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Destruição Criativa

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A Força Transformadora da “Destruição Criativa”

Você já reparou como, de repente, um novo produto ou serviço muda completamente o jeito de fazermos as coisas? Foi assim quando os smartphones tomaram o lugar dos celulares tradicionais, ou quando o streaming deixou as locadoras de vídeo para trás. Esses exemplos ajudam a entender o que o economista Joseph Schumpeter chamou de “destruição criativa”: uma ideia que mostra como a inovação pode substituir o que é antigo e abrir espaço para crescimento econômico e oportunidades.

Destruição Criativa?

A expressão “destruição criativa” pode parecer contraditória à primeira vista. Afinal, como algo pode ser “destruído” e, ao mesmo tempo, gerar algo melhor? Schumpeter, um importante economista austríaco, explicou que o capitalismo avança graças a constantes inovações que derrubam estruturas antigas para dar lugar a novas ideias, produtos e modelos de negócio.

Nesse processo, algumas empresas saem de cena, enquanto outras nascem. Foi o que aconteceu com muitas lojas de CDs quando surgiram serviços de música online, ou com grandes redes de hotéis ao surgirem aplicativos de hospedagem alternativa. Ao mesmo tempo que temos perdas de empregos e negócios tradicionais, surge também criação de novas vagas, tecnologias e empreendimentos – uma renovação que Schumpeter via como o motor do desenvolvimento econômico.

Quem Inspirou Schumpeter?

Embora tenha sido Schumpeter o principal responsável por tornar o termo popular, ele bebeu na fonte de Karl Marx, que observava como a indústria e as inovações do século XIX mudavam radicalmente as relações de trabalho e a sociedade. A diferença é que, para Schumpeter, essas transformações faziam parte da essência do capitalismo, e não apenas um efeito colateral.

Outro autor que complementa o tema é Clayton Christensen, criador do conceito de “inovação disruptiva”. Ele mostra como ideias aparentemente simples podem, aos poucos, conquistar o mercado e deixar para trás grandes empresas que não conseguem acompanhar o ritmo das mudanças.

Setor de Tecnologia

Startups surgem com soluções mais ágeis e baratas, ganhando clientes que antes dependiam de empresas maiores e mais lentas.

Computadores pessoais e smartphones transformaram como trabalhamos e nos comunicamos, superando máquinas antigas em pouco tempo.

Serviços Financeiros

As chamadas “fintechs” entraram no mercado, oferecendo contas digitais sem tarifas, empréstimos rápidos e investimentos online.

Alguns bancos tradicionais tiveram que correr para se adaptar ou corriam o risco de perder clientes para essas novas plataformas.

Transporte e Hospedagem

Aplicativos de transporte mudaram a forma como nos locomovemos, abalando o modelo dos táxis convencionais.

Plataformas de hospedagem, que conectam viajantes a proprietários de imóveis, competiram com hotéis que precisaram se reinventar para continuar atraentes.

Os Dois Lados da “Destruição”

É claro que, nesse processo, existem ganhos e perdas. Novas empresas podem gerar milhares de empregos e serviços mais baratos, mas também é comum ver negócios tradicionais fechando as portas e causando demissões. Cidades e regiões dependentes de uma única indústria podem enfrentar desafios quando essa indústria deixa de existir ou se moderniza.

Por isso, muitos especialistas defendem a criação de programas de recolocação profissional e incentivos para que as pessoas afetadas possam aprender novas habilidades. Assim, reduzimos o impacto negativo desse movimento natural da economia e aproveitamos os benefícios da inovação.

Como Ficar de Olho no Futuro

Para os empreendedores, a mensagem da destruição criativa é clara: é preciso inovar sempre. Não dá para contar que o modelo de negócio de hoje continuará rendendo resultados amanhã sem nenhuma mudança. A história mostra que quem ignora as tendências acaba sendo ultrapassado por algo novo.

Para quem faz políticas públicas, o desafio é equilibrar a proteção de setores importantes para o país com a abertura para ideias e tecnologias que podem trazer crescimento e desenvolvimento. A chave é preparar a população para essas transformações, investindo em educação e criando condições para que as empresas adotem e desenvolvam novidades com rapidez.

A “destruição criativa” pode parecer dolorosa quando atinge um mercado que conhecemos, mas é justamente esse processo que impulsiona a economia a se renovar. Afinal, cada ideia revolucionária traz consigo melhorias e oportunidades que não existiam antes – e é nesse ciclo de “derrubar o velho para criar o novo” que a sociedade avança.

Entre perder o medo e enxergar a chance de evoluir, é a inovação que alimenta o futuro econômico. Hoje em dia, com mudanças cada vez mais rápidas, entender a destruição criativa é um passo importante para se manter relevante, seja na carreira, nos negócios ou na formulação de políticas que busquem conciliar progresso tecnológico com bem-estar social.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
41 9 9890 9119

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