O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) promoveu, nesta quinta-feira (27), um debate sobre o resgate e o abrigamento de animais no dia a dia da Defesa Civil. Transmitido on-line, o evento abordou, com especialistas, o resgate de animais em situações de desastres naturais, geralmente feito pelo Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad).
O debate foi o quinto da série Bate-papo com a Defesa Civil, que é realizada uma vez por mês, com transmissão pelo canal do MDR no YouTube. A discussão foi mediada pela coordenadora de capacitação da Defesa Civil Nacional, Lidiane Natalie de Souza.
“Nós resolvemos trazer esse tema, que é tão importante, porque, quando acontece um desastre, a maioria de nós tem dúvidas sobre o que acontece com os bichinhos, como funciona o abrigamento e como é o trabalho feito com eles após o resgate”, explicou.
Participantes
A médica veterinária, bombeira civil e coordenadora do Grad, Carla Sássi, falou sobre a atuação da instituição, que é capacitada para resgatar e realocar diversas espécies de animais, desde gatos e cachorros até galinhas e vacas, além de animais silvestres.
“O Grad existe há 11 anos e nosso principal parceiro é a Defesa Civil. O forte da nossa atuação é o desastre, mas também promovemos ações de prevenção e resposta nas comunidades atingidas. Estamos presentes em 17 estados brasileiros e contamos com diversos profissionais, como zootecnistas, agrônomos, oceanógrafos e outros”, explicou Carla.
Assistente social da Defesa Civil de Blumenau (SC), Luciana Schramm Correia contou a história da Mayla, cadela sem raça definida que é mascote da instituição e principal integrante do Programa Defesa Civil na Escola desde 2015.
“Os alunos participavam de muitas atividades com cães dos bombeiros, até que eles se aposentaram. Eu havia ganhado a Mayla de uma amiga e levamos a proposta de introduzi-la em ações educativas, por sugestão do grupo da Defesa Civil Mirim. Ela ganhou aceitação de todos e desde então não parou. Na pandemia, fizemos várias atividades de combate à depressão junto a alunos que sofriam com a perda de familiares para a Covid”, contou.
Também participante do evento, o supervisor da Defesa Civil de Osasco, Cecilio Neto, destacou que o canil mantido pelo órgão foi criado após a explosão do Osasco Plaza Shopping, em 1996. O acidente matou 42 pessoas e deixou outras mais de 400 feridas.
“O Brasil ainda não tinha um canil especializado em procurar e resgatar vítimas com vida ou soterradas. Tudo começou com a Fran, uma cadela da raça labrador que foi a primeira que comecei a treinar para salvamento. Desde então, fizemos muitos trabalhos em escolas, atendemos muitas ocorrências de desabamento e outros desastres”, completou.
Fonte: Brasil 61