Pesquisa do CEUB aponta benefícios da Equoterapia para crianças com autismo

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O universo dos tratamentos terapêuticos se expande a cada dia. Aliados à ciência, os métodos incluem tradições milenares, contatos com a natureza, entre outros fatores que estimulam o bem-estar na mente e no corpo humano. De acordo com pesquisa realizada por estudantes de Fisioterapia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Bruna Ferreira e Gabriel Ulysses, a equoterapia pode auxiliar na evolução motora e intelectual de crianças com autismo. A mostra aponta diversos benefícios da prática terapêutica na rotina destes praticantes.

A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo como facilitador, de modo interdisciplinar, visando o desenvolvimento biopsicossocial de seus praticantes. Engloba fatores físicos, comportamentais, funcionais e sociais através do movimento natural do cavalo. Nesse sentido, o estudo foi desenvolvido para verificar a efetividade do tratamento de estresse parental, força muscular e mobilidade de crianças com deficiências. A mostra analisou uma série de casos de crianças do sexo masculino, na faixa etária de 3 a 13 anos de idade, portadoras de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Para realizar o estudo, foram aplicados questionários por meio das metodologias Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL) – qualidade de vida relacionada à saúde infantil, e Parenting Stress Index (PSI) – que identifica e prevê possíveis problemas de comportamento dos pais e dificuldades de adaptação que podem levar a problemas de comportamento da criança. Em ambos os índices, houve uma melhora na avaliação após a equoterapia. No PedsQL, a média caiu de 35 para 28 – o que indica progresso. Já o PSI passou de 125 para 116. Nos dois casos, a média é considerada positiva do maior para o menor número.

Já para avaliar a mobilidade dos atendidos, os pesquisadores utilizaram a Escala de Avaliação de Mobilidade para Equoterapia (EAMEQ), em relação à forma de montar, conduzir, manter e mudar sua posição sobre o cavalo. O método foi aplicado por voluntários nos Centros de Equoterapia Pietra César, em Brasília, no início da pesquisa e ao longo dos meses, para observar o progresso durante o tratamento. O resultado foi considerado positivo em todos os praticantes avaliados na mostra. A média de progresso saltou de 55,37, para 62,33. Para esta escala, as notas positivas são dadas de modo crescente.

À frente da orientação do projeto acadêmico, a professora de Fisioterapia do CEUB Alessandra Vidal Pietro explica que os benefícios da equoterapia já estão documentados na literatura, mas o projeto avalia os progressos na vida das crianças e afere a redução do estresse dos pais e cuidadores. “Tivemos a ideia de comparar, principalmente, o estresse parental e a qualidade de vida familiar. A melhora do filho repercute na qualidade de vida e no estresse da família de uma pessoa com deficiência? Investigamos também a melhora na vida do cuidador”, explica.

“Durante e após o período da pesquisa, observamos melhorias, tanto no ponto de vista do bem-estar da família, até a mobilidade. A expectativa é partir para a Associação Nacional de Equoterapia de Brasília para darmos continuidade aos estudos de redução de estresse parental e qualidade de vida familiar e popularizar os benefícios da prática, para que mais famílias e crianças possam ter acesso.”, explica a docente.

Um dos autores da pesquisa “Efetividade da Equoterapia na qualidade de vida, estresse parental, força muscular e mobilidade de crianças com deficiências”, o estudante de Fisioterapia do CEUB Gabriel Ulysses (22) comemora: “A mostra foi o pontapé para comprovar os benefícios de mobilidade, aumento da qualidade de vida e diminuição do estresse parental dessas crianças”.

Crianças com deficiência no Brasil
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2021, 8,4% da população brasileira acima de dois anos possui algum tipo de deficiência. A marca representa 17,3 milhões de pessoas. O estudo também aponta que 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos, apresentam deficiência física nos membros inferiores, enquanto 2,7% das pessoas têm nos membros superiores. Já 3,4% possuem deficiência visual; e 1,1%, deficiência auditiva. Outros 1,2%, – o que corresponde a 2,5 milhões de brasileiros – possuem deficiência intelectual.

Avança PL que proíbe animais apreendidos de serem devolvidos a tutores

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Comissão de Turismo e Meio Ambiente aprovou, nesta terça-feira (18), o PL 287/2020, que altera o Código Estadual de Proteção aos Animais (Lei 12.854, de 2003), para proibir que animais apreendidos em razão de maus-tratos ou de zoofilia sejam devolvidos aos seus tutores. A proposta é de autoria do deputado Marcius Machado (PL) e segue para apreciação em Plenário.

De acordo com a matéria, em casos de constatação de maus-tratos ou de ato de zoofilia os animais apreendidos deverão ser encaminhados aos municípios que possuem Centros de Zoonoses ou Centros de Bem-Estar Animal, ou a ONGs, santuários ou pessoa física, sendo vedado o abate ou a venda. O projeto diz ainda que a pessoa que cometer a infração de maus-tratos ou zoofilia será responsabilizada pelas despesas decorrentes da recuperação emocional e física do animal.

Relator do projeto na Comissão de Turismo e Meio Ambiente, o deputado Fabiano da Luz (PT) destacou que foi apresentada emenda ao projeto original “para suprimir o dispositivo que impõe ônus ao estado de Santa Catarina, conforme demonstrado pela Polícia Militar Ambiental, bem como o dever de fiscalização por parte do poder de polícia municipal, evitando que os projetos ensejem em impactos financeiros extraordinários aos municípios catarinenses.”

Shurastey e Jesse
O colegiado aprovou o PL 238/2022, de autoria do deputado Marcius Machado (PL), que institui o Dia Estadual Shurastey e Jesse para celebrar a amizade entre animais de estimação e seus tutores. Matéria segue para apreciação em Plenário. O parlamentar usou como base para propor o PL a amizade entre o influenciador catarinense Jesse Koz e o cão Shurastey, explicou a relatora, deputada Marlene Fengler (PSD).

Em 2017, o influenciador e o seu cão começaram a viajar pelo mundo, tendo percorrido 17 países. A jornada de Jesse e Shurastey foi interrompida no dia 23 maio de 2022, após sofrerem um acidente de trânsito fatal nos Estados Unidos. “Infelizmente, sua viagem chegou precocemente ao fim, porém, o exemplo de amizade entre o cão e o tutor, não”, destacou Machado.

Pela proposta aprovada, 23 de maio passa a ser reconhecido como o Dia Estadual Shurastey e Jesse para celebrar a amizade entre animais de estimação e seus tutores. Nesta data, deverão ser realizadas ações para difundir informações e conscientizar a população sobre os efeitos benéficos da convivência entre as pessoas e seus bichos de estimação.

Cartazes
Os deputados também aprovaram o parecer favorável da deputada Marlene Fengler ao PL 107/2021, de autoria do deputado Jair Miotto (União), que determina a afixação de cartazes com mensagem sobre exploração sexual e tráfico de crianças e adolescentes, incluindo a divulgação do aplicativo Proteja Brasil. Matéria segue para apreciação em Plenário.

Jair Miotto explicou que a proposta visa incluir nas mídias sociais de estabelecimentos comerciais a mensagem inscrita na Lei 14.3655, de 2008, que trata sobre a exploração sexual e tráfico de crianças e adolescentes.

Botuverá
Também vai a votação em Plenário o PL 201/2022, de autoria do ex-deputado Osmar Vicentini (União), aprovado por unanimidade, que reconhece o município de Botuverá como a Capital Catarinense do Calcário.

Licenciamento ambiental facilitado
Segue para apreciação na Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano o PL 476/2021, de autoria do deputado Mauro de Nadal (MDB), que dispensa da apresentação de licença ambiental as intervenções destinadas à conservação, manutenção e pavimentação de estradas vicinais que se encontrem em operação no estado.

Conforme o artigo 1º do texto, a dispensa será possível desde que não haja supressão de vegetação, ou que não seja necessária intervenção em área de preservação permanente, em áreas de conservação, de proteção de mananciais e corpos d’água. O objetivo do projeto é simplificar e desburocratizar os processos de infraestrutura viária em que não ficam configurados danos ao meio ambiente. O parecer pela aprovação foi apresentado pelo deputado Fabiano da Luz.

Fonte:Agência AL

Conselho do FGTS regulamenta uso de depósitos futuros para financiamento habitacional

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O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou, nesta terça-feira (18), proposta do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) que regulamenta o uso de depósitos futuros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em prestações de financiamento imobiliário. Também foi aprovado aumento de R$ 1 bilhão nos subsídios do Programa Casa Verde e Amarela para 2023.

Segundo a proposta aprovada para o uso dos depósitos futuros, o agente financeiro deverá informar ao trabalhador a capacidade de pagamento para financiamento habitacional, com ou sem a utilização desses depósitos futuros, que serão utilizados como uma caução. O uso ou não desse recurso é uma decisão exclusiva do trabalhador e a medida é válida apenas para novos contratos de financiamento.

“Pegamos o exemplo de uma família que tem uma renda e consegue acessar um financiamento com uma prestação de R$ 500, mas para o imóvel que ela deseja, precisaria pegar um financiamento em que a prestação custaria R$ 600. A partir desta medida, ela poderia usar o crédito futuro para fazer essa complementação e acessar o imóvel que de outra forma não seria possível”, exemplificou o secretário-executivo do MDR, Helder Melillo, durante apresentação da pauta ao Conselho.

A medida pode ser aplicada para famílias que estão no Grupo 1 do Programa Casa Verde e Amarela, ou seja, com renda mensal até R$ 2,4 mil. Os depósitos ficam retidos com o agente financeiro até o abatimento do valor caucionado. Entretanto, o trabalhador poderá solicitar a amortização do contrato para redução do valor da prestação e até mesmo a liquidação.

De acordo com a aprovação em conselho, o agente operador terá 90 dias para regulamentar os procedimentos operacionais.

A autorização para o uso do FGTS futuro está prevista na Medida Provisória (MP) 1.107, de março deste ano, que também criou o microcrédito digital para microempreendedores.

Mais R$ 1 bilhão para subsídios em 2023

Ainda durante a reunião ordinária, o Conselho aprovou o aumento de R$ 1 bilhão em subsídios para o Programa Casa Verde e Amarela, totalizando R$ 9,5 bilhões para o orçamento operacional do MDR em 2023. Nos anos seguintes, até 2026, ficou mantido o montante de R$ 8,5 bilhões ao ano em subsídios.

A medida vai beneficiar famílias dos Grupos 1 e 2 (com renda até R$ 4,4 mil) do Casa Verde e Amarela, com a estimativa da construção de mais de 370 mil unidades habitacionais. “Nosso principal objetivo com essa proposta é manter o ritmo de crescimento para famílias com renda mensal bruta de até R$ 2,4 mil”, explicou Melillo. “Vimos que as condições adversas do nosso cenário macroeconômico recente fizeram com que o financiamento a essas famílias sofresse uma queda, mesmo com todas as medidas que o Conselho tem feito nos últimos dois anos para ampliar a oferta de desconto”, completou.

Aprovações do CCFGTS em 2022

A utilização de depósitos futuros do FGTS integra um pacote de normas que vêm sendo implementadas no Programa Casa Verde Amarela. Em março, o Conselho aprovou novos ajustes na metodologia de cálculo do subsídio, que foram implementadas no mês seguinte e representaram novos acréscimos no benefício concedido.

Em maio, o valor do subsídio para famílias de baixa renda financiarem imóveis por meio do programa teve um acréscimo de 12,5% a 21,4%, variando conforme a região, renda familiar e o tamanho da população do município.

Além disso, foi aprovado, no mês de julho, o reajuste do limite de renda para o Grupo 2 do Programa Casa Verde e Amarela, de atuais R$ 4 mil para R$ 4,4 mil, e do Grupo 3, de R$ 7 mil para R$ 8 mil.

Em março, o Grupo 1 já havia sido reajustado de R$ 2 mil para 2,4 mil. Com a medida, as taxas de juros para as famílias reenquadradas no Grupo 2 foram reduzidas em até 1,16% ao ano e as prestações mensais, em até 11%.

Baixa nos juros aos cotistas do fundo

As famílias mutuárias de financiamentos habitacionais com recursos do fundo no programa Pró-Cotista também tiveram uma redução temporária da taxa de juros, em vigor até 31 de dezembro de 2022. A medida diminui em um ponto percentual a taxa para imóveis com valor até R$ 350 mil, que passa de 8,66% para 7,66% ao ano, e em meio ponto percentual para imóveis com valor superior a R$ 350 mil, que passa de 8,66% para 8,16% ao ano.

Fonte: Brasil 61

MDR condecora personalidades que ajudaram a fortalecer proteção e defesa civil no País

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O Mistério do Desenvolvimento Regional (MDR) homenageou, nesta segunda-feira (17), com a Medalha Defesa Civil Nacional, 50 personalidades civis e militares, além de instituições, que trabalham para o fortalecimento da proteção e defesa civil do País, de forma direta ou indireta. Confira neste link a lista completa dos agraciados nos graus Grande Oficial, Comendador e Cavaleiro.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, esteve presente à solenidade. Ele destacou a importância de valorizar quem trabalha em prol da proteção e defesa civil no País. “Gostaria de cumprimentar todos os agraciados e, sobretudo, meus servidores do MDR. Trabalho aqui minha vida toda e temos poucos momentos para reconhecer o trabalho das pessoas. No serviço público, há poucas formas de reconhecer. Quero cumprimentar todos que trabalham aqui e fazem muito pelo País, na maioria das vezes, sem nem perceber que estão fazendo”, afirmou.

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil do MDR, coronel Alexandre Lucas, também exaltou os agraciados e reforçou a importância de todos na preservação de vidas em desastres naturais pelo Brasil. “Reconhecer o trabalho de pessoas e instituições que nos ajudaram a cumprir nossa árdua missão é, para nós, uma oportunidade de expressar admiração e, principalmente, gratidão pelos serviços prestados ao povo brasileiro na gestão de riscos e desastres”, celebrou o secretário. “A proteção e defesa civil é uma política pública que comprova a máxima de que precisamos uns dos outros” completou.

Entre os 50 agraciados, estão personalidades que se destacaram na proteção e defesa civil, como o coronel Edgard Estevo, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que atuou na tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.

“Esta medalha é um reconhecimento do trabalho de todo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais em prol da sociedade mineira. O desastre em Brumadinho foi o maior desafio enfrentamos em sua história. A magnitude do desastre, o número de vítimas, a complexidade da ocorrência, o número de socorristas e agências, a logística, os riscos para os socorristas e a comoção nacional fizeram com que a gestão fosse com aspectos de ineditismo e aprendizado”, contou Estevo.

Outra agraciada foi a bombeira civil e médica veterinária Carla Sássi de Miranda, coordenadora do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad). Para ela, a Medalha Defesa Civil Nacional é o maior reconhecimento que o órgão já teve por seu trabalho.

“É um grupo que, há mais de 10 anos, vem se empenhando e se capacitando para atuar de forma efetiva nos desastres em massa, resgatando animais e assistindo as famílias multiespécies atingidas”, afirmou. “Receber tamanha homenagem da Defesa Civil é também uma grande responsabilidade, porque é nesse setor que nos inspiramos e onde encontramos uma parceria incrível, que vem trazendo ótimos resultados”, completou.

Também foi condecorada a prefeita de Francisco Morato (SP), Renata Torres de Sene. Ela foi responsável pela criação da Comissão de Proteção e Defesa Civil na Frente Nacional dos Prefeitos.

“Eu recebo essa medalha com muita gratidão pela oportunidade de representar tantas gestoras e gestores que assumem o compromisso de discutir e implementar políticas públicas de enfrentamento desse grande desafio que é proteger as nossas famílias do risco de desastres”, afirmou Renata. “Essa medalha carrega uma mensagem forte de luta, de resiliência e de muita coragem por parte de todas as pessoas envolvidas neste cenário. Sabemos que ainda há muitos desafios. Mas, é importante dizer que construímos cada passo dessa jornada estabelecendo grandes parcerias: ouvindo a comunidade, compartilhando com colegas experiências de sucesso, buscando apoio em outros entes e órgãos”, completou.

Outro condecorado foi Antônio dos Santos Souza, coordenador de Planejamento do município de Propriá, em Sergipe, devido ao trabalho de sucesso para melhorar a estrutura da cidade com foco na prevenção de desastres.

“Receber essa medalha como forma de reconhecimento pelos meus serviços é uma grande honra. Mesmo diante de tantas dificuldades, conseguimos firmar parcerias, fortalecendo a Defesa Civil Municipal. O município de Propriá é banhado pelo Rio São Francisco e, naturalmente, convivemos com transformações em períodos de chuvas mais fortes, as quais, muitas vezes, causam muitos prejuízos públicos e privados. Saber conviver com o Rio e suas transformações, muitas provocadas por ações humanas, segue como um dos maiores desafios”, relatou.

Entre as instituições condecoradas estão o Conselho Nacional de Gestores Estaduais de Proteção e Defesa Civil (CONGEPDEC) e o Escritório Regional das Nações Unidas para a Redução de Desastres para as Américas e o Caribe (UNDRR).

Além disso, foram agraciados agentes federais, coordenadores estaduais e municipais de defesa civil, servidores da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil e outras personalidades civis e militares.

Confira neste link portaria do Diário Oficial da União desta sexta-feira (14) com a lista dos agraciados.

Fonte: Brasil 61

preço do café registra queda nesta terça-feira (18)

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A saca de 60 quilos do café arábica começou a terça-feira (18) com queda de 1,16% no preço e é vendida a R$ 1.141,32 na cidade de São Paulo. O café robusta também teve redução no valor. A baixa foi de 1,49% e a saca é comercializada a R$ 646,77 para retirada no Espírito Santo.

O açúcar cristal teve aumento de 0,82% no preço e o produto é vendido a R$ 127,22 em São Paulo. Em Santos, no litoral paulista, o valor da saca de 50 quilos, sem impostos, subiu 2,05% e a mercadoria é comercializada a R$ 129,14.

No mercado financeiro, o preço da saca de 60 quilos do milho teve salto de 0,22% e é negociada a R$ 84,86. Em Cascavel, no Paraná, o preço é R$ 83,50. Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o milho é vendido a R$ 75. Em Uberaba, Minas Gerais, o preço à vista é R$ 76. Os valores são do Canal Rural e Cepea.

Fonte: Brasil 61

Mesários de todo o Brasil se preparam para segundo turno das eleições

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Já está disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral um material de reforço para os mesários escalados para trabalhar no segundo turno das eleições, que acontece no próximo dia 30 de outubro. Mais de 1 milhão e oitocentas mil pessoas trabalharam como mesárias no primeiro turno das eleições deste ano. Dos convocados, 1,1 por cento não compareceu. É o menor índice de ausência já registrado numa eleição. O manual de treinamento está disponível para capacitar essas pessoas e evitar dúvidas no momento da votação, e pode ser acessado até às 18h do dia 27 deste mês. Mesário pela quarta vez, o estudante de direito Brendo Tavares avalia a capacitação como positiva.

“Desde as eleições passadas a gente teve já a implementação do curso do TSE, e já foi imposto sobre os candidatos a mesários a fazer o curso. Desde o começo eu fiz o curso, segui as orientações, participei dos questionários e recebi o certificado do curso.”

O mesário Brendo e todos os outros que trabalharam no primeiro turno têm direito à folga, prevista em lei, uma vez que o trabalho nas urnas não é remunerado. A advogada trabalhista, Karla Oliveira, explica como funciona.

“A cada dia trabalhado nas eleições ele terá dois dias de folga e também terá dias de folga nos dias que fizer o treinamento como mesário. Além disso, para que essas folgas sejam justificadas junto à instituição, órgão ou empresa onde ele trabalha, ele precisa apresentar a certidão de participação nas eleições. É o documento necessário para que essa negociação das folgas seja justificada com o empregador.”

Não é mais possível se inscrever para trabalhar como mesário para o segundo turno das eleições deste ano. Mas para o próximo pleito, que acontece em 2024, quem tiver interesse pode se inscrever no site do TRE do seu estado ou ir pessoalmente a um cartório eleitoral. Este ano o analista de faturamento, Miguel Cunha, trabalhou pela primeira vez como mesário, e gostou da experiência.

“Fui mesário, fiquei organizando fila, foi muito bom. Gostei de ver a dinâmica das pessoas. Gostei da parte humana em querer votar, em querer demonstrar uma melhoria no nosso país. Foi tranquilo, não teve briga, não teve discussão, foi um cenário muito bom no primeiro turno.”

Fonte: Brasil 61

Investimento adequado em saneamento básico pode acrescentar R$ 1,4 trilhão ao PIB do Brasil, revela Abcon

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O setor de saneamento pode contribuir para que o Brasil tenha um ganho no PIB de aproximadamente R$ 1,4 trilhão. A projeção consta em estudo divulgado pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon). De acordo com o levantamento, para atingir esse resultado, o país precisa investir R$ 893 bilhões no setor até 2033.

Segundo o diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, o ganho estimado representa um PIB de 2,7%. Na avaliação dele, a projeção mostra o evidente potencial do setor, sobretudo na capacidade de ajudar o país a crescer economicamente, por meio da ampliação dos serviços de água e esgoto.

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“Consideramos que a realização desse conjunto de investimento permitiria ao país alcançar 99% da população com água tratada, e 90% da população com esgoto tratado. Ao realizar esse investimento, o setor de saneamento teria que fazer compras. Ou seja, o setor mostra, dessa forma, um vigor econômico grande para alavancar um ciclo de crescimento e contribuir para o aumento do PIB”, pontua.

De acordo com o levantamento, caso o investimento necessário seja feito no tempo adequado, o ganho nas receitas federais será de quase R$ 952 bilhões, “o que representa um importante acréscimo que irá repercutir em todas as esferas públicas”.

Metas para o próximo governo (2023-2026)

●   Investimentos necessários:

R$ 59,3 bilhões em água
R$ 175,4 bilhões em esgoto
R$ 73,6 bilhões na recuperação da depreciação das redes existentes

●   Níveis de atendimento a alcançar:

91% da população com abastecimento de água (mais 15 milhões de pessoas a serem atendidas)
71% da população com esgotamento sanitário (mais 27 milhões de pessoas a serem atendidas)

De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o investimento do setor entre 2018 e 2020 foi de R$ 50,5 bilhões, o que corresponde a 32,5% do montante estimado para esse mesmo período como necessário para o alcance da universalização até 2033.

Fonte: Brasil 61

Confiança de empresários da indústria tem maior queda em 2022, aponta CNI

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Mesmo com a alta da expectativa do desempenho econômico da indústria brasileira, empresários do setor sentem diminuir a confiança no mercado industrial. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), publicado nesta quinta-feira (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 2,6 pontos de setembro para outubro, a maior queda de confiança do ano, e está em 60,2 pontos.

O recuo ocorre após sucessivos avanços do otimismo do setor industrial ao longo deste ano. Mas, apesar da queda, o índice está acima da linha de corte de 50 pontos que, segundo a entidade, separa a confiança da falta de confiança.

De acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko, a principal causa da retração da confiança foi a maior moderação das expectativas do setor industrial para os próximos seis meses.  “Essa queda foi resultado tanto de um recuo nas avaliações das condições atuais quanto na expectativa do empresário para os próximos seis meses, ainda que tenha sido mais expressivo esse recuo no lado das expectativas”, avalia Nocko.

No início desta semana, a CNI divulgou uma nova projeção de crescimento para o Produtor Interno Bruto (PIB) da indústria. O índice aumentou de 0,2% nas previsões de julho para 2% nos dados mais recentes. Segundo a entidade, esse movimento de expansão da economia industrial foi impulsionado por dois setores específicos: o da indústria de transformação e o da construção civil.

Confiança da indústria

Entre os dados que fazem parte do ICEI há o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas. Neles, o empresariado do setor avalia quatro elementos, como explica Nocko. “O empresário industrial é questionado a respeito das avaliações das condições atuais da economia brasileira, das avaliações das condições atuais das empresas e das expectativas para os próximos seis meses, tanto da economia brasileira quanto da empresa”, comenta a economista.

Em ambos os casos, visualizou-se um pessimismo dos dirigentes. O Índice de Condições Atuais também apresentou recuo, saindo dos 58,4 pontos em setembro para 56,9 pontos agora em outubro, uma queda de 1,5 ponto. No caso do Índice de Expectativas, a queda foi de 3,2 pontos, caindo para 61,18 pontos.

Assim como o ICEI, os dois índices seguem com valores positivos e apontando percepção positiva do momento atual da economia brasileira e das empresas em relação aos seis meses anteriores. A avaliação, porém, é mais moderada que em setembro, especialmente na percepção dos empresários com relação às suas próprias empresas, aponta a CNI.

A pesquisa foi feita com 1.459 empresas, sendo 572 de pequeno porte, 535 de médio porte e 352 de grande porte, entre os dias 3 e 7 de outubro.

Fonte: Brasil 61

Chuva continua em quase todo o Sul nesta terça-feira (18)

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A previsão do tempo para esta terça-feira (18) é de muitas nuvens com pancadas de chuva e possibilidade de trovoadas em toda a região Sul, com exceção das microrregiões rio-grandenses de Litoral Lagunar, Jaguarão, Campanhas Meridional e Central.

A temperatura mínima para o Sul fica em torno de 12ºC, e a máxima pode chegar a 28°C. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

Fonte: Brasil 61

Dia Mundial da Menopausa: que cuidados tomar para viver com mais qualidade nessa fase da vida

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Calorões, mudança de humor e falha na menstruação. A jornalista Renata Franco, hoje com 51 anos, começou a ter esses e outros sintomas aos 47. Procurou o ginecologista e confirmou que estava no climatério, período que antecede a menopausa. Durante um ano, ela teve que lidar com esses desconfortos.

“Eu menstruava um mês sim, dois não ou até duas menstruações no mesmo mês. Logo começaram aqueles calores terríveis, principalmente na altura do seio e nas costas. Aquelas ondas de calor duravam uns 20 dias, depois ficavam cerca de 40 dias sem aparecer e então, voltava tudo de novo”, conta a jornalista.

Menopausa é o nome que se dá à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Além do fim do sangramento mensal, significa que o estoque de óvulos se esgotou no corpo, o que acontece, geralmente, entre os 45 e 55 anos. Mas uma mulher só pode afirmar que está na menopausa depois de um ano sem menstruar.

Para a ginecologista Marina Lutterbach, o autocuidado precisa estar ainda mais presente nessa fase. “Tentar ter um estilo de vida mais saudável é fundamental. Principalmente pelo metabolismo estar mais lento. As visitas periódicas ao ginecologista e cardiologista, servem para os exames de rastreio de cânceres como mama, útero, pele, reto e tratamentos diversos como o aumento do colesterol e a identificação de doenças reumatológicas”.

Doenças associadas

A alteração hormonal que acontece durante a menopausa é a principal responsável pelas mudanças no organismo da mulher. Com a redução da produção do principal hormônio feminino, o estrogênio, não é só o sistema reprodutor que sofre, mas também os ossos, cérebro e sistema cardiovascular. Por isso, após a menopausa, doenças relacionadas a esses órgãos podem ser mais frequentes. A redução da densidade óssea pode causar osteoporose, aumentando o risco de fraturas, por exemplo.

Diabetes, hipertensão e até mesmo depressão podem surgir ou se agravar nesse período. “Haverá uma diminuição brusca da produção de hormônios, de maneira geral, e, predominantemente, o estrogênio. Como nosso corpo funciona todo interligado, essa queda vai interferir não só nos ovários, como também no sistema cardiovascular, tecido ósseo, pele e até mesmo no globo ocular”, pontua a ginecologista.

Se preparando ainda na idade fértil

O avanço da ciência e da tecnologia no campo da saúde permite que os desconfortos  frequentes nessa fase da vida da mulher sejam amenizados. Muitas mulheres recorrem à terapia de substituição hormonal, popularmente conhecida como reposição hormonal, para equilibrar os níveis no organismo e aumentar o conforto da mulher. Mas essa terapia não é indicada para todo mundo.

O que está acessível a todas e sempre apresenta resultados positivos é manter uma alimentação equilibrada, aumentar a ingestão de líquidos e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e café. Além disso, manter uma rotina de exercícios e buscar atividades alternativas que reduzem o estresse, como ioga e meditação.

A servidora pública Ana Carolina Torelly, de 44 anos, ainda não tem sintomas de menopausa, mas há tempos se prepara para quando acontecer. “O que eu pretendo,  é fazer um acompanhamento médico, com constante dosagem de hormônio, manutenção de peso, alimentação saudável para entrar bem na menopausa.”

Fonte: Brasil 61

Após nova “década perdida”, especialistas indicam que presidente eleito deve priorizar agenda do crescimento econômico

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Entre 2011 e 2020 a economia brasileira cresceu, em média, 0,3% ao ano. Foi a década de pior desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 120 anos. O resultado da economia nesse período ficou abaixo, inclusive, da chamada “década perdida”, entre 1981 e 1990, quando o PIB cresceu apenas 1,6% a.a.

Ao Brasil 61, especialistas afirmaram que a pauta do crescimento econômico deve ser uma das prioridades da agenda econômica do presidente da República eleito em outubro. Os economistas também opinaram sobre as estratégias que o próximo governante deve adotar para que o país volte a crescer de forma mais expressiva.

Para o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, a chave para o crescimento econômico começa por manter aquilo que vem dando certo nos últimos anos, como as reformas estruturais, mais precisamente do trabalho e da previdência. “É fundamental continuar na implementação dessas reformas, porque ainda falta muita coisa para organizar melhor o funcionamento da economia”, destaca.

Ele cita as reformas tributária e administrativa como imprescindíveis, mas também diz que é preciso abrir a economia, aumentar a competitividade e, consequentemente, a produtividade no país. De acordo com o Índice de Liberdade Econômica de 2022, divulgado pela Heritage Foundation, o Brasil ocupa a posição de número 133 entre 184 países. Isto quer dizer que em 132 países é mais fácil fazer negócio do que aqui.

“É necessário continuar com as privatizações, tirar o Estado de uma forma estrutural da economia e criar incentivos para o setor privado ocupar esse espaço, como aconteceu nos últimos quatro ou cinco anos, quando a taxa de investimento saiu de 15% e foi para 19% do PIB, com uma queda ao mesmo tempo da taxa de investimento do setor público”, diz José Camargo.

Benito Salomão, economista-chefe da Gladius Research, destaca que a economia brasileira apresenta taxas de crescimento baixas há mais de dez anos, o que também vale para o PIB per capita. O nosso PIB per capita vem estagnado há mais de uma década. Em 2022, o Brasil tem o mesmo PIB per capita que tinha em 2009. Então, há uma agenda de crescimento que precisa ser enfrentada pelo governo”, analisa.

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que o PIB per capita brasileiro na última década empatou com o dos anos 80 como aqueles com os piores desempenhos desde o início do século XX. A riqueza por habitante recuou 0,6%. Em uma comparação internacional com 190 países, o PIB per capita do Brasil performou pior do que o de outras 155 nações entre 2011 e 2020. Em vizinhos sul-americanos, como Chile e Peru, o indicador cresceu 0,8% e a década foi positiva.

Salomão acredita que a agenda do crescimento econômico deve ser marcada pela abertura da economia, aprovação de marcos regulatórios, investimento em ciência, tecnologia e infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos). Essa pauta, segundo o economista, deve ser tocada pelo presidente em paralelo a uma agenda que ele classifica como de “desenvolvimento social e humano”.

“É preciso que a agenda de crescimento econômico se dê concomitantemente com a agenda de distribuição de renda e de investimento maciço em capital humano. Isso envolve também investimentos em educação, envolve fortalecimento de programas de transferência de renda, envolve política de permanência e acompanhamento das crianças nas escolas, ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz.

Fonte: Brasil 61

CAIXA e Sebrae firmam parceria para estimular empreendedorismo feminino

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A CAIXA e o Sebrae firmaram, nesta segunda-feira, 17 de outubro, uma parceria para estimular o empreendedorismo feminino, a estratégia CAIXA Pra Elas Empreendedoras. Até 19 de novembro, as duas instituições promovem ações de atendimento por todo o país, com a oferta de linhas de crédito, cursos de capacitação e orientações. Tudo para que mulheres que têm, ou pretendem ter o próprio negócio.

Nesta terça-feira, 18 de outubro, o banco fará a primeira ação de atendimento do CAIXA Pra Elas Empreendedoras, em São Paulo (SP), no Mega Polo Moda. No evento, as empreendedoras também vão poder renegociar dívidas e receber orientações do Sebrae, e ter acesso a produtos da CAIXA Cartões e da CAIXA Seguridade.

Além disso, o intuito da parceria é apoiar milhares de brasileiras empreendedoras a enfrentarem cada etapa do negócio próprio e desenvolver suas empresas, com acesso a valores crescentes de investimento, como explica a presidente da CAIXA, Daniella Marques:

“E quando ela se formaliza, abre a MEI e faz o curso, ela já vai ter acesso –mesmo se estiver negativada- de um crédito de até R$1 mil reais para dar esse primeiro passo. Depois disso, na etapa de concessão, a gente vai oferecer soluções bancárias compatíveis com suas necessidades, três meses de formalizados terão outras linhas de créditos.com sete meses, o valor escala um pouco e a partir dos 12 meses, através do FAMPE e do Pronampe, elas têm acesso a valores ainda maiores para investir, crescerem e dar fôlego aos seus negócios.”

Na iniciativa, a CAIXA e o Sebrae desenvolvem a “Rampa Empreendedora”: as que desejam montar e formalizar o próprio negócio terão acesso a cursos de capacitação e orientações para a sua regularização como MEI; já as empreendedoras formalizadas serão encaminhadas para cursos específicos e podem contratar linhas de crédito de até 1 mil reais.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explica mais. “Posto a formalização, entramos com o treinamento, na sequência, o crédito. Mas é apostar naquilo que nós fizemos: formaliza, treina e dá o recurso para começar a realizar o curso do empreendedor. E esse desafio de tentar formalizar olhando lá na base é um desafio formidável, mas nós estamos preparados para isso.”

Para ter acesso a todos esses serviços, basta ir a uma das agências da CAIXA. As mulheres poderão acessar opções de Crédito e Serviços Bancários, com a abertura de conta PJ, disponibilização das linhas Pronampe e FAMPE, Maquininha Azulzinha, Microcrédito, Antecipação de Recebíveis e Cartão de Crédito.

Para orientar as mulheres empreendedoras, serão indicados os canais de atendimento do Sebrae e a trilha de formalização assistida, pelo 0800 570 0800.

Para mais informações, acesse: caixa.gov.br/caixa-pra-elas ou baixe o app CAIXA Tem.

Fonte: Brasil 61

Para 73% dos industriais, o maior gargalo do setor de infraestrutura está no serviço de transporte, aponta pesquisa

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De acordo com 73% dos industriais, o maior gargalo do setor de infraestrutura em suas regiões está no serviço de transporte. Para 13%, o maior gargalo está no setor de energia, seguido de saneamento (6%) e telecomunicações (5%). É o que aponta pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre infraestrutura, divulgada nesta terça-feira (18).

Matheus de Castro, gerente de Transporte e Mobilidade Urbana da CNI, comenta o impacto desses gargalos. “A nossa pesquisa revelou a falta de ativos de infraestrutura que nós temos hoje no Brasil. Nós temos um déficit na oferta de serviços de transporte que, caso o Brasil tivesse disponível, nós teríamos um custo produtivo muito inferior.”

Questionados de forma mais específica sobre cada um dos gargalos, 77% dos empresários apontaram, como primeira ou segunda opção, que a infraestrutura das rodovias é o principal problema no serviço de transporte. No caso da energia, 40% citaram dificuldades relacionadas ao uso de energias renováveis.

A qualidade do sinal de celular foi apontada como o principal gargalo do serviço de telecomunicações por 52% dos empresários. Quando o assunto é saneamento, o quesito visto como mais problemático foi a falta de saneamento básico em geral.

Perguntados sobre as duas principais obras necessárias para melhorar o contexto das indústrias em suas regiões, 36% apontaram a infraestrutura das estradas. Outros 31% a ampliação ou duplicação de rodovias.

Os industriais que exportam também tiveram que responder quais são os principais gargalos logísticos para as empresas escoarem a produção para fora do Brasil. O mais citado foi a infraestrutura portuária (14%), seguida pelos custos com insumos (12%), pelo transporte rodoviário (11%) e pela burocracia (11%).

Mais de 28% dos empresários da indústria trocariam escoamento de produtos para modal ferroviário, aponta pesquisa

Avaliação dos modais nas regiões

Quando a pesquisa solicitou aos empresários que comparassem as condições de infraestrutura de transporte, 48% deles apontaram que as condições em seus respectivos estados são ótimas ou boas. No caso das regiões, 46% avaliaram como ótimas ou boas, número que cai para 26% quando o assunto é a qualidade da infraestrutura de transporte do país.

Arte: Brasil 61

Prioridades e problemas na logística das indústrias

Em relação ao principal problema na logística e operação para as empresas de suas respectivas regiões, 46% dos empresários citaram o custo; 22% o roubo de cargas; 20% as más condições dos modais; 7% a má qualidade da frota; e 3% a tecnologia ineficaz. Tido como o principal problema, o custo foi classificado como alto ou muito alto por 84% dos empresários.

Arte: Brasil 61

O principal motivo para os custos terem aumentado muito ou um pouco nos últimos quatro anos foi a alta no preço dos combustíveis, apontaram sete em cada dez empresários.

Potencial logístico e concessões

Também segundo os entrevistados, o modal ferroviário é aquele que mais está aquém de seu potencial atualmente. Essa é a avaliação de 60% dos industriais. O transporte por hidrovias também está abaixo de seu potencial para 49%. Já o modal rodoviário está acima ou pouco acima de seu potencial para 33%.

“Os pedidos de autorizações ferroviárias já foram feitos e temos dezenas de contratos assinados para a construção de novas ferrovias. Então, se nós pensarmos num período de três a quatro anos é possível, sim, que nós já tenhamos mais oferta de infraestrutura ferroviária”, aponta Matheus de Castro sobre o potencial do modal ferroviário. “Além disso, nós precisamos também de uma maior integração da nossa malha entre a malha concedida e a futura malha autorizada. Isso vai permitir, sim, uma alavancagem do modal de ferrovias aqui no país”, finaliza.

Na avaliação dos participantes, as condições de operação de todos os modais de transporte melhoraram após privatizações e concessões. Confira abaixo.

Arte: Brasil 61

Frete e transporte

Na última sessão da pesquisa, eles tiveram que avaliar questões ligadas ao frete. Quase metade dos empresários utiliza apenas frete contratado para transportar os produtos da empresa. Apenas 10% deles utilizam unicamente frota própria.

Para 66%, o custo do frete é alto ou muito alto para a empresa atualmente. Enquanto que para 22% é médio; e para 9% é baixo ou muito baixo. Além disso, o frete representa, em média, 15% do valor final dos produtos, sendo que quase metade dos entrevistados disseram que o custo do frete no valor final da mercadoria é de até 10%.

Amostra

O levantamento foi feito com 2.500 empresários de médias e grandes indústrias, nos 26 estados e no Distrito Federal, sendo 500 de cada região do país. As entrevistas ocorreram entre 23 de junho e 9 de agosto.

Fonte: Brasil 61

Exame de sangue pode ajudar no diagnóstico de transtornos mentais

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Diagnosticar transtornos psiquiátricos, como depressão, transtornos bipolares, esquizofrenia e anorexia, normalmente é algo feito por meio de análises clínicas subjetivas. O tratamento, por sua vez, se dá pelo método de tentativas e erros, sem que exista um exame capaz de identificar precisamente uma destas doenças.

Pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, descobriram que os exames de sangue comuns podem mudar esse cenário, ajudando a detectar alguns dos problemas que afetam a saúde mental da população.

Ao analisar dados genéticos, bioquímicos e psiquiátricos de quase meio milhão de pessoas, os cientistas descobriram relações entre alguns biomarcadores e transtornos psiquiátricos.

Vale destacar que os biomarcadores são substâncias presentes no corpo humano que representam um sinal de doença ou algum outro processo específico.

Eles, geralmente, são detectados em um exame de sangue, como colesterol, açúcar, enzimas hepáticas, vitaminas ou marcadores de inflamação. Podem, também, servir como ferramenta de diagnóstico ou de teste para saber se um tratamento específico está funcionando para um indivíduo.

Os pesquisadores usaram dados genéticos do grupo Neale, do Reino Unido, e investigaram a relação entre nove transtornos psiquiátricos e 50 fatores medidos em exames de sangue de rotina.

De acordo com a publicação, a ampla disponibilidade de dados genéticos permitiu que fosse investigado como as variantes genéticas estão relacionadas ao risco de doença mental.
Essas mesmas variações também podem ser ligadas aos níveis medidos de um biomarcador no sangue.

Por exemplo, uma variante em um gene específico pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia e também estar ligada a uma diminuição nos níveis de uma vitamina que circula no sangue.

Os pesquisadores encontraram uma relação genética entre traços bioquímicos e transtornos psiquiátricos e, ainda, “fortes evidências de um efeito causal” entre os dois. O que sugere que pode ser possível direcionar os traços bioquímicos para o tratamento das doenças.

“Encontramos evidências de que algumas substâncias medidas no sangue podem realmente estar envolvidas na causa de algumas doenças mentais alvo de tratamento”, destacou William Reay, primeiro autor do estudo na publicação feita na revista Science.

A descoberta ajuda nas pesquisas em torno do diagnóstico e tratamento da depressão, apontada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como um dos principais problemas de saúde enfrentados atualmente, principalmento após a pandemia.

O estudo destaca ainda que é necessário que o trabalho prossiga para identificar como essas medidas de sangue estão ligadas a esses distúrbios de uma forma mais precisa. Além de descobrir se os biomarcadores podem ser direcionadas para tratamento.

Fonte: R7

Saúde do idoso ainda sente impactos do isolamento social trazido pela pandemia

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A saúde do idoso foi diretamente impactada pela pandemia de covid-19 e os reflexos ainda são sentidos nas unidades que prestam serviços de atendimento à saúde. Isso aconteceu não só pelo fato de estarem entre os grupos de maior risco desde o início da crise sanitária, mas também porque o isolamento necessário nos períodos mais críticos impactou diretamente nos casos de acidentes domésticos e, em paralelo, na interrupção dos acompanhamentos de rotina. Portanto, são mais idosos chegando por traumas e menos para consultas de doenças crônicas.

“Constatamos o aumento da quantidade de pacientes idosos atendidos no Pronto Socorro ao longo da pandemia devido aos acidentes que ocorrem dentro de casa”, analisa o ortopedista Ademir Schuroff. Referência em suporte a vítimas de trauma, o Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR), recebeu mais de 1,3 mil pacientes com mais de 60 anos em 2020, primeiro ano da covid-19 no país. Já em 2022, os números voltaram a estabilizar, mas ainda assustam. Foram 269 idosos atendidos entre janeiro e agosto. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de um terço dos atendimentos hospitalares por traumas e lesões são de pessoas que têm acima de 60 anos.

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 75% das quedas ocorrem em casa e 34% acabam provocando algum tipo de fratura. No caso de uma lesão, a realização rápida do procedimento mais adequado e a redução do tempo de internação podem salvar muitas vidas. “Se for uma fratura no colo do fêmur, é feita uma artroplastia de quadril para substituir essa articulação. Mas se é uma fratura na região proximal do fêmur, a mais comum, o melhor caminho é uma cirurgia minimamente invasiva com a ajuda de uma haste”, explica o ortopedista.

Doenças do coração

Desde o início da pandemia de covid-19, um em cada três brasileiros deixou de realizar exames de rotina e consultas. Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramet), a busca por serviços ambulatoriais e diagnósticos caiu cerca de 40%. São números que preocupam quando se sabe que mais de mil pessoas morrem por dia por doenças cardiovasculares, problemas do coração e de circulação no Brasil. Segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), 36 milhões de adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos, a hipertensão atinge 60%; a cada duas pessoas com mais de 80 anos, ao menos uma é hipertensa. Diante de uma população cada vez mais velha, são necessários procedimentos modernos, rápidos e seguros.

Nesse contexto, o serviço de hemodinâmica é uma estrutura de suma importância no tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas. “Com o avanço da tecnologia e as novas técnicas de tratamento é possível realizar intervenções minimamente invasivas em doenças antes tratadas apenas com cirurgias abertas de grande porte”, esclarece o cardiologista Rômulo Francisco de Almeida Torres, do Hospital Universitário Cajuru. “A agilidade no procedimento e na recuperação impacta diretamente no melhor resultado para a saúde do paciente”, afirma.

Dedicados em diagnosticar e tratar doenças de forma certeira, os profissionais da saúde que trabalham na hemodinâmica do hospital paranaense com atendimento 100% SUS reconhecem que o setor é importante, principalmente para o tratamento de pessoas com idade mais avançada. “Quanto mais idosa a população, mais patologias associadas ao envelhecimento são observadas”, analisa Rômulo.

Investimento em melhorias

Para oferecer mais segurança aos pacientes idosos com doenças cardíacas, neurológicas e vasculares, um projeto do Hospital Universitário Cajuru deve promover justamente a modernização do setor de hemodinâmica. Com a aquisição de novos equipamentos, a estimativa é que 1,2 mil idosos passem a ser beneficiados a cada ano – mas o volume de atendimentos será ainda maior considerando as demais faixas etárias. Para o investimento se tornar realidade, a instituição lança mão de campanhas para captação de R$ 8,7 milhões, a partir do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.

”A destinação de valores via percentual de Imposto de Renda devido, seja de pessoa física ou jurídica, é essencial para darmos sequência ao nosso atendimento humanizado e de qualidade. Dessa forma, o contribuinte consegue escolher onde seu dinheiro será aplicado e tem certeza de que foi em um projeto que realmente beneficia a população”, afirma o diretor-geral do hospital, Juliano Gasparetto.

Além de uma significativa melhoria na assistência, Juliano Gasparetto explica que o novo equipamento e as novas instalações da hemodinâmica irão gerar oportunidades de aprendizado para residentes, estudantes e, também, profissionais que atuam no setor. “Somos uma instituição filantrópica e 100% SUS, atuando com um déficit de cerca de R$ 2,5 milhões ao mês. Por isso, a contribuição da população e de empresas é fundamental para que nosso hospital-escola continue a salvar vidas”, complementa o diretor-geral.