Manchetes: Governo eleva rombo, congela salários e aumenta impostos

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Confira as manchetes dos principais jornais do país desta quarta-feira, 16: Governo eleva rombo, congela salários e aumenta impostos

Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

 

O Globo

Manchete: Governo eleva rombo, congela salários e aumenta impostos
Depois de seguidos adiamentos por pressão política e divergências no governo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou ontem revisão nas metas fiscais da União, ampliando para R$ 159 bilhões o rombo previsto para este e o próximo ano. O governo também piorou as projeções de médio prazo e, se antes previa que as contas voltariam ao azul em 2020, agora estima déficit pelos próximos três anos. Diferentemente do que havia prometido o presidente Temer, de que não haveria alta de impostos, o governo criou tributação para fundos de investimentos exclusivos, usados para aplicar valores elevados, e aumentou a alíquota do Reintegra, para exportadores. Para reduzir despesas, o governo vai adiar reajustes dos servidores do Executivo e cobrar 14% de contribuição para a Previdência de funcionários que ganham mais de R$ 5 mil. Serão extintos 60 mil cargos vagos no Executivo. Analistas viram como inevitável a revisão das metas, mas lembraram que muitas das medidas dependem do aval do Congresso.

Criminosos já controlam 843 áreas no Rio
Terror avançou mesmo em territórios que ganharam UPPs; Cidade de Deus é a região mais violenta. Documento sigiloso da Secretaria de Segurança mostra que o Estado do Rio tem 843 áreas sob o domínio de bandos armados, revela RAFAEL SOARES em reportagem que inaugura a editoria Guerra do Rio, no jornal “Extra”. São territórios onde o terror impera e as leis não são respeitadas. As dez regiões mais violentas do estado somam 23 quilômetros quadrados — maior que Nilópolis, na Baixada. A lista de “territórios controlados ilegalmente” é encabeçada pela Cidade de Deus, que em 2009 ganhou uma UPP. Em Brasília, a Câmara já discute projeto para tornar o porte de fuzil crime hediondo.

Depois do caixa dois, caixa-preta na eleição
A reforma política em tramitação na Câmara abre brecha para a criação de uma caixa-preta sobre doações de campanhas. O deputado Vicente Cândido, relator, apresentou texto prevendo que caberá ao doador decidir se quer ficar oculto ou não. Apenas os órgãos de controle teriam acesso à informação. O plenário da Câmara pretende começar a votar hoje a criação do fundo de R$ 3,6 bi para as eleições e o distritão.

 

O Estado de S. Paulo

Manchete : Governo prevê R$ 159 bilhões de déficit e anuncia pacote
O governo vai pedir autorização ao Congresso para elevar o déficit das contas públicas para R$ 159 bilhões em 2017 e repetir o valor em 2018, o que significa R$ 20 bilhões a mais neste ano e R$ 30 bilhões no ano que vem. Com isso, o presidente Michel Temer terminará o mandato com um rombo acumulado de R$ 477,5 bilhões. Para garantir a meta de 2018, o governo anunciou pacote de medidas que atinge os servidores públicos, com adiamento de reajuste salarial e corte de 60 mil cargos vagos. No campo das receitas, a principal medida foi a mudança na tributação de fundos de investimentos exclusivos. Apesar disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) manteve a nota do País e afastou a possibilidade de rebaixamento sem aviso prévio.

Base aliada ameaça não votar Previdência agora
Líderes da base aliada avisaram ao ministro Henrique Meirelles (Fazenda) que não será possível votar a reforma da Previdência agora, pois não há “ambiente político”. Rodrigo Maia minimizou as declarações.

Congresso articula volta do financiamento eleitoral privado
A resistência à criação do fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões, abastecido com verba pública, e a indefinição das fontes orçamentárias para custeá-lo reacenderam no Congresso o debate sobre a volta do financiamento de campanhas por empresas. Deputados e senadores discutem nos bastidores a retomada dessa modalidade como alternativa ao financiamento público, caso emperre a aprovação do fundo. A proposta deve ser votada hoje em plenário.

Folha de S. Paulo

Manchete : Governo eleva rombo fiscal e anuncia pacote de aperto
Após embates com a ala política do governo, a equipe econômica de Temer anunciou aumento no rombo das contas federais. As metas de 2017 e 2018 sobem de R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões, respectivamente, para R$ 159 bilhões. Havia pressão de aliados para um déficit maior. O governo culpou a frustração de receitas e disse que a virada esperada em três anos, quando os números voltariam ao azul, também não irá mais acontecer — haverá déficit até 2020. A ampliação do rombo fiscal foi anunciada com um pacote de medidas de aperto em gastos com servidores e aumento de receitas. A contribuição previdenciária de uma parcela desses funcionários públicos passará de 11% para 14%. Haverá corte de 60 mil cargos vagos, teto salarial de R$ 5.000 para novos servidores, adiamento de reajustes e revisão de benefícios. O governo espera R$ 6 bilhões com nova tributação de fundos. O Congresso analisará as medidas.

Relator põe em reforma doação oculta e barreira para pesquisas
Texto final da reforma política apresentado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP) ressuscita as doações ocultas e amplia os limites para pessoas físicas, além de criar barreiras à divulgação de pesquisas eleitorais. Esses pontos não exigem alteração da Constituição, ao contrário da criação de fundo de R$ 3,6 bilhões e do distritão, que devem ser votados em plenário hoje.

Varejo volta a se expandir e pode influenciar PIB
As vendas do varejo subiram 1,2% em junho em relação a maio, no terceiro mês seguido de expansão. Queda da inflação e de juros e saque das contas inativas do FGTS contribuíram para a alta. O resultado deve ajudar o PIB a reagir no segundo trimestre, projetam analistas, porém sem evitar recuo sobre o trimestre anterior. 

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