Um monumento construído para marcar nossa história está apodrecendo

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Os anos fazem com que as datas vão subindo da nossa memória, mas eu estava lá. E atuando como coordenador da importante cerimônia promovida pela Academia de Letas do Vale do Iguaçu (ALVI), do magnífico Monumento em Homenagem ao Tropeiro, bem na entrada do Vau por onde passavam as tropas vindas da região do Sul do Brasil com destino a São Paulo.

Os prefeitos de Porto União e de União da Vitória estavam lá, com cerca de 100 pessoas presentes, além dos tropeiros que vieram da região de Palmas no caminho das tropas, atravessando a Avenida João Pessoa, passando por debaixo da ponte ferroviária ‘Machado da Costa’ até o local da entrada das tropas de gado no chamado Vau Rio Iguaçu.

Foi uma cerimônia emocionante, com a participação da Banda Emílio Taboada, regida pelo maestro Raulino Bortolini.

Dois monumentos com placas resumindo a história e a sua importância na criação de Porto União da Vitória, além das esclarecedoras falas dos historiadores Joaquim Osório Ribas e Nivaldo K. dos Passos, registraram o histórico evento, toda ele orquestrado pela Academia de Letras do Vale do Iguaçu.

MAS COMO ESTÃO MONUMENTOS ATUALMENTE

Lamentavelmente, me recordo que foi importante a participação na iniciativa das Prefeituras Municipais, cujos titulares assumiram o compromisso de zelar pela obra, consequentemente passando a responsabilidade aos seus sucessores.

TRISTE REALIDADE

Mas a realidade foi outra. A foto mostra o estado lamentável em que se encontram os monumentos, contrastando com a elogiável iniciativa das administrações atuais que pavimentaram com asfalto, ciclovia e sinalização as vias públicas a partir do Clube Concórdia, atravessando a divisa dos dois municípios, mas deixando no seu entorno, em União da Vitória, os “esqueletos” daquele que foi um Monumento que deveria tido os cuidados necessários.

E as Prefeituras sempre tiveram – e ainda tem – Secretarias de Cultura…

PONTE ‘MACHADO DA COSTA’

Mas não é só o Monumento dos Tropeiros, do Vau do Iguaçu, que foi tão importante para a nossa instalação como cidade, independentemente de ser paranaense ou catarinense, também a ponte ferroviária ‘Machado da Costa’ está cada vez mais deteriorada. Não aparece agora mais facilmente aos olhos da população porque a nova ponte – ‘José Richa’ – a deixou escondida, servindo apenas para os pedestres, ciclistas e motociclistas.

Mas a vegetação por baixo e a ferrugem está danificando a ponte.

É UM MONUMENTO HISTÓRICO QUE PRECISA SER PRESERVADO POR UNIÃO DA VITÓRIA E TAMBÉM POR PORTO UNIÃO, PORQUE A PONTE, EM PARTE, É A LINHA DIVISÓRIA DE DOIS ESTADOS E MUNICÍPIOS. E A NOSSA HISTÓRIA, NOSSA CIVILIZAÇÃO E GENEALOGIA HUMANA É ÚNICA.

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