Segundo nota técnica publicada nesta terça-feira (12) por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD), da Fio Cruz Amazonas, a variante do coronavírus identificada por pesquisadores japoneses em viajantes que passaram pelo Amazonas provavelmente evoluiu de uma linhagem do vírus que circula no estado. A variante foi denominada provisoriamente como B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y) e pode ser uma linhagem do vírus emergente no Brasil.
Os pesquisadores aprofundaram o sequenciamento genético das amostras coletadas nos casos confirmados de coronavírus dos últimos meses, numa tentativa de mapear a circulação da nova variante pelo estado. Esse levantamento genômico foi empreendido em parceria com a Fundação de Vigilância de Saúde do Amazonas (FVS/AM) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM). Pesquisadores afiram que ainda é preciso mensurar a circulação da variante para estimar se ela teve impacto no aumento do número de casos e mortes pela doença.
Identificação da variante A identificação dessa nova variante do coronavírus ocorreu quando quatro viajantes desembarcaram no Aeroporto Haneda, em Tóquio, no dia 2 de janeiro, com sintomas de covid, e foi comunicada pelo Ministério da Saúde do Japão ao governo brasileiro no último final de semana.
Posicionamento das autoridades brasileiras O Ministério da Saúde do Brasil afirmou, em nota, que de acordo com as autoridades japonesas, a variante tem 12 diferentes mutações e uma delas é a mesma identificada no Reino Unido e África do Sul, e indica um maior potencial de transmissão do vírus. A nota do ministério destaca que não há “evidência científica que aponte impacto na efetividade do diagnóstico laboratorial ou das vacinas em estudo atualmente contra a covid-19″.
Da redação, com assessoria da Agência Brasil