União da Vitória celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

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O Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, lembrado no dia 2 de abril, foi estabelecida em 2007, e tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

A Associação Autismo Sem Barreiras realizou no sábado, 02, uma caminhada para conscientizar a população de União da Vitória e Porto União sobre a data. Em continuidade a esse esclarecimento à população, na segunda-feira, 04, na Sessão da Câmara de Vereadores de União da Vitória, a representante da Associação Siane Pereira Andreiov, falou sobre o assunto.

“Foi feita a caminhada no sábado e foi feito a divulgação e conscientização, nós esperamos a partir de agora do município após a criação da Associação conseguir avanços para o tratamento para as crianças. Hoje somos 105 famílias e a Associação vem crescendo diariamente. O que a gente vem pedir agora, que o município continue nos apoiando e participando das ações que desenvolvemos diariamente. Precisamos muito do diagnóstico precoce, pois tem criança sendo “laudadas” com 13 anos, já na fase adolescente.  Tivemos melhoria grande durante os últimos anos.  Hoje nós agradecemos ao prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas, que nos disponibilizou as terapias onde são atendidas 35 crianças”, destacou. De acordo com ela ainda é necessário mais, apesar do grande passo que foi dado pelo poder público nos últimos anos.

Os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.

Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.

De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em três grupos: ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental; o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão; domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, já emitiu 3.434 Carteiras do Autista. Todos os paranaenses com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem solicitar gratuitamente, pela internet, a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). O mesmo pode ser feito em Porto União através do governo de Santa Catarina através da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).

O diferencial do documento é que ele é conectado com o RG de seu portador, integrando os dados com o Instituto de Identificação e possibilitando a assinatura digital do requerente pelo sistema.

A Carteira do Autista contribui para ações interdisciplinares com as demais secretarias de Estado. A Saúde, por exemplo, utiliza as informações para a elaboração de políticas públicas e planejamento de ações específicas voltadas às pessoas com TEA. Além disso, com o documento, esses cidadãos passam a ter prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. No caso dos particulares, isso inclui supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral.

“Essa é uma demanda antiga de vários municípios, e com a provação da Lei Romeo Mion e a sanção do governo federal o Paraná saiu na frente, pois a carteirinha garante inclusão e facilidade de impressão, dando condições dessas pessoas, famílias, mães de autistas, facilidade de identificação na hora de qualquer atendimento nas diversas áreas”, afirma o chefe do Departamento da Política para Pessoa com Deficiência da Sejuf, Felipe Braga Côrtes.

PASSE LIVRE

Outra conquista é o sistema eletrônico que proporciona maior rapidez e facilidade para a solicitação do Passe Livre Intermunicipal para pessoas com deficiência. Antes, todo o processo do Passe Livre levava cerca de 90 dias, de forma manual. Agora, a carteira do Passe livre é liberada em apenas 30 dias.

Até março de 2022, o Programa Passe Livre para ônibus Intermunicipal, atendeu 31.180 pessoas com deficiência. Trata-se de um benefício estadual que assegura a isenção tarifária nos transportes coletivos intermunicipais para pessoas com deficiência e algumas doenças prevista na legislação (desde que em tratamento continuado fora do município de sua residência).

Além disso, apenas em 2019 foram entregues 44 vans e ônibus adaptados para entidades que atendem pessoas com deficiência.

 

TRATAMENTO

O autismo é um transtorno crônico, mas que conta com tratamento que deve ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicado por equipe multidisciplinar. Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual à outra.

Sintomas:

De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:

– ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;

– o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;

– domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.

(Com informações da Associação de Amigos do Autista)

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