A vigilância da influenza, no Brasil, é composta pela sentinela de síndrome gripal (SG), de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e pela vigilância universal de SRAG.
A vigilância sentinela conta com uma rede de unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus circulantes, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimento por essa doença. Os dados são coletados por meio de formulários padronizados e inseridos no sistema de informação online SIVEP-GRIPE.
As informações contidas neste informe são oriundas da vigilância universal da SRAG, que monitora os casos hospitalizados e óbitos com o objetivo de identificar o comportamento do vírus Influenza, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves de SRAG causados pelo vírus.
Os dados são coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde, por meio de formulários padronizados, e inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação on-line: SINAN Influenza Web. As amostras laboratoriais são coletadas e encaminhadas para a análise no LACEN/SC. As informações apresentadas neste informe são referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SE) 01 a 23 de 2018, ou seja, casos com início dos sintomas em 31/12/2017 até os registrados em 06/06/2018.
A SRAG abrange casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva à hospitalização, sem outra causa específica. As causas podem ser vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B, ou bactérias, fungos e outros agentes.
De 31 de dezembro de 2017 a 6 de junho de 2018, foram notificados 642 casos suspeitos de SRAG em Santa Catarina.
Desse total, 124 (19,3%) foram confirmados para influenza; destes, 65 (52,4%) pelo vírus A(H1N1)pdm09, 48 (38,7%) pelo vírus A(H3N2), 8 (6,5%) pelo vírus Influenza B e 3 (2,4%) aguardam subtipagem.
Os municípios que apresentaram casos confirmados de SRAG pelo vírus Influenza foram: Florianópolis, com 19 casos; Tubarão, com 13 casos; São José, com 12 casos; Blumenau, com 11 casos; Criciúma, com 6 casos; Biguaçu, Joinville e Laguna, com 4 casos cada; Araranguá, Braço do Norte, Itajaí, Ituporanga, Jaraguá do Sul e Palhoça, com 3 casos cada; Itapema, Leoberto Leal, Maravilha, Rodeio, Santo Amaro da Imperatriz, Tijucas e Videira, com 2 casos cada; Apiúna, Balneário Camboriú, Brusque, Camboriú, Canelinha, Chapecó, Concórdia, Içara, Lebon Régis, Nova Trento, Nova Veneza, Pescaria Brava, Porto União, São Bento do Sul, São Ludgero, São Miguel do Oeste, Schroeder e Timbó, com 1 caso cada; e 1 caso pertencente ao estado do Paraná,
Até quarta-feira, 06, do total de casos de SRAG notificados, 55 evoluíram para óbito. Destes, 10 (18,2%) foram confirmados por Influenza, sendo 6 (60,0%) pelo subtipo A (H1N1)pdm09, 3 (30,0%) pelo subtipo A(H3N2) e 1 (10,0%) está aguardando a subtipagem de vírus. Outros 37 (67,3%) óbitos tiveram resultado negativo para os vírus Influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada, 8 (14,5%) óbitos foram causados por outros vírus respiratórios.