Confira as manchetes dos principais jornais do país desta segunda-feira, 21: Alta da dívida faz Brasil destoar de países emergentes.
Notícias dos jornais O Globo e Folha de São Paulo.
O Globo
Manchete:Justiça desiste de meta para julgar crimes contra a vida
Em 2015, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tinha como meta a análise de 80% dos processos de crimes dolosos contra a vida que ingressaram nos tribunais brasileiros até 2012. Porém, o objetivo foi abandonado pelo conselho, que passou a tão somente monitorar o andamento dessas ações, revela Renata Mariz. O plano fazia parte da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública, uma articulação firmada em 2010 por diferentes órgãos no combate à violência letal. Apenas 10,9% da fila de 72,4 mil ações penais iniciadas até 2012 foram julgadas. O CNJ não explicou a razão pela qual não renovou a meta.
Operação sem fim: seis mortos em dez dias
Mulher é morta com tiro na cabeça, no Jacarezinho, onde policiais e traficantes se enfrentam desde a semana passada, quando um agente da Core foi assassinado. Ontem, foi o décimo dia de guerra na Favela do Jacarezinho. Até agora, já são seis mortos — três deles moradores — e sete baleados. No sábado à noite, a dona de casa Georgina Maria Ferreira, de 60 anos, morreu com um tiro na cabeça. Sem apoio das tropas federais que estão no Rio, policiais civis fazem operações na favela, desde o dia 11, para prender os traficantes que mataram o agente da Core Bruno Guimarães Buhler, de 36 anos. Ontem, surfistas homenagearam o policial no Recreio; no Jacarezinho, moradores fizeram protesto.
Tucanos de SP reagem a Aécio
Em resposta ao encontro do senador Aécio Neves com o presidente Michel Temer, o diretório tucano na capital paulista disse que o senador se articula para retornar ao comando, ampliando a crise no partido.
O Estado de S. Paulo
Manchete : Fundo de R$ 3,6 bi deve sobrecarregar fiscalização eleitoral
Enquanto a discussão do fundo público de R$ 3,6 bilhões para financiamento de campanha avança na Câmara, a fiscalização da aplicação dos recursos deve desafiar a estrutura da Justiça Eleitoral. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, admite que será difícil analisar a destinação da verba. Há, atualmente, 148 servidores escalados para avaliar as contas anuais dos partidos. Se o fundo público for aprovado, cada um ficaria responsável por fiscalizar a destinação de R$ 24 milhões. Relator da reforma política, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) reconhece que a tarefa será “impossível”. A reforma deve ser votada em plenário nesta semana.
A reforma política em debate
O Estado promove hoje o Fórum Estadão – A Reforma Política em Debate, com a presença do ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de parlamentares e cientistas políticos. Serão debatidas a adoção do distritão e a criação do fundo eleitoral, principais mudanças em discussão na Câmara.
‘Créditos podres’ são negociados por bancos
O aumento da inadimplência provocada pela recessão resultou em volume bilionário de créditos em atraso, os “créditos podres”. Com o aumento dos calotes, as instituições financeiras intensificaram a venda de carteiras de dívidas em atraso para empresas de cobrança. A estimativa é de que esse mercado movimente mais de R$ 30 bilhões neste ano. Em maio, houve crescimento de 15,9% das companhias com débitos atrasados, com 5,1 milhões de CNPJs “negativados”. As dívidas em aberto das empresas chegam a R$ 119,2 bilhões.
Folha de S. Paulo
Manchete : Alta da dívida faz Brasil destoar de países emergentes
A dívida pública ultrapassou o equivalente a 80°/o da renda nacional, segundo critério do FMI (dados de junho de 2017). Para o governo, que adota outro cálculo, a dívida está em 73% do PIB. Em um caso ou em outro, ê um patamar que destoa entre as grandes economias emergentes: só o Brasil apresenta uma trajetória explosiva de endividamento do governo, que não será interrompida antes de 2022. Para estancar a escalada da dívida, seria necessário destinar ao pagamento de juros uma parcela expressiva da receita da União. A despesa brasileira com os juros, hoje, já beira os 7% do PIB. É mais do que se aplica em educação no país. A arrecadação, porém, ê insuficiente para cobrir gastos cotidianos — como pessoal, custeio administrativo e programas sociais — e as obras públicas.
108 deputados receberam doação de fornecedores
Levantamento indica que um a cada cinco deputados federais recebeu em 2014 doações de empresas ou pessoas que eles contrataram e pagaram com dinheiro público. As transferências desse tipo somaram mais de R$ 3,5 milhões.
Analistas criticam timidez do Brasil diante da Venezuela
Na visão de vários analistas, o Brasil tem atuação acanhada em relação à crise na Venezuela. Enquanto o governo brasileiro se preocupa apenas com problemas domésticos, Argentina, Colômbia, Chile e Peru ganham projeção regional.