Operação Maserati é realizada também em Porto União e União da Vitória

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Operação ocorre em diversos estados e efetuaram mais de 100 prisões nesta quinta-feira

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), a Polícia Rodoviária Federal e as forças de segurança de seis estados deflagraram megaoperação contra facção criminosa. A ação foi realizada em 45 cidades e em seis Estados da Federação (São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Foram cumpridos mais de 284 mandados – 142 de prisões e 142 de busca e apreensão, tendo êxito mais de 100 prisões. Foram mobilizados mais de 400 Policiais – Rodoviários Federais Civis e Militares -, servidores do Instituto Geral de Perícias e Agentes do Departamento de Administração Prisional.

O GAECO identificou que a facção criminosa tinha como objetivo primordial a expansão da atuação no Estado de Santa Catarina, com foco na região de fronteira entre as cidades de São Miguel do Oeste, Chapecó e Dionísio Cerqueira. Assim como na região de Joinville em razão da proximidade dos Portos de Santa Catarina e Paraná.

As forças de segurança de Porto União e União da Vitória como polícias militares e civis prestaram apoio ao Gaeco. Em Porto União, segundo divulgou o delgado regional da Polícia Civil, Dr. Nilson Luis de Oliveira Cesar informou que na manhã os policiais civis e militares de Porto União, apoiaram o GAECO na operação onde aprenderam droga (maconha) e prenderam um homem em flagrante. De acordo com o delegado durante a operação policial, além da prisão em flagrante, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva. Após os procedimentos, os presos foram encaminhamos ao sistema prisional aonde permanecem a disposição do Poder Judiciário.

Já em União da Vitória o 27ª Batalhão da polícia Militar em União da Vitória junto a equipe da ROTAM, GAECO e SOE fizeram uma operação na carceragem da delegacia de União da Vitória, onde foram apreendidos quatro celulares; 10 stocks e cadernos com anotações.  

No Paraná, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Araucária, Foz do Iguaçu, Medianeira, Guaíra, Francisco Beltrão, Guarapuava e União da Vitória, bem como quatro mandados de prisão preventiva e 11 de prisão temporária nas residências dos investigados e nas Penitenciárias Estaduais de Piraquara e Francisco Beltrão e nas Cadeias Públicas de Guaíra e Guarapuava, onde alguns deles já se encontram presos.

É investigado o envolvimento de supostos membros da organização criminosa em tráfico de drogas, homicídios, roubos e venda de armas em todo o território nacional. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de São Miguel do Oeste (SC).

Às 15h30 os líderes de cada órgão de segurança realizaram uma coletiva de imprensa via internet colocando o resultado parcial da ação, segundo informaram terá mais desdobramentos. “A operação Maserati demonstra que atuação conjunta dos órgãos de segurança é uma realidade e o único caminho para combater à criminalidade” Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin durante a coletiva sobre a operação

“O modelo que nós temos em SC é diferenciado, temos 7 unidades mais uma coordenação estadual, e esse modelo é fundamental e indispensável para alcançarmos resultados como hoje, para combater facções criminosas”, disse na entrevista o Coordenador-geral do GAECO de SC Procurador de Justiça Fábio Trajano.

Maserati

Ainda durante as investigações, foi apurado que o grupo adotava códigos para se referir aos Estados onde tem atuação, relacionando-os à marca de automóveis. O nome da operação se refere ao nome utilizado pela facção para se referir ao Estado de Santa Catarina, que é Maserati.

Primeiro Comando da Capital

O Primeiro Comando da Capital é uma das maiores organizações criminosas do Brasil. A facção atua principalmente em São Paulo, mas também está presente em todos os estados brasileiros, além de países próximos como Paraguai, Bolívia, Colômbia e Venezuela. Possui cerca de 30 mil membros, sendo 8 mil apenas no estado de São Paulo.

A organização é financiada principalmente pelo tráfico de maconha e cocaína, mas roubos de cargas, assaltos a bancos e sequestros também são fontes de faturamento. O grupo está presente em 90% dos presídios paulistas, os negócios particulares dos líderes e da própria facção têm um faturamento estimado pela inteligência policial em, no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais e promotores acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões.

O grupo surgiu em 31 de agosto de 1993 no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, no Vale do Paraíba Paulista, a 130 km da capital paulista, local que acolhia prisioneiros transferidos por serem considerados de alta periculosidade pelas autoridades, e calcula-se que hoje tenha cerca de seis mil integrantes dentro do sistema penitenciário e outros 2,6 mil em liberdade, apenas no estado de São Paulo.[8] O PCC também é identificado pelos números 15.3.3, pelo fato de a letra “p” ser a 15ª letra do alfabeto português na época[10] e a letra “c”, a terceira.

Vários dos ex-líderes da organização estão presos, como o criminoso Marcos Willians Herbas Camacho (vulgo Marcola), que cumpriu sentença de 44 anos, principalmente por assalto a bancos, no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Venceslau, onde estava presa toda a cúpula da facção e foi transferido juntos com outros 21 criminosos do PCC para os presídios federais de segurança máxima de Porto Velho, Rondônia e Mossoró, Rio Grande do Norte no dia 13 de fevereiro de 2019.

Funcionamento

Com o objetivo de conseguir mais dinheiro para financiar o grupo, os membros do PCC exigem que os “irmãos” (os sócios) paguem uma taxa mensal de cinquenta reais, se estiverem detidos, e de mil reais, se estiverem em liberdade. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar ações de resgate de presos ligados ao grupo.

Para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa ser apresentado por um outro que já faça parte da organização e ser “batizado” tendo como padrinho 3 “irmãos”. Um “irmão” só pode batizar outro membro 120 dias após ele próprio ter sido batizado, e o novo “irmão” tem de cumprir um estatuto de dezesseis itens, redigido pelos fundadores e atualizado por Marcos Camacho.

Estatuto

O estatuto do Primeiro Comando da Capital foi divulgado em jornais brasileiros no ano de 2001. É uma lista de princípios da organização. O item 7 do documento prevê que os membros “estruturados” e livres devem contribuir com os demais membros presos sob a pena de “serem condenados à morte, sem perdão”. (Fonte internet)

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