Dia Internacional do Livro Infantil

670 views
2 mins leitura

Dia Internacional do Livro Infantil é comemorado anualmente em 2 de abril.

Esta data é destinada ao incentivo e conscientização da importância desde gênero literário para a formação de novos leitores.

Ninguém nasce sendo um leitor. Por isso, o incentivo ao hábito da leitura tem que começar desde os primeiros anos de vida da criança, e a literatura infantil é a porta de entrada para isso.

A literatura infantil também é uma poderosa ferramenta de aprendizado, não apenas a nível de conhecimentos, mas principalmente de valores morais e éticos.

Os brasileiros também comemoram o Dia Nacional do Livro Infantil (18 de abril), homenageando principalmente os grandes autores deste gênero no Brasil. Destacam-se: Monteiro Lobato, Lygia Bojunga, Ziraldo, Ruth Rocha, Maurício de Souza, Cecília Meireles, dentre outros.

Origem do Dia Internacional do Livro Infantil

O dia 2 de abril foi escolhido para ser o Dia Internacional do Livro Infantil por ser a data de nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.

Hans Andersen foi o primeiro escritor a adaptar antigas fábulas para o público infantil, incluindo importantes lições de moral nas entrelinhas. Dentre as principais obras do autor está “O Patinho Feio”, “A Pequena Sereia”, “A Roupa Nova do Rei”, entre outros contos.

A iniciativa para a criação do Dia Internacional do Livro Infantil foi do Concelho Internacional sobre Literatura para Jovens – IBBY, que comemoram esta data desde 1967.

Dia Mundial da Conscientização do Autismo

204 views
2 mins leitura

 

 

 

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ou simplesmente Dia Mundial do Autismo, é comemorado em 2 de Abril.

A data visa ajudar a conscientizar a população mundial sobre o Autismo. O autismo é um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil, o Dia Mundial do Autismo é celebrado com palestras e eventos públicos que acontecem por várias cidades brasileiras.

O objetivo é o mesmo em todo o lugar, ou seja, ajudar a conscientizar e informar as pessoas sobre o que é o Autismo e como lidar com ele.

Nesta data, vários pontos turísticos do país são iluminados de azul, cor que representa a campanha do Autismo, que é promovida no mês de abril.

Origem do Dia Mundial do Autismo

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de Dezembro de 2007.

O objetivo da data é alertar as sociedades e governantes sobre esse transtorno do neurodesenvolvimento, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos.

 

O que é o Autismo?

O Autismo não é uma doença, mas sim um transtorno do neurodesenvolvimento, conhecido por “Transtornos de Espectro Autista” – TEA.

Os sintomas do autismo são: fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem, dificuldades de relacionamento, por exemplo.

No entanto, vale ressaltar que o autismo é único para cada pessoa. Existem vários níveis diferentes de autismo, até mesmo pessoas que apresentam o transtorno, mas sem nenhum tipo de atraso mental.

Santo do dia: São Francisco de Paula

175 views
8 mins leitura

Francisco nasceu no ano de 1416 em Paola (Paula), hoje província de Cosenza, na Calábria, reino de Nápoles, Itália. Seus pais, simples e muito religiosos, haviam pedido a intercessão de São Francisco de Assis – ou para ter um filho, ou para a cura de um abscesso no olho, dependendo da fonte – e prometendo-o à Igreja (permanentemente ou não, dependendo da fonte); daí o seu nome. Desde pequeno, estimulado pelo cuidado dos pais, demonstrou amor pela oração, retiro e mortificação.

Entre os 11 e 15 anos, Francisco passou um ano no convento franciscano de São Marcos Argentano, em Cosenza. Mesmo não tendo feito profissão, seguia exemplarmente a regra de São Francisco, aumentando inclusive o seu rigor, tornando-se modelo para os frades. Depois deste tempo, pediu aos pais que o acompanhassem em várias peregrinações: Assis, Montecassino, Roma, Loreto e Monte Luco. Voltando a Paola, fez uma experiência eremítica numa gruta das montanhas próximas, e por cinco anos só se alimentou de frutas, ervas silvestres e água, dormindo no chão e usando uma pedra como travesseiro.

Com o tempo, foi sendo procurado para conselhos, e outros mais o seguiram no exemplo de vida, buscando abrigo nas proximidades. Assim, aos 19 anos, havia ao seu redor um grupo que seria o núcleo da futura Congregação dos Mínimos de São Francisco de Paula (Ordem dos Eremitas de São Francisco de Paula). Por volta de 1453, com a devida permissão episcopal, e com a ajuda de muitas pessoas (incluindo nobres que se voluntariavam como operários), construiu um mosteiro e uma igreja.

Consta que neste período fez muitos milagres, como a recuperação da saúde num caso de doença incurável. No mosteiro, estabeleceu uma normatização para os discípulos, mas para si mesmo não diminuiu as austeridades (só aceitou dormir numa esteira quando idoso; dormia o mínimo necessário, fazia apenas uma refeição por dia, geralmente pão e água, e especialmente nas vésperas das grandes festas litúrgicas, ficava dois dias sem comer). Em 1474, o Papa Sisto IV oficializou a nova Ordem, a Congregação Paulina dos Eremitas de São Francisco de Assis (o reconhecimento da Regra, com o nome atual da Ordem dos Mínimos, é de Alexandre VI, 1492-1503), fazendo de Francisco o superior geral, chamado de corregedor, e com a obrigação de se lembrar de servir a todos.

O lema era Charitas (Caridade), associada à austeridade pessoal e ao apostolado; na prática, devia-se viver a “Quaresma perpétua”, ou seja, durante o ano todo, o mesmo rigor da penitência, jejum e oração do período quaresmal, mais a caridade para com todos. Francisco inclusive fez deste ponto, em relação ao jejum, um quarto voto, como reparação dos excessos dos católicos durante a Quaresma, e como exemplo catequético. Fundou ainda quatro novas casas, em Paterno, Spezza, na Sicília e em Corogliano.

Embora o religioso fosse amado e respeitado também pela nobreza em geral, Frederico, terceiro filho do rei de Nápoles e príncipe de Taranto, alegou que Francisco construíra mosteiros em seu território, sem consentimento – uma desculpa para perseguir o santo por conselhos que dera ao seu pai e irmãos. Enviou um capitão para prendê-lo em Paterno, mas o oficial, diante da humildade do frade, não teve coragem, e voltando ao príncipe convenceu-o a deixar Francisco livre.

A humildade de Francisco era notória, e também seus milagres e o dom da profecia, e por isso o Papa Paulo II enviou um emissário para verificar esta fama em 1467, que não só a confirmou como aderiu à comunidade. Tendo adoecido, o rei da França, Luís XI, pediu ao Papa que lhe enviasse Francisco; o rei se converteu e o nomeou diretor espiritual do filho, futuro rei Carlos VIII. Na França, Francisco fundou novos mosteiros. Em 1506, como a Congregação havia já se tornado cenobítica e não mais eremítica, foram fundadas a Ordem Terceira Secular e o ramo feminino, com as respectivas regras.

 

Avisado milagrosamente da sua morte, preparou-se para ela passando três meses na cela, sem qualquer comunicação externa. Faleceu por causa de uma febre, com cerca de 90 anos, entre 1505 e 1508, em Tours, França. Seu corpo, ainda incorrupto em 1562, foi queimado por calvinistas. É o padroeiro da região da Calábria, na Itália, e da cidade de Pelotas, no Brasil.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

 

Reflexão:

Se a maioria de nós, católicos, não tem a vocação conventual de Quaresma Perpétua de São Francisco de Paula, devemos imitá-la ao menos em espírito, fugindo da índole mundana para o qual este santo foi uma resposta na época renascentista, e que atormenta igualmente os dias atuais. Imitemo-lo também nas suas devoções, que resumem os pontos principais e imutáveis da nossa Fé, sendo fontes necessárias para quem de fato quer progredir na vida católica: o Mistério da Santíssima Trindade, a Anunciação à Virgem (e consequente Encarnação do Verbo), a Paixão de Nosso Senhor, e os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria. A meditação destas verdades nos leva ao sentido correto da vida e indica o que devemos nela fazer, em função do nosso fim último.

Oração:

Pai Santo e eterno, que nos amais e desejais infinitamente na Vossa alegria, concedei-nos por intercessão de São Francisco de Paula viver a humildade que convence os maus do Bem, e não nos permite abusar do que é santo e sagrado – ocasiões, objetos, Vossa presença, também na Eucaristia e nos irmãos – de modo a não Vos ofender e a edificar as almas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

 

PELA METADE

/
2644 views
3 mins leitura

A inauguração do trecho da PRC=280 que liga o trevo do horizonte até Palmas, deixa uma ‘marquinha’ de desapontamento com os nossos políticos, já que as Brs 476 e 153, que inicialmente estavam no projeto do novo anel de integração do estado do Paraná, foram excluídas e abandonadas para quem sabe, um dia (?!?) terem os projetos de concessão e duplicação levados adiante.
Ao passar pela BR-470 na região de Blumenau vejo as obras de mais de 20 anos naquele trecho e visualizo nosso futuro com Brs da nossa região. Projetos que nunca saem do papel e obras que nunca acabam.
Então peço para o Deputado e líder do governo Hussein Bakri, para o Secretário de Estado da Justiça e Família Santin Roveda, para os prefeitos da região, para que façam um movimento em conjunto para lutar pela nossas estradas.

AUMENTO
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta sexta-feira (31) um reajuste geral de 5,79% para os cerca de 271 mil servidores ativos e inativos do Estado do Paraná. Ele também definiu um reajuste adicional para os professores do Quadro Próprio do Magistério (QPM) que ainda não recebiam o piso nacional da categoria (R$ 4.420,55). No Paraná, a remuneração final mínima ultrapassará R$ 6 mil no caso dos professores (40 horas semanais) porque a folha dos ativos engloba ainda vale-transporte de R$ 842,54 e gratificação de R$ 800.

VAI FALTAR PINHÃO
Colheita do pinhão em SC deve ser 50% menor neste ano na comparação com 2022, segundo estimativa da Gerência Regional da Epagri em Lages. A safra inicia amanhã e segue pelos próximos três ou quatro meses, período em que a estimativa inicial pode ser revista. Mas pelo jeito o preço do pinhão neste inverno vai subir.

1º DE ABRIL
Na segunda, dia 03 de abril começa a valer a Nova Lei de Licitações e Contratos Aditivos. Para quem participa de licitações fiquem de olho, porque tem muita prefeitura na região que não está preparada para as novas exigências e isto pode não só cancelar um processo inteiro, bem como gerar danos morais e financeiros para quem se sentir prejudicado. Vamos lá jurídicos e administradores públicos, vamos fazer o que a lei manda. Eu estarei fiscalizando.

OI, OLHEM ISSO!!!
– A possível quebra de contrato da Sanepar com a prefeitura de União da Vitória ira gerar uma oportunidade única para a nossa cidade… É preciso levar isso adiante.

Conheça a história de 1º de abril, Dia da Mentira

195 views
7 mins leitura

Histórias, “causos”, balelas, invencionices ou, simplesmente, mentiras. Celebradas no dia de hoje – 1º de abril -, elas foram contadas durante toda a história da humanidade. Em excesso, podem indicar transtornos psicológicos graves, além de trazer sérias consequências para quem conta. Mas hoje, Dia da Mentira, Dia dos Tolos ou Dia dos Bobos, elas são aceitas e até celebradas.

A tradição de 1º de abril remonta à instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento (conselho ecumênico da Igreja Católica). O Calendário Gregoriano divide o ano em quatro estações distribuídas ao longo de 12 meses, ou 365 dias, de acordo com o movimento da Terra em relação ao Sol e estabelece o primeiro dia do ano em 1º de janeiro.

Com a instituição do novo calendário pelo papa Gregório XIII, em 1582, historiadores contam que parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro como início do ano. Zombados pelo resto da população, os resistentes às mudanças eram convidados para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril. Nascia assim a tradição de zombaria e de pregação de peças.

Há também relatos históricos que relacionam a data ao festival de Hilária – uma festa romana no período anterior ao nascimento de Cristo – que celebrava o equinócio de março em honra à deusa Cibele, a “Mãe dos Deuses”, uma divindade que reunia aspectos das deusas gregas Gaia, Reia e Deméter.

No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.

Mentiras históricas

Mas não são apenas as pessoas que contam mentiras no 1º de abril. Empresas entenderam o potencial de marketing e a oportunidade de engajamento das “pegadinhas” para aumentar a visibilidade no mercado e passaram, desde o século passado, a participar da celebração.

Entre os mais conhecidos exemplos está a emissora pública britânica BBC, que tradicionalmente prega peças no público desde a década de 30. Em uma das memoráveis brincadeiras, a BBC afirmou que o governo do Reino Unido trocaria o mecanismo de ponteiros do Big Ben – o relógio mais famoso do mundo e símbolo nacional – por um mostrador digital. A mentira, veiculada em 1980, ainda prometeu que a primeira pessoa a ligar para a rádio ganharia os antigos ponteiros do grande relógio como lembrança.

A ação gerou milhares de ligações e cartas e acabou causando problemas à emissora, que teve que explicar a manobra durante a programação nas semanas seguintes.

Nos Estados Unidos, em 1992, a National Public Radio (NPR), também uma emissora pública de comunicação, veiculou entrevista do comediante Rich Little em que ele se passava pelo ex-presidente Richard Nixon.

No quadro, chamado “Conversa da Nação”, o personagem afirmava categoricamente que se candidataria novamente à Presidência naquele ano. O problema é que Nixon, figura política controversa, havia renunciado durante processo de impeachment em 1974 pelo envolvimento no escândalo de Watergate, o que gerou revolta nos ouvintes.

A emissora ficou com todas as linhas telefônicas congestionadas até que, em determinado momento, foi anunciada a pegadinha do Dia dos Tolos.

A Amazon, a maior loja online do mundo, também celebra o Dia da Mentira com brincadeiras que, muitas vezes, confundem os usuários. Em 2015, a Amazon reverteu sua página principal para a versão de 1999 – época em que a internet ainda era rudimentar. Até descobrirem a brincadeira, os usuários deveriam passar pela experiência de “túnel do tempo” na navegação do site. 

Mentiroso moderno

Apesar da permissão lúdica no dia 1º de abril, a mentira pode se tornar hábito e degradar relações sociais. Em tempos de ampla difusão de conteúdos na internet, uma mentira pode ser considerada até mesmo fake news – notícias falsas ou com dados manipulados deliberadamente para enganar ou enviesar as conclusões do leitor – e ser punida legalmente.

Para o psiquiatra Ilton Castro, existem diferentes níveis de mentira: há aquelas que suavizam realidades e as que são usadas para usufruir benefícios em detrimento de outras pessoas. Há também a condição psicológica conhecida como mitomania, definida pelo uso compulsivo de mentiras.

“No jogo social, é normal mentir ou omitir alguma coisa, mas existem casos considerados sérios. A mentira aparece como um hábito. O mitomaníaco mente e acredita no que diz. A fantasia vira realidade e ganha enredos intermináveis. A mentira cresce”, explicou o psiquiatra.

O uso exacerbado de mentiras pode indicar transtorno de personalidade e fragilidades psicológicas que necessitam ser trabalhadas, acrescentou.

fonte: Agência Brasil

Domingo de Ramos!

503 views
2 mins leitura

Domingo de Ramos é uma data móvel celebrada no domingo anterior à Páscoa.

Nesse dia, que não é feriado, inicia-se a Semana Santa. A celebração lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, dia em que ele foi recebido como o Filho de Deus.

Nessa ocasião, as pessoas o saudaram com ramos de palmeira e oliveira, motivo pelo qual ficou conhecido como Domingo de Ramos, enquanto Jesus seguia montado em um jumentinho simbolizando a humildade nos seus últimos dias terrenos.

Portanto, o significado do Domingo de Ramos é recordar o reconhecimento de Jesus como registrado nos Evangelhos:

“E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas! E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.” (Mateus 21: 9-11)

Tradições no Domingo de Ramos

domingo de ramos

Para recordar, as pessoas costumam levar ramos para a igreja para serem benzidos, bem como realizam procissões lembrando a forma como Jesus foi aclamado.

Os ramos simbolizam a vitória de Jesus e são levados pelas pessoas para as suas casas que os guardam como força de proteção contra tempestades e outros males.

Hoje, há padres que recomendam que as pessoas usem raminhos de ervas que podem ser usados para consumo, chás, por exemplo, e que depois de os levarem, para a casa, elas possam utilizar para esse fim, em vez de os deixarem esquecidos.

Nas igrejas, os ramos benzidos são queimados e as suas cinzas são usadas no ano seguinte para marcar a testa das pessoas na celebração da quarta-feira de cinzas.

Muito além do chimarrão: empresária promove passeio em erval cinquentenário e anuncia lançamento da coleção ‘Sete Maravilhas do Paraná’

207 views
6 mins leitura

Visitação e degustação gastronômica e de coquetelaria fazem parte do pacote que custa R$ 50. Empresa prevê faturar 15% mais neste ano

O Brasil é o principal produtor de erva-mate do mundo. São mais de 850 mil toneladas produzidas por ano, em média, segundo estudo do Departamento de Economia Rural (DERAL) e confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Paraná lidera o ranking nacional e fica à frente dos demais estados da região Sul.

Embora o consumo maciço ainda seja em forma do tradicional chimarrão, a erva-mate já vem ganhando espaço na gastronomia. Temperos, chás e até drinks à base da planta estão disponíveis no mercado.

No sul do Paraná, uma ervateira tradicional decidiu ir além. Após 40 anos produzindo chá tostado e erva para chimarrão e tereré, a Capimar inaugurou a Mundo Mathe, uma spin-off que surge com o propósito de colocar a planta como protagonista do turismo regional. A Capimar, que mudou de nome para Capeleti, mas segue sendo administrada pela mesma família desde 1984, aposta no crescimento da empresa e na escalada do produto.

“Acreditamos que o Mundo Mathe, além da comercialização de seus produtos, vai fomentar o turismo regional e proporcionar às pessoas uma experiência gastronômica e de coquetelaria com a erva-mate nativa sombreada do sul do Paraná, interligada com produtos plantados e produzidos na nossa região. Essa é nossa intenção”, sublinha a empresária Elizabete Capeleti, conhecida na região como a “Rainha do Mate”.

O Mundo Mathe fica em União da Vitória, cidade que esteve no centro histórico da cultura da erva-mate no Paraná. Em 1835, a cultura da planta e a da madeira foram os dois primeiros produtos que o estado explorou, resultando, a propósito, na sua emancipação. A erva-mate colocou a região no mapa brasileiro e mundial, chegando a representar 85% da economia no fim dos anos 20.

“Não poderíamos perder toda essa riqueza cultural e histórica. Temos muitos visitantes, inclusive moradores das regiões próximas que nunca tinham visto um pé de erva-mate de perto, sua produção, seus benefícios. Trazer o turismo para dentro da empresa fortalece toda a cadeia produtiva e, consequentemente, o comércio de produtos e serviços”, destaca a empresária.

Além de vender produtos feitos com a erva-mate, a empresa promove passeios. O principal percorre o erval que fica na Capeleti e tem 50 anos. Os visitantes exploram o local a pé e também em cima da carroceria de um trator. Em meio aos pés da erva, há a possibilidade de degustação gastronômica. O passeio termina com visita ao memorial da erva-mate da empresa, à loja com souvenirs e com uma nova experiência culinária e coquetelaria. O passeio custa R$ 50 por pessoa, e o agendamento é feito para grupos.

“Oferecemos a oportunidade de vivenciar uma experiência incrível, com contato com a planta e conhecendo um pouco mais da história da empresa familiar, que, com muito carinho, cuida da formação da planta até chegar à mesa do consumidor”. Com faturamento de R$ 150 mil por mês, a Mundo Mathe espera faturar, até dezembro, 15% mais.

 

7 Maravilhas

 

Ainda neste mês, a empresa lança um novo produto. Trata-se de mais uma série de embalagens presenteáveis, que neste ano homenageia as 7 Maravilhas do Paraná. O tema foi uma sugestão dada pela presidente da entidade regional Associação dos Artistas Plásticos Amadeu Bona, Ivanira Tereza Olbertz, e acolhido pela empresa. A ideia é homenagear o Paraná, que exibe em sua bandeira um ramo de erva-mate, e os artistas plásticos da região, apreciadores do produto e divulgadores dele em forma de arte. Serão retratados nas embalagens: a Ilha do Mel, reproduzida por Roberto Bona; o Salto de São Francisco, por Maria Glória Andrade; o parque de Vila Velha, por Eliziane Schaefer Buch; a Ilha Grande, por Jesélia Nepomuceno; a ilha de Superagui, por Edelmeri de Mel; as Cataratas do Iguaçú, por Helga Will; e o Cânion Guartelá, por Beatriz Bollbuch.

 

Outras informações: https://www.instagram.com/mundomathe/

Contato Imprensa

 

Mariana Honesko Bortolini

42 9 91116 0416

marianahonesko@hotmail.com

Confira agora alguns registro do passeio!

ABANDONADOS

/
2641 views
3 mins leitura

Por participar de diversos grupos de serviços, acabo vendo que existe uma parte da população que acaba sendo abandonado pelo poder público.
Ontem, ao visitar uma família em uma situação caótica, cheguei a uma conclusão sobre o motivo deste abandono, vendo claramente que quando uma pessoa se torna não produtiva, ou até mesmo ficando na informalidade, existe uma exclusão do assistencialismo público. São coisas básicas que deveriam ser oferecidas pelo poder público, independente de qualquer fator e que simplesmente não existem. Não estou criticando uma prefeitura, estou falando que isso acontece nos três poderes, no municipal, no estadual e no federal.
Como mudar isso, como mudar a cabeça das pessoas que trabalham com a assistência social e também nos governam, como corrigir estes desvios de algo que é primordial para a dignidade do ser humano.
É inaceitável o abandono social, o abandono cultural, que estas famílias enfrentam. Elas não precisam apenas de uma cesta básica, elas precisam de educação, de mudança comportamental, de um novo olhar para suas vidas. E isso é algo que governo nenhum se preocupa, pois não ganha voto né…!!!

PASSANDO PELA BENTO
Passo bastante pela avenida Bento Munhoz dirigindo e já escrevi nesta coluna diversas vezes que aquela avenida merece um projeto de reurbanização. Mas antes disso é preciso colocar pelo menos um redutor de velocidade no cruzamento da Bento com a rua Dr. Cruz Machado… O local é palco certo de futuros acidentes.

E A ARBORIZAÇÃO???
Procuro um vereador que queira apadrinhar um projeto de arborização para as nossas cidades. Na verdade tem que ser um vereador para cada lado dos trilhos.

INAUGURAÇÃO DA NOVA PRC-280
O governador Carlos Massa Ratinho Junior inaugurou ontem uma das obras mais aguardadas para a região Sudoeste e Sul do Paraná. A recuperação da PRC-280, entre Palmas e a BR-153 teve 59,55 quilômetros restaurados no trecho que vai de Palmas ao Trevo Novo Horizonte, em General Carneiro, com pavimento rígido de concreto, técnica que é conhecida como whitetopping, inédita em rodovias estaduais do Paraná.
Deputado Hussein Bakri,líder do governo na Assembleia também esteve presente.

OI, OLHEM ISSO!
– O prefeito Bachir Abbas está contratando a FIPE para estudar o contrato entre a prefeitura e a Sanepar… Isso é começo do fim da Sanepar na nossa cidade.

Lançado edital de licitação para construção do AME na região da AMSULPAR

/
576 views
2 mins leitura

Foi lançado nesta semana o edital de licitação para construção do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) que vai atender toda a região da AMSULPAR. O processo está sendo realizado pela prefeitura de União da Vitória, sendo que após a construção passará a ser gerenciado Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu (CISVALI).

A AMSULPAR teve um papel fundamental para que este projeto saísse do papel. A associação foi responsável pela doação do terreno que comportará o novo espaço de saúde, no bairro São Basílio Magno em União da Vitória.

Além disso, prefeitos da região também utilizaram de suas representatividades políticas e junto ao Deputado Estadual, Hussein Bakri, buscaram a viabilização dos recursos que passam de R$ 13 milhões de reais.

O Ambulatório Médico de Especialidades terá cerca de 2,5 mil metros quadrados com 22 consultórios e sete salas de exames cada. A expectativa é de atender até 12 mil consultas ao mês, fortalecendo a assistência em toda a 6ª Regional de Saúde.

O presidente da AMSULPAR, prefeito Antônio Luis Szaykowski comemorou mais esse avanço. “Nossa região está mais uma vez em destaque com grandes conquistas. Esse ambulatório será um grande avanço na saúde da região. Uma luta que estamos próximos de sair vitoriosos”, destacou.

Presidente do CISVALI, o prefeito Bachir Abbas enfatizou que, “temos muito a agradecer por todo o empenho da SESA e do Governo do Estado, que garantiram esse momento ímpar para os municípios da região Sul”, disse o prefeito que completou, “essa obra irá elevar a capacidade de atendimento a um novo nível, permitindo o acesso a serviços de especialidade de maneira gratuita para todos os cidadãos”.

Sábado é dia de arrastão contra o Aedes aegypti em Irineópolis

/
713 views
2 mins leitura

O mês de abril começa com arrastão contra o Aedes aegypti em Irineópolis. A ação acontece neste sábado, dia 1º, no Jardim Brand e tem como objetivo eliminar objetos que podem se tornar criadouro do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chicungunya.

Durante o arrastão, serão realizadas vistorias em pátios e recolhimento de materiais que possam servir como criadouros do mosquito, como latas, lonas e pneus que estejam em local aberto e possam acumular água. As ações são coordenadas pela secretaria municipal de saúde, por meio da vigilância epidemiológica, agentes de endemias, com apoio da secretaria de urbanismo e obras.

A secretária de saúde, Giseli Kempinski, ressalta que o envolvimento de toda a população é fundamental para a prevenção da dengue. “O comprometimento da população em manter os cuidados, fazendo a limpeza dos pátios e eliminando os criadouros, é fundamental para que não tenhamos nenhum caso da doença em nosso município”, destaca a secretária.

Em 2023, já foram registrados três focos do Aedes aegypti no município, dois deles no Jardim Brand e um em Poço Preto. A secretaria municipal de saúde reforça que, além do arrastão, é necessário que cada morador faça sua parte no combate ao mosquito, mantendo seus quintais limpos e eliminando qualquer objeto que possa acumular água. A prevenção é a melhor forma de evitar a proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, a transmissão de doenças graves como a dengue, a zika e a chikungunya.

Câmara realiza a sua 7ª Sessão Ordinária

/
256 views
1 min leitura

A Câmara de Vereadores de Porto União realizou nesta segunda-feira, 27, a sua 7ª Sessão Ordinária, sob a presidência do vereador Neilor Grabovski (MDB).

Foi aprovado em votação única o Projeto de Lei: nº018/2023, apresentado pelo Executivo Municipal que dispõe sobre crédito especial.

Foi aprovado o parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final ao Projeto de Lei nº017/2023, do Poder Executivo Municipal que dispõe sobre a revogação da Lei Municipal nº 4.370, de 18 de novembro de 2015, que dispõe sobre aquisição de imóvel por compra e venda.

Foi aprovado também o pedido de afastamento da vereança do vereador Israel da Silva Araújo (PSDB) para tratar de interesses particulares, por um período de 120 dias, que deve inicia a partir do dia 03 de abril de 2023.

Fizeram uso da palavra os vereadores Neilor Grabovski (MDB); Gildo Masselai (PSDB); Fernando Barulho (PSDB); Luiz Alberto Pasqualin (PSDB); Paulo Kovalski (PSDB), Almir Borini (União) e Walbert de Paula e Souza (PL).

Deputado Caropreso (PSDB) definie como “uma tragédia” situação das estradas estaduais de Santa Catarina

/
493 views
1 min leitura

O deputado estadual, Vicente Caropreso (PSDB), definiu como “uma tragédia” a situação das rodovias estaduais. A fala do parlamentar foi após a apresentação de dados apurados pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Conforme a pesquisa, Santa Catarina figura na 16ª posição em qualidade das rodovias. Os números apontam que 98,1% das rodovias que estão sob responsabilidade dos governos estadual e federal, encontram-se em condição regular, ruim ou péssima. No geral 57,7% da malha rodoviária apresenta pavimento desgastado, 6,3% não possui faixas centrais e 54,2% não tem acostamento.

QUEDA DE INVESTIMENTO

A pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), também revela que ao longo dos últimos anos houve uma queda acentuada de investimentos na infraestrutura rodoviária de Santa Catarina, enquanto no mesmo período, entre 2010 e 2011, a frota de veículos aumentou cerca de 58%. A CNT avalia que seria necessário um total de R$ 3,06 bilhões para a recuperação e manutenção das rodovias catarinenses pesquisadas.

(SC em Pauta).

 

A partir de 1º de abril os 295 municípios de Santa Catarina devem seguir novas regras da nova Lei das Licitações

/
220 views
7 mins leitura

A partir de 1º de abril, os gestores do Estado e dos 295 municípios catarinenses deverão seguir, exclusivamente, os dispositivos da Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (NLLC) — Lei 14.133/2021 —  para a realização de procedimentos licitatórios voltados à contratação de bens, de serviços e de obras pela Administração Pública. O alerta está em ofício do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) encaminhados, nesta sexta-feira (24/3), aos executivos e legislativos estaduais e municipais, ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público.

No documento, elaborado a partir de sugestão da Diretoria de Licitações e Contratações (DLC), o presidente do TCE/SC, conselheiro Herneus De Nadal, salienta que, em 31 de março, encerra-se a vigência das Leis 8.666/1993 e 10.520/2002 (pregão) e dos arts. 1º a 47-A da Lei 12.462/2011 (regime diferenciado de contratações públicas), e que a Lei 14.133/2021 deverá ser adotada inclusive com a consequente adequação da fase preparatória (interna). Acentua, no entanto, que as licitações deflagradas até o dia 31 de março, com base nas leis antigas, deverão ter a data de conclusão prevista em regulamentos locais.

O conselheiro salienta que a Nova Lei de Licitações determina a edição de regulamentos pelos municípios e pelo Estado, a fim de viabilizar a sua aplicação, permitindo regrar peculiaridades e especificidades locais, desde que não extrapolados os limites do poder regulamentar. Ressalta a importância da medida para o aperfeiçoamento das compras públicas, visando maior eficiência nas licitações, sob a ótica da economicidade, da celeridade e da qualidade.

Deverão ser considerados nos regulamentos alguns aspectos como atuação dos agentes de contratação, da equipe de apoio, da comissão de contratação, de fiscais e de gestores de contratos; plano de contratações anual; definição sobre natureza dos bens de consumo, se comuns e de luxo; e pesquisa de preços para definição dos valores estimados para as contratações.

Procedimentos operacionais das modalidades de licitação, especialmente pregão, concorrência e leilão; procedimentos auxiliares — credenciamento, pré-qualificação, sistema de registro de preços (inclusive por dispensa), registro cadastral, procedimento de manifestação de interesse (PMI); dispensa de eletrônica; e prazo limite para a conclusão da fase preparatória e publicação dos editais dos procedimentos licitatórios iniciados até 31 de março de 2023 são outras questões que deverão ser abordadas nos regulamentos.

No ofício, o presidente realça que o gestor público também deverá voltar a sua atenção para questões relativas à adesão, ao cadastro e à utilização do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP); à contratação de plataformas que possibilitem a realização de processos digitais e de contratações eletrônicas; e à designação de servidores efetivos/estáveis, preferencialmente. “Tais orientações não impedem que os órgãos jurisdicionados adotem outras medidas para o cumprimento da Lei 14.133/2021”, enfatiza.

Ainda no ofício, o conselheiro Herneus faz menção ao art. 176, aplicável aos municípios com até 20 mil habitantes, que amplia para 6 anos — contados a partir de 1º de abril de 2021 — o prazo para cumprimento de alguns requisitos e de algumas regras do regime da Nova Lei de Licitações relacionados à nomeação de agentes de contratação. Ele informa que a Diretoria de Licitações e Contratações do TCE/SC usará como base a prévia populacional do Censo Demográfico 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até que haja a publicação final do novo enquadramento dos municípios catarinenses.

O presidente acrescenta que, para a plena aplicação da Nova Lei de Licitações, é fundamental que os agentes públicos envolvidos no processo de contratação estejam capacitados para desempenhar os novos procedimentos e para atender às novas exigências da lei, “de forma a garantir uma condução adequada dos processos licitatórios e a realização de contratações mais transparentes, justas e eficientes”.

A Nova Lei de Licitações estabelece normas gerais para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Além dos Poderes Executivos, abrange os Legislativos, os Judiciários e os Tribunais de Contas; os fundos especiais e as demais entidades controladas. Não estão abrangidas as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei 13.303/2016.

Deve ser aplicada para as licitações e para as contratações que envolvem alienação e concessão de direito real de uso de bens; compra, inclusive por encomenda; locação; concessão e permissão de uso de bens públicos; prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados; obras e serviços de arquitetura e engenharia; e contratações de tecnologia da informação e de comunicação. (TCE/SC).

O Paraná antes da divisão de limites com Santa Catarina em 20 de outubro de 1916

/
1737 views
12 mins leitura

Em 20 de outubro de 1916, chegava ao fim, em caráter oficial, uma pendência judicial que durou mais de seis décadas envolvendo os Estados de Santa Catarina e Paraná. Com a interveniência do presidente Wenceslau Braz, foi assinado no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o acordo de limites que definiu a configuração geográfica das duas unidades federativas. A área contestada tinha em torno de 48 mil quilômetros quadrados, dos quais 28 mil ficaram com Santa Catarina, que pleiteava o território que se estendia até o rio Iguaçu (o atual Sudoeste paranaense), ao Norte, e chegava à fronteira com o Paraguai (onde está a cidade de Foz do Iguaçu). De sua parte, o Paraná queria agregar a região a Oeste do rio do Peixe.

Mesmo que a tese catarinense tenha sido vitoriosa em três decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), e que a divisão da área tivesse ficado na proporção de 58% para 42%, o resultado final não agradou a nenhum dos governos estaduais. No Paraná, ainda hoje se fala da “invasão” demográfica patrocinada por Santa Catarina com vistas a ganhar o direito sobre o território. Em terras catarinenses o sentimento também foi de perda, justamente pelas sentenças anteriores do Tribunal. O governador Felipe Schmidt rendeu-se às pressões federais e assinou o acordo, lamentando ter de abrir mão de uma vastidão de campos e araucárias que incluía áreas nas regiões de União da Vitória, Palmas e Clevelândia.

É importante ressaltar que a questão dos limites ensejou o início da Guerra do Contestado, o mais sangrento conflito social vivido pelo Brasil em sua história. Ainda que outros fatores tenham pesado na deflagração do confronto (a miséria dos colonos, a expropriação de suas terras, o desemprego provocado pelo fim da construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande), o abandono de uma enorme área territorial pelos governos criou as condições para uma guerra até hoje pouco conhecida pelos brasileiros. O conflito começou em 1912 e durou quatro anos, deixando quase 20 mil mortos, a grande maioria civis. O Contestado é considerado mais relevante do que a guerra de Canudos, e de três décadas para cá vem sendo objeto de intensos estudos, pesquisas e publicações que visam a tirar o assunto do limbo e torná-lo próximo das novas gerações.

DEFESA COM DOCUMENTOS DE ULTRAMAR

O historiador Jali Meirinho, do IHGSC (Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina), ressalta que a disputa pelo território começou em 1853, quando o Paraná foi desanexado do Estado de São Paulo. “Àquela altura, Santa Catarina já existia como Estado, mas em Palmas e região os fazendeiros se vinculavam mais aos paulistas”, diz.

A discussão ganhou ênfase depois da proclamação da República, em 1889, porque dali para frente os Estados – as antigas províncias, mais ligadas ao governo central – passaram a ter autonomia e outra personalidade jurídica. Os mapas do Império trazem Santa Catarina como dona do território conflagrado, o que explica as seguidas ações do governo catarinense no STF para preservar o que era seu desde o século 19.

Hercílio Luz exercia seu primeiro mandato como governador quando, em 1894, Santa Catarina contratou o advogado Manoel da Silva Mafra (o Conselheiro Mafra) para defendê-la na pendenga jurídica em curso – porque o Paraná, representado por Rui Barbosa, sempre contestava as decisões do Supremo. Ele fez um alentado estudo (depois publicado em livro) que continha, entre outros, os subsídios de um dos criadores do IHGSC, José Arthur Boiteux, que chegou a ir a Portugal para pesquisar documentos do período colonial no Arquivo Ultramarino que confirmavam o direito de Santa Catarina sobre a área contestada. “O calhamaço documental balizou as decisões do STF”, reforça Meirinho.

O problema era a impossibilidade de fazer cumprir as decisões do Supremo, por causa da força política do Paraná e das próprias dificuldades de acesso e comunicação. A bancada catarinense contava com a presença de Lauro Müller, que tinha a pretensão de chegar à presidência da República e que acabou optando pelo acordo proposto por Wenceslau Braz. O governo central tinha interesse em encerrar a questão e, de quebra, por fim ao conflito do Contestado, que já vinha arrefecendo. E mais, queria legalizar as terras e cobrar impostos dos produtores e fazendeiros da região. A densidade demográfica era baixa, mas o conflito entre forças federais e os revoltosos tinha forte repercussão nas capitais dos dois Estados e no Rio de Janeiro.

INTENÇÃO ERA PACIFICAR A REGIÃO

Visto como herói no Paraná, o coronel João Gualberto, chefe do destacamento enviado de Curitiba para combater os revoltosos do Contestado, foi morto na célebre “batalha do Irani”, onde também pereceu o monge João Maria, carismático líder dos caboclos. A ação do governo paranaense dava a medida das intenções do Estado vizinho, que considerava, em 1912, a concentração dos caboclos a Oeste do rio do Peixe como uma intromissão de seu território. No entanto, João Maria e seus seguidores não representavam Santa Catarina – aliás, sempre foram vistos em Florianópolis como um bando de fanáticos que queriam perturbar a ordem vigente. O Estado só tomou conta da região, do ponto de vista político, com a expedição do governador Adolpho Konder e sua equipe até a fronteira com a Argentina, em 1929.

A área contestada fora, no final do século 19, objeto das pretensões do governo argentino, que queria estender seu território até o rio do Peixe. Essa questão acabou sendo resolvida em 1895 a favor do Brasil com a arbitragem do presidente norte-americano Grover Cleveland e a intermediação do Barão do Rio Branco. Na época, as cidades de Lages e Curitibanos eram as mais importantes da região, e o governo central tratou de promover a ocupação da parte a oeste por meio de colônias militares. Mais tarde, com a solução diplomática de 1916, foram criadas condições para a expansão populacional do Oeste catarinense e a criação dos municípios de Chapecó e Joaçaba.

O historiador Jali Meirinho ressalta que José Boiteux e o conselheiro Mafra (este morreu no decurso do processo, em 1907) foram fundamentais na defesa dos interesses catarinenses na questão dos limites. Com a morte de Mafra, outro advogado, Epitácio Pessoa (que se tornaria presidente da República em 1919), assumiu a causa. “A decisão proposta por Wenceslau Braz foi essencialmente política, porque era preciso pacificar a região, colocar seus representantes no Congresso e também diminuir as insatisfações da população, que trabalhava pela criação de um novo Estado abarcando o Oeste catarinense e o Sudoeste do Paraná”, afirma.

DEMARCAÇÃO DO LITORAL AO OESTE

Região empobrecida e esquecida pelos poderes estabelecidos, a área contestada pouco ganhou com a solução da questão dos limites, do ponto de vista econômico. A extração de madeira, a pecuária e a produção de erva-mate continuaram sustentando os proprietários de terras. Além disso, as chagas deixadas pela guerra não desapareceram – para muitos, elas persistem até hoje.

Em 1917, o governo central promoveu a demarcação da divisa, do litoral (ilha de Saí-Guaçu) até Dionísio Cerqueira, na fronteira com a Argentina. O Arquivo Público de Santa Catarina tem um rico material – incluindo mais de 50 mapas – mostrando detalhes topográficos, rios e estradas da época. Em 1986, uma equipe da Fundação Catarinense de Cultura fez o mesmo caminho e localizou uma parte dos marcos originais – os demais desapareceram, foram cobertos pelo mato ou depredados.

No Arquivo Público também há uma cópia do relatório da Comissão de Limites que palmilhou os mais de 600 quilômetros da divisa a partir de 1918, chefiada pelo marechal Antonio de Albuquerque Souza. O trabalho foi mais intenso a partir da foz do rio Negro (afluente do Iguaçu), porque até ali a divisa já era reconhecida desde 1771.

Por Ivo Dolinski

DER/PR realiza reformas de várias pontes e obras de reparos em rodovias da região de União da Vitória

/
206 views
3 mins leitura

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) iniciou a reforma de duas pontes em Bituruna, na região Sul. Os serviços integram o maior pacote de reforma de pontes e viadutos da história do Estado. Serão revitalizadas 195 obras de arte especiais (pontes, viadutos, passarelas, galerias e pontilhões) de rodovias estaduais em todas regiões do Paraná.

Os trabalhos foram iniciados nas pontes sobre o Rio Empoçado e Rio Jararaca, ambas na PR-446. São realizados reparos e recuperação das estruturas de concreto, reparo total do pavimento, instalação de dispositivos de drenagem como sarjetas e meio-fio, novos guarda-corpos, recomposição de drenos, sinalização, defensas, placas, limpeza e pintura. As obras não exigirão bloqueio total das vias e devem terminar nestes dois pontos em dois meses, casos as condições climáticas favoreçam.

Com investimento de R$ 7.838.631,85, o edital contempla oito pontes e um viaduto sob gerência do Escritório Regional Médio-Iguaçu do DER/PR. Na próxima semana, irão começar as obras no viaduto na Avenida Bento da Rocha (PRC-280), no perímetro urbano de Palmas, utilizada para acesso da Codapar e Instituto Federal do Paraná, onde o governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou a obra de recuperação em concreto da PRC-280.

Outras obras estão previstas em pontes no município de União da Vitória. Porém, o Rio Iguaçu está com nível 4,5 metros acima do normal ocasionado pelas chuvas intensas dos últimos meses, o que obrigou o adiamento do início dos serviços.

Veja a lista de estruturas que serão revitalizadas na região:

Ponte Rio Empoçado (PR-446), em Bituruna; Ponte Rio Jararaca (PR-446), em Bituruna; Viaduto Av. Bento Munhoz da Rocha Neto (PRC-280), em Palmas; Ponte Rio Jangada (PR-446), no limite entre Porto Vitória e Bituruna; Ponte e Passarela Rio Espingarda (PR-446), em Porto Vitória; Ponte Domício Scaramella (PR-835), em União da Vitória; Ponte Rio da Areia (PRC-280), em União da Vitória; Ponte Rio Vermelho (PR-836), em União da Vitória; Ponte Manoel Ribas (PRC-476), em União da Vitória.