“Eu sou diferente, não sou mais nem menos, mas também não sou igual aos outros. Sou apenas especial, sou mais eu, não sou igual à maioria retrograda, mas também não sou superior, sou apenas único em busca de minha afirmação para entrar na vida dos adultos”.
Várias pessoas, pais, alunos, professores, não compreendem, quando nós, adolescentes, falamos em ser diferentes; imaginam superioridade ou algo assim, só porque somos revoltados em alguns momentos com o mundo; eles já passaram do tempo e pensam que sabem tudo, porém, eu já sei que sou um adolescente e preciso me ajustar às grandes mudanças que me aguardam”. Mas como eu gostaria que fosse do meu jeito de ser?
Seguindo este pensamento de um adolescente, entendemos que assim deveriam pensar também os adultos, porém, os adolescentes vivem uma fase completamente diferenciada da que deixaram para trás quando crianças, e também muito diferente da idade que os espera. Isso é conflitante nesta trajetória da vida.
Cada adolescente tem sua personalidade própria, tem suas próprias opiniões e ideias. Cada um tem seu estilo, seu jeito de ser, e isso é exclusivo desta faixa etária, em que a meta principal é tirar os pais do seu estado de normalidade.
Têm alguns que ainda não sabem qual é o seu estilo e, por isso, se inspiram em ídolos, artistas, atletas ou algo parecido, e seguem o mesmo ideal, mas, pensando bem, isso também é um jeito diferente de ser. Que bom se os governantes escutassem os adolescentes, e apoiassem apenas 10 por cento dos seus pensamentos, as nossas mazelas sociais teriam outro rumo.
Baseando-se nas diferenças entre o homem e a mulher, podemos dizer que os adolescentes são seres totalmente opostos em tudo, não somente nos sexos. Mas é por serem tão diferentes que se relacionam com jeitos e formas esquisitas, fugindo do mundo normal, meio que não aceitando o que é o real na frente deles; possuem ideias, atitudes e opiniões totalmente diferentes dos outros e, por isso, se atraem e se completam.
O que importa é que poucos têm um estilo, e se ainda não o têm, imitam alguém ou criam um jeito diferente de ser, e é isso que faz de cada adolescente um ser ÚNICO. A questão fundamental está em entender as oposições. Sejam meninos ou meninas, todos têm grande dificuldade em se aceitar nas diferenças. Às vezes, é preciso perder em determinados momentos para que todos ganhem no final; e se tem uma coisa que adolescente não aceita é perder, mas, ao mesmo tempo, acabam esquecendo com a maior facilidade suas derrotas.
A disputa entre pais, professores e adolescentes é uma partida onde não poderá haver apenas um ganhador: ou todos ganham ou todos perdem.
Até a próxima!