Clínica Veterinária Escola Uniguaçu recebeu na terça-feira, 28, um “mocho-diabo” ou “coruja-diabo”. Esta é uma ave rapina, ou seja, uma ave carnívora, com bico curvo e pontiagudo, garras fortes e visão de longo alcance. É uma coruja grande e discreta, da espécie Asio Stygius. A pessoa que a trouxe disse que a encontrou caída no quintal. É provável que ela tenha algum trauma, pois essas aves são extremamente sensíveis.
Não sabemos a causa da queda do animal, mas um dos grandes causadores das quedas são os foguetes, pois assustam e fazem com que esses animais se choquem contra galhos, janelas, etc. Ela está sendo atendida pelo professor de Clínica de Pequenos Animais e Silvestres, Raphael de Oliveira Mendonça, que está dando o tratamento adequado. O animal ainda não tem previsão de alta, e irá permanecer em recuperação na Clínica Veterinária Escola. Quando estiver recuperada o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) irá buscá-la e soltá-la na natureza.
A Coruja
A Coruja-diabo é uma ave de rapina, da família dos Estrigídeos, cujo nome científico é Asio stygius, e em inglês é chamada de Stygian Owl. Popularmente é conhecida como mocho-do-diabo ou mocho-diabo. Sendo de hábito noturno, normalmente é perceptível através do canto ou indícios de suas atividades no local como, por exemplo, o encontro de pelotas regurgitadas.
No Brasil ocorre na Amazônia, Centro-oeste, Sudeste e Sul. Parece estar se expandindo no Sudeste, pois já foi relatado a presença recentes da espécie em meios urbanos como na região metropolitana de Belo Horizonte e dentro da cidade de São Paulo. Vive em áreas de cerrado, em florestas artificiais de pinheiros e centros urbanos arborizados. Ela está presente no México e nas Antilhas até o Paraguai e Argentina.
É uma coruja de grande porte, chegando atingir 38 cm de comprimento, pesando até 635 gramas. As fêmeas são maiores e mais pesadas. Elas possuem grandes penachos na cabeça, disco facial, partes superiores negras e partes inferiores estriadas. O bico é preto e a íris é amarela. As pernas são marrons claro, as garras são fortes, afiadas e apresentam as pontas pretas. A Coruja-diabo recebeu este nome devido a sua plumagem escura e os seus olhos que quando refletem a luz, se tornam vermelhos, lembrando as características de um “demônio”.
Alimentação da Coruja-diabo é essencialmente carnívora. Se alimenta de aves, no entanto não consomem as patas e bicos. Aprecia mamíferos, entre eles roedores, anfíbios, insetos, invertebrados, vertebrados e morcegos.
A sua reprodução acontece na primavera. Utilizam ninhos de outras aves, e também cavidade naturais das árvores e no solo para a nidificação. A fêmea bota 2 ovos de coloração branca e somente ela os encuba. Os filhotes são alimentados por ambos os pais através de regurgitação. (Fonte: https://casadospassaros.net)