Manchetes: Raquel toma posse sem citar Lava-Jato

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Confira as manchetes dos principais jornais do país desta terça-feira, 19: Raquel toma posse sem citar Lava-Jato.

Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

 

O Globo

Manchete: Tiros na Rocinha não despertam autoridades
Horas após uma operação policial que terminou com três suspeitos presos e apenas duas granadas apreendidas, traficantes ontem voltaram a aterrorizar moradores da Rocinha com tiroteio e toque de recolher. Lojas, escolas e postos de saúde não abriram por causa da guerra de bandidos que, desde domingo, já deixou pelo menos quatro mortos na maior comunidade do Rio. O serviço de inteligência da Polícia Militar tinha informação de que traficantes rivais planejavam invadir a Rocinha e nada fez para evitar. O governador Pezão e a cúpula da Secretaria de Segurança não quiseram comentar a escalada da violência. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a dizer que as Forças Armadas estão prontas para ajudar a polícia, embora as tropas não saiam às ruas há quase um mês.

Raquel toma posse sem citar Lava-Jato
No discurso de posse, diante de pelo menos nove autoridades alvos da Lava-Jato, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, usou sete vezes a palavra corrupção, mas não fez referência direta à operação. Ela falou da importância do respeito entre os poderes da República. Rodrigo Janot, ex-procurador-geral, não compareceu à cerimônia. Já Temer afirmou que “toda vez que há um ultrapasse dos limites da Constituição ou da lei, verifica-se um abuso de autoridade”. (Págs. 4 e 5)

Valor da JBS cai R$ 1 bilhão
Após a nomeação do patriarca da família Batista, José Batista Sobrinho, para substituir seu filho Wesley, que está preso, na presidência da JBS, as ações caíram 3,95% ontem. O valor da empresa recuou R$ 955 milhões na Bolsa. O BNDES quer afastar a família da empresa.

 

O Estado de S. Paulo

Manchete: Inflação de saúde e educação é pelo menos o dobro do IPCA
A inflação vem caindo mês a mês no País, mas os serviços de educação e saúde continuam sendo reajustados acima do índice geral de preços. Em agosto, a inflação oficial acumulada em 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 2,5%. É a menor marca em mais de 18 anos. Enquanto isso, os gastos com serviços de educação subiram o triplo (7,5%). No mesmo período, os de saúde subiram o dobro (5,2%). Entre as explicações para essa resistência está o fato de que o consumidor, nesses casos, não abre mão da qualidade e da confiança dos serviços privados. Os preços de educação e saúde têm subido acima da inflação geral ao longo dos anos. Na última década, enquanto o IPCA acumulado foi de 80,5%, os preços dos serviços de saúde cresceram 113,8% e os de educação, 110,7%. Os cálculos da LCA Consultores não consideram os planos de saúde, cujos preços são monitorados pelo governo, mas também subiram acima da inflação.

Raquel defende harmonia entre Poderes
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse no discurso de posse em substituição a Rodrigo Janot que a “harmonia entre os Poderes é um requisito para a estabilidade”. Ela afirmou que o Ministério Público deve defender a democracia e “garantir que ninguém esteja acima da lei”. Segundo Raquel, o povo mantém a esperança de um futuro melhor e “não tolera a corrupção”. Ela não mencionou a Lava Jato. A solenidade teve a presença do presidente Michel Temer, da ministra Cármen Lúcia, do STF, e dos presidentes da Câmara e do Senado.

Meirelles e a oração da economia

Apontado como possível candidato à Presidência, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), gravou vídeo destinado a pastores evangélicos em que afirmou que “nunca houve uma recessão como essa” que o País atravessa e pediu: “Preciso da oração de todos”. A mensagem, enviada sábado, circulou pelas redes sociais e chegou a grupos de políticos.

 

Folha de S. Paulo

Manchete: Dodge assume a Procuradoria sem citar a Lava Jato
Sem mencionar a Lava Jato, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, 56, tomou posse nesta segunda (18), em Brasília, no lugar de Rodrigo Janot, 61. Ela disse que o Brasil passa por momento de depuração e defendeu a harmonia entre os Poderes com o requisito para a estabilidade. Também enfatizou que a Procuradoria deve combater a corrupção sem se descuidar da defesa dos direitos humanos e das minorias. De acordo com pessoas próximas a Dodge, não citar a Lava Jato fez parte de uma estratégia para evitar ter protagonismo na operação. A Lava Jato é marca da gestão Janot, adversário de Dodge na Procuradoria. Ele não compareceu à posse. Na cerimônia, a nova procuradora-geral sentou-se ao lado do presidente Michel Temer (PMDB), da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Entre esses, só Cármen não é alvo de investigação. Além de Temer,denunciado duas vezes, Maia e Eunício figuram em inquéritos.

Extinção de reserva mineral preocupa garimpeiro irregular
A extinção da Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados) pelo governo Temer pegou de surpresa os cerca de 2.000 garimpeiros clandestinos da região, entre o Amapá e o Pará, informam Fabiano Maisonnave e Lalo de Almeida. Acostumados à ausência do Estado, eles agora temem ser despejados por grandes mineradoras.

Arrecadação federal sobe 7,9% em agosto, indica levantamento
A receita com impostos federais cresceu 7,9% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2016, segundo dados obtidos pela Folha com base no Siafi (sistema de acompanhamento das contas públicas em tempo real). A tributação sobre o lucro de bancos contribuiu para a alta, a maior do ano. 

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