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Mateus H. Passero- Pág 4

Mateus é Sócio da 4Trader Investimentos escritório se assessoria credenciado a XP Investimentos.
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O TRIPÉ

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As pessoas sempre reclamam sobre inflação, dólar e juros elevados, além dos problemas estruturais de nosso país.
Políticos em geral adoram pregar soluções simplistas, imediatistas e aparentemente óbvias para os mais variados problemas do país. Quase sempre, as soluções se resumem em destinar investimento público a alguma área como saúde, educação ou infraestrutura.

Mas será que a solução é simples assim?
Espero que esse conteúdo te instrua sobre a complexidade e responsabilidade da política econômica e de todos envolvidos.

Tripé Econômico: Câmbio, Inflação e Meta Fiscal.
Esse tripé sustenta toda a economia, bem-estar social e competitividade do nosso país e da maioria dos países desenvolvidos.
No Brasil, foi implementado em 1999 por Armínio Fraga, então presidente do Banco Central.
O Objetivo era combater a crise inflacionária e fiscal que assolavam o país desde muitos anos antes.
O objetivo foi atingido!

O Tripé
O tripé econômico é o equilíbrio entre as três pernas, Câmbio Flutuante, Meta de Inflação e Meta Fiscal.
Um impacta o outro e força as decisões do Banco Central e do Governo Federal.
O uso desse mecanismo garante a oferta e demanda de nossa moeda “Real” com base na confiança que as decisões da política monetária e do governo são tomadas sob a ótica de controle da inflação e na busca por Superávit Primário (Governo arrecadar mais do que gastar).

Pilar 1 -Câmbio Flutuante
Significa que o preço do Real é livre, relativo à moeda usada para comprá-lo, e a disposição do comprador em oferecer mais ou menos moeda estrangeira pelo Real.
Ou seja, se houver interesse em investir no Brasil, o estrangeiro precisa comprar Real para isso. Se há motivo e atratividade para investir no país, o estrangeiro terá mais disposição em pagar mais por cada Real.
O simples fato de o câmbio flutuante existir garante mais credibilidade a moeda, e junto a isso, impõe mais responsabilidade para governantes fomentarem um ambiente de negócios atrativo e uma gestão fiscal responsável.

Inflação
Inflação é o aumento dos preços em geral, e consequente perda do poder de compra, se eu preciso de mais dinheiro hoje do que a um mês para comprar a mesma coisa, o meu dinheiro está valendo menos.
Isso pode ocorrer por alguns motivos, um deles, é o governo injetar dinheiro novo, além do que arrecada com impostos, para gastar em políticas públicas, isso faz com que haja mais capital em circulação e mais demanda por bens e serviços. Se a demanda é muito grande, os vendedores sobem o preço.

Pilar 2 – Meta de Inflação
A meta de inflação diz que, se a inflação subir acima de certo nível, o banco central deve elevar juros para forçar ela para baixo. Juros elevados tornam o dinheiro mais “caro” existe menos empréstimo feito por empresas para investimento em fábricas, empreendimentos e negócios que geram empregos e ainda mais renda.
Além disso, juro elevado gera menos gasto e consumo de bens e serviços, pois as pessoas preferem manter o dinheiro rendendo em aplicações financeiras em vez de consumir, fazendo as vendas caírem e obrigando os vendedores a baixar os preços.
Juro elevado é um remédio amargo, mas necessário, no combate à inflação.

Pilar 3 – Meta Fiscal
Ela limita o governo a gastar menos do que arrecada evitando que a dívida pública cresça descontroladamente. Quando o governo gasta mais do que arrecada, ele faz isso emitindo dívida via tesouro nacional.
Se a dívida cresce a níveis perigosos e irresponsáveis, a percepção dos investidores globais é negativa e o valor do Real cai, ou seja, o Dólar se valoriza, pois, a demanda por Real cai, fruto do risco de investir no país aumentar.
O próprio governo não ter responsabilidade na gestão da máquina pública retira confiança de investidores.

O que precisamos?
Precisamos que o Real tenha valor justo, já que precisamos importar bens de outros países, para isso precisamos comprar moeda estrangeira usando Real.Além de precisarmos que empresas globais invistam no país gerando emprego, renda, bens e serviços.
Precisamos que a inflação siga sob controle, inflação elevada significa perda de poder de compra, diminuição da qualidade de vida e indiretamente perda de valor do real perante outras moedas.
Precisamos de responsabilidade fiscal do governo, sem isso a inflação se eleva, a confiança e atratividade do país caem e os investimentos também, acelerando ainda mais o problema.

E a solução?
Longe de ser simples, a solução é gerar equilíbrio entre os pés do tripé.
O governo deve gastar sua arrecadação de forma eficiente sem elevar a dívida, transmitindo confiança e responsabilidade na gestão, ajudando assim a fomentar um ambiente fértil e previsível para investimento direto no país. Como consequência o Real se mantém em bom nível de valorização perante outras moedas.
A inflação deve ser gerida de forma eficaz pela política monetária, mesmo que momentaneamente isso signifique menos crescimento.
A harmonia entre as pernas do tripé irá gerar crescimento sustentável na economia, aumento na arrecadação do governo e, consequentemente, gerando mais dinheiro disponível para investimento em políticas públicas na saúde, educação, infraestrutura e todas as demais áreas que temos carência.

Após essa leitura você deve se perguntar: Mas se essa é a solução, por que não fazemos isso?

Pois a solução impõe paciência, disciplina e remédios amargos. São fatores que governantes não tem a tendência de usar. A preferência por soluções temporárias como elevar dívida costuma ser a mais comum. Isso gera grandes crises de tempos em tempos.
Precisamos ter conhecimento e responsabilidade em quem elegemos, quem sabe assim, cresceremos juntos.
Espero que tenha aproveitado o conteúdo!

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Aconteceu na semana passada 16 a 23/09

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Em uma semana marcada pela dança de decisões de política monetária em vários cantos do mundo, o mercado financeiro experimentou um verdadeiro turbilhão de eventos que abalaram as bolsas e mexeram com as taxas de câmbio e juros.

Ibovespa em Queda, Mercados Sob Pressão Internacional

O Ibovespa, nosso índice de referência da bolsa, não passou ileso a esse período agitado. Registrando uma queda de 2,3%, fechou a semana aos 116.009 pontos. Os olhos dos investidores estavam voltados para as decisões de juros nos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e, é claro, aqui no Brasil. Além disso, o mercado teve que absorver o impacto da proibição temporária de exportação de combustí- veis pela Rússia, o que pressionou o preço do petró- leo, um ativo crucial para as economias.

Brasil: Corte na Selic e Desafios Fiscais

No Brasil, o grande destaque foi o corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, um movimento amplamente esperado pelos mercados, que a levou a 12,75% ao ano. O comunicado pós-reunião do Copom reforçou a importância da “firme persecução” das metas fiscais pelo governo, o que é essencial para a estabilidade econômica. No entanto, a dificuldade em aumentar a arrecadação de impostos a curto prazo e o crescimento das despesas obrigatórias continuam sendo desafios significativos.

Fed Mantém Taxas e Powell Fala em Juros Elevados

Internacionalmente, o grande evento da semana foi a decisão do Comitê de Política Monetária dos EUA (FOMC) de manter as taxas de juros entre 5,25% e 5,50%. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugeriu que as taxas permanecerão elevadas por mais tempo e que podemos esperar novas altas nos juros americanos. Essas declarações ecoaram nos mercados, levando a um aumento nas taxas das Treasuries de 10 anos.

Estabilidade nos Bancos Centrais

Além dos EUA, outros bancos centrais, como o Reino Unido, Japão e China, optaram por manter suas taxas de juros estáveis, embora o Reino Unido tenha sinalizado possíveis altas se a pressão inflacionária persistir.

Dólar e Juros

No câmbio, o dólar fechou a semana em alta de 1,48% em relação ao Real, atingindo R$ 4,94 por dó- lar. Na Renda Fixa, a curva de juros futuros, especialmente nos vencimentos de longo prazo, registrou aumentos.

Perspectivas para a essa semana

Na agenda internacional, os discursos dos dirigentes do Fed e do Banco Central Europeu podem oferecer pistas sobre futuras políticas monetárias. Nos Estados Unidos, a divulgação do PIB do 2º trimestre e dados de inflação serão focos de atenção. No Brasil, após o corte na Selic, o Banco Central divulgará a Ata do Copom e o Relatório Trimestral de Inflação, com análises sobre o cenário global e doméstico. Além disso, dados sobre o mercado de trabalho e o resultado fiscal estarão em destaque.

 

F O N T E : https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/influenciado-por-decisoesde-juros-ibovespa-tem-queda-de-231-na-semana/

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Dividendos: Seja dono e receba lucro

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Se você está em busca de investimentos que podem gerar renda passiva enquanto você dorme, os dividendos podem ser a resposta.

Quando uma empresa gera lucro, ela pode distribuir aos seus acionistas “donos” ou reinvestir no próprio negócio visando crescimento, ou ainda, um pouco de cada.

Os dividendos são parte dos lucros distribuídos pelas empresas aos seus acionistas.

Renda Passiva

Imagine receber dinheiro regularmente, apenas por ser dono de ações de empresas sólidas. Os dividendos oferecem uma fonte confiável de renda passiva, contribuindo para seus objetivos financeiros sem exigir que você tenha um cargo operacional na empresa, basta possuir ações, ou seja comprar participação nela!

Crescimento e Consistência

Empresas que pagam dividendos consistentemente demonstram estabilidade financeira e saúde nos negócios. À medida que elas prosperam, os dividendos tendem a aumentar ao longo do tempo, potencializando ainda mais seus ganhos. Uma boa ideia é usar os dividendos recebidos para comprar novas ações, seja da empresa que os pagou, ou de outras com bom potencial.

Estratégias de Investimento em ações

Há duas abordagens principais:

Renda: Focada em maximizar os rendimentos do investimento escolhendo empresas que pagam dividendos de forma consistente.
Crescimento: Prioriza ações de empresas focando no aumento do valor das ações, ou seja, crescimento da empresa e não na distribuição de lucro, são empresas que reinvestem a maior parte do lucro e até mesmo possuem dívida para expandir o negócio.

Equilibrar ambas as estratégias pode ser uma maneira inteligente de construir riqueza.

Fique Atento

Verifique o “Dividend Yield” que mede a relação entre os dividendos pagos e o preço da ação. Mas lembre-se, um alto yield pode indicar riscos, por isso, analise a saúde financeira da empresa antes de investir. Existem empresas que distribuem dividendos em volume superior ao próprio lucro, isso pode indicar má gestão ou algum tipo de manobra que poderá desvalorizar as ações.

Diversificação

Não coloque todos os ovos na mesma cesta!

Diversificar em diferentes setores e empresas ajuda a reduzir riscos e aumentar a estabilidade de sua carteira de dividendos.

Impostos e Rentabilidade

Atualmente todos os dividendos distribuídos aos acionistas é isento de IR, uma vez que o lucro da empresa já foi tributado direto no IR da PJ.

Porém existem propostas em análise nas casas legislativas para tributar os dividendos.

Pesquisa e Aconselhamento

Invista tempo em pesquisar empresas com histórico sólido. E lembre-se, um assessor de investimentos pode oferecer orientações personalizadas para alinhar seus objetivos. Além disso, existem inúmeras carteiras de investimentos com foco em dividendos, que são disponibilizadas por casas de análise e corretoras, como a XP Investimentos.

Investir em ações envolve riscos, e é importante ter um entendimento sólido antes de começar. Mantenha-se informado, seja paciente e lembre-se de que cada jornada de investimento é única.

Se você está em busca de investimentos que podem gerar renda passiva enquanto você dorme, os dividendos podem ser a resposta.

Mas calma, invista tempo e energia em aprender sobre essa estratégia antes de iniciar, assim como qualquer investimento existem riscos que precisam ser levados em conta, saiba se o investimento em ações faz sentido para o seu perfil de investidor!

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Resumo da Semana 31 a 06/08

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Aconteceu na semana passada
Mais uma semana desafiadora para os ativos brasileiros se encerrou, o Ibovespa registrou uma queda de -0,6% aos 119.508 pontos. Mesmo com um desempenho acumulado levemente positivo de +0,8%, a Petrobras (PETR4) sofreu um declínio de -3,0% na sexta-feira, após o presidente Jean Paul Prates se pronunciar sobre a política de preços da estatal, além disso, os resultados do 2º trimestre, decepcionaram os investidores. Por outro lado, os frigoríficos foram destaque na semana, com valorizações expressivas: BRFS3 (+19,7%), MRFG3 (+17,9%) e JBSS3 (+9,9%), impulsionados por expectativas mais positivas para os resultados a serem reportados nas próximas semanas. Em contrapartida, a Via (VIIA3) apresentou a maior queda de -11,8%, diante das expectativas de um resultado novamente fraco. O Bradesco (BBDC4) também sofreu com a divulgação de resultados ruins no 2T23, caindo -5,3% na semana e revisando para baixo seu guidance para o resto do ano.

No Brasil
No cenário nacional, o principal evento foi a decisão do Copom de cortar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, estabelecendo-a em 13,25%. A decisão foi dividida, com 4 dos 9 diretores votando a favor de um corte de 0,25 ponto percentual, que era o que parte do mercado esperava. O Comitê destacou os efeitos defasados da política monetária e a recente melhora nas expectativas de inflação, considerando o ritmo de 0,50 ponto percentual como “adequado” para as próximas reuniões. Especula-se que as próximas três reuniões de 2023 também resultem em cortes de 0,50 ponto percentual, levando a taxa Selic a 11,75% até o final do ano. Embora essa decisão tenha animado inicialmente o mercado local, a alta não se sustentou, pressionada pelos resultados da Petrobras (PETR4) e Bradesco (BBDC4), bem como pelo cenário internacional.

Nos EUA
Os principais índices americanos tiveram a pior semana desde março, impactados pelo rebaixamento do crédito soberano pela agência Fitch e dados do payroll (mercado de trabalho). O rebaixamento da nota da dívida soberana de longo prazo dos EUA de AAA para AA+ pela Fitch levou as taxas das Treasuries a atingirem os maiores níveis do ano, exercendo pressão sobre o mercado de ações. O relatório de empregos mensal divulgado na sexta-feira mostrou a criação de 187 mil vagas em julho, abaixo dos 200 mil esperados, enquanto a taxa de desemprego teve uma leve queda para 3,5%. Essa desaceleração no mercado de trabalho gerou expectativas de uma pausa no ciclo de alta nos juros, proporcionando um alívio nas taxas das Treasuries, mas que ainda terminaram a semana nos maiores níveis dos últimos meses. O índice de volatilidade (VIX) voltou a subir acima dos 17 pontos.
Além disso, os mercados americanos repercutiram os resultados do 2º trimestre, que se aproximam do final. A Amazon foi destaque positivo, superando as expectativas de lucro e receita e apresentando um guidance acima do esperado. Por outro lado, a Apple reportou resultados mistos, marcando o terceiro trimestre consecutivo de queda na receita, o que resultou em uma forte queda no valor de mercado da maior empresa do S&P 500, perdendo a marca de US$ 3 trilhões.

Na Europa
As bolsas também enfrentaram uma semana negativa, pressionadas pelos dados dos EUA. O destaque da região foi a decisão do Banco Central da Inglaterra em subir os juros em 0,25 ponto percentual, estabelecendo-os em 5,25%.

Na Ásia
O índice chinês CSI 300 foi o único positivo entre as principais bolsas globais, impulsionado por notícias de mais estímulos para fortalecer a economia chinesa.

Dólar e Juros
O dólar fechou a semana em alta de 3,03% em relação ao real, chegando a R$ 4,88/US$. Já a curva DI (expectativa de SELIC) para o vértice de janeiro/37 fechou com uma queda de 6 pontos-base na semana, atingindo 11,08%.
O que esperar para essa Semana
A agenda econômica no Brasil estará agitada. A divulgação da ata do Copom na terça-feira, após a decisão de corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic para 13,25%, será um ponto de interesse. Na sexta-feira, teremos a divulgação do IPCA de julho, para o qual a XP projeta uma leve alta de 0,01% m/m, com uma expansão interanual de 3,87%. O mercado também aguarda possíveis decisões da Petrobras sobre reajustes nos combustíveis, que atualmente operam cerca de 30% abaixo da paridade internacional. Quanto ao cenário internacional, a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) relativo a julho, na quinta-feira, estará no centro das atenções. A inflação ao produtor (PPI) também do mês passado será divulgada na sexta-feira. Na China, serão divulgadas as leituras da balança comercial na terça-feira e a inflação ao consumidor e produtor na quarta-feira, ambos referentes a julho. Por fim, no Reino Unido, o destaque será a leitura do PIB do segundo trimestre na sexta-feira.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/selic-em-1325-rebaixamento-do-rating-soberano-dos-eua-payroll-abaixo-do-esperado-e-temporada-de-resultados-ibovespa-cai-06-em-semana-movimentada/

Mateus H. Passero
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Resumo da Semana 25 a 30-07

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Aconteceu na Semana Passada
A semana passou com altos e baixos nos mercados financeiros, e os investidores tiveram muito a acompanhar tanto em âmbito global quanto local. A instabilidade começou logo no início, com o Ibovespa mostrando otimismo ao superar os 122 mil pontos, mas logo se estabilizando com uma leve queda de -0,02% ao final da semana.
Os olhares dos investidores estavam voltados para as decisões de juros dos principais bancos centrais dos mercados desenvolvidos. O Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, elevou os juros em 0,25 ponto percentual, chegando ao intervalo entre 5,25% e 5,5%. Apesar disso, o time de Economia XP acredita que essa foi a última alta do ciclo, pois houve melhorias significativas na dinâmica da inflação. Já o Banco Central Europeu (BCE) também aumentou suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual, mas ao contrário do Fed, é esperado que o BCE faça mais um aumento antes de encerrar o ciclo de aperto, devido à persistente inflação na economia europeia. Por fim, o Banco Central do Japão (BoJ) manteve suas taxas inalteradas, mas chamou a atenção ao mostrar maior flexibilidade na política de controle da curva de juros, o que afetou as taxas de juros longas globalmente.

Nos EUA
Alguns indicadores relevantes mostraram uma economia em bom momento: o crescimento da economia americana no segundo trimestre foi de 2,4% t/t, superando as expectativas do mercado. Além disso, o indicador favorito do Fed, a inflação PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, desacelerou para 4,1% em junho, indicando uma tendência de acomodação na inflação.
A temporada de resultados corporativos nos EUA também surpreendeu positivamente, com mais de 81% das empresas do S&P 500 superando as expectativas de lucros. Com a inflação desacelerando e a economia mostrando resiliência, os índices americanos tiveram uma semana positiva.

Na China
Teve destaque ao anunciar um amplo pacote de incentivos voltados ao consumidor e apoio ao setor imobiliário, o que impulsionou as bolsas chinesas. As principais empresas de tecnologia também receberam acenos positivos do governo chinês, sinalizando uma possível reversão da intervenção governamental no setor.

No Brasil
Os indicadores econômicos também foram relevantes. A deflação mensal do IPCA-15 em julho surpreendeu ao cair 0,07% m/m, e as expectativas de um corte maior na taxa Selic aumentaram. A agência Fitch elevou a classificação de crédito do Brasil para BB, refletindo melhorias na economia e na política fiscal, mas ainda mantendo o país em grau especulativo.
Na esfera empresarial, os resultados do 2º trimestre ainda estão sendo divulgados, e, até o momento, mostram forte queda de lucros, especialmente por parte da Vale (VALE3).

Dólar e Juros
O dólar fechou a semana em queda de -1,05% em relação ao real, enquanto os juros futuros ficaram próximos da estabilidade em relação à semana anterior.

O que esperar para essa semana?
Na economia global, diversos indicadores importantes de atividade econômica serão divulgados, além da expectativa em torno do relatório de emprego dos Estados Unidos. No Brasil, o destaque será a decisão do Copom, onde se espera o início do ciclo de cortes na taxa Selic.
Os investidores devem estar atentos aos dados econômicos e resultados trimestrais corporativos, pois eles podem trazer volatilidade aos mercados. O momento exige cautela e análise cuidadosa das tendências para tomar decisões sólidas e bem fundamentadas no cenário econômico atual.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/ibovespa-fecha-a-semana-em-leve-queda-de-002-em-semana-carregada-de-indicadores-globais/

Mateus H. Passero
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Clube de Investimentos

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Clube de Investimentos
Se você é entusiasta de investimentos e tem amigos que pensam como você, é muito provável que já tenham pensado em criar um fundo de investimentos ou Clube só de vocês, e, juntos, investir com estratégias próprias, fazendo o investimento inicial crescer como uma bola de neve!
Pois bem! Isso é possível! Continue lendo!

O que é um Clube de Investimentos?
O Clube de Investimento é uma forma de investimento coletivo de pessoas físicas no Mercado de Capitais.
Assim como nos fundos, o patrimônio do Clube de Investimento é dividido em cotas. Ao aplicar seus recursos em um clube, o investidor se torna um cotista.
Os cotistas podem fazer a gestão de investimentos do Clube ou contratar um gestor profissional certificado e credenciado à CVM, em ambos os casos o gestor precisa ser eleitos pela maioria dos cotistas.

Vantagens de participar de um Clube de Investimentos
Diversificação
Ao investir em grupo, é possível diversificar sua carteira com menos patrimônio individualmente aportado, somando o patrimônio dos demais cotistas ao seu, e investindo coletivamente o volume total, você terá exposição a mais ativos do que teria individualmente.

Estratégias próprias e aprendizado Coletivo
Como você e seus sócios cotistas podem ser os responsáveis pela escolha dos ativos, vocês terão a oportunidade de colocar em prática o estilo próprio de gestão da carteira. Além disso, compartilhar conhecimento e estratégias com outros investidores é enriquecedor para todos os participantes.

Regulamentação e Transparência:
Os Clubes de Investimentos são regulados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), oferecendo maior segurança aos investidores. As operações e resultados são transparentes e facilmente acompanhados pelos membros através do serviço do administrador contratado.

Tributação otimizada
Talvez a maior vantagem do clube, todas as operações que o clube realizar, seja qual mercado for, serão ISENTAS de IR e IOF. A tributação ocorre apenas quando o cotista resgatar parte ou total do valor que investiu.
Ou seja, enquanto não for resgatado, o Clube pode realizar operações de compra e venda sem pagar imposto!
A alíquota aplicada no resgate do cotista será de 15% sobre o lucro geral obtido pelo fundo no período.

Características gerais
Administrador: O clube deve possuir um administrador, que é diferente do gestor. O administrador é o responsável por serviços e atividades rotineiras e obrigatórias, como controladoria, fiscalização, contabilidade, enquadramento, liberação diária de cotas. Pode ser administrador uma corretora, distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo.
Taxas e Custos: O administrador do clube de investimentos cobra uma taxa pelo serviço prestado, as taxas costumam variar de acordo com o patrimônio do fundo, é comum estar entre 0,5% até 2% do patrimônio total do fundo ao ano.
Gestor: É necessário eleger ou contratar um gestor, caso o gestor seja cotista é vedado por regulamentação, que ele receba qualquer remuneração do clube.

Para a criação é necessário
-Preenchimento de formulário e solicitação de registro na B3
-Registro em cartório do termo e estatuto emissão de CNPJ na Receita federal.
-Cadastro na Administradora (corretora ou banco)
-Eleição do gestor ou contratação.
-O clube deve ter entre 3 e 50 cotistas.
-Nenhum cotista pode possuir mais de 40% do patrimônio do fundo.
-O fundo precisa investir no mínimo 67% do patrimônio em ações ou ativos relacionados.
-O valor mínimo inicial sugerido é em torno de R$300.000,00 de patrimônio total.

Gostou?
Quer iniciar seu clube de investimentos?
Me chama que eu te ajudo!
Quer levar o investimento em ações para um outro nível? Talvez abrir um clube de investimentos seja o próximo passo!
Me chama se tiver interesse em levar essa decisão a diante, eu posso te ajudar.

Mateus H. Passero
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Resumo da Semana 17 a 23-07

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Aconteceu na semana passada
Na última semana, o mercado financeiro brasileiro experimentou uma expressiva alta no Ibovespa, fechando com um ganho de +2,1% e retornando aos patamares de 120 mil pontos. Essa valorização foi impulsionada por uma queda na curva de juros, que animou os investidores. O destaque ficou por conta do início da temporada de resultados, com empresas como WEGE3 e VALE3 divulgando relatórios positivos. No entanto, apesar de alguns resultados promissores, a visão geral para a temporada é mais mista, ganhando tração na próxima semana.
No Brasil
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma importante proxy mensal para o PIB do país, teve uma queda significativa de 2,0% em maio em relação a abril, ficando muito abaixo das expectativas. Além disso, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou novas projeções de crescimento para o país, elevando de 1,9% para 2,5%. No entanto, as discussões em torno da tributação de renda permanecem, com incertezas sobre a possível inclusão no orçamento de 2024, em agosto, ou somente ao final do ano.
Na China
Saíram dados de atividade mais fracos do que o esperado, com o PIB do 2º trimestre crescendo apenas 6,3%. A produção industrial superou as expectativas, enquanto os investimentos em ativos fixos cresceram e as vendas no varejo desaceleraram. O setor imobiliário continua sendo um ponto de preocupação, com seus indicadores piorando ainda mais. Esses resultados levaram economistas a revisarem para baixo as projeções de crescimento para o país asiático. As autoridades chinesas anunciaram medidas de estímulo em resposta ao enfraquecimento econômico, mas sua eficácia em impulsionar a economia é incerta.
Nos EUA
Os principais índices de ações encerraram a semana de forma mista. O S&P 500 e o Dow Jones apresentaram alta de 0,7% e 2,1%, respectivamente, refletindo a temporada de resultados do 2º trimestre, que tem sido positiva, embora com expectativas já baixas. Por outro lado, a Nasdaq-100 fechou em território negativo, caindo -0,6%, devido ao desempenho desfavorável das big techs e preocupações com a divulgação dos próximos balanços. Empresas como Tesla e Netflix influenciaram negativamente o índice após o mercado reagir mal aos resultados divulgados.
Dólar e Juros
O dólar encerrou a semana em queda de -0,18% em relação ao real, cotado em R$ 4,78/US$, próximo da mínima do ano. Na Renda Fixa, os juros futuros tiveram movimentos mistos, porém, mantiveram-se próximos da estabilidade em relação à última sexta-feira. Diversos fatores influenciaram esses movimentos, incluindo declarações mais brandas sobre a continuidade da alta de juros por parte do Fed (EUA) e BCE (Europa), dados fracos do IBC-Br, incerteza dos investidores locais sobre o rali nas taxas e fatores que poderiam piorar a trajetória da inflação no Brasil, como os preços das commodities. A proximidade das decisões de política monetária nos EUA e na Zona do Euro também foi um elemento relevante.
Perspectivas para essa semana
Os mercados globais estarão atentos a diversos eventos importantes. Os índices PMI para as principais economias desenvolvidas, incluindo Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido, serão monitorados de perto. Além disso, as decisões dos bancos centrais dos EUA e da zona do euro serão destaque, sendo amplamente esperado que ambos elevem suas taxas de juros de referência em 0,25 ponto percentual. O mercado estará atento à sinalização para as próximas decisões, à medida que os bancos centrais se aproximam do final do ciclo de aperto monetário. No campo da atividade econômica, a publicação da primeira estimativa para o PIB dos EUA do 2º trimestre e o índice de inflação Core PCE Deflator do Federal Reserve serão relevantes para a definição dos próximos passos da política monetária americana.
No cenário nacional, a agenda econômica também traz uma série de indicadores importantes. Destacam-se a publicação do IPCA-15 de julho, que pode mostrar ligeira deflação na comparação mensal, e as principais estatísticas do mercado de trabalho, como o CAGED e a PNAD Contínua, que devem revelar informações sobre o emprego e a taxa de desocupação no Brasil. As contas externas e a concessão de crédito em junho também serão objeto de análise, bem como a divulgação da arrecadação tributária federal e o resultado primário do governo central, que devem apresentar informações sobre o desempenho fiscal do país. Ademais, a nota de política fiscal do Banco Central será aguardada para indicar as perspectivas do setor público consolidado e da dívida pública.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/morning-call

 

Mateus H. Passero
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Investimento Da Moda

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De forma simbiótica, a indústria de investimentos e a inovação estão em constante evolução, investir é sinônimo de lucrar junto com a inovação e o crescimento econômico.
Por isso, é essencial estar a par das tendências emergentes, que, quando surgem, tomam conta das notícias e meios de comunicação especializados.
Veja algumas tendências atuais e reflita sobre o potencial delas em gerar retorno.

ESG
O interesse por investimentos sustentáveis ​​e socialmente responsáveis ​​tem aumentado significativamente conforme as preocupações com o meio ambiente e as condições sociais saem da teoria e impactam o dia a dia de todos.
O Termo ESG é uma sigla que representa três fatores importantes considerados nas análises de investimentos atualmente, Environmental (ambiental), Social e Governança, esses pilares vem sendo priorizados na tomada de decisão dos investimentos, principalmente em ações. As políticas ESG são cobrados das empresas e executivos, tanto pelas novas legislações quanto por consumidores e investidores institucionais. Dessa forma, preste atenção nas empresas que empregam abertamente os critérios ESG em suas operações, isso pode ser um diferencial importante para o futuro.

Investimentos em Tecnologia
Com o contínuo avanço da tecnologia, investimentos em setores de alta inovação e automação têm sido populares.
O desafio dessa tendência está na tentativa de antecipar o crescimento e o real valor de cada empresa ou tecnologia específica.
Muitas vezes os investidores pagam preços elevados em ações de empresas acreditando em um crescimento futuro que nem sempre se realiza, ou no potencial de uma nova tecnologia que pode demorar a se tornar aplicável e lucrativa, e quando isso ocorre, as ações que se valorizaram de forma antecipada ao lucro potencial que não apareceu, podem se desvalorizar rapidamente, levando a grandes perdas.

Criptomoedas e Ativos Digitais
Ativos digitais, como criptomoedas e tokens digitais, têm ganhado destaque no mercado financeiro, esses ativos são impulsionados pela tecnologia blockchain, que proporciona maior segurança, transparência e eficiência nas transações. Outro atributo é o fato de não haver interferência de governos sobre o valor desses ativos, considerados ativos protegidos de inflação e políticas monetária e fiscais falhas.
Mas, tenha cautela, moedas digitais costumam ter grandes variações de preço, uma vez que normalmente não possuem um lastro específico, seu preço é dado pela oferta e demanda dos investidores, e seu real valor e “preço justo” é relativo.

Investimentos em Energias Renováveis
Com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas, a busca pela neutralidade de carbono, e, consequentemente, por fontes de energia mais limpas, surge um crescente interesse pelos investimentos em energias renováveis, como solar, eólica, biomassa, e energia hidrelétrica.
Esse movimento, está, cada vez mais, impulsionando indústrias, como a automotiva, a se transformar e trocar as fontes poluentes, por fontes sustentáveis de energia. É provável que esse tema siga sendo uma tendência por muito tempo. Quanto antes os investidores se posicionarem, maior será o crescimento do seu investimento, que tenderá a acompanhar a própria indústria em transformação.

Finanças DeFi (Decentralized Finance)
As Finanças Descentralizadas, ou DeFi, estão ganhando popularidade, oferecendo serviços financeiros tradicionais, porém, baseados em blockchain, como empréstimos, transações de crédito, seguros, e outros serviços, que anteriormente demandavam vários níveis de intermediários e validadores, agora são oferecidos sem a necessidade de intermediários centralizados, otimizando os custos da cadeia, e simplificando as operações.

Investimentos em Saúde
Com o envelhecimento da população e avanços na área da saúde, os investimentos em empresas de biotecnologia, farmacêuticas e dispositivos médicos têm atraído atenção. A pandemia da COVID-19 também acelerou o interesse em investimentos relacionados à saúde.
Sabemos que o mundo, ainda hoje, está longe de alcançar o ideal de saúde e bem-estar social, no Brasil mesmo, vemos o tamanho das disparidades. Dessa forma, o horizonte de crescimento desse setor pode ser um importante fator para justificar ter parte dos investimentos atrelado a essa tendência.

Inteligencia Artificial I.A. ou A.I
A IA é uma área que abrange diversas aplicações, desde chatbots e assistentes virtuais até algoritmos complexos de análise de dados e machine learning. Empresas que investem em IA têm demonstrado um potencial significativo para otimizar processos, melhorar a tomada de decisões, impulsionar a eficiência operacional e aprimorar a experiência do cliente. À medida que a tecnologia continua avançando, a demanda por soluções baseadas em IA deve aumentar em diversos setores, tornando esse um segmento de investimento atraente e com perspectivas de crescimento sólidas no futuro.

Agora que você conhece alguns dos assuntos em alta. Cuidado!

Frequentemente, quando o investidor comum, ouve falar em algum assunto que está em alta no mundo dos investimentos, os maiores ganhos do “tal investimento da moda” já foram realizados por investidores que chegaram na frente. Muitas vezes o “timming” do investimento já passou, e é possível que o investidor desatento inicie seus investimentos no topo da valorização, podendo, desse momento em diante, sofrer baixas com a desvalorização que se segue após uma grande alta.
Por isso, conte com um profissional para te auxiliar a interpretar as tendências atuais e não cair na ilusão dos ganhos rápidos.

Lembre-se de que essas são apenas algumas tendências e que o mercado de investimentos é dinâmico.
Antes de tomar qualquer decisão de investimento, é fundamental fazer uma análise completa e consultar profissionais qualificados para obter orientação personalizada com base em seus objetivos e apetite ao risco.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
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Resumo da Semana 09 a 16-07

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Aconteceu na Semana Passada

O Ibovespa encerrou a semana com uma queda de 1,0%, atingindo os 117.711 pontos, em contraste com os mercados globais que foram impulsionados por leituras mais positivas da inflação americana.
Globalmente, o foco também foi a inflação, com os mercados repercutindo os dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI). O CPI de junho nos Estados Unidos continuou a tendência de queda, chegando a 3,0% na variação anual para a inflação geral e a 4,8% na medida núcleo. O índice de serviços básicos, excluindo aluguéis, que tem sido mais persistente, também desacelerou para 3,2%. Além disso, o PPI veio abaixo das expectativas, com um aumento de apenas 0,1% no acumulado de 12 meses, o menor ganho desde 2020. Esses dados indicam um enfraquecimento das pressões inflacionárias nos EUA, impulsionando um desempenho positivo nas bolsas americanas, que subiram mais de 2%. Os índices europeus também foram influenciados pelo otimismo em relação ao Fed.

No Brasil
O destaque ficou para o dado do IPCA, que veio acima do esperado. Isso eliminou as expectativas de um corte mais agressivo da taxa Selic na próxima reunião do Copom em agosto. A inflação brasileira recuou 0,08% em junho, um pouco acima das projeções do mercado (-0,1%) e da nossa estimativa (-0,13%). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses caiu de 3,9% para 3,2%. Apesar do processo de desinflação em curso, a inflação no setor de serviços continua acima da meta e reforça um cenário de cortes graduais nos juros. No âmbito fiscal, as discussões em torno da reforma tributária ganharam destaque, após sua aprovação pela Câmara e encaminhamento para o Senado.

Nos EUA
Foi aberta a temporada de resultados do segundo trimestre, com os grandes bancos americanos apresentando resultados surpreendentes até o momento. No geral, espera-se que as empresas do S&P 500 registrem uma contração de cerca de -6,4%, o que seria a pior temporada desde o terceiro trimestre de 2020. No entanto, o mercado projeta que esse seja o último trimestre de queda nos lucros, a partir do quarto trimestre de 2022.

Na China
Os dados de exportação e importação continuaram a mostrar fraqueza, com quedas mais acentuadas do que o esperado, de 12,4% e 6,8%, respectivamente, na comparação anual. Esses dados reforçam o cenário de uma recuperação mais lenta da economia chinesa. No entanto, os índices chineses encerraram a semana em alta, sustentados por notícias de alívio na regulação do setor de tecnologia.

Dólar e Juros
No mercado cambial, o dólar fechou a semana em queda de -1,71% em relação ao real, cotado a R$ 4,79/US$. Quanto aos juros, a curva DI para o vencimento de janeiro de 2037 registrou uma queda de 14,5 pontos-base durante a semana, atingindo 10,79%.

O que esperar para essa semana
Destaca-se a divulgação do PIB da China, que deverá ter repercussões nos preços dos ativos emergentes, incluindo os brasileiros. Além disso, serão divulgadas as leituras de inflação na Zona do Euro e no Reino Unido, com expectativa de um ciclo de aperto monetário nessas regiões. Nos Estados Unidos, a agenda de indicadores será relativamente mais leve, com destaque para os dados de produção industrial e vendas no varejo de junho, que serão publicados na terça-feira.
No Brasil, a semana traz poucos indicadores relevantes. Destaca-se a divulgação do IBC-Br de maio, uma proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central, que deve apresentar estabilidade em relação a abril. Já o IGP-10 de julho, que será divulgado na terça-feira, é aguardado com expectativa de aceleração em relação ao mês anterior.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/ibovespa-cai-10-na-semana-na-contramao-dos-mercados-globais-com-leituras-positivas-do-cpi-americano/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
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Certificados de Recebíveis e Securitização

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Você já deve ter ouvido falar em CRI e CRA, que são investimentos ligados ao setor Imobiliário, no caso do CRI, e ao Agronegócio, no caso do CRA.

Os Certificados de Recebíveis (CRs) são títulos financeiros lastreados em “direitos creditórios” ou “recebíveis”, que nada mais são do que as dívidas que ainda não foram pagas por quem as deve, ou ainda não foram “recebidas” por quem fez o empréstimo do dinheiro, ou financiamento da operação.

Dessa forma uma empresa (securitizadora) adquire os direitos sobre determinados recebíveis, como créditos provenientes de vendas a prazo, aluguéis, financiamentos, entre outros, e emite os CRs lastreados nesses recebíveis.

Vamos entender melhor mais adiante!

Etapas da Securitização e criação de Certificados de Recebíveis

Seleção dos recebíveis

A securitizadora seleciona os recebíveis que deseja incluir na operação. Essa empresa compra dívidas que ainda não foram pagas, por exemplo, de uma construtora que realizou vendas a prazo de um edifício de apartamentos e que deseja antecipar esse recebimento, assim, a securitizadora paga antecipadamente para a construtora com um desconto, por estar antecipando esse dinheiro. Assim, os valores das parcelas pagas pelos devedores que compraram a prazo da construtora, agora serão pagas para a securitizadora.

Esses recebíveis geralmente possuem características semelhantes, como prazo, valor e risco de crédito.

Formação da estrutura

A ideia da Securitizadora ao comprar os recebíveis não é mantê-los até que as dívidas sejam pagas, sendo assim, essa empresa emite títulos que representam o direito de recebimento desses valores, com isso, ela cede parte dos ganhos que obteve antecipando para a construtora, em troca de receber dos investidores a antecipação dos fluxos, de forma semelhante ao que ela mesma fez com a construtora.

A securitizadora define a quantidade e o valor nominal dos Certificados de Recebíveis que serão emitidos, assim como as condições de pagamento, prazos e taxas de juros com base na taxa de lucro que obteve ao antecipar para a construtora e o prazo de pagamento que os devedores receberam

Emissão dos CRs

A securitizadora emite os Certificados de Recebíveis para o mercado. Os CRs podem ser adquiridos por fundos de investimento, ou investidores pessoa física, como eu ou você através de uma corretora de valores ou banco.

Esses investidores serão os que receberão os fluxos dentro do prazo de pagamento das dívidas originais. Ou ainda podem vender os Certificados de Recebíveis antes do vencimento, para quem tiver interesse em comprá-los.

Os pagamentos dos recebíveis são direcionados à securitizadora, que repassa os valores aos detentores dos CRs, de acordo com as condições estabelecidas na emissão

Benefícios desse tipo de investimento

Todos ganham

A securitização de recebíveis oferece vantagens tanto para a empresa que securitiza os recebíveis quanto para os investidores.

A empresa pode transformar recebíveis futuros em recursos financeiros imediatos, liberando capital para investimentos ou para redução de dívidas.

Por outro lado, os investidores têm a oportunidade de diversificar suas carteiras e obter retornos atraentes ao investir em CRs lastreados em recebíveis com riscos adequados

Diversificação

Os CRs permitem aos investidores acessarem diferentes tipos de recebíveis. Além disso, dentro de um único CR adquirido podem existir vários recebíveis diferentes, reduzindo o risco de inadimplência caso alguma das dívidas não seja paga.

Usei o exemplo de um Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI, mas existem vários outros CRs ligados a vários setores diferentes

Rendimento atrativo

Diferente de títulos bancários os CRs não possuem o Fundo garantidor FGC em caso de inadimplência, dessa forma, devemos analisar com cuidado a qualidade do emissor do título.

Porém, esse risco superior faz com que esses títulos possuam taxas maiores para o investidor. Ex. IPCA+9% ao ano. Além disso, existem CR que possuem o rendimento ISENTO de imposto de renda, como os CRAs e os CRIs.

E quando o devedor não paga?

Isso pode ser causado por diversos motivos, como dificuldades financeiras do devedor, falência da empresa devedora ou atrasos nos pagamentos. Quando a inadimplência ocorre, as consequências podem variar dependendo das cláusulas e garantias estabelecidas no contrato de securitização.

No entanto, geralmente os seguintes cenários podem se aplicar

Recursos do fundo de reserva: Em algumas operações de securitização, é constituído um fundo de reserva para lidar com a inadimplência dos recebíveis. Esse fundo é alimentado por uma parcela dos pagamentos recebidos dos devedores e tem como objetivo cobrir as perdas decorrentes da inadimplência.

Ação de cobrança: A securitizadora ou a empresa responsável pela administração dos recebíveis pode tomar medidas legais para cobrar os valores em atraso. Isso pode envolver a contratação de empresas especializadas em cobrança ou o acionamento judicial do devedor.

Recuperação dos ativos: Dependendo da situação, a securitizadora pode buscar recuperar os ativos associados aos recebíveis inadimplentes. Isso pode incluir a venda de bens, penhora de ativos do devedor ou outras medidas legais para garantir o pagamento dos valores devidos.

Agora você já sabe mais do que a maioria das pessoas sobre os bastidores dos títulos “Certificado de Recebível”.

Conhecer os investimentos que você faz, e tem acesso, é um passo fundamental para investir com segurança, e obter retornos adequados ao seu perfil.

Resumo da Semana 02 a 08-07

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Aconteceu na Semana Passada
Apesar do cenário negativo nos mercados internacionais, o Ibovespa conseguiu fechar a semana em alta de +0,7%, alcançando os 118.898 pontos. Esse desempenho foi impulsionado pelos avanços nas pautas econômicas em Brasília.

No Brasil

O destaque foi a aprovação do texto-base da reforma tributária pela Câmara dos Deputados. Após décadas de discussões, o país deu um passo importante ao unificar cinco tributos diferentes em um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Essa reforma tem o potencial de criar um sistema mais transparente, equilibrado e simples, reduzindo litígios, custos de conformidade e má alocação de capital. No entanto, seu impacto imediato nas empresas é ambíguo, pois a carga tributária pode aumentar ou diminuir dependendo do setor. Além disso, na sexta-feira, o PL do CARF foi aprovado, prevendo a retomada do voto de qualidade pelo governo, o que é fundamental para aumentar a arrecadação de acordo com as novas regras fiscais. Agora, ambos os textos seguem para o Senado.
Os avanços na agenda econômica contribuíram para uma queda nos juros futuros e impulsionaram a Bolsa a iniciar o mês de julho com ganhos.

Nos EUA

Os ativos financeiros foram pressionados por preocupações com possíveis aumentos de juros pelo Federal Reserve (Fed). A ata da última reunião do Fed, divulgada na quarta-feira, sinalizou que o banco central dos Estados Unidos pode retomar a trajetória de aumento das taxas de juros após a pausa em junho. Além disso, os dados econômicos divulgados ao longo da semana, como o índice de gerente de compras (PMI) de serviços e o relatório ADP de criação de empregos, reforçaram a perspectiva de um mercado de trabalho aquecido. Esses fatores levaram a um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano e resultaram em um desempenho negativo nas bolsas globais.

Dólar e Juros

O dólar fechou a semana em alta de +1,81% em relação ao real, cotado a R$ 4,87/US$. Quanto aos juros, a curva DI para o vencimento de janeiro de 2037 registrou uma queda de 4 pontos-base durante a semana, atingindo 10,84%.

O que esperar para essa semana

Os investidores estarão atentos à divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que será divulgado na quarta-feira. Também serão relevantes os discursos de diversos dirigentes do Fed, que poderão fornecer insights sobre a política monetária futura. No Reino Unido, os destaques serão o relatório de emprego e o PIB mensal de maio. Na China, os dados de inflação ao produtor e ao consumidor, bem como os resultados do comércio exterior de junho, serão acompanhados de perto.
No Brasil, a agenda de indicadores trará o destaque para o IPCA de junho, que será divulgado na terça-feira. Espera-se uma deflação mensal de -0,13%, impulsionada pela queda nos preços dos alimentos, descontos nos automóveis novos e redução dos preços da gasolina. Além disso, os dados sobre as vendas no varejo e as receitas do setor de serviços em maio serão importantes para avaliar a atividade econômica.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/ibovespa-avanca-07-apesar-de-semana-negativa-para-mercados-globais-impulsionada-pela-agenda-economica/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Vieses Comportamentais

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São padrões comportamentais e atitudes que tomamos muitas vezes de forma automática, ou intuitiva que buscam tornar as decisões do dia a dia mais rápidas e eficazes. Porém, muitas vezes provocam erros de julgamento que poderiam ser evitados caso tivéssemos consciência dos motivos que nos levaram a tomar certa decisão.
Veja a seguir os principais vieses comportamentais, e, a partir de agora, tome decisões conscientes de verdade!

Viés de confirmação
Tendência de buscar informações que confirmem as crenças ou opiniões pré-existentes, ignorando evidências contrárias.
Isso pode levar os investidores a tomar decisões baseadas em informações seletivas, em vez de uma análise objetiva.

Viés de ancoragem
Propensão a confiar muito em informações iniciais ao tomar decisões. Os investidores podem ser influenciados por preços passados de ações, opiniões de conhecidos, ou outros pontos de referência, fixando-se nessas informações ao avaliar o valor futuro de um investimento.
ex. uma ação que desvaloriza 20%. Intuitivamente iremos esperar que ela se valorize ao preço anterior, o que pode não acontecer, mas ficamos com o preço inicial dela “ancorado” em nosso psicológico.

Viés de disponibilidade
Tendência de dar mais importância a informações facilmente disponíveis. Isso pode levar os investidores a superestimar a probabilidade de eventos passados ocorrerem novamente, sem considerar adequadamente outros fatores relevantes.
Ex. Bolsa de valores é arriscado ou investir em imóveis é seguro. Informações comumente difundidas e que não tem embasamento, mas que levam investidores, muitas vezes, a ter crenças infundadas.

Viés de aversão à perda
Tendência a dar mais peso às perdas do que aos ganhos. Os investidores podem evitar tomar certas ações ou assumir riscos adicionais para evitar perdas potenciais, mesmo que isso possa ser irracional do ponto de vista financeiro.
Ex. Você ficará muito mais frustrado ao ter um prejuízo de 1% do que ficará realizado ao ter um ganho de 1%. Isso fará você tomar decisões focando evitar novas perdas em vez de buscar ganhos.

Viés de excesso de confiança
Propensão a superestimar suas próprias habilidades e conhecimentos, levando a uma avaliação excessivamente otimista dos investimentos. Isso pode levar os investidores a tomar decisões arriscadas ou negligenciar adequadamente a gestão de riscos. Quando a sorte faz você obter ganhos acima da média, você tende a acreditar que sabe mais do que realmente sabe, e que obterá facilmente novos ganhos, sem buscar mais informação ou conhecimento para embasar sua estratégia.

Viés de manada
Tendência a seguir o comportamento da maioria, sem análise crítica. Os investidores podem ser influenciados pelas ações de outros investidores, levando a uma imitação cega de decisões de investimento sem considerar a lógica ou fundamentos subjacentes. Sem dúvidas esse é o viés mais comum entre investidores iniciantes!

Viés de fim de mundo
Tendência a superestimar a probabilidade de eventos negativos extremos e catastróficos ocorrerem. Isso pode levar os investidores a adotar uma postura excessivamente defensiva ou evitar certos investimentos com base em medos infundados.
Ex. No auge da pandemia a bolsa de valores chegou a cair mais de 40% em um mês. Nesse momento muitos investidores se desfizeram das ações aceitando grandes perdas pois sentiam que poderiam perder tudo. Antes do fim do mesmo ano, a bolsa já avia se recuperado. Quem vendeu, perdeu.

Viés de recência
Tendência a dar mais importância a eventos recentes ao avaliar o desempenho passado e futuro de investimentos. Os investidores podem ser influenciados por flutuações recentes nos preços das ações ou em outros indicadores, ignorando a perspectiva de longo prazo.
Ex. A bolsa está se valorizando a algumas semanas, então vai continuar assim para sempre… Ou ainda conheço pessoas que compraram imóveis e venderam em pouco tempo com bom lucro, logo, farei isso também.

É importante estar ciente desses vieses comportamentais ao tomar decisões de investimento.
Os investidores devem buscar uma abordagem mais objetiva e baseada em informações sólidas, evitando decisões impulsivas e emocionais que possam ser influenciadas por esses vieses.
Por fim, sempre tenha um bom assessor para te auxiliar nas tomadas de decisão.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Resumo da Semana 25-06 a 01-07

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Aconteceu na semana passada
Na semana que marcou o final do primeiro semestre de 2023, o Ibovespa apresentou queda de -0,8%, encerrando aos 118.087 pontos. No entanto, o índice acumulou alta de 7,6% ao longo do semestre. Um destaque positivo foi a valorização das ações da Gol (GOLL4) em 8,7%, impulsionadas pela expectativa de queda dos juros. Por outro lado, as ações da Via (VIIA3) registraram queda de -9,7% devido a um processo movido pelo empresário Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, contra a empresa.

No Brasil
O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para o ano de 2026 em 3,0%, mantendo as metas já estabelecidas para 2024 e 2025. O CMN também anunciou uma mudança importante no horizonte de convergência da meta, que passará a ser contínua a partir de 2025. O Copom divulgou a ata de sua última reunião, na qual indicou a possibilidade de cortes de juros no futuro. Além disso, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, registrou deflação em relação ao mês anterior, fortalecendo o cenário de desaceleração da inflação brasileira.

Nos EUA
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçou a expectativa de aumento dos juros nas próximas reuniões, caso os dados econômicos indiquem que a inflação do país continua alta. Os 23 bancos americanos submetidos ao teste de estresse anual do Fed demonstraram resiliência diante de um cenário de recessão severa. Esse resultado impulsionou o índice americano, que fechou a semana com ganhos de +2,4%. Quanto aos dados econômicos, o PCE medida de inflação preferida pelo Fed, subiu 0,1% em maio, abaixo das expectativas do consenso, e 3,8% no acumulado de 12 meses, o menor número desde abril de 2021. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano no primeiro trimestre de 2023 foi de 2,0%, de acordo com a terceira estimativa, superando as expectativas. Esse número gerou preocupações adicionais sobre o ciclo de aumento das taxas de juros nos EUA e levou a um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano.

Na China
Os dados da atividade fabril registraram o terceiro mês consecutivo de contração em junho. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial subiu para 49,0, enquanto o PMI de serviços caiu para 53,2 neste mês. Valores abaixo de 50 indicam contração na atividade econômica. Esses resultados decepcionantes continuam a impactar os preços das commodities, especialmente o minério de ferro.

Dólar e Taxa de Juros
O dólar encerrou a semana estável em relação ao real, cotado a R$ 4,78/US$. Quanto aos juros, a curva DI para janeiro de 2031 registrou uma queda de 13 pontos-base durante a semana, alcançando 10,84%.

Para essa semana
Nessa semana, os investidores estarão atentos à ata da última reunião de política monetária do Fed, que será divulgada na quarta-feira. Na sexta-feira, destaque para o relatório de emprego dos Estados Unidos, que trará informações relevantes sobre criação de empregos, taxa de desemprego e evolução dos salários. Além disso, as publicações dos índices ISM de serviços e da indústria serão importantes para o cenário norte-americano.
No Brasil, a agenda política estará movimentada. A Câmara dos Deputados concentrará esforços para votar três projetos de interesse do governo: o novo arcabouço fiscal, as mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e a reforma tributária. Esses projetos são considerados fundamentais pela equipe econômica para fornecer previsibilidade fiscal, ampliar a arrecadação e impulsionar o crescimento econômico a longo prazo.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Aconteceu na Semana – 18 a 24/06/23

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Na última semana, o Ibovespa atingiu a marca de 120 mil pontos, encerrando sua nona semana consecutiva de ganhos com alta de 0,2%. Destaque para a valorização da Raízen (RAIZ4), impulsionada pelas declarações sobre possível aumento do percentual de etanol na gasolina. Por outro lado, a Embraer (EMBR3) teve queda de 14% devido a poucas encomendas no Paris Air Show.

Câmbio e Taxa de Juros
O dólar fechou a semana com queda de -0,79%, sendo cotado a R$ 4,78/US$. A curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou em 10,89%.

No Brasil
O Copom manteve a taxa Selic em 13,75% pela sétima reunião consecutiva, indicando possível corte no futuro. O texto da Reforma Tributária também foi apresentado. Divulgações importantes sobre inflação, mercado de trabalho e política monetária são esperadas para a próxima semana.

Nos EUA
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou a continuação do ciclo de aumento das taxas de juros. Os índices S&P 500 e Nasdaq reagiram negativamente, encerrando a semana em queda. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto indicou arrefecimento na atividade econômica.

Na China
O Banco Central chinês reduziu as taxas de juros de referência para estimular a economia. Com a economia chinesa mostrando fraqueza, espera-se que mais estímulos fiscais sejam implementados.

Para essa semana
Destaque para a divulgação de indicadores de inflação nos EUA e na zona do euro. No Brasil, atenção para a prévia da inflação (IPCA-15), Ata do Copom, Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Dados sobre mercado de trabalho, contas externas, contas fiscais e mercado de crédito também serão publicados.
FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/ibovespa-sobe-02-e-marca-nona-semana-seguida-de-ganhos/

Mateus H. Passero
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Investimentos de Curto Prazo: Opções para Alcançar Metas de Curto Prazo

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O que mais se fala é sobre a importância de investir pensando no longo prazo.
Mas, e aqueles objetivos que sabemos que buscamos durante a vida e que não são só a liberdade financeira ou um complemento para a aposentadoria?
Se você tem sonhos que deseja realizar em breve, como comprar uma casa, um carro, ou uma viagem, sabe o valor que deseja alcançar, mas não sabe como se planejar e nem no que investir para alcançar isso, continue lendo!

Planeje
As variáveis que você precisa pensar para alcançar seu objetivo são: Valor total, Valor inicial, Parcelas mensais de investimento, tempo e taxa de rendimento para alcançar seu objetivo. Com 3 dessas variáveis teremos tudo o que precisamos para nos planejarmos:
Ex. Quero R$20.000,00 para uma viagem. Quero pagar a vista e tenho hoje R$1.000,00 guardados. Consigo economizar R$500,00 por mês. Usando o rendimento da SELIC que é a taxa básica da economia, hoje em 13,75% ao ano.
Em quanto tempo consigo o valor da viagem?
Resposta: 2 anos e 8 meses. (calcule com a ajuda do seu assessor de investimentos)

Execução
Agora que você já sabe quanto tempo e dinheiro precisará para alcançar seu objetivo, é hora de escolher investimentos adequados para deixar o dinheiro render.
No exemplo anterior usamos a taxa de 13,75% ao ano, então qualquer coisa que renda mais do que isso poderá acelerar o atingimento do objetivo estabelecido…

CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB é uma excelente opção de investimento de curto prazo. Ele é emitido pelos bancos e oferece rendimentos superiores ao CDI, se você escolher bem. Quanto mais tempo puder manter investido mais o título rende. Então se você planeja seu objetivo para 2 anos, por exemplo, pode sempre escolher títulos com vencimento próximo ao do seu objetivo, assim terá o maior rendimento possível com previsibilidade. Além disso, terá a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o CDB é uma escolha segura para quem busca retornos rápidos e previsíveis, se você sabe quanto quer de rentabilidade, escolha títulos pré-fixados.

Tesouro Selic
Trata-se de um título público emitido pelo governo, com rendimento atrelado à taxa Selic. É uma opção de baixo risco, ideal para objetivos de curto prazo. Além disso, você pode resgatar seu investimento a qualquer momento.
No exemplo anterior usamos a taxa SELIC como base para alcançarmos o objetivo, nesse caso pode ser interessante usar esse título, mas se atente para a variação da taxa Selic, se ela cair enquanto você está investindo, o seu rendimento cairá também, nesse caso, pode ser interessante usar um tesouro pré-fixado, vencendo próximo ao seu objetivo, afinal, ele irá render a taxa acordada na hora do investimento.

Fundos de Renda Fixa
Os fundos de renda fixa também são indicados para investimentos de curto prazo. Eles reúnem recursos de diversos investidores e são administrados por profissionais do mercado financeiro. Com uma gestão especializada, esses fundos buscam retornos atrativos e segurança. Opte por fundos PÓS fixados, eles tem menos variações inesperadas e trazem mais previsibilidade no rendimento. Se atente ao histórico do fundo e às variações da taxa Selic, o rendimento irá estar sempre próximo dela.

Consulte um Assessor de investimentos
Esses exemplos são apenas uma pequena parte das possibilidades a sua disposição na hora de planejar um objetivo financeiro. Com a minha ajuda você poderá traçar inúmeros objetivos e metas para seu patrimônio, juntos iremos acompanhar a evolução e construir estratégias de acordo com o momento de mercado e da sua vida.
Não deixe para planejar e executar sozinho(a) algo tão importante quanto o seu futuro financeiro e patrimonial, conte com um especialista

Mateus H. Passero
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