Porto União faz mutirão contra dengue

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Porto União realiza entre os dias 20 a 24 um mutirão contra a Dengue, mas não recolherá tudo ou qualquer tipo de entulho e resíduos. Segundo informou em sua página nas redes sociais, serão recolhidos os resíduos que foram separados pelos moradores: Madeira e resíduos de poda; madeira da construção civil; tábuas; forro de madeira; placas de MDF; galhos; folhas entre outras. Reciclável: plástico (garrafas, embalagens, forro de PVC, baldes, bacias e isopor); papel (caixas de papelão e de leite); vidro; metal; eletroeletrônicos e eletrodomésticos em geral. Construção civil: Telhas; tijolos; blocos de concreto; pré-moldados; tubos entre outros. Volumosos: sofás, móveis entre outros. Tecidos: roupas; resíduos recicláveis muito sujos; resíduos contaminados e outros

O que não adianta descartar que não será recolhido: telhas de amianto (eternit); gesso; lâmpadas fluorescentes; pilhas; baterias; tubos de imagem; latas de tinta com resíduos; embalagens de óleo com resíduos e colchões.

Segundo o último boletim divulgado em Santa Catarina no período de 03 a 30 de janeiro de 2021, foram identificados 6.963 focos do mosquito Aedes aegypti em 144 municípios. Comparando ao mesmo período de 2020, quando foram identificados 3.494 focos em 124 municípios, observa-se um aumento de 99,3% no número de focos detectados. Porto União continua sendo uma área de infestação de mosquito da dengue. São 106 municípios considerados infestados, o que representa um incremento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2020, que registrou 99 municípios nessa condição.  A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

O boletim epidemiológico da DIVE utiliza as informações dos casos suspeitos notificados pelos municípios no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN On-line). Esses dados estão disponíveis para os municípios, Secretarias Estaduais de Saúde e Ministério da Saúde. Diferente do Ministério da Saúde, que divulga os casos prováveis (todos os casos notificados, excluindo-se os descartados), a DIVE divulga os casos confirmados, suspeitos e descartados, por entender que dentre os casos prováveis, muitos estão aguardando resultados laboratoriais e investigação epidemiológica. A divulgação dos casos confirmados e descartados é feita após encerramento da investigação pelo município no SINAN On-line.

No período de 03 a 30 de janeiro de 2021, foram notificados 485 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 14 (3%) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), 175 (36%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 296 (61%) estão sob investigação pelos municípios.

Do total de casos confirmados até o momento, sete (07) são autóctones (transmissão dentro do estado) com Local Provável de Infecção (LPI) em Joinville, dois (02) casos são importados (transmissão fora do estado), quatro (04) casos estão em investigação de LPI e um (01) é indeterminado, pois não foi possível definir o LPI.

Segundo o último boletim da secretaria estadual de saúde, nas cidades que pertencem a 6ª Regional de Saúde em União da Vitória, apenas a cidade de General Carneiro tem caso (1) confirmado.

No Paraná, 205 municípios têm casos da doença,15 apresentam casos de dengue com sinais de alarme e seis têm casos de dengue grave. A diferença nas classificações está nos sintomas apresentados que podem ser considerados desde inaparentes e subclínicos até levar ao choque e ao óbito.

A dengue se manifesta com febre, de início abrupto, associada a dores de cabeça, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos e o surgimento de exantemas (vermelhidão pelo corpo). Neste caso, no período de até sete dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem.

Os sinais de alerta apontando evolução para quadros mais graves associam dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, sangramentos, queda no número de plaquetas, hipotensão, entre outros. Na dengue grave podem surgir sangramentos severos, inclusive hemorragia digestiva, choques e formas de comprometimento neurológico, hepático e cardíaco.

O médico Enéas Cordeiro de Souza Filho, da Vigilância Ambiental da secretaria estadual da Saúde, ressalta que, dado ao momento da pandemia, compete ao médico o diagnóstico diferencial com a dengue, lembrando que sintomas respiratórios estão predominantemente relacionados à Covid-19.

 “O Estado segue em alerta para a dengue e nossa principal recomendação é para que a população mantenha ambientes internos e externos das residências livres de recipientes que possam acumular água parada. A proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, acontece nestes recipientes”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“O Paraná tem hoje 44 municípios que apresentam incidência proporcional acima de 50 casos por 100 mil habitantes”, complementa o secretário.

A secretaria da Saúde tem deslocado equipes da Vigilância Ambiental para orientação junto aos municípios que estão com incidência elevada, como é o caso de Serranópolis do Iguaçu, na região de Foz do Iguaçu, com 4.010,64 casos por 100 mil habitantes, e Kaloré, na região de Apucarana, com 1.685,12 casos por 100 mil habitantes. Além da orientação, as equipes coordenam ações de busca e remoção dos criadouros do mosquito.

O boletim divulgado nesta terça-feira aponta 28.463 notificações para a dengue distribuídas por 342 municípios.

Dengue

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada. Os sintomas da dengue são: febre, cefaleia, mialgias, artralgias, dor retro-orbital. Podem ocorrer, também, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em algumas pessoas, a doença pode evoluir para formas graves, apresentando manifestações hemorrágicas.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

      evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;

      guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

      mantenha lixeiras tampadas;

      deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

      plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

      trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

      mantenha ralos fechados e desentupidos;

      lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

      retire a água acumulada em lajes;

      dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

      mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

      evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

      denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

      caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação.

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