, é comum sentir a pressão da proximidade das provas e isso acaba se transformando em tensões no corpo. Cuidar dessas questões, com pausas programadas, pode ajudar muito na concentração e rendimento para os dias de prova que virão pela frente”.