Inadimplência cresce e atinge 63,71 milhões de brasileiros, aponta CNDL/SPC Brasil
Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (39,41%) estavam negativados em agosto de 2022 – o equivalente a 63,71 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 10,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em agosto deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de julho para agosto, o número de devedores cresceu 0,78%
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que a melhora de alguns índices do país e a aproximação do período de contratações de trabalhadores temporários para o final do ano podem trazer um cenário mais positivo.
“Alguns índices no cenário macroeconômico tiveram melhora, como aumento do PIB, diminuição do desemprego e liberação de retroativos de auxílio emergencial, mas a inflação alta, especialmente com relação aos alimentos, continua impactando no orçamento das famílias. Por outro lado, estamos próximos das contratações de final de ano e do pagamento do 13º dos trabalhadores, o que geralmente traz alívio para o bolso dos endividados”, diz Costa.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (34,90%).
O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em junho está na faixa etária de 30 a 39 anos (24,03%), são 15,83 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores. Tal montante equivale a 46,29% do total deste grupo etário. A quantidade segue bem distribuído entre os sexos: 50,88% de mulheres e 49,12% de homens.
Cada negativado deve, em média, R$ 3.630,64. Bancos são os principais locais de dívidas dos inadimplentes. Em agosto de 2022, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.630,64 na soma de todas as dívidas. Cada inadimplente devia, em média, para 1,94 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.
Quase quatro em cada dez consumidores (34,41%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 49,24% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
Em relação ao aumento do endividamento no Brasil, o indicador mostra que em agosto de 2022 houve crescimento de 19,20% em relação ao mesmo período de 2021. O dado observado em agosto deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior.
Na passagem de julho para agosto, o número de dívidas apresentou alta de 1,72%.
Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 33,98%, seguido de Água e Luz (10,00%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (‐10,48%) e Comércio (‐2,12%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 60,50% do total. Na sequência, aparece Comércio (13,13%), o setor de Água e Luz com 10,60% e Comunicação com 8,72% do total de dívidas.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, alerta para importância de os consumidores buscarem o máximo de informações a respeito das linhas de crédito oferecidas pelos bancos antes da contratação de um empréstimo.
“Os bancos oferecem diversas linhas de crédito, mas aquelas de mais fácil acesso costumam ser também as mais caras. Por isso, quando as contas não estiverem mais cabendo no orçamento, a orientação é procurar linhas de crédito mais baratas, ainda que isso signifique se deslocar até uma agência bancária ou falar com o gerente da conta. No final, esse movimento pode significar uma boa economia e pode evitar uma bola de neve nas dívidas do consumidor”, destaca Pellizzaro.
A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, aponta a necessidade de se ter uma reserva financeira, mesmo que pequena, para os momentos de crise ou emergência. “Nosso indicador de reincidência mostra que em agosto, do total de negativações, 82,65% foram de devedores reincidentes. Além disso, o tempo médio para pagamento da dívida é superior a 10 meses, ou seja, muitos entram na inadimplência, levam muito tempo para sair e em pouco tempo acabam retornando a essa situação. Mais que um desajuste pontual ou caso isolado, este fato retrata a existência de problemas mais sérios. Renda baixa, inflação e desemprego altos, crise econômica mundial, falta de educação financeira são pontos que ajudam a explicar essa situação. Mesmo com uma renda menor, é fundamental se organizar para ter uma reserva e conseguir acomodar gastos urgentes em períodos difíceis”, destaca a especialista em finanças.
Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O percentual de famílias inadimplentes, aquelas com dívidas em atraso, atingiu 30% em setembro. É a primeira vez que o índice chega a esse percentual e, portanto, é o valor mais alto da série histórica da pesquisa iniciada em 2010 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em agosto, o número de inadimplentes subiu para 29,6%. Na comparação com setembro de 2021, o indicador cresceu 4,5 pontos percentuais, já que o percentual era de 25,5% na ocasião.
A parcela de famílias endividadas, ou seja, com qualquer dívida (em atraso ou não) também bateu recorde no país em setembro: 79,3%. Em agosto, o percentual era de 79%. Em setembro do ano passado, 74%.
O endividamento das famílias mais pobres, ou seja, aquelas que ganham menos de dez salários mínimos, chegou a 80,3%. É a primeira vez que a parcela supera os 80%. “Embora os atrasos tenham crescido no mês e no ano entre os consumidores nas duas faixas de renda, as dificuldades de pagamento de todos os compromissos do mês são mais latentes entre as famílias de menor renda”, disse a economista da CNC Izis Ferreira.
Entre as mulheres, o percentual de endividamento é maior (80,9%) do que entre os homens (78,2%). As famílias que não têm condições de pagar suas dívidas ficaram em 10,7%, abaixo dos 10,8% de agosto, mas acima dos 10,3% de setembro do ano passado.
Entre os tipos de dívida que mais cresceram em relação a setembro do ano passado estão cartões de crédito (que subiu de 84,6% para 85,6% do total de dívidas), carnês de loja (de 18,8% para 19,4%) e cheque especial (de 4,6% para 5,2%).
GRÁFICO – NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR VALOR TOTAL DAS DÍVIDAS
Recorde: tempo médio de abertura de empresas no Brasil cai para 23 horas
O tempo médio para a abertura de uma empresa no Brasil caiu para 23 horas ao final do segundo quadrimestre de 2022, ou seja, o período de maio a agosto. Trata-se do menor prazo médio já registrado. O atual patamar corresponde a uma redução de 17 horas em relação ao final do primeiro quadrimestre deste ano.
O Brasil registrou mais de 1,3 milhão de empresas abertas no segundo quadrimestre de 2022, o que corresponde a uma elevação de 2% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano. Os dados constam no Painel Mapa de Empresas, divulgados pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia.
O especialista em contabilidade Wilson Pimentel considera que a importância de se reduzir o tempo médio de abertura de uma empresa no Brasil vai desde a desburocratização nos serviços até a satisfação do empresário, que deseja iniciar as atividades o quanto antes.
“O que leva à redução do tempo de abertura das empresas no Brasil é a implantação de tecnologias pelo governo e contadores, bem como pelos órgãos públicos. Vale salientar que os sistemas estão bem mais sincronizados. A burocracia é um processo natural, até porque o governo precisa ter controles. Mas está cada vez melhor a sistemática de abertura de empresas no país. A cada ano, diminuem os papéis, que são documentos físicos, e permanecem sistemas em plataformas digitais”, destaca.
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No mês de julho, o tempo médio de abertura de empresas no país foi reduzido para um dia e duas horas, uma queda de cinco horas na comparação com o mês imediatamente anterior, quando era de um dia e sete horas.
A empresária Thais Melo tem 22 anos e mora em Brasília. Para ela, a redução é vista como algo positivo, uma vez que também serve de motivação para abertura de novas empresas, e tornar sonhos reais.
“Até recentemente, em 2018, havia muita burocracia. Levava-se dois meses para abrir uma empresa, e cerca de nove meses para se conseguir licenças e alvarás. Isso era algo que prendia muito, porque o interessado ficava à mercê disso, criava expectativas sem saber se daria certo ou não. Com isso, muitas pessoas desistiam”, relata.
A redução no tempo médio necessário para se abrir uma empresa é ainda maior quando notada a evolução da série histórica. Quando a comparação é feita com o início de 2019, a diminuição foi de quatro dias e 10 horas.
As informações acerca do tempo médio contemplam o período médio de consulta prévia de viabilidade, assim como o tempo médio de registro da companhia. Vale destacar que o atual tempo médio alcança a meta prevista para ser atingida apenas em dezembro de 2022.
O levantamento aponta, ainda, que o Brasil registrou 1.379.163 empresas abertas no segundo quadrimestre deste ano, o que corresponde a uma elevação de 2% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano.
Fonte: Brasil 61
ansiedade: a preocupação com o futuro do planeta tem nome
O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vinculado à ONU, apontou que as ações humanas estão contribuindo para o aquecimento global e que alguns dos efeitos já estão sendo observados no mundo todo.
Além das mudanças climáticas, que é uma problemática mundial, temos observado nos últimos anos no Brasil a boiada passar com inúmeros retrocessos ambientais, desde o desmatamento, que explodiu em todos os biomas, até o perdão de dívidas ambientais, crescimento de incêndios criminosos, enfraquecimento das instituições ambientais, dentre outros. Sobram motivos para ficarmos com medo frente a incerteza do futuro que nos espera.
Esse medo crônico frente a destruição ambiental tem nome, é chamado de eco-ansiedade. O termo se popularizou devido ao relatório da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, lançado em 2017, que discutiu a saúde mental relacionada às mudanças climáticas. O objetivo da publicação é promover a compreensão sobre as implicações da crise socioambiental e do clima para profissionais da saúde, líderes e demais extratos sociais.
A eco-ansiedade é mais suscetível em grupos que lidam com as questões ambientais, como ativistas climáticos, pesquisadores, estudantes universitários e professores, biólogos, comunidades rurais e populações periféricas. A publicação apresenta algumas formas de manifestação dessa condição:
“A capacidade de processar informações e tomar decisões sem ser desativada por respostas emocionais extremas está ameaçada pelas mudanças climáticas. Alguma resposta emocional é normal, e até mesmo emoções negativas são uma parte necessária de uma vida plena. No caso extremo, no entanto, eles podem interferir com nossa capacidade de pensar racionalmente, planejar nosso comportamento e considerar ações alternativas. Um evento climático extremo pode ser uma fonte de trauma, e a experiência pode causar emoções incapacitantes. Efeitos mais sutis e indiretos das mudanças climáticas podem adicionar estresse à vida das pessoas em diferentes graus. Os efeitos do clima se traduzem em saúde mental prejudicada que pode resultar em depressão e ansiedade”.
Adaptado de ‘Mental Health and Our Changing Climate: Impacts, Implications, and Guidance’ – American Psychological Association.
Um artigo relatou fatores que podem fazer com que sejamos menos capazes de lidar com as mudanças climáticas, onde a eco-ansiedade resulta em sentimento de frustração e impotência para mudar a realidade, sendo até debilitante. Os fatores citados compreendem limitações cognitivas, como dificuldade de lidar com preocupação distantes, ignorância sobre o que fazer, estar habituado com as notícias a ponto de não se importar, subestimar os riscos futuros, sentimento de impotência frente a um problema muito grande, além de questões ideológicas como a ideia de que uma tecnologia ainda não criada vai nos salvar, entre outros.
Além disso, há evidências que sugerem que as mudanças climáticas exacerbam as graves desigualdades de saúde mental existentes dentro das nações. O estudo utiliza como exemplo a comparação de informações sobre saúde mental dos povos originários inuits do Canadá com outros extratos sociais.
Historicamente, as populações inuítes experimentam disparidades substanciais de saúde mental em comparação com a população canadense não indígena, como consequência dos impactos duradouros da colonização. As consequências podem ser observadas na saúde mental: as taxas de suicídio entre os inuítes são até 11 vezes maiores do que a média canadense.10 Assim, é claro que a pressão já associada a disparidades pré-existentes de saúde mental será ainda mais exacerbada por futuras mudanças climáticas e ambientais.
Como minimizar a eco-ansiedade?
Confira um compilado de recomendações descritas por especialistas*
– Aprender maneiras de aliviar ou prevenir a ansiedade e a depressão como ataques de pânico, catastrofização ou outras formas paralisantes de ansiedade.
Os especialistas concordam que uma certa quantidade de ansiedade e mau humor serão evidentes no momento atual com a soma de várias crises, mas os níveis de ansiedade podem ser diminuídos e fortes sintomas de ansiedade podem ser ajudados pelo apoio de outras pessoas e pelo autocuidado. Muitos autores dão dicas práticas de habilidades e estratégias que ajudam quando os sentimentos de ansiedade começam a aumentar. Isso inclui respirar devagar, tomar uma decisão consciente para evitar catástrofes e usar distrações saudáveis e meios reconfortantes;
– Desenvolver habilidades emocionais ou habilidades de saúde mental com antecedência, como a canalização da energia emocional e construção de rotinas diárias que aumentam o bem-estar do corpo e da mente;
– Aprender a manter o sentido da vida. Isso está intimamente ligado às discussões sobre esperança;
– Encontrar formas de participar na resolução de problemas relacionados com a crise ecológica. Os autores enfatizam que há ações individuais e coletivas. No entanto, costumam enfatizar que a ação coletiva deve ser acentuada para aliviar essa ecoansiedade, que decorre dos limites individuais e do sentimento de desamparo. Muitos especialistas alertam contra o uso apenas da ação como antídoto para a ansiedade ecológica, pois isso pode facilmente levar ao esgotamento ou a visões irreais sobre a real importância das ações individuais.- Encontrar suporte e apoio profissional;
– Desenvolver e manter uma forte ligação com a natureza.
*Traduzido e adaptado de INGLE, Harriet E.; MIKULEWICZ, Michael. Mental health and climate change: tackling invisible injustice. The Lancet Planetary Health, v. 4, n. 4, p. e128-e130, 2020.
Amar e mudar as coisas
Além das sugestões de como lidar com a eco-ansiedade, devemos buscar melhorar a forma como comunicamos as questões ambientais. É preciso compartilhar soluções possíveis e buscar apaixonar as pessoas, indo além da comunicação da tragédia. Pensando nisso, a IUCN lançou há uns anos uma campanha chamada “Love, not loss” (Amor, não perda) que para além do futuro catastrófico mostra como é importante contar histórias que deram certo na conservação da biodiversidade.
A Apremavi, junto com inúmeros parceiros, mostra na prática que é possível mudar a realidade. Ao longo dos nossos 35 anos de existência trabalhamos pelo fortalecimento das políticas públicas ambientais, pela criação de unidades de conservação públicas e particulares, em ações de capacitação e educação ambiental, além de atuarmos diariamente na restauração e recuperação de áreas degradadas. Amar e mudar as coisas nos interessa mais, que possamos juntos colocar a mão na massa, sem ceder a paralisia e a inércia, seguimos juntos!
Referências:
CLAYTON, Susan et al. Mental health and our changing climate: Impacts, implications, and guidance. Washington, DC: American Psychological Association and ecoAmerica, 2017.
INGLE, Harriet E.; MIKULEWICZ, Michael. Mental health and climate change: tackling invisible injustice. The Lancet Planetary Health, v. 4, n. 4, p. e128-e130, 2020.
PIHKALA, Panu. Eco-anxiety and environmental education. Sustainability, v. 12, n. 23, p. 10149, 2020
STANLEY, Samantha K. et al. From anger to action: Differential impacts of eco-anxiety, eco-depression, and eco-anger on climate action and wellbeing. The Journal of Climate Change and Health, v. 1, p. 100003, 2021.
O presente conteúdo serve apenas para informação geral, sem pretensão de fornecer diagnóstico, orientação especializada ou indicação de tratamento. Estudos apresentados são de responsabilidade exclusiva dos autores.
Fonte: Apremavi
Playlist melhora concentração e relaxamento para Enem
Sentada em uma cadeira de rodas e com fones de ouvido, uma senhora de cabelos brancos e olhar curioso movimenta os braços com agilidade, repetindo os movimentos da coreografia d’O Lago dos Cisnes. A ex-bailarina Marta Gonzalez, que vivia em uma casa de repouso na Espanha, faleceu em 2019, mas a imagem de seus braços se movendo ao som da música do compositor russo Tchaikóvski chamou a atenção de todo o mundo porque, além da idade avançada, Marta tinha Alzheimer.
Não é de hoje que a ciência estuda os benefícios que a música parece oferecer ao cérebro humano. Um estudo realizado no Canadá, por exemplo, provou que ouvir a mesma música várias vezes seguidas contribui para que o cérebro de pacientes com princípio de Alzheimer forme novas redes neurais. E ouvir música também é benéfico para quem procura melhores resultados nos estudos. A Universidade de Caen, na França, dividiu estudantes em dois grupos. Ambos tiveram que assistir a uma palestra e, em seguida, fazer uma prova sobre o conteúdo ensinado. O grupo que assistiu à palestra ouvindo música apresentou um rendimento melhor que o outro.
Para a assessora do Sistema Positivo de Ensino Juliana Landolfi Maia, “a música tem um papel importante. Diferentes tipos de música afloram emoções diferentes, evocam memórias e desencadeiam uma série de respostas no corpo. Consequentemente, ouvir música não é apenas um hobby, pode ter efeitos terapêuticos e fazer parte de estratégias para estimular áreas do cérebro que despertam potencialidades de aprendizagem”. Ela é uma das responsáveis pela playlist “Zen Enem”, lançada pelo Sistema Positivo de Ensino para ajudar estudantes a relaxar e se concentrar antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cada uma das faixas da playlist foi escolhida com cuidado para trazer momentos de tranquilidade nessa fase tão complexa.
Saúde mental é parte importante dos resultados
Não é de hoje que a saúde mental é uma preocupação quando o assunto são os vestibulares e o Enem. Em 2019, um estudo feito pelo Programa de Avaliação Internacional de Estudantes com alunos de 72 países apontou que, no Brasil, 56% dos jovens relatam algum tipo de estresse durante os estudos. Com a pandemia de covid-19, esse cenário se tornou ainda mais grave. “O contexto da pandemia, com o distanciamento social necessário, trouxe consigo uma série de desafios de ordem emocional para os estudantes. A incerteza sobre o futuro, o medo e a falta de interação social tiveram consequências graves sobre todas as pessoas, inclusive os jovens”, ressalta Juliana.
Estar tranquilo na hora de resolver uma prova é um dos passos mais importantes para garantir bons resultados. A especialista lembra que “Nessa reta final de preparação, é comum sentir a pressão da proximidade das provas e isso acaba se transformando em tensões no corpo. Cuidar dessas questões, com pausas programadas, pode ajudar muito na concentração e rendimento para os dias de prova que virão pela frente”.
O TEMPO E A TEMPERATURA: Possibilidade de chuva em toda a região Sul nesta quinta-feira (20)
A previsão do tempo para esta quinta-feira (20) é de muitas nuvens com possibilidade de chuva e trovoadas isoladas em todos os estados da região Sul.
O Instituto Nacional de Meteorologia alerta para tempestades. As instruções recomendadas são: desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia; além de não se abrigar debaixo de árvores.
A temperatura mínima para o Sul fica em torno de 13ºC, e a máxima pode chegar a 32°C. A umidade relativa do ar varia entre 70% e 100%.
As informações são do INMET.
Fonte: Brasil 61
ANESTESIA GERAL: o que acontece? quais os riscos?
Você já fez ou conhece alguém que fez cirurgia e precisou de anestesia geral? Para maioria das pessoas quando falamos anestesia geral vem e uma imagem de alguém dormindo e medo. Esse assunto costuma assustar as pessoas, talvez por não entenderem direito como ela funciona. O Dr. Eduardo Yanasse dará mais detalhes sobre o assunto.
A anestesia não é simplesmente fazer a pessoa dormir. Além dessa perda da consciência, que na medicina chamamos de hipnose, a anestesia geral pode incluir a amnésia, que é a perda temporária da memória que é exatamente para a pessoa não se lembrar do que ocorreu; analgesia que é tirar a dor e o relaxamento dos músculos para facilitar ao máximo a cirurgia.
Entendido isso, como é o passo a passo da Anestesia Geral? O que acontece com voce durante a anestesia? Eu vou dividir em algumas partes para ficar mais fácil.
- Checagem: Antes de iniciar o procedimento, é preciso que esteja tudo pronto para que o procedimento seja o mais seguro possível. Então, antes de começar a anestesia, você vai ser monitorizado com pressão arterial, oxímetro de pulso, eletrocardiograma, e isso vai ser mantido até o final, inclusive na sala de recuperação pós-anestésica. Depois de tudo pronto, os dados confirmados, equipamentos checados e paciente monitorizado, estamos prontos para começar.
- A segunda fase é chamada de Indução da anestesia. Aqui introduzimos as medicações que falei pela veia ou por meio de gases inalatórios. Ambos se distribuem pelo corpo todo através da corrente sanguínea produzindo o efeito que a gente deseja: tirar a dor e a consciência, promover a amnésia e o relaxamento muscular que falei. Uma vez dormindo, o anestesista então realiza a intubação traqueal, que nada mais é que colocar um tubo especial no interior da traqueia. E por que isso é feito? Basicamente por duas funções mais importantes: Controlar a respiração (Esse tubo fica conectado a um aparelho de anestesia que contém um ventilador mecânico que o anestesista controla. Assim controlamos a respiração e oxigenação do paciente e isso nos dá uma segurança muito maior) Além desse controle da respiração o tubo na traqueia também protege o pulmão de uma aspiração. A partir desse momento é que a cirurgia propriamente dita pode começar
- Terceira fase: manutenção. O paciente pode ser mantido nesse plano de anestesia pelo tempo que for necessário através de infusões contínuas de anestésicos pela veia, ou então inalatórios pelo tubo orotraqueal e isso vai sendo tateado conforme a necessidade ao longo do procedimento.
- Quarta e última fase: Reversão ou Despertar do paciente. Tanto as medicações na veia quanto os inalatórios vão sendo reduzidas ou desligadas, e as vezes, usamos outros medicamentos que revertem os efeitos das medicações anestésicas. O tempo que leva até o paciente acordar é individual, depende do metabolismo da pessoa, do tempo de cirurgia, do procedimento que foi feito, da quantidade e tipo de anestésico utilizado, mas de uma maneira geral, uma vez desligada as medicações, em poucos minutos o paciente acorda.
Aquele tubo na traqueia é retirado assim que o paciente esteja respirando sozinho e com segurança.
Com a anestesia revertida o paciente acorda! Estando sem tubo, respirando sozinho e com segurança, o paciente será levado para a sala de recuperação pós-anestésica, onde ele vai permanecer monitorizado, e observado até recuperar a lucidez e ter condições de alta para ir para o quarto.
Fonte: Brasil 61
Como se orientar pelos números que denominam as estradas federais?
Toda estrada federal começa com a sigla BR seguida de três números determinados pelo Plano Nacional de Viação, de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O primeiro número indica a categoria da rodovia, enquanto os dois últimos definem a posição a partir da orientação geral da rodovia, referente a Brasília e aos limites Norte, Sul, Leste e Oeste do Brasil.
As vias radiais, por exemplo, são indicadas pelo número zero. São aquelas com origem em um único ponto, que é Brasília, em direção aos extremos do Brasil. Os dois números que sucedem o zero seguem a lógica de múltiplos de 5, em sentido horário. Como exemplo, temos a BR-010, que inicia o sentido horário em direção a Belém, capital que está ao Norte de Brasília, em linha reta.
As longitudinais são iniciadas pelo número um e cortam o Brasil na direção Norte-Sul. Os dois últimos algarismos são definidos da seguinte maneira: do ponto mais ao Leste de Brasília, a numeração vai de 00 a 50. A partir da Capital Federal, indo para Oeste, a numeração vai de 51 a 99. Nesse caso, temos a BR-116, que liga Fortaleza, no Ceará, a Jaguarão, no Rio Grande do Sul, passando por dez estados e algumas capitais.
Já as vias transversais começam com o número dois e cortam o Brasil na direção Leste-Oeste. Do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à Capital Federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99. A BR-230, por exemplo, conhecida como Rodovia Transamazônica, inicia-se em Cabedelo, na Paraíba, terminando em Benjamin Constant, cidade que faz fronteira com o Peru no Amazonas.
As diagonais são aquelas que cruzam o país nas direções Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste, e são iniciadas pelo número três. Números pares com início 00, no ponto mais ao Nordeste do Brasil, vão até 50 em Brasília. Da Capital Federal até o extremo Sudeste, a numeração vai de 52 a 98.
Na outra variação de rodovias diagonais, a lógica é a mesma, mas com números ímpares: de 01 a 51, a partir do ponto mais ao Noroeste do Brasil, até Brasília; e de 53 a 99, rumo ao extremo Sudoeste. Como exemplo, temos a BR-364, que se inicia na cidade de Limeira, no interior de São Paulo, e segue até Mâncio Lima, município do Acre na fronteira com o Peru.
As vias de ligação são aquelas que conectam duas rodovias ou uma rodovia federal a um ponto importante, e começam com o número quatro. Os dois restantes seguem a mesma regra das rodovias transversais: do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à Capital Federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99.
Aqui, temos a BR-401, que liga a capital de Roraima, Boa Vista, e a fronteira com a Guiana.
Fonte: Brasil 61
Procedimentos de biosseguridade e prevenção são as melhores soluções para evitar Salmonella na avicultura
A FACTA abriu nesta terça-feira (18) o Simpósio sobre Salmonella. O evento, que pode ser acompanhando de forma presencial e também on-line até esta quarta-feira, com tradução simultânea para o espanhol, tem como objetivo avaliar os fatores ambientais relacionados com a persistência de salmonelas nas granjas de frangos, os fatores que geram riscos e maior chance de falhas nos procedimentos de biosseguridade, privilegiando o importante papel da prevenção das salmoneloses.
Eva Hunka, membra do corpo técnico da FACTA, destacou na abertura a importância dos debates sobre Salmonella. “Este é um tema sempre atual. Há décadas falamos sobre ela e é sempre importante se manter atento a este patógeno”, afirmou.
A médica-veterinária e consultora, Nelva Grando, deu início aos trabalhos técnicos com o tema “Salmonela, porque o controle integrado é importante para o Food Safety”. Em uma comparação entre as políticas que temos no Brasil e Estados Unidos, ela destacou a importância da transparência sobre as informações sobre Salmonella. “A população norte-americana sabe e tem consciência. No site do USDA há grande transparência ao tratar do tema”, disse. “Antigamente tínhamos medo de falar sobre o patógeno. Ainda é um tabu no processo de criação, mas com o aumento das informações, clareza e transparência é mais fácil trabalhar para o seu controle”, destacou. “É preciso entender o porquê da contaminação e controlá-la, com cuidado e com a devida importância ao tema. “A grande dificuldade é estabelecer o grau de risco e eleger o de maior impacto na cadeia produtiva de frangos”, afirmou.
“A Salmonella é um indicador de higiene e qualidade reconhecido pela Organização Mundial de Saúde. O abatedouro não elimina a Salmonella presente na ave ou seja, reduzindo na cadeia, teremos assegurado o produto final. A indústria de alimentos é responsável por produzir alimentos seguros”, explicou Nelva Grando.
Logo após, foi a vez da zootecnista, Susana Cazerta, abordar o tema “Boas Práticas de Fabricação com destaque para Biosseguridade”. Ela abordou a segurança alimentar, perigos, as Boas Práticas de Fabricação e as Boas Práticas como ferramenta para o controle de Salmonella em fábricas de ração”. “O que define nossa linha de trabalho é a prevenção e é um pré-requisito para determinar as ações de BPF e alinhá-las com os diferentes setores das fábricas”, afirmou.
Segundo ela, o objetivo é criar barreiras sanitárias. “É preciso desenvolver um treinamento efetivo e constante. É importante que as pessoas se sintam responsáveis pela produção de alimentos seguros, entendendo de que forma elas podem afetar a segurança dos alimentos. Isto é o compromisso com o cliente, que é parte importante do processo de produção de alimentos e a liderança deve dar o exemplo”, disse.
Na sequência, a professora da Universidade Federal do Paraná, Jovanir Fernandes, destacou em sua apresentação “Salmonela e sua implicação na saúde intestinal das aves” que o intestino não é mais reconhecido apenas pela sua importante função associada aos processos de digestão e absorção, mas também pelo importante papel imunológico na defesa contra as agressões do meio externo. “A mucosa intestinal contém mais de 70% das células responsáveis pela resposta e defesa imune sistêmica. As superfícies mucosas do corpo – que compõem o sistema imune de mucosas, como as do trato respiratório e gastrointestinal, desempenham uma tarefa complexa – devem permanecer tolerante contra inócuos, fatores ambientais, nutricionais, e antígenos microbianos para garantir a função do órgão, mas também devem montar respostas imunes eficazes contra patógenos invasores”, disse.
De acordo com ela, no intestino, esse duplo papel é coordenado por uma microbiota diversificada e competitiva, um sistema estruturado e efetivo, com camada de muco enriquecida com proteínas, uma camada reativa de rápida renovação epitélio e um sistema imunológico adaptativo fortemente regulado. “Assim, a saúde intestinal contempla um conceito holístico, incluindo dieta, mucosa, microbioma e sistema imunológico”, afirmou.
Para fechar o primeiro dia, a Gerente de Treinamento e Zootecnista, Ana Paula de Lima Vilela, trouxe o debate sobre o tema “Trabalhando equipes multidisciplinares para o controle e prevenção de salmoneloses”.
Segundo ela, as empresas precisam treinar os colaboradores de forma adequada e constante. “É preciso entender como as empresas estão cuidando das pessoas. É preciso facilitar os processos e a comunicação, afinal, ela é uma chave que vai abrir para os processos”, apontou. “Faço aqui um alerta. Uma comunicação equivocada pode também ‘fechar’ o acesso a eles, que devem ser constantes e transparentes. Os gestores precisam sempre ter o hábito de olhar para as pessoas e estimulá-las a dar o seu melhor, todos os dias”, afirmou. “É importante valorizar e conhecer cada membro da equipe, onde querem ir como profissionais e até mesmo em sua vida pessoal. Assim aumentamos a chance de ter uma equipe motivada e feliz. É sobre muito mais que só trabalhar”, disse.
Sesc de União da Vitória realiza cerimônia de encerramento da Campanha do Agasalho e lançamento da Campanha do Brinquedo
A 13ª Edição da Campanha do Agasalho realizada pelo Sesc-PR durante esse ano contou com o apoio de diversos parceiros e empresas. Na manhã de terça (18), na unidade Sesc de União da Vitória, foi realizada cerimônia de encerramento da campanha, com objetivo de prestar contas e homenagear os parceiros locais. Nesse ano de 2022, a campanha contabilizou em todo estado: 1.122.241 peças arrecadadas, 203.318 pessoas beneficiadas e 579 instituições atendidas. Em União da Vitória foram 23.101 peças arrecadadas, 3.205 pessoas beneficiadas e 11 instituições atendidas.
*Os Parceiros e Apoiadores em União da Vitória são:*
2º Registro de Imóveis de União da Vitória
5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado
CEJUSC – Vara da Família, Infância e Juventude
Clínica Odontológica Leonel Mierzva Junior
Comercial Bandeirantes
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Tribunal Regional Eleitoral de União da Vitória
Unifique Telecomunicações S.A
WLE Tecnologia e Automação
Na mesma ocasião, foi realizado o lançamento da 14ª edição da Campanha do Brinquedo que vai até o dia 23 de dezembro. Com o tema “A Felicidade de uma criança não tem preço, tem solidariedade”, a população poderá doar brinquedos novos ou usados em bom estado de conservação, em postos de coleta disponíveis em todas as unidades do Sesc-Senac PR e estabelecimentos parceiros.
Os itens doados serão destinados a instituições que atendem crianças em vulnerabilidade social. O intuito da iniciativa é levar alegria aos pequenos, além de um Natal mais feliz e solidário.
Novos títulos de eleitor poderão ser emitidos após o dia 8 de novembro
O fim do segundo turno no dia 30 de outubro não significa que não se deve mais pensar em eleições temporariamente. A partir do dia 8 de novembro, os cidadãos poderão tirar, transferir ou revisar o título de eleitor. O serviço está fora do ar desde 5 de maio, 150 dias antes das eleições. Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, explica a importância de estar com toda a documentação em dia.
“Algumas restrições da vida civil acontecem quando o eleitor não está quite com a Justiça Eleitoral. Por exemplo, tirar passaporte ou fazer empréstimos bancários em bancos, em órgãos oficiais, órgãos públicos, fazer matrícula em universidades públicas e o funcionário público por exemplo tem que mostrar que está em dia com a justiça eleitoral para receber o próprio salário”, completa.
O que é preciso para ter o título de eleitor
Para a emissão da primeira via, é necessário:
- Digitalizar: documento oficial de identidade com foto; um comprovante de residência recente; o comprovante de pagamento de débito com a Justiça Eleitoral, se houver; o comprovante de quitação do serviço militar, para o alistamento, em caso de requerente do sexo masculino (homens de 18 a 45 anos);
- Tirar uma selfie segurando o documento de identificação ao lado do rosto.
Em seguida, acesse o site do Tribunal Superior Eleitoral, clique em “Eleitor e Eleições” e selecione a opção “Título de eleitor”. Depois, clique em “Tira seu título” e por fim, escolha a opção “Iniciar seu atendimento remoto”. Após esse procedimento, siga as instruções e preencha os dados pedidos.
Também pela plataforma do Título Net, é possível corrigir ou alterar dados cadastrais, como endereço residencial, número de telefone e até mesmo mudar o local de votação, dentro ou fora do país.
Fonte: Brasil 61
Setor de saneamento pode ajudar Brasil a criar R$ 1,5 milhão de empregos até 2033
Estudo divulgado pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) revela que o Brasil pode gerar 1,5 milhão de postos de trabalho, caso invista R$ 893,3 bilhões no setor de saneamento, até 2033. O valor é o necessário para que a universalização do setor seja atingida.
Somente a construção civil terá 5,1% a mais de postos de trabalho até 2033. Na avaliação do diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, o saneamento tem a capacidade de fazer o Brasil evoluir economicamente, com a expansão de vários setores distintos.
“Isso vai gerar um impacto positivo na saúde das pessoas, vai gerar um impacto positivo no meio ambiente, pela redução de contaminação nos corpos hídricos, e vai girar a roda da economia. O investimento em saneamento tem impacto positivo sobre o setor da construção, máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos. É um setor muito importante no impulsionamento da economia local”, destaca.
Plataforma 100% automatizada oferece crédito para agricultores familiares
Chuva e mercado externo reduzem a oferta e fazem disparar o preço de hortifrutis
Setor de serviços cresce pelo quarto mês seguido e opera acima do nível pré-pandemia
Em relação ao setor de saneamento, a expansão deve atingir 39,1%. Ao final do período, o nível total de emprego no país será 0,9% maior, caso a universalização seja alcançada.
Investimento necessário
O estudo da Abcon mostra que o Brasil precisa investir R$ 893,3 bilhões para que o país tenha 99% da população com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto, até 2033.
A projeção é de que ao menos R$ 308,1 bilhões precisem ser investidos nos próximos quatro anos, para que a meta não seja comprometida. Com isso, estima-se que, em 2026, 91% da população brasileira tenha acesso à água tratada e 71% conte com esgotamento sanitário.
Fonte: Brasil 61
Setores de biotecnologia e saúde do Paraná ganham plano de inovação
Nesta semana, o Campus da Indústria, em Curitiba, sedia o 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas com foco em Terapias e Diagnósticos Avançados voltados ao setor da saúde. Durante a abertura do evento, nesta terça-feira (18), foi apresentado o Plano de Inovação para o setor. O evento acontece até quinta-feira (20), uma promoção do Sebrae/PR e Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com parceria do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) , do Instituto de Pesquisa Pequeno Príncipe e Faculdades Pequeno Príncipe, do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), e apoio da Fundação Araucária e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
O consultor internacional, especialista na metodologia Foresight, Emilio Beltrami, apresentou os resultados do Plano de Inovação para os setores de Biotecnologia e Saúde, que contou com a participação de 177 atores colaborativos.
“Neste documento, nós apontamos uma matriz de possibilidade de investimentos: em que áreas investir mais recursos e/ou ofertar mais conhecimentos. Também trazemos uma visão de futuro dentro deste conglomerado de empresas que tem como objetivo final alcançar mais espaço no mercado. E também uma proposta de implementação deste plano de inovação”, resumiu o especialista.
Conforme Emílio, a elaboração do documento levou oito meses de trabalho e a previsão é de que esteja consolidado até dezembro deste ano e implantado a partir de janeiro de 2023.
Panorama
Até quinta-feira (20), os participantes que acompanham o evento, tanto presencialmente quanto de forma on-line, terão acesso a estudos e pesquisas nas áreas de saúde e biotecnologia, e poderão trocar experiências com palestrantes de renome nacional e internacional.
Representando o Sebrae/PR na abertura do evento, a consultora Walderes Bello destacou a importância dos investimentos em ciência, pesquisa e inovação na área da saúde, que ganharam em relevância, após os eventos relacionados à pandemia da Covid-19.
Segundo Walderes, um levantamento realizado pelo Sebrae/PR, neste ano, mostrou que o setor de saúde e biotecnologia está entre os setores estratégicos, que possuem a inovação como mola propulsora.
“Vamos trabalhar apoiando os donos de micro e pequenas empresas, desde startups, para que possam trabalhar e desenvolver produtos e tecnologias em benefício da saúde da população”, completou.
O presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, ressaltou a importância dos investimentos em tecnologia para tornar as indústrias paranaenses mais inovadoras e competitivas.
“Precisamos agregar mais valor ao produto da indústria paranaense. Mais tecnologia. A Fiep tem alguns instrumentos que podem auxiliar, e muito, neste processo. Porque nossa missão é prestar serviços às indústrias do Paraná, que são o real motivo da existência desta casa”.
De acordo com o presidente da Fiep, atualmente, o Paraná é o quarto produtor industrial do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Por sua vez, o presidente do Tecpar, Jorge Augusto Callado Afonso, enfatizou a participação do Tecpar no documento Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense de Biotecnologia, com o horizonte de 2031, contando com planejamento industrial de longo prazo para o segmento e ações convergentes para o desenvolvimento da cadeia produtiva.
“Fizemos uma coordenação participativa, para que todos os integrantes pudessem gerar ideias e projetos que venham ao encontro das necessidades da sociedade. Este é um evento de alta performance, que conta com palestrantes de vários lugares do planeta”, disse Afonso.
Foto: Sebrae
Ministérios públicos divulgam nota conjunta sobre casos de tentativas de coação eleitoral
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de União da Vitória e Porto União divulgaram aos associados a Recomendação Nº 007529.2022 do Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região – realizada em conjunto com, o Ministério Público do Estado do Paraná e o Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná para que estas orientem empresas e empregadores a adotar providências no sentido de coibir o assédio eleitoral, preservando a liberdade de opinião política dos trabalhadores. As recomendações dos órgãos têm como base a legislação trabalhista e diversos dispositivos da Constituição Federal, entre os quais o pluralismo político, fundamento da República Federativa do Brasil. O documento se baseia, ainda, em convenções internacionais das quais o Brasil é parte e no Código Eleitoral, que tipifica como crime o embaraço ao exercício do voto e prevê punição à interferência do poder econômico contra a liberdade de escolha do eleitor.
No documento, entre outras recomendações, aponta a proibição da realização de promessa de concessão de benefício ou vantagem, por parte das empresas, em troca do voto de seus empregados ou de pessoas que buscam emprego na organização. Da mesma forma, as empresas devem abster-se de constranger ou orientar seus empregados a votar em determinado candidato. As associações comerciais e industriais e as federações e sindicatos patronais com sede no Paraná devem encaminhar as orientações elencadas nas recomendações às empresas filiadas em um prazo máximo de 48 horas. Em caso de descumprimento das recomendações, o MPT-PR adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis, sem prejuízo da apuração da responsabilidade criminal pelos órgãos competentes.
Os órgãos recomenda que oriente as empresas e empregadores que adotem as seguintes providências: abster-se de conceder ou de realizar qualquer promessa de concessão de benefício ou vantagem a pessoas que buscam trabalho ou possuem relação de trabalho com sua organização (empregados, terceirizados, estagiários, aprendizes, entre outros) em troca do voto de tais pessoas, indicando o candidato que deve receber o voto; abster-se de ameaçar, constranger ou orientar pessoas que possuem relação de trabalho com sua organização (empregados, terceirizados, estagiários, aprendizes, entre outros) ou mesmo aquelas que buscam trabalho a votar em determinado candidato nas eleições; abster-se de adotar ou permitir que seus prepostos adotem quaisquer condutas que, por meio de assédio moral, discriminação, violação da intimidade ou abuso de poder diretivo, intentem coagir, intimidar, admoestar, influenciar o voto de quaisquer de seus empregados; abster-se, imediatamente, por si ou por seus prepostos, a obrigar, exigir, impor, induzir ou pressionar trabalhadores a realizar qualquer atividade ou manifestação política em favor ou desfavor a qualquer candidato ou partido político; abster-se, imediatamente, por si ou por seus sócios e/ou prepostos, de obrigar, exigir, impor, induzir ou pressionar trabalhadores para a realização de qualquer atividade ou manifestação política em favor ou desfavor a qualquer candidato ou partido político; abster-se, imediatamente, de veicular propaganda político-partidária em comunicados dirigidos aos seus empregados no âmbito da relação de emprego, bem como em sítios da internet ou redes sociais vinculados ou mantidos pela empresa na condição de empregadora, excetuados os perfis particulares de pessoas naturais.
“O MPT adverte-se, desde já, que o não cumprimento da presente Recomendação poderá ensejar a adoção das medidas administrativas e judiciais cabíveis pelo Ministério Público do Trabalho, com vistas à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sem prejuízo da apuração da responsabilidade criminal pelos órgãos competentes”, diz o documento.
Empresa de Prudentópolis faz acordo
O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) celebrou, na semana passada, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a empresa Cerâmica Santa Inez, com sede no município de Prudentópolis/PR, para coibir o assédio eleitoral a seus empregados. O acordo foi firmado após o MPT-PR receber denúncia acerca de caso de assédio por parte da empresa.
Com a celebração do TAC, a direção da Cerâmica Santa Inez se comprometeu a não adotar qualquer conduta visando a coagir, intimidar ou influenciar o voto de seus trabalhadores. Da mesma forma, a empresa assumiu o compromisso de não pressionar seus empregados para a realização de qualquer atividade ou manifestação política, de não veicular propaganda político-partidária em comunicados dirigidos aos trabalhadores.
Além disso, a empresa comprometeu-se a publicar nota de retratação pelos atos de coação eleitoral e de ameaça de dispensa discriminatória por orientação política.
Em caso de descumprimento, será aplicada multa de 30 mil reais por cláusula descumprida, acrescida de mil reais por trabalhador prejudicado, a cada oportunidade em que se constatar o descumprimento. Ficou estabelecido, ainda, que a empresa pagará uma indenização a título de dano moral coletivo no valor de 10 mil reais, que serão destinados a entidades beneficentes ou instituições públicas para a execução de projetos sociais.
Santa Catarina
Nota pública conjunta do MPT-SC, MPSC e MPF assegura rigor na apuração de assédio eleitoral no trabalho
O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC), o Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC) e o Ministério Público Federal (MPF-SC) assinaram também uma nota pública conjunta com o objetivo de informar à sociedade e coibir episódios de assédio eleitoral nas relações de trabalho.
O documento manifesta que o exercício do poder de direção do empregador é limitado, entre outros elementos, pelos direitos fundamentais dos empregados, o que torna ilícita qualquer prática que busque excluir ou restringir a liberdade de voto dos trabalhadores.
Alerta também que ameaças a trabalhadores para que votem ou deixem de votar em qualquer candidato(a), bem como para que participem de atividades político-partidárias, podem configurar assédio eleitoral e abuso do poder econômico, além de crimes eleitorais, sujeitando os responsáveis a responderem nas esferas trabalhista e criminal.
Além disso, a nota ressalta que não devem ser criados quaisquer impedimentos ou embaraços para que os empregados compareçam à votação nos dias e horários previstos, sob pena da configuração de crime eleitoral.
O documento foi assinado pelo Procurador-Chefe em exercício do MPT-SC, Piero Menegazzi, pelo Procurador-Geral de Justiça do MPSC, Fernando da Silva Comin, e pelo Procurador Regional Eleitoral do MPF-SC, André Stefani Bertuol.
Até às 17 horas do dia 11, o MPT-SC recebeu 31 denúncias relacionadas ao assédio eleitoral. Em todo o Brasil são 197 notícias de fato recebidas para apuração.
Rio Grande do Sul segue a as mesmas orientações
O Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Sul (composto pelo MP/RS e pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral do RS) e o Ministério Público do Trabalho no estado emitiram, nota conjunta que aponta a ilegalidade na atuação de empresas que tentam restringir a liberdade de voto dos trabalhadores.
No documento, as instituições deixam claro que ameaças a empregados(as) para votar ou não em determinado(a) candidato(a), bem como para participar de manifestações político-partidárias, podem configurar assédio eleitoral e abuso do poder econômico pelo empregador, gerando a responsabilização dos envolvidos nas esferas trabalhista e eleitoral. “O voto direto e secreto é um direito fundamental de todos os cidadãos, assim como a liberdade de convicção política. Portanto, cabe a cada eleitor(a) tomar suas próprias decisões baseado em suas convicções e preferências, sem ameaças ou pressões de terceiros”, registra a manifestação.
O MP Eleitoral e o MPT ainda informam que todas as denúncias de assédio eleitoral “serão apuradas e encaminhadas às autoridades competentes para a investigação das ilicitudes e dos crimes correlatos”.
Assinam a nota o procurador regional Eleitoral no RS, José Osmar Pumes, o promotor de Justiça e coordenador do Gabinete de Assessoramento Eleitoral do MPRS, João Pedro de Freitas Xavier, e o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no estado, Rafael Foresti Pego.
Canais de denúncia
O Ministério Público do Trabalho no Paraná disponibiliza em seu site um canal para denúncias sobre irregularidades trabalhistas, incluindo casos de assédio eleitoral. Para fazer denúncias, os trabalhadores podem, ainda, utilizar o aplicativo “MPT Pardal”, disponível nas principais lojas de aplicativo.
Canal de denúncia no site do MPT-PR: https://peticionamento.prt9.mpt.mp.br/denuncia
Aplicativo MPT Pardal na Play Store: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.mp.mpt.pardal.denuncias
Aplicativo MPT Pardal na Apple Store: https://apps.apple.com/br/app/mpt-pardal/id1110132740
ABONO SALARIAL: CAIXA libera lote complementar de pagamento para cerca de 1,1 milhão de trabalhadores
A CAIXA disponibilizou, nesta segunda-feira, 17 de outubro, o lote complementar de pagamentos do Abono Salarial para cerca de um milhão e cem mil trabalhadores. O pagamento abrange benefícios que foram objeto de revisão de valor, que têm origem judicial ou que não foram retirados durante os calendários já encerrados, exercícios de 2016 a 2020.
O Abono Salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo a ser pago aos beneficiários, conforme calendário estabelecido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
O pagamento será feito diretamente na conta do cliente CAIXA ou em conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente em seu nome, que pode ser movimentada pelo aplicativo CAIXA Tem. A vice-presidente de Governo da CAIXA, Tatiana Thomé, explica quem tem direito ao abono salarial:
“Primeiro, quem teve direito ao abono salarial no período entre 2016 e 2020 – trabalhou em empresas privadas durante esse período. São pessoas que ou não movimentaram seus valores creditados em calendários anteriores ou entraram com algum recurso, tanto administrativo como judicial, contestando valores. Então, no dia 17, foi disponibilizado recurso justamente para quem não recebeu nos calendários anteriores. Os valores médios são de R$ 450, mas podem variar entre R$ 101 e um salário mínimo, e o total liberado é de R$ 440 milhões.”
A CAIXA informa que as parcelas não creditadas em conta ficarão disponíveis para recebimento até o dia 29 de dezembro. Os trabalhadores podem acompanhar o pagamento do benefício pelos aplicativos CAIXA Tem e CAIXA Trabalhador, pelos telefones 111 ou 0800 726 0207.
Fonte: Brasil 61