Ayrton Senna deve ser reconhecido como herói da Pátria, decide CE

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O piloto de automobilismo Ayrton Senna poderá ser considerado oficialmente herói da Pátria. Um projeto de lei que propõe a inclusão do nome do tricampeão mundial de Fórmula 1 no livro de aço que reúne personalidades que tiveram papel importante na história do Brasil foi aprovado nesta terça-feira (2) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A proposta (PLC 45/2018) depende agora de confirmação do Plenário do Senado.

Ser incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é receber um reconhecimento formal do Estado brasileiro de grandes feitos para o país. A obra, que inclui heróis e heroínas como Getúlio Vargas, dom Pedro I, Tiradentes, Santos Dumont, Zumbi e Anita Garibaldi, está depositada no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

O projeto foi apresentado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).  O relatório favorável é de autoria do senador Zequinha Marinho (PSC-PA), que destaca o trabalho filantrópico de Senna e suas demonstrações de amor ao país.

— O maior legado que nos deixa é o de seu exemplo admirável e inspirador, hasteado em uma enorme força de vontade e em um forte sentimento de amor a seu país — disse.

O presidente da CE, senador Flávio Arns (Rede-PR), afirmou que a inclusão de Senna entre os heróis e heroínas da pátria é uma justa homenagem.

Nascido no dia 21 de março de 1960, em São Paulo, Ayrton Senna da Silva morreu aos 34 anos, no dia 1º de maio de 1994, quando seu carro colidiu contra uma mureta de proteção no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, Itália.

Nelson Carneiro

A CE também aprovou projeto que determina a inclusão do nome do ex-senador de Nelson de Souza Carneiro no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.  O PL 407/2019 segue para o Plenário.

A autora do projeto, ex-deputada federal Maria Helena, apresentou como justificativa para o reconhecimento a luta de Nelson em defesa da mulher. A relatora, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), destacou a atuação de Nelson para aprovação da lei que instituiu o divórcio no Brasil.

— A trajetória política de Nelson Carneiro é coroada por sua luta em prol da afirmação dos direitos das mulheres, sendo certo que sua contribuição foi fundamental para a instituição do divórcio no país — afirmou.

Nelson de Souza Carneiro nasceu em Salvador, em 1910.  Em agosto de 1932, por ter apoiado a Revolução Constitucionalista de São Paulo, em oposição ao governo provisório de Getúlio Vargas, foi preso e deportado para o Rio de Janeiro. Com a redemocratização, elegeu-se, em 1945, suplente de deputado pela Bahia para a Assembleia Nacional Constituinte, assumindo uma cadeira em 1947.

Em 1959 iniciou novo mandato na Câmara, desta vez pelo Rio de Janeiro, e sempre se mostrou favorável ao divórcio, preocupando-se, em particular, com a situação da mulher.

Após renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, relatou a votação da Emenda Constitucional nº 4, que instituiu o parlamentarismo no Brasil.

Por duas outras vezes, em 1962 e 1966, foi reeleito deputado federal, na legenda da Frente Popular. Em 1970 foi eleito senador pelo MDB da Guanabara e, em 1971, assumiu a liderança de seu partido no Senado.

Depois de 26 anos de luta política, finalmente Nelson Carneiro obteve a aprovação da Lei nº 6.515, de 26 de dezembro de 1977, que instituiu o divórcio no Brasil.

Reelegeu-se para o Senado ainda duas vezes consecutivas, em 1978 e 1986, neste último ano como senador da Assembleia Nacional Constituinte. Presidiu o Senado e o Congresso Nacional no biênio 1989–1990. Morreu em 6 de fevereiro de 1996, aos 85 anos, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Patrono

Outra homenagem aprovada pela Comissão de Educação é dirigida ao tenente-coronel Aldo Augusto Voigt. O colegiado aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 113/2018, que concede o título de Patrono do Quadro de Oficiais Especialistas em Controle de Tráfego Aéreo da Aeronáutica ao especialista em controle de tráfego aéreo.

A relatora, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), proferiu parecer favorável à matéria e destacou os feitos da vida do homenageado e suas importantes contribuições para as áreas de defesa aérea e controle de tráfego aéreo no Brasil.

— Por toda sua história no setor de controle de tráfego aéreo, entendemos que é meritória a homenagem — justificou.

Aldo Augusto Voigt nasceu em Timbó, Santa Catarina, em 1942. Ingressou na Força Aérea Brasileira em 1959, como aluno da Escola de Especialistas de Aeronáutica. Como oficial, teve atuação destacada na área de controle de tráfego aéreo. Em Brasília, foi membro da Comissão de Implantação do Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cisdacta). Morreu em 2001, aos 59 anos, vítima de complicações cardíacas.


Source: Senado

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