Estado aumenta em 40% valor pago das diárias para leitos de psiquiatria
Com foco em melhorar o atendimento à saúde mental no Paraná, o Governo do Estado autorizou o incremento de 40% no valor pago das diárias para leitos de psiquiatria ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de adultos e adolescentes. A mudança foi oficializada nesta segunda-feira (21) pelo governador em exercício Darci Piana, em cerimônia no Palácio Iguaçu.
A medida vai beneficiar 11 hospitais das cidades de Campo Largo, Curitiba, Jandaia do Sul, Loanda, Londrina, Maringá, Piraquara, Rolândia, Umuarama e União da Vitória, e representa um investimento anual de R$ 12 milhões a mais por ano – valor que pode ser ainda maior de acordo com o aumento no número de atendimentos. A rede de psiquiatria estadual conta atualmente com 1.667 leitos.
“Estamos fazendo a atualização das diárias, uma medida mais que necessária em razão da defasagem desses valores. Sabemos que não vai resolver completamente o problema, que depende da participação ativa do governo federal, mas ajudará bastante”, destacou Piana. “A saúde é prioridade no Paraná e uma obstinação do governador Ratinho Junior”, acrescentou.
Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto explicou que com a alteração nos valores o Paraná passa a destinar para a área praticamente o mesmo valor ofertado pelo Ministério da Saúde. A previsão, disse ele, é que em 2022 os recursos federais para a manutenção dos leitos sejam de R$ 50,8% milhões, com a contrapartida estadual totalizando R$ 46,3 milhões.
“É praticamente um por um. Estamos enfrentando de frente a questão da saúde mental, um gargalo do SUS. São quase 1,7 mil leitos de psiquiatria disponíveis no Estado e não podemos deixar que nenhum seja fechado, por isso o investimento”, afirmou. “O paciente com algum tipo de distúrbio psiquiátrico merece um atendimento diferenciado e justo, precisamos estar preparados”, completou o secretário.
VALORES – Com a iniciativa, o complemento por diária para atendimento de adultos por nível de habitação do estabelecimento passa de R$ 49,70 para R$ 69,58 (nível I); de R$ 42,43 para R$ 59,40 (nível II); e R$ 38,61 para R$ 54,05 (nível III). Já no caso dos adolescentes o recurso passa de R$ 130 para R$ 182 em todos os níveis.
“O Governo do Paraná tem como prioridade levar saúde a quem precisa. Esse incremento nos dá mais força e energia para seguirmos na luta”, disse o diretor executivo geral da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Eduardo Otoni.
PÓS COVID – Segundo ele, o hospital oferece, em diferentes sedes na capital, 210 leitos psiquiátricos atualmente. Espaço que ficou mais concorrido em razão das sequelas da Covid-19 e de um isolamento social que já dura quase dois anos. “Aumentou consideravelmente a demanda por esse tipo de serviço. O nosso trabalho é recolocar essas pessoas que sofrem com algum distúrbio dentro da sociedade novamente”, afirmou.
“Há um boom de casos em virtude da pandemia. Depressão, crises de ansiedade, síndrome do pânico, há muitos pacientes precisando de ajuda. São doenças que afetam o íntimo das pessoas e necessitam de cuidados. O Paraná demonstra atenção para com essas pessoas”, destacou a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcio Huçulak.
ATENDIMENTOS – Em 2021, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram realizados 25.573 atendimentos nesses leitos, somando R$ 75.059.537,74 pagos – R$ 43.487.049,29 subsidiados com recursos federais e R$ 31.572.488,45 de complementação com recursos do Tesouro do Estado.
Em 2022, com o incremento nas diárias, estima-se que o número de atendimentos passe de 30 mil, com custo total de R$ 97,2 milhões, sendo R$ 46,3 milhões do Estado. “O Governo do Estado demonstra sensibilidade para a pauta”, disse o prefeito de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, Maurício Rivabem. “A luta é árdua, mas vamos conseguir manter os hospitais abertos”, reforçou o diretor do hospital regional do Vale do Ivaí, em Jandaia do Sul, José Roberto Campaner.
PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes; a deputada federal Luísa Canziani; os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli, Doutor Batista, Delegado Fernando Martins, Alexandre Amaro e Maria Victoria; os prefeitos de Lauro Júnior (Jandaia do Sul), José Maria Pereira Fernandes (Loanda) e Betinho Lima (Goioerê); o vice-prefeito de Piraquara, Olivério Saraiva; os secretários municipais da saúde Marcelo Puzzi (Maringá) e Herison Cleik da Silva Lima (Umuarama); o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Júnior; o diretor de gestão de saúde da Sesa, Vinícius Felipak; além de representantes dos hospitais beneficiados.
Inaugurada em São Cristóvão a Farmácia Municipal Padre Silvano Surmacz
A farmácia municipal agora possui uma nova estrutura para atender exclusivamente aos moradores do distrito de São Cristóvão.
Gestão de Cruz Machado participa da solenidade de instalação e posse da procuradoria da mulher
TJPR e UFPR assinam convênio de pesquisa do projeto de Combate à Evasão Escolar de União da Vitória
Nesta sexta-feira (18/02), na 2ª vice-presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), em Curitiba, o juiz Carlos Mattioli e a professora Célia Ratusniak participaram da solenidade que formaliza parceria inédita com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), para estudo do premiado projeto de Combate à Evasão Escolar de União da Vitória/PR.
A cerimônia foi conduzida pela Desembargadora Joeci Camargo com o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, na assinatura do convênio envolvendo a Vara da Infância e Juventude e CEJUSC. Por meio da Universidade Federal, a professora Célia irá desenvolver novo projeto de pesquisa sobre a situação do abandono da escola na região de União da Vitória, e a forma como o Poder Judiciário local trabalha com a questão.
“A pesquisa científica traz um diferente olhar para nossos projetos de cidadania, possibilitando maior certeza sobre as práticas, assim como flexibilizar rumos ainda não consolidados”, explica o juiz Mattioli. A pesquisadora Célia Ratusniak publicou um livro com a tese da conclusão do Doutorado, com o tema “Judicialização da Evasão Escolar: gênero, raça, classe social e as biopolíticas que produzem o fracasso escolar e as expulsões compulsórias”.
Agora, no novo projeto formalizado pela parceria com a UFPR e TJPR, a doutora em Educação irá contemplar o “Fracasso Escolar de Alunas na Educação Básica: Análise da Trajetória Escolar durante a pandemia da Covid-19 e a expulsão do Direito à Educação”.
São-mateuense é destaque em meia maratona
Irineópolis recebe neste final de semana a segunda etapa do circuito Rota das Colônias de Mountain Bike
Secretaria de Estado da Segurança Pública realiza posse da nova diretoria do CONSEG Cruz Machado
Plataforma do Estado simula valor dos repasses de ICMS Ecológico aos municípios
O Instituto Água e Terra (IAT) disponibiliza uma nova ferramenta online que permite às prefeituras simularem os repasses de ICMS do Estado para municípios que preservarem áreas de vegetação através de unidades de conservação (UCs).
O repasse é feito através do chamado ICMS Ecológico, desenvolvido pelo órgão ambiental estadual. Em 30 anos, o Estado já repassou R$ 7 bilhões de recursos do ICMS Ecológico e atualmente 262 municípios são contemplados por preservarem o meio ambiente.
A ferramenta online é interativa e apresenta cenários de arrecadação municipal em resposta aos dados das unidades de conservação em fase de planejamento.
“Muitos municípios não sabem os valores que podem receber pelas unidades de conservação e nosso objetivo é apresentar essas informações de forma simples e interativa, subsidiando as ações das prefeituras pela proteção da natureza”, afirma a gerente de Biodiversidade do IAT, Patricia Calderari.
No simulador de repasses, basta preencher os dados sobre a categoria da área protegida e seu tamanho em hectares. São mostrados três resultados da simulação, com valores mínimo, médio e máximo ao ano. “Os valores são mensurados pelas Tábuas de Avaliação, por isso, o IAT se coloca à disposição para esclarecer qualquer dúvida das administrações municipais”, completa a gerente. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: icmsecologico@iat.pr.gov.br.
União da Vitória segundo o site em 2021 recebeu R$ 860.296,44 em ICMS Ecológico.
ICMS ECOLÓGICO
Instrumento de Política Pública, o ICMS Ecológico foi criado no Paraná em 1991, como medida de distribuição dos recursos provenientes das arrecadações de ICMS aos municípios, mediante o estabelecimento de critérios de restrição e proteção ambientais pré-definidos.
Para os municípios, de acordo com o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, esse instrumento de política pública vem sendo a solução para que a restrição de uso do território seja recompensada.
“É mais uma forma de garantir a conservação do patrimônio natural e o beneficiamento da população com o repasse de recursos do governo estadual para os municípios, viabilizando a efetivação de ações voltadas à melhoria da qualidade de vida dos paranaenses”, disse.
PADRÃO DE CONSERVAÇÃO
O cálculo para definir o repasse de ICMS para áreas municipais conservadas leva em conta diversos fatores, de acordo com legislações específicas. O valor recebido pelos municípios dependerá do seu próprio comprometimento com a preservação das suas unidades de conservação e mananciais.
A orientação é que as administrações municipais procurem o órgão ambiental estadual para entender quais áreas são passíveis de recebimento de repasses ou não. “É preciso tomar cuidado quando se fala em áreas verdes. O que caracteriza o repasse de ICMS Ecológico não é apenas a existência de árvores em um determinado local, mas sim uma série de fatores”, destaca o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto.
Os valores repassados são retirados do total do ICMS repassado aos municípios paranaenses. Deste montante, 5% referem-se ao ICMS Ecológico, proporcionalmente às Unidades de Conservação (em função do tamanho, importância e grau de investimento na área) e aos Mananciais de Abastecimento Público de Água (em função da qualidade da água captada e outros fatores).
Metade desses 5%, ou seja, 2,5%, são destinados para municípios que tenham em seu território mananciais cuja água se destina ao abastecimento da população de outro município; e outra metade para municípios que tenham integrado em seu território Unidades de Conservação, Áreas de Terras Indígenas e Áreas Especiais de Uso Regulamentado (ARESUR).
O que é o ICMS Ecológico por Biodiversidade
Conceito
Instrumento de política pública que trata do repasse de recursos financeiros aos municípios que abrigam em seus territórios Unidades de Conservação ou mananciais para abastecimento de municípios vizinhos.
Motivação para sua criação
Intitulado de ICMS Ecológico, foi criado no Paraná em 1991 como medida de distribuição dos recursos provenientes das arrecadações de ICMS aos seus Municípios, mediante o estabelecimento de critérios de restrição e proteção ambientais pré-definidos.
Rapidamente foi utilizado como o exemplo a ser seguido pelos demais estados do Brasil, sendo uma das iniciativas mais exitosas para a conservação da natureza em nosso país.
Foi criado com a intenção de compensar com recursos tributários os municípios que possuem unidades de conservação e ou mananciais que abasteçam cidades vizinhas, conforme os critérios estabelecidos legalmente, estimulando o incremento da área protegida e a melhora na gestão do patrimônio natural no Paraná.
“O ICMS Ecológico é um remanejamento de receita tributária, com base na proteção ambiental, que um determinado Município aplica no seu território”. Portanto, o valor recebido pelos Municípios por ICMS Ecológico dependerá do seu próprio comprometimento com a preservação das suas unidades de conservação e mananciais.
Gestão do ICMS Ecológico
O órgão responsável pela verificação dos dados e cálculos referentes ao ICMS Ecológico é o Instituto Água e Terra, sendo a Diretoria do Patrimônio Natural (DIPAN) responsável pelo componente relativo às unidades de conservação e a Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos pelo componente mananciais de abastecimento.
Como o Município se beneficia com o ICMS Ecológico?
Esse instrumento de política pública vem sendo a solução para que a restrição de uso do território nos municípios seja recompensada, garantindo a conservação do patrimônio natural e o beneficiamento da população mediante o repasse de recursos do Governo Estadual para os Municípios, viabilizando a efetivação de ações voltadas à melhoria da qualidade de vida dos paranaenses.
A quem se destina e forma do Repasse de Recursos
Do total do ICMS repassado aos municípios paranaenses, 5% referem-se ao ICMS Ecológico, proporcionalmente às Unidades de Conservação em função do tamanho, importância, grau de investimento na área, manancial de abastecimento, qualidade da água captada e outros fatores.
Estes 5% são destinados aos municípios da seguinte forma:
Metade desses 5%, ou seja, 2,5%, para Municípios que tenham em seu território mananciais cuja água se destina ao abastecimento da população de outro município;
Metade desses 5%, ou seja, 2,5%, para Municípios que tenham integrado em seu território Unidades de Conservação, Áreas de Terras Indígenas e Áreas Especiais de Uso Regulamentado (ARESUR).
Obs.: No caso de municípios com sobreposição, entre unidades de conservação e áreas com mananciais de abastecimento, será considerado o critério de maior compensação financeira.
Os repasses simulados consistem em valores de referência, pois as quantias exatas dependem de uma série de fatores, dentre os quais, os principais são os que seguem:
Qualidade da Área Protegida, mensurada pela nota da Tábua de Avaliação. Os valores simulados como mínimo, médio e máximo representam as notas 10%, 50% e 90% nas Tábuas.
Arrecadação de ICMS pelo Estado. Quanto maior a arrecadação, maior a disponibilidade de recursos para os repasses de ICMS Ecológico.
Composição do Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e Áreas Especialmente Protegidas – CEUC, que consiste na base de dados oficial para o ICMS Ecológico. Quanto maior a quantidade e a qualidade das Áreas Protegidas, menor a disponibilidade média de recursos para os municípios participantes do projeto.
Sobreposições com Áreas Protegidas ou com Mananciais que geram ICMS Ecológico. Caso a área simulada esteja sobreposta com outras Áreas Protegidas ou Mananciais, poderá haver o desconto das porções sobrepostas (apenas das porções sobrepostas, não afetando as partes não sobrepostas), de forma a manter sempre o índice de maior compensação financeira para o município.