Confira as manchetes dos principais jornais do país desta sexta-feira, 15: Janot decide anular benefícios de Saud e Joesley, da JBS
Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.
O Globo
Manchete: Em nova denúncia, Temer é acusado de chefiar organização criminosa
Em sua mais forte “flechada” antes de deixar o cargo, o procurador- geral, Rodrigo Janot, enviou nova denúncia contra o presidente Temer ao STF, desta vez por organização criminosa e obstrução de Justiça. Pela acusação, a quadrilha atuava desde os governos Lula e Dilma, com PT, PMDB e PP, mas em maio de 2016, quando Temer assumiu a Presidência, houve um rearranjo e o peemedebista passou a comandar o esquema. Também foram denunciados os ministros Padilha e Moreira Franco, os ex-ministros Geddel e Henrique Alves, os ex-deputados Cunha e Rocha Loures, além de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS. Janot encaminhou ao STF a rescisão dos benefícios dos delatores da JBS. Em nota, Temer afirmou que o procurador usou depoimentos falsos, instituiu a “delação fraudada” e tenta “encobrir as próprias falhas”, ignorando suspeitas sobre delações e o ex-procurador Miller. O relator no STF, Edson Fachin, vai esperar decisão do plenário, na quarta, antes de enviar a denúncia ao Congresso.
PF vasculha casa de Blairo Maggi
O ministro Luiz Fux, do STF, viu indícios de obstrução de Justiça e autorizou busca e apreensão em endereços ligados ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
No Sul, reitor é preso por desviar recursos da Educação
Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi preso por desviar recursos destinados a cursos de educação a distância. Aproximadamente R$ 80 milhões foram desviados pelo reitor.
O Estado de S. Paulo
Manchete: Janot faz 2ª denúncia contra Temer e anula benefício de delação de Joesley
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou pela segunda vez o presidente Michel Temer ao STF. Temer é acusado de liderar organização criminosa formada por integrantes do PMDB na Câmara e de tentar obstruir a Justiça. A nova denúncia também envolve ministros, ex-ministros, ex-deputados e os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud, do Grupo J&F. Ambos tiveram o benefício da delação rescindido, prisão preventiva decretada e podem ser julgados por Sérgio Moro. Os peemedebistas foram acusados de integrar um “núcleo político” com o objetivo de arrecadar propina em órgãos públicos. Janot aponta que no caso do PMDB da Câmara as ações ilícitas envolveram Petrobrás, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério de Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Secretaria de Aviação Civil e a própria Câmara. Pelo esquema, os acusados teriam recebido “pelo menos” R$ 587,1 milhões em propina. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou como “muito grave” a denúncia e admitiu que a tramitação do processo vai paralisar os trabalhos da Casa. Para o Planalto, a acusação de Janot, que deixa o cargo de procurador-geral no domingo, é “recheada de absurdos” e “realismo fantástico em estado puro”. A defesa de Joesley e Saud afirmou que o procurador usurpou a competência do STF.
Fachin só avaliará caso após posição do Supremo
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido da defesa de Michel Temer e vai aguardar uma posição da Corte sobre a validade das delações da J&F, na próxima quarta-feira, para então decidir sobre a tramitação da nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
‘Entraremos em 2018 com crescimento forte’
O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) reforçou ontem, em discurso no prêmio Empresas Mais, do Grupo Estado, que a recuperação da economia é nítida. “Entraremos em 2018 com (ritmo de) 3,2% de alta do PIB, indicando crescimento forte”, afirmou. Ele destacou o aumento de consumo e investimentos em bens duráveis, além de retomada no crédito. A fabricante de bens de capital Weg foi a vencedora do Empresas Mais.
Folha de S. Paulo
Manchete : Janot acusa Temer de obstruir a Justiça; presidente ataca denúncia
Foram incluídos na peça seis correligionários do PMDB, entre eles os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), além dos executivos Joesley Batista, um dos donos da JBS, e Ricardo Saud. A denúncia, que não apresenta fatos relevantes novos, é a segunda de Rodrigo Janot contra o presidente. Os peemedebistas são acusados de formar organização que cometeu crimes em troca de propina em vários órgãos. O esquema teria gerado ao menos R$ 587 milhões. Além disso, Temer é acusado, ao lado de Joesley e Saud, de tentar atrapalhar as investigações desses crimes. Isso teria sido feito com a compra do silêncio de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro. Para que a denúncia seja analisada pelo STF,é preciso autorização da Câmara. Temer afirma que a peça é recheada de absurdos e representa realismo fantástico. Padilha e Moreira negam irregularidades. Para a defesa de Joesley e Saud, Janot é desleal e usurpou competência do Supremo.
Janot decide anular benefícios de Saud e Joesley, da JBS
Rodrigo Janot decidiu anular a delação de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, e retirar os benefícios obtidos por eles na colaboração. A rescisão precisa ser homologada por Edson Fachin, do STF. Ele converteu em preventiva (sem prazo para soltura) a prisão temporária de ambos e deu dez dias para que se manifestem. (Poder a6)
Fux vê indício de crime, e PF faz busca em casa de Blairo
O ministro Luiz Fux, do STF, autorizou mandados de busca em imóveis ligados ao ministro da Agricultura, Blai-ro Maggi (PP). Segundo ele, há indícios de que Blairo e outras cinco pessoas tenham cometido o crime de obstrução da Justiça em diversas ocasiões entre 2014 e 2017. O ministro nega e afirma ter “total interesse na apuração da verdade”.