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Mateus H. Passero- Pág 3

Mateus é Sócio da 4Trader Investimentos escritório se assessoria credenciado a XP Investimentos.
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Panorama de Mercado

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Bolsas

O índice Ibovespa fechou a semana em queda de 0,7% em reais e 2,3% em dólares, atingindo os 127.600 pontos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando-a a 10,50%, conforme esperado. A decisão dividiu o comitê, com quatro diretores indicados pelo governo atual votando por um corte de 0,50 ponto percentual, o que pressionou o dólar e a curva de juros. A projeção do time de Macro XP é de mais dois cortes adicionais de 0,25 ponto percentual, com a taxa Selic terminal atingindo 10,0%. O IPCA na sexta-feira ficou levemente acima das expectativas, com uma desaceleração na medida acumulada em 12 meses. No entanto, essa leitura não foi suficiente para alterar as perspectivas de juros.

Na Europa, o índice Stoxx 50 subiu 3,4% em meio a uma temporada de balanços positiva e sinais de que os bancos centrais da Europa e da Inglaterra estão próximos de reduzir as taxas de juros. Os índices americanos também encerraram a semana em território positivo, refletindo a temporada de resultados e uma diminuição nas preocupações sobre o mercado de trabalho.

No Brasil, foi uma semana agitada de divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024, com mais de 100 empresas apresentando seus números. Até o momento, 112 das aproximadamente 160 empresas cobertas pela XP divulgaram resultados, com 43% superando as estimativas de EBITDA, 41% ficando em linha e 14% ficando aquém das projeções dos analistas. Em média, a surpresa positiva do EBITDA foi de 9,7% até agora.

A maior alta da semana foi da Rede D’Or (RDOR3), que registrou um aumento de 14,2%, além de relatar resultados positivos e anunciar uma joint venture com a Atlântica Hospitais para investir em hospitais. Destaque também para a BRF (BRFS3), que subiu 9,6% após apresentar resultados do primeiro trimestre de 2024 acima das expectativas do mercado. Por outro lado, a Braskem (BRKM5) teve uma queda de 17,3% na semana após notícias de que a Adnoc desistiu de comprar uma parte da empresa.

 

Perspectivas Globais: Fed diverge dos outros bancos centrais

Os dados econômicos do primeiro trimestre nos Estados Unidos mostraram-se robustos, com indicadores de mercado de trabalho superando expectativas e sinais de reaceleração da inflação ao consumidor. A média móvel de seis meses do CPI super core registrou uma alta significativa de 6,1% em março. Diante desse cenário, o Federal Reserve (Fed) manteve sua taxa de juros de referência entre 5,25-5,50% pela sexta vez consecutiva em sua reunião de maio. O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que as taxas provavelmente permanecerão altas por mais tempo, descartando a possibilidade de novos aumentos por enquanto.

No entanto, vemos o Fed reduzindo as taxas pela primeira vez em dezembro, considerando o atual contexto econômico. Enquanto isso, o Banco Central Europeu (BCE) parece mais inclinado a iniciar um ciclo de flexibilização monetária, com expectativas de cortes nas taxas básicas até o final do ano. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) pode seguir uma trajetória semelhante, esperando até agosto para ajustar sua política monetária.

 

Cenário Brasileiro: Desempenho positivo no 1º trimestre

No Brasil, os indicadores econômicos do primeiro trimestre mostraram-se favoráveis, com destaque para o consumo das famílias e a recuperação dos investimentos. O PIB cresceu 0,7% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela solidez do mercado de trabalho e pelo aumento da renda real disponível. Estimamos um crescimento anual do PIB de 2,2% para 2024, com a taxa de desemprego atingindo seu menor nível em quase dez anos.

No entanto, as incertezas globais e domésticas podem impactar a atividade econômica no segundo semestre, exigindo parcimônia nas projeções futuras. As mudanças nas condições financeiras e a pressão sobre as contas públicas são desafios a serem enfrentados.

Contas Públicas: Melhora no curto prazo, desafios no horizonte

As revisões nas projeções macroeconômicas impactaram as estimativas do resultado primário, com uma melhora no curto prazo, mas desafios persistentes no horizonte. O governo pode obter ganhos adicionais com a reoneração da folha e dividendos extraordinários, mas o crescimento das despesas previdenciárias continua a ser uma preocupação.

Setor Externo: Depreciação cambial e riscos fiscais

A recente depreciação cambial reflete tanto fatores globais quanto locais, como perspectivas de juros mais altos nos EUA e ruídos políticos internos. A inflação apresenta um cenário benigno no curto prazo, mas desafios persistem no médio prazo, especialmente relacionados aos preços do petróleo e à taxa de câmbio depreciada.

Política Monetária: Avanço com cautela

Diante das pressões inflacionárias, espera-se uma flexibilização monetária mais gradual e cautelosa, com uma possível elevação na taxa Selic terminal. O cenário futuro será altamente dependente da taxa de câmbio e das expectativas de inflação.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/brasil-macro-mensal-maior-incerteza-mais-parcimonia/
https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-cai-com-decisao-de-juros-dividida-em-semana-movimentada-pela-temporada-de-balancos/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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O Fator Multiplicador do Dinheiro na Economia

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Você já se perguntou como o dinheiro se multiplica na economia?

Entender o fator multiplicador do dinheiro é crucial para compreender como a atividade econômica se expande e como as políticas monetárias afetam o crescimento, inflação e diretamente, a vida das pessoas na sociedade.

Uma Força Impulsionadora da Economia

O fator multiplicador do dinheiro é um fenômeno que descreve como uma mudança em uma variável econômica, como crédito ou gastos do governo, pode resultar em um efeito multiplicador sobre a renda e o produto nacional. Esse processo é impulsionado pelo ciclo de gastos e receitas na economia.
Quando uma entidade econômica, seja um consumidor, uma empresa ou o governo, gasta dinheiro, esse montante não desaparece. Em vez disso, ele circula pela economia, gerando renda para outras partes e estimulando novos gastos. Esse ciclo de gastos e receitas cria um efeito multiplicador que pode aumentar significativamente a atividade econômica.

O Papel dos Bancos

O sistema bancário desempenha um papel fundamental na criação de riqueza, que mostra como um depósito inicial em um banco pode gerar uma quantidade significativamente maior de dinheiro na economia através do processo de empréstimos bancários.
O efeito multiplicador do dinheiro é impulsionado pela propensão a gastar dos agentes econômicos. Quanto maior essa propensão, maior será o impacto do multiplicador.
Quando os indivíduos e as empresas gastam ou investem os fundos disponíveis, eles geram renda para outras partes da economia, que por sua vez gastam ou investem esses fundos novamente.

Vamos para a prática:

Suponha que um banco recebe um depósito de R$ 1.000,00 de um cliente. Com base em um coeficiente de reserva obrigatória de 10% estabelecido pelo Banco Central, o banco é obrigado a manter R$ 100,00 (10% de R$ 1.000,00) como reserva e pode emprestar o restante, ou seja, R$ 900,00. (sim, o dinheiro depositado no banco é usado por ele para realizar empréstimos).
Agora, suponha que o banco empreste esses R$ 900,00 a um empresário para expandir seu negócio. Esse empresário então usa os R$900,00 para pagar seus funcionários, que por sua vez depositam o dinheiro em suas contas bancárias. O banco novamente mantém 10% desses novos depósitos como reservas e empresta o restante.
Vamos calcular quanto dinheiro foi criado a partir desse depósito inicial de R$ 1.000,00, considerando o processo iterativo de empréstimos e depósitos:

  1. Depósito inicial: R$ 1.000,00
  2. Valor emprestado pelo banco: R$ 900,00 (90% do depósito inicial)
  3. Novo depósito resultante do empréstimo: R$ 900,00

Os R$1000,00 iniciais viraram R$1900,00 no primeiro ciclo.

  1. Valor emprestado a partir do novo depósito: R$ 810,00 (90% do novo depósito de R$900,00)
  2. Novo depósito resultante do segundo empréstimo: R$ 810,00
  3. Valor emprestado a partir do segundo depósito: R$ 729,00 (90% do segundo depósito)
  4. E assim por diante…

Total de dinheiro criado = (Depósito inicial) / (Reserva obrigatória)
Total de dinheiro criado = R$ 1.000,00 / 0,10 = R$ 10.000,00
Portanto, a partir de um depósito inicial de R$ 1.000,00 e com um coeficiente de reserva obrigatória de 10%, o sistema bancário é capaz de criar até R$ 10.000,00 de dinheiro novo através do processo de multiplicação do dinheiro.

É papel do governo

A redução de impostos pode ter um efeito semelhante ao aumentar a quantidade de dinheiro disponível para os consumidores e empresas, incentivando o consumo e o investimento, o que também pode contribuir para o efeito multiplicador do dinheiro na economia.
Nesse sentido, é papel do governo estabelecer o nível ideal de reserva financeira que os bancos precisão reter em relação aos depósitos, e o nível ideal de carga tributária, pois isso irá mostrar qual será o potencial de criação de riqueza gerada por eles. Um fator multiplicador muito elevado pode gerar inflação devido ao aquecimento exagerado da economia.
Existem vários outros fatores que fazem o dinheiro se multiplicar, e por aqui vemos como é difícil o trabalho dos formuladores de políticas públicas, fiscal e monetária. Antes de defendermos ideias simplistas é importante ter o conhecimento do que está por trás das decisões econômicas.

Mateus H. Passero
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Panorama de Mercado

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Panorama de Mercado

 

Taxa Selic e Projeções Econômicas

A XP prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) precisará manter mais elevada a taxa Selic terminal para 10,0%, devido a juros mais altos nos EUA, incertezas locais e uma atividade econômica mais robusta. Nossas projeções indicam uma taxa de câmbio de R$ 5,00 em 2024 e R$ 5,15 em 2025, com a inflação IPCA estimada em 3,7% e 4,0%, respectivamente, para esses anos. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), esperamos um crescimento de 2,2% em 2024 e 1,7% em 2025, refletindo o ambiente monetário contracionista.

 

Moody’s Melhora Perspectiva do Brasil

A agência de classificação de crédito Moody’s elevou a perspectiva do Brasil de “neutra” para “positiva”, mantendo a nota de crédito (rating) em Ba2. Essa melhoria é atribuída à implementação de reformas estruturais que impulsionaram as perspectivas de crescimento econômico. No entanto, a Moody’s ressaltou a necessidade de avanços adicionais na consolidação fiscal para uma possível melhoria no rating. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou essa ação como um incentivo para a aprovação de medidas fiscais pelo Congresso.

 

Resultado Primário e Emprego

O resultado primário do governo central registrou um déficit de R$ 1,5 bilhão em março, indicando melhorias em relação ao ano anterior, mas ainda insuficientes para alcançar a meta fiscal deste ano. Quanto ao emprego, houve um aumento significativo na criação de empregos formais no primeiro trimestre de 2024, com um saldo líquido de 719 mil empregos, impulsionado principalmente pelo setor de Serviços.

 

Produção Industrial e Investimentos

A produção industrial cresceu 0,3% no primeiro trimestre de 2024, abaixo das expectativas do mercado, refletindo um crescimento moderado. Prevemos um avanço nos investimentos em ativos fixos (FBCF) este ano, com uma projeção de 3,5% de crescimento em 2024.

 

Investimento Direto e Balanço de Pagamentos

No que diz respeito aos investimentos, houve uma surpresa positiva no Investimento Direto no País (IDP), que totalizou US$ 9,6 bilhões em março, acima das expectativas. Em relação ao balanço de pagamentos, embora o déficit em conta corrente tenha aumentado, os fluxos líquidos de IDP continuam em trajetória de recuperação, indicando uma posição confortável para o Brasil.

Cenário Internacional

 

Decisões do Fed e Dados dos EUA

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve a taxa de juros em 5,25%-5,50%, reduzindo o ritmo do quantitative tightening (QT). Os dados do mercado de trabalho americano mostraram sinais de reequilíbrio, com uma criação de empregos abaixo das expectativas, mas ainda indicando um mercado de trabalho apertado. O presidente do Fed, Jerome Powell, adotou uma abordagem cautelosa em relação aos cortes de juros, mencionando a necessidade de evitar turbulências no mercado financeiro.

 

PIB e Inflação na Zona do Euro

Na zona do euro, o PIB do primeiro trimestre de 2024 registrou crescimento, enquanto a inflação permaneceu estável em 2,4% em abril. Esperamos que esses dados sustentem o início dos cortes de juros na região em junho, com as condições monetárias permanecendo restritivas durante o ano devido à persistência da inflação de serviços.

 

Bolsas

O Ibovespa encerrou a semana mais curta com alta de 1,6% em reais e 2,5% em dólares, fechando em 128.509 pontos, marcando a segunda semana consecutiva em território positivo.

Globalmente, a decisão do Federal Reserve de manter a taxa de juros entre 5,25% e 5,5% foi o destaque da semana, indicando cautela em relação a cortes de juros. No entanto, Powell sugeriu que aumentos na taxa de juros são improváveis. Essa decisão gerou um aumento no apetite por risco nos mercados, com queda nas taxas de juros e aumento nas ações globais. Esse sentimento positivo foi impulsionado pela divulgação de dados de emprego abaixo do esperado na sexta-feira.

No cenário doméstico, o destaque foi o fechamento da curva de juros, impulsionando setores cíclicos como varejo e educação.

O maior destaque positivo no Brasil foi o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3, +22,8%), após anunciar um acordo com o estado de São Paulo para renegociar R$ 3,6 bilhões em dívidas tributárias, seguido por CVC Brasil (CVCB3, +13,8%) e Azul (AZUL4, +12,1%), que se beneficiaram do fechamento da curva de juros.

O principal destaque negativo foi PRIO (PRIO3, -5,1%), devido a uma queda no preço do petróleo devido a dados econômicos mais fracos nos EUA, o que pode resultar em uma redução na demanda.

Mateus H. Passero
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Panorama de Mercado

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Inflação Surpreende para Baixo em Abril, mas Preocupações Persistem para 2025

A prévia da inflação de abril, medida pelo IPCA-15, registrou uma surpresa para baixo, atingindo 0,21%, abaixo das expectativas de mercado. Embora esse alívio ofereça um respiro de curto prazo, as projeções para a inflação em 2025 continuam a preocupar, com revisões ascendentes devido ao baixo nível de desemprego, o dólar valorizado e incertezas fiscais e externas. Segundo o boletim Focus desta semana, as estimativas indicam uma inflação de 3,60% para o próximo ano, marcando o terceiro aumento consecutivo e se distanciando da meta de 3,0% estabelecida pelo Banco Central. Caso essas projeções se afastem ainda mais da meta, as futuras decisões sobre a taxa de juros podem ser influenciadas.

Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central, destacou que a política monetária não deve reagir às flutuações de curto prazo. Isso sugere que pode ser prematuro antecipar uma desaceleração no ritmo de redução da taxa de juros na próxima reunião do Copom. O presidente do Bacen Roberto Campos, durante as reuniões de primavera do FMI, indicou uma postura semelhante, sugerindo uma abordagem mais cautelosa em meio ao aumento da incerteza econômica

Dólar Recua para Cerca de R$5,10 Após Semana de Inflação Favorável

Após uma semana marcada por uma série de fatores domésticos e externos, o dólar apresentou um ajuste para níveis mais baixos, encerrando a semana em torno de R$5,10. Esse movimento representa um alívio após o estresse observado na semana anterior.

Dividendos da Petrobras e Suspensão da Desoneração da Folha de Pagamentos Impactam as Contas Públicas

O Conselho de Administração da Petrobras decidiu pelo pagamento de 50% dos dividendos extraordinários retidos, enquanto a outra metade recebeu aval para distribuição no segundo semestre deste ano, totalizando cerca de R$ 12 bilhões adicionais para o governo. Paralelamente, a suspensão da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e municípios, em decisão liminar do ministro do STF Cristiano Zanin, pode gerar um ganho arrecadatório de até R$16 bilhões neste ano, caso a liminar seja confirmada.

Arrecadação Abaixo do Esperado Ameaça Meta Fiscal

A arrecadação federal de março, embora tenha apresentado um crescimento real de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficou aquém do necessário para atingir a meta de resultado primário. Se essa tendência persistir, o governo enfrentará desafios para cumprir suas metas fiscais, mesmo com as medidas positivas recentes.

Aprovação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e Regulamentação da Reforma Tributária

A Câmara dos Deputados aprovou o Perse, que prevê a renúncia fiscal de até R$ 15 bilhões pelo governo. Esta medida, somada à regulamentação da reforma tributária, traz implicações significativas para as contas públicas e o cenário econômico do país

Cenário Internacional

Desaceleração Gradual da Economia dos EUA Reforça Postura Cautelosa do Fed

O PIB dos Estados Unidos cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2024, abaixo das expectativas, refletindo uma desaceleração gradual da atividade econômica. A inflação permanece pressionada acima da meta, mas dentro do esperado, evidenciando a necessidade de uma postura cautelosa por parte do Fed em relação à política monetária.

Estabilidade do Yuan Chinês e Volatilidade do Petróleo Brent

O Banco Central Chinês manteve suas taxas de juros de referência inalteradas para conter a depreciação do yuan. Enquanto isso, os futuros do petróleo Brent voltaram a se aproximar de US$ 90 por barril, impulsionados pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio e pela redução dos estoques de petróleo bruto nos EUA.

Bolsas

Na Bolsa, o Ibovespa teve uma semana positiva, subindo 1,1% em reais e +2,8% em dólares, fechando em 126.526 pontos. Isso aconteceu depois de três semanas seguidas de perdas, marcando a primeira semana positiva do mês.

No cenário global, os dados econômicos dos EUA foram o destaque, com a prévia do PIB do primeiro trimestre de 2024 abaixo do esperado na quinta-feira. Mas como PCE divulgado na sexta-feira veio de acordo com o esperado, impulsionou os mercados.

No mercado interno, o IPCA-15 ficou abaixo do esperado na sexta-feira, aumentando o otimismo em relação a possíveis cortes de juros. Por outro lado, o setor de Mineração enfrentou desafios devido a preços mais baixos do minério de ferro.

Durante a semana, os destaques positivos foram os papéis de empresas educacionais como YDUQ3 (+11,0%) e COGN3 (+10,2%), após um banco de investimento aumentar a recomendação desses papéis para compra. Outro destaque foi a Petrobras (PETR3, +5,1%; PETR4, +5,0%), que anunciou a distribuição de dividendos extraordinários.

No lado negativo, Usiminas (USIM5, -17,9%) teve um desempenho ruim após reportar resultados do primeiro trimestre de 2024 abaixo do esperado. Casas Bahia (BHIA3, -12,5%) também sofreu com uma abertura na curva de juros devido a dados econômicos negativos.

Fonte: https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-brasil-e-estados-unidos-desafiados-por-inflacao-resistente/
https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/ibovespa-tem-a-primeira-semana-positiva-de-abril/

 

Mateus H. Passero
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Panorama de Mercado

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No Brasil

Revisão de Projeções Após Reuniões do FMI

No cenário externo, projeta-se que o Federal Reserve, banco central americano, iniciará o ciclo de corte de juros em dezembro (antes previa-se em julho). Agora, projeta-se a taxa de câmbio em de 4,70 para 5,00 reais por dólar ao final de 2024 e de 4,90 para 5,15 ao final de 2025. O PIB de 2024 foi elevado de 2,0% para 2,2%, enquanto o de 2025, reduzido de 2,0% para 1,7%. Diante de câmbio mais depreciado, atividade resiliente e alta nos preços de commodities, o IPCA deste ano foi revisado de 3,5% para 3,7%, enquanto o IPCA de 2025 segue em 4,0%. Por fim, espera-se que a taxa Selic encerre o atual ciclo de flexibilização monetária em 10,0% (antes 9,0%), com três cortes de 0,25 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), e mantenha-se neste patamar até o final de 2025.

Fala do Presidente do Banco Central Sinaliza Desaceleração no Ritmo de Cortes da Taxa Selic

O Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participou de uma reunião com investidores organizada pela XP em Washington, durante a conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI). A autoridade falou a respeito dos impactos da deterioração no cenário externo e da mudança na meta fiscal sobre os preços de ativos financeiros, além de delinear cenários possíveis para a política monetária adiante.

Segundo Campos Neto, o Banco Central não terá medo de fazer o que é preciso para atingir suas metas. Além disso, também no evento, o diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, teria reforçado preocupação sobre a evolução do cenário econômico e reforçou a possibilidade de reduzir o ritmo de flexibilização monetária, hoje em 0,50 ponto percentual, nas próximas reuniões do Copom.

 

PLDO Estabelece Meta de Déficit Zero para 2025

O governo enviou ao Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), estabelecendo meta de déficit zero para o próximo ano. Isto representa uma redução no ritmo de ajuste fiscal inicialmente previsto pelo governo quando da apresentação do novo arcabouço fiscal, que previa um superávit de 0,5% do PIB para 2025. Vale ressaltar que, apesar da mudança, o governo necessitará apresentar medidas adicionais de elevação de arrecadação para atingir a meta. O texto também reduziu o esforço fiscal para os próximos anos, o que gerou desconforto entre especialistas do tema. Ao todo, o anúncio representa um aumento do risco fiscal e, consequentemente, das taxas de juros de longo prazo.

IBC-Br Sobe pelo Quarto Mês Consecutivo, Conforme o Esperado

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – proxy mensal para o PIB – avançou 0,4% em fevereiro contra janeiro, em linha com as expectativas. O resultado marcou a quarta elevação mensal consecutiva. Em comparação a fevereiro de 2023, o indicador cresceu 2,6%. Em síntese, a atividade doméstica ganhou tração nos últimos meses. O consumo das famílias permanece sólido em meio ao forte aumento da renda disponível. Além do mercado de trabalho firme e do elevado nível de transferências governamentais, chamamos a atenção para os efeitos dos pagamentos de precatórios no 1º trimestre de 2024.

No Mundo

Adiamento do Início do Ciclo de Flexibilização pelo Fed

As autoridades do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, optaram por não indicar quando as taxas de juros poderão ser cortadas, preferindo manter uma política monetária mais restritiva. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que “os dados recentes não nos deram maior confiança e indicam que é provável que leve mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança”. Ele também acrescentou que “é apropriado dar mais tempo para que a política restritiva funcione e deixar que os dados e a evolução das perspectivas nos guiem”.

Acredita-se que a inflação deva permanecer acima da meta por mais tempo. Agora vemos o Fed começando o ciclo de flexibilização em dezembro (antes: julho). Continuamos estimando a taxa neutra em 3,5%, embora essa não deva necessariamente ser alcançada no próximo ano.

Resultados Surpreendentes do PIB Chinês, mas Sinais de Desaceleração

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,3% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, superando as expectativas do mercado de 5,0%. Este resultado representou a expansão anual mais significativa desde o segundo trimestre de 2023, em linha com as medidas contínuas de apoio do governo e gastos mais robustos relacionados às festas do Ano Novo Lunar. Nos primeiros três meses do ano, os investimentos em ativos fixos cresceram 4,5% ao ano, a maior variação em três anos e acima do consenso de 4,3%. Os resultados mostram uma base sólida para o cumprimento da meta de crescimento do PIB de 5,0%.

No entanto, os dados publicados referentes a março mostraram um crescimento mais fraco do que o esperado na produção industrial e nas vendas no varejo, indicando que estímulos adicionais podem ser necessários. Enquanto isso, a taxa de desemprego atingiu 5,2% em março, ante 5,3% no mês anterior, permanecendo ainda em nível elevado.

 

Indicativos de Corte de Juros na Zona do Euro

A inflação na zona do euro desacelerou para 2,4% ao ano no mês passado, de 2,6% ao ano em fevereiro, em linha com a estimativa preliminar divulgada no início deste mês. Enquanto isso, o núcleo da inflação – que exclui os preços voláteis de alimentos e energia – caiu de 3,1% ao ano para 2,9% ao ano. Apesar do arrefecimento do índice, os preços de serviços se mantiveram em 4,0% ao ano, um nível desconfortavelmente alto.

Projetamos que o Banco Central Europeu (BCE) reduzirá as taxas de referência a partir da reunião de junho. Embora o BCE não tenha se comprometido com um ritmo de flexibilização monetária, vemos espaço mais confortável para cortes sequenciais de 0,25 ponto percentual até o final de 2024.

 

Reações Moderadas de Mercado à Tensão no Oriente Médio

No final de semana, o Irã lançou ataques com mísseis e drones contra Israel. Embora a maior parte dos artefatos tenha sido interceptada pela defesa de Tel Aviv e não tenha gerado efeito relevante sobre os mercados, os investidores permanecem atentos à situação no Oriente Médio. Será necessário monitorar os acontecimentos na região, uma vez que os preços de petróleo e derivados seguem pressionados.

 

Bolsas

  • O Ibovespa caiu 0,7% em reais e 2,0% em dólares, e fechou a semana em 125.124 pontos. Já o dólar continuou a subir, chegando perto dos R$ 5,30 ao longo da semana antes de fechar em R$ 5,20 na sexta. Os principais destaques nos últimos dias foram: i) preocupações com a inflação e juros nos EUA, ii) aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, e iii) o anúncio de mudanças na meta fiscal no Brasil.
  • As taxas de juros das Treasuries continuaram a subir, refletindo a reprecificação do mercado em relação ao corte de juros pelo Federal Reserve. A taxa de 10 anos subiu 10 bps, fechando aos 4,62%. O movimento impactou os índices americanos, como o S&P 500 que caiu 3,1%, puxado para baixo pelas empresas de tech antes da divulgação de balanços do setor nesta semana.
  • No micro, Petz (PETZ3; +31,2%) registrou a maior alta semanal após notícias sobre fusão com a Cobasi. Na outra ponta, CVC (CVCB3; -14,3) teve a maior baixa, estendendo a queda do ano para -42%.Fonte: https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-projetamos-taxa-selic-a-1000-com-corte-de-025-p-p-a-partir-de-maio/ 
    https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-tem-nova-queda-em-mais-uma-semana-negativa-para-os-mercados-globais/

 

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Os Impostos e a Economia

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Os impostos são uma realidade inescapável na vida de qualquer cidadão e têm um papel crucial na economia de um país. Seja na forma de tributos sobre o consumo, a renda ou a propriedade, os impostos desempenham várias funções, desde financiar os gastos públicos até influenciar o comportamento dos agentes econômicos.

Financiamento dos Gastos Públicos

Uma das funções mais óbvias dos impostos é financiar os gastos do governo. Esses gastos podem incluir investimentos em infraestrutura, saúde, educação e segurança, entre outros. Sem uma fonte confiável de receita, o governo seria incapaz de prover os serviços essenciais que mantêm a sociedade funcionando. Por exemplo, de acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2020, a arrecadação total de impostos e contribuições sociais representou cerca de 33,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, enquanto países como Suécia e Dinamarca arrecadaram mais de 40% do PIB.

Redistribuição de Renda

Os impostos também desempenham um papel importante na redistribuição da renda. Por meio de políticas tributárias progressivas, onde os mais ricos pagam uma proporção maior de sua renda em impostos do que os mais pobres, o governo pode ajudar a reduzir as desigualdades econômicas. Por exemplo, de acordo com dados do Banco Mundial, em 2020, a taxa de imposto efetiva média sobre a renda dos 10% mais ricos da população era de aproximadamente 28% na Alemanha e 33% no Reino Unido, enquanto no Brasil era de cerca de 20%.

Estímulo ou Desestímulo à Atividade Econômica

Além de arrecadar receitas, os impostos também podem ser usados para influenciar o comportamento dos agentes econômicos. Por exemplo, impostos mais altos sobre determinados bens ou serviços, como cigarros ou álcool, podem desencorajar o consumo desses produtos, enquanto incentivos fiscais, como reduções de impostos sobre investimentos em pesquisa e desenvolvimento, podem estimular a inovação e o crescimento econômico. De acordo com dados do Banco Mundial, em 2020, a taxa média de imposto sobre o lucro das empresas era de cerca de 25% no Brasil, enquanto na Irlanda era de apenas 12,5%.

Competitividade Internacional

A carga tributária de um país também pode afetar sua competitividade internacional. Se os impostos sobre as empresas forem muito altos, isso pode desencorajar o investimento estrangeiro e levar as empresas a buscar jurisdições com regimes fiscais mais favoráveis. Por outro lado, se os impostos forem muito baixos, isso pode comprometer a capacidade do governo de fornecer serviços públicos essenciais. Portanto, encontrar o equilíbrio certo entre a competitividade fiscal e a sustentabilidade fiscal é essencial para o sucesso econômico de um país.

Mas, aqui é o Brasiiil!

Apesar de sua importância, especialmente no contexto brasileiro, onde a corrupção e a má destinação dos recursos arrecadados são questões permanentes, os impostos também são frequentemente alvo de controvérsias e críticas. A corrupção tem sido historicamente um grande obstáculo para a eficiência e a transparência na administração pública, afetando diretamente a gestão dos impostos. De acordo com o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2021 da Transparência Internacional, o Brasil ocupava a 94ª posição entre 180 países avaliados, refletindo os desafios persistentes de corrupção no país

Além disso, a não destinação correta dos impostos no Brasil é uma fonte de grande preocupação. Estamos cansados de saber, ver, e sentir, que os recursos arrecadados não são utilizados de maneira eficaz para fornecer serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e infraestrutura.

De acordo com um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), em 2020, cerca de 1/3 dos investimentos públicos no Brasil foram considerados ineficazes devido à má gestão e à corrupção, representando uma perda significativa de recursos que poderiam ser direcionados para áreas prioritárias.

Esses desafios colocam em xeque a confiança da população na capacidade do governo de administrar os impostos de forma responsável e transparente. A falta de prestação de contas e a sensação de impunidade em relação aos casos de corrupção minam a legitimidade do sistema tributário e geram um sentimento de injustiça entre os contribuintes, além de impactar na produtividade e atratividade do país ao investimento externo.

Além de lidar com questões como a complexidade do sistema tributário e a eficiência na arrecadação, é essencial que o Brasil enfrente de maneira eficaz os a corrupção e a má gestão dos recursos públicos para garantir uma utilização adequada e transparente dos impostos e, assim, promover o desenvolvimento econômico e social do país.

Em resumo, os impostos desempenham um papel fundamental na economia, financiando os gastos públicos, redistribuindo a renda, influenciando o comportamento dos agentes econômicos e afetando a competitividade internacional de um país. No entanto, encontrar o equilíbrio certo entre a arrecadação de receitas, a justiça fiscal, e a eficiência econômica, continua sendo um desafio para os formuladores de políticas em todo o mundo.

Comparar os sistemas tributários entre diferentes países, como mostrado nos dados apresentados, pode fornecer insights valiosos para o desenvolvimento de políticas fiscais eficazes. Apesar de, em várias frentes o Brasil possuir alíquotas de impostos menores do que países desenvolvidos, a diferença na qualidade dos serviços públicos é desproporcional a essas diferenças.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
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Resumo da semana 07 a 14/04

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Panorama de Mercado

 

No Brasil, a inflação de março alivia, mas preocupações persistem

A inflação, medida pelo IPCA, apresentou um aumento de 0,16% em março, resultando em uma redução no acumulado dos últimos doze meses, que passou de 4,50% para 3,93%. Este resultado traz um alívio imediato, especialmente considerando os meses anteriores de alerta em relação aos preços dos serviços. A estabilização dos chamados “serviços subjacentes”, que excluem itens com preços mais voláteis como passagens aéreas, é um sinal positivo após um período de alta.

Apesar dessa estabilidade, as preocupações com a inflação no decorrer do ano permanecem. O aquecimento da demanda interna, que impulsiona os preços dos serviços, pode limitar a queda da inflação para a meta de 3,0%. Nossa projeção para o IPCA deste ano permanece em 3,5%, porém com crescentes incertezas. Para 2025, esperamos uma aceleração para 4,0%.

 

Governo discute ajustes na meta fiscal para 2025

O governo está avaliando a possibilidade de reduzir a meta fiscal para 2025. Inicialmente prevista para alcançar um superávit de 0,5% do PIB, a nova proposta considera um resultado entre 0,0% e 0,25%. A intenção é tornar a meta mais factível diante do desafio de aumentar a arrecadação no próximo ano. Os detalhes dessa mudança serão anunciados no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, a ser apresentado na segunda-feira, dia 15 de abril.

 

Vendas no varejo surpreendem, mas serviços decepcionam

As vendas no varejo registraram um crescimento de 1,2% em fevereiro, superando as expectativas do mercado e destacando a vigorosa dinâmica do consumo no curto prazo. O consumo pessoal mantém uma tendência sólida de alta, impulsionado pela renda real disponível às famílias, que continua crescendo de forma consistente. Além disso, as concessões de crédito estão em ascensão, influenciadas pelas reduções das taxas de juros e de inadimplência.

Por outro lado, o setor de serviços apresentou um recuo de 0,9% em fevereiro, abaixo das expectativas. Embora a categoria “Serviços Prestados às Famílias” tenha retomado o crescimento, refletindo o aumento da renda, este resultado reduz o otimismo em relação ao crescimento econômico para este ano. Projetamos um crescimento de 2,0% para o PIB em 2024.

 

Mercados

Os mercados globais encerraram a semana em queda, refletindo as preocupações com os juros nos Estados Unidos e as tensões geopolíticas.

O Ibovespa fechou em baixa, atingindo 125.946 pontos, o menor patamar desde dezembro, com uma queda de 0,7% em reais e 2,0% em dólares.

O dólar também teve uma tendência de alta, fechando a R$5,12, o maior valor em seis meses.

Destaque para a inflação ao consumidor nos EUA, que superou as expectativas, impactando as projeções de corte de juros americanos.

Na Bolsa, as maiores altas foram, JBS (JBSS3; +4,0%) devido ao arquivamento de denúncias do TCU contra o BNDES a respeito da compra de ações da JBS, e Petrobras (PETR3, +3,2%; PETR4, +2,2%)  repercutindo notícias apontarem a permanência do CEO da estatal no cargo. Enquanto CVC (CVCB3; -18,0%) após anunciar troca do CFO da companhia; e Azul(AZUL4; -13,9%), em razão de uma combinação de queda no preço das passagens aéreas apontada pelo IPCA, e a alta do dólar.

 

Cenário internacional

 

A inflação nos EUA mostra resistência, o que levanta dúvidas sobre os cortes de juros. Os números recentes praticamente eliminam a possibilidade de um corte em junho, com projeções de redução da taxa de referência do Fed a partir de julho.

O Banco Central Europeu manteve as taxas de juros, mas a expectativa é de um possível início de flexibilização na próxima reunião.

A desvalorização do euro em relação ao dólar é impulsionada pela perspectiva de cortes de juros na Europa e pela postura conservadora do Fed.

Na China, a inflação permanece baixa, refletindo uma economia que responde pouco aos estímulos do governo.

 

O que esperar para essa semana?

Destaque para os indicadores de atividade na China, os índices de preços ao consumidor em várias economias e os discursos dos bancos centrais dos EUA e da zona do euro. No Brasil, o destaque será o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, além do IBC-Br.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Resumo da semana 31-03 a 06-04

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Cenário Econômico Brasileiro

No Brasil, os indicadores de atividade e mercado de trabalho surpreenderam positivamente no início de 2024. Os setores mais cíclicos da economia ganharam tração nos últimos meses, com destaque para as receitas nos segmentos de serviços, as vendas no comércio varejista e o volume produzido na indústria de transformação. Segundo dados dessazonalizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), houve geração líquida de 375 mil vagas com carteira assinada no 1º bimestre de 2024, contra 245 mil no 1º bimestre de 2023.

Contudo, a elevada incerteza sobre o ritmo de crescimento ao longo do ano e a preocupação com a inflação de serviços são desafios que o Banco Central (BC) enfrenta. A taxa de desemprego oscila nos patamares mais baixos desde o começo de 2015, refletindo o aumento da população ocupada, mas os salários reais estão mostrando sinais de moderação nos primeiros meses de 2024. Projetamos a taxa de desemprego a 7,8% no final de 2024, e crescimento anual ao redor de 2,5% para o rendimento médio real do trabalho.

 

Contas Públicas: Desafios e Projeções

As contas públicas continuam sob pressão, com déficits recordes e incertezas em relação às metas fiscais. O déficit primário de fevereiro de 2024 foi de R$ 58,4 bilhões, o pior da série histórica para o mês, em grande parte devido à antecipação do pagamento de precatórios. Estimamos agora um déficit de R$ 79,1 bilhões (0,7% do PIB) para 2024. Até maio, o governo deve encaminhar ao Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, no qual fixará a meta de resultado primário do próximo exercício. Anteriormente, o governo havia indicado superávit de 0,5% do PIB para 2025, mas os desafios para a obtenção desse resultado são significativos.

 

Setor Externo: Desafios e Tendências

A taxa de câmbio continua pressionada, com uma depreciação adicional nas últimas semanas. A balança comercial apresentou sinais de acomodação em março, após desempenho acima das expectativas no 1º bimestre. O déficit em transações correntes de 2024 deve ficar próximo ao registrado em 2023, enquanto projetamos que o Investimento Direto no País (IDP) totalizará US$ 70,0 bilhões em 2024.

 

Inflação: Tendências e Projeções

A inflação de bens industrializados e alimentos deve permanecer baixa, mas a inflação de serviços segue incômoda. Projetamos uma inflação ao consumidor de 3,5% para 2024 e 4,0% para 2025. A pressão inflacionária persiste, especialmente nos preços de serviços, e as expectativas de inflação resistentes tornam desafiador o cumprimento da meta no horizonte relevante para a política monetária.

 

Política Monetária: Desafios e Perspectivas

O Banco Central (BC) enfrenta o desafio de equilibrar a necessidade de estimular o crescimento econômico com a preocupação com a inflação. A inflação ainda está acima da meta, e o cenário global incerto reforça o risco de alta para a projeção de taxa Selic. Mantemos nossa previsão de uma taxa Selic terminal de 9,00%, com três cortes de 0,25 p.p. no segundo semestre deste ano, mas o risco é para cima, especialmente se as previsões de inflação para 2025 começarem a subir.

 

Panorama Econômico Global

O Federal Reserve (Fed) está preparando o terreno para um possível corte de juros em meio a uma conjuntura de forte crescimento da atividade econômica e baixo desemprego, mas com inflação ainda acima da meta. As projeções econômicas dos membros do comitê indicam essa tendência, com destaque para o crescimento da atividade e baixa taxa de desemprego. Entretanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, adotou um tom mais cauteloso em sua última coletiva de imprensa, destacando os avanços na contenção da inflação e indicando a possibilidade de redução dos juros em breve.

De acordo com as projeções, o Fed está sinalizando a possibilidade de um primeiro corte de juros no meio do ano, seguido por um ciclo de afrouxamento moderado. Ainda assim, há preocupações com a persistência da inflação, especialmente nos preços de serviços, e a política fiscal expansionista, que pode limitar o espaço para a flexibilização monetária. A previsão é de um primeiro corte de juros em julho, seguido de ajustes sequenciais de 0,25 p.p. por reunião ao longo do segundo semestre.

Enquanto isso, o Banco Central Europeu (BCE) também está se preparando para cortes de juros, com sinais de desaceleração econômica e inflação persistentemente acima da meta. O BCE deve iniciar o ciclo de cortes a partir de junho, buscando estimular a atividade econômica apesar de a inflação não estar cedendo. A previsão é de cortes sequenciais de 0,25 p.p. até o final de 2024.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/brasil-macro-mensal-volatilidade-externa-e-pressoes-locais-desafiam-o-copom/

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Resumo da semana 24-03 a 30-03

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Panorama de Mercado

Destaques Econômicos no Brasil: Copom Cauteloso e Medidas Fiscais

No cenário nacional, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a cautela diante do aumento das incertezas, projetando uma possível taxa Selic para 9,00% até o final de 2024. Além disso, o governo formalizou propostas relacionadas ao Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse) e à desoneração da previdência para os municípios. Essas medidas, se aprovadas, podem impactar significativamente o resultado primário do país.

Indicadores Econômicos: Inflação e Mercado de Trabalho

No Brasil, o IPCA-15 de março refletiu uma composição desafiadora, com inflação acima do esperado, a inflação avançou 0,36% no mês. A variação acumulada em 12 meses recuou para 4,14%

No mercado de trabalho, o Brasil apresentou uma criação líquida de empregos consideravelmente acima das previsões em fevereiro, 306,1 mil empregos em fevereiro. destacando a robustez do setor. Entretanto, a taxa de desemprego subiu, evidenciando desafios contínuos.

Economia Global: Fed Cauteloso e Fortalecimento do Dólar

Na última semana, os membros do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos mantiveram uma postura cautelosa em relação à política monetária, ponderando sobre os custos da moradia e outros subgrupos de preços ao consumidor. A diretora do Fed, Lisa Cook, destacou a queda nos novos aluguéis, sugerindo uma possível redução da inflação dos serviços imobiliários. Por outro lado, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, expressou menor confiança na queda da inflação. Essas perspectivas influenciam as expectativas dos investidores, que agora vislumbram possíveis cortes nas taxas de juros a partir de julho.

Internacionalmente, o fortalecimento do dólar tem pressionado moedas como o iene japonês, que atingiu seu nível mais fraco em décadas. As autoridades monetárias japonesas discutiram a situação em uma reunião de emergência, indicando a prontidão para intervir no mercado cambial.

Bolsa de Valores

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou um aumento de 0,8% em reais e 0,6% em dólares, alcançando a marca de 128.106 pontos. No entanto, é importante destacar que o índice teve um desempenho desafiador durante o mês de março, com uma queda de -0,7%, e ao longo do trimestre, acumulando uma redução de -4,5%, ambos em reais. Esses números contrastam com o cenário global, onde os mercados continuam apresentando um desempenho positivo, com um aumento de 7,7% no ano.

Entre as empresas brasileiras, destacaram-se as seguintes altas na bolsa: São Martinho (SMTO3; +9,3%), impulsionada pelo anúncio de um programa de recompra de ações, e 3R Petroleum (RRRP3; +9,1%), seguindo a tendência de alta do Brent (+2,4%). Por outro lado, as maiores quedas foram observadas em empresas como Petz (PETZ3; -11,9%), afetada por movimentos técnicos, e CVC (CVCB3; -11,0%), que reportou resultados abaixo das expectativas no último trimestre de 2023.

No exterior, os mercados americanos também encerraram a semana e o trimestre em alta. O S&P 500 teve sua melhor performance no primeiro trimestre em cinco anos, registrando um aumento de 10,2%. Destaca-se o papel da Nvidia, cujo desempenho (+82,5%) foi o principal impulsionador desse crescimento.

No cenário nacional, a temporada de divulgação de resultados do quarto trimestre de 2023 está chegando ao fim. Até o momento, 80 das 83 empresas listadas no Ibovespa divulgaram seus resultados, com 45% delas superando as estimativas de lucro, embora com uma surpresa de -11%, conforme dados do Bloomberg.

O que esperar para essa semana?

No Brasil, as discussões sobre medidas fiscais, como o Programa Emergencial de Retomada do Emprego e Renda (Perse) e a desoneração de municípios, deverão influenciar o humor dos mercados. Além disso, espera-se uma queda nas projeções de inflação do mercado, reflexo da Medida Provisória do setor elétrico enviada recentemente ao Congresso Nacional.

Também teremos uma agenda repleta de indicadores econômicos domésticos:

Na terça-feira, o Banco Central divulgará as estatísticas de crédito de fevereiro, oferecendo insights sobre as concessões de crédito e a inadimplência de empresas e famílias.

Na quarta-feira, o IBGE publicará a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) de fevereiro, após uma surpresa positiva em janeiro.

Na quinta-feira, o Banco Central também tornará públicas as estatísticas do setor externo de fevereiro.

Na sexta-feira, será divulgada a nota de estatísticas fiscais do último mês, com expectativa de um forte déficit. No mesmo dia, a FGV divulgará o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março, com expectativa de uma nova deflação mensal.

Nos Estados Unidos, serão divulgados dados importantes do mercado de trabalho, incluindo oferta de empregos (JOLTS) na terça-feira, criação líquida de empregos no setor privado (ADP) na quarta-feira e o relatório de emprego (Payroll) na sexta-feira.

Na zona do euro, os destaques serão os dados de inflação ao consumidor de março na quarta-feira, inflação ao produtor de fevereiro na quinta-feira e vendas no varejo de fevereiro na sexta-feira. Além disso, serão divulgados os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de março em diversos países, incluindo Japão, China, Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido. Esses índices fornecem uma sondagem sobre as condições econômicas e de negócios nos respectivos países.

FONTE:
https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-mercado-de-trabalho-no-brasil-segue-aquecido/
https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-sobe-08-na-semana-mas-fecha-mes-e-trimestre-no-negativo-aos-128-mil-pontos/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Diversificação nos Investimentos: O principal é não perder

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Tanto nos investimentos financeiros quanto em investimentos diretos, a diversificação é uma estratégia fundamental para mitigar riscos e buscar retornos resilientes ao longo do tempo.

Uma frase célere diz: “Você não precisa ter retornos acima da média, apenas perder menos que a média”

Pode soar estranho, mas se você obtiver retornos dentro da média de mercado em momentos bons ou “normais”, mas obter perdas menores do que a média em momentos de crise ou de baixa nos mercados, no final das contas estará a frente da maioria.

A diversificação nos investimentos pode ser uma estratégia excelente para te ajudar nisso.

 

Benefícios da Diversificação

Redução do Risco: Ao distribuir os investimentos em diferentes ativos, setores e regiões geográficas, os investidores conseguem reduzir a exposição a riscos específicos de cada ativo, tornando a carteira menos volátil.

Aumento do Potencial de Retorno: Embora a diversificação não elimine completamente o risco, ela pode aumentar o potencial de retorno da carteira ao permitir que o investidor participe de diferentes oportunidades, que possivelmente estaria de fora se não diversificasse seu portfólio.

Proteção em Diferentes Cenários Econômicos: Uma carteira diversificada pode se sair melhor em diferentes cenários econômicos, pois alguns ativos podem se beneficiar enquanto outros sofrem. Esse ponto diz respeito a proteção que a carteira possui ao distribuir o risco em várias frentes, se uma der errado, as demais suportarão o impacto negativo segurando a rentabilidade da carteira.

 

Risco Sistêmico e Risco Não Sistêmico

Risco Sistêmico: Refere-se ao risco que afeta todo o sistema financeiro ou uma grande parte dele, como crises econômicas, recessões ou eventos geopolíticos. Este tipo de risco não pode ser eliminado através da diversificação, será necessário o investidor realizar escolhas acertadas que inclinem seu portfólio a possuir mais ativos que se beneficiem desse cenário, ou ao menos ativos que sejam menos impactados. A diversificação ajudará a proteger o investidor caso ele tenha errado nessas escolhas.

Risco Não Sistêmico: Também conhecido como risco específico, é aquele que afeta apenas um determinado ativo, setor ou empresa. Este risco pode ser mitigado através da diversificação, distribuindo os investimentos em diferentes ativos e setores.

Exemplos de Diversificação:

Diversificação em Ações: Um investidor pode diversificar sua carteira de ações investindo em empresas de diferentes setores, tamanhos e regiões geográficas. Por exemplo, em vez de investir apenas em empresas de tecnologia, ele pode adicionar empresas do setor de saúde, energia e consumo, buscando sempre as melhores ou com melhores perspectivas futuras.

Diversificação em Classes de Ativos:  Além de ações, os investidores podem diversificar em outras classes de ativos, como títulos de renda fixa, imóveis e fundos alternativos.

Diversificação em ativos diretos: Fora de investimentos financeiros, as pessoas podem diversificar seus bens de forma semelhante, possuindo imóveis urbanos, investimentos em incorporações (na planta), investimento no agro plantando arvores em pequenas propriedades rurais, ser investidor em pequenas empresas de amigos ou familiares, como uma franquia qualquer. Com isso seus ativos estarão sempre posicionados em busca de oportunidades diversas e protegidos em caso de perigos pontuais de cada investimento feito.

 

Em resumo, a diversificação nos investimentos é uma estratégia poderosa que permite aos investidores gerenciar riscos e buscar retornos consistentes ao longo do tempo. Ao entender os benefícios da diversificação e como aplicá-la de forma eficaz, os investidores podem construir carteiras financeiras robustas e preparadas para enfrentar os desafios da vida com mais tranquilidade.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Resumo da semana 17 a 24/03

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Panorama de Mercado

Ibovespa Encerra Semana com Leve Alta

Na semana marcada por decisões de bancos centrais e resultados do 4º trimestre de 2023, o Ibovespa fechou com uma leve alta de +0,2%, atingindo os 127.027 pontos.

Destaques do Mercado Brasileiro

Na Bolsa brasileira, a Braskem teve a maior alta da semana (+25,8%), impulsionada por recomendações positivas de um banco de investimentos, especulações sobre novos compradores e resultados sólidos no último trimestre de 2023. Enquanto isso, a Casas Bahia registrou a maior queda (-8,1%), refletindo um ambiente macroeconômico ainda desafiador.

Resultados do 4T23: Até o momento, 44,8% das empresas do Ibovespa superaram as estimativas de lucros, com uma surpresa média de -8,4%.

Decisões de Bancos Centrais Globais

O destaque foi para o Federal Reserve, que manteve suas taxas de juros inalteradas, entre 5,25% e 5,50%, como amplamente esperado. Apesar de um tom mais cauteloso nas projeções econômicas, o presidente Powell transmitiu uma mensagem otimista na coletiva de imprensa, impulsionando os índices americanos.

O Banco Central do Japão encerrou sua política de juros negativos após 8 anos, elevando a taxa para uma banda entre 0,0 e 0,1%. Enquanto isso, a China e o Reino Unido mantiveram suas taxas de juros inalteradas, com um tom mais otimista sobre a inflação.

O Banco Nacional Suíço surpreendeu o mercado ao iniciar o ciclo de corte de juros, sendo a primeira economia desenvolvida a fazê-lo.

Cenário Nacional: Copom Anuncia Corte na Selic

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um corte esperado de 0,50 p.p. na Selic, levando-a para 10,75%. O destaque foi a mudança no comunicado, indicando um corte de mesma magnitude apenas para a próxima reunião, ao invés de “próximas reuniões” como anteriormente sinalizado. Mantendo a projeção da taxa terminal em 9,0%, o cenário econômico nacional permanece desafiador.

Arrecadação Tributária em Destaque

Em fevereiro de 2024, a arrecadação tributária federal registrou um aumento real de 12,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 186,5 bilhões, marcando o melhor desempenho para o mês, apesar do bom resultado, o primeiro Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias previu um déficit, indicando a necessidade de bloqueio de despesas para cumprir o limite de gastos.

Dólar e Juros

O Dólar fechou a semana em alta de 0,1%, aos R$ 5,00/US$. A curva de juros encerrou em leve queda, com a ponta longa apresentando uma alta singela. O DI jan/34 fechou 1bps, aos 10,98%. Os juros futuros são uma previsão de taxa básica para o futuro.

Perspectivas para a Próxima Semana

Para a próxima semana, a agenda econômica internacional será mais calma, com destaque para dados de inflação nos Estados Unidos e discursos de dirigentes do Fed e do BCE. No Brasil, as atenções estarão voltadas para a ata do Copom, o Relatório de Inflação, o IPCA-15 de março e os dados do mercado de trabalho.

Esteja atento às movimentações dos mercados e às decisões dos bancos centrais, pois elas continuarão a moldar o cenário econômico global e local.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-em-super-semana-de-politica-monetaria-ibovespa-fecha-com-leve-alta-de-02-e-mantem-os-127-mil-pontos/

https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-fed-mantem-taxa-de-juros-enquanto-copom-reduz-a-selic-para-1075/

Mateus H. Passero
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Quem poderá me ajudar, Banco ou no Mercado de Capitais?

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Costumeiramente falamos de títulos de renda fixa e crédito privado do ponto de vista do investidor, que é quem investe no título em busca de um retorno financeiro. Mas hoje vamos focar no outro lado, no emissor. É quem emite o título de investimento, ou dívida quando olhado pela ótica dele, em busca de recursos para financiar suas atividades!

No mundo dos negócios, as decisões financeiras são fundamentais para o sucesso a longo prazo de uma empresa. Entre essas decisões, uma das mais cruciais é como financiar suas operações e projetos de expansão. Tradicionalmente, as empresas recorrem a empréstimos bancários para atender às suas necessidades de capital. No entanto, há uma alternativa frequentemente negligenciada que pode trazer uma série de vantagens estratégicas: a emissão de dívida no mercado de capitais.

O mercado de capitais oferece um ambiente robusto e diversificado para empresas levantarem capital por meio da emissão de títulos de dívida, como debêntures, CRA, CRI, Notas Comerciais, entre outros. Ao optar por essa abordagem em vez de empréstimos bancários, as empresas podem desfrutar de várias vantagens significativas:

  1. Diversificação de Fontes de Financiamento: Ao acessar o mercado de capitais, as empresas diversificam suas fontes de financiamento além dos tradicionais empréstimos bancários. Isso reduz a dependência de instituições financeiras e distribui o risco financeiro de maneira mais equitativa.
  2. Custos Potencialmente Mais Baixos: Embora os custos iniciais de emissão de títulos no mercado de capitais possam ser mais altos em comparação com empréstimos bancários, as taxas de juros ao longo do tempo podem ser mais vantajosas. Em muitos casos, os investidores institucionais estão dispostos a aceitar taxas menores em comparação com os bancos, especialmente para empresas com sólidos fundamentos financeiros.
  3. Acesso a Capital Internacional: O mercado de capitais oferece às empresas a oportunidade de acessar capital internacional de investidores globais. Isso é especialmente relevante para empresas com planos de expansão global ou que operam em setores específicos que atraem investidores estrangeiros.
  4. Flexibilidade e Controle: Ao contrário dos empréstimos bancários, que geralmente vêm com uma série de condições e restrições, a emissão de dívida no mercado de capitais pode oferecer maior flexibilidade e controle para as empresas. Elas podem estruturar os termos dos títulos de acordo com suas necessidades específicas, como prazo mais longo, carência para pagamento, juros e amortização em períodos variados.
  5. Melhor Visibilidade e Credibilidade: Uma presença ativa no mercado de capitais aumenta a visibilidade e a credibilidade de uma empresa entre investidores, clientes e parceiros comerciais. Além de mostrar as instituições financeiras a independência que a empresa possui dentro do mercado de crédito, o que pode gerar condições ainda mais favoráveis na oferta de crédito bancário.

Exemplos de emissões no mercado de capitais

Debêntures:  São títulos de dívida de longo prazo emitidos por empresas com o objetivo de captar recursos para projetos de expansão, refinanciamento de dívidas ou investimentos em infraestrutura, podem ou não possuir garantias reais atreladas a ela e podem ser conversíveis ou não em ações.

Certificados de Recebíveis (CRA) e (CRI): Lastreados em recebíveis do setor agrícola e imobiliário, respectivamente. Esses títulos oferecem uma fonte alternativa de financiamento para empresas do setor agropecuário e imobiliário, proporcionando acesso a capital de longo prazo.

Nota comercial: Até pouco tempo era um título de curto prazo emitido por empresas para financiar suas operações de curto prazo, como capital de giro e pagamentos a fornecedores, porém, com a modernização da legislação, não é mais necessário considerar prazos curtos apenas, sendo livre o prazo de pagamento.

Quem tem acesso ao mercado de capitais?

O porte necessário para uma empresa considerar a emissão de dívida no mercado de capitais pode variar dependendo de diversos fatores, incluindo sua estrutura financeira, necessidades de financiamento e capacidade de cumprir os requisitos regulatórios e de divulgação exigidos.

Tradicionalmente, as empresas de médio a grande porte têm sido as mais ativas no mercado de capitais devido à complexidade e aos custos associados à emissão de títulos. No entanto, com o desenvolvimento de instrumentos financeiros mais acessíveis e aprimoramento das regulamentações, empresas de menor porte também têm encontrado oportunidades no mercado de capitais. Atualmente, há uma gama de opções disponíveis, desde emissões privadas direcionadas a investidores institucionais, até ofertas públicas iniciais (IPOs).

Portanto, não é tanto uma questão de tamanho absoluto, mas sim da maturidade financeira e do planejamento estratégico da empresa que determinam sua aptidão para acessar o mercado de capitais. Empresas que buscam expandir suas operações, financiar projetos de longo prazo ou diversificar suas fontes de financiamento podem encontrar na emissão de dívida no mercado de capitais uma alternativa viável e estratégica, independentemente de seu porte.

 

Mateus H. Passero
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Resumo da semana 07-01 a 13-01

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Aconteceu na Semana Passada

A segunda semana de janeiro trouxe movimentações significativas nos mercados, com o Ibovespa encerrando com uma queda de 0,8% em reais e 0,4% em dólares, atingindo a marca de 130.988 pontos. Após um rali expressivo nos últimos dois meses de 2023, investidores optaram por realizar lucros, contribuindo para a correção do índice. Fatores como dados de inflação no Brasil e nos EUA acima das expectativas, bem como uma queda nos preços de commodities, influenciaram as decisões de mercado.

Indicadores-Chave: IPCA, CPI e Commodities

Os principais catalisadores da semana foram os índices de inflação, IPCA no Brasil e CPI nos EUA, ambos ultrapassando as estimativas. No cenário nacional, o dado reduziu as expectativas de cortes mais expressivos na taxa Selic, enquanto nos EUA, a inflação pode adiar a decisão do Federal Reserve quanto à redução de juros, embora o mercado já precifique o primeiro corte em março.

A queda nos preços de commodities, notadamente Petróleo Brent (-0,9%) e minério de ferro (-4,6%), impactou empresas como Petrobras e Vale. Destaque positivo para 3R Petroleum (+9,8%), devido a dados positivos de produção de barris.

Destaques nas Ações: Ganhos e Perdas

Entre os destaques da semana, Magazine Luiza registrou uma alta expressiva de 14,7%, impulsionada por movimentos técnicos. Já Locaweb apresentou um ganho de 11,4%, influenciada por uma avaliação positiva de um banco de investimentos. No lado negativo, MRV Engenharia sofreu uma queda significativa de 20,7%, atribuída ao pessimismo em relação à desoneração da folha de pagamentos e especulações negativas sobre mudanças nas projeções da empresa.

Dólar e Juros

O dólar encerrou a semana em queda de 0,4%, atingindo R$ 4,85/US$. Quanto aos juros, a curva manteve-se próxima da estabilidade nos vértices curtos e médios, com uma leve queda na ponta longa, destacando-se o DI jan/33, que fechou a 10,52%.

O que esperar para essa semana?

Na agenda internacional, destaque para dados de atividade na zona do euro e China, além da divulgação do PIB chinês do 4º trimestre de 2023. No Brasil, atenção para indicadores de atividade econômica, como a recuperação do setor de serviços em novembro e as vendas no comércio varejista. Além disso, aguarda-se a decisão do Congresso sobre a Medida Provisória nº 1202/2023, crucial para o cumprimento da meta fiscal de 2024.

O cenário econômico global continua a demandar atenção e cautela por parte dos investidores. A tensão geopolítica continua no Mar Vermelho, militares dos EUA reportaram que aviões de combate americanos abateram um míssil de cruzeiro disparado de uma área militante Houthi do Iêmen em direção a um navio da Marinha que operava na região. Desde o início do conflito, os preços do petróleo têm se mantido voláteis e os custos globais de frete mais do que duplicaram, criando um risco de inflação global.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se reunirão esta semana para discutir a medida provisória emitida no final do ano passado que altera os benefícios fiscais da folha de pagamento para as empresas.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-mais-uma-semana-negativa-para-o-ibovespa/

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
41 9 9890 9119

 

ECONOMIA E INVESTIMENTOS EM 2024

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O ano começou com tudo, e nada melhor do que entender os rumos que a economia e as classes de investimentos podem seguir, para ajustar as velas do seu portfólio.A seguir vou trazer reflexões sobre economia e minha visão sobre ativos para 2024.

BRASIL

Desde o final do ano, existe grande otimismo com a queda dos juros, isso trás uma visão de crescimento econômico, porém, a queda de juros seguirá em ritmo moderado respeitando o diferencial de juros americano, se os juros não caírem lá, a queda aqui será freada pela necessidade de manter juros domésticos suficientemente superiores aos americanos, visando reter investimento estrangeiro.

Além do diferencial de juros, temos o problema da gastança desenfreada do estado, caso o risco fiscal se mantenha elevado (governo gastando mais do que arrecada) a queda de juros também será impactada devido ao risco de subida da inflação.

Em relação ao fiscal brasileiro, a expectativa é de necessidade de controle de gastos, já que a meta de zerar o déficit parece inalcançável agora, ou o governo corta gastos, ou sobe impostos. O que acha que será feito?

Com o cenário descrito, a expectativa é de uma SELIC terminal na casa dos 10% ou 9% ao fim do ano.

Ao redor do mundo, as pressões inflacionárias parecem estar diminuindo, isso ajudará o Brasil a manter a inflação controlada e o câmbio estável em patamar de R$4,70 a R$4,90/dólar ao longo do ano.

Com a entrada de fluxo estrangeiro em nossa bolsa de valores, e a queda de juros, esperamos que o IBOVESPA chegue em 142 mil pontos ao final do ano.

EUA

Devido a resiliência da economia americana, esperamos que os juros demorem mais para cair lá, uma vez que a inflação mesmo que não subindo, ainda está acima da meta. Economia crescendo, desemprego baixo e inflação fora da meta, indicam juros elevados.

Levando em conta o ano de eleições presidenciais nos EUA, podemos esperar gastos públicos superiores, o que também não ajuda na queda da inflação e consequente redução de juros. (Atualmente Trump é o favorito).

O cenário de desequilíbrio fiscal nos EUA, devido ao ano eleitoral e a falta de disciplina na emissão monetária dos últimos anos, pode trazer volatilidade nas taxas de juros dos títulos públicos americanos, que impactam todos os ativos globais, pois são a base da reserva financeira mundial.

EUROPA

A inflação elevada fará os juros ficarem altos por mais tempo, porém sem mais elevações adicionais. Se o crescimento for muito impactado, poderá haver queda de juros antes do previsto, mesmo que signifique elevação na inflação.

CHINA

O crescimento econômico menor do que o esperado, e a mudança nos padrões internos de produção, saindo de construção e exportação, e caminhando para tecnologia e consumo interno, irão gerar uma demanda menor por commodities, porém, os preços tendem a se manter devido a manutenção de estoques elevados e o preço do petróleo estar elevado devido ao controle da produção da OPEP+ e aos riscos dos conflitos armados atuais.

Pontos de Reflexão sobre a alocação de portfólios

Prefiro renda fixa internacional no lugar de Renda Variável internacional.

Reduzirei Renda Fixa pós-fixado Brasil devido a queda de juros aparente.

Manterei Renda Fixa IPCA+ em prevenção a possível elevação da Inflação.

Farei entradas pontuais em Renda Fixa pré-fixada em momentos de volatilidade.

Cuidarei com a qualidade dos títulos de Renda Fixa, houve muita emissão a taxas elevadas, e pode haver dificuldades pontuais de alguns emissores de crédito privado em arcar com os juros assumidos.

Continuarei com ações em carteira, a bolsa de valores tende a subir devido a queda de juros e baixa inflação.

Aparentemente os fundos multimercados estão com melhor visibilidade para pegar as tendências em 2024 do que estavam em 2023.

Entendo que fundos Imobiliários se beneficiarão da queda dos juros devido ao aquecimento do mercado imobiliário. Shoppings são meus favoritos pois o varejo se aquece com queda de juros. Logísticos, teoricamente se beneficiam com a melhora do varejo, mas vejo o risco de as locatárias ainda estarem em más condições financeiras. Recebíveis seguem como sólido pagador de dividendos.

Por fim!

Não Faça o que eu digo e nem o que eu faço!!

Use as reflexões e dados que você tem para pensar por conta própria. Isso não é uma recomendação de investimento. Essas análises foram feitas no início do ano e tudo pode mudar muito rapidamente.

Estude, mantenha-se informado e sempre conte com a ajuda de profissionais da área para investir!

Ótimo 2024 a você!

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
41 9 9890 9119

Resumo da semana 05 a 11-11

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Aconteceu na Semana Passada

Na última semana, o Ibovespa encerrou em alta, marcando um ganho de 2,0% em reais e 1,7% em dólares, atingindo os 120.568 pontos. O grande destaque foi a ascensão da Magazine Luiza (MGLU3), que registrou uma notável valorização de 21%, impulsionada por movimentos técnicos durante o fechamento na curva de juros. Em contrapartida, Minerva (BEEF3) e PetroRecôncavo (RECV3) apresentaram as maiores quedas, ambas com uma diminuição de 12%, após a divulgação dos resultados do 3º trimestre.

No Brasil

O Senado aprovou, com concessões de última hora e uma votação apertada, o relatório da reforma tributária. Com 53 votos dos 49 necessários, o texto agora segue para votação na Câmara, alimentando expectativas de promulgação ainda este ano.

A divulgação da ata do Copom trouxe um tom considerado duro pelo time de Economia XP, destacando o ambiente global mais adverso. Porém, também ressaltou a desaceleração da economia na margem e a dinâmica benigna da inflação. O IPCA de outubro, acelerando 0,24% m/m, abaixo do consenso e da expectativa, mantém a perspectiva de cortes de 50bps nas próximas reuniões.

Na temporada de balanços do 3T23, 66 das 83 companhias do Ibovespa já reportaram, com 34% superando as expectativas de EBITDA. No mercado coberto pela XP, 111 empresas reportaram, com 34% superando as expectativas, 13% abaixo e 55% em linha.

Nos EUA

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em discurso no FMI, expressou um pessimismo em relação ao aperto monetário para conter a inflação. Isso desencadeou maior volatilidade nas taxas de juros das Treasuries, com o título de 10 anos fechando praticamente estável em 4,65%.

Dólar e Juros

O dólar fechou a semana em queda de 0,1%, cotado a R$ 4,91/US$. A curva de juros encerrou em queda, destacando o DI jan/33, que fechou em 11,27% (-16,2bps).

O que esperar para essa semana ?

Na agenda internacional, destaque para a divulgação do CPI nos Estados Unidos, dados de atividade na China e índices de preços em outros países. No Brasil, atenção para a Pesquisa Mensal de Serviços e o IBC-Br, que devem refletir a recuperação parcial do setor terciário e indicadores de atividade econômica. Além disso, as atenções se voltam para a política fiscal, com a possível apresentação de emenda ao projeto de lei orçamentária de 2024, ajustando a meta fiscal para um déficit de 0,5% do PIB.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
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