O primeiro silo do Planalto Norte que realiza secagem de grãos com ar ambiente fica em Irineópolis.

343 views
4 mins leitura
A iniciativa pioneira na região inspirou visita técnica dos estudantes de agronomia do Instituto Federal de Santa Catarina, que na última semana vieram conferir como funciona o sistema adotado pelo produtor Jozisclei Henning e seus irmãos, na localidade de São Roque.
O engenheiro agrônomo e extensionista da Epagri, Alex Caitan Skolaude conta que o sistema foi desenvolvido pela Emater do Rio Grande do Sul e já está em funcionamento em mais propriedades de Irineópolis. “A Emater disponibilizou o programa para que a Epagri pudesse fazer os projetos desse silo. O Jozisclei foi o primeiro a ser atendido, mas já implantamos em mais duas propriedades do município e temos projetos para outras”, conta Skolaude.
Entre as vantagens da utilização do ar ambiente para a secagem dos grãos está a qualidade do produto final. “A secagem não provoca danos térmicos para os grãos, o que faz com que a qualidade do produto final seja bem superior. Também tem a possibilidade do produtor secar e armazenar os grãos no mesmo silo e na mesma propriedade, gerando uma autonomia para o agricultor”, explica o engenheiro agrônomo, que destaca ainda a redução do custo que o produtor teria pagando o transporte dos grãos até a cooperativa para fazer a secagem.
Para o secretário de agricultura, Edson Marcos Chaves, a tecnologia utilizada é boa e viável para as pequenas propriedades. “Esse tipo de silo tem uma grande importância no armazenamento e secagem dos cereais, servindo tanto para o milho, como também para feijão ou arroz. Seu funcionamento depende de um motor e um exaustor que fazem toda a parte de ventilação do silo, por isso tem um custo baixo para a implantação e gera muitos benefícios”, comenta o secretário, que junto da equipe da Epagri também acompanhou a visita dos estudantes de agronomia. “A visita dos alunos do IFSC foi muito importante, porque puderam ver de perto e tirar dúvidas sobre essa estrutura, podendo contribuir com o desenvolvimento de mais propriedades na região”, destaca.
O produtor Gleidjunior Henning conta que o silo tem capacidade para armazenamento de 400 sacos de milho e desde sua construção, finalizada pela família em junho de 2022, já está fazendo a diferença na propriedade. “Fizemos com a intenção de não tirar o grão da propriedade, pelo custo do frete e do armazenamento. Percebemos também que nessa forma de secagem tem mais qualidade do que secado a fogo. Os animais também preferem esse milho do que os outros, até eles sentem a diferença, que é cem por cento melhor”, avalia o produtor que relata que o investimento foi em torno de R$16 mil, financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Rural, contando com a construção da cobertura. “Também saiu ainda mais em conta porque a mão de obra foi nossa, mas vale a pena o investimento”, relata.
O governo do Estado, por meio da secretaria de agricultura oferece apoio para subsidiar a implantação desse tipo de Silo, as linhas de crédito Investe AGROSC e Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR). Os produtores interessados em conhecer o projeto e saber como funciona podem procurar o escritório da Epagri de Irineópolis para mais informações.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Secretário de Obras de Porto Vitória fiscaliza serviço de limpeza pública. “Nossa cidade está bem cuidada”

Próxima publicação

Estão abertas as inscrições para o 20º Prêmio Helena Kolody