CDL incentiva a valorização das empresas das cidades na hora da compra para a Páscoa

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A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de União da Vitória e Porto União lançou nas suas redes sociais a campanha Valorize nossas cidades, compre no comércio local – para a páscoa que é comemorada na próxima semana.

“Na hora de escolher seus presentes de Páscoa, valorize as empresas da nossa cidade. Nosso comércio local tem opções para todos os gostos. E em um momento tão delicado como esse, não esqueça de cuidar de si e dos seus. Faça suas compras sem esquecer dos cuidados e prevenções contra a COVID-19”, diz o texto publicado.

A CDL ainda chama atenção para os cuidados na hora de ir as compras como perceber se existe um número considerável de pessoas na loja que você deseja entrar, para esperar do lado de fora. O uso sempre de máscara e a higienização das mãos “Vamos juntos ajudar nosso comércio e garantir nossos presentes para aqueles que amamos, mas sem abrir mão dos cuidados com a nossa saúde”, completa o anuncio.

A expectativa das vendas para esse ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de queda nas vendas de 2,2%, em comparação à mesma data do ano passado, que foi considerada muito ruim, com retração de 28,7%. A data deve movimentar no varejo do país R$ 1,62 bilhão.

“Se confirmada essa expectativa, vai ser o menor faturamento em 13 anos. Desde 2008 que o faturamento do varejo com a Páscoa não é tão pequeno como esse que a gente está esperando”, disse à Agência Brasil o economista senior da CNC, Fabio Bentes. As estatísticas mostram que o movimento de vendas da Páscoa é crescente ano a ano até 2019, com pequenas oscilações, e despenca em 2020. O faturamento caiu de R$ 2,33 bilhões, em 2019, para R$ 1,66 bilhão, no ano seguinte.

A variação do dólar, que subiu 23% entre a Páscoa de 2020 e a deste ano, explica a expectativa negativa para o período, que é considerado a sexta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro, depois do Natal, Dia das Mães, Dia dos País, Dia das Crianças e Black Friday.

“O dólar ficou 23% mais caro”. E como a Páscoa envolve produtos importados ou insumos importados, significa que ou o varejo importava esses produtos e aumentava o preço, ou não importava, argumentou Fabio Bentes. “E a opção que o varejo fez foi reduzir as importações este ano, porque o consumidor brasileiro não aguenta um aumento expressivo de preços, ainda mais para itens não essenciais como esses”.

Com isso, a importação de chocolates, por exemplo, somou 3 mil toneladas em 2021, a menor quantidade desde 2013. O mesmo aconteceu com o bacalhau, cuja importação totalizou 2,2 mil toneladas, menor patamar desde 2009, segundo a CNC.

O economista comentou que “o varejo não apostou na Páscoa deste ano porque percebia que a situação da economia e as conjunções de consumo não iam bem. Isso explica a opção por não importar, em vez de promover reajuste de preços muito acima da média”. A previsão da CNC para o carro-chefe da Páscoa, que são os chocolates, é de alta no preço de 7%, de modo geral.

Bentes destacou que a queda de 2,2%, prevista para a Páscoa de 2021, não pode ser analisada isoladamente. Ela tem que ser contextualizada, levando em consideração o estrago provocado pela crise do ano passado nessa data comemorativa, em decorrência da pandemia de covid-19. “Então, uma queda de 2,2% em cima de uma queda de 28%, a gente está falando de retração de 30% em relação ao que o varejo vendia em 2019”, observou.

Visão positiva

Ao contrário da CNC, o levantamento feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) para o estado do Rio de Janeiro, estima que a Páscoa será mais positiva para o comércio fluminense, e deverá movimentar R$ 829 milhões, contra R$ 518 milhões na mesma data do ano passado. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 18 de março e contou com a participação de 389 consumidores de todo o estado.

Na Páscoa de 2021, 40,4% dos entrevistados revelaram que não devem dar presentes. No ano anterior, esse percentual foi 62,4%. Para o IFec, o levantamento mostra uma melhora em relação à fase aguda da pandemia, mas ainda abaixo dos resultados pré-pandemia, observados em 2019.

Os itens que devem ser mais procurados são ovos de chocolate (59,4%), bombons (51,8%) e barras de chocolate (46,7%), seguidos por bichinhos de pelúcia (6,1%), cesta de Páscoa (5,1%) e colomba pascal (4,6%). Cada consumidor deve gastar, em média, R$ 99,70, valor que se manteve praticamente estável se comparado à 2020. Dos que pretendem presentear, 53,8% manifestaram a intenção de dar mais uma opção.

Questionados sobre onde farão suas compras, a maior parte dos consultados respondeu que se dividiria entre lojas físicas e online (60,4%), seguindo-se só loja física (26,4%) e só online (13,2%).

Dicas do IPEM na hora da compra

O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR) apresenta algumas dicas práticas para o consumidor identificar produtos irregulares e não errar na hora das compras de ovos de chocolate, colombas, bombons e os pescados frescos ou congelados, que são os preferidos nessa época de Quaresma.

O Instituto chama a atenção principalmente para os chocolates que trazem algum brinde, como brinquedos, que devem ter o selo do Inmetro e indicar a faixa etária do brinquedo. Uma medida simples, mas que pode evitar muitos problemas com acidentes.

Siga algumas dicas na compra de ovos de chocolate:

INDICAÇÃO DO PESO – Qualquer produto embalado deve apresentar, de forma clara, a indicação de peso líquido na sua embalagem, referindo-se somente ao produto, sem a embalagem e o brinde. Os ovos de chocolate, bombons, colombas, entre outros, devem seguir essa regra.

OVOS DE CHOCOLATE COM BRINDES – É muito comum nessa época os pais presentearem os filhos menores com ovos com brinquedo ou brinde. Importante observar se na embalagem está estampada a frase: “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”.

No brinde, o consumidor deve também procurar o selo do Inmetro. É obrigatória, ainda, a indicação de faixa etária ou, se for o caso, uma frase que informe que não existe restrição de faixa etária. Somente esses dados podem garantir que o brinquedo passou por testes e não vai oferecer riscos às crianças. Os riscos são grandes de um acidente com peças que se desprendem do brinquedo, ou fios, argolas, e outros.

NUMERAÇÃO DO OVO – A numeração dos ovos de Páscoa é uma referência do fabricante, podendo mudar para cada marca, que adota uma escala diferenciada de tamanho. O consumidor deve se orientar pela indicação do peso líquido.

CESTAS DE PÁSCOA – Na compra de “cestas de produtos de Páscoa” deverá constar em rótulo ou etiqueta externa, na embalagem maior, um descritivo dos itens contidos, com referências como: “Conteúdo: 01 Coelho de chocolate – 100 g; 01 Ovo de chocolate recheado – 500 g; 01 Caixa de bombons sortidos – 400 g”, entre outros produtos que possam conter na cesta.

COMPRA DE PESCADOS – Se vai comprar peixe fresco em feira ou mercados, a recomendação é que o consumidor acompanhe a pesagem do produto, que deve ser feita à sua vista.

PRODUTOS ARTESANAIS – A regulamentação do Inmetro deve ser atendida por todos os produtores, seja o mais simples, o artesanal, os importados, e até a indústria multinacional. A regulamentação é para produtos comercializados dentro do País, sem exceção.

Assim, quem faz o ovo artesanal também precisa identificar qual é o peso que corresponde à quantidade de chocolate comercializada, descontado o peso da embalagem.

É necessário que produtos artesanais com brindes tenham a sua certificação junto ao Inmetro, além de trazer o Selo de Certificação e a faixa etária a que se destina. O peso indicado na embalagem deve corresponder somente à quantidade equivalente de chocolate, sendo descontado o peso da embalagem e de eventuais brindes dentro do ovo de chocolate.

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