Confira nas manchetes dos principais jornais do país desta quinta-feira, 27: Taxa de juros cai a 9,25% ao ano, a menor desde 2013.
Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.
O Globo
Manchete: União deve adiar reajuste de servidor
A União deve adiar em pelo menos seis meses o reajuste de servidores previsto para janeiro de 2018. O adiamento provocaria economia de R$ 7 bilhões no ano que vem. Os gastos com o funcionalismo subiram 11,3% no primeiro semestre, muito acima do 0,5% de expansão das despesas em geral, o que agravou a situação das contas públicas, levando ao maior rombo em 21 anos. Em 12 meses, o déficit chega a R$ 182 bilhões, o que pode dificultar o cumprimento da meta de 2017. Para reforçar o ajuste fiscal, o governo quer aprovar um teto para a remuneração total dos servidores dos três Poderes e estuda extinguir o abono.
Juros caem e voltam a um dígito, para 9,25%
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic em 1 ponto, para 9,25% ao ano. Foi a sétima queda consecutiva dos juros, que pela primeira vez desde 2013 têm taxa de um dígito. Novos cortes, porém, vão depender dos desdobramentos das crises fiscal e política.
Estado entrega novo plano à União
Após o plano de corte de gastos do Rio ter sido em parte rejeitado pelo Tesouro, o estado fez um ajuste nas contas para chegar a R$ 62 bilhões em três anos, exigência da União para o socorro financeiro. A pendência era uma diferença de R$ 4 bilhões.
O Estado de S. Paulo
Manchete: Juros caem a um dígito e BC aponta para novo corte
Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa Selic em um ponto porcentual, de 10,25% para 9,25% ao ano. O corte foi o sétimo consecutivo e coloca os juros de referência no menor nível desde agosto de 2013, no primeiro governo Dilma Rousseff. Com a decisão, esperada pelo mercado financeiro, o BC manteve o ritmo de reduções da Selic, apesar das preocupações em torno do governo Temer. A instituição deixou as portas abertas para a manutenção do atual ritmo de cortes, se o cenário político e econômico permitir. Na decisão de ontem, os dirigentes do BC argumentaram que, até o momento, os efeitos de curto prazo do aumento das incertezas em relação às reformas, sobretudo a da Previdência, “não se mostram inflacionários nem desinflacionários”. Na prática, a instituição indicou que a crise política ainda não alterou de forma substancial o cenário.
Transportes, Integração e Cidades serão os mais atingidos
Os cortes de despesas que o governo deve anunciar hoje vão atingir principalmente os Ministérios da Integração, das Cidades e dos Transportes. A área econômica trabalha com a possibilidade de resgatar R$ 1 bilhão em precatórios não sacados e depositados na Caixa e, ontem, a Petrobrás anunciou que aderiu ao Refis e vai pagar R$ 1,3 bilhão neste ano. Com isso, o corte adicional no Orçamento, de R$ 5,9 bilhões, pode ficar menor.
Servidor deve ter reajuste adiado
O governo estuda o adiamento do reajuste salarial do funcionalismo. O gasto estimado é de R$ 22 bilhões. Servidores já se articulam para recorrer à Justiça ou até paralisar serviços caso a proposta se confirme.
Folha de S. Paulo
Manchete: Taxa de juros cai a 9,25% ao ano, a menor desde 2013
A inflação controlada e a atividade econômica fraca levaram o Banco Central a reduzir a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 9,25% ao ano. A decisão, que coloca a Selic abaixo de 10% pela primeira vez em quatro anos, era esperada pelo mercado. Foi a terceira redução consecutiva de um ponto nos juros. Em comunicado divulgado após a decisão, o Comitê de Política Monetária indicou que o ritmo de corte deve ser mantido na próxima reunião, em setembro. O Copom reconheceu os impactos da crise política sobre a confiança do mercado e a possibilidade de aprovação das reformas do governo, mas avaliou que eles são, atê agora, limitados. “A delação [da JBS] não gerou efeito inflacionário significativo”, diz José Mareio Camargo, economista da Opus Gestão de Recursos. Com a nova queda da Selic, a poupança se torna mais atrativa que a maioria dos fundos de investimento de renda fixa, segundo simulações.
Aliados de Temer querem postergar nova Previdência
Partidos aliados de Michel Temer defendem que a votação da reforma da Previdência ocorra só em 2019, após a eleição presidencial. Para os defensores da ideia, o governo conseguiria aprovar agora apenas alterações mínimas, desfigurando a proposta original.
Novo ministro da Cultura põe a Lei Rouanet na mira
Terceiro ministro da Cultura em pouco mais de um ano, Sérgio Sá Leitão pretende mudar a Lei Rouanet, de incentivo ao setor. “Uma coisa que quero fazer ê desburocratizá-la”, disse em entrevista à Folha. Ele afirmou não se constranger por participar de um governo impopular.