Estudo aborda transmissão de varíola dos macacos por superfície

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A possível infecção de trabalhadoras da saúde por contato com superfícies infectadas pelo vírus da varíola dos macacos é tema de artigo que sinaliza os cuidados adicionais a serem adotados na prevenção da doença.

O texto, intitulado Possible Occupational Infection of Healthcare Workers with Monkeypox Vírus, Brazil, será publicado na edição de dezembro da revista científica Emerging Infectius Diseases, editada pelos Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

Além da Fiocruz Pernambuco e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (Cevs/SES-RS), participaram da pesquisa três universidades gaúchas (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Universidade Feevale) e o Bernhard Nocht Institute for Tropical Medicine – National Reference Center for Tropical Infectious Diseases, de Hamburgo (Alemanha).

O estudo traz o caso de duas enfermeiras que desenvolveram a doença, cinco dias após atender um paciente em casa para coleta de material e diagnóstico de varíola dos macacos. “Os cuidados adotados nesse atendimento são detalhadamente descritos, mostrando que elas utilizaram todo equipamento de proteção – exceto as luvas – enquanto estavam no período inicial de entrevista, no quarto do paciente. Esse item de proteção só foi colocado no momento da coleta, após elas esterilizarem as mãos”, diz o texto.

Pesquisador da Fiocruz Pernambuco, Gabriel Wallau conduziu o estudo ao lado do especialista em saúde do Cevs Richard Steiner Salvato. A conclusão dos autores é que as enfermeiras podem ter se contaminado pelo contato com superfícies infectadas da casa desse paciente, que se encontrava no pico de transmissão viral. Ou ainda, ao manusear a caixa de transporte das amostras, de início com as luvas infectadas e posteriormente sem luvas.

Segundo a Fiocruz, o estudo pode ser utilizado como referência para a adoção de melhores práticas ao lidar com pacientes infectados com o vírus monkeypox. Os autores recomendam medidas de prevenção e bloqueio dessa rota de transmissão, que envolvem treinamento específico para essa coleta, implementação de medidas de controle, higienização frequente das mãos e utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs).

De acordo com os pesquisadores, o uso das luvas é recomendado durante todo o período de visita a pacientes, contato com pessoas suspeitas de estarem infectadas e com seu ambiente/objetos de uso pessoal. A higienização das superfícies com desinfetante efetivo contra outros patógenos (como norovírus, rotavírus e adenovírus) – antes e depois da interação com casos suspeitos – e a vacinação dos grupos de alto risco, incluindo os profissionais de saúde que atuam na linha de frente dessa doença, são outras medidas apontadas pelo grupo da pesquisa.

“Trazer à luz o evento de transmissão por meio de superfície é importante para aprimorar as recomendações públicas voltadas para a proteção tanto dos profissionais de saúde que lidam diretamente com esses pacientes, como dos familiares e outras pessoas envolvidas nesse cuidado”, disse, em nota, o pesquisador Gabriel Wallau.

 

Brasil recebe o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos

 

Já está no Brasil o primeiro lote importado de vacinas contra a Monkeypox, doença que é mais conhecida como varíola dos macacos. Segundo o Ministério da Saúde, a remessa de 9,8 mil doses desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no começo do mês.

Cerca de 50 mil doses já foram compradas via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022.

De acordo com o ministério, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores”, informou a pasta.

A coordenação da pesquisa ficará a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o apoio da OMS e financiamento do ministério. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da área.

“O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN contra a varíola dos macacos na população brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença”, detalhou o ministério ao informar que inicialmente os grupos a serem vacinados serão de pessoas que tiveram contato prolongado com doentes diagnosticados ou em tratamento com antirretroviral para HIV.

Ainda segundo o ministério, em breve serão divulgados quais centros de pesquisa serão incluídos “considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo”.

 

O vírus

O vírus da Monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas, e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual. O principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou outras partes do corpo como mãos, peito, pés e genitais. Outros sintomas associados são febre; caroço no pescoço, axila e virilhas; dor de cabeça; calafrios; e cansaço.

Para prevenir a doença, a secretaria alerta que é preciso evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém que esteja com a doença; higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais; e usar máscara.

A Varíola dos Macacos é uma doença causada por vírus. A transmissão ocorre pelo contato físico com uma pessoa infectada ou por meio de objetos contaminados. Os principais sinais e sintomas são lesões na pele, febre, inchaço dos gânglios e dor de cabeça e no corpo.

Programa Força Feminina incentiva a autoestima das mulheres do campo

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A autoestima da mulher foi o tema central dos seminários do Programa Força Feminina em Campo que reuniu produtoras rurais em dois recentes eventos em Santa Catarina: Canoinhas e Ituporanga. A iniciativa é do Japan Tobacco International (JTI) e, no Estado, conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Santa Catarina (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc).

Ituporanga foi a primeira cidade a receber o evento que reuniu cerca de 150 mulheres no dia 4 de outubro. Em Canoinhas, a programação ocorreu no dia 6 e também foi um sucesso. As atividades foram organizadas em ambientes interativos e contemplaram diversas atrações. Além de compartilhar histórias de vida e superação de autoestima, os eventos foram marcados por atrações de humor, música, espaços volantes com exposição e oficinas sobre beleza, segurança, saúde, conhecimento e empreendedorismo.

No estande do Senar/SC as mulheres conheceram mais sobre empreendedorismo rural por meio de palestras, troca de ideias e materiais sobre os Programas Mulheres em Campo e Negócio Certo Rural (NCR). Em Ituporanga quem abordou os assuntos foram Renata dos Santos e Erica Amaral e, em Canoinhas, o tema foi apresentado por Cristiane Nizer. Outros assuntos em destaque foram o aproveitamento integral de alimentos, com Cristiane Stank (Ituporanga e Canoinhas), e Solo com Bianca Simon (Conoinhas).

O supervisor regional do Senar/SC no vale do Itajaí, Darci Aloisio Wollmann, enfatiza que o evento em Ituporanga foi fundamental para estimular a autoestima e o fortalecimento das participantes como mulheres que podem ser mais. “Nós, do Senar/SC, conversamos com todas e mostramos o quanto é importante a busca de conhecimento para a gestão do seu empreendimento e, quem sabe, para fazer com que desenvolvam novos negócios. Elas gostaram muito do evento, sentiram-se valorizadas e com muita vontade de buscar mais conhecimentos”.

Darci observou, ainda, que levou para decoração do estande peças pintadas por ele em Bauernmalerei (pintura campestre ou pintura camponesa) apresentando um artesanato que valoriza peças antigas que, muitas vezes, estão jogadas sem o devido valor. “Com isso, foi possível mostrar que é possível transformar em peças de decoração”.

A supervisora regional do Senar/SC no Norte, Carine Weiss, observa que a edição de Canoinhas também foi essencial para reforçar a importância das mulheres enquanto pessoas. “Mostramos que é fundamental que as mulheres se cuidem, se conheçam e foquem na questão de uma das expressões-chave do evento: Eu me amo. Trabalhamos aspectos relacionados à autoestima, direito da mulher, violência e qualidade de vida. Foi uma ação que confirmou o quanto elas são importantes no processo de produção, mas que precisam estar bem para que que tudo aconteça”.

De acordo com Marinês Kittel, supervisora de Projetos Sociais da JTI, o mote “Eu me amo, eu me estimo” representou um convite para as participantes medirem, sentirem, praticarem e fomentarem a sua autoestima, para assim identificá-la em todos os aspectos de sua vida. Os eventos marcaram a comemoração do Dia Internacional da Mulher Rural (15 de outubro).

Além do Senar/SC, também foram parceiros a Natura, os Sindicatos Rurais, Associação das Mezeiras, Abelhar e Pancs.

EMPREENDEDORISMO FEMININO

Além de promover ações para fortalecer o empreendedorismo feminino como o “Mulheres em Campo”, por exemplo, o Senar/SC busca ser parceiro de iniciativas que fortalecem o desenvolvimento de habilidades empreendedoras e que tragam outros benefícios a esse público em várias áreas.

A coordenadora estadual do programa Mulheres em Campo, Nayana Setubal Bittencourt, lembra que o Senar/SC já foi parceiro da JTI em outros momentos e realça a satisfação pela oportunidade de estar junto novamente. “A participação feminina nas mais diversas funções no meio rural cresce a cada dia e, para nós, é gratificante contribuirmos para que isso aconteça”.

O superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi, destaca a importância da parceria no projeto Força Feminina em Campo ao comentar que a iniciativa cumpre muito bem seu papel de proporcionar momentos de debate sobre os desafios e oportunidades no meio rural, além de possibilitar a troca de experiências entre participantes e palestrantes e por promover a valorização da mulher rural.

O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, frisa que é crescente a participação feminina nas propriedades rurais, nas empresas do agro e entidades associativistas. “Elas são organizadas, visionárias e desempenham um papel fundamental no sucesso do agronegócio familiar em Santa Catarina. Por isso, vamos continuar investindo na formação profissional e nos programas destinados ao incentivo do desenvolvimento de habilidades empreendedoras”, finaliza.

Novas técnicas cirúrgicas surgem no pós-pandemia

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Uma pesquisa publicada no The Lancet Regional Health estima que, durante a pandemia, mais de 1,1 milhão de cirurgias eletivas e emergenciais deixaram de ser realizadas no Brasil. E hospitais de todo o país agora se dedicam a “recuperar o tempo perdido”. O alento é que, nos mais de dois anos que as equipes viveram em compasso de espera, esses procedimentos eletivos foram usados para pesquisas de novas técnicas cirúrgicas dentro das mais variadas especialidades. Agora, no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), a meta é aumentar em 27% o número de cirurgias, passando de 7.500 procedimentos realizados em 2021 para mais de 11 mil em 2022. E, para isso, estão sendo usadas técnicas pioneiras.

É o caso do marcapasso sem fio. Uma técnica cardíaca e pioneira em Curitiba (PR) foi realizada na primeira quinzena de setembro para implantação de um novo equipamento cardíaco, que funciona como bateria e  eletrodo, eliminando assim a necessidade de fios pelo corpo. A mudança diminui os riscos de infecção por repetição. “No caso desse paciente, ele já sofria com endocardite e a nova técnica possibilitou minimizar os riscos de rejeição e, consequentemente, novas infecções. Há oito anos, o paciente foi submetido ao primeiro procedimento, desses mais antigos, com fios. Depois, evoluiu para esse quadro recente de febre, e analisamos que a melhor opção seria retirar tudo e colocar marcapasso no coração de forma direta, sem a necessidade de bateria no peito do doente e fios que normalmente correm por dentro das veias”, explica o médico especialista em estimulação cardíaca artificial do Hospital Marcelino Champagnat, Maurício Montemezzo.

Outra técnica ainda pouca utilizada no país são as ondas sonoras para romper pedras de cálcio que obstruem artérias do coração. Essa é a função do dispositivo shockwave, aprovado recentemente pela Anvisa, e que está sendo utilizado para desobstruir artérias do coração severamente calcificadas que somente com o stent não seria possível alcançar o mesmo resultado. A técnica também foi utilizada no hospital e faz parte das cirurgias de alta complexidade no pós-pandemia.

“Nesse caso, o paciente tinha realizado uma angioplastia com implante de stent, no ano passado, mas o cálcio existente na principal artéria do coração não permitiu que essa desobstrução fosse realizada. Como ele ainda sofria com sinais de cansaço, fadiga, falta de ar e dor no peito, optamos por essa técnica em que introduzimos um cateter-balão que fica ligado a um gerador que emite ondas de pressão sonora capazes de fraturar o cálcio”, explica o cardiologista Rômulo Francisco de Almeida Torres. “A técnica é semelhante à utilizada para dissolução de cálculo renal”, complementa.

Pacientes que esperaram e agora recuperam esperança

Com a retomada dos procedimentos, mais uma técnica inovadora foi realizada, dessa vez, para corrigir a degeneração de uma prótese cardíaca. A prótese, implantada há 11 anos, começou a apresentar defeito grave durante a pandemia e foi progressivamente piorando. A disfunção biológica cirúrgica geralmente ocorre pelo tempo de uso, que é de 10 anos. Quando a degeneração é  severa, é indicada a substituição da válvula defeituosa por uma nova, pois nenhuma medicação é eficaz nesse quadro. “Pela idade do paciente, é aconselhável abordagem menos invasiva, de menor risco e eficiente. Por isso foi realizado um procedimento que consiste no implante de uma nova prótese, sem a necessidade de retirar a antiga”, explica Torres.

A robótica é mais um investimento dos hospitais para cirurgias de alta complexidade como urológicas, oncológicas e bariátricas. Com o robô Da Vinci X, só no hospital de Curitiba, 142 cirurgias de diversas especialidades foram realizadas neste ano. Outra aposta foi o Rosa Knee, utilizado em cirurgias ortopédicas, principalmente as de joelho.

Estudo revela que estímulo na medula espinhal promove alívio de dor

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Um estudo publicado na revista científica internacional “Scientific Journal of Health”, revelou que o estímulo na medula espinhal promove alívio da dor.

O estudo juntou vários profissionais pelo Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH): o médico ortopedista especialista em cirurgia de coluna vertebral e medicina regenerativa, Dr. Luiz Felipe Chaves Carvalho; o PhD em Neurociências e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues; além dos autores: Jorge Taqueda Neto, médico anestesista; Gleiviane Matos do Nascimento, fisioterapeuta; Flávia Diana Santos Figueredo, também fisioterapeuta, e Marcos Masayuki, médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna vertebral.

Pacientes com câncer estão sujeitos a sentirem dor como resultado da doença ou do tratamento multimodal (cirurgia, quimioterapia e radioterapia). A estimulação medular espinhal (EME) é uma técnica minimamente invasiva, reversível, e possivelmente exibe poucos efeitos colaterais quando em comparação com os medicamentos usados para o alívio da dor crônica e de difícil tratamento, e tem sido amplamente utilizada em pacientes não oncológicos.

Segundo os autores, o objetivo do estudo foi relatar um caso de sucesso ao implantar o sistema em um paciente que desenvolveu dor intensa e odinofagia após tratamento radioterapêutico para neoplasia da orofaringe.

“Nosso paciente desenvolveu dor crônica do tipo mista, predominantemente neuropática, de alta intensidade e constante, e identificada como sequela tardia resultante do tratamento radioterápico.”

Segundo o estudo, entre os sintomas do paciente, estavam: dor em queimação, sensação de choque, e parestesia na região da cavidade oral e auricular bilateral, além da presença de odinofagia grave.

Resultado comprovado

Segundo os autores, o alívio contínuo e sustentado da dor foi verificado, após o implante, nas reavaliações iniciais (com 2 semanas e 1 mês) e trimestrais (a partir de 2 meses), e se mantém mesmo após de 2 anos de realizado o procedimento.

De acordo com os autores, o paciente que foi analisado no estudo respondeu com sucesso ao tratamento de neuroestimulação, mantendo o alívio contínuo e redução de 100% da dor na cavidade oral, o que possibilitou a suspensão da medicação opioide, a resolução da odinofagia, a recuperação dos hábitos alimentares, o retorno às atividades diárias, melhorando a qualidade de vida.

Conheça o poder da hipnose

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Alguns psicólogos ignoram o uso clínico da hipnose, e os que já ouviram falar dela, raramente usam-na. Grande parte cita Sigmund Freud fora de um contexto de análise, quando teria desencorajado seu uso. No entanto, o que parece ter faltado a Freud foi a possibilidade de compreender que a hipnose pode ser feita de outras formas que não por um processo mecânico com comandos diretos e tão limitados, sem consideração às dinâmicas emocionais e psicológicas dos pacientes.

Outras escolas de hipnose enfatizam os níveis de transe e insistem que o hipnotizador deve procurar conhecê-los bem e mover seu paciente propositalmente entre eles. Outros, como André Percia, autor da obra “O poder da hipnose” (Literare Books International) com forte influência ericksoniana, preferem “deixar acontecer”.

Nesse sentindo, o livro é fruto de um método de trabalho desenvolvido pelo autor, que estudou e aplicou de forma integrada as várias abordagens da Programação Neurolinguística (PNL). Junto à PNL, a Engenharia Mental Transformativa é uma tentativa de unificar verdadeiramente os papéis de terapeuta, programador neurolinguístico e hipnoterapeuta, em uma prática clínica integrada. Mas também em uma prática de trabalhos de treinamento, treino mental de atletas, comunicação, apresentação de conteúdo, vivências pessoais ou qualquer processo voltado para introspecção, reflexão, aprendizagem e transformação pessoal, uma vez que o livro deixa evidente a possibilidade de adaptação.

Percia ainda insere no livro que a “combinação mágica” dos estados hipnóticos com o “poder transformador de estruturas” da PNL gera mais dinamismo e empoderamento transformacional. A psicologia da PNL, ao contrário das outras psicologias, é centrada mais no trabalho com a “estrutura” do que nos “conteúdos”. Para André Percia, os padrões de PNL desconstroem essas combinações “problemáticas” (programações neolinguísticas), ajudando o paciente a ter escolhas mais saudáveis, assim como condições para criar novas programações dentro de pressupostos identificados como geradores de processos mais saudáveis para ele mesmo.

“O conhecimento dos estados hipnóticos e da linguagem hipnótica é importante para professores, coaches, palestrantes, profissionais da saúde e comunicadores em geral, pois todos esses e outros precisam convidar pessoas a mergulhar no fascinante mundo da mente inconsciente para transformar suas vidas conscientes de uma forma ou de outra”, afirma o escritor.

Por meio de uma narrativa informativa e instigante do começo ao fim, o livro auxilia ainda terapeutas, hipnoterapeutas, programadores neurolinguísticos e profissionais do desenvolvimento humano a iniciar um debate sobre infinitas possibilidades, para que pessoas possam ter uma vida de melhor qualidade.

 

Copa do Mundo deve turbinar vendas do comércio e serviços em Santa Catarina

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A Copa do Mundo de 2022, que começa em 20 de novembro, no Catar, deve movimentar cerca de R$ 1,48 bilhão no Brasil, conforme previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).  As cifras podem chegar a 91 milhões em Santa Catarina. A estimativa cruza uma série de indicadores, entre eles dados do mercado de trabalho, crédito e volume de vendas.

A projeção nacional está 7,9% acima do volume registrado na Copa de 2018 (1,37 bi). Os segmentos de móveis e eletrodomésticos, seguido por eletroeletrônicos e artigos pessoais, devem puxar as vendas do varejo- a expectativa de faturamento é de R$ 535 milhões e R$ 332,6 milhões, respectivamente.

Em setembro, as pesquisas por smart TVs em lojas online cresceram 6,7% em comparação a agosto. Nas Copas anteriores, a alta foi de 5,3% (2018) e 6,3% (2014).  A importação de aparelhos no terceiro trimestre deste ano mais que triplicou em relação ao mesmo período do ano passado – foram USD 2,41 milhões. A queda nos preços (- 3,2% de janeiro a agosto, segundo IPCA)  e a Black Friday devem levar os consumidores às lojas em novembro e dezembro.

Os três estados que devem apresentar o maior volume de vendas estão na Região Sudeste: São Paulo, com estimativa de R$ 516,7 milhões, Minas Gerais, com volume previsto de R$ 141,2 milhões, e Rio de Janeiro, onde devem ser movimentados R$ 139,8 milhões.

Confira o termômetro do consumo da CNC

Metodologia

A estimativa realizada pela CNC é baseada em um modelo estatístico para a previsão de vendas, que leva em consideração dados referentes ao mercado de trabalho, acesso do crédito e preços como variáveis explicativas. Por outro lado, inclui as estatísticas da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (PMC) relacionadas ao volume de vendas e as receitas como variável explicada. Além disso, a modelagem pode ser testada nos dados econômicos disponíveis para as duas últimas Copas, o que permitiu a geração de expectativas de faturamento do varejo com maior qualidade de ajuste.

Fonte: Fecomércio SC

A inteligência artificial está em nossas vidas e não tem pretensão de sair

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Sabe aquela pesquisa que você realiza no buscador sobre um produto, cidade ou qualquer coisa que seja,  ou mesmo o comando por voz da assistente virtual para ligar a luz ou TV de sua casa? Talvez você use muito reconhecimento facial para acessar o celular, afinal, é uma tecnologia que traz mais segurança. Esses e outros milhares de exemplos só existem devido a Inteligência Artificial.

A IA (Inteligência Artificial) busca simular o pensamento humano para a resolução de problemas por meio de máquinas, com o auxílio de algoritmos computacionais. Essa tecnologia evoluiu a tal ponto que existe um receio de que as máquinas possam tomar o lugar de algumas profissões no futuro, como dos atendentes de telemarketing, recepcionistas e vendedores, além de estar ligada diretamente com avanço de outras diversas áreas ao longo das últimas décadas.

Mais do que um simples conceito ou tecnologia, o uso da inteligência artificial se tornou uma espécie de simbiose entre humanos e os utensílios que permitem esta interligação com os sistemas que utilizam Inteligência Artificial.

Benefícios da inteligência artificial

A inteligência artificial trouxe benefícios para as empresas, mas também para a praticidade do dia a dia dos seres humanos nos tempos atuais. Pensando nas corporações, a tecnologia possibilitou que diversas soluções fossem integradas a partir da automatização de processos, como classificação de itens, gestão de estoque e previsão de tendências, tornando a execução de tarefas mais simples e reduzindo custos operacionais.

Não apenas empresas de produção ou marketing colheram vantagens do uso da inteligência artificial, setores como a saúde, com o avanço de exames e diagnósticos, e segurança, com ferramentas que possibilitaram o avanço nas execuções de proteção, são exemplos de como a IA pode impulsionar positivamente diversos campos da sociedade atual.

Já quanto ao usuário “comum”, os benefícios mais perceptíveis são: GPS, pesquisas em buscadores e assistentes virtuais, TVs, lâmpadas e tomadas inteligentes. Todas essas ações são auxiliadas por inteligência artificial que fazem parte do nosso dia a dia e se tornaram essenciais

Pontos negativos da IA

É inegável que a inteligência artificial possui muitos pontos positivos, e transformou de modo concreto a sociedade ao longo das últimas décadas, porém, assim como tudo na vida, existem os pontos negativos também.

A inteligência artificial ainda traz muitos debates sobre os usos éticos, morais e sociais quanto à quantidade de informação filtrada e utilizada para executar as ações que lhe são direcionadas. O quanto um assistente virtual sabe sobre nós, e o quanto utiliza esses dados para nos direcionar ao que a empresa quer. Essas e muitas outras perguntas pairam sobre o debate, e até para profissionais de tecnologia é difícil mensurar o tamanho do que está sendo exposto contra nossa vontade.

Outro fator possivelmente negativo a ser considerado foi citado no início do texto. A evolução da inteligência artificial pode fazer com que algumas profissões, hoje executadas por seres humanos, passem a ser exclusivamente conduzidas por robôs, chatbots e outras ferramentas criadas por uma inteligência artificial.

O futuro pertence a tecnologia

Com prós e contras, um fato é inegável, o futuro está estritamente ligado à tecnologia e passa por suas ferramentas, como o big data, blockchain, a nuvem e, claro, inteligência artificial.

Assim, cabe a nós, enquanto profissionais do setor tech, entender e aproximar a tecnologia ao usuário final, sem que o mesmo seja prejudicado ou tenha uma experiência que considere evasiva.

Com vinhos de Bituruna, Paraná conquista a sua 11ª Indicação Geográfica

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Os vinhos produzidos em Bituruna, no sul do Paraná, são conhecidos pela qualidade e sabor diferenciado há mais de oito décadas. Após anos de trabalho, os vinicultores receberam uma excelente notícia nesta terça-feira (18). Eles obtiveram o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG), na modalidade de Indicação de Procedência (IP), que atesta a qualidade de um produto ou serviço graças à sua origem.

Ao todo, quatro vinhos casca dura (do tipo branco, aromático, seco, que leva esse nome por ser de uma variedade de uva rosada com a casca mais grossa, proveniente do cruzamento natural da uva moscato com uma variedade nativa) receberam a IG, das vinícolas Sanber, Bertoletti, Di Sandi e Dell Mont. O reconhecimento foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O trabalho em busca da IG é uma iniciativa da Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Bituruna (Apruvibi), com o apoio do Sebrae/PR e da Prefeitura Municipal.

De acordo com a enóloga Michele Bertoletti Rosso, presidente da Apruvibi e proprietária da Vinícola Sanber, o reconhecimento é uma conquista que reflete o esforço de diversas gerações que produzem vinho em Bituruna.

“Estávamos ansiosos por esse dia. Hoje, entramos no mapa da viticultura mundial. De forma oficial, estamos inseridos como produtores de uva e vinhos, de forma diferenciada. O reconhecimento é o atestado de que produzimos com processos, técnicas, boas práticas, tradição e amor. Que os vinhos feitos aqui carregam procedência”, enfatizou.

Para Michele, a IG também será vista com outros olhos pelos consumidores. “O consumidor passa a ter a certeza de que vai apreciar um vinho que passou pelo crivo de um conselho regulador antes de ir ao mercado, que existe um trabalho profissional na produção. Nós, que tínhamos vinhos premiados, damos mais um passo, com a possibilidade de conquistarmos mercados no mundo inteiro”, afirmou.

Atualmente, Bituruna conta com quatro vinícolas e cem produtores de uva. São mais de um milhão de litros de vinho produzidos e distribuídos no território nacional, todos os anos. Os vinhos casca dura, que receberam a certificação, carregam um aroma acentuado de frutas tropicais e características únicas resultantes do terroir (termo francês que resume a relação entre clima, relevo, temperatura, umidade e solo de um determinado lugar).

Selo, na modalidade de Indicação de Procedência, atesta a qualidade dos vinhos produzidos no município

Na avaliação do produtor Deonilson Sandi, da Vinícola Dell Mont, o reconhecimento dará mais credibilidade para a região.

“Cada vez mais o mercado busca por vinhos de origem, certificados. Isso é importante para a gente. Acredito que toda a região ganhe, seja na parte de comercialização dos vinhos ou na atração de turistas. A Indicação abre um leque novo de oportunidades para todos”, avaliou.

De acordo com Adilson Jerry Sandi, da Vinícola Di Sandi, a Indicação Geográfica fortalecerá o compromisso com investimentos.

“Nós estamos trabalhando muito forte essa questão do turismo, para receber bem as pessoas com uma estrutura ainda melhor. O reconhecimento vem ao encontro disso, uma vez que a notoriedade da região se eleva no intuito de tornar a nossa região uma referência na produção de vinhos, em especial do casca dura, que carrega uma qualidade diferenciada pela sua composição de aproximadamente de 80% de uvas europeias e um aroma mais duradouro”, acrescentou.

Na avaliação do produtor Claudinei Bertoletti, da Vinícola Bertoletti, integrante da terceira geração da família na produção de vinho, a conquista trará ainda mais frutos.

“Foi uma batalha de todos. Hoje, vemos o quanto isso foi importante e valeu a pena. Agora, vamos celebrar e divulgar, porque acreditamos que a procura será ainda maior, assim como o nosso trabalho e a responsabilidade. Estamos muito felizes”, comemorou o produtor.

Para a consultora do Sebrae/PR, Alyne Chicocki, o Selo  traz reconhecimento, oportunidades e muito trabalho pela frente.

“A partir da IG, os vinhos de Bituruna entram para um rol de produtos protegidos e diferenciados. Precisamos trabalhar o posicionamento de mercado adequado para que o consumidor perceba o valor de um produto com IG, que abrange a valorização da cultura local, a história, a produção de qualidade e a rastreabilidade, entre outros aspectos. O Selo também deverá movimentar o segmento turístico do município e da região”, concluiu.

Produtos com IG no Paraná 

Com os Vinhos de Bituruna, o Paraná possui, agora, onze produtos com o registro de IG. Os demais são: a Bala de Banana de Antonina, Melado de Capanema, Goiaba de Carlópolis, Queijo de Witmarsum, Uvas de Marialva, Café do Norte Pioneiro, Mel do Oeste, Mel de Ortigueira, Erva-mate São Matheus, do Sul do Paraná, e Morango do Norte Pioneiro.

Mais de 4,5 milhões de multas foram registradas no Brasil em agosto; crescimento foi de 86,9% em relação ao mesmo período do ano passado

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São Paulo, outubro de 2022 – Em agosto deste ano, foram aplicadas 4.528.513 multas de trânsito no Brasil, segundo dados disponibilizados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve 86,9% de aumento no número de infrações (2.422.079).

A mais comum delas foi a de transitar acima da velocidade máxima permitida em até 20%, com 1.657.891 multas. Completam o topo da lista: avançar o sinal vermelho (328.443); transitar acima da velocidade máxima permitida de 20% a 50% (255.885); deixar de utilizar cinto de segurança (216.156); e estacionar o veículo em desacordo com as condições regulamentadas, como placas ou estacionamentos rotativos (213.349).

Entre os estados campeões em infrações em agosto, São Paulo lidera a lista com 1.320.175 multas recebidas pelos motoristas, o que corresponde a 29,1% do total de multas em todo País. Minas Gerais vem na sequência, com 487.491 infrações (10,7%) e, em terceiro lugar, está o Rio de Janeiro, onde foram aplicadas 481.041 infrações ou 10,6% do total de multas no Brasil, no mesmo período.

André Brunetta, CEO do aplicativo Zul+, plataforma criada para facilitar a vida de quem dirige, ressalta a importância de uma direção segura. “Andar acima da velocidade, não usar cinto e furar o sinal vermelho favorecem os elevados números de acidentes no trânsito, ou seja, quem não respeita as leis, pode provocar ocorrências graves”.

Além disso, o motorista precisa ficar atento aos prazos para quitar as multas. “O não pagamento impede a realização do licenciamento anual e também da transferência de propriedade. Já o motorista infrator que deixa de pagar a multa de trânsito é considerado inadimplente e tem seu nome inscrito na dívida ativa”.

Pagamentos via app

Uma alternativa para quem recebeu a notificação de multa é optar pelo pagamento com o uso do aplicativo Zul+. Primeiro, o motorista deve fazer o download gratuito do app para iOS ou Android. O próximo passo é fazer o cadastro do veículo, clicar no botão de multas e escolher a forma de pagamento. Entre as opções, o cliente pode pagar via PIX à vista ou pelo cartão de crédito em até 12 vezes.

Importante destacar que Zul+ também conta com a funcionalidade de recurso de multas. Após efetuar o cadastro do veículo no app, o condutor acessa a função tributos, confirma que o automóvel foi autuado, responde algumas perguntas para fundamentar a defesa e paga uma taxa para receber o documento redigido por e-mail. Na sequência, é responsabilidade do motorista entregar o recurso para as autoridades de trânsito.

 

E Santa Catarina?

Santa Catarina foi o quinto estado em que os motoristas mais receberam multas durante o oitavo mês do ano, com 209.572. Confira na tabela as cinco primeiras:

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Infração Total 
Transitar acima da velocidade máxima permitida em até 20% 72.786
Deixar de efetuar o registro de veículos no prazo de 30 dias 13.799
Transitar acima da velocidade máxima permitida de 20% a 50% 12.675
Deixar de utilizar cinto de segurança 11.355
Estacionar o veículo em desacordo com as condições regulamentadas 9.136

Sobre o Zul+

O Zul+ é uma plataforma criada para facilitar a vida de quem dirige. Lançado em 2017, o aplicativo faz parte do grupo Estapar desde 2022 e está disponível em todo o território brasileiro. Dentre as principais funções do app, estão a seção de tributos para pagamento e parcelamento de multas, IPVA ou licenciamento, estacionamento rotativo, tag de pedágio sem mensalidade (que permite viajar sem pegar filas) e cálculo do valor a ser pago durante a viagem, seguros, pagamento de estacionamento de shopping e abastecimento via Shell Box. Além dessas facilidades, Zul+ apresenta informações do valor de mercado para compra ou venda de veículos, alertas de manutenção, busca por concessionárias e postos de combustível próximos e avisos sobre o rodízio de veículos.

Além da prevenção ao câncer de mama: outubro rosa lança luz sobre importância do diagnóstico precoce de outras doenças

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Desde os anos 1990, Outubro é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. No Outubro Rosa, as mulheres são convidadas mais intensamente a buscarem a realização de exames preventivos e, por meio das análises clínicas, aumentam as chances de identificar diversos tipos de câncer e ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) ainda no início, aumentando significativamente a chance de cura.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil é o de mama, com 24,2%. Mas os cânceres de cólon e reto (9,5%), de pulmão (8,4%) e de útero (6,6%) também são bastante frequentes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero é o Papiloma Vírus Humano (HPV), que pode ser identificado por meio de exames de imagem ou de análise. Em alguns casos, o pedido de biópsia é feito. São mais de 16 mil novos casos por 100 mil mulheres a cada ano. E no que se refere à mortalidade, os números são superiores a seis mil por 100 mil mulheres a cada ano.

ISTs

No caso das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que podem ser causadas por mais de 30 tipos de vírus, bactérias, fungos e protozoários que, apesar de serem curáveis, muitas vezes são assintomáticos, a falta de diagnóstico preciso é um problema, já que aumenta a resistência dos patógenos. Algumas doenças como a Mycoplasma genitalium apresentam resistência a antibióticos.

Luiz Augusto Mazzarotto, ginecologista do Hospital VITA, destaca que o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento rápido e efetivo das doenças. “É muito importante que, em qualquer idade, as meninas e mulheres façam a palpação das mamas e, no caso de identificarem algum nódulo sólido, procurem um médico com urgência. Nos casos das mulheres com histórico familiar de câncer de mama, o cuidado deve ser redobrado. Para as mulheres a partir de 40 anos, a mamografia também precisa ser vista como aliada, assim como o exame ginecológico com a realização de papanicolau anualmente precisa ser feito por toda mulher a partir do início da vida sexual”, orienta.

Mazzarotto ainda complementa que, como forma de prevenção, além da consulta anual no ginecologista, evitar tabagismo e relações sexuais desprotegidas, manter alimentação saudável e praticar atividades físicas com regularidade são práticas essenciais para manter a saúde em dia.

Rodrigo Faitta Chitolina, supervisor de laboratório e responsável técnico do ID8 – Inovação em Diagnóstico destaca que, principalmente quando se fala da saúde sexual, a maioria das patologias é silenciosa. E outras tem tido cada vez mais casos notificados, como a Sífilis, por exemplo, onde de 2015 a 2021, segundo dados da Secretaria de Saúde do Paraná, foram quase 60 mil novos casos diagnosticados somente no estado.

Por geralmente as ISTs serem assintomáticas a falta de um diagnóstico rápido e preciso leva a uma maior taxa de transmissão e possíveis complicações clínicas. Pensando em um cenário onde a mulher possa estar gestante, essas complicações podem apresentar riscos tanto às mulheres quanto aos bebês.

Quando tratamos do fluxo de serviço diagnóstico, a liberação do laudo para o médico não deve exceder 24 horas, uma vez que já temos tecnologias que permitem esse tempo de liberação. Nesse cenário, os médicos terão em mãos um laudo e poderão disponibilizar a suas pacientes um tratamento personalizado e assertivo, evitando tratamentos empíricos, que aumentam a possibilidade de seleção de organismos resistentes.

A saúde feminina demanda cuidados e avaliações de saúde completas e, nesse cenário, quanto mais rápido e com exatidão o resultado das ISTs for, mais cedo o tratamento adequado irá iniciar e as chances de um avanço na patologia serão menores. Por exemplo, sabe-se que a infecção por Chlamydia trachomatis é um co-fator no desenvolvimento de neoplasias em mulheres com histórico de infecção por HPV.

Chitolina também destaca que no tocante ao HPV (Papiloma Vírus Humano) responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, o ideal é que o médico disponha de ferramentas diagnósticas para identificar a presença do material genético do vírus, e determinar se a infecção ocorreu por uma cepa viral de alto ou baixo risco de desenvolvimento de câncer. Estes testes podem ser realizados por metodologias moleculares, que além de mais sensíveis que os exames de citologia, são altamente específicos e precisos.

O médico precisa de ferramentas para realizar esse rastreio e acompanhamento de suas pacientes e nesse cenário o ID8 disponibiliza o exame de Painel HPV faz a detecção do HPV e genotipa 35 tipos do vírus, informando se é de alto ou baixo risco e qual é o genótipo específico, dando a oportunidade de o médico realizar um tratamento com maior direcionamento e aumentar as chances de um diagnóstico precoce de um possível câncer.

Outro tópico de extrema relevância no mês do outubro rosa é o cuidado com a população trans. No caso da população trans masculina, mesmo para quem realizou a mastectomia há sim chances de desenvolvimento de câncer de mama e, no caso do câncer de colo uterino, este grupo populacional demanda atenção e precisa estar incluso nas ações de rastreio e monitoramento do HPV, de tal forma a garantir um diagnóstico precoce de diversas doenças, entre elas o câncer de colo uterino, mas não se excluindo o rastreio e acompanhando de todas as demais ISTs relacionadas a saúde sexual.

Exames de prevenção

Os exames preventivos são a melhor alternativa para evitar doenças e até mesmo problemas na gravidez – tanto para a mulher, quanto para o feto. Essas análises acompanham a mulher em todas as fases da vida. Alguns são realizados desde a primeira consulta ao ginecologista, outros, após uma determinada idade ou ocorrência e devem ser repetidos todos os anos ou conforme indicação do médico. Confira alguns e o que identificam e previnem:

Ultrassom pélvico: Exame não invasivo que possibilita ver útero, colo uterino, vagina, tubas uterinas e ovários. Geralmente é indicada a realização desde a primeira menstruação, pois garante que não existam complicações. Também é possível realizar o ultrassom transvaginal, exame que permite visualizar as mesmas estruturas de forma interna;

Papanicolau: Neste exame é possível identificar diversas doenças, como, por exemplo, Clamídia, Sífilis, Gonorreia, HPV, Candidíase, Tricomoníase e também detectar a presença de nódulos ou cistos. A realização desse exame é necessária para mulheres que iniciaram sua vida sexual, principalmente as que possuem entre 25 e 59 anos;

Mamografia e ultrassom das mamas: O exame de mamografia é pedido para mulheres a partir dos 40 anos, ou que tenham casos de câncer de mama na família. Ele detecta possíveis nódulos ou cistos. Para mulheres com menos de 40 anos, é indicado o ultrassom das mamas, e caso haja alguma alteração, é necessária a realização da mamografia;

Exame de sangue: Por meio da análise de amostras é possível verificar os níveis de colesterol, anemia, triglicérides, vitaminas e até mesmo se há a presença de alguma IST). Qualquer irregularidade nesse exame deve ser verificada posteriormente, pois provavelmente indica que algo está errado.

Sobre o ID8

Um laboratório de apoio focado no diagnóstico molecular com entrega rápida, oferecendo resultados em poucas horas após o recebimento da amostra, com um fluxo de trabalho operacional os 7 dias da semana. Os serviços vão além do diagnóstico. Metodologias simples e ágeis que reduzem consideravelmente o tempo de entrega do resultado, possibilitando ao paciente a chance de um tratamento mais assertivo e direcionado. Saiba mais em: www.id8diagnostico.com.br.

Triatleta com paralisia cerebral de grau severo passa por nova cirurgia; “Fiquei 90 dias sem pisar no chão”

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O primeiro triatleta com de paralisia cerebral de grau severo a completar um triathlon, Samuel Bortolin, vem enfrentando desafios e batalhas desde os seis meses e meio de vida, quando nasceu de em um parto prematuro. Devido ao diagnóstico, ele só deu seus primeiros passos aos sete anos de idade, após uma cirurgia. Aos 34 anos, em 2022, o atleta precisou passar por uma nova cirurgia ortopédica complexa. Segundo ele, esse segundo procedimento já era previsto desde a realização do primeiro.

O motivo é que pelo estirão na adolescência, crescimento ósseo e articular, o padrão com as pernas dobradas e viradas para dentro acabou retornando e trouxe também deformidades ósseas e dores. Samuel contou que ficou 68 dias internado em um hospital. Outro ponto difícil relatado por ele foi o fato de ter ficado tanto tempo longe da família.

“Fiquei também 90 dias sem colocar o pé no chão. Meu corpo se enfraqueceu, fiquei muito debilitado fisicamente. Não podia permitir que a mesma coisa acontecesse com a parte mental. Não é um processo linear, teve muitos altos e baixos. Porém, tem uma frase que levo comigo quando as coisas estão ou muito boas, ou muito ruins: fase não é fim! Entendi rápido que ia doer, mas ia passar. Precisava manter a sanidade mental”, comentou.

Voltando a falar do apoio da família, Samuel detalhou que teve ao lado os pais, irmãos, filhos e esposa. “Isso me deu forças! No meu momento de maior fragilidade física, foi também meu momento de fortalecimento do lado espiritual. A dificuldade quando é grande, não te deixa outra alternativa a não ser acreditar que as coisas vão melhorar. Hoje, ainda em reabilitação, vivo em estado de graça, gratidão por cada passo, cada vitória e cada etapa vencida. Tive o meu maior estado de graça da vida inteira tomando um banho de chuveiro, após mais de 2 meses tomando banho no leito, auxiliado por 2 enfermeiros (…) comemorei tomar um banho sozinho tanto quanto finalizar o primeiro triathlon”, falou.

Samuel confirmou ainda que a pausa para mais uma cirurgia vai lhe exigir um trabalho longo de recuperação de força muscular. Apesar disso, ele diz ter consciência de que se não passasse por essa cirurgia, não teria mais condições ortopédicas de continuar sendo atleta. “Essa pausa vai me permitir uma vida maior no esporte lá na frente. Não só no esporte, como em toda minha vida. Fui moldado pelos meus pais a trocar o prazer imediato por conquistas a longo prazo. Esse é o caminho que sigo desde bebê. Sei o que é ter que se dedicar 3 horas por dia, desde os 8 meses de idade. A necessidade foi minha maior professora. É claro que a cirurgia vai me tirar a curto prazo prazeres do esporte, gastronomia ou da família. Mas, lá na frente vai compensar tudo com muitos juros”, relatou.

“Não podemos permitir que os desafios paralisem nossas vidas. Tem que ter alegria no processo, por mais que hajam dores. Tenho convicção e trabalho para que as coisas melhorem na minha vida e na vida das pessoas que eu amo todos os dias. Essas dores, daqui a pouquinho passam. As glórias são eternas”, adendou.

Sobre Samuel Bortolin

Primeiro triatleta com grau de paralisia cerebral severo a completar um triathlon, Samuel Bortolin é formado em Direito e Educação Física. Teve que vencer batalhas desde o início de sua vida. Nascido com 6 meses e meio de gestação, o hoje triatleta perdeu seu irmão gêmeo no parto prematuro de sua mãe. Deu seus primeiros passos aos sete anos e passou por uma adolescência de aceitação. Samuel é o primeiro triplégico a realizar um triathlon. Hoje ele se destaca entre os paratletas brasileiros também como meio maratonista. Apaixonado pelo esporte, logo passou a participar de provas de rua de 5Km. Em 2014 ele enfrentou seu primeiro desafio esportivo: participar da famosa corrida de rua Night Run, etapa de Brasília. Já fazendo os 5 km, decidiu tentar os 10Km. Fez a prova em 1 hora e 28 min. Atualmente ele também viaja por todo o Brasil ministrando palestras pautadas em seus exemplos.

Outubro Rosa: benefícios da alimentação na prevenção do Câncer de Mama

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A campanha Outubro Rosa faz parte de um movimento global de combate ao Câncer de Mama. A iniciativa, que nasceu em Nova Iorque nos anos 90 e ganhou o mundo, fomenta campanhas coletivas para prevenir e estimular o diagnóstico precoce da doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil contabilizou mais de 66 mil casos novos da doença somente em 2021.

Para conscientizar a população e salvar vidas, especialistas explicam como um estilo de vida saudável pode prevenir a doença. Além de exames periódicos, como a mamografia a partir de 40 anos, e do autoexame das mamas, o fator alimentação saudável pode fazer toda a diferença. A especialista em Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ana Salomon alerta que o cuidado diário na prevenção do câncer está ligado diretamente aos hábitos alimentares.

Confira entrevista na íntegra:

Quais alimentos são os vilões da alimentação para as mulheres?
AS: Dentre os alimentos considerados inadequados, temos os fast foods, alimentos ultraprocessados, que contêm quantidades elevadas de gorduras saturadas e açúcar, além de gorduras trans – que não devem ser consumidas em quantidade alguma. O consumo elevado de carnes vermelhas (em mais de 500 g de carne preparada por semana), bem como das gorduras das carnes (gordura aparente, peles e couro), é outro fator que interfere na saúde feminina e na produção de hormônios, interferindo de forma negativa na amamentação e na própria fertilidade. Além dos alimentos, as bebidas com altos teores de açúcar (bebidas açucaradas) e bebidas alcoólicas também são prejudiciais e não devem ser consumidas.

Existem grupos de alimentos cancerígenos que devemos banir da alimentação?
Peixes em salga, carnes em conserva e embutidos devem ser evitados por aumentarem o risco para câncer. Além, é claro, dos alimentos ricos em açúcar e gordura. O mesmo deve ser considerado para as bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas devem ser igualmente evitadas.

Quais alimentos ajudam o corpo a funcionar melhor e prevenir o surgimento de câncer?
AS: Os alimentos ricos em fibras, como as frutas, legumes e verduras e cereais integrais que, além das fibras, são compostos por vitaminas e minerais antioxidantes que protegem o corpo contra os efeitos danosos dos fatores ambientais a que estamos expostos.

Dentre os vegetais, destacamos o consumo dos vegetais não amiláceos: cenoura, beterraba, aipo, nabo, assim como vegetais verdes, folhosos (como espinafre e alface); vegetais crucíferos (brócolis, repolho e agrião); e do gênero allium, como cebola, alho e alho-poró. As batatas e outros tubérculos (inhame, cará, mandioca) devem ser consumidos com moderação, por conterem teores mais elevados de energia e carboidratos.

Quanto às frutas, vale reforçar a importância do consumo de frutas de cores diferentes (por exemplo, vermelha, verde, amarela, branca, roxa e laranja), para garantir um aporte adequado de vitaminas e minerais. Assim, a grande base da alimentação deve ser composta por grãos integrais, vegetais não amiláceos, frutas e leguminosas (como feijão, soja, grão de bico, lentilha ou ervilha fresca).

Quais substâncias benéficas encontradas nos alimentos que preservam a saúde da mulher, em especial?
AS: Vitaminas, minerais e fibras, que atuam mantendo o equilíbrio corporal, evitando o estresse oxidativo (que favorece o câncer) e promovendo um funcionamento intestinal normal. É importante mencionar que, segundo o INCA, não existe benefício em substituir as fontes alimentares desses nutrientes por suplementos vitamínicos e minerais que, além de não gerarem o mesmo efeito (por não conterem todas as substâncias que os alimentos possuem), podem aumentar o risco para certos tipos de câncer, quando consumidos em doses excessivas (principalmente sem a orientação e prescrição de um médico ou nutricionista).

Qual é a relação entre os alimentos orgânicos e os alimentos vendidos em mercados tradicionais. Dá para manter uma dieta equilibrada e de baixo custo?
AS: Os alimentos orgânicos têm a grande vantagem de não demandarem a utilização de agrotóxicos para seu cultivo e muitos agrotóxicos causam prejuízos nas células, aumentando o risco para câncer. É possível sim manter uma dieta equilibrada e de menor custo quando adquirimos esses alimentos de produtores locais que, por não precisarem da intermediação de outros comerciantes, conseguem manter os preços mais acessíveis.

Quais as gorduras podem e devem ser consumidas para a boa saúde feminina?
AS: As melhores gorduras são aquelas provenientes de fontes vegetais, com exceção de gordura de coco e palma. As gorduras de melhor qualidade se mantêm na forma líquida na temperatura ambiente, como os óleos vegetais e mesmo o óleo de peixe. Já as gorduras mais prejudiciais se mantêm mais pastosas em temperatura ambiente (como a gordura do coco). Exemplos de boas gorduras são o azeite de oliva, as gorduras presentes em frutas (como o abacate), oleaginosas (castanhas, amendoim, amêndoas, nozes, entre outras) e sementes (girassol, gergelim, entre outras).

Os laticínios são boas opções dentro dessa proposta de alimentação saudável?
AS: São, sim. Especialmente porque o leite e seus derivados são boas fontes de cálcio, entre outros minerais e vitaminas. Devem ser escolhidas as opções com menores teores de gorduras, que são os desnatados ou semi-desnatados.

Existe alguma suplementação ou reposição capaz de evitar o aparecimento dessas doenças?
AS: Não existem pesquisas que comprovem que suplementos são boas opções para a substituição do alimento em si, o que é reforçado pelo INCA. Na realidade, um suplemento utilizado sem a prescrição de um profissional habilitado pode inclusive prejudicar o funcionamento do corpo e aumentar o risco de câncer.
Assim, não é indicado o uso de suplementos para a prevenção de doenças. O que se indica é a realização de um acompanhamento regular com o médico e o nutricionista, que, na suspeita de alguma deficiência, solicitarão exames e, caso seja comprovada, farão a reposição específica de nutrientes em deficiência.

Qual é o recado que você gostaria de deixar às mulheres, em relação ao cuidado com a alimentação e a prevenção de doenças?
AS: Uma alimentação saudável, que inclui preparações à base de alimentos naturais e que contemple variedade e quantidade corretas de frutas, verduras e legumes (no mínimo 400 gramas ao dia ou 5 porções), além de cereais integrais, é fundamental para manter um estado nutricional adequado e para prevenir vários tipos de doenças. E não só isso: garantir o consumo de uma alimentação saudável é garantir um futuro saudável, com qualidade de vida!

Saúde da mulher: sinais de que o corpo não vai bem podem começar na boca

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Outubro acende o alerta para a saúde da mulher. Mas as tão faladas alterações hormonais afetam o sistema imunológico e o corpo das mulheres como um todo. Por isso, além das consultas periódicas ao ginecologista, também é preciso prever uma rotina de cuidados com outras especialidades, algumas não tão relacionadas aos hormônios, como dentistas. Pode ser na boca que apareçam os primeiros sinais de que algo não vai bem na saúde da mulher.

A periodontite, que é uma infecção grave na gengiva e ossos que sustentam os dentes, por exemplo, pode ser um potencial fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Como diversos tumores podem ser formados a partir de processos inflamatórios, uma pesquisa revelou que a doença bucal pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer mais comum entre mulheres. O alerta veio de uma meta-análise realizada por um grupo de especialistas com base em 11 estudos epidemiológicos e publicada na revista Frontiers in Oncology.

De acordo com a pesquisa, há uma prevalência de casos de doenças periodontais entre as mulheres em diversas etapas da vida, como puberdade, período menstrual, gravidez e menopausa. Isso acontece porque a constante variação de hormônios propicia o surgimento de inflamações. O estudo aponta uma relação entre a doença periodontal e o desenvolvimento de várias doenças, como distúrbios de infertilidade, complicações na gravidez, partos prematuros e, em alta incidência, o câncer de mama.

Cuidados em todas as fases

Sendo assim, o cuidado com a saúde bucal e o tratamento rápido de qualquer inflamação e outros problemas na boca são medidas efetivas para prevenir e detectar precocemente diversas doenças. “Mau hálito e inflamação na gengiva, que pode ser percebida através do sangramento durante a escovação dos dentes, dor e coloração mais escura, são alguns dos sinais e devem ser tratados com urgência”, ressalta o especialista em Saúde Coletiva e dentista da Neodent, João Piscinini. E isso deve ser feito em todas as fases da vida da mulher.

Contrariando algumas crenças, grávidas devem sim manter a rotina de saúde bucal e consultar dentistas com frequência, seguindo o pré-natal odontológico. Durante a gestação, cerca de 30% das mulheres têm gengivite, como indica um estudo realizado pelo Departamento de Odontologia Preventiva do Hospital da Universidade Estadual de Lagos, na Nigéria.

Além das consequências para a mãe, a doença também pode causar complicações na criança. “Parto prematuro e baixo peso ao nascer são consequências da gengivite apontadas por diversos estudos, já que é um processo inflamatório que, assim como muitos outros e em qualquer parte do corpo, pode trazer riscos à criança”, explica Piscinini.

Atenção ao rosto e, também, à boca

Aftas, pequenos cortes e bolhas na região bucal são sinais que devem ser tratados com seriedade e atenção. Essas patologias podem ter relação direta com a imunidade baixa, alteração hormonal e, também, com o câncer de boca. As características iniciais da doença são parecidas com essas feridas comuns. “É ideal acompanhar qualquer tipo de lesão por aproximadamente 15 dias e, caso não haja melhora, um profissional deve ser procurado”, alerta o especialista em Saúde Coletiva e dentista da Neodent.

Além disso, as idas a dermatologistas ou cirurgiões plásticos também devem ser acompanhadas por profissionais da odontologia. Com o aumento da procura por procedimentos estéticos, como o preenchimento labial, a observação periódica da região bucal é ainda mais necessária. “Nem todos podem realizar essas intervenções estéticas. Pessoas com doenças crônicas, inflamações e alergias devem passar por uma avaliação criteriosa do dentista, já que o risco de complicações aumenta”, comenta Piscinini.

Fonte: Central Press

Seguros: planejador aponta 5 motivos que fazem setor ser um dos que mais movimentam o setor financeiro do país

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O jornal O Estadão publicou no início desta semana uma matéria apontando o setor de seguros como um personagem importante no que diz respeito à movimentação financeira do Brasil. Mas quais motivos atribuem esse posto a esse mercado? Essa pergunta foi respondida pelo planejador e gestor de riscos Eduardo Bravo.

Ele elaborou uma lista com cinco motivos que dão essa posição ao setor de seguros brasileiro explicando detalhadamente cada um deles. O primeiro, antes de tudo, segundo Bravo, se dá pela evolução desses negócios, que ele caracterizou como amadurecimento.

1- Amadurecimento do setor

“Acredito que um ponto que favorece o crescimento, é o amadurecimento do setor no país e a entrada das grandes companhias, principalmente no segmento de Seguros de Vida, no mercado nacional. Até pouco tempo, os grandes distribuidores do mercado securitário eram os grandes bancos do varejo com uma modalidade muito usada: a venda casada. O seguro era embutido em qualquer outro produto, sendo adquirido de forma automatizada, muitas das vezes até sem o consentimento do cliente. O brasileiro aprendeu a comprar seguro de uma forma muito distorcida e isso vem mudando ao longo do tempo. A entradas das grandes multinacionais e o ganho de espaço das cias independentes, além de trazer uma saudável concorrência e opções aos seus beneficiários, estão mostrando para as famílias brasileiras que a compra de seguro de forma personalizada, baseada na sua real necessidade, pode fazer sentido no seu planejamento financeiro pessoal e isso trouxe fôlego ao mercado”, explicou.

2- Pessoas mais bem informadas

“As famílias brasileiras estão mais atentas quanto se trata de planejamento financeiro, e isso é um fato que vem aquecendo o setor.
Um bom planejamento financeiro tem como base uma análise detalhada da gestão de riscos das famílias e das pessoas. Entenda-se por esse conceito de gestão as reservas de emergência caracterizadas principalmente por produtos de acumulação e os contratos de seguros, no caso de um imprevisto. A construção de uma boa gestão leva-se em conta um levantamento detalhado dos dados dos clientes, atrelada a uma solução bem dimensionada. Fato é que o brasileiro está aprendendo a comprar seguros e enxergar a sua importância”, disse.

3- Corretores mais bem informados

“Um outro ponto relevante é que cada vez mais os profissionais que atuam no setor securitário estão se aprimorando e desenvolvendo, buscando entregar uma visão mais consultiva e uma solução 360º para seus clientes. A busca por uma certificação especializada na área, que chancele a carreira desses profissionais é cada vez mais exigida por seus consumidores”, falou.

4- Variedade de possibilidades

“A contratação de seguros possui várias vertentes. Aquele modelo de padrão que seguro de vida é, na verdade, um seguro de morte já é passado. Ajudar os clientes a enxergar as possíveis soluções, como enxergar a sucessão societária de uma empresa, a proteção de uma pessoa chave, já é uma realidade”, comemorou.

5- Atendimento de pessoas físicas e também jurídicas

“Outro ponto relevante é que os consultores de seguros enxergaram que as soluções passam a envolver tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas e isso aumenta e muito o volume de contratos fechados. Em um mesmo cliente que comprou um tipo de produto, enxerga-se a possibilidade de realizar novas vendas. Nos demais ramos do setor, a busca em proteger os riscos profissionais é cada vez mais procurada pelos consumidores. Contratos de grandes riscos, Responsabilidade civil, Seguros fiança ganham cada vez mais mercado que anda aquecido. As imobiliárias que antes exigiam fiadores, acabam aceitando o contrato de seguro como garantia do aluguel, por exemplo”, finalizou.

Atualmente, Eduardo é sócio da “AddGroup”, que é uma empresa que reúne um conjunto de soluções Financeiras e Tecnológicas para atender os profissionais da área de Planejamento Financeiro. Ela reúne um completo portfólio de soluções, desde Seguros de Vida, Saúde, Bens e Patrimônio, passando por estratégias comportamentais e de investimentos que faz com que os clientes atinjam seus objetivos de Vida.

Sobre a AddGroup

A AddGroup é um grupo de ferramentas e serviços multidisciplinares, que oferece aos seus clientes e associados uma gama de soluções eficientes e ideais. A empresa é o resultado da fusão de dois work groups distintos: a AddMoney e WI Broker.

Atualmente a AddGroup conta com mais de 200 corretores parceiros e uma equipe interna de 16 profissionais que garantem experiência e performance dos trabalhos. O objetivo da empresa é trazer uma central de soluções focadas em planejamento financeiro panorâmico, seguro e otimizado.

Tudo funciona como a intermediação da relação de seguradoras e corretores. Ou seja, há uma gama de serviços atrelados, onde o corretor associado pode contar com a parceria de outros da empresa que podem oferecer um serviço completo em todas as áreas sem a necessidade de o cliente buscar qualquer outro para solucionar suas demandas.

Fonte: MF Press Global

EXCESSO DE CHUVA CAUSARÁ PREJUÍZO ÀS SAFRAS DE MILHO E SOJA EM SC

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As intensas chuvas em Santa Catarina vêm comprometendo a agricultura no Estado. De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, desde o ano de 2014 não eram registrados tantos dias chuvosos como foram registrados em setembro e outubro de 2022. A entidade tem acompanhado esse período de chuvas intensas, pois tiveram registros em alguns municípios que em 24 horas, choveu cerca de 300 milímetros.

 

Ele enfatiza ainda que o excesso de chuva tem atrapalhado o desenvolvimento de algumas culturas e também está atrasando o plantio de outras. É o caso do milho e da soja, que pelos dias chuvosos, começam a ter problemas. A lavoura do milho, por exemplo, em Santa Catarina foi plantada até o final de setembro, mas o clima chuvoso e poucos dias de sol está acarretando na dificuldade na germinação do milho, inclusive, com a terra muito fria. “Com isso, começamos a imaginar que teremos problemas futuros de quebra de safra, pois, afinal de contas, há mais de 30 ou 40 dias tem milho plantado e poucos dias foram de sol”, comentou.

 

Além disso, ele alerta que agora, com a chegada da segunda quinzena de outubro, começa outro grave problema, desta vez, com o trigo. Nesta época é fase em que se registram as pragas e as doenças. “Com toda umidade registrada, voltou a aparecer em Santa Catarina, a Giberela –  que há muito tempo não era registrada em Santa Catarina – e que vai trazer consequências à lavoura do trigo. “E infelizmente, a previsão do tempo indica mais chuva para essa semana. Com isso, vamos começar a fazer levantamentos, pois teremos problemas nesta safra, que teve um custo de plantio muito alto e que se não tiver uma boa performance, com certeza, os produtores terão muitos prejuízos”, esclareceu.

 

A chuva tem atrapalhado a atividade do campo em todos os sentidos. Com o gado de leite, por exemplo, já são registrados problemas de falta de pastagens. A quantidade excessiva de chuva também causou o alagamento de algumas lavouras, principalmente de hortigranjeiros em beira de rios. Também estavam acontecendo algumas quedas de barreiras, inclusive uma, caiu sobre um chiqueiro com 1.200 suínos, que precisaram ser socorridos.

 

Giberela

 

Causada pelo fungo Gibberella zeae é uma das doenças fúngicas mais destrutivas da cultura do trigo pois diminui a produtividade na lavoura e contamina os grãos. É considerada uma doença de difícil controle e altamente influenciada pelo ambiente. A infecção pelo fungo causa danos significativos na produção de trigo em regiões de clima úmido e quente, principalmente no estágio de floração, favoráveis ao desenvolvimento da doença.

Fonte: MB