Manchetes: Governo tenta apressar reforma da Previdência

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Confira nas manchetes dos principais jornais do país desta sexta-feira, 04:  Governo tenta apressar reforma da Previdência

Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

 

O Globo

Manchete: Governo tenta apressar reforma da Previdência
A vitória do presidente Temer, que teve a denúncia de corrupção passiva contra ele rejeitada pela Câmara, deixou o governo mais confiante na aprovação da reforma da Previdência ainda este ano. Além dos 263 votos pela rejeição da denúncia, o Planalto conta como favoráveis os 19 deputados ausentes e os dois que se abstiveram. Somando esses 284 com os 106 deputados dos 11 partidos que têm ministros mas deram votos contra o presidente, o Planalto calcula que tem um universo de 390 deputados sobre os quais trabalhará em busca dos 308 votos necessários para a aprovação das mudanças nas regras previdenciárias. O presidente Temer mostrou confiança ontem: “Eu me sinto fortalecido para isso (aprovar a reforma da Previdência)”. Mas a tarefa do Planalto não será fácil. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que a prioridade do Planalto deve ser a recomposição da base, especialmente com a ala dissidente do PSDB, que deu 21 votos contra Temer. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que espera a aprovação da reforma da Previdência até outubro, na Câmara e no Senado.

Nó fiscal ameaça contas de 2018
Cumprir o teto de gastos e a meta fiscal de 2018 exigirá esforço extra do governo para cortar despesas e aprovar ajustes. Técnicos da equipe econômica estimam que só a Previdência deve consumir R$ 50 bilhões adicionais no ano que vem, exatamente a margem que o governo terá para ampliar suas despesas pela regra do teto de gastos.

Exército sai, voltam os tiroteios
Sem tropas do Exército nas ruas, os criminosos voltaram à toda: em 24 horas, o Rio registrou 19 tiroteios e 11 roubos de carga. Os militares chamaram de “entressafra” o momento atual e disseram que vão retomar operação.

 

O Estado de S. Paulo

Manchete: Base de Temer no Congresso põe foco na reforma política
Após a Câmara rejeitar denúncia contra o presidente Michel Temer, parlamentares da base aliada querem aprovar a reforma política, que prevê mudanças no sistema político-eleitoral e estabelece um fundo de R$ 3,5 bilhões, com recursos públicos, para financiar eleições. Para que vigorem já no próximo ano, as medidas têm de ser aprovadas em 60 dias. Já o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) espera a aprovação da reforma da Previdência até o final de outubro, e a tributária, em novembro. Deputados do Centrão – do qual fazem parte PP, PSD, PR e PTB – ameaçam votar contra a reforma caso o governo não retalie os que votaram contra Temer. Os senadores Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati (CE) definiram que Tasso continua interinamente na presidência do PSDB, mas conduzirá eleições internas e a escolha do candidato à Presidência da República.

Um terço dos servidores pode se aposentar na próxima década
Quase 2 milhões de servidores, ou um terço do total de funcionários públicos do País, já completaram 50 anos e devem atingir a idade mínima necessária para se aposentar na próxima década. O contingente deve provocar enorme pressão sobre os gastos com a Previdência. A constatação é de nota técnica do Ipea. Os militares estão entre os casos mais preocupantes: mais de 40% têm entre 41 e 50 anos, e suas aposentadorias ocorrem cada vez mais cedo. A situação também tende a se agravar nos Estados.

ANS quer fim de carência na troca de plano de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou ontem em consulta pública o texto que altera a norma da portabilidade de convênios médicos. Uma das principais mudanças será a extinção do período de 120 dias, conhecido como “janela”, para a troca de plano.

 

Folha de S. Paulo

Manchete : Apoio de deputados a Temer encolhe 40% após delação da JBS

A base de apoio do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados ê quase 40% menor hoje do que no início do ano, antes de virà tona a delação da JBS. Atê o escândalo, o peemedebista contava com o suporte de 20 partidos que, juntos, têm 416 dos 513 deputados federais. Hoje, cerca de 260 apoiam o governo. Após a divulgação da conversa de Joesley Batista com Temer — uma das bases da denúncia por corrupção barrada na Câmara —, quatro partidos saíram do governo: PSB, Podemos, PPS e PHS. A nova cifra deixa o Planalto longe dos 308 votos necessários para aprovação de emendas à Constituição, caso da reforma da Previdência. Há, porém, outras variáveis. Deputados do PSDB contrários a Temer na denúncia tendem a apoiar a proposta. Já membros de outras siglas que votaram a favor do presidente se posicionam contra as mudanças.

Emendas antes de votação favorecem governo e oposição
Análise da Folha mostra que a liberação de verbas às vésperas da votação de denúncia na Câmara beneficiou governistas e oposicionistas. Em média, cada deputado que votou a favor de Temer havia recebido R$ 3,4 milhões em julho; os contrários, R$ 3,2 milhões.

Troca feita por parlamentares é legal e legítima
Não vejo mal nenhum em que o parlamentar, em períodos assim, busque destravar o “recurso X”, a que tem direito, dada a cota orçamentária para tanto. É claro que aumenta seu poder’ de pressão. E de troca.

 

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