Interligações de redes de água podem afetar o abastecimento em alguns bairros

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A Sanepar informa que na quinta-feira (23), fará serviços de interligação de setores de abastecimento em União da Vitória, entre as 8 horas e o meio-dia. Pode haver baixa pressão nas redes ou falta de água nos bairros Panorama, Bom Jesus, Ouro Verde, Portal do Vale e Nossa Senhora das Graças. A normalização do abastecimento deve ocorrer a partir das 14 horas, de forma gradativa.

UM BASTA

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A forma como a Sanepar trata as demandas da população de União da Vitória e Porto União é completamente desrespeitosa. Faz mais de 10 anos que digo que a empresa, que recém renovou a concessão para prestação de serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto nas duas cidades, não se preocupa com problemas crônicos que prejudicam a população, seja nos locais mais altos, aonde falta água constantemente até mesmo para quem tem caixa d´água, até para quem vive próximo da estação de tratamento de esgoto que exala um odor horrível e que para mim caracteriza um crime ambiental, considerando que está dentro da área urbana num dos bairros mais populosos de União da Vitória. Tem gente que diz que esta estação nem funciona (ou nunca funcionou direito), tanto que há algum tempo a mesma passa por reformas.
E o que me deixou feliz foi ver um vídeo do prefeito Bachir de União da Vitória em uma rede social dizendo um basta para tudo isso. Espero que desta vez haja realmente uma mudança nesta situação que penaliza muitas famílias. Já enfrentei este problema e digo que pagar por um serviço sem que o mesmo seja prestado corretamente, é difícil.
Que seja feita uma nova licitação…

OI, OLHEM ISSO!!!
– Carnaval de rua ficou enfraquecido por causa da pandemia em muitas cidades aonde o mesmo era uma tradição. Considerando isso é importante que União da Vitória e Porto União se empenhem em trazer esta tradição novamente nas nossas ruas. Que isso se torne um projeto de governo…

PRESIDENTE DA CÂMARA DE PORTO UNIÃO BUSCA RECURSOS EM FLORIANÓPOLIS

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O Presidente do Legislativo Neilor Grabovski (MDB) e o ex-vereador Sandro Batata, estiveram reunidos com a secretária de saúde do Estado, Carmen Zanotto, para falar sobre o programa do Estado de mutirão da saúde e como Porto União será contemplado. A Secretária deve fazer uma visita ao Município em breve e discutir o assunto.O Programa Estadual de Cirurgias Eletivas tem a meta de zerar, em até seis meses, a lista de espera por procedimentos cirúrgicos na rede pública de saúde do Estado. Sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde, o Grupo de Trabalho, com a participação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde; rede hospitalar credenciada de prestadores de serviços, vinculada ao SUS (Ahesc, Fehosc e Fehoesc), além do colegiado de Consórcios Públicos de Santa Catarina, identificou os principais gargalos na lista de espera do sistema de regulação, levantou a capacidade contratualizada nos hospitais sob gestão estadual e a média de procedimentos dos últimos meses e identificou as fontes de recursos.Estão incluídas no Programa também as pessoas que aguardam por consultas cirúrgicas, exames e diagnósticos, assegurando atendimento prioritário aos pacientes oncológicos.

Proposta apresentada exclui 70% dos alunos do ensino superior privado em SC

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A Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de SC (AMPESC) tem alertado para que o programa Faculdade Gratuita proposto pelo governo do Estado não exclua 70% dos alunos do ensino superior particular em SC. Comitiva de dirigentes da entidade esteve nesta semana reunida com o secretário de Educação, Aristides Cimadon; com o secretário da Casa Civil, Estêner Soratto; com o presidente da Assembleia Legislativa (ALESC), Mauro de Nadal e deputado Julio Garcia, além de percorrer gabinetes dos parlamentares com intuito de apresentar dados, obter informações sobre a proposta do governo e alertar para as dificuldades que o sistema particular de ensino enfrentará de acordo com o modelo de programa defendido hoje.

Dia 4, 5 e 6 de abril Chapecó sediará simpósio Brasil Sul de avicultura

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A Comissão Científica do 23º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) definiu os assuntos que nortearão as palestras do evento, que ocorrerá nos dias 4, 5 e 6 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). Serão quatro blocos que debaterão mercado, abatedouro, sanidade, nutrição e manejo. Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o Simpósio será realizado em formato presencial. Concomitantemente, acontecerá a 14ª Brasil Sul Poultry Fair, além da Granja do Futuro.
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OPINIÃO
Leia na Coluna Primeiro Plano

Governador Jorginho Mello defende Celesc pública

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Uma empresa pública mais eficiente e que entregue energia de qualidade para todas as regiões, valorizando quem produz e atraindo novas empresas. Esses foram os compromissos assumidos pelo governador Jorginho Mello e o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, durante ato de apresentação da nova diretoria, que ocorreu nesta quinta-feira, 16, na sede da Companhia, no Itacorubi.
1Queremos uma Celesc pública e cada vez mais eficiente, que entregue resultados e que atenda bem o cidadão e quem produz. Queremos trazer mais empresas para Santa Catarina, mas para isso os empreendedores precisam de energia com ainda mais qualidade. Uma empresa no campo muitas vezes fatura mais que uma empresa na cidade. Então, precisamos dar mais atenção ao interior e investir mais em redes de energia trifásica para que nosso estado continue crescendo e gerando emprego”, destacou o governador, que aproveitou o evento para fazer um balanço das primeiras ações de governo.

Turismo brasileiro cresce 28% em 2022

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O ano de 2022 foi de recuperação para o turismo brasileiro, que cresceu 28% entre janeiro e dezembro. O faturamento do segmento chegou aos R$ 208 bilhões no período – R$ 45,4 bilhões a mais quando comparado a 2021. Só no mês de dezembro, início das férias escolares e período de alta temporada, o crescimento foi de 14,4%. Os dados são do levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

AVICULTURA

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Lembrei que semana passada um colega nosso comentou sobre uma matéria de capa do Diário O Iguassú, que falava sobre a avicultura e os problemas causados pela nova gripe aviária.
Ao mesmo tempo que a notícia se perdeu porque não temos um setor de avicultura forte na nossa região, penso que algumas matérias podem trazer à tona algumas questões que ficam esquecidas nas promessas e gavetas de gabinetes políticos.
O leite já foi uma fonte de renda importante da nossa região e se perdeu sem apoio e compromisso por parte dos políticos.
E a avicultura que também poderia ser um setor para aumentar a renda de toda a região, nunca conseguiu ‘decolar’. Sei que isso não acontece da noite para o dia, mas o que falta para projetos de longo prazo se tornem prática na nossa região?

E O JORNAL BOX?
O Jornal O Iguassú sempre foi uma referência, se reinventando quando tudo parecia fadado ao fim. Já fizemos isso diversas vezes, já mudamos layouts, criamos produtos diferentes, nos aventuramos na internet quando ela engatinhava (lançamos o portal www.oiguassu.com.br em 2006), inserimos opinião nas nossas matérias quando jornalismo de opinião era algo inexistente, personalizamos nosso conteúdo e agora, mesmo todo mundo falando que o jornal impresso irá acabar, criamos um formato novo de apresentar o conteúdo.
Manteremos a opinião no conteúdo que você recebe, mas com um layout novo, nova estrutura de apresentação, com textos mais curtos e diretos, aonde a opinião que apresentamos se relaciona com as matérias. Esse é o JORNAL BOX, para o qual vocês foram apresentados hoje na página 3 deste diário.
Isso tudo para se reinventar, para continuar levando para nossos assinantes/apoiadores e anunciantes, um veículo de comunicação que apresente resultados.
O jornal Diário O Iguassú em breve terá mais uma novidade, mas o JORNAL BOX marca o início de mais uma época.

OI, OLHEM ISO!!!
– O mês de março deve ficar na história de União da Vitória. Tem muita coisa boa vindo por aí. É festival de Verão, novos empreendimentos, novidades na política. Vamos que vamos União!!!

EDUCAÇÃO Deputado Hussein Bakri comemora novo pacote de ações e investimentos para a rede estadual de ensino em 2023

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Líder do Governo e Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, o deputado Hussein Bakri (PSD) comemorou o novo pacote de ações e investimentos para o ano letivo de 2023 na rede estadual. Durante seminário dos 2,1 mil diretores de escolas, em Foz do Iguaçu nesta quinta-feira (16), foram anunciados mais recursos para o programa Escola Bonita; ampliação do ensino em tempo integral; compra de novos tablets; novas fases do programa Ganhando o Mundo; e pagamento de bônus para diretores.
“Atingimos o 1º lugar nacional do Ideb graças ao trabalho e esforço coletivo do Governo do Estado, dos deputados e, sobretudo, da comunidade escolar (diretores, professores, pedagogos, funcionários, pais e alunos). E a meta é manter esse patamar e melhorar ainda mais o ensino ofertado na rede estadual, com esses anúncios de hoje e muitos mais que ainda virão”, ressaltou Bakri.
No evento, o governador Ratinho Junior e o secretário de Educação, Roni Miranda, liberaram R$ 100 milhões para o programa Escola Bonita, voltado à revitalização dos colégios por meio de reformas ou aquisição de equipamentos e mobiliários. Também anunciaram o funcionamento da educação em tempo integral em 253 instituições – 86 a mais que no ano passado –, além da ampliação do programa de intercâmbio Ganhando o Mundo, com a abertura de três novas fases para alunos e professores. Em 2023, ainda serão destinados R$ 20 milhões para o pagamento de bônus a diretores e diretores-auxiliares de todas as escolas da rede que mantêm uma boa média na frequência dos estudantes. Por fim, os colégios receberão 50 mil novos tablets para a realização de diversas atividades educativas, em especial por meio do uso de plataformas digitais oferecidas pela Seed.

 

“O Paraná foi reconhecido como a melhor educação pública do país. Isso é fruto de um grande trabalho que envolve não apenas o Governo, mas toda a comunidade escolar, e é também fruto de muito investimento e inovações. Junto à ampliação dos colégios cívico-militares e do ensino em tempo integral, às três merendas por período e à melhoria da tecnologia em sala de aula, temos demonstrado o compromisso do Governo do Estado com a educação pública, valorizando o corpo técnico e todos os alunos”, afirmou o Governador.

Programação de Carnaval nas Gêmeas

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Bloquinhos do CARNAUNI 2023

3 dias de OPEN e 4 festas a noite pra você se divertir muito. Confira a programação:
FESTA HAPPY HOLI 18/02
A festa das cores vai acontecer em ar livre, com estrutura, som, banheiro e segurança, entre a rua do Concordia e o The Hall.

FESTA DO HAWAII 19/02
A festa temática do Hawaii vai acontecer na Sky Clube Concórdia, com estrutura, som banheiro e segurança, salva vidas.

FESTA DO ABADÁ 20/02
A festa do abadá todos do bloco devem ir de abadá e vai acontecer no clube The Hall, com estrutura, som, banheiro e segurança, salva vidas.

QUEM PODE PARTICIPAR?
Apenas pessoas do bloquinho vão poder ter acesso ao bloco.

Todos os dias serão Open-Bar?
Sim, todos os dias tem Open-Bar para o Bloquinho.

Qual a line-up das atrações pro Bloquinho?
As atrações do Bloquinho serão divulgadas alguns dias antes de iniciar o evento.

Onde vai rolar a concentração do Bloquinho?
No Clube The Hall Prime Clube.

Que horas começa o Bloquinho?
Às 17h e termina as 22:30h.

Como adquirir ingressos para o bloquinho?
No site https://carnauni.com.br/ingressos-bloquinho/, e nos pontos de venda que tem a lista disponível no instagram da festa! @soucarnauni

Carnaval Funifest!

Com uma pegada de balada automotiva carnaval da funifest, acontecerá na sexta-feira 17/02, na Wodeen Hall. O bloquinho conta com 1 abadá e oppen bar das 20:30h as 23h. As atrações da fulia serão, DJ André Zanella e DJ Nivi Zbi!

Carnarock!

Quer curtir o carnaval com muito Rock, então venha curtir as 5 noites de muito Rock e Chopp gelado. Esse ano vai ser na chácara Cabanhas no bairro São Gabriel. Um Carnarock pra reviver os bons tempos. Se liga na programação pra não ficar de fora, e informações sobre pacotes via direct ou pelo whatsapp, (o abadá acompanha somente no pacote de 2, 3,e 5 dias). 42 99839-8868

17/02 – Jeffs Band às 22:00
18/02 – Marcius 19:30
Geração 90 22:00
19/02 – Flow Drive 18:30
20/02 – acústico Hardways 22:00
21/02 – Salsa 19:00
Brejo 22:00

CARNAVAL É EM IRAÍ

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Simplesmente impressionante, lindo e empolgante. É assim o Carnaval da cidade de Iraí. Com vários blocos e escolas de samba, e sempre um público animadíssimo de vários lugares da região e turistas de todas as partes do Brasil, com certeza irão lotar as ruas que circundam a praça da matriz.

A grande diferença no Carnaval de Iraí é a alegria, a empolgação e a segurança, com uma rivalidade salutar entre diversos blocos, forças tradicionais de mais de 50 anos, que fazem o grande Carnaval de Iraí. Eu já tinha me impressionado com a qualidade deste Carnaval em anos passados, quando ainda se tocavam as marchinhas e o Carnaval era no clube – hoje é 100% na rua, com grande participação do público, que pula e brinca durante quatro noites, de maneira sadia e descontraída, e o importante: tudo de graça.

Guardadas as suas proporções, o Carnaval de Iraí não perde para Carnavais de grandes cidades, pois os organizadores mostraram como se organiza o verdadeiro Carnaval e a cada ano vem melhorando, não deixando nada a desejar para as grandes cidades, onde muita gente deverá trocar centros maiores para vir a Iraí assistir os blocos desfilar suas alegorias e no fim todo mundo entrar junto na folia até o amanhecer. Depois de dois anos interrompidos pela pandemia, o povo está sedento para cair na brincadeira.

E aí fica a pergunta: como pode uma cidade pequena organizar um grande Carnaval? É visão empreendedora! Os blocos se organizam cada vez melhor a cada ano e dão um show de criatividade, harmonia, organização, carros alegóricos, e o que fez a diferença é um carnaval verdadeiro, com variações desde o samba raiz até as novidades dos últimos anos, pois é na voz e no pé dos sambistas que milhares de pessoas se embalam no samba com os blocos.  Não menosprezando outros municípios que também organizam muito bem seus Carnavais, mas o endereço melhor é em Iraí.

Então, pode arrumar sua alegoria, fazer a mala e reservar um dos seis hotéis disponíveis, e até dia 21, vá pular e se divertir em Iraí e de rebarba tomar um banho na melhor água mineral do Brasil.

Até a próxima!

EU SOU ADOLESCENTE

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“Eu sou diferente, não sou mais nem menos, mas também não sou igual aos outros. Sou apenas especial, sou mais eu, não sou igual à maioria retrograda, mas também não sou superior, sou apenas único em busca de minha afirmação para entrar na vida dos adultos”.

Várias pessoas, pais, alunos, professores, não compreendem, quando nós, adolescentes, falamos em ser diferentes; imaginam superioridade ou algo assim, só porque somos revoltados em alguns momentos com o mundo; eles já passaram do tempo e pensam que sabem tudo, porém, eu já sei que sou um adolescente e preciso me ajustar às grandes mudanças que me aguardam”. Mas como eu gostaria que fosse do meu jeito de ser?

Seguindo este pensamento de um adolescente, entendemos que assim deveriam pensar também os adultos, porém, os adolescentes vivem uma fase completamente diferenciada da que deixaram para trás quando crianças, e também muito diferente da idade que os espera. Isso é conflitante nesta trajetória da vida.

Cada adolescente tem sua personalidade própria, tem suas próprias opiniões e ideias. Cada um tem seu estilo, seu jeito de ser, e isso é exclusivo desta faixa etária, em que a meta principal é tirar os pais do seu estado de normalidade.

Têm alguns que ainda não sabem qual é o seu estilo e, por isso, se inspiram em ídolos, artistas, atletas ou algo parecido, e seguem o mesmo ideal, mas, pensando bem, isso também é um jeito diferente de ser. Que bom se os governantes escutassem os adolescentes, e apoiassem apenas 10 por cento dos seus pensamentos, as nossas mazelas sociais teriam outro rumo.

Baseando-se nas diferenças entre o homem e a mulher, podemos dizer que os adolescentes são seres totalmente opostos em tudo, não somente nos sexos. Mas é por serem tão diferentes que se relacionam com jeitos e formas esquisitas, fugindo do mundo normal, meio que não aceitando o que é o real na frente deles; possuem ideias, atitudes e opiniões totalmente diferentes dos outros e, por isso, se atraem e se completam.

O que importa é que poucos têm um estilo, e se ainda não o têm, imitam alguém ou criam um jeito diferente de ser, e é isso que faz de cada adolescente um ser ÚNICO. A questão fundamental está em entender as oposições. Sejam meninos ou meninas, todos têm grande dificuldade em se aceitar nas diferenças. Às vezes, é preciso perder em determinados momentos para que todos ganhem no final; e se tem uma coisa que adolescente não aceita é perder, mas, ao mesmo tempo, acabam esquecendo com a maior facilidade suas derrotas.

A disputa entre pais, professores e adolescentes é uma partida onde não poderá haver apenas um ganhador: ou todos ganham ou todos perdem.

Até a próxima!

 

Secretaria da Saúde de Santa Catarina chama atenção para o diagnóstico precoce em dia de luta contra o câncer infantojuvenil

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Os sintomas do câncer infantil e juvenil têm muitas semelhanças com os de doenças comuns. Neste dia 15, Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantojuvenil, a Secretaria de Estado da Saúde aproveita para conscientizar os catarinenses quanto à importância do diagnóstico precoce. Por isso, consultas frequentes ao pediatra são fundamentais já que esses profissionais conseguem identificar os primeiros sinais da doença e encaminhar a criança para investigação e tratamento especializado.

Em Santa Catarina, existem dois serviços de oncologia de referência no tratamento de crianças e adolescentes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis, e outro no Hospital Jeser Amarante Faria, em Joinville.

No estado, os pacientes infantojuvenis que possuem suspeita da doença são encaminhados a consultas especializadas para tratamento imediato. Atualmente, cerca de 200 pacientes com idade até 15 anos estão em tratamento em Santa Catarina. O tipo de câncer mais frequente é a leucemia.

Para a chefe do Serviço de Oncologia Pediátrica do HIJG, a médica pediatra oncologista Ana Paula Winneschhofer, as pessoas não devem ter medo de falar sobre câncer, e o dia internacional alusivo à data, criado em 2002, ajudou nesse processo de conscientização. “Essa movimentação, de falar sobre câncer, é para fazer com que as pessoas pensem. A maior causa de morte na infância, depois de acidentes, é o câncer. Por isso, a necessidade de disseminar o conhecimento sobre os sintomas, que devem ser notados pelos familiares e pelos pediatras”, alerta.

Entre os sintomas, a médica destaca palidez, cansaço, recusa de se alimentar, manchas roxas pelo corpo, sangramentos, dores de cabeça, vômito ao acordar, perda de peso, febre oscilante, dor ao caminhar e quando a criança pede muito colo. “A recomendação mais importante é: leve a criança regularmente ao pediatra. Pelo menos uma vez por ano. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, temos mais possibilidades de tratamento e de cura. Se os pediatras tiverem dificuldade no diagnóstico ou de encaminhamento para o serviço especializado, podem entrar em contato conosco”, orienta a médica.

Outro ponto importante na prevenção ao câncer infantojuvenil é manter as vacinações em dia. As vacinas contra a hepatite e contra o HPV previnem contra alguns tipos de câncer, por exemplo. “A pandemia trouxe dificuldade na conscientização sobre a vacinação das nossas crianças. Porém, é importantíssimo manter o calendário vacinal dos nossos filhos em dia”, enfatiza a médica oncologista.

O diretor do Hospital Infantil, Levy Rau, observa que pacientes de diversas regiões do estado recebem atendimento na unidade, que conta com uma equipe multidisciplinar extremamente especializada. “Temos muito orgulho do nosso serviço, que conta com médicos oncologistas e hematologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e uma gama de profissionais multidisciplinares e de assistência, como odontopediatra, psicólogo e assistente social. Temos uma equipe não só especializada, mas muito comprometida. Para nós, esse dia 15 de fevereiro é importante pela conscientização que traz e para que a comunidade valorize ainda mais o nosso hospital, que presta um atendimento totalmente gratuito pelo SUS”, frisa.

Para Rodolfo Rogério Hass, pai de um paciente, a insegurança de saber que o filho estava com câncer foi amenizada pelo conforto prestado pela equipe do Serviço de Oncologia. “Todos os que trabalham ali são sensacionais. Digo que são de anjos para cima”, elogia.

No Joana de Gusmão, o atendimento de referência conta com a parceria fundamental do terceiro setor, principalmente da Associação de Voluntários de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente (Avos), que construiu o novo ambulatório de Oncohematologia Carlos Bastos Gomes. O espaço foi inaugurado em novembro de 2022, com recursos de doações da sociedade civil organizada, entre elas a Campanha Mc Dia Feliz.

No Infantil de Joinville, o Projeto Anjos da Guarda também auxilia nas ações sociais. No próximo dia 1º de março será inaugurado na instituição o Espaço da Família Ronald McDonald, para acolhimento das famílias durante o tratamento.

Câncer é primeira causa de morte por doença em crianças

O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e a segunda causa de óbito em geral. A primeira seria acidente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade.

Ontem, 15, Dia Internacional da Luta conta o Câncer Infantil, a oncologista pediátrica do Inca Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria, lembrou que atualmente a doença é altamente curável. “Essa é a principal informação que a gente tem”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, Sima afirmou que como a incidência de câncer vem aumentando lentamente ao longo dos anos, ele começa a aparecer como causa importante de doença em criança. “Como nem todas são curadas, a doença pode ter, na verdade, um percentual de mortalidade infantil também. Os dados mais recentes, de 2020, revelam que foram registrados 2.280 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil.

Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil estão leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. A médica do Inca ressaltou, contudo, que os tumores em crianças são diferentes dos que acometem pessoas adultas. “Adulto tem muito carcinoma, tumores de células diferenciadas”. Os tumores de crianças são diferentes. Embora esses três tipos sejam mais frequentes, existe uma gama de tumores, como os embrionários, que ocorrem nos primeiros anos de vida. São exemplos os da retina, de rim, de gânglio simpático. “São tumores que acontecem, mais frequentemente, em crianças menores. Mas todos eles são muito diferenciados e respondem bem ao tratamento quimioterápico, normalmente. Essa é a principal informação que a gente tem para dar nesse dia tão importante”, reiterou a especialista.

Para a oncologista, a doença é muito séria, mas trouxe, ao longo dos anos, uma esperança de busca pela vida. Há possibilidade de cura, se o paciente é diagnosticado precocemente e tratado nos centros especializados de atenção à criança.

Alerta

Nos países de alta renda, entre 80% e 85% das crianças acometidas por câncer podem ser curadas atualmente. No Brasil, o percentual é mais baixo e variável entre as regiões, mas apresenta média de cura de 65%. “É menos do que nos países de alta renda porque muitas crianças já chegam aos centros de tratamento com sinais muito avançados”. Sima Ferman reafirmou que o diagnóstico precoce é muito importante. Por outro lado, admitiu que esse diagnóstico é, muitas vezes, difícil, tendo em vista que sinais e sintomas se assemelham a doenças comuns de criança.

O Inca faz treinamento com profissionais de saúde da atenção primária para alertá-los da importância de uma investigação mais profunda, quando há possibilidade de o sintoma não ser comum e constituir doença mais séria. Sima lembrou que criança não inventa sintoma. Afirmou que os pais devem sempre acompanhar a consulta e o tratamento dos filhos e dar atenção a todas as queixas feitas por eles, principalmente quando são muito recorrentes e permanecem por um tempo. “É importante estar alerta porque pode ser uma coisa mais séria do que uma doença comum”.

Podem ser sinais de tumores em crianças uma febre prolongada por mais de sete dias sem causa aparente, dor óssea, anemia, manchas roxas no corpo, dor de cabeça que leva a criança a acordar à noite, seguida de vômito, alterações neurológicas como perda de equilíbrio, massas no corpo. “São situações em que é preciso estar alerta e que podem levar a pensar em doença como câncer”.

Para os profissionais de saúde da atenção primária, especialmente, a médica recomendou que devem levar a sério as queixas dos pais e das crianças e acompanhar o menor durante todo o período até elucidar a situação para a qual a criança foi procurar atendimento. “E, se for o caso, fazer exames mais profundos e ver se há alguma doença que precisa ser tratada”.

Individualização

Para cada tipo de câncer, os oncologistas do Inca procuram estudar a biologia da doença, para dar um tratamento que possa levar à chance de cura, com menos efeitos no longo prazo. “Para conseguir isso, temos que saber especificamente como a doença se apresentou à criança e, muitas vezes, as características biológicas do tumor. Isso vai nos guiar sobre o tratamento que oferece mais ou menos riscos para esse paciente ficar curado e seguir a vida”.

Em geral, o tratamento de um câncer infantil leva de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença apresentada pelo paciente. Após esse prazo, a criança fica em acompanhamento, ou “no controle”, por cinco anos. Se a doença não voltar a se manifestar durante esses cinco anos, pode-se considerar o paciente curado. “Cada vez, a chance de a doença voltar vai diminuindo mais. A chance é maior no primeiro ano, quando termina o tratamento, e vai diminuindo mais e mais”, disse a oncologista pediátrica.

Em dia histórico, Alep promulga lei que permite acesso a remédios à base de canabidiol

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“Essa é uma vitória da população paranaense e, principalmente, das famílias que lutam pela regulamentação desses medicamentos que, comprovadamente, têm melhorado a vida dos pacientes”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), assim que assinou a promulgação da lei que  desburocratiza o acesso a medicamentos e produtos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) para tratamento de doenças, síndromes e transtornos de saúde, no início da tarde desta segunda-feira (13).

“Para nós, esse é um momento histórico para que familiares dos pacientes possam ter acesso facilitado à medicação e a um custo menor. Isso graças à sensibilidade do presidente Ademar Traiano e da grande maioria dos parlamentares, que entenderam o clamor da sociedade, porque estamos falando aqui de saúde pública, de qualidade de vida”, reforçou o deputado Goura (PDT), um dos autores da proposta, ao lado do ex-deputado Michele Caputo (PSDB) e de Paulo Litro (PSD), hoje deputado federal.

Em tramitação desde dezembro de 2019, o projeto de lei recebeu o nome de Lei Pétala, em referência a uma menina de cinco anos que foi diagnosticada com uma doença rara que afeta o desenvolvimento neurológico. Pétala representa milhares de pacientes paranaenses que, por meios judiciais, fazem uso dos medicamentos, mas têm dificuldade no acesso, devido especialmente, ao alto custo. “Foi uma luta de muitos anos, até descobrir e utilizar a medicação que trouxe qualidade de vida ao nosso filho, a partir de 2016. É uma alegria hoje estar aqui presenciando esse momento de pioneirismo do nosso estado nessa questão”, disse Maria Aline Gonçalves, mãe de Victor, de 17 anos, que tem paralisia cerebral e epilepsia.

Para Raoni Molin, presidente da Associação Canábica Norte Paranaense, uma das pioneiras no estado na orientação sobre o medicamento a familiares de pacientes, a promulgação da lei traz esperança a essas e outras famílias que poderão ser beneficiadas a partir de agora. “Estar hoje aqui acompanhando essa assinatura para mim, é um momento de grande alegria e realização. Aqui no Paraná, temos mais de dez associações específicas de canabidiol, fora as mais de cem no Brasil. São muitos os trabalhos científicos que atestam a eficácia dos produtos. Não tem motivo para que esse trabalho não vá pra frente e agora, tenho certeza, que vai ser impulsionado”, ressaltou.

O diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Carlos Pessoa, acompanhou a assinatura da promulgação. Ele comemorou a iniciativa da Assembleia e lembrou que o Instituto possui acordos de cooperação técnica com empresas selecionadas pelo edital de chamamento público para viabilizar a transferência de tecnologia para a produção e comercialização de medicamentos e produtos à base de cannabis para fins medicinais de uso humano com a finalidade de pesquisa e de oferecer alternativas ao mercado nacional de novas terapias com o princípio ativo.

“A legislação dá um respaldo ao nosso trabalho técnico no desenvolvimento da pesquisa para o controle de qualidade da medicação”, indicou. “Quando a gente identificou a importância e os benefícios desses medicamentos aos pacientes, nós sentimos a necessidade de realizar as pesquisas e assim, garantir a qualidade desses produtos, que certamente, chegarão mais baratos ao bolso de quem utiliza”, completou.

O projeto

Segundo o projeto, o acesso a medicamentos e produtos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) para tratamento de doenças, síndromes e transtorno de saúde às pessoas será concedido desde que apresentados os seguintes requisitos: possuir um laudo de profissional legalmente habilitado na medicina contendo a descrição do caso, o Código Internacional da Doença (CID), síndrome ou transtorno, e a justificativa para a utilização do medicamento; declaração médica sobre a existência de estudos científicos comprovando a eficácia do medicamento para a doença, síndrome ou transtorno, com a menção de possíveis efeitos colaterais; e prescrição médica contendo, obrigatoriamente, o nome do paciente e do medicamento, o quantitativo e o tempo necessário para o tratamento.

A nova lei vai permitir esse acesso desde que os medicamentos receitados estejam de acordo com as normas de saúde e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

Depois de promulgada, a nova legislação entrará em vigor 30 dias depois da publicação em Diário Oficial, para que os setores responsáveis possam se adequar às novas normas sobre o tema.

Anvisa autorizou no fim do ano passado a fabricação de novo medicamento à base de cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em dezembro de 2022 a fabricação, no Brasil, de um novo produto medicinal à base de cannabis, o Canabidiol Ease Labs 100 mg/ml. O remédio será fabricado pela Ease Labs Laboratório Farmacêutico sob a forma de solução de uso oral.

Além do canabidiol (CBD) na medida de 100 mg/mL, o medicamento não deve conter mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC), seguindo as normas da agência. A venda do produto será feita em farmácias e drogarias, com prescrição médica, por meio de receita especial do tipo B, de cor azul.

No total, a Anvisa já aprovou 23 medicamentos de cannabis no país, sendo nove à base de extratos de Cannabis sativa e 14 de canabidiol. A consulta aos produtos pode ser feita no portal da Anvisa.

 

Especialistas apontam prós e contras do uso da Cannabis medicinal

A discussão sobre Cannabis medicinal e psiquiatria tem várias impropriedades, alertou, em entrevista à Agência Brasil, o diretor da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro e filiado à Associação Brasileira de Psiquiatria, Marcelo Allevato. No caso da doença de Alzheimer, que é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, por exemplo, Allevato descartou que haja relação com a Cannabis medicinal. “É uma demência, e a Cannabis não tem possibilidade nenhuma de tratar demência. Pode tratar, teoricamente, algumas alterações de comportamento, mas não tem nenhuma evidência consistente disso ainda não. É só uma possibilidade.”

Segundo Allevato, existem muitas impropriedades sobre “medicamentos” à base de Cannabis. Ele disse que, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existe apenas um medicamento à base de Cannabis, mas destacou que há produtos à base da planta, que são registrados com autorização provisória, com duração de cinco anos, que podem ser usados quando se esgotam todas as possibilidades terapêuticas disponíveis no mercado brasileiro.

Tudo isso está englobado na Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC 327), que regula os produtos de Cannabis no Brasil. “Então, falar de medicamentos é impropriedade, demonstra desconhecimento do assunto. O que é triste é que muitos médicos desconhecem também e são presas fáceis de mensagens comerciais que não têm a menor consistência, na realidade”, advertiu o médico psiquiatra.

Desenvolvido em várias fases, da concepção da ideia até os testes clínicos, e depois comercializado, o único medicamento à base de Cannabis existente no Brasil é o Mevatyl, liberado como adjuvante no tratamento de espasticidade na esclerose múltipla, causada por danos ou lesões na parte do sistema nervoso central (cérebro ou medula espinhal) que controla o movimento voluntário. “Este é o único medicamento à base de Cannabis existente no Brasil. Chamar produto à base de Cannabis de medicamento é uma impropriedade”, reiterou o médico.

Política de inclusão digital do Paraná já atendeu 15 mil idosos e se torna referência no País

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“Criei asas para o mundo”. É assim que a professora aposentada Maria Luiza Wille de Castilho, de 80 anos, define a nova fase da vida após participar dos cursos de Inclusão Digital e Social da Pessoa Idosa da Celepar. Frequentadora assídua das aulas promovidas pela empresa, ela já perdeu as contas de quantas acompanhou. “Sempre tem algo novo para aprender. É um universo que muda a todo instante, por isso é bom se atualizar”, relata.

Maria conta que, antes de acompanhar as aulas, usava o telefone celular só para fazer e receber ligações. “Tinha medo de mexer no telefone e estragar”, lembra. Hoje, olha para o dispositivo como um aliado. Ela coordena o grupo de mulheres da igreja que frequenta, é moderadora das reuniões online organizadas por ela e aderiu de vez a todas as facilidades da tecnologia. Nunca mais foi ao banco, por exemplo. Resolve tudo pelos aplicativos do celular.

A história dela é uma entre as mais de 15 mil que foram inseridas no mundo virtual depois dos treinamentos promovidos pela Celepar. A iniciativa da companhia, que auxilia vovôs e vovós a personalizar o celular, colocar ou trocar o papel de parede, aumentar o volume, o tamanho das letras, editar e excluir contatos, ler e responder as mensagens, fotografar, filmar, localizar os arquivos gerados e excluir itens do celular, já recebeu um prêmio que reconhece ações institucionais e governamentais.

As aulas que acontecem na Capital e em cidades do Interior se tornaram referência no País e fazem parte da série Paraná, o Brasil que dá certo, que conta a história de pessoas que conseguiram aderir ao mundo digital de forma segura e sem medo. O Programa de Inclusão Digital e Social da Pessoa Idosa da Celepar nasceu em 2013, criado em conjunto com o Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa, a Pastoral da Pessoa Idosa e o Departamento de Políticas Públicas para Pessoas Idosas do Governo do Paraná.

“Nosso objetivo sempre foi atender o cidadão e as diretrizes do Estatuto do Idoso, que em determinado capítulo afirma que o Poder Público deve promover atualização tecnológica para a pessoa idosa”, afirma Dircélia Alessi, coordenadora de sustentabilidade social da Celepar. “Não estamos dizendo que as pessoas precisem dominar todos os aplicativos existentes, mas que estejam aptas a realizar atividades corriqueiras em uma sociedade em que o acesso à informação depende cada vez mais do digital”.

Para o presidente da companhia, Gustavo Garbosa, esse programa é essencial ao promover a inclusão e proporcionar à terceira idade o acesso ao mundo digital. “Nossos idosos conseguem falar com os netos por vídeo, agendar consultas, acessar aplicativos de banco, facilidades que se apresentam a todo o instante, mas ainda geram algum tipo de insegurança a quem não está habituado. É gratificante poder ajudar na qualidade de vida deles”, afirma.

 

SMARTPHONE E REDES SOCIAIS

Dentro do programa, a Celepar oferta dois tipos de cursos: o de smartphone e o de internet e redes sociais. Os cursos abordam sempre o básico: ligar o dispositivo, configurar wifi, acessar um editor de texto, o navegador, os cuidados que devem ser tomados no ambiente digital e noções de redes sociais. A cada mudança nos dispositivos ou em suas aplicações, são feitas atualizações no conteúdo dos cursos, que ganham novas edições todos os anos.

Somente em 2022, com o retorno da normalidade depois da pandemia, 1.565 pessoas participaram das formações em 27 diferentes municípios do Paraná. No período mais rígido (2020 e 2021), para manter o contato com os alunos e relembrar as orientações, a Celepar criou um canal no Youtube com dicas para diferentes necessidades tecnológicas. Estão disponíveis mais de 100 orientações em formato de tutorial, entre instalar e desinstalar aplicativos do celular, enviar uma mensagem de voz ou fazer chamadas por vídeo, por exemplo.

A aposentada Leonor Montalto Ceschin fica de olho em cada atualização do curso. “Já fiz umas seis ou sete vezes”, conta. Ela explica que até sabia mexer em computadores, mas nunca se sentiu muito segura com o celular. “Hoje em dia você não vive sem toda a tecnologia. A gente vai dormir e deixa o telefone ao lado da cama. Saber dominar isso tudo me ajuda muito. Eu, por exemplo, faço curso de italiano online. Então tudo o que aprendo aqui me ajuda muito no dia a dia”, conta ela, aos 74 anos.

Regina Glaci Fritoli Wille, também de 74, foi uma das pioneiras nos cursos da Celepar. Professora aposentada, ela conta que gosta de estar sempre estudando e aprendendo coisas novas. “A tecnologia veio para enriquecer. É um leque que vai se abrindo. Tenho interesse de sempre continuar buscando cada vez mais informações. Isso é muito bom para nossa memória, além de ajudar no dia a dia”, afirma.

Regina brinca que, nos cursos, é preciso agir como criança: não ter medo de ir apertando os botões e encontrar as soluções. Errar, corrigir e aprender. Ela também elogia a paciência e disposição dos instrutores. “Eles têm uma paciência de Jó, um carinho especial e nos ajudam o tempo todo. E este carinho ajuda muito porque, com o tempo, você vai encontrando dificuldades”, complementa

PREMIAÇÃO

No final de 2022, a Celepar recebeu o 1º lugar no Prêmio Marco Maciel 2022: Ética e Transparência entre o Público e o Privado (PMM), na categoria “Relações Institucionais e Governamentais (RIG) em Organização Pública”, promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).

De acordo com Dircélia, além de reconhecer o trabalho da instituição, o prêmio coroa o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dessa década de atualização tecnológica. “A premiação comprova que estamos no caminho certo, nos motivando a persistir com ações e práticas sempre voltadas para melhorar a vida do cidadão, inserindo-os na sociedade digital através das tecnologias utilizadas para acessar os diversos serviços disponibilizados pelas instituições privadas e governamentais e mostrando que a tecnologia é uma aliada e que vem para contribuir”, afirma.

 

A coordenadora da ação explica que o curso vai além de mostrar só a tecnologia aos alunos. “A gente procura usar bastante a didática para mostrar onde isso é aplicado no dia a dia da pessoa, faz associações com o cotidiano para que eles entendam a lógica do funcionamento dos dispositivos. Não temos a pretensão de explicar tudo, mas abrir o caminho para começarem a entender este universo”, argumenta.

“Conseguir fazer compras online, utilizar um serviço governamental em plataformas eletrônicas, enviar e receber e-mails, tudo isso exige minimamente estarmos dispostos a experimentar novas tecnologias que podem facilitar as necessidades cotidianas e aumentar a capacidade de adaptação para aprender novos processos. Assim a Celepar se compromete a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, arremata.

Para promover as formações, a Celepar firma parcerias com municípios, com instituições privadas, igrejas, secretarias de Estado. Geralmente as instituições e municípios procuram a empresa pública para ofertar os cursos. A Celepar se compromete com todo o material didático necessário.