Canoinhas reforça atendimento, amplia vacinação e intensifica campanha de cuidados contra a covid

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Canoinhas vai ter vacinação contra a covid-19 neste sábado, dia 15 de janeiro. As informações sobre os horários e públicos a serem imunizados serão divulgadas no decorrer da semana. “Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, maior será a cobertura da imunização, o que reduz a circulação do vírus”, afirma o prefeito de Canoinhas, Beto Passos.

A ação visa conter o avanço do coronavírus no município contemplando as pessoas que ainda não conseguiram deixar a carteira de vacinação em dia.

“Ainda neste mês, o município fará vacinação itinerante em pontos estratégicos nos bairros”, afirma o prefeito.

Canoinhas está com 214 casos ativos de covid-19. A Secretaria de Saúde analisou o perfil epidemiológico deste novo pico da doença: “e percebemos que o número que temos é reflexo da vinda de pessoas contaminadas de outros municípios e das viagens dos canoinhenses durante os feriados do Natal e Ano Novo”, afirma a secretária interina de Saúde, Rafaeli Maize Zieruth.

Dos internados canoinhenses positivados no Hospital Santa Cruz, nenhum está em intubado (há dois pacientes de Três Barras usando respiradores).

Além das ações de vacinação, Canoinhas reforçou o atendimento médico na atenção básica, conforme já anunciado na semana passada.

“Desde julho do ano passado não ultrapassávamos a barreira dos 200 casos ativos de covid. Chegamos a zerar no dia 23 de dezembro e por isso encerramos as atividades na Central Covid”, explica Rafaeli.

Com o novo pico de coronavírus e de casos de gripe, os sintomas respiratórios estão sendo atendidos nas unidades básicas de saúde. Sendo das 7h às 19h: as unidades Central e do Campo. E das 7h às 13h: as unidades Cohab I e Piedade.

Situações emergenciais poderão ser encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento 24h.

 

Isolamento

A Secretaria de Saúde lembra aos pacientes positivados para covid-19 sobre a importância do isolamento social e necessidade de permanecer fora do convívio social por 10 dias. As pessoas precisam lavar sempre as mãos, usar máscaras (e higienizá-las).

 

Divulgações

A Secretaria de Saúde vai reforçar também as divulgações de conscientização sobre cuidados de higiene e importância da vacina nas redes sociais, jornais e rádios.

Governo reduz para 7 dias isolamento de pacientes com covid-19

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O Ministério da Saúde decidiu reduzir de dez para sete dias o período recomendado de isolamento para pacientes com covid-19. Em entrevista coletiva dada no início da noite de ontem (10), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a nova recomendação do governo. Segundo a atualização do guia de vigilância epidemiológica para a covid-19 da pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do isolamento.

Existe ainda uma possibilidade de encurtar ainda mais o tempo de isolamento. Caso no quinto dia o paciente não tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24 horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado.

Se, no entanto, o teste der positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério da Saúde usou como parâmetro as medidas de isolamento aplicadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. No primeiro, o isolamento termina após cinco dias caso não haja mais sintomas. No segundo, o tempo de isolamento é de sete dias, comprovado o fim da infecção com um teste negativo.

Na avaliação de Queiroga, a vacinação no Brasil tem avançado a ponto do governo reduzir o período de isolamento. “Como o Brasil tem avançado muito na campanha de vacinação, em relação ao número de doses de reforço, a população das grandes metrópoles está muito vacinada, podemos vislumbrar um cenário aqui no Brasil mais parecido com o que acontece em países como Reino Unido”.

Além disso, o governo tem se baseado no número de óbitos, que não tem aumentado na mesma proporção da contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus. “A ômicron tem causado um número muito maior de casos, mas felizmente não há correspondência com o número de óbitos”.

Bolsa Atleta vira lei e vai atender mais de 1000 atletas em Santa Catarina

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O Governador Carlos Moisés sancionou o projeto que cria o Bolsa Atleta em Santa Catarina. O programa é uma antiga reivindicação da comunidade esportiva catarinense, e vai beneficiar mais de 1000 atletas e paratletas do estado.

Com a sanção, as equipes técnica e jurídica da Fesporte já começam a preparar o edital de seleção dos atletas e paratletas a serem contemplados com o benefício. Desenvolvido pela Federação em conjunto com as Secretarias de Estado da Fazenda, Educação e Casa Civil, o Bolsa Atleta tem investimento previsto de R$ 8,4 milhões ao ano, em bolsas que variam de R$ 350,00 a R$ 1.500,00.

O objetivo é criar uma situação mais confortável para os atletas – especialmente os que estão em idade escolar –, como uma contrapartida importante para subsídio das despesas esportivas. O projeto de lei estabelece como público prioritário os atletas e paratletas praticantes do esporte educacional, que comprovarem estar matriculados e cursando o sistema educacional público ou privado de ensino fundamental, médio ou superior.

“Além de incentivar a pratica desportiva, a bolsa será importante para que os atletas se mantenham regulares e com bom desempenho no ensino”, afirma o presidente da Fesporte, Kelvin Soares.

Mas o programa também beneficiará atletas de alto rendimento, com o objetivo de estimular a permanência do vínculo destes esportistas com clubes e entidades catarinenses. Foram criadas sete categorias que poderão ser pleiteadas. Como forma de incentivar boas condutas, a nova lei ainda estabelece que o atleta não pode estar cumprindo pena definitiva imposta pelos órgãos oficiais ou pela Justiça Desportiva.

O valor da Bolsa Atleta terá um acréscimo de 20% em duas situações específicas. A primeira será nas modalidades do paradesporto em que são exigidos equipamentos esportivos específicos, adaptados para a competição. A segunda, para atletas acima de 18 anos ou de alto rendimento que comprovarem estar matriculados e frequentando o sistema educacional.

O atleta beneficiado pelo Programa Bolsa Atleta de SC não será impedido de receber benefício similar no âmbito do Governo Federal ou governos municipais.

Prêmio Prioridade Absoluta: juiz do Paraná desenvolve programa de combate à evasão escolar

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As boas notas e a assiduidade na escola não garantiam motivação para a aluna Elisa Jasko vivenciar a rotina da sala de aula. Moradora de General Carneiro (PR), a estudante se sentia tomada por apatia e desinteresse. Já a preocupação de Marilene Mikoaiaewski, da cidade de União da Vitória, no mesmo estado, era como viabilizar equipamentos adequados para que as duas filhas, alunas do ensino fundamental e médio, assistissem às aulas on-line, já que as escolas se encontravam fechadas em função da pandemia de Covid-19.

Apesar de realidades e problemas distintos, Elisa e Marilene têm em comum a atenção que receberam do Programa de Combate à Evasão Escolar desenvolvido em União da Vitória, município localizado no Vale do Iguaçu. Coordenado pelo juiz de Carlos Eduardo Mattioli Kockanny, titular da Vara da Família e Sucessões, Infância e Juventude, o programa iniciado em 2008 vem transformando a vida de pessoas como as duas estudantes.

A ação alcança toda a comarca de União da Vitória, formada pelos municípios de Cruz Machado, Bituruna, Porto Vitória, Paula Freitas e General Carneiro e acompanha de perto o desempenho de estudantes e familiares dessas localidades. Por meio do programa, Elisa foi encaminhada para sessões de microfisioterapia, decisivas para que ela retomasse o interesse pelos estudos. “Eu tinha dificuldade de me comunicar e me faltava disposição. Isso ocorria não apenas na escola”.

Hoje, enquanto aguarda o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em que concorre a uma vaga para o curso de publicidade e propaganda, a estudante participa de exposições onde mostra o talento que possui para desenhos. A mais recente ocorreu no Centro Universitário Vale do Iguaçu (Uniguaçu). Marilene, por sua vez, recebeu um computador do programa que permitiu que suas crianças, mesmo em casa, prosseguissem com os estudos. “Os equipamentos foram fundamentais. Sem eles, minhas filhas não teriam como acompanhar as aulas e alcançar bons resultados na escola.”

Prevenção

O Programa de Combate à Evasão Escolar da comarca de União da Vitória é uma iniciativa do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), que mobiliza toda rede de proteção local às crianças e aos adolescentes, incluindo o Núcleo Regional de Educação (NRE), secretarias estaduais e municipais de Educação, Saúde, Assistência Social, Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Ministério Público e Conselhos Tutelares. A ação foi reconhecida na primeira edição do Prêmio Prioridade Absoluta, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na categoria Juiz, eixo Protetivo.

De acordo com o juiz Mattioli, a iniciativa é uma reformatação do atendimento do Judiciário a demandas sensíveis envolvendo crianças e adolescentes, cujo foco busca antecipar e evitar a ocorrência de conflitos. A articulação do Judiciário com a rede de proteção à criança e ao adolescente, conforme o juiz, é um dos motores do programa. “O Poder Judiciário está inserido na rede de proteção e não pode olhá-la de fora. Ele integra a rede e nosso formato de trabalho mobiliza todos esses atores.”

Mattioli implementou 38 projetos de promoção de cidadania na comarca de União da Vitória, vários deles voltados para a educação. São essas iniciativas, que mobilizam diferentes atores públicos, cidadãos, empresas e entidades de classe, que viabilizam atenção à saúde de alunas como Elisa e o fornecimento de computadores para as filhas de Marilene. “A pandemia gerou uma campanha com intensa participação da comunidade com doação de aparelhos celulares, notebooks e computadores que chegaram a alunos cadastrados pelas escolas conforme critérios socioeconômicos.”

O magistrado ressalta que a prevenção à judicialização, uma política pública estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é um dos fatores de inspiração do Programa de Combate à Evasão Escolar. “Frequentamos e vivenciamos a realidade das escolas para antecipar questões que, futuramente, poderiam chegar até nós de maneira agravada”, afirma. Mattioli destaca a articulação do Judiciário com a rede de proteção à criança e ao adolescente como fundamentais para obtenção de bons resultados.

”O aluno evadido vai chegar ao Poder Judiciário, como regra, de várias maneiras: por envolvimento em delito, consumo abusivo de álcool e outros tipos de drogas, gravidez precoce, relacionamentos precoces e abusivos, violências sexual ou familiar e situações diversas de risco”, conta.

Conforme explica o juiz, o programa identifica quadros que envolvam riscos de evoluir para evasão escolar e antecipa a abordagem de maneira ativa. Mattioli ressalta que, quando os casos chegam à Justiça, o grau de dificuldade para solução é mais elevado. “A situação que origina a evasão escolar já é complexa e para superá-la, envolvemos, além da rede de proteção, a família do aluno.”

Segundo ele, a receptividade de mães e pais ao trabalho é positiva e fundamental para o retorno do estudante. O juiz cita, como exemplo, casos de bullying que afastam crianças e jovens da escola e explica que a ação com esses alunos exige articulação da família, das escolas e de toda rede de proteção.

A evasão escolar, observa o magistrado, é fruto de inúmeros problemas sociais que se repetem nas diversas comarcas brasileiras, independentemente do grau de prosperidade social e econômica. “O fenômeno atinge diretamente aquele que está em desenvolvimento – a criança e o adolescente – que ainda não tem condições de suprir as próprias demandas e depende de uma atuação mais qualificada do poder público. Assim, agimos para que retornem à sala de aula.”

Pandemia

A evasão escolar, que sempre foi um problema grave no país, assumiu contornos desafiadores com a pandemia da Covid-19. O país computava 1,1 milhão de alunos sem acesso à escola em 2019, número saltou para 5,1 milhões em 2020. Os dados, que integram recente pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), apontam que a superação de tamanho retrocesso exigirá empenho e envolvimento de todos os segmentos sociais comprometidos com a consolidação do preceito constitucional que garante o direito universal à educação.

Além das ações básicas como reabertura das escolas com vacinação de estudantes e garantia de condições sanitárias adequadas, o combate à evasão exige, juntamente com estímulos que despertem interesses pela aprendizagem, o atendimento de necessidades mínimas para uma presença qualificada na escola, como alimentação, material pedagógico e transporte. A replicação de práticas que alcançam bons resultados, como a desenvolvida em União da Vitória, também pode se constituir em atalhos para a reinserção de alunos nas salas de aula.

Na avaliação da pedagoga Márcia Senka Tonkio, entre os reflexos da pandemia está o crescimento de casos de alunos com problemas de ordem psicológica. Representante do NRE junto à Vara da Família de União da Vitória, ela aponta que aumentou o número de estudantes com quadro de depressão e que necessitam de apoio. “Contamos com uma equipe de psicólogos no Cejusc que realiza esse atendimento, complementando as ações de combate à evasão. Felizmente, ocorreu uma mudança positiva na abordagem e casos de depressão passaram a ser vistos com a seriedade necessária.”

A especialista ressalta que, além de processos depressivos, outros fatores desencadeiam o afastamento dos estudos, como conflitos ocorridos no ambiente escolar ou familiar. Concorrem para o problema questões como necessidade de trabalhar, desinteresse, dificuldade de aprendizado, doenças crônicas, falta de incentivo dos pais, mudança de endereço e deficiência no transporte escolar. “Nossa equipe está nas escolas para identificar e agir para a superação das dificuldades.”

Proteção

O combate à evasão escolar na comarca observa fluxos com abordagens coletivas e individuais. Mattioli explica que, antes da pandemia, o trabalho era feito com grupos maiores, mas teve de passar por adaptações. “Agora são grupos pequenos de familiares de alunos evadidos e os próprios alunos. Prosseguimos também com a abordagem individualizada, onde se busca uma identificação mais precisa das causas.”

Segundo o juiz, já no primeiro contato, ocorre um retorno de cerca de 50% dos alunos e, no decorrer do ano letivo, outros 30% retornam ao ambiente escolar. “Sempre alcançamos um índice médio de 80% de retorno seguro, que não vai resultar em nova evasão.”

Ele explica que o programa consegue reinserir um número considerável de estudantes em sala de aula no primeiro quadrimestre do ano letivo, criando perspectivas concretas para este aluno conclua o ano com bom aproveitamento, sem necessidade de repeti-lo. “No ano de 2020, infelizmente, não pudemos intensificar a cobrança pelo retorno às aulas porque aquele que passa fome precisa, primeiro, ter o seu direito essencial à alimentação, ter suas demandas mais prementes atendidas.”

Já em 2021, explica o juiz, foi adotado uma ação mais focada na questão social, no atendimento das necessidades das famílias. “No período mais sensível da pandemia, reforçamos o trabalho para obtenção de doações não só de equipamentos eletrônicos, mas de cestas básicas e artigos que permitissem uma estruturação familiar mínima para viabilizar o acompanhamento de aulas on-line pelo estudante.”

Em 13 anos de atuação no combate à evasão escolar, Mattioli aponta que, muitas vezes, mudanças na administração pública se transformam em obstáculos ou ameaça de retrocesso para o programa. “Às vezes, nos deparamos com gestores que adotam linhas superadas e querem recorrer à repressão para combater indisciplina, por exemplo. Nos preocupamos quando nos deparamos com visões pouco humanistas, mas estamos sempre dispostos ao diálogo com quem tem o poder de deliberar sobre políticas públicas.”

Detran-PR alerta sobre retomada do prazo de um ano para obtenção da CNH

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O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) alerta os cidadãos que estão em processo de tirar a habilitação ou obter a primeira Carteira Nacional de Trânsito (CNH) que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) restabeleceu o prazo máximo de 12 meses para a conclusão da formação de condutores de veículos automotores e elétricos.

Por meio da Deliberação nº 248, o Contran estabeleceu que os processos de habilitação ativos no órgão executivo de trânsito do Estado, até 31 de dezembro de 2021, deverão ser concluídos até 31 de dezembro de 2022. A medida também retoma o prazo de 12 meses para os processos de habilitação abertos a partir do dia 1º de janeiro de 2022.

“Devido à pandemia, o Contran havia interrompido por tempo indeterminado o prazo para a conclusão deste processo. Agora, o candidato deve se atentar para não deixar o prazo passar e perder o processo. Mas, para os que se matricularam este ano, um ano é tempo suficiente para a conclusão de um processo de formação de condutor”, afirma o diretor-geral do Detran, Wagner Mesquita.

O candidato que não terminar todas as etapas para obtenção da CNH dentro do prazo de 12 meses terá que refazer o processo.

Para obter a 1ª habilitação, ou Permissão para Dirigir (PPD), o candidato deve agendar um horário em uma unidade do Detran. Também pode ir a uma autoescola, apresentar documentos e comprovante de endereço, pagar a taxa, fazer a captura biométrica, foto e assinatura, agendar e fazer os exames de aptidão física e mental e avaliação psicológica individual e coletiva, se exercer atividade remunerada (EAR) e iniciar o curso teórico técnico na autoescola se for aprovado nos exames.

Após completar a carga horária mínima de 45 horas/aulas, deverá agendar e fazer a prova teórico-técnica no Detran. Se aprovado, pode iniciar o curso prático de direção veicular na autoescola. Após a carga mínima de 20 horas/aula, deve agendar e fazer a prova prática de direção veicular no Detran. Após aprovação, sua PPD será emitida.

A deliberação do Contran também prorrogou por um ano, contado desde 03 de novembro de 2021, os prazos para utilização dos veículos de aprendizagem em Centros de Formação de Condutores (CFCs).

Contran

A decisão alterou a regra vigente. Os prazos foram suspensos em razão da pandemia de covid-19.

As exigências para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) permanecem as mesmas. O interessado deve procurar o Departamento de Trânsito (Detran) do seu estado. O candidato deve realizar os testes de aptidão física e psicológica e aulas teóricas com duração de 45 horas/aula, seguidas de uma prova.

A autoridade de trânsito também exige que seja feito um curso prático de direção com, no mínimo, 20 horas/aula tanto para a categoria A (motocicleta) quanto para categoria B (automóvel). Após todas essas etapas, o candidato faz a prova prática.

É preciso ficar atento às regras de cada unidade da Federação. No Distrito Federal, por exemplo, uma resolução determinou que as pessoas com carteira vencida desde junho de 2020 concluam a renovação até o dia 31 deste mês.

Em São Paulo por exemplo, foi estabelecido em novembro de 2021 um novo calendário para a renovação, após um período com prazos suspensos com forma de evitar aglomeração e diminuir impactos da covid-19.

A habilitação é obtida de acordo com cinco categorias, divididas a partir do perfil do veículo, da quantidade de rodas e da capacidade de transporte de cada automóvel, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (Lei No 9.503, de 1997):

I – Categoria A – veículo motorizado de duas ou três rodas;

II – Categoria B – veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, com peso não excedendo 3,5 toneladas e com até oito lugares, fora o do motorista;

III – Categoria C – veículo usado em transporte de carga com peso maior do que 3,5 toneladas;

IV – Categoria D – veículo utilizado no transporte de passageiros com lotação maior do que oito lugares, excluído o do motorista;

V – Categoria E – combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e com outras unidades como reboque, semirreboque, trailer com pelo menos 6 toneladas e com lotação maior do que oito lugares.

Para obter CNH na categoria D, é obrigatório ter pelo menos 21 anos, menos dois anos na categoria B e um ano na categoria C. Para obter a autorização na categoria E, é exigido estar pelo menos há um ano na categoria C. Também é requisito a realização de curso de treinamento de direção em situação de risco.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir com a carteira vencida há mais de 30 dias configura infração gravíssima e gera multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira de habilitação.

Renovação

A renovação deve ser realizada quando vencer a CNH. A validade da CNH para quem tira o documento é agora de dez anos para pessoas com até 50 anos, prazo alterado pela nova versão do Código Brasileiro de Trânsito que entrou em vigor em 2021.

Para motoristas com idades entre 50 e 70 anos, o prazo para renovação foi ampliado também para cinco anos. Para pessoas com mais de 70 anos, é preciso atualizar a habilitação a cada três anos.

Também pelo novo código, as autoridades estaduais de trânsito ficam obrigadas a comunicar por meio eletrônico o condutor 30 dias antes do vencimento de sua CNH. O interessado deve procurar o departamento estadual de trânsito e cumprir seus requisitos, que em geral envolvem taxas e atualização de dados.

Para efetivar o procedimento, é necessário quitar os débitos existentes em relação ao condutor ou ao seu veículo. A cada dez anos será preciso realizar novos exames de aptidão física e mental, em geral efetuados por clínicas conveniadas juntamente a cada Detran.

Para os motoristas das categorias C, D e E, que incluem veículos maiores, como caminhões e ônibus, também passou a ser obrigada a realização de um exame toxicológico. Segundo o Código de Trânsito, o objetivo do teste é identificar “o consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção e deverá ter detecção mínima de 90 (noventa) dias”.

“Onda de calor” da América do Sul não será tão intensa no Paraná, aponta Simepar

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Uma intensa onda de calor e de tempo seco será intensificada no centro-norte da Argentina e o Uruguai entre 10 e 18 de janeiro e deve ocasionar um período de temperaturas bastante elevadas para os países vizinhos, segundo previsões meteorológicas de institutos da América do Sul. Os reflexos também serão sentidos no Rio Grande do Sul e no Paraguai. Nessas regiões, devido à ausência de precipitação causada pelo tempo seco, o ambiente atmosférico será muito favorável para o forte aquecimento atmosférico, persistente por vários dias.

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) informou na tarde desta segunda-feira (10) que essa onda prevista para os próximos dias não será intensa no Estado, apesar da probabilidade de tempo mais abafado.

O Paraná continuará a registrar chuvas irregulares, justamente devido ao aquecimento atmosférico e disponibilidade de umidade no ar. Ao longo deste domingo (9), por exemplo, a chuva foi significativa no Oeste e no Noroeste do Estado, com acumulados perto dos 20 mm em vários municípios (Altônia, Palotina e Assis Chateaubriand, por exemplo).

No Paraná, segundo o Simepar, as regiões que serão mais afetadas pelo calor persistente serão os setores que na última semana já registraram temperaturas elevadas, como o Oeste, o Sudoeste, o Norte e o Noroeste. Na metade de janeiro, entre 14 e 18, as regiões Sul, Campos Gerais, Central e Leste (Curitiba e Litoral) também vão registrar temperaturas altas, típicas do verão, mas nada fora da normalidade.

“Mesmo que o Paraná não seja impactado diretamente pela forte onda de calor que está em intensificação nos países vizinhos, devem-se manter os cuidados recomendados pelos órgãos de saúde pública, como o uso de protetor solar, evitar exercícios físicos no período mais crítico do dia, entre 10 e 16h, além de fazer a ingestão de bastante líquido para evitar a desidratação”, afirma o Simepar, em nota.

PÓS-FRIO – A notícia de tempo bom espanta o “frio de verão” que tomou conta de parte do Estado no final de semana. Segundo o Simepar, as temperaturas mínimas chegaram a 13,1° C em Palmas, 13,9° C em Guarapuava, 14,4° C em Inácio Martins, 14,6° C em General Carneiro e Cascavel e 16,1° C em Curitiba. Mesmo com o aumento da temperatura, a semana ainda deve ser chuvosa na região Leste, Norte e Noroeste.

Detran-PR alerta sobre retomada do prazo de um ano para obtenção da CNH

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O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) alerta os cidadãos que estão em processo de tirar a habilitação ou obter a primeira Carteira Nacional de Trânsito (CNH) que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) restabeleceu o prazo máximo de 12 meses para a conclusão da formação de condutores de veículos automotores e elétricos.

Por meio da Deliberação nº 248, o Contran estabeleceu que os processos de habilitação ativos no órgão executivo de trânsito do Estado, até 31 de dezembro de 2021, deverão ser concluídos até 31 de dezembro de 2022. A medida também retoma o prazo de 12 meses para os processos de habilitação abertos a partir do dia 1º de janeiro de 2022.

“Devido à pandemia, o Contran havia interrompido por tempo indeterminado o prazo para a conclusão deste processo. Agora, o candidato deve se atentar para não deixar o prazo passar e perder o processo. Mas, para os que se matricularam este ano, um ano é tempo suficiente para a conclusão de um processo de formação de condutor”, afirma o diretor-geral do Detran, Wagner Mesquita.

O candidato que não terminar todas as etapas para obtenção da CNH dentro do prazo de 12 meses terá que refazer o processo.

Para obter a 1ª habilitação, ou Permissão para Dirigir (PPD), o candidato deve agendar um horário em uma unidade do Detran. Também pode ir a uma autoescola, apresentar documentos e comprovante de endereço, pagar a taxa, fazer a captura biométrica, foto e assinatura, agendar e fazer os exames de aptidão física e mental e avaliação psicológica individual e coletiva, se exercer atividade remunerada (EAR) e iniciar o curso teórico técnico na autoescola se for aprovado nos exames.

Após completar a carga horária mínima de 45 horas/aulas, deverá agendar e fazer a prova teórico-técnica no Detran. Se aprovado, pode iniciar o curso prático de direção veicular na autoescola. Após a carga mínima de 20 horas/aula, deve agendar e fazer a prova prática de direção veicular no Detran. Após aprovação, sua PPD será emitida.

A deliberação do Contran também prorrogou por um ano, contado desde 03 de novembro de 2021, os prazos para utilização dos veículos de aprendizagem em Centros de Formação de Condutores (CFCs)

Vagas de emprego disponíveis para o dia 10/01

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01 vaga para atendente balconista/serviços gerais: masculino com cnh b (6023035);

01 vaga para ajudante de pátio de sucata/serviços gerais (6049084);

01 vaga para auxiliar administrativo:

01 vaga para auxiliar de cozinha: preferencialmente feminino (5980263);

01 vaga para auxiliar de serviços gerais: meio período (6050589);

01 vaga para auxiliar de linha de produção: masculino (5920192);

03 vagas para auxiliar de linha de produção: masculino (5943697);

02 vagas para auxiliar de linha de produção: masculino com experiência (5861110);

03 vagas para auxiliar de operador de silo secador: para trabalhar em paulo Frontin;

01 vaga para carpinteiro (6050106);

01 vaga para caseiro/zelador de sede: para trabalhar em paulo Frontin;

01 vaga para eletricista de manutenção industrial: com experiência (5821962);

01 vaga para garçom: preferencialmente masculino (5980276);

01 vaga para garçom (6011328);

03 vagas para mecânico de manutenção de máquina industrial (5913173);

01 vaga para mecânico de manutenção de máquina industrial: com experiência na ctps (5989754);

02 vagas para motorista: categoria d, com ensino médio completo (6003271);

01 vaga para motorista de micro-ônibus: cnh d e curso de transporte coletivo;

02 vagas para operador de caldeira: masculino com experiência e curso rn13 (5876076);

01 vaga para operador de máquina lixadeira;

01 vaga para operador de máquina tupia;

01 vaga para operador de máquina desempenadeira;

01 vaga para operador de máquina router;

01 vaga para operador de máquina serra circular;

01 vaga para operador de roçadeira;

02 vagas para operador de silo secador: para trabalhar em paulo frontin;

01 vaga para pedreiro (6050523);

01 vaga para serviços gerais: preferencialmente masculino com experiência, trabalhar em cozinha e limpeza disponibilidade para trabalhar em general carneiro (5989993);

01 vaga para serviços gerais na manutenção de edificações: masculino (5998347);

01 vaga para secretária: com experiência e conhecimento em informática (6033079);

01 vaga para servente de obras (6050209);

01 vaga para servente de obras (6050574);

01 vaga para serviços gerais/reflorestamento

01 vaga para serviços gerais/linha de produção: exclusivo pcd (5957992);

01 vaga para soldador: com experiência comprovada na ctps (5989855);

01 vaga de supervisor de operações na área de controle de produção: com experiência (5875923);

06 vagas para técnico elétrico ou técnico mecânico: com experiência de 3 anos comprovado na ctps (5958548);

01 vaga para técnico de informática;

01 vaga para técnico florestal/ agrícola: com experiência de 2 anos na área (5858547);

01 vaga para técnico de segurança do trabalho (6000558);

01 vaga para técnico de segurança do trabalho (6020448);

01 vaga para técnico de segurança do trabalho (6033059);

01 vaga para torneiro mecânico: com experiência comprovada na ctps (5989828);

01 vaga para vendedor pracista: com cnh b (6025047);

01 vaga para vendedor interno/externo (6050665);

01 vaga para vidraceiro: com experiência (6046470);

Santa Catarina planeja investimento de R$ 150 milhões para minimizar impactos da estiagem no meio rural

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Os produtores rurais de Santa Catarina contarão com um novo aporte de recursos do Governo do Estado para investimentos em sistemas de captação, armazenagem e uso de água. Em 2022, o Programa SC Mais Solo e Água terá R$ 100 milhões disponíveis para ampliar a resistência hídrica no meio rural e minimizar os impactos das recorrentes estiagens. Além disso, existe a sinalização da Assembleia Legislativa de mais R$ 50 milhões para reforçar essas ações.

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, nesta quinta-feira, 5, durante reuniões com 58 prefeitos das regiões Oeste e Extremo Oeste: “O SC Mais Solo e Água foi um investimento certeiro no meio rural catarinense e está diminuindo a fila de espera para o recebimento de água. Nós queremos que cada vez mais produtores acessem os recursos para investir em captação e armazenagem de água, além da recuperação de fontes e nascentes, só assim estaremos mais preparados para enfrentar as estiagens – que já se tornaram recorrentes em Santa Catarina”, destaca.

Este será o segundo ano consecutivo que o Governo destina recursos para o combate à estiagem. Em 2021, foram R$ 100 milhões em investimentos, que beneficiaram mais de 2,4 mil agricultores e 100 prefeituras. O Programa SC Mais Solo e Água possui linhas de apoio especiais com descontos que podem chegar a 75% do valor contratado no financiamento para construção de sistemas de armazenagem e distribuição de água.

As informações sobre os Programas para aumentar a resiliência hídrica foram esclarecidas pelo secretário Altair Silva e por representantes da Defesa Civil aos prefeitos em uma série de reuniões com membros das Associações de Municípios das regiões mais afetadas pela falta de chuvas.

Durante o encontro, Altair Silva confirmou ainda a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a Chapecó na próxima quarta-feira, 12, para avaliar a situação da estiagem no estado. Segundo a agenda oficial, a ministra conhecerá duas propriedades rurais afetas pela falta de chuvas e terá uma reunião com lideranças e representantes dos municípios da região Oeste e Extremo Oeste.

SC Mais Solo e Água

Na linha Água para Todos, os produtores terão acesso a até R$ 100 mil, sem juros e com cinco anos de prazo para pagar. Podem ser feitos investimentos em captação, armazenagem, tratamento e distribuição de água na propriedade rural. Os beneficiários adimplentes terão uma subvenção de 50% no valor das parcelas, ou seja, o governo do Estado pagará metade do financiamento.

As famílias em situação de vulnerabilidade social e de renda terão um apoio ainda maior. O limite será de R$ 20 mil, sem juros e com cinco anos de prazo, e o bônus chega a 75% em caso de pagamento das parcelas em dia. Na prática, se o produtor acessar o valor máximo do financiamento (R$ 20 mil), ele irá pagar apenas R$ 5 mil, sendo o restante garantido pela Secretaria da Agricultura.

Os produtores rurais contam com apoio, também, para isolamento e recuperação de mata ciliar, proteção e recuperação de nascentes, terraceamento e cobertura do solo. Na linha Cultivando Água e Protegendo o Solo, estão disponíveis financiamentos de até R$ 30 mil, sem juros e com cinco anos para pagar. Os beneficiários adimplentes receberão subvenção de 50% no valor das parcelas.

Linhas emergenciais

A Secretaria da Agricultura mantém ainda dois programas com crédito emergencial para atender os agricultores catarinenses. Com o Reconstrói SC, os produtores têm acesso a financiamentos de até R$ 10 mil, sem juros e com cinco anos para pagar, para recuperação de sistemas produtivos. Caso o pagamento seja feito em dia há um desconto de 50%.

“Esse Programa pode ajudar nessa questão de custeio, para fazer a recomposição de pastagens e aquisição de sementes. É muito importante que os agricultores procurem os escritórios da Epagri, principalmente os produtores de leite, que tiveram prejuízos com as pastagens”, explica o secretário adjunto da Agricultura, Ricardo Miotto.

Estiagem em Santa Catarina

A estiagem é causada pelo baixo volume de chuvas nas regiões Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina. A média atual de precipitações nesses locais é de, respectivamente, 20, 31 e 46 milímetros. Sendo que o esperado seria uma média em torno de 150 mm.

A principal preocupação do setor produtivo é a quebra na safra de milho – tanto milho grão quanto silagem – que deve impactar diretamente as cadeias produtivas de carne e leite. De acordo com as informações da Epagri/Cepa, a colheita estadual deve ter uma redução de 12,2%, sendo que nas regiões Oeste e Extremo Oeste algumas lavouras tiveram perdas de até 50%. Até o momento, as perdas são avaliadas em R$ 1,2 bilhão no meio rural catarinense.

Paraná

A agricultura paranaense estima redução nas safras de soja, milho e feijão. A crise hídrica, que já se estende de forma mais severa desde meados de 2019 no Paraná, somada à temperatura ambiente e de solo excessivamente elevada, ampliou a estimativa de perdas para o setor agrícola do Estado. Um levantamento preliminar aponta que o valor nas três principais culturas do período – soja, milho e feijão – está em torno de R$ 24 bilhões, com tendência de aumento.

No final de janeiro, quando o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, consolidar os números será possível dimensionar o prejuízo de forma mais concreta em cada uma das regiões. Além dessas culturas, o novo relatório deve registrar redução também em outras atividades agrícolas, entre elas batata, tabaco e frutas.

“As perdas conferidas pelos técnicos no campo estão sendo surpreendentes e em evolução. Refizemos algumas contagens nos últimos dias e os valores são superiores aos que tínhamos verificado e anunciado anteriormente”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “É uma perda muito relevante para nossa economia, certamente uma renda que fará falta.”

Para possibilitar tomadas de medidas de forma mais ágil e ajudar agricultores e outras categorias de profissionais afetadas pela estiagem no Estado, o governo decretou situação de emergência. “Permite que os agricultores façam minimamente renegociações com fornecedores e com bancos, e estamos atentos, junto com os municípios, para que possamos enfrentar as dificuldades de abastecimento de água para animais, para humanos, para a produção”, afirmou Ortigara.

O secretário já participou de duas reuniões, que também tiveram representantes de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é encontrar solução de forma conjunta para amenizar os prejuízos para os produtores. “Queremos acelerar o processo de avaliação de Proagro, de seguro, para aqueles que têm direito”, disse. O Governo do Paraná já conversa com as seguradoras que atendem o Estado.

No entanto, uma grande parte dos produtores ainda não tem cobertura de seguro para suas culturas. “Renovamos mais uma vez a sugestão aos agricultores para que utilizem esse instrumento que garante mais segurança em casos como esse”, sugeriu Ortigara.

CULTURAS

De forma preliminar, estima-se que, até agora, a soja, principal cultura deste período na safra 2021/22, teve percentual de perdas de 37%. Inicialmente, projetou-se colheita de pouco mais de 21 milhões de toneladas. No entanto, pelo levantamento desta quarta-feira, 05, aproximadamente 7,9 milhões não serão mais colhidas, restando uma produção de 13 milhões de toneladas. Somente nessa cultura, a estimativa de prejuízo monetário é de R$ 21,5 bilhões.

A soja está toda plantada no Paraná. De acordo com o boletim de plantio e colheita, a lavoura está com 13% em desenvolvimento vegetativo, 31% em floração, 49% em frutificação e 7% em maturação. Entre o documento divulgado nesta terça-feira (03) e o anterior, de 20 de dezembro, o percentual de soja em situação ruim aumentou de 13% para 31%, em condição média subiu de 30% para 39%, enquanto a boa caiu de 57% para 30%.

No milho de primeira safra, a previsão ainda parcial é de que haverá quebra de 34%, baixando das 4,2 milhões de toneladas previstas inicialmente para 2,7 milhões de toneladas. Os produtores deixarão de receber R$ 2 bilhões. Do milho que está semeado, a condição de ruim subiu de 10% para 25% da lavoura. Em situação média encontram-se 40%, contra 27% em 20 de dezembro. Enquanto o percentual de boa baixou de 63% para 35%.

Em campo, 6% estão em desenvolvimento vegetativo, 28% em floração, 53% em frutificação e 13% em maturação. A expectativa dos produtores é que a chamada safrinha de milho, a principal para essa cultura no Paraná, que começou a ser plantada em janeiro e se estende até março, dependendo da região do Estado, se desenvolva em condições normais e alcance o volume esperado de 15 milhões de toneladas.

Entre as culturas mais importantes deste período, também se destaca o feijão de primeira safra, que tem 100% da área plantada e 38% já colhida. Do que permanece no campo, 9% estão em floração, 43% em frutificação e 48% em maturação. Mas as condições de desenvolvimento da cultura se alteraram bastante. Enquanto 6% estavam em situação ruim; 35% médias e 59% boas, em 20 de dezembro, agora 20% estão ruins; 45%, médias e 35%, boas. A estimativa parcial é de redução de 107,6 mil toneladas (39%) na produção inicial de 275.795 toneladas. Em valores, a perda deve superar R$ 429,2 milhões.

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), há fenômenos climáticos capazes de alterar de forma expressiva a circulação geral do sistema terra-oceano e, por consequência, modificar o regime de chuvas e a temperatura média do ar. Um desses fenômenos é conhecido por El Niño, quando as águas do Oceano Pacífico Equatorial estão mais quentes que o normal. Ou em sua fase negativa, a La Niña, com águas mais frias e que ocasiona irregularidade nas chuvas sobre o Paraná.

Levantamento do Simepar aponta que, no primeiro semestre de 2019, o Pacífico estava na fase quente. A partir do segundo, voltou a valores muito próximos do normal para a região, permanecendo assim até meados de 2020. No entanto, logo depois houve o resfriamento, com atuação do evento La Niña. Isso afetou o clima no Paraná nas estações de primavera 2020, e verão e outono de 2021. A primavera de 2021 também foi muito influenciada pelo La Niña, com pouca chuva no Estado, o que deve se estender pelo verão de 2022.

Vacina contra covid-19 com IFA nacional será entregue em fevereiro

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Com a autorização dada sexta-feira (7) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) utilize o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA feito pela própria fundação na fabricação da vacina contra covid-19, as primeiras doses do imunizante 100% nacionais devem ser entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro.

De acordo com a Fiocruz, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) dispõe, no momento, de insumo o suficiente para a fabricação de 21 milhões de doses com o IFA nacional, que se encontram em diferentes etapas de produção e controle de qualidade.

“A previsão é que as primeiras doses do imunizante sejam envasadas ainda em janeiro e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina”, informou a Fiocruz.

A presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, destacou que é uma grande conquista para a sociedade ter uma vacina 100% nacional, sendo essa a primeira do país.

“A pandemia de covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com a aprovação, hoje, pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde para a vacina, que vem salvando vidas e contribuindo para a superação dessa difícil fase histórica do Brasil e do mundo”.

A produção nacional do IFA começou em julho de 2021, após a assinatura do contrato de Transferência de Tecnologia com a parceira AstraZeneca. A absorção da tecnologia ocorreu em tempo recorde, cerca de um ano, quando esses processos costumam levar cerca de 10 anos.

Segundo a Fiocruz, a Anvisa comprovou a equivalência do processo produtivo, ou seja, que as vacinas produzidas com o IFA de Bio-Manguinhos/Fiocruz “possuem a mesma eficácia, segurança e qualidade daquelas processadas com o ingrediente importado”.

No ano passado, a fundação chegou a ficar sem IFA para fabricar as vacinas, devido à dificuldade de importação do produto . Com isso, cidades precisaram atrasar o cronograma de vacinação devido à falta do imunizante.