Assédio eleitoral é tema de seminário interinstitucional em Curitiba

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O assédio eleitoral será tema de um seminário, na tarde de 27 de junho, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba. O evento, em formato híbrido, é voltado a empregadores, empregados, representantes de sindicatos laborais e patronais, advogados, acadêmicos, servidores públicos e demais interessados na temática. As inscrições, gratuitas e limitadas (no caso das participações presenciais), podem ser feitas on-line até o dia 26 de junho.

Inscrições: https://centraleventos.oab.org.br/event/904/seminario-sobre-assedio-eleitoral#schedule

A atividade é uma realização conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT-PR), Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Tribunal Regional do Trabalho no Paraná (TRT-PR), Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-PR), Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR), Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Paraná (OAB-PR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O evento propiciará, por meio de exposição e debates, a reflexão sobre a importância da conscientização e do combate ao assédio eleitoral no ambiente de trabalho. O seminário contará com aula magna proferida pelo representante da Justiça do Trabalho no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Guilherme Guimarães Feliciano seguida de debate com representantes das instituições envolvidas.

Também será assinado acordo de cooperação técnica entre as instituições com objetivo de estabelecer medidas para prevenir o assédio eleitoral, entre elas:

Realização de campanhas de sensibilização e conscientização da sociedade em relação à temática, estimulando a compreensão do tema e a prevenção de sua ocorrência;

Difusão, por intermédio de múltiplos canais, de conteúdos oficiais produzidos pelas instituições;

Encaminhamento de notícias de irregularidades ao MPT-PR para subsidiar investigações e ações judiciais para a prevenção e repressão das condutas que caracterizem assédio eleitoral no ambiente de trabalho; e adoção de medidas no âmbito de atuação de cada instituição.

Assédio eleitoral em números*

No processo eleitoral de 2022, as denúncias por assédio eleitoral no ambiente de trabalho aumentaram significativamente em todo o território nacional. Confira:

BRASIL
Denúncias registradas: 3.505
Empresas e instituições públicas denunciadas: 2,5 mil
Termos de ajustamento de condutas (TACs) firmados: 487
Ações judiciais ajuizadas: 93
Recomendações: 1.498

PARANÁ
Denúncias registradas: 282 (apenas 9 no 1º turno, as demais no 2º turno – até 11 de novembro)
Empresas denunciadas: 200
TACS firmados: 28
Ações Civis Públicas: 8
Ação cautelar: 1

Programação do seminário

13h30 – Mesa de autoridades;
14h30 – Assinatura do acordo de cooperação;
15h – Aula magna – Guilherme Guimarães Feliciano, representante da Justiça do Trabalho no Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
16h30 – Painel com representantes do MPT-PR, TRT-PR, TRE-PR, PRE-PR, MPPR, OAB-PR e UFPR;
18h – Encerramento.

Serviço

Seminário sobre Assédio Eleitoral
Data: 27 de junho (quinta-feira)
Horário: 13h30 às 18 horas
Local: auditório do TRE-PR (Rua João Parolin, 224 – Prado Velho, Curitiba/PR)
Inscrições: https://centraleventos.oab.org.br/event/904/seminario-sobre-assedio-eleitoral#schedule

*Dados do Ministério Público do Trabalho

Panorama de Mercado

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No Brasil

Medidas para compensação da desoneração da folha podem não ser suficientes

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolveu a Medida Provisória 1227, que visava limitar o uso de créditos de PIS/Cofins, devido à pressão dos setores afetados. A medida seria utilizada para compensar a desoneração da folha de 17 setores e dos municípios. Em entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo não possui um “plano B” para essa compensação. Segundo o jornal “Estado de São Paulo”, o Senado está discutindo alternativas, como a atualização de bens de pessoas físicas e jurídicas no Imposto de Renda, a repatriação de recursos no exterior com regularização dos valores e pagamento de imposto no Brasil, e o uso de recursos esquecidos em contas judiciais de pessoas que ganharam ações na Justiça e não sacaram os valores nem manifestaram interesse em reavê-los. Avaliamos que essas medidas seriam insuficientes para compensar a renúncia de receita da desoneração da folha.

O Congresso e o governo devem continuar a discutir possíveis alternativas. Caso não seja possível fazer a compensação, a desoneração da folha poderá, em tese, ser derrubada, mas consideramos esse cenário improvável.

Ainda no campo fiscal, foi noticiado que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levará ao Presidente Lula propostas para desindexar os gastos do Orçamento, devido à alta do dólar e à percepção de risco sobre a situação fiscal no país. As propostas devem incluir a fixação de um teto de 2,5% acima da inflação para despesas vinculadas ao salário-mínimo, benefícios previdenciários e pisos da Saúde e Educação. As despesas obrigatórias vêm mostrando crescimento acima da inflação neste ano e ameaçam a manutenção do arcabouço fiscal. Não houve, contudo, sinal efetivo de que propostas serão enviadas em breve ao Congresso.

Dólar sobe e atinge patamar de R$/US$ 5,40 nesta semana

Esta semana foi marcada por uma forte depreciação do Real, que chegou ao patamar de R$/US$ 5,40. Esse movimento pode ser explicado, em grande parte, por ruídos políticos e incertezas fiscais domésticas. Houve uma desvalorização de 0,5% frente ao dólar nesta semana, comparada a um enfraquecimento de apenas 0,1% das outras moedas emergentes (segundo o índice MSCI).

Apesar dos riscos, continuamos a projetar a taxa de câmbio a R$/US$ 5,00 no final de 2024 e R$/US$ 5,15 no final de 2025, devido aos efeitos da ampliação do diferencial de juros e fundamentos que indicam que, nos patamares atuais, o Real está desvalorizado.

Tragédia do Rio Grande do Sul reflete nos preços de alimentos do IPCA

A inflação medida pelo IPCA, nosso principal indicador de preços ao consumidor, registrou alta de 0,46% m/m em maio de 2024. O resultado mensal levou o índice para 3,93% no acumulado em doze meses, reacelerando após alguns meses em baixa. O resultado de maio superou as expectativas da maioria dos analistas, impulsionado principalmente por categorias de preços mais voláteis, como passagens aéreas e energia elétrica. O impacto da tragédia recente no Rio Grande do Sul contribuiu para a alta nos preços de alimentos in natura.

Além disso, após alguns meses de alívio nos preços de serviços, os dados de maio reacenderam a preocupação com a inflação do setor, que continua sendo um dos principais obstáculos para a convergência da inflação à meta.

Acreditamos que o IPCA deve terminar este ano em 3,7%, acima da meta do Banco Central de 3,0%. Para 2025, projetamos que a inflação encerrará o ano em 4,0%.

Vendas no varejo e produção no setor de serviços indicam que atividade segue robusta

No Brasil, a receita real do setor de serviços aumentou 0,5% em abril em relação a março. Mais uma vez, a composição do crescimento trouxe sinais mistos, com três dos cinco principais segmentos avançando no período. Projetamos que o índice geral do setor de serviços crescerá 2,7% em 2024, próximo ao ganho de 2,4% registrado em 2023. Com relação às vendas no varejo, o resultado ficou abaixo das expectativas de mercado, mas não altera nossa visão otimista para o consumo pessoal no curto prazo.

O consumo de bens permanece em trajetória favorável, apesar da expectativa de desaceleração gradual após resultados fortes no 1º trimestre do ano. As condições do mercado de trabalho continuam a melhorar – a criação de empregos e os salários reais vêm crescendo acima das expectativas – e as transferências fiscais seguem elevadas. A renda real disponível às famílias subirá cerca de 5% este ano, de acordo com nossos cálculos.

Cenário Internacional

Fed mantém os juros americanos em 5,25% – 5,50%

O banco central dos EUA (Fed) manteve sua taxa básica de juros no intervalo de 5,25%-5,50%, mesmo nível desde julho de 2023. Em suas projeções, os diretores do Fed esperam apenas um corte de juros em 2024, ao invés dos três cortes projetados anteriormente, uma sinalização dura para o mercado. Na mesma linha, os comentários do presidente Jerome Powell, embora tenham reconhecido a queda da inflação, destacaram o aumento dos preços das importações e o crescimento insustentável dos salários.

Nos EUA, os dados de inflação da semana vieram abaixo do esperado e animaram os mercados. A inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, em inglês) avançou 0,01% em maio ante abril, abaixo do consenso de 0,12%. Já o índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) caiu -0,2%, o que significa menor pressão de custos às empresas. Com os resultados, as taxas de juros dos títulos públicos recuaram e as bolsas voltaram a subir no país.

Esperamos que o Fed comece a cortar juros apenas em dezembro, mas a inflação benigna pode convencê-lo a começar antes, possivelmente em setembro.

Euro se desvaloriza com incertezas políticas e fiscais na Europa

 

O euro atingiu o valor mais baixo desde o início de maio (EUR/US$ 1,07), ainda reflexo de incertezas políticas, especialmente na França. De acordo com a projeção mais recente da União Europeia, os grupos de extrema-direita conquistarão 10 assentos a mais no Parlamento Europeu do que na eleição de 2019. Destaque na França onde, após ver ascensão da extrema-direita, o presidente Emanuel Macron dissolveu o parlamento francês e convocou novas eleições. O país tem um déficit fiscal preocupante e vem tentando reorganizar sua dívida. A maior participação de partidos extremistas no controle político do país levantou preocupações em relação à sua estabilidade fiscal.

Na China, inflação ao consumidor mostra recuperação lenta da demanda doméstica

A inflação ao consumidor (CPI, em inglês) aumentou 0,3% em maio na métrica acumulada em 12 meses, abaixo da expectativa de mercado de 0,4%. Enquanto isso, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou deflação interanual de 1,4% em maio, após ter recuado 2,5% em abril.

Os preços ao consumidor na China sugerem que a demanda doméstica está se recuperando gradualmente, mas a persistência de níveis ainda baixos de inflação reflete uma demanda insuficiente para atingir a meta de crescimento de 5,0% estabelecida pelo governo. Com relação à inflação ao produtor, a queda dos custos para os fabricantes chineses contribui para contenção de pressões inflacionárias em outros países, como por exemplo o Brasil, um grande parceiro comercial da China.

Em suma, o consumo permanece fraco na China, a despeito das medidas governamentais de estímulo adotadas recentemente.

BOLSAS

– O Ibovespa fechou a semana em uma nova mínima, caindo 0,9% em reais e 2,6% em dólares, fechando aos 119.662 pontos.

– Globalmente, o destaque desta semana foram os dados do CPI abaixo do consenso, renovando as expectativas de cortes nas taxas de juros nos EUA, levando o S&P500 e o Nasdaq a novas máximas. Além disso, o Nasdaq fechou uma máxima pelo quinto fechamento consecutivo.

– No Brasil, o foco continua nas declarações do governo sobre a política fiscal. Os juros futuros e o dólar subiram fortemente até o meio da semana, antes de se acomodarem na sexta-feira após sinais mais positivos sobre os esforços para alcançar o equilíbrio fiscal.

– O principal destaque positivo desta semana foi São Martinho (SMTO3, +8,8%), devido a um movimento técnico. A empresa divulga resultados no dia 17 de junho.

– Os principais destaques negativos da semana foram as ações cíclicas, como Cogna (COGN3, -7,2%), pressionadas pela inclinação da curva de juros.

FONTE:  https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-ativos-domesticos-pressionados-apesar-de-alivio-global/ https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-cai-09-na-semana-fechando-abaixo-dos-120-mil-pontos-pressionado-por-incerteza-fiscal/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
41 9 9890 9119

 

Impacto Econômico da Inteligência Artificial

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Como a IA está revolucionando diferentes setores da economia e quais são as implicações para o futuro do trabalho e do crescimento econômico

A Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação que desenvolve sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como aprendizado, raciocínio, percepção e tomada de decisões. Esses sistemas utilizam algoritmos avançados para analisar grandes volumes de dados, reconhecer padrões e tomar ações de maneira autônoma ou semiautônoma. A IA está se consolidando como uma força motriz da transformação econômica global, redefinindo setores e gerando novas oportunidades de crescimento. Esta revolução tecnológica está impactando profundamente a produtividade, o mercado de trabalho e o desenvolvimento econômico.

O Conceito de Produtividade e Seu Impacto na Economia

Produtividade é uma medida da eficiência com que os recursos, como trabalho e capital, são utilizados para produzir bens e serviços. É frequentemente expressa como a quantidade de produção gerada por unidade de input, como horas de trabalho ou capital investido. A alta produtividade significa que uma economia pode produzir mais com os mesmos recursos, o que é fundamental para o crescimento econômico sustentável.

Quando a produtividade aumenta, as empresas podem reduzir custos, aumentar a produção e melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Isso, por sua vez, pode levar a preços mais baixos para os consumidores e maiores lucros para as empresas, impulsionando a economia. A produtividade também é crucial para melhorar o padrão de vida, pois permite que os trabalhadores produzam mais em menos tempo, potencialmente aumentando os salários e reduzindo as horas de trabalho.

IA e a Revolução da Produtividade

A IA está desempenhando um papel crucial na melhoria da produtividade em diversos setores. Ao automatizar tarefas repetitivas e analisar grandes volumes de dados com rapidez e precisão, a IA permite que empresas operem de maneira mais eficiente. No setor manufatureiro, por exemplo, sistemas de IA são utilizados para otimizar processos de produção, reduzir desperdícios e melhorar a qualidade dos produtos. Isso resulta em custos operacionais mais baixos e maior capacidade de resposta às demandas do mercado.

No setor de serviços, assistentes virtuais e chatbots estão transformando o atendimento ao cliente, oferecendo suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem a necessidade de intervenção humana. Isso não apenas melhora a experiência do cliente, mas também libera os funcionários para se concentrarem em tarefas mais complexas e estratégicas.

Produtividade e Inflação

Essa melhora na produtividade também tem um impacto significativo na inflação. Quando a produtividade aumenta, a economia pode crescer sem exercer pressão inflacionária. Isso ocorre porque a produção adicional não requer um aumento proporcional nos custos dos recursos. Por exemplo, se uma fábrica pode produzir mais bens sem contratar mais trabalhadores ou sem investir significativamente em novas máquinas, os custos unitários de produção caem, o que pode manter os preços estáveis ou até reduzi-los.

Por outro lado, uma baixa produtividade pode levar à inflação. Se a demanda por bens e serviços cresce mais rapidamente do que a capacidade produtiva da economia, os preços tendem a subir. Isso ocorre porque os produtores ao enfrentar uma demanda superior a capacidade produtiva, são obrigados, ou incentivados, a elevar preços até o nível em que a demanda caia em níveis compatíveis com a capacidade produtiva, quanto mais caro um item, menos pessoas se dispõe a compra-lo, reduzindo assim a demanda.

Impacto da IA no Mercado de Trabalho

A ascensão da IA também traz desafios significativos para o mercado de trabalho. A automação de tarefas pode levar à substituição de empregos em setores que dependem fortemente de atividades repetitivas e manuais. Entretanto, a IA também cria novas oportunidades de emprego em áreas como desenvolvimento de software, análise de dados e gestão de sistemas de IA.

O futuro do trabalho será caracterizado pela necessidade de requalificação e adaptação. Trabalhadores precisarão desenvolver novas habilidades para se manterem competitivos em um mercado cada vez mais orientado pela tecnologia. Programas de educação e treinamento serão essenciais para garantir que a força de trabalho esteja preparada para as demandas da economia digital.

Crescimento Econômico e Inovação

Além de elevar a produtividade, a IA tem o potencial de impulsionar o crescimento econômico ao fomentar a inovação. Startups e empresas estabelecidas estão investindo em IA para desenvolver novos produtos e serviços que atendam a necessidades emergentes. Setores como saúde, finanças e transporte estão entre os mais impactados.

Na saúde, a IA está sendo utilizada para diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e pesquisas avançadas. Algoritmos de aprendizado de máquina podem analisar imagens médicas com uma precisão que rivaliza com a de especialistas humanos, enquanto sistemas de IA ajudam a identificar padrões em dados genômicos para desenvolver terapias personalizadas.

No setor financeiro, a IA está transformando a análise de riscos, a detecção de fraudes e a gestão de investimentos. As fintechs estão utilizando a tecnologia para oferecer serviços financeiros mais acessíveis e personalizados, aumentando a inclusão financeira.

Desafios e Considerações Éticas

Apesar dos benefícios, a implementação da IA também levanta questões éticas e desafios regulatórios. A privacidade de dados, a transparência dos algoritmos e a equidade no acesso à tecnologia são questões que precisam ser cuidadosamente abordadas. A regulamentação adequada será crucial para garantir que a IA seja desenvolvida e utilizada de maneira responsável e benéfica para a sociedade como um todo.

Concluindo

A Inteligência Artificial está transformando a economia global de maneiras profundas e duradouras. Sua capacidade de aumentar a produtividade, impulsionar a inovação e criar oportunidades de emprego é acompanhada por desafios significativos que precisam ser gerenciados com cuidado. O futuro econômico será moldado pela maneira como sociedades e empresas abraçam a IA, desenvolvem políticas inclusivas e investem em educação e requalificação da força de trabalho.

A revolução da IA está apenas começando, e seu impacto econômico continuará a se expandir nos próximos anos, prometendo um futuro de crescimento e oportunidades sem precedentes.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
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JUNHO VERMELHO: PARANÁ LANÇA CAMPANHA PARA INCENTIVAR AS DOAÇÕES DE SANGUE

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lança a campanha “Paraná, terra de sangue bom” para incentivar as doações de sangue durante o Junho Vermelho, mês de conscientização sobre a importância da doação – 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue.
Neste mês, as 23 unidades do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) reforçam a necessidade de mais doadores para manter os estoques de sangue que salvam centenas de vidas todos os dias em, pelo menos, 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos, distribuídos em todas as regiões do Estado. Eles correspondem a 93% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Queremos, primeiramente, agradecer a todos os doadores que ajudam a salvar centenas de vidas todos os dias no Paraná e continuar esse chamamento, pedindo que sigam doando sangue com frequência, incentivando amigos e familiares neste ato de amor e solidariedade com o próximo”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Somente neste ano, o Paraná registrou 83 mil doações de sangue. Durante todo o ano passado, foram mais de 187 mil. Cada bolsa de sangue de 450 ml produz até quatro hemocomponentes que são separados em hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado (plasma fresco congelado) e podem ajudar a salvar até quatro vidas.
Desde 2019, o Governo do Estado já investiu cerca de R$ 186 milhões em equipamentos e insumos com tecnologia avançada voltada para área do ciclo do sangue (hemoterapia), tornando a hemorrede estadual paranaense uma das unidades mais modernas, referência para os demais hemocentros da rede nacional.
No mês passado, o Hemepar enviou 300 bolsas de sangue para ajudar o sistema de saúde do Rio Grande do Sul devido à calamidade pública por causa das enchentes.

Panorama de Mercado

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Inflação de Curto Prazo em Trajetória Benigna, Expectativas de Médio Prazo em Alta

No Brasil, a inflação de curto prazo segue uma trajetória favorável, enquanto as expectativas para o médio prazo aumentam. O IPCA-15 de maio registrou uma alta de 0,44% em relação a abril. Em termos anuais, a inflação desacelerou de 3,77% para 3,70%. Esses dados são consistentes com a previsão de alta de 3,7% no IPCA para 2024. Entretanto, o mercado continua ajustando suas expectativas para cima.

Segundo o Boletim Focus do Banco Central, as expectativas de inflação para 2026 subiram de 3,50% para 3,58%, a primeira elevação desde julho de 2023. Esse aumento reforça preocupações sobre a desancoragem das expectativas de inflação, o que pode influenciar a próxima decisão do Copom sobre a taxa Selic.

O Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que a elevação das expectativas ocorreu devido a ruídos recentes, mas espera estabilização e melhora ao longo do tempo. Fatores como ruídos fiscais, credibilidade do Banco Central e especulações sobre a meta de inflação foram citados como influências negativas. O Diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, afirmou que o Banco Central está comprometido em manter a taxa de juros em um nível restritivo para atingir a meta inflacionária

Mercado de Trabalho Fortalecido em Abril: Desemprego Próximo de 7% e Salários em Alta

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,5% no trimestre móvel até abril, ante 7,9% no trimestre anterior, abaixo das expectativas de 7,7%. A taxa de desemprego mensal ajustada sazonalmente recuou de 7,3% para 7,1%, a menor em quase dez anos. Os rendimentos reais do trabalho aumentaram, representando um risco de alta para a inflação de serviços e para a política monetária.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) registrou a criação líquida de 240 mil empregos formais em abril, acima das expectativas. De janeiro a abril de 2024, foram criados quase 960 mil empregos formais, comparados a 720 mil no mesmo período de 2023. As condições do mercado de trabalho continuarão impulsionando a atividade doméstica e preocupando o Banco Central quanto à inflação futura.

Limitação do Uso de Crédito do PIS/Cofins para Compensar Desoneração da Folha

O Ministério da Fazenda deve apresentar medidas compensatórias para a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores. A proposta inclui restrições ao uso do crédito de PIS/Cofins, visando fechar brechas de abatimento na base de cálculo do imposto. Estima-se que a medida poderia gerar até R$ 42 bilhões em arrecadação este ano, embora uma restrição parcial seja mais provável, resultando em aproximadamente R$ 25 bilhões.

Câmara dos Deputados Aprova Taxação de Compras Internacionais de Até US$ 50

A Câmara dos Deputados aprovou uma taxa de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, anteriormente isentas. A medida faz parte do Projeto de Lei que institui o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que amplia as exigências de sustentabilidade e incentiva novas tecnologias em mobilidade e logística. Essa medida visa aumentar a arrecadação para atingir a meta fiscal de déficit primário zero em 2024.

Receita Cresce, mas Não Alcança Meta Fiscal Anual

O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 6,7 bilhões em abril, com o governo central apresentando superávit de R$ 11,1 bilhões. A receita líquida cresceu 8,4% no acumulado do ano, abaixo do necessário para atingir a meta de resultado primário, enquanto as despesas continuam pressionadas. O déficit maior do que o previsto nos municípios é atribuído ao aumento de gastos em ano eleitoral.

Prevemos uma melhoria nas estatísticas do governo central devido ao aumento das receitas, mas não suficiente para alcançar a meta de déficit zero. Mantemos a previsão de déficit primário de 0,6% do PIB em 2024.

Cenário Internacional

Alívio na Inflação dos EUA em Abril, Mas Ainda Acima da Meta

O núcleo do PCE nos EUA aumentou 0,25% em abril, registrando uma variação anual de 2,75%. A inflação de serviços subiu 0,27% no mês e 3,94% no ano, ainda acima da meta de 2%. Esperamos que o processo de desinflação continue, com o PCE encerrando 2024 em torno de 3%, e um possível início do ciclo de corte de juros pelo Fed em dezembro.

 Surpresa na Inflação da Zona do Euro Não Deve Impedir Corte de Juros

A inflação ao consumidor na zona do euro subiu de 2,4% em abril para 2,6% em maio, enquanto o núcleo de inflação aumentou de 2,7% para 2,9%. Acreditamos que o Banco Central Europeu (BCE) iniciará o ciclo de corte de juros em junho, apesar da recente alta na inflação.

PMI na China Indica Necessidade de Estímulos

Na China, o PMI industrial caiu para 49,5 pontos e o de serviços para 51,2 pontos em maio, reforçando a necessidade de estímulos monetários e fiscais para atingir a meta de crescimento econômico de 5% em 2024.

Bolsa

O Ibovespa caiu 1,8% em reais e 3,4% em dólares nesta semana, fechando em 122.098 pontos. No mês de maio, a queda foi de 3,0% em reais e 3,4% em dólares. O destaque positivo foi a Petrobras (PETR3, +6,2%; PETR4, +6,0%), enquanto o principal perdedor foi a Yduqs (YDUQ3, -11,2%).

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-expectativas-de-inflacao-no-brasil-continuam-em-alta/ https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-cai-18-na-semana-e-30-em-maio-aos-122-mil-pontos/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Provas da 1ª fase da Obmep 2024 serão aplicadas nesta terça (4)

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Nesta semana, 18,5 milhões de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio participam da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) 2024. Uma das principais olimpíadas da área de exatas do país, a competição é realizada pelo Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada).

Quando é a prova OBMEP 2024?

As provas da primeira fase da OBMEP acontecem nesta terça-feira (4). Ao todo, 56.513 instituições de 5.564 cidades participam da competição, o que equivale a 99,9% dos municípios brasileiros.

Como será a prova da OBMEP 2024?

A primeira fase da OBMEP será composta por uma prova objetiva de 20 questões e a segunda consistirá em uma prova discursiva de 6 questões. De acordo com a organização, as avaliações foram preparadas de acordo com o grau de escolaridade dos alunos: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio).

Quando é a segunda fase da OBMEP 2024?

A segunda fase da OBMEP 2024 acontece no dia 19 de outubro. A divulgação dos aprovados para essa etapa será feita no dia 2 de agosto.

Quando sai o resultado?

Os vencedores da Olimpíada Brasileira de Matemática serão anunciados no dia 20 de dezembro. Neste ano, a competição vai distribuir 8.450 medalhas nacionais, sendo 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze, além de 51 mil certificados de menção honrosa.

Além disso, os alunos premiados nacionalmente serão convidados a participar do PIC (Programa de Iniciação Científica Jr), como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico.

Panorama de Mercado

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No Brasil

Expectativas de Inflação para 2025 Crescem e Desafiam o CopM

Nesta semana, a expectativa para o IPCA de 2024 subiu de 3,76% para 3,80%. Mais importante para a política monetária, a projeção para 2025 aumentou de 3,66% para 3,74%, quase 0,1 ponto percentual em apenas uma semana. Não esperamos que as expectativas a curto prazo se alinhem com nossa projeção de 4,0% para o próximo ano, mas o aumento recente destaca um cenário desafiador para o Banco Central continuar reduzindo os juros. Atualmente, o mercado projeta que a taxa Selic será reduzida para 10,0% este ano, em comparação com 9,75% na semana passada, alinhando-se com nossa previsão.

Arrecadação Federal de Abril Registra Melhor Desempenho para o Mês, mas  Abaixo da Meta Fiscal

Em abril, a arrecadação federal alcançou R$ 228,9 bilhões, o melhor desempenho para o mês na série histórica. O crescimento interanual foi de 8,3% em termos reais. Embora significativo, esse aumento está abaixo do necessário para que o governo atinja a meta de resultado primário, que requer um crescimento de aproximadamente 13,5% em termos reais, segundo nossas estimativas.

A análise detalhada da arrecadação foi positiva, mostrando um crescimento distribuído entre diferentes categorias, refletindo o impacto de medidas como a limitação das compensações tributárias.

Projetamos um crescimento real das receitas de 9,3% este ano, atingindo R$ 2.627,3 bilhões, insuficiente para alcançar a meta de resultado primário.

Relatório Bimestral Mantém Meta de Déficit Zero

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) bimestral – que monitora o orçamento do Governo Central para garantir o cumprimento da meta fiscal – revisou a projeção de déficit de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões (0,1% do PIB), ainda dentro do limite inferior da meta de resultado primário (R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do PIB), sem necessidade de contingenciamento de gastos.

No entanto, acreditamos que o relatório trouxe premissas otimistas sobre arrecadação e subestimou despesas, especialmente as relacionadas a benefícios previdenciários e assistenciais.

Apesar da projeção relativamente baixa do RARDP, nossa estimativa permanece de um déficit de R$ 67,1 bilhões (0,6% do PIB) para este ano. Consideramos provável uma revisão da meta de resultado primário a partir de julho.

 Déficit em Conta Corrente Aumentado pela Renda Primária

A conta corrente brasileira registrou um déficit maior do que o esperado em abril (efetivo: USD 2,5 bilhões; XP: USD 1,2 bilhões; mercado: USD 1,4 bilhões). A surpresa veio principalmente do maior déficit em Renda Primária, devido às maiores despesas com rendas de investimento direto. A balança comercial continua forte. Na conta financeira, os ingressos líquidos de IDP (Investimento Direto no País) acumulados em 12 meses atingiram USD 67,2 bilhões em abril (3,0% do PIB).

Os ingressos líquidos de IDP mantêm uma trajetória de recuperação, fortalecendo o balanço de pagamentos brasileiro. Nossa projeção para 2024 é de USD 67,0 bilhões, equivalente a 2,9% do PIB. Para a conta corrente, projetamos um déficit de USD 33,5 bilhões, ou 1,5% do PIB.

Cenário Internacional

 Sondagem PMI Mostra Atividade Resiliente nos EUA

Nos Estados Unidos, a sondagem PMI com gerentes de compras do setor industrial subiu para 50,9 pontos em maio. Um nível acima de 50 indica expansão da atividade do setor privado. O PMI de Serviços chegou a 54,8, superando as expectativas do mercado de 51,3. Este é o maior crescimento no setor de serviços privados dos EUA em um ano, mostrando a resiliência da economia do país.

Esse resultado pressionou as taxas de juros e afetou o mercado de ações, reforçando a percepção de que o banco central não se apressará para iniciar um ciclo de afrouxamento monetário.

 … E na Zona do Euro

O PMI industrial da Zona do Euro subiu para 47,4 em maio de 2024, seu nível mais alto em 15 meses, embora ainda abaixo da marca de 50 pontos. O PMI de Serviços permaneceu em 53,3 pontos, o nível mais alto em quase um ano, alinhado com as expectativas do mercado de 53,5. Este foi o quarto mês consecutivo de expansão no setor de serviços, indicando um certo ímpeto apesar das preocupações contínuas com o crescimento devido ao prolongado período de política restritiva do BCE.

Banco Popular da China Continua a Estimular a Economia Doméstica

O Banco Popular da China (PBoC) manteve inalteradas as taxas de juros de referência, em linha com as expectativas do mercado. A taxa básica de juros (LPR) de 1 ano, referência para a maioria dos empréstimos a empresas e famílias, foi mantida em 3,45%, enquanto a taxa de 5 anos, referência para hipotecas imobiliárias, permaneceu em 3,95%. Ambas as taxas estão em mínimos históricos. Além das taxas de juros, o governo ofereceu novos estímulos ao setor imobiliário.

A crise no setor imobiliário chinês ameaça a meta de crescimento de 5% do país. Outras medidas poderão ser implementadas para continuar estimulando a atividade econômica.

Presidente do Irã Morre em Acidente

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, faleceu em um acidente de helicóptero no noroeste do país no último final de semana. O país é geopolíticamente relevante devido à sua posição estratégica no Golfo Pérsico, responsável por 25% da produção mundial de petróleo. Recentemente, o ataque do Irã a Israel chamou a atenção do mercado, que teme possíveis aumentos nos preços do petróleo com os conflitos.

 

A morte do presidente iraniano, contudo, teve impactos limitados nos mercados. O preço do barril de petróleo apresentou até uma leve queda ao longo da semana.

 Bolsas

O Ibovespa teve sua pior semana desde março de 2023, caindo 3,0% em reais e 3,8% em dólares, fechando aos 124.306 pontos. Globalmente, os destaques da semana foram a ata da reunião do Federal Reserve de 1º de maio, divulgada na quarta-feira, interpretada como mais dura, e o PMI composto dos EUA, divulgado na quinta-feira, que atingiu seu maior nível dos últimos 25 meses, enquanto as expectativas eram de um leve recuo. Esses dados pressionaram os mercados globais, apesar de um balanço positivo do 1T24 pela Nvidia, divulgado na quarta-feira, que impulsionou o índice Nasdaq a mais um recorde histórico.

No Brasil, o foco foi a projeção da taxa Selic e dados de inflação maiores que o esperado no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, indicando uma deterioração do cenário macroeconômico doméstico e reforçando o tom mais rigoroso da ata da última reunião do Copom, divulgada no dia 14.

A maior alta da semana foi da Yduqs (YDUQ3, +5,7%), após a empresa apresentar projeções de longo prazo positivas para os principais itens do balanço em seu Investor Day.

Em contrapartida, a maior queda da semana foi da Magazine Luiza (MGLU3, -17,0%), após o governo federal afirmar que vetará a taxação de compras internacionais de até 50 dólares, mas está aberto a discussões.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-expectativas-de-inflacao-preocupam-o-banco-central/ https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-cai-30-na-semana-pressionado-por-macro-global-e-domestico/

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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COGEMATE promove campanha solidária para arrecadar bombas e cuias de chimarrão em prol do Rio Grande do Sul

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O Conselho Gestor de Erva-Mate (COGEMATE) com apoio da AMSULPAR e demais entidades está promovendo uma campanha solidária que visa contribuir com o Rio Grande do Sul neste momento delicado que o Estado está enfrentando.

O COGEMATE está realizando a arrecadação de Bomba e cuia de chimarrão que serão doados para o Rio Grande do Sul. A arrecadação segue até o dia 30 de maio e todos podem doar fazendo a entrega nos seguintes pontos de coleta:

– Sede da AMSULAR em União da Vitória

– Sede da AMCESPAR em Irati

– IG-Mate em São Mateus do Sul

– Unicentro em Guarapuava, Irati e Campis Avançado

– Club Lions Irati de todo Estado do Paraná

Você pode contribuir fazendo a doação de bombas e cuias de chimarrão, bem como de erva-mate para o chimarrão ou tereré e chá mate. Faça sua parte e contribua com o Rio Grande do Sul.

“Estamos promovendo essa campanha que busca atender uma necessidade. O chimarrão é um símbolo do Rio Grande do Sul e neste momento tão difícil estamos buscando fazer essa arrecadação”, enfatizou o presidente do COGEMATE, Nei Kukla.

Panorama de Mercado

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No Brasil

Ata do Copom reforça mensagem dura do comunicado pós-reunião

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) detalhou a decisão dividida de reduzir a taxa Selic para 10,50%, com uma votação de 5 x 4 a favor de um corte de 0,25 ponto percentual. Os diretores que apoiaram a redução destacaram que o cenário econômico não evoluiu como esperado desde a reunião anterior. Em contrapartida, os que votaram contra o corte argumentaram que as mudanças no cenário não justificavam o custo reputacional de não seguir a orientação prévia de um corte de 0,50 ponto percentual.

Em nossa análise, a ata reforça a mensagem dura do comunicado pós-reunião. Projetamos dois cortes adicionais de 0,25 ponto percentual, reduzindo a taxa Selic para 10,00%, patamar que deve se manter por um período prolongado. No entanto, há o risco de uma taxa terminal mais elevada.

Ajuda já anunciada ao Rio Grande do Sul pode superar R$ 30 bilhões

O apoio federal emergencial ao Rio Grande do Sul, devido à calamidade, está em construção e poderá ultrapassar R$ 30 bilhões. Medidas incluem a suspensão e o perdão dos juros da dívida do estado, com impacto esperado de R$ 23 bilhões em dois anos, e um voucher de reconstrução de R$ 5 mil para cerca de 200 mil famílias, totalizando aproximadamente R$ 1 bilhão.

Com as medidas anunciadas até agora, nossa projeção de déficit primário passou de R$ 67,1 bilhões (0,6% do PIB) para R$ 86,0 bilhões (0,7% do PIB). Ressalta-se que o socorro ao RS não será contabilizado para fins de cumprimento da meta de resultado primário. Atualizaremos nossas estimativas conforme novas informações se tornem disponíveis.

Governo promove troca no comando da Petrobrás

Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras, sendo substituído por Magda Chambriard, ex-diretora-geral da ANP no governo Dilma Rousseff. Fontes indicam que Prates não atendia às demandas do presidente Lula, e a nova gestão deverá estar mais alinhada com o Planalto.

A União, como acionista majoritária, defende que as decisões estratégicas da Petrobras sejam compartilhadas com o Executivo. O anúncio inesperado ocorre em um contexto de alta pressão política.

Setor de serviços desacelera no primeiro trimestre

As receitas reais do setor de serviços cresceram 0,4% em março comparado a fevereiro, ligeiramente acima das expectativas. No primeiro trimestre de 2024, o setor teve um aumento de 0,5% em relação ao quarto trimestre de 2023, com desempenho heterogêneo entre as atividades. O aumento da renda real disponível das famílias, cerca de 4,5% no primeiro trimestre de 2024, apoiou o consumo de bens e serviços.

Projetamos que o setor de serviços, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços, crescerá 2,6% em 2024, próximo ao avanço de 2,4% registrado em 2023.

Cenário Internacional

Inflação ao consumidor nos Estados Unidos vem abaixo do esperado, mas serviços seguem resistentes

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,3% em abril comparado a março, reduzindo a inflação anual de 3,5% para 3,4%. O núcleo da inflação aumentou 0,3% em abril e 3,6% nos últimos 12 meses, em linha com as projeções. No entanto, o índice “super core”, que exclui habitação, subiu 0,4% no mês e 4,9% anualmente, o maior patamar desde abril de 2023.

A reação dos mercados foi positiva, aumentando a probabilidade de cortes de juros no segundo semestre. Projetamos o primeiro corte de juros em dezembro, mas ele pode ocorrer antes, caso os dados continuem a surpreender para baixo.

Em discurso, Jerome Powell descarta alta de juros

Jerome Powell, presidente do Fed, reforçou que o próximo movimento nos juros será de corte, minimizando preocupações de uma nova alta. A recente inflação ao consumidor e os dados econômicos reduziram essa possibilidade.

Powell também comentou sobre a trajetória insustentável da dívida dos EUA, indicando que a política fiscal expansionista dificulta a convergência da inflação para a meta de 2,0%.

Inflação na China segue baixa, enquanto dados de atividade mostram sinais mistos

Na China, a inflação ao consumidor avançou 0,1% em abril, acumulando 0,3% em 12 meses. A inflação ao produtor registrou variação anual de -2,5% em abril. A produção industrial cresceu 6,7% em abril, acima das expectativas, enquanto as vendas no varejo desaceleraram de 3,1% para 2,3% a/a.

Após a divulgação dos dados, o governo chinês anunciou medidas para reforçar o mercado imobiliário.

Bolsas

O Ibovespa fechou a semana em alta de 0,4% em reais e 1,4% em dólares, aos 128.151 pontos. Destaques globais incluíram dados de inflação nos EUA e estímulos da China ao setor imobiliário.

Domesticamente, o foco foi na ata do Copom e nos resultados do primeiro trimestre de 2024. Dos 150 balanços analisados, 34% superaram estimativas, 51% ficaram em linha, e 15% abaixo.

Destaques positivos foram JBS (+18,6%), Marfrig (+15,8%) e Minerva (+8,4%). Destaques negativos foram Petrobras (-12,6%; -11,8%) após resultados abaixo das expectativas e mudança na presidência.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Vamos falar de taxa de juros? (Vale a pena)

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A política de juros de um país é um dos principais instrumentos de sua política monetária, desempenhando um papel crucial na estabilidade econômica. Nos últimos anos, a taxa básica de juros dos Estados Unidos (Federal Funds Rate) e do Brasil (Selic) têm sido foco de análises e debates, especialmente devido ao impacto que a política de juros americana exerce sobre a brasileira. Vamos explorar essa relação, entender como a inflação de ambos os países influencia essas taxas e discutir o papel fundamental da taxa de câmbio nesse contexto.

A Interdependência das Taxas de Juros

Os Estados Unidos possuem a maior economia do mundo, e suas decisões de política monetária, definidas pelo Federal Reserve (Fed), têm repercussões globais. Quando o Fed decide aumentar ou diminuir a taxa de juros, ele influencia o fluxo de capitais internacionais. Taxas de juros mais altas nos EUA tendem a atrair investidores em busca de retornos mais seguros, levando a uma saída de capital de mercados emergentes, como o Brasil.

Essa saída de capital pode enfraquecer a moeda local, aumentar a inflação importada e pressionar o Banco Central do Brasil (BCB) a ajustar a taxa Selic para controlar esses efeitos. Portanto, há uma relação direta onde mudanças na taxa de juros americana frequentemente forçam o Brasil a reavaliar sua própria política de juros para manter a estabilidade econômica.

O Papel da Inflação

A inflação é um dos principais fatores que determinam as políticas de juros de qualquer país. Nos EUA, o Fed monitora de perto a inflação para decidir ajustes na taxa de juros com o objetivo de manter a inflação próxima da meta de 2%. Quando a inflação americana aumenta, o Fed tende a elevar os juros para conter o consumo e o aumento de preços. Essa elevação impacta países como o Brasil, que precisam manter suas economias competitivas e atrativas para investidores estrangeiros.

No Brasil, a inflação também é um determinante crucial da taxa Selic. O BCB utiliza a Selic como ferramenta para controlar a inflação, que pode ser afetada por diversos fatores, incluindo o câmbio. A desvalorização do real pode aumentar os preços dos produtos importados, pressionando a inflação interna. Para mitigar esses efeitos, o BCB pode optar por aumentar a Selic, tornando os investimentos no Brasil mais atrativos e equilibrando a demanda por dólares.

A Taxa de Câmbio e seu Comportamento

A taxa de câmbio é o preço da moeda de um país em termos de outra. No contexto Brasil-EUA, a relação real-dólar é altamente sensível às políticas de juros de ambos os países. Quando o Fed aumenta a taxa de juros, os investidores tendem a movimentar capital para os EUA, fortalecendo o dólar e desvalorizando o real. Essa desvalorização pode ter impactos inflacionários no Brasil, exigindo uma resposta do BCB através de ajustes na Selic.

Além disso, a taxa de câmbio afeta a balança comercial e a competitividade das exportações brasileiras. Um real mais fraco pode beneficiar exportadores, mas encarece as importações, o que novamente impacta a inflação. Dessa forma, o BCB precisa equilibrar cuidadosamente a taxa Selic para controlar a inflação sem prejudicar o crescimento econômico.

Dito isso…

A interconexão entre as taxas de juros americana e brasileira é um exemplo clássico de como as economias globais estão interligadas. A política de juros nos EUA influencia a política monetária brasileira de diversas maneiras, principalmente através dos fluxos de capitais e da taxa de câmbio. Entender essa relação é fundamental para prever movimentos futuros e tomar decisões informadas no campo dos investimentos e da política econômica.

Em um mundo cada vez mais globalizado, as decisões de política monetária não ocorrem em um vácuo. Elas são parte de um complexo sistema de interações econômicas internacionais que impactam diretamente a vida dos cidadãos e a saúde econômica de um país. Portanto, acompanhar essas dinâmicas é essencial para todos que buscam compreender e navegar no cenário econômico atual.

A Politização da Taxa de Juros

Utilizar a taxa de juros como ferramenta política, forçando-a para baixo com o intuito de baratear o capital e fomentar a economia, pode ter consequências desastrosas (lembra do governo DILMA? e da Argentina? então…).

A taxa de juros deve ser determinada com base em critérios técnicos, levando em consideração a inflação, o câmbio e os fluxos de capitais. Manipular a taxa de juros para ganhos políticos de curto prazo pode desestabilizar a economia, causar inflação descontrolada e resultar na perda de credibilidade das instituições financeiras.

O exemplo da interdependência entre as políticas de juros americana e brasileira ilustra a complexidade e a importância de decisões bem fundamentadas, isso que somente falamos da relação entre as políticas monetárias americana e brasileira, adicione as relações globais na equação e fica fácil de entender o tamanho do trabalho do Banco Central e o porquê ele deve ser independente do governo.

A tentativa de forçar a baixa dos juros sem considerar os fundamentos econômicos pode levar a uma espiral inflacionária e a um aumento da volatilidade cambial, comprometendo o crescimento sustentável a longo prazo. Por isso, é essencial que a política de juros seja guiada por análises técnicas e não por interesses políticos imediatistas.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Paraná tem 57 vagas em cursos gratuitos a distância voltados para o turismo

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O Paraná tem vagas abertas para cursos gratuitos na área de turismo, na modalidade de Ensino a Distância. A iniciativa se dá por meio do projeto Turismo em Foco, desenvolvido pela Secretaria estadual do Turismo, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senac-PR) e a Fecomércio. São 57 vagas remanescentes da edição de 2023, a segunda do projeto, que ofertou um total de 400 vagas.

As inscrições vão até 19 de maio e as aulas devem começar no dia 22, com duração até 1º de julho. Estão disponíveis qualificações em Aperfeiçoamento ao Atendimento em Turismo Religioso, Atendimento Receptivo para o Turismo Religioso, Boas Práticas para Serviços de Alimentação e Sustentabilidade Aplicada à Cozinha.

Os cursos foram criados após identificação, em 2021, da demanda por diversos serviços relacionados ao turismo. Além das vagas EaD, também foram disponibilizados cursos na modalidade presencial. O objetivo é fomentar a atividade turística no Estado.

“Quando o turista é bem atendido, bem recepcionado e bem cuidado, ele vai embora com a vontade de voltar ou indicar o Paraná para amigos e parentes. Para que ele seja bem atendido, é preciso ter profissionais capacitados e qualificados para suas funções”, destaca o secretário estadual do Turismo, Márcio Nunes.

Em 2022 e 2023, 3.280 pessoas se matricularam em cursos nos mais variados segmentos do turismo tanto na modalidade presencial quanto online.

As inscrições podem ser feitas AQUI.

TURISMO EM FOCO – As vagas para aulas presenciais e online são abertas durante todo o ano. Elas ficam disponíveis no site da Secretaria do Turismo. Na mesma página, a Setu informa cursos oferecidos por outras instituições (AQUI), com o objetivo de promover a qualificação em todo o Estado. São ofertas do Ministério do Turismo, de universidades, Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte (Senat).

Panorama de Mercado

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Bolsas

O índice Ibovespa fechou a semana em queda de 0,7% em reais e 2,3% em dólares, atingindo os 127.600 pontos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando-a a 10,50%, conforme esperado. A decisão dividiu o comitê, com quatro diretores indicados pelo governo atual votando por um corte de 0,50 ponto percentual, o que pressionou o dólar e a curva de juros. A projeção do time de Macro XP é de mais dois cortes adicionais de 0,25 ponto percentual, com a taxa Selic terminal atingindo 10,0%. O IPCA na sexta-feira ficou levemente acima das expectativas, com uma desaceleração na medida acumulada em 12 meses. No entanto, essa leitura não foi suficiente para alterar as perspectivas de juros.

Na Europa, o índice Stoxx 50 subiu 3,4% em meio a uma temporada de balanços positiva e sinais de que os bancos centrais da Europa e da Inglaterra estão próximos de reduzir as taxas de juros. Os índices americanos também encerraram a semana em território positivo, refletindo a temporada de resultados e uma diminuição nas preocupações sobre o mercado de trabalho.

No Brasil, foi uma semana agitada de divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024, com mais de 100 empresas apresentando seus números. Até o momento, 112 das aproximadamente 160 empresas cobertas pela XP divulgaram resultados, com 43% superando as estimativas de EBITDA, 41% ficando em linha e 14% ficando aquém das projeções dos analistas. Em média, a surpresa positiva do EBITDA foi de 9,7% até agora.

A maior alta da semana foi da Rede D’Or (RDOR3), que registrou um aumento de 14,2%, além de relatar resultados positivos e anunciar uma joint venture com a Atlântica Hospitais para investir em hospitais. Destaque também para a BRF (BRFS3), que subiu 9,6% após apresentar resultados do primeiro trimestre de 2024 acima das expectativas do mercado. Por outro lado, a Braskem (BRKM5) teve uma queda de 17,3% na semana após notícias de que a Adnoc desistiu de comprar uma parte da empresa.

 

Perspectivas Globais: Fed diverge dos outros bancos centrais

Os dados econômicos do primeiro trimestre nos Estados Unidos mostraram-se robustos, com indicadores de mercado de trabalho superando expectativas e sinais de reaceleração da inflação ao consumidor. A média móvel de seis meses do CPI super core registrou uma alta significativa de 6,1% em março. Diante desse cenário, o Federal Reserve (Fed) manteve sua taxa de juros de referência entre 5,25-5,50% pela sexta vez consecutiva em sua reunião de maio. O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que as taxas provavelmente permanecerão altas por mais tempo, descartando a possibilidade de novos aumentos por enquanto.

No entanto, vemos o Fed reduzindo as taxas pela primeira vez em dezembro, considerando o atual contexto econômico. Enquanto isso, o Banco Central Europeu (BCE) parece mais inclinado a iniciar um ciclo de flexibilização monetária, com expectativas de cortes nas taxas básicas até o final do ano. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) pode seguir uma trajetória semelhante, esperando até agosto para ajustar sua política monetária.

 

Cenário Brasileiro: Desempenho positivo no 1º trimestre

No Brasil, os indicadores econômicos do primeiro trimestre mostraram-se favoráveis, com destaque para o consumo das famílias e a recuperação dos investimentos. O PIB cresceu 0,7% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela solidez do mercado de trabalho e pelo aumento da renda real disponível. Estimamos um crescimento anual do PIB de 2,2% para 2024, com a taxa de desemprego atingindo seu menor nível em quase dez anos.

No entanto, as incertezas globais e domésticas podem impactar a atividade econômica no segundo semestre, exigindo parcimônia nas projeções futuras. As mudanças nas condições financeiras e a pressão sobre as contas públicas são desafios a serem enfrentados.

Contas Públicas: Melhora no curto prazo, desafios no horizonte

As revisões nas projeções macroeconômicas impactaram as estimativas do resultado primário, com uma melhora no curto prazo, mas desafios persistentes no horizonte. O governo pode obter ganhos adicionais com a reoneração da folha e dividendos extraordinários, mas o crescimento das despesas previdenciárias continua a ser uma preocupação.

Setor Externo: Depreciação cambial e riscos fiscais

A recente depreciação cambial reflete tanto fatores globais quanto locais, como perspectivas de juros mais altos nos EUA e ruídos políticos internos. A inflação apresenta um cenário benigno no curto prazo, mas desafios persistem no médio prazo, especialmente relacionados aos preços do petróleo e à taxa de câmbio depreciada.

Política Monetária: Avanço com cautela

Diante das pressões inflacionárias, espera-se uma flexibilização monetária mais gradual e cautelosa, com uma possível elevação na taxa Selic terminal. O cenário futuro será altamente dependente da taxa de câmbio e das expectativas de inflação.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/brasil-macro-mensal-maior-incerteza-mais-parcimonia/
https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-cai-com-decisao-de-juros-dividida-em-semana-movimentada-pela-temporada-de-balancos/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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O Fator Multiplicador do Dinheiro na Economia

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Você já se perguntou como o dinheiro se multiplica na economia?

Entender o fator multiplicador do dinheiro é crucial para compreender como a atividade econômica se expande e como as políticas monetárias afetam o crescimento, inflação e diretamente, a vida das pessoas na sociedade.

Uma Força Impulsionadora da Economia

O fator multiplicador do dinheiro é um fenômeno que descreve como uma mudança em uma variável econômica, como crédito ou gastos do governo, pode resultar em um efeito multiplicador sobre a renda e o produto nacional. Esse processo é impulsionado pelo ciclo de gastos e receitas na economia.
Quando uma entidade econômica, seja um consumidor, uma empresa ou o governo, gasta dinheiro, esse montante não desaparece. Em vez disso, ele circula pela economia, gerando renda para outras partes e estimulando novos gastos. Esse ciclo de gastos e receitas cria um efeito multiplicador que pode aumentar significativamente a atividade econômica.

O Papel dos Bancos

O sistema bancário desempenha um papel fundamental na criação de riqueza, que mostra como um depósito inicial em um banco pode gerar uma quantidade significativamente maior de dinheiro na economia através do processo de empréstimos bancários.
O efeito multiplicador do dinheiro é impulsionado pela propensão a gastar dos agentes econômicos. Quanto maior essa propensão, maior será o impacto do multiplicador.
Quando os indivíduos e as empresas gastam ou investem os fundos disponíveis, eles geram renda para outras partes da economia, que por sua vez gastam ou investem esses fundos novamente.

Vamos para a prática:

Suponha que um banco recebe um depósito de R$ 1.000,00 de um cliente. Com base em um coeficiente de reserva obrigatória de 10% estabelecido pelo Banco Central, o banco é obrigado a manter R$ 100,00 (10% de R$ 1.000,00) como reserva e pode emprestar o restante, ou seja, R$ 900,00. (sim, o dinheiro depositado no banco é usado por ele para realizar empréstimos).
Agora, suponha que o banco empreste esses R$ 900,00 a um empresário para expandir seu negócio. Esse empresário então usa os R$900,00 para pagar seus funcionários, que por sua vez depositam o dinheiro em suas contas bancárias. O banco novamente mantém 10% desses novos depósitos como reservas e empresta o restante.
Vamos calcular quanto dinheiro foi criado a partir desse depósito inicial de R$ 1.000,00, considerando o processo iterativo de empréstimos e depósitos:

  1. Depósito inicial: R$ 1.000,00
  2. Valor emprestado pelo banco: R$ 900,00 (90% do depósito inicial)
  3. Novo depósito resultante do empréstimo: R$ 900,00

Os R$1000,00 iniciais viraram R$1900,00 no primeiro ciclo.

  1. Valor emprestado a partir do novo depósito: R$ 810,00 (90% do novo depósito de R$900,00)
  2. Novo depósito resultante do segundo empréstimo: R$ 810,00
  3. Valor emprestado a partir do segundo depósito: R$ 729,00 (90% do segundo depósito)
  4. E assim por diante…

Total de dinheiro criado = (Depósito inicial) / (Reserva obrigatória)
Total de dinheiro criado = R$ 1.000,00 / 0,10 = R$ 10.000,00
Portanto, a partir de um depósito inicial de R$ 1.000,00 e com um coeficiente de reserva obrigatória de 10%, o sistema bancário é capaz de criar até R$ 10.000,00 de dinheiro novo através do processo de multiplicação do dinheiro.

É papel do governo

A redução de impostos pode ter um efeito semelhante ao aumentar a quantidade de dinheiro disponível para os consumidores e empresas, incentivando o consumo e o investimento, o que também pode contribuir para o efeito multiplicador do dinheiro na economia.
Nesse sentido, é papel do governo estabelecer o nível ideal de reserva financeira que os bancos precisão reter em relação aos depósitos, e o nível ideal de carga tributária, pois isso irá mostrar qual será o potencial de criação de riqueza gerada por eles. Um fator multiplicador muito elevado pode gerar inflação devido ao aquecimento exagerado da economia.
Existem vários outros fatores que fazem o dinheiro se multiplicar, e por aqui vemos como é difícil o trabalho dos formuladores de políticas públicas, fiscal e monetária. Antes de defendermos ideias simplistas é importante ter o conhecimento do que está por trás das decisões econômicas.

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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PRAZO PARA TIRAR, TRANSFERIR OU REGULARIZAR O TÍTULO ELEITORAL VAI ATÉ HOJE, 8 DE MAIO

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O eleitorado tem até o dia 8 de maio para tirar, transferir ou regularizar o Título de Eleitor, se quiser votar nas Eleições Municipais de 2024. Depois dessa data o cadastro eleitoral estará fechado, em virtude da preparação da logística de votação do pleito.

Desde o dia 8 de abril, os serviços on-line estão suspensos para eleitoras e eleitores sem biometria, ou seja, para essas pessoas o atendimento ocorrerá exclusivamente de forma presencial. Quem está com as digitais e foto cadastradas pode continuar utilizando o Autoatendimento Eleitoral até o fechamento do cadastro (8 de maio).

Consultar sua situação eleitoral

Serviços

  • Alistamento (primeiro Título): compreende os atos de qualificação e inscrição da eleitora ou do eleitor, o que permite que a pessoa adquira seus direitos políticos e possa votar na eleição. 
  • Transferência de domicílio eleitoral: é a operação que atualiza o endereço da pessoa que mudou de cidade, estado ou país, para que ela possa continuar a exercer o direito do voto.
  • Atualização de dados cadastrais (revisão): é o serviço em que a eleitora ou o eleitor solicita a alteração dos próprios dados (atualização do nome, endereço ou local de votação, por exemplo), sem mudar o município.

Atendimento

Tanto no atendimento presencial quanto on-line, é necessário ter em mãos a seguinte documentação:

– Documento oficial de identidade com foto (frente e verso);

– Comprovante de residência emitido há no mínimo 3 meses e no máximo 12 meses;

– Comprovante de pagamento de débito com a Justiça Eleitoral (caso haja).

– No caso dos homens nascidos em 2005, também é preciso apresentar comprovante de quitação do serviço militar.

O atendimento presencial é realizado de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.

É importante ressaltar que, nos dias 6 (segunda), 7 (terça) e 8 (quarta-feira) de maio, todos os Fóruns Eleitorais do Paraná atenderão em horário estendido, das 9h às 18h.

Plantão

Nos dias 4 (sábado) e 5 (domingo) de maio, 28 Fóruns Eleitorais farão plantão de atendimento. O atendimento no final de semana ocorrerá nos Fóruns Eleitorais dos seguintes municípios: Almirante Tamandaré, Apucarana, Arapongas, Araucária, Cambé, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Sarandi, Toledo, Umuarama e União da Vitória.

Consultar contato e endereço das Zonas Eleitorais do Paraná

Em caso de dúvidas, ligue para o Disque-eleitor do TRE-PR, pelo número 0800 640 8400 (ligação gratuita); ou converse pelo  Multicanal via WhatsApp (41) 3330-8500.

Com informações do Tribunal Superior Eleitoral 

A BR-476

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Nossa região teve ano passado uma grande chance de voltar para o mapa do estado do Paraná. Quando o trecho da BR 476 e da PR-280 foram incluídas no anel de integração – programa de privatização das rodovias do estado do Paraná, poderíamos ter uma chance de receber mais do que os nossos políticos nos dão.

Mas apesar de tudo, dela estar lá na proposta inicial, no mapa do novo Anel de Integração, tiraram ela, nos deixaram mais uma vez órfãos. Então alguém pensou que fosse mais vantajoso tirar as rodovias nossa região do anel e colocar rodovias de outras regiões que dessem mais votos. Até uma ligação do secretário Sandro Alex recebi, para justificar aquela situação.

Pois bem passados quase dois anos, a rodovia, que faz parte do projeto do governo federal como ‘Rodovia do Frango’ (trecho da BR-153 da divisa RS-SC até União da Vitória e BR-476 daqui até a Lapa) teve suas audiências públicas anunciadas e realizadas, possíveis datas de leilão, apresentação de projetos com duplicação, etc., mas a mudança de governo, paralisou o projeto.

A estrada ficou abandonada, passaram por ali obras de manutenção que mais estragaram do que arrumaram e chegamos aonde chegamos.
Uma rodovia sem condições de uso e matando pessoas.

Daí do nada vem a notícia que a partir de julho deve vir uma verba para recuperação do trecho pelo governo federal. E logo em seguida aqueles que tiraram a rodovia do anel de integração, anunciam que querem a rodovia de novo para o estado e agora vão fazer reformar a estrada entre União da Vitória e São mateus do Sul, tudo em concreto (mesmo sistema de pavimentação do trecho da PR-280 em Palmas)… E chegam dizendo que já tem o dinheiro.

Pois bem, o dinheiro para fazer este trecho em concreto é o dinheiro da multa de Petrobrás, que sugeri que fosse usado para fazer parte da duplicação da rodovia entre União da Vitória e Lapa (custo R$ 1,08 bilhões).

E então me pergunto, estamos sendo enganados mais uma vez? A BR-476 virou uma disputa de quem quer mais manchetes nos jornais?
O PT com o Governo Federal sabe que tem que manter a rodovia transitável pois é sua responsabilidade e tem que fazer o projeto da Rodovia do Frango sair do papel e virar realidade. Já o governador Ratinho Jr. viu uma oportunidade de se promover, mandar mais uma esmola com chapéu dos outros (multa Petrobrás) e tentar sair de bonzinho fazendo a obra do século (risos) – só que não.

Não existe um projeto maior para o nosso desenvolvimento? Não existe ‘semancol’ nisso tudo.