Conquista de Indicação Geográfica abre novos mercados para vinho de Bituruna

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O vinho de Bituruna, fabricado com as uvas casca dura, conquistou a mais nova Indicação Geográfica (IG), na modalidade Procedência, do Paraná. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu o registro, reconhecendo ter esse produto características únicas que o diferenciam de outros vinhos. Quatro vinícolas que formam a Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Bituruna (Apruvibi) podem se apresentar ao mundo ostentando o selo. São elas as vinícolas Bertoletti, Sanber, Di Sandi e Dell Monte.

“O vinho paranaense, de uma forma geral, tem conseguido destaque nacional e internacional em vários eventos de premiação, o que já faz dele um dos mais respeitados por enólogos e pelos consumidores. A Indicação Geográfica de Procedência para os produzidos com a uva de casca dura de Bituruna é mais uma das provas de que esse é um segmento forte no Estado”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A história do vinho em Bituruna, começou em meados de 1940, com a chegada de imigrantes do Rio Grande do Sul na ainda Colônia Santa Bárbara. Os avós de Claudinei Bertoletti, proprietários de uma das vinícolas beneficiadas, estavam entre eles. “Os nonos trouxeram algumas mudas do Rio Grande e naturalmente houve uma mutação, que originou essa uva casca dura”, conta Bertoletti.

Esse cruzamento foi acompanhado pela melhoria genética e pela industrialização a partir de práticas artesanais.

Segundo Claudinei Bertoletti, que também preside a Associação dos Vitivinicultores do Paraná (Vinopar), a casca dura tem a baga mais arredondada, mais amarelada e o aroma é mais intenso e com acidez muito menor.

No princípio, a fruta era usada para licores e como adição em cachaças. Até que o vinho resultante dela se sobressaiu e conquistou paladares apurados. “É uma uva diferente, transmite ao seu vinho um paladar, um equilíbrio de acidez único, e foi por isso que a gente pleiteou para ser uma IG e ter o reconhecimento”, afirmou. “Já era uma IG de fato, agora somos uma IG de direito.”

PRODUÇÃO

A produção do vinho segue um caderno de regras técnicas. Por ser uma uva com pouco mosto, há necessidade de três quilos para se produzir um litro de vinho. Mais que a bordô, que é dois por um, e bem superior à necessidade da niágara, que produz um litro com 1,4 quilo.

Por isso, a produção das quatro vinícolas contempladas com a IG chega, em média, a 60 mil garrafas por ano. “Estamos tentando ampliar os vinhedos, mas do preparo do solo, plantio das uvas até chegar à taça de vinho é uma caminhada de quatro a cinco anos”, explica.

A conquista de Indicação Geográfica de Procedência contou com o apoio do Sebrae, da Prefeitura de Bituruna e dos produtores da região, entre outros. O papel do governo estadual foi destacado por Bertoletti. “Tudo soma e o Paraná, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, tem ajudado muito a desenvolver a vitivinicultura.”

“Mostramos a nossa cara para o mundo, que aqui a gente produz um vinho com qualidade, tradição e história”, completa.

REVITIS

Desde 2019, o Paraná reforçou o incentivo à produção de uvas, sucos e vinhos no Estado, com a criação do Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis). Além de ajudar a produzir mais e com qualidade superior, o programa também apoia a industrialização, a comercialização e o desenvolvimento do turismo em torno da uva. Como apoio, foi implantado um viveiro de material propagativo de videiras em Santa Tereza do Oeste, com capacidade para produzir 100 mil varas ao ano

A obtenção da IG por produtores de Bituruna é estratégica e muito importante para reforçar o trabalho feito no Revitis”, disse o coordenador do programa, Ronei Andretta. Assim como em todo o Estado, em Bituruna o Revitis apoia projetos para expandir a atividade. Em dois deles, já em andamento, foram entregues 15 mil mudas da uva bordô, também muito utilizada para vinho no município, e R$ 158 mil em recursos para obras e equipamentos. Foram beneficiados 43 produtores.

Outros quatro projetos, que ajudarão mais 40 produtores com recursos, estão tramitando no Estado. “O suporte é forte para que a vitivinicultura paranaense ganhe cada vez mais força”, salienta Andretta.

Bituruna sedia anualmente, entre julho e agosto, a Festa do Vinho, que atrai milhares de turistas. Além disso, em 2020 o Governo do Estado concedeu ao município o título de Capital do Vinho.

ONZE NO PARANÁ

Com esta concessão para Bituruna, o Brasil possui agora 104 registros de Indicação Geográfica, sendo 72 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 32 Denominações de Origem (23 nacionais e nove estrangeiras).

Entre as 72 IG de Procedência, 11 são do Paraná: vinho de Bituruna, morango e cafés especiais do Norte Pioneiro, goiaba de Carlópolis, queijo de Witmarsum, uvas finas de Marialva, mel do Oeste, mel de Ortigueira, bala de banana de Antonina, erva-mate de São Mateus do Sul e melado batido e melado escorrido de Capanema. Estão em análise no INPI o barreado do Litoral e a cachaça de Morretes.

 

O que é Indicação Geográfica?

O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire).

O marco legal das Indicações Geográficas no Brasil é a Lei da Propriedade Industrial (nº 9.279/1996), que regula os direitos e obrigações sobre propriedade industrial e intelectual no Brasil. Atualmente, sua regulamentação segue a Portaria INPI/PR nº 04/2022, que estabelece as condições  para o registro das IGs. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI é a instituição que concede o registro legal de IG no país.

 

Conforme essa lei, em especial os artigos 176 a 178, a Indicação Geográfica se constitui sob duas formas: a Indicação de Procedência e a Denominação de Origem. A Indicação de Procedência é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Já a Denominação de Origem é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é uma das instâncias de fomento das atividades e ações para Indicação Geográfica (IG) de produtos agropecuários. No Mapa, o suporte técnico aos processos de obtenção de registro de IG cabe à Coordenação de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários (CIG), vinculada à Coordenação Geral de Agregação de Valor (CGAV) do Departamento de Programas Territoriais Rurais (DEPROTER) da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI).

O MAPA conta com orçamento próprio para incentivar a valorização dos produtos agropecuários através da utilização de signos distintivos. O Ministério oferta cursos; organiza seminários, reuniões e workshops; distribui materiais de divulgação; mapeia os produtos com potencial de identificação e promove parcerias institucionais.

Procura por crédito cai 12,2% em setembro, revela pesquisa da Serasa

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Os juros altos estão inibindo a busca do consumidor por empréstimos. Segundo relatório divulgado ontem (21) pela empresa Serasa Experian, a procura por operações de crédito recuou 12,2% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Essa foi a quarta queda mensal consecutiva.

Segundo a Serasa, os consumidores com renda pessoal mensal de R$ 500 a R$ 1 mil são os que menos têm buscado crédito. Todas as regiões registraram queda, mas a retração foi mais marcante no Sudeste (-13,9%), no Sul (-12,2%) e no Nordeste (-12%).

Juros em alta

De março de 2021 a agosto deste ano, a taxa Selic – juros básicos da economia – subiu de 2% para 13,75% ao ano. Para a Serasa, o encarecimento do crédito desestimula a demanda por crédito e impacta a maioria das linhas. A empresa aconselha ao consumidor reavaliar o orçamento doméstico e poupar dinheiro agora para enfrentar o fim deste ano e o início do próximo, períodos em que tradicionalmente os gastos sobem.

A pesquisa é feita com base numa amostra significativa de números de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), consultados todos os meses na base de dados da Serasa Experian. O levantamento mede as relações de crédito dos consumidores com instituições financeiras e com empresas não financeiras.

8º Colégio da Vila Militar em União da Vitória está com matrículas abertas

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Já estão abertas as matrículas para ingresso do ano letivo de 2023 do 8º Colégio da Vila Militar (CVM) em União da Vitória. Inaugurado no dia 6 de outubro as matrículas estão abertas desde o dia 10. O Jogo Aberto desse sábado, 15, recebeu a presença dos diretores do Colégio, 2º Sargento RR Almires Bughay Filho e Subtenente RR Sérgio Mauro Nunes de Souza.

Localizado na estrutura do Instituto Piamarta, ao lado da BR 476, no Trevo do Mallon, o colégio que é particular ofertará vagas no Ensino Fundamental e 1° ano do Ensino Médio. Posteriormente haverá vagas para turmas do 2º e 3º anos.A Associação da Vila Militar é quem faz a administração da escola e a entidade reúne policiais militares e bombeiros do Paraná, com objetivo de ofertar o ensino com a rotina militar, que tem como lema a valorização da pátria, honra e disciplina.

Foto: Rádio Colmeia

Fonte: Rádio Colmeia

Colégio Túlio de França tem inscrições para cursos técnicos em enfermagem e segurança do trabalho

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O Colégio Estadual Túlio de França, em União da Vitória, disponibiliza até o dia 28 de outubro, inscrições para os cursos técnicos em enfermagem e segurança do trabalho. Os cursos são gratuitos e o requisito é ser maior de 18 anos.

Curso técnico em enfermagem é no período noturno; duração de dois anos; com aulas presenciais; carga horária de 1200 horas mais 640 horas de estágio profissional supervisionado.

Curso Técnico em segurança do trabalho é no Período noturno; com duração de 18 meses; habilitação profissional em segurança do trabalho e aulas presenciais.

Documentação necessária (original e cópias)

RG (identidade) e CPF;

Histórico escolar do ensino médio;

Comprovante de residência atual (fatura de energia elétrica);

Declaração para aluno bolsista da rede privada;

Beneficiário de programa federal (anexar extrato bancário atualizado).

Para mais informações os interessados podem entrar em contato com o Colégio no (42) 3523 1736, ou presencialmente Av. Interventor Manoel Ribas, S/N – 0 – Centro de manhã das 8h às 12h, a tarde das 13h às 17h e a noite das 19h às 22h30.

Fonte: Rádio Colmeia

Governo vai financiar estudo sobre doenças raras e cânceres no Paraná

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O Governo do Estado vai financiar um estudo sobre a genética da população acometida por cânceres e doenças raras no Paraná. O projeto de pesquisa será coordenado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e desenvolvido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). O objetivo é avançar nos estudos genéticos, que podem trazer respostas mais precisas no diagnóstico e tratamento de doenças.

Serão aplicados R$ 408 mil, recursos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Fundo Estadual de Saúde do Paraná (Funsaúde). Esta é a primeira de duas fases de um macroprojeto para implementação de um Centro de Saúde Pública de Precisão no Tecpar.

A assinatura do acordo entre as três instituições, que integram o Parque Tecnológico da Saúde, e a Sesa aconteceu durante o 36ª Congresso Estadual de Secretarias Municipais de Saúde, em Foz do Iguaçu.

“Com o apoio do Governo do Estado, mais uma vez estas instituições, que são referência em saúde pública brasileira, se unem para apresentar novas soluções para o país. Para realizar o estudo, será implantado no Tecpar o Centro de Saúde Pública de Precisão, que irá reunir os especialistas para estudar a genética da população paranaense”, afirma o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, ressaltou que o investimento vai modernizar as instalações das empresas integrantes do Parque Tecnológico da Saúde. “Esses recursos são parte de um pacote de investimentos em equipamentos que estão entre os mais modernos no Brasil. O Paraná dá passos largos em investimento em ciência e tecnologia no âmbito da saúde”, salientou.

CENTRO – Tecpar, Fiocruz e IBMP iniciaram as tratativas para a implantação do Centro de Saúde Pública de Precisão em 2021, visando o fornecimento de novas soluções ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Agora, com o acordo e o financiamento firmados, especialistas das três instituições começam os estudos da população com doenças raras e diversos tipos de câncer, por meio de sequenciamento genético de nova geração e pesquisa genômica. Para isso será utilizada a tecnologia de sequenciamento de DNA do tipo Next Generation Sequencing (NGS), além de outros testes moleculares adicionais que possam contribuir para o diagnóstico de precisão em saúde ofertado à população.

“A implantação deste Centro de Saúde Pública de Precisão significa um serviço tecnológico de ponta, baseado na genômica, a serviço do SUS e também contribuindo para importantes pesquisas no diagnóstico e tratamentos personalizados para doenças raras e vários tipos de câncer”, destacou o diretor-presidente do IBMP, Pedro Ribeiro Barbosa.

A estratégia, explicou, é atuar no presente, olhando para o futuro. “Investindo em soluções para saúde, contribuímos positivamente para a vida das pessoas, para o SUS e para a pesquisa aplicada”, disse.

DOENÇAS RARAS – O Paraná já conta com um cadastro chamado de Síndrome de Doenças Raras (Sidora), criado pela Sesa em parceria com a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe). Por meio do cadastro é possível mapear essas doenças e obter informações que possam subsidiar políticas públicas e ações de atenção e cuidados, de acordo com as necessidades dessa população.

Em 2021, o Sidora contava com 475 pacientes e 184 doenças raras cadastradas, em 158 municípios do Estado.

COMPRAS DESCENTRALIZADAS – No início deste mês, o Tecpar e o IBMP firmaram outra parceria, para fornecer produtos a estados e municípios que tenham interesse em fazer compras descentralizadas do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa pode agilizar a aquisição de itens para abastecer hospitais e unidades de saúde, por exemplo.

O acordo prevê o licenciamento de todos os produtos do IBMP ao Tecpar. Por ser uma empresa pública, o Tecpar poderá ofertá-los ao SUS por meio de compras descentralizadas pelas secretarias estaduais e municipais, começando pelo Estado do Paraná.

Hoje, estados e municípios recebem insumos do Ministério da Saúde para a demanda de suas localidades. No entanto, secretarias estaduais e municipais podem realizar aquisições para atender demandas específicas da sua população.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná

No Paraná, colheita do trigo avança pouco com chuvas intermitentes em todo Estado

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As chuvas intermitentes, que caem em todo o Paraná, não ajudaram a avançar de forma razoável na colheita do trigo na última semana. Com isso, houve piora na qualidade do que ainda permanece nos campos do Estado. A análise desta e de outras culturas está no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente ao período de 14 a 20 de outubro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Na semana anterior, o levantamento de campo mostrava que 7% das lavouras de trigo estavam em condições ruins. Agora, esse percentual subiu para 12%, com redução de 69% para 60% daquelas consideradas boas e aumento de 24% para 28% das que estão em situação mediana.

Devido às chuvas, a colheita evoluiu apenas 4 pontos percentuais durante a semana, chegando a 54% da área. O ritmo é bastante lento, apesar de cada vez mais lavouras estarem plenamente maduras. No ano passado, nesta mesma 42ª semana, a área colhida já chegava a 74%.

A previsão de institutos meteorológicos é de que o sol prevaleça entre sábado (22) e quarta-feira (26). Se isso se confirmar, será a melhor janela de trabalho nas culturas de inverno desde meados de agosto, e deve acarretar atividade intensa nas lavouras tanto em pulverizações, dessecações e, principalmente, colheitas. Além de possibilitar uma melhor avaliação da intensidade dos problemas até agora, tanto em volume quanto em qualidade do trigo.

SOJA, MILHO E FEIJÃO – O documento do Deral aponta, ainda, que as lavouras de soja e milho também apresentaram leve piora nas condições de campo. No entanto, ainda permanece a projeção de boa safra para ambas as culturas.

A primeira safra de feijão do Paraná deve render 243 mil toneladas. Dos 122 mil hectares, 60% já estão semeados, com previsão de se concluir até o final de outubro. Segundo os produtores, o excesso de chuva e as baixas temperaturas estão atrapalhando o plantio e o desenvolvimento das lavouras.

FRUTICULTURA – O boletim traz também uma análise sobre o reposicionamento da agricultura do Norte do Paraná após a geada de julho de 1975, que dizimou os cafezais. No Núcleo Regional de Jacarezinho floresce hoje a produção de cafés especiais e de frutas com alta qualidade, atestadas e creditadas por certificações de reconhecimento nacional e internacional.

Segundo o documento, na região há 2,9 mil hectares de pomares, com produção de 55,9 mil toneladas de 21 frutas diferentes. A goiaba e o morango são as de maior destaque, responsáveis por 67,1% dos R$ 209,5 milhões do Valor Bruto da Produção (VBP) regional das frutas.

PECUÁRIA DE CORTE – Se as chuvas não têm ajudado os produtores de grãos a desenvolver seus trabalhos, para as pastagens trazem benefícios. Com mais alimento no campo, os produtores de gado de corte aliviam um pouco os custos de produção.

Mesmo com as exportações recordes em setembro, a demanda interna fraca e a boa oferta estão segurando os preços da arroba bovina. Cotada a R$ 283,52 no Paraná, apresenta queda de 1% desde o fim de setembro e se mantém abaixo dos R$ 300,00, patamar em que esteve boa parte do tempo em 2021.

PCPR incinera mais de 3,5 toneladas de drogas em Curitiba

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) incinerou mais de 3,5 toneladas de drogas em Curitiba, entre julho e setembro deste ano. Entre os produtos incinerados estão maconha, crack, cocaína, ecstasy, LSD, MDMA e haxixe. As drogas foram apreendidas em operações realizadas pelos distritos da PCPR na capital. A estimativa é que renderiam cerca de R$ 17 milhões para o crime organizado.

Do total incinerado, a maior parte era maconha e cocaína, totalizando 2,5 toneladas e 148,6 quilos, respectivamente.

“As incinerações regulares refletem o trabalho das unidades policiais nas ruas, com a apreensão dessas substâncias”, afirma a delegada chefe da Divisão da Capital da PCPR, Maritza Haise.

Ela ressalta que a incineração também tem impacto na segurança e na liberação de espaço nas unidades, uma vez que são feitas de forma regular e impedem a estocagem de grandes quantidades por prazos alongados.

As destruições das drogas devem ser realizadas em, no máximo, 30 dias, contados da data da apreensão. A exigência está descrita na Lei federal 11.343/96.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná

Comitiva argentina conhece potencial de infraestrutura e logística do Paraná

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Governadores das dez províncias que formam o Norte Grande da Argentina e membros do Conselho Federal de Investimentos do país vizinho estiveram reunidos com vice-governador Darci Piana, nesta quinta-feira (20), no Palácio Iguaçu, para conhecer as oportunidades que ligam o Paraná à região argentina. O encontro destacou a infraestrutura forte do Paraná, que contribui para a economia da tríplice fronteira, com a apresentação do projeto da Nova Ferroeste.

Piana detalhou as vocações do Estado aos visitantes, tanto agrícolas como na produção energética, assim como as ações do governo estadual que tornaram o Estado referência em educação e sustentabilidade. “Somos grandes na agricultura, na produção de proteína animal e na indústria, mas sem deixar de lado a sustentabilidade”, frisou.

Lembrando que a Argentina é o terceiro destino das exportações paranaenses, Piana destacou a necessidade de fortalecer a comunicação Leste-Oeste do continente.

O Norte Grande da Argentina abrange dez províncias: Tucumán, Salta, Santiago del Estero, Jujuy, Catamarca, La Rioja, Misiones, Chaco, Corrientes e Formosa. A região corresponde a uma área de 850 mil quilômetros quadrados onde residem 9 milhões de pessoas, ou seja, 20% da população daquele país.

FERROESTE – Para o cônsul da Argentina em Curitiba, Eduardo Leone, o objetivo da visita foi cumprido. “Somos uma grande comitiva interessada em conhecer melhor o Estado e as possibilidades de transporte, infraestrutura e comunicações”, disse.

O cônsul e a comitiva receberam informações detalhadas sobre a Nova Ferroeste, que vai ampliar as opções de escoamento para o setor produtivo argentino por um modal ainda pouco explorado.

O projeto prevê a ligação por trilhos de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu e um ramal até Chapecó, em Santa Catarina. A nova ferrovia vai passar por 51 cidades do Paraná, além de municípios de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul, e permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina. Ao todo, serão mais de 1,5 mil quilômetros.

O estudo de demanda indica a circulação de cerca de 38  milhões de toneladas no primeiro ano de operação plena. Deste total, 26 milhões seriam destinados ao Porto de Paranaguá para exportação.

“O investimento nesse modal vai representar um ganho de produtividade e, por consequência, de empregos. A conexão com outros modais também vai promover um aumento de 20% para 60% do potencial da ferrovia no Estado”, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.

VISITA AO PORTO – Na parte da manhã, a comitiva conheceu o Porto de Paranaguá. “Os portos paranaenses têm localização estratégica e se consolidam como hub logístico no Mercosul. Nossa proximidade com a Argentina é um fator chave para atração de cargas e novos negócios”, destacou o diretor de Operações e diretor-presidente em exercício da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Junior.

O cônsul da Argentina em Curitiba, Eduardo Leone, disse que o objetivo central é abrir novas oportunidades de mercado para os dois países. “Nosso interesse é conhecer o funcionamento do Porto de Paranaguá e o sistema de infraestrutura, o corredor Atlântico-Pacífico, e a possibilidade de termos uma maior integração, exportando por portos brasileiros”, explicou.

Para Pablo Palomares, secretário de Integração Regional e Relações Internacionais da Província de Jujuy, foi possível reunir informações que vão ajudar a traçar estratégias de negócios. “Podemos trabalhar o potencial dos portos para exportação e importação, e como vincular a Argentina aos países que fazem parte do Corredor Bioceânico, como Chile, Paraguai e Brasil”, disse.

A Rota Biocênica, um dos projetos do governador Carlos Massa Ratinho Junior, já havia sido tema de conversas com a comitiva da Argentina em recente visita à Brasília, que foi acompanhada por representantes da Nova Ferroeste. A rota é um corredor rodoviário ligando o Brasil ao Chile e que passará pelo Paraguai e essa região da Argentina.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião técnica o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; Bruna Radaelli, assessora de relações internacionais da Invest Paraná; Emerson Coelho, diretor-geral Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística; João Sarolli, assessor técnico econômico do Plano Estadual Ferroviário; o diretor de engenharia da Portos do Paraná, Victor Kengo e o gerente de Marketing da TCP, Mateus Campagnaro. Da comitiva argentina, estiveram presentes o cônsul adjunto da Argentina, Sebastian Bertuzzi; Guillermo Bormioli, chefe de Projetos Especiais do Conselho Federal de Investimentos da Argentina; e representantes das províncias.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná

Hemepar retoma projeto Doador do Futuro nas escolas do Paraná

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Iniciativa inclui palestras, visita à sede do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná e convite para que os pais dos alunos doem sangue.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) retomou o projeto “Doadores do Futuro”, que foi suspenso durante todo o período da pandemia. A iniciativa envolve escolas do ensino fundamental e incentiva a formação de futuros doadores regulares de sangue.

Segundo a diretora do Hemepar, Liana Andrade Labres de Souza, o projeto possibilita que os estudantes desenvolvam um trabalho educativo, que desmitifica tabus e crendices sobre o processo e ressalta a importância da doação voluntária de sangue.
“A ação rebate mitos e mostra que a doação é segura e não traz qualquer problema para a saúde do doador. Além disso, esclarece todas as dúvidas, tornando os alunos divulgadores positivos do tema”, diz.

PROJETO – As escolas solicitam ao Hemepar palestras sobre doação de sangue e, na sequência, são orientadas a trabalhar com o tema de forma multidisciplinar unificada e lúdica, incorporando atividades nas matérias da grade curricular.

“Na aula de português, por exemplo, os alunos podem fazer textos que incentivem  a doação ou uma redação sobre a palestra. Em matemática, é possível trabalhar a fração, porcentagem. Em história, os alunos aprendem como se deu a hemoterapia no mundo e assim por diante”, explica a diretora.

Após a palestra na escola, os alunos são recebidos na sede do Hemepar para conhecer todo o processo, desde o cadastro dos doadores, a doação em si e o armazenamento da bolsa, até o envio ao receptor.

Ao final desse ciclo, a escola convida os pais dos alunos a realizem a doação, que poderá ser feita tanto na sede do Hemepar como na própria escola.

Faculdades também podem agendar uma visita ao Hemepar para que os estudantes das áreas da saúde entendam como é o trabalho dos profissionais que atuam na área.

“O resultado esperado é a mudança comportamental, trazendo reflexos positivos não só para esses alunos, mas para toda a sociedade”, avalia o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná

Rodovias atingidas pelas chuvas recebem serviços emergenciais do DER/PR

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Equipes do DER/PR estão percorrendo a malha estadual e realizando serviços emergenciais em todos os pontos necessários. Usuários devem seguir com cautela durante este período.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) alerta os condutores quanto à necessidade de seguir com cautela pelas rodovias do Estado durante este período de fortes chuvas. Além de prejudicar a visibilidade, o excesso de água sobre a pista pode causar danos pontuais ao pavimento, reduzindo a trafegabilidade.

Técnicos de todas as regionais do DER/PR já estão percorrendo a malha rodoviária estadual verificando essas ocorrências e acionando as equipes de conservação, que fazem serviços emergenciais de tapa-buracos em todos os pontos críticos, garantindo mais segurança e conforto aos usuários.

Outras intervenções mais duradouras já estão sendo programadas para execução assim que as condições climáticas permitirem. “Toda a malha rodoviária do Paraná conta com serviços de conservação por meio de programa do DER/PR, contrato específico ou administração direta. As nossas rodovias estão sendo monitoradas e as melhorias necessárias realizadas e programadas conforme possível, já que intervenções mais definitivas não podem ser feitas sob chuva”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti.

Ele reforçou que os condutores devem seguir com cautela redobrada neste momento, devido à visibilidade da sinalização prejudicada e menor aderência do pneu à pista.

PROGRAMAS – A maioria das rodovias administradas pelo DER/PR recebe serviços dos programas Conservação de Pavimentos (COP) e Conservação e Recuperação com Melhorias do Estado do Pavimento (Cremep), iniciativas mais antigas, cujos contratos estão sendo substituídos pelo programa Proconserva, a medida que se encerram.

O Proconserva é um programa intermediário do DER/PR, visando garantir a conservação e boas condições de segurança das rodovias estaduais, enquanto está em elaboração o próximo programa de conservação. Para esta nova iniciativa estão em desenvolvimento projetos que irão contemplar soluções mais modernas, embasadas por uma cuidadosa análise das condições do pavimento da malha estadual. Será uma nova modelagem para este tipo de contrato, com indicadores de desempenho e resultados mais eficazes e duradouros.

Atualmente estão vigentes dez lotes do Proconserva, um investimento de R$ 216.999.608,63, e já estão em licitação outros 12, com um orçamento estimado de R$ 692.516.710,82.

Há ainda em andamento o programa Integra Paraná, que executa serviços de conservação nas rodovias estaduais do antigo Anel de Integração, durante este intervalo em que está em elaboração o novo programa federal de concessões. São cinco lotes neste programa, com investimento de R$ 93.491.447,26.

E para os usuários das rodovias federais e estaduais antes concedidas está disponível o serviço de operação de tráfego rodoviário, com guinchos mecânicos, veículo de inspeção, veículo de apoio ao Corpo de Bombeiros, entre outros, um investimento de R$ 89.644.998,24. Estes serviços podem ser acionados pelo telefone 0800-400-0404 gratuitamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados.

Outros R$ 33.999.260,51 estão sendo investidos em 12 contratos de conservação de rodovias não pavimentadas, cuja trafegabilidade é mais vulnerável aos efeitos da chuva. Nestes casos são realizados principalmente os serviços de patrolamento e reconformação do leito das pistas.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná

Pela primeira vez, Paraná não tem pacientes internados por Covid-19 em leitos SUS

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Graças à vacinação, os números de casos confirmados e de mortes vêm caindo a cada mês. No auge da pandemia, o Estado chegou a registrar ocupação total de 4,9 mil leitos exclusivos para a doença, além de superlotação em UPAS e hospitais de pequeno porte.

Nesta quarta-feira (19), pela primeira vez desde o início da pandemia do coronavírus, o Paraná não tem pacientes internados por Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação é da Regulação Estadual de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde e inclui os registros da Central de Acesso à Regulação do Paraná (Care) e da Central de Leitos Metropolitana de Curitiba (Clic Metropolitana).

“Perdemos muitos paranaenses para a Covid-19, são muitas famílias devastadas pela doença, algo que infelizmente não temos como reverter. Em nome de todas elas, este é o dia que aguardamos por mais de dois anos”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Fizemos grandes investimentos em equipamentos, insumos, uma ampliação histórica de leitos na Rede SUS Estadual e estabelecemos uma logística de distribuição de imunizantes que colocou a vacina no braço do paranaense da forma mais rápida possível. Foram muitos esforços até chegarmos a este novo cenário. É uma grande vitória para todos nós”, ressaltou.

No período mais crítico da pandemia, em meados de junho do ano passado, o Estado chegou a registrar 100% de ocupação em 4,9 mil leitos exclusivos para tratamento da Covid-19, além da superlotação em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais de pequeno porte. Somente para custeio dessas unidades exclusivas, o Governo do Estado investiu mais de R$ 980 milhões entre contratos com hospitais universitários, unidades próprias e rede privada.

“Desde o início da pandemia, a orientação do governador foi de investir nas unidades próprias e destinar leitos exclusivos para a Covid. Fizemos isso por quase dois anos, mesmo com diversas dificuldades para aquisição de insumos, equipamentos e até medicamentos. Agora, parte destes leitos retornaram para o atendimento geral e eletivo, e estão sendo utilizados no Opera Paraná, o maior programa de cirurgias eletivas do Estado”, acrescentou o secretário.

Ele também destacou a importância da imunização. “Só conseguimos esse feito graças à vacinação e à adesão dos paranaenses. Porém, é de extrema importância que continuemos vigilantes e dando continuidade à imunização, que todos coloquem em dia as doses de reforço”, disse.

SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS – Ainda segundo a Regulação Estadual de Leitos, o Paraná possui 320 pacientes internados com casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em 82 municípios. Dentre os pacientes, 235 estão em leitos de enfermaria, 75 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nove em leitos cirúrgicos e um em leito de psiquiatria geral.

Caracteriza-se caso suspeito de SRAG pessoas com quadro respiratório, geralmente com febre, evoluindo para sinais de desconforto respiratório e diminuição da saturação de oxigênio, com algum grau de comprometimento pulmonar. As causas podem ser vírus respiratórios, entre os quais predominam os da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes.

Os tipos de vírus e bactérias que levam à SRAG variam de acordo com a época do ano. Frequentemente, é um quadro que implica a necessidade de internação, muitas vezes em UTI, dependendo do grau de comprometimento. “Dentro do âmbito do SUS é comum vermos diversos internamentos por SRAG, principalmente quando o caso é atrelado a outras doenças e comorbidades”, explicou Beto Preto.

PANORAMA COVID – Desde o início da pandemia, o Paraná já registrou 2.739.800 casos e 45.150 óbitos causados pelo coronavírus. Nesta quarta-feira (19) foram divulgados 188 casos e 19 óbitos, todos retroativos.

Além de ser o primeiro dia sem qualquer paciente internado, é o quarto dia consecutivo sem mortes pela doença no Estado. 51 municípios não registram óbitos por Covid desde o ano passado, 212 não tiveram mortes no segundo semestre deste ano, 93 só tiveram óbitos entre julho e agosto e 43 registraram mortes nos últimos 50 dias.

Além disso, setembro foi o mês com o menor número de óbitos por Covid-19 desde março de 2020 e com o menor número de casos desde abril do mesmo ano. Este mês os números devem ser ainda menores. Considerando os primeiros 19 dias de outubro, houve uma queda de mais de 76% no número de casos e de óbitos em relação ao mesmo período do mês anterior.

Fonte: AEN

CONSIGNADO AUXÍLIO: CAIXA detalha condições para contratação

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A CAIXA divulgou, nesta quinta-feira, 20 de outubro, um comunicado aos interessados em contratar o Consignado Auxílio, o crédito consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil. O banco recomenda que, antes de solicitar o crédito, é preciso verificar as regras e exigências legais para contratação do crédito.

Aos clientes que já solicitaram o consignado pelo aplicativo CAIXA Tem e estão com pedidos em processamento há mais de dois dias úteis, ou com status “cancelado”, o banco recomenda que refaçam a solicitação diretamente no aplicativo CAIXA Tem, ou procurem uma lotérica ou agência da CAIXA, com documento pessoal e comprovante de residência.

A CAIXA listou as condições para a contratação do Consignado Auxílio. A primeira delas é de que o cliente precisa ser a pessoa responsável pelo recebimento do Auxílio Brasil perante a família.

A segunda condição é de que a prestação máxima do consignado pode ser de até 40% do benefício base. A vice-presidente de Negócios de Varejo da CAIXA, Thays Cintra explica mais: “O valor máximo da prestação pode ser de até 40% do valor do benefício. Esse valor do empréstimo pode ser parcelado em até 24 meses, a nossa taxa de juros é 3,45% e o valor mínimo é de R$15. Nós não cobramos nenhuma tarifa de abertura, nem qualquer tarifa administrativa para conceder esse crédito. As prestações são debitadas de forma automática no benefício e ele [beneficiário] recebe durante aquele prazo do empréstimo, o valor do empréstimo reduzido.”

Já o cliente com dívidas em atraso com o banco deve comparecer a uma agência para receber orientações que auxiliem na gestão do orçamento familiar.

Outro requisito é de que o cliente deve autorizar a instituição financeira a acessar suas informações pessoais e bancárias necessárias para a contratação.

Por fim, para contratar o crédito, o cliente deve receber o Auxílio Brasil há, pelo menos, 90 dias, sendo necessário ter recebido três parcelas.

Fonte: Brasil 61

Senado aprova incentivo para uso de tecnologia avançada na agricultura e pecuária

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A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal aprovou  por unanimidade, nesta quinta-feira (20), o PL 149/2019, que cria o Plano de Agricultura e Pecuária de Precisão. A nova legislação tem  o intuito de ampliar a utilização de técnicas de produção agropecuária no Brasil com a adoção de tecnologia avançada, permitindo um melhor aproveitamento do solo e dos rebanhos.

Georreferenciamento, satélites, internet e informações em tempo real são exemplos de ferramentas tecnológicas que terão o uso incentivado pela nova política. Algumas das principais diretrizes do projeto são o apoio à inovação, à sustentabilidade e ao desenvolvimento tecnológico e à difusão dessas novas tecnologias, além do estímulo à ampliação da rede e da infraestrutura de pesquisa.

A novidade agrada representantes dos setores envolvidos. “A gente tem certeza que, a partir da inserção de tecnologia, novas aplicações, novas gerações de emprego, novos usos de tecnologia vão surgir. E, aí, o dinamismo econômico vai se dar a partir desse uso da tecnologia, sendo mais eficiente na sua aplicação, no caso da agricultura”, comentou Sergio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da  Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). “Então, a gente vê com muito bons olhos essa aprovação no dia de hoje”, enalteceu o gestor.

A expectativa do agronegócio é que o uso de tecnologias de ponta faça com que o ramo ganhe eficiência. “Através do uso de tecnologia, você vai aplicar o fertilizante apenas no local onde é necessária a correção do solo. Quer dizer, você não desperdiça recursos, consequentemente você tem uma maior eficiência na aplicação desses recursos. A racionalização de água tá nesse mesmo contexto, a aplicação de defensivo agrícolas tá nesse mesmo contexto”, frisa Sgobbi.

“Esse PL ele não traz nenhuma obrigação, mas ele traz diretrizes, ele traz os caminhos que o agronegócio pode trilhar para que, através do uso de tecnologias digitais, ele possa se desenvolver ainda mais e ganhar mais vantagem ainda do que ele já tem”, completa.

O avanço tecnológico traz consigo também mudanças no mercado de trabalho, mas, para Sgobbi, não vai ser o caso de demissões. “O uso de tecnologia, ele substitui o emprego que é mais laboral, braçal, por um emprego que é mais intelecto. Então, o que que muda? Não é a quantidade de emprego, muda a característica do emprego. É isso que muda. E a consequência disso é que a gente precisará de profissionais mais habilitados com essa competência”, afirmou o diretor.

O projeto foi apresentado ainda em 2019, tendo origem na Câmara dos Deputados. Como não sofreu alterações no texto da casa de origem e tinha caráter terminativo, o projeto, que recebeu todos os 10 votos favoráveis dos senadores presentes na comissão, vai direto para a sanção presidencial, caso não haja recursos para votação em plenário. Após recebida a notificação, o Presidente da República tem 15 dias úteis para sancionar, vetar parcialmente ou vetar completamente o projeto. Passado esse prazo sem manifestação, a norma é automaticamente sancionada.

Fonte: Brasil 61