Maratona desenvolve negócios em potencial no Sul do Paraná

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Hackathon encerrado no domingo (29) trabalhou soluções de turismo inteligente, mobilidade urbana e automação no campo

De 27 a 29 de agosto, foi realizado o Hackathon SRI Sul Paraná, maratona para o desenvolvimento de ideias com potencial para geração de novos negócios. Conduzido de forma online, o Hackathon teve como focos o turismo inteligente, a mobilidade urbana e a automação no campo. Ao todo, sete soluções foram apresentadas à banca julgadora. Os três primeiros lugares foram: É os Guri, com o projeto Colonada (plataforma de serviços agrícolas); Glass Maps, com o projeto Glass Maps (solução em realidade aumentada que promete oferecer acessibilidade); e Coltec Elite, com o Guia Sul (aplicativo para divulgação de informações e localização de pontos turísticos).

Esta edição foi resultado da parceria entre Sebrae/PR, Prefeitura de União da Vitória, IFPR – Campus União da Vitória, Uniguaçu, Coltec, Uniuv e Comitê de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Território do Iguaçu (Comitê MPE Iguaçu), com o patrocínio de Bahniuk Supermercados, Capimar e Mineralle.

Elizandro Ferreira, consultor do Sebrae/PR, destaca que as sete soluções apresentadas têm potencial para tornarem-se negócios promissores e, em função disso, todas passarão por um processo de pré-incubação.

 “São projetos relevantes e relacionados à região, que serão levados a um novo estágio, para transformar as ideias em negócios”, adianta Elizandro.

 Wilson Petisco, vice-presidente da Companhia de Habitação e Desenvolvimento de União da Vitória (Ciahab), explica que uma das diretrizes da atual Administração Municipal é a geração de novos negócios, com uma lei de inovação já aprovada. A parceria no Hackathon visa incentivar o empreendedorismo.

“O objetivo é criar um ambiente favorável e implantar a cultura da inovação no Sul do Paraná. Temos as instituições de ensino superior e um campo propício para o surgimento de negócios inovadores que podem fortalecer a economia regional”, pontua.

Market place agrícola

Por ser 100% digital, o Hackathon SRI Sul Paraná permitiu a participação de pessoas de todas as regiões. A equipe vencedora, É os Guri, é de Dois Vizinhos, sudoeste do Paraná e formada por André Datsch, Fernando Matheus dos Santos e Luiz Eduardo Barbosa. Eles criaram uma plataforma para serviços agrícolas, para conectar fornecedores de serviços, máquinas e até arrendamento de áreas.

“Foi minha primeira participação em um hackathon e foi uma experiência positiva. As mentorias nos ajudaram a expandir a ideia. Queremos dar sequência, fazer mais validações e transformar o projeto em uma rede de negócios, pois há mercado para nossa solução”, analisa Fernando Matheus dos Santos.

Maria Salette Rodrigues de Melo, coordenadora geral do Comitê MPE Iguaçu, vê o Hackathon como uma forma de incentivar o desenvolvimento de novos projetos ligados ao Sul do Paraná.

 “Tivemos vários projetos relacionados ao Turismo, o que nos impulsiona a acreditar no grande potencial de crescimento e geração de emprego e renda para os municípios que compõem a região.”

 Daiane Scolaro, presidente da Associação de Turismo e Meio Ambiente do Vale do Iguaçu (Atema), participou da maratona como mentora e espera que os grupos deem prosseguimento aos projetos.

“Pela Atema, trabalhamos com projetos para o desenvolvimento do Turismo regional. Vamos torcer para que eles continuem trabalhando e estaremos à disposição para poder ajudá-los.”

Mais soluções

Além das três premiadas, quatro projetos foram elaborados, todos ligados ao Turismo. Os projetos são: Turismo Regional Inteligente; Tour Rota Sul – Turismo Paraná; Natuari; e Atlas Turístico.

O que é hackathon

O termo hackathon vem da junção de duas palavras da língua inglesa: hack, que quer dizer programar com excelência, e marathon, maratona. A maratona de programação, então, reúne hackers por muito tempo, com o objetivo de desenvolver soluções que causem impactos tanto internos (como no caso de uma empresa, por exemplo) quanto externos.

Mas não somente projetos específicos da área da programação fazem parte de um hackathon. Como a maratona foi se popularizando e mostrando ótimos resultados, outras áreas adotaram a prática para trazer melhorias de forma diferente e eficiente.

Paranaenses podem participar do Hackathon da NASA

A partir de iniciativa de Campo Morão, evento de inovação online é aberto para interessados de todo o estado

Nos dias 2 e 3 de outubro, será realizada uma edição da Space Apps Challenge, maratona de programação online organizada pela NASA, a agência espacial norte-americana. Simultâneo em 87 países, o evento é voltado para artistas, designers, engenheiros, empreendedores, pesquisadores e, entre outros, estudantes de todas as áreas, de qualquer localidade. A participação é gratuita, basta fazer a inscrição pelos sites: da prefeitura de Campo Mourão, Paraná State.

A atividade conta com a parceria do Sebrae/PR, Prefeitura de Campo Mourão, Idea 5 e sob o guarda-chuva do evento Empreende Week. O objetivo é que por meio da maratona, os participantes criem soluções inovadoras para resolver problemas do mundo, podendo utilizar dados abertos da NASA e de outras nove agências espaciais, inclusive a brasileira.

“No começo do ano realizamos o pedido para sermos sede do evento. Apresentamos o trabalho que estamos fazendo no ecossistema de inovação e número de startups desenvolvidas nos últimos anos. Por conta dessa movimentação, formos aprovados para rodar o hackathon em Campo Mourão, o que traz visibilidade para o município”, comenta o consultor do Sebrae/PR, Michael Douglas Camilo.

Para participar, é preciso formar equipes dispostas a se dedicar a criar soluções entre 9h do dia 2 de outubro e 23h59 do dia 3. O consultor recomenda que o grupo seja multidisciplinar. A solução ganhadora da edição de Campo Mourão será selecionada para a etapa global, que dará ao vencedor o direito de visitar a NASA. 

Para o diretor-geral na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, Eduardo Akira Azuma, o hackathon ajudará a estimular a inovação entre públicos distintos.  “O evento atrai pessoas que não são especificamente da área de tecnologia para pensar inovação. É uma forma de começarmos a furar bolhas e trazer os jovens para criar. Além disso, o evento prestigia nosso município, já que poucas cidades no Paraná vão recebê-lo”, comenta.

Na edição de 2020 do Space Apps Challenge, que está completando dez anos, 26 mil pessoas de diversos países desenvolveram novos produtos ou serviços, conforme os desafios propostos pela NASA. O primeiro teve a participação de 2 mil pessoas, em 17 países. O evento cresceu em decorrência da pandemia, com mais de 40 mil participantes, em mais de 80 países, engajados em soluções para causas como a covid-19.

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