Confira nas manchetes dos principais jornais do país desta quarta-feira: Governo desiste de aumentar IR, mas estuda novos tributos.
Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.
O Globo
Manchete: Após forte reação, Temer recua de alta de imposto
Para especialistas e até vice-líder do governo, medida acabaria sendo um tiro no pé; equipe econômica cogitava criar uma nova alíquota, de 30% ou 35%, para salários mais altos como forma de aliviar o caixa em 2018. As fortes críticas de sindicatos, empresários e líderes de partidos no Congresso, inclusive da base aliada, levaram o presidente Temer a recuar, ontem à noite, da confirmação que havia feito de manhã: o governo estudava aumentar o Imposto de Renda. Em nota para anunciar o recuo, o Planalto afirmou que não encaminhará ao Legislativo qualquer medida nesse sentido. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fora o primeiro a reagir, dizendo que elevação de IR não seria aprovada na Casa e que os brasileiros “não aguentam mais impostos”. Com a arrecadação em queda, o governo pode ter de ampliar o déficit fiscal previsto para 2018.
Presidente pede a suspeição de Janot
A defesa de Michel Temer pediu ao STF que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, seja afastado das investigações sobre o presidente. A ação foi apresentada às vésperas de nova denúncia contra Temer. A defesa alega que o procurador trata inquéritos sobre o presidente com parcialidade. Janot, que deixará o cargo em setembro próximo, não comentou.
Câmara tentará aprovar distritão
Na reforma política que começa a ser votada hoje em comissão da Câmara, os deputados vão tentar aprovar o distritão, que interessa aos parlamentares atuais. Usado só em quatro países, entre eles o Afeganistão, o sistema elege os mais votados, sem voto no partido.
O Estado de S. Paulo
Manchete: Coreia do Norte já tem ogiva para míssil; Trump ameaça
A Coreia do Norte enfrentará “fogo e fúria como o mundo nunca viu” se continuar com suas ameaças aos EUA, afirmou o presidente Donald Trump. A ameaça foi feita após a revelação de que o regime de Kim Jong-un conseguiu miniaturizar uma ogiva nuclear, tornando-a capaz de ser acoplada a um míssil intercontinental. O jornal Washington Post cita relatório dos setores de inteligência americanos como fonte da informação. A fabricação de uma ogiva que pode ser transportada por mísseis é uma etapa-chave no caminho para um país se tornar potência nuclear. A análise, concluída em julho pela Agência de Inteligência da Defesa, foi feita após estimativa que eleva drasticamente o cálculo oficial do número total de bombas do arsenal atômico norte-coreano. No mês passado os EUA calcularam que mais de 60 bombas atômicas estão hoje nas mãos do regime. Analistas dizem que o número é menor.
Secretário da Previdência rejeita reforma mínima
Após o presidente Michel Temer ter admitido em entrevista ao Estado que a reforma da Previdência será a “possível”, com foco na idade mínima e na quebra de privilégios, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, disse que a fixação da idade mínima é essencial, mas insuficiente para a melhoria das contas públicas. Caetano defendeu o texto aprovado em maio na comissão especial da Câmara e previu que o rombo das contas do INSS subirá para cerca R$ 205 bilhões em 2018 – aumento de quase R$ 20 bilhões em relação à estimativa de déficit para este ano. O relatório dos deputados propõe que a idade mínima para aposentadoria seja de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), idades que seriam exigidas depois de até 20 anos de transição. Essas regras valeriam para servidores públicos e empregados da iniciativa privada, assim como o tempo mínimo de contribuição, que passa a ser de 25 anos.
Governo desiste de aumentar IR, mas estuda novos tributos
Com forte reação de deputados e do empresariado, o governo decidiu não criar uma alíquota de 30% ou 35% de Imposto de Renda para quem ganha acima de R$ 20 mil. Um pacote de aumento de impostos, porém, ainda está em estudo para 2018, conforme antecipado pelo Estado.
Folha de S. Paulo
Manchete : Temor cogita nova alta de imposto, mas exclui o IR
Horas após dizer que o governo estudava o aumento do Imposto de Renda, o presidente Michel Temer afirmou que não enviará proposta sobre o tema ao Congresso. A opção de elevar outros impostos, porém, não está descartada e pode ser usada caso não haja novas receitas para cobrir a meta de déficit de 2018, de R$ 129 bilhões. Para evitá-la, Temer conta com a aprovação da reforma da Previdência e de medidas como a reoneração da folha de pagamento, que será reenviada ao Congresso nesta semana em regime de urgência. Se as iniciativas não passarem, o governo estuda aumentar a tributação de profissionais liberais que declaram por empresa, os “PJs”. Também está em análise a taxação sobre aplicações financeiras hoje isentas: Letras de Crédito Agrícola e Letras de Crédito Imobiliário. Juntas, as medidas podem gerar cerca de R$ 30 bilhões. Uma alíquota de 35% de IR para quem possui ganhos mensais superiores a R$ 23 mil, como se cogitou, poderia gerar R$ 10 bilhões. O recuo se deu após manifestações negativas de parlamentares. “Se tiver que passar pela Câmara, não passa”, disse Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa. A ideia também desagradou ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo. Outras lideranças indicaram que não querem arcar com o custo político.
Presidente alega perseguição e pede suspeição de janot
O presidente Michel Temer pediu ao STF a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem acusa de agir com “obsessiva conduta persecutória”. O objetivo, além de desgastá-lo, ê impedir que ele atue em ações contra Temer. Janot não se manifestou.
Projeto prevê usar verba de emendas em campanhas
Na versão enxuta da reforma política feita pela base do governo, causa controvérsia a proposta para usar parte do dinheiro reservado para emendas de bancada em fundo a ser criado para financiar campanhas.