Panorama de Mercado

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Banco Central Adota Tom Mais Duro

Em diferentes eventos, os diretores do Banco Central reafirmaram seu compromisso firme com a meta de inflação, em linha com as declarações da semana anterior. Gabriel Galípolo, diretor de política monetária, destacou que a possibilidade de elevação da taxa Selic “está na mesa”, refletindo o tom mais cauteloso. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também reforçou que a autoridade monetária fará o que for necessário para atingir a meta inflacionária.

Apesar do dólar ter recuado para R$ 5,50, a preocupação com o aumento das expectativas inflacionárias e a robustez da atividade econômica continua. Nossa projeção de uma taxa Selic estável em 10,50% permanece, mas com tendência de alta.

Indicação do Novo Presidente do Banco Central Pode Ser Antecipada

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a indicação para o próximo presidente do Banco Central deve ocorrer nas próximas semanas. O objetivo é nomear o novo líder antes das eleições municipais de outubro. Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária, é o nome mais cotado para suceder Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro.

Desoneração da Folha de Pagamentos Avança no Congresso

O Senado apresentou um parecer sobre a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e municípios. A proposta foi mantida, mas com uma redução gradual do benefício até 2028, o que trouxe um impacto positivo para o arcabouço fiscal a médio prazo. Para compensar a desoneração, a proposta inclui novas fontes de receita, como a atualização de bens no imposto de renda, repatriação de recursos no exterior, elevação da alíquota de IRRF sobre juros sobre capital próprio, entre outras. Essas medidas devem gerar um impacto de R$ 20,3 bilhões, um valor inferior ao necessário (R$ 26,3 bilhões), mas que ajudará a compensar parcialmente as perdas decorrentes da desoneração.

Renegociação da Dívida dos Estados Avança no Senado

O Senado aprovou um novo projeto de lei que oferece aos estados uma alternativa para a renegociação de suas dívidas com a União, que somam mais de R$ 700 bilhões, principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A proposta prevê a possibilidade de abatimento dos juros da dívida por meio da entrega de ativos, investimentos em áreas como educação e segurança pública, e a aplicação de recursos em um fundo de equalização a ser criado. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.

Setor de Serviços e Varejo Mostram Força no 2º Trimestre

O setor de serviços cresceu 1,7% em junho comparado a maio e 0,7% no 2º trimestre em relação ao 1º, superando as expectativas. Já o varejo ampliado cresceu 0,4% em junho, abaixo da expectativa de 1,5%, mas registrou um aumento de 0,3% no 2º trimestre. Com o mercado de trabalho aquecido e a expansão da renda real, espera-se que o consumo continue crescendo nos próximos meses. Nossa projeção para o PIB de 2024, atualmente em 2,2%, tem viés de alta.

Ibovespa Bate Recorde na Semana

O Ibovespa subiu 2,6% em reais e 3,3% em dólares, fechando em 133.953 pontos, alcançando sua máxima histórica na quinta-feira. Globalmente, a redução das preocupações com a economia americana, após a divulgação de dados de inflação, diminuiu os temores de uma recessão. No Brasil, as declarações mais duras de membros do Copom indicaram a possibilidade de elevação da Selic, se necessário, o que levou à abertura das taxas curtas, apesar do fechamento das longas.

Durante a temporada de balanços do 2T24, 38% das empresas cobertas superaram as expectativas de EBITDA, 41% ficaram em linha e 21% abaixo do esperado. O destaque positivo foi o IRB (IRBR3, +52,4%), enquanto a Natura (NTCO3, -16,3%) foi o destaque negativo, após a divulgação de resultados e o anúncio do pedido de recuperação judicial de sua subsidiária Avon International.

Investindo em Ações Pagadoras de Dividendos: Navegando no Mar da Incerteza

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Investir em ações pagadoras de dividendos é como cultivar um pomar. Você planta as sementes (compra as ações), cuida delas com paciência (mantém o investimento), e com o tempo, colhe os frutos (recebe os dividendos). Este método de investimento pode ser uma estratégia poderosa para construir riqueza a longo prazo, especialmente quando realizado com sabedoria e uma boa dose de coragem durante períodos de desconfiança no mercado.

O Poder dos Dividendos

Sempre que uma empresa listada na bolsa realiza distribuição de lucros aos donos, ela é obrigada a distribuir igualmente o volume de lucros entre todos os acionistas, desde os majoritários até quem possui uma única ação, essa distribuição de lucro é o dividendo. Imagine que você possui uma árvore frutífera que, a cada trimestre, dá frutos. Esses frutos são os dividendos. Ao reinvestir esses dividendos, você está plantando novas árvores no seu pomar, aumentando assim a quantidade de frutos futuros.

O Valor da Paciência e da Consistência

Investir em ações pagadoras de dividendos exige paciência. Assim como um pomar não cresce da noite para o dia, os dividendos também levam tempo para se acumularem de forma significativa. Quanto mais ações você possuir, mais dividendos você irá receber. A chave é escolher empresas sólidas e consistentes, que tenham um histórico de pagamento de dividendos e estejam bem posicionadas em seus mercados.

Comprando na Tempestade: Oportunidades em Meio ao Medo

O mercado financeiro é cíclico, alternando entre períodos de euforia e medo. É durante as tempestades, quando o medo prevalece e os preços das ações caem, que surgem as melhores oportunidades de compra. Lembre-se, os dividendos são distribuídos por quantidade de ação e não por valor investido, ou seja, se o preço da ação cair e você comprar mais ações por valores menores, terá direito a mais dividendos tendo investido menos capital do que teria caso a ação estivesse valorizada. Vamos usar exemplos reais de empresas brasileiras para ilustrar isso:

  1. Petrobras (PETR4):

Em 2022, a Petrobras registrou um dividend yield extraordinário de 58,84% comparativamente ao valor das ações nesse ano, totalizando R$ 16,74 por ação. Em 2023, apesar da redução do yield para 29,58% e dos dividendos para R$ 7,25 por ação, a empresa ainda manteve uma distribuição significativa, especialmente devido aos altos preços do petróleo. Investidores que compraram ações durante os períodos de baixa se beneficiaram grandemente dos dividendos pagos e da recuperação do preço das ações.

Investindo R$ 50.000 na Petrobras em 2023, um investidor receberia R$ 14.790 em dividendos.

  1. Banco do Brasil (BBAS3):

Outro exemplo é o Banco do Brasil, que teve um dividend yield projetado de 11,99% em 2023. Mesmo com os riscos políticos associados às mudanças de governo, a instituição continuou a ser uma boa pagadora de dividendos. Investidores que compraram ações do Banco do Brasil durante períodos de instabilidade política e econômica, quando os preços das ações estavam deprimidos, colheram bons retornos através dos dividendos consistentes pagos pela instituição. Investindo R$ 50.000 no Banco do Brasil em 2023, um investidor receberia R$ 5.995 em dividendos.

  1. Metal Leve (LEVE3)

Em 2023, a Metal Leve foi destaque com um dividend yield de 29,19%, resultando em R$ 9,71 por ação. Parte desse rendimento foi devido a um dividendo extraordinário decorrente de reservas acumuladas e uma oferta subsequente de ações. Investidores que adquiriram ações da Metal Leve durante períodos de baixa se beneficiaram significativamente dessa distribuição extraordinária e dos dividendos regulares subsequentes. Investindo R$ 50.000 na Metal Leve em 2023, um investidor receberia R$ 14.595 em dividendos.

O Paradoxo das Flutuações de preço

Investir em ações pagadoras de dividendos pode ser comparado a investir em imóveis. Quando você compra uma propriedade para alugar, seu principal foco é a renda de aluguel, não a flutuação diária do valor do imóvel. Você não verifica o preço de mercado da sua casa todos os dias, mas sim, garante que ela esteja bem mantida e que seus inquilinos estejam satisfeitos, assegurando um fluxo constante de renda.
Da mesma forma, ao investir em ações pagadoras de dividendos, o foco deve estar nos dividendos recebidos e na saúde financeira da empresa, e não nas flutuações diárias dos preços das ações. Assim como os imóveis podem ter variações de preço devido a fatores econômicos e de mercado, as ações também passam por períodos de volatilidade. No entanto, desde que a empresa continue a pagar dividendos e a manter uma boa performance operacional, essas flutuações não devem ser motivo de preocupação.

Estratégia Prática

Seleção de Ações: Escolha empresas com um histórico sólido de pagamento de dividendos. Verifique a saúde financeira da empresa, seu setor de atuação e as perspectivas de crescimento.

Reinvestimento de Dividendos: Reinvista os dividendos recebidos para comprar mais ações. Isso aumenta seu poder de compounding (juros compostos), acelerando o crescimento do seu investimento.

Compra em Baixas: Monitore o mercado e esteja preparado para comprar ações durante períodos de queda. Mantenha uma reserva de caixa para aproveitar essas oportunidades.

Diversificação: Não coloque todos os seus ovos em uma única cesta. Diversifique seu portfólio para mitigar riscos.

Foco no Longo Prazo: Lembre-se de que investir em ações pagadoras de dividendos é uma maratona, não uma corrida de velocidade. O objetivo é acumular riqueza ao longo do tempo.

Por Fim…

Investir em ações pagadoras de dividendos é uma estratégia eficaz para construir riqueza e garantir uma renda passiva estável. Enfrentar as tempestades do mercado com coragem e visão de longo prazo pode transformar incertezas em oportunidades valiosas. Portanto, cultive seu pomar financeiro com sabedoria e paciência, e esteja pronto para colher os frutos abundantes que ele pode oferecer.

Para maximizar seus resultados, é essencial acompanhar relatórios indicativos de corretoras renomadas e, indispensavelmente, contar com a orientação de um assessor de investimentos qualificado. Eles podem fornecer análises detalhadas e personalizadas, ajudando a tomar decisões mais informadas e alinhadas com seus objetivos financeiros.

Se quiser saber mais sobre como começar a investir em ações pagadoras de dividendos, entre em contato conosco ou faça uma visita ao nosso escritório. Estamos prontos para ajudar você a navegar no mar dos investimentos com confiança e sucesso.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
41 9 9890 9119

QUERER NÃO É PODER

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QUERER NÃO É PODER
O velho ditado se encaixa bem neste momento político que vivemos em nosso município. Apesar de muitos quererem, poucos podem e conseguem ser candidatos.
Na verdade já vi acontecer em outras campanhas a velha história do ‘enfiado goela abaixo’ que não funciona. Primeiro porque política tem uma força natural, algo que nem o dinheiro, muito menos o poder conseguem mudar (a não ser na venezuela!!!).
Então quando vemos candidatos naturais desistindo de concorrer simplesmente porque o poder exige, ou quando vemos o dinheiro comprando a vaga de um outro candidato que seria naturalmente mais preparado, entendo que a política está deixando de ser algo para o bem. Pois quem faz isso, que usa o poder para afastar um candidato, ou que usa o dinheiro para tomar uma vaga, não pode ter boas intenções. Pensem nisso.

DESISTIU!?
A informação que circulou em diversos blogs e sites de notícias locais da desistência do atual prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas, de buscar a reeleição acabou criando uma situação de desamparo em relação à quem estava ao lado do atual prefeito o apoiando.
Eu, pessoalmente não acredito em tal informação. Até mesmo porque na noite de quarta-feira ainda o prefeito publicava o convite para a convenção do seu partido no próximo dia 05/08, sendo que muitos apoiadores escreviam palavras de apoio e força para sua candidatura.
Então,… a questão das reuniões em Curitiba, sei que aconteceram sim, mas não sei se o tema das reuniões foi bem esse e o desfecho anunciado nestas postagens também condizia com o que realmente aconteceu.
Até mesmo porque se o que anunciaram se concretizar, o atual prefeito poderá ter um problema bem sério caso venha a assumir qualquer cargo dentro do governo do estado do Paraná ano que vem (muita gente fez print das publicações). Além disso, aqueles que fizeram as promessas de troca de cargo pela desistência da candidatura também se complicariam. É esperar para ver.
Espero que o prefeito Bachir se mantenha na disputa, até mesmo porque nos levantamentos de intenção de voto (enquetes) feitas por alguns grupos, seu nome aparecia bem na frente de outros pré-candidatos, a exemplo da filha do deputado Hussein Bakri. E é claro que ele tem esta informação em mãos, o que lhe dá o aval para continuar como candidato. É esperar para ver…

Secretaria da Educação divulga novo edital de PSS para professores

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A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) vai realizar um novo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para a contratação de professores. As inscrições começam nesta quinta-feira, 25, e devem ser feitas exclusivamente pelo site do Instituto Consulplan até às 16h do dia 22 de agosto. Podem ser preenchidas até 30 mil vagas ao longo do período de vigência do processo seletivo nos 32 Núcleos Regionais de Educação.

Os candidatos podem se inscrever para vagas na Educação Básica e/ou Educação Profissional, de acordo com as normas estabelecidas em edital. A taxa da inscrição é de R$ 62 para o candidato que optar por realizar uma inscrição e R$ 82 para realizar as duas inscrições. O PSS será válido para 2025, podendo ser prorrogado para 2026.

O processo seletivo conta com prova objetiva, de caráter classificatória e eliminatória, além de provas de títulos e prática, que envolve um plano de aula, ambas classificatórias. As vagas para os professores são de até 40 horas semanais e a remuneração chega a R$ 6.158,04 (incluindo gratificação e vale-transporte). Há vagas para Professor de Apoio à Comunicação Alternativa (PAC) e Professor de Apoio Educacional Especializado (PAEE).

s provas objetivas serão aplicadas no dia 29 de setembro em Apucarana, Assis Chateaubriand, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Goioerê, Guarapuava, Ibaiti, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Loanda, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pitanga, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama, União da Vitória e Wenceslau Braz e a classificação final deve ser divulgada a partir do dia 09 de dezembro.

A convocação será composta por duas fases, as quais podem ocorrer separada ou simultaneamente. Elas estão relacionadas a comprovação de documentos informados na inscrição e contratação, condicionada à existência de vaga.

Serviço:

Inscrições: 25/07 à 22/08

Site: www.institutoconsulplan.org.br

Taxa de inscrição: R$ 62 (uma inscrição) / R$ 82 (duas inscrições)

Presidente da AMSULPAR se reúne com Secretário Executivo para tratar sobre assuntos administrativos

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Na última semana, o presidente da Associação dos Municípios do Sul Paranaense – AMSULPAR e prefeito de Cruz Machado, Antonio Luis Szaykowski, esteve reunido na sede da associação em União da Vitória com o Secretário Executivo, Wagner Neumann.

Na oportunidade, o presidente fez um balanço das ações que foram realizadas nos últimos anos, a qual buscou fortalecer e unir os municípios da região, visando garantir uma representatividade maior junto ao Governo Estadual e Federal.

O presidente também tratou sobre assuntos administrativos e assinou sua desincompatibilização do seu cargo, em razão das eleições municipais deste ano. Também foi avaliado quais ações serão realizadas pela AMSULPAR neste período eleitoral, seguindo as regras determinadas devido as eleições.

“Ficamos felizes por conseguir realizar durante esse período um trabalho de união e fortalecimento da nossa região. Todos os municípios que fazem parte da AMSULPAR tiveram voz e todos caminharam juntos para fortalecer nossa região”, destacou Antonio Luis Szaykowski.

BIBLIOTECA INCLUSIVA DO CAMPUS UNIÃO DA VITÓRIA DA UNESPAR DISPONIBILIZA ACERVO EM BRAILLE

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A biblioteca do campus União da Vitória da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) lançou uma iniciativa inclusiva para oferecer livros literários em Braille à comunidade acadêmica e ao público em geral. As primeiras ações para a realização do projeto foram da coordenadora da biblioteca Vanessa Henriques Veloso Misiê. A iniciativa, que começou com um cadastro em uma editora no final do ano passado, já trouxe resultados interessantes. O acervo conta com oito títulos, mas a meta é a sua expansão nos próximos anos.

“Os livros em Braille começaram a chegar este ano, e já estamos vendo um aumento considerável no acesso a esse material”, afirma Vanessa. Tudo começou devido à necessidade de incluir os alunos com dificuldade visual do curso de Direito. Após os primeiros títulos chegarem, a biblioteca foi ganhando visibilidade e outros cursos se interessaram pela proposta. Os estudantes do curso de Pedagogia são alguns dos usuários deste acervo, aproveitando os recursos para enriquecer suas formações. Professores levam seus alunos para a biblioteca para fazerem trabalhos sobre o tema ou oficinas. Além disso, a iniciativa alcança outros usuários cegos ou com baixa visão. Além do acervo em Braille, a instituição ainda conta com a biblioteca virtual “Minha Biblioteca”, que oferece audiolivros para este mesmo público.

A unidade informacional recebe também visitas da comunidade em geral. Em alguns casos, o atendimento é realizado em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pela bibliotecária, objetivando a eficiência do acesso à informação para o público surdo. A comunidade acadêmica ainda conta usuários surdos que utilizam o espaço da biblioteca para realização de atividades e serviços ofertados.

Além dos alunos, professores e agentes universitários, a comunidade externa também pode usufruir do acervo e das instalações da biblioteca. “Nossa biblioteca é aberta ao público, qualquer pessoa pode vir ler um livro ou estudar aqui. Temos computadores, salas de estudo e um ambiente inclusivo”, explica Vanessa. Os serviços de empréstimo de livros, no entanto, são exclusivos para a comunidade acadêmica.

Vanessa destaca a transformação que a biblioteca tem passado, tornando-se uma biblioteca social. “A biblioteca vive cheia, especialmente à noite, quando temos mais cursos de graduação. A comunidade está conhecendo e aproveitando o trabalho que realizamos aqui”, conclui.

PL DE PORTO UNIÃO

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O partido Liberal de Porto União reuniu dirigentes e filiados nesta terça-feira, 23, com destaque para a presença do pré-candidato a prefeito, o médico Juliano Hassan e também do vereador Walbert de Paula e Souza.
O Presidente do partido, Carlos Roderlei Pinto (polaco do Bifão), coordenou a reunião, juntamente com o vereador Gildo Masselai (ex-PSDB), onde os vários pré-candidatos ao legislativo puderam amadurecer o projeto de candiatura.

O VICE PERFEITO
Já escrevi aqui e repito. O cara para ser vice está em falta. Na verdade não é que está em falta, mas às vezes o desconhecimento político acaba afastando bons candidatos a vice de seguirem em frente.Algumas vezes porque ficaram filiados a um partido onde ‘alguém’ manda mais e não vai deixar. Noutros porque esqueceu de se filiar a um partido. Noutras ocasiões porque o candidato aceita ser vice, tem perfil para isso, mas a família não quer.,precisamos parar de nos preocupar somente com os candidatos à prefeitos e chamara atenção daqueles que podem ser bons vices para que também estejam preparados.
Enfim, a política neste país só irá melhorar quando as pessoas de bem voltarem para ela.

OI, OLHEM ISSO!!!
– Nos bastidores da política de União da Vitória a conversa é sobre a forma como o deputado Hussein está querendo colocar goela abaixo a candidatura de sua filha para prefeita.
No final esta história o que pode acontecer é ele perder ainda mais apoio na cidade, já que é costume dele esquecer parceiros pelo caminho. Mas ele tem o Ratinho Jr. do lado dele não é… (só por dois anos). E depois?!
– Na política existe umas figuras que eu chamo de Milícia, que são aqueles caras que gostam de uma confusão. O mais engraçado é que estes caras somem em tempos normais e quando chega a campanha eles reaparecem.

ALGUÉM TEM QUE PAGAR A CONTA

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E quem vai pagar somos todos nós. Para falar a verdade já estamos pagando essa conta. Basta ver que a arrecadação do governo federal apresentou um aumento real, descontada a inflação, de 9,08%, no primeiro semestre de 2024, segundo a Receita Federal informou ontem. No período, a arrecadação chegou a R$ 1,289 trilhão.
Daí os empresários vem me perguntar onde está o dinheiro que não está mais circulando no comércio…

É IMPRESSÃO MINHA
Não sei se é impressão minha ou aquela série de visitas anunciando as obras do governo Ratinho Jr. eram apenas parte de uma campanha política para promover um candidato ou candidata?

ACOSTAMENTOS
O deputado estadual do PSD-PR, Luiz Claudio Romanelli quer apresentar um projeto de lei que torna obrigatória a execução de obras de acostamento nas rodovias do Estado. “O acostamento é um elemento essencial num ambiente rodoviário moderno”, disse Romanelli que constatou a falta dos espaços laterais destinados a paradas e estacionamento em caso de emergências.
Concordo com o deputado pois diversos acidentes poderiam ser prevenidos se os acostamentos existissem nestas rodovias.

UM VICE KINDER
A brincadeira faz alusão ao ovo de chocolate da marca Kinder, que sempre trazia uma surpresa em seu interior.
Soube esta semana que o candidato Ary Carneiro Junior, gostaria que uma determinada pessoa fosse seu vice. Mas o nome é uma surpresa. Não posso falar. Mas eu espero realmente que isso aconteça, que a pessoa escolhida por Ary aceite o desafio.

OI, OLHEM ISSO!!!
– Empresários que possuem suas lojas na região da Ponte do Arco, na avenida Manoel Ribas, até mesmo na avenida Bento Munhoz ali no bairro Navegantes e São Bernardo, estão reclamando da demora e a forma como o problema dos desmoronamentos naquela região foram tratados pelo governo Ratinho Jr.. Isso porque faz 6 anos que o problema aconteceu e a cada vez que o governo disse que teria uma solução, a primeira atitude foi interromper ou controlar o trânsito ali, criando uma diminuição de até 60%, em alguns casos, no movimento de vendas… Existe aí uma responsabilidade muito grande do governo Ratinho Jr. e do deputado Hussein, que já anunciou a obra algumas vezes, mas que não conseguiram resolver a situação da maneira correta e no tempo certo.

PROJETOS

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Já escrevi diversas vezes aqui sobre isso. O quanto um bom projeto, algo novo, cria resultados em toda uma cidade. O projeto turístico do Morro do Cristo em União da Vitória é um exemplo disso. A Secretaria Francielle Misturini de União da Vitória teve visão para isso.
Ela foi atrás de algo novo e hoje o Morro do Cristo (podem ter certeza disso), se tornará destino de muito mais do que 100 mil turistas/ano. Só no último fim de semana acredito que passaram por lá umas 5 mil pessoas. O domingo de sol ajudou, mas o movimento naquele local é mais uma prova que precisamos fazer algo novo pela nossa cidade.
Precisamos de pessoas junto à administração pública que tenham esta visão e este projeto do Morro do cristo precisa ser levado adiante, independente de quem vencer a eleição em outubro próximo.
E isso vale tanto para quem ganhar, como para os deputados que prometeram verbas para este projeto.

AGUARDANDO
No útlimo sábado o médico Ary Carneiro Júnior reuniu amigos e apoiadores para uma conversa final em relação à sua pré-candidatura a prefeito de União da Vitória. No almoço, entre os presentes, o presidente do PSDB de União da Vitória, seu filho e o empresário Alcides Rochembach. No próximo dia 05 de agosto Ary deve ter seu nome confirmado na convenção do partido.

OI, OLHEM ISSO!!!
– O Paraná teve mais de 570 mortes por dengue no último ano.
– Em Porto União a campanha se encaminha para ser uma das mais disputadas de todos os tempos. A saída do prefeito da disputa por não poder concorrer à reeleição, acabou deixando um vazio que deverá ser disputado por novos nomes e isso com certeza aumentará a disputa. Agora é só saber quem vai ter mais força, e dinheiro para garantir a vitória.

 

DESISTIU

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A notícia que veio à público na terça-feira, sobre a desistência do atual vice-prefeito de Porto União, Erico Rosenscheg de ser o pré-candidato à prefeito do MDB de Porto União me entristeceu. Isso porque sei o quanto Erico trabalhou pelo nosso município e de sua capacidade de entender a administração municipal como um todo. Seria um ótimo prefeito…
Bom agora o MDB deve definir novamente um caminho a seguir. Ainda pode ser com uma candidato à majoritária, mas o caminho que é mais provável é o do MDB indicar o vice para o candidato do PL, Dr. Juliano Hassan.
E depois de uma campanha para deputada estadual, o nome de Suelen Geremia acaba sendo o mais comentado para a vaga, apesar do comandante Paulo Henrique Hemm também ter colocado seu nome à disposição do partido.

CANCELADO
O teste do novo sistema de alertas de desastres climáticos, que aconteceria neste sábado (20), em União da Vitória e outras cidades do Brasil, foi adiado pelo Governo Federal. Um novo teste será adiado, mas ainda será definido uma nova data. O alerta apareceria na tela do celular de quem estivesse nos perímetros das duas cidades, através do sistema Cell Broadcast, que permite que celulares de uma determinada área, estipulada previamente, recebam as mensagens independentemente de adesão. A justificativa é que é necessário melhorar a questão de organização junto às defesas civis municipais…

1 SALÁRIO
O governador Jorginho Mello sancionou na terça-feira, 16, o Projeto de Lei 475/2021 do deputado estadual Jessé Lopes que institui a cobrança de multa pelo porte e uso de entorpecentes em ambientes públicos em Santa Catarina. O projeto havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), no começo do mês e a multa, estipulada em um salário mínimo, será aplicada a quem for autuado por portar ou consumir drogas ilícitas em espaço aberto ou fechado nas proximidades de órgão, instituição ou construção pública, incluindo vias públicas e parques. Do total arrecadado com as multas, 50% dos recursos serão aplicados no Fundo Estadual para Melhoria da Segurança Pública, 25% ao Fundo Estadual Antidrogas e 25% para o Fundo Estadual da Saúde.

Panorama de Mercado

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Inflação Acima do Esperado a Uma Semana do Copom

O IPCA-15 de julho registrou uma alta de 0,30% em comparação ao mês anterior, superando as expectativas do mercado. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada subiu de 4,06% em junho para 4,45% em julho. Este dado é relevante para a política monetária, pois a média dos núcleos de inflação, que exclui itens com preços mais voláteis como alimentos e energia, também superou as previsões e está bem acima da meta de inflação. O núcleo de serviços, especificamente, apresentou um aumento significativo, o que preocupou o mercado.

Este cenário inflacionário acima do esperado reforça os argumentos daqueles que defendem um aumento da taxa de juros em 2024. No entanto, mantemos a perspectiva de que a taxa Selic permanecerá estável em 10,50%.

Terceiro Relatório Bimestral Mantém Estimativas de Receita

O terceiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) de 2024, preparado pelo Poder Executivo, projeta um déficit de R$ 32,6 bilhões (0,3% do PIB), excluindo as despesas de ajuda ao Rio Grande do Sul. Este valor compara-se a um déficit de R$ 14,5 bilhões (0,1% do PIB) no relatório anterior. Esse resultado ficou abaixo do limite da meta fiscal de saldo primário (R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do PIB), exigindo um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões em despesas. A estimativa de receita líquida diminuiu em R$ 13,2 bilhões desde o primeiro relatório bimestral, enquanto as despesas totais aumentaram R$ 20,7 bilhões.

O aumento nas estimativas de despesas dentro do limite de gastos foi de R$ 13,6 bilhões, resultando no bloqueio de cerca de R$ 11,2 bilhões em despesas discricionárias para cumprir a regra fiscal. As projeções para benefícios previdenciários, entretanto, continuam otimistas.

Desde o início do ano, o governo tem feito ajustes graduais nos relatórios bimestrais, mostrando progresso nas despesas, embora ainda haja necessidade de ajustes nos gastos com previdência. As projeções de receita permanecem acima das expectativas.

Forte Arrecadação de Impostos em Junho

A arrecadação de impostos federais em junho cresceu 11,0% em termos reais comparado ao mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 208,8 bilhões. Este foi o melhor desempenho histórico para o mês, superando as expectativas do mercado. O aumento foi impulsionado principalmente pelo PIS/Cofins, Imposto de Importação, IPI e IRRF sobre ganhos de capital. No entanto, os tributos corporativos e outras receitas administradas pela Receita Federal tiveram um desempenho inferior ao esperado. No acumulado do ano, a arrecadação tributária cresceu 9,1%, atingindo R$ 1.143,0 bilhões.

Acreditamos que a arrecadação tributária deve continuar em tendência positiva, embora abaixo do necessário para atingir a meta de resultado primário deste ano. Esperamos um crescimento de 8,6% na arrecadação de impostos em 2024, totalizando R$ 2.619,2 bilhões.

Cenário Internacional

Projeções do Mercado para o Fed

Após a divulgação dos dados do PIB e inflação nos EUA, o mercado continua projetando um possível início dos cortes de juros pelo Fed em setembro. O PIB dos EUA cresceu 2,84% no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, superando as expectativas de 2,0%. Este crescimento foi impulsionado pelo consumo das famílias, apoiado por um aumento robusto do rendimento real e um mercado de trabalho forte. No entanto, parte significativa da surpresa no PIB deveu-se à recuperação dos estoques, um componente volátil.

O deflator do PCE, indicador de inflação mais acompanhado pelo Fed, alinhou-se com o consenso de mercado em junho. O núcleo de inflação, excluindo itens voláteis, subiu 0,18% em relação a maio, acumulando 2,63% em 12 meses. Este resultado foi positivo para as perspectivas de desinflação.

Embora um corte nas taxas de juros americanas em setembro esteja se consolidando, ainda não é certo. Até a reunião do Fed em setembro, mais duas rodadas de dados serão fundamentais para determinar se o abrandamento da inflação é sustentável. Projetamos que o Fed cortará os juros pela primeira vez em dezembro, embora exista a possibilidade de um corte mais cedo.

Biden Desiste da Reeleição e Apoia Kamala Harris

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não concorrerá à reeleição, após pressão do partido Democrata. Ele apoiará a atual vice-presidente Kamala Harris para liderar a chapa democrata. Harris já recebeu o apoio de figuras-chave do partido e está bem posicionada para obter a nomeação do Partido Democrata para concorrer contra Donald Trump. De acordo com uma pesquisa não oficial da Associated Press, Harris já conta com o apoio de mais de 1.976 delegados democratas, o suficiente para garantir a indicação do partido.

As pesquisas iniciais mostram uma disputa acirrada, com Trump ainda mantendo vantagem.

Banco Central Chinês Reduz Juros para Impulsionar a Economia

O Banco Popular da China (PBoC) reduziu duas de suas principais taxas de juros. A taxa de um ano, usada para empréstimos a consumidores e empresas, caiu de 3,45% para 3,35%, enquanto a taxa de mais de cinco anos, referência para hipotecas imobiliárias, foi reduzida de 3,95% para 3,85%. A decisão visa estimular a economia chinesa, que apresentou dados mistos de PIB e atividade econômica no segundo trimestre.

Bolsa

O Ibovespa registrou uma queda de 0,1% em reais e 1,4% em dólares nesta semana, fechando aos 127.492 pontos. Globalmente, os destaques foram os dados positivos dos EUA, com o PCE de junho e o PIB do segundo trimestre acima das expectativas. No mercado doméstico, o foco esteve no relatório bimestral de receitas e despesas, confirmando o congelamento de R$ 15 bilhões em gastos, e nos dados do IPCA-15, que vieram acima do esperado. A privatização da Sabesp (SBSP3) foi concluída, com o governo de SP vendendo 32% de sua participação acionária por R$ 14,8 bilhões, levando a uma alta de 15,8% na ação em julho.

O principal destaque positivo da semana foi a Hapvida (HAPV3), com uma alta de 7,5%, enquanto o destaque negativo foi a Usiminas (USIM5), que caiu 25,6% após resultados decepcionantes no segundo trimestre de 2024.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-inflacao-nos-eua-aumenta-chance-de-cortes-de-juros/ https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-cai-na-semana-em-meio-a-ruidos-fiscais/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Dólar a R$5,60 está caro?

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A cotação do real brasileiro (BRL) frente ao dólar americano (USD) é uma variável econômica que atrai grande interesse, dada sua relevância para a economia do país. A taxa de câmbio entre essas duas moedas é determinada, em grande parte, pelas forças de oferta e demanda. Quando há uma maior demanda por reais em comparação com dólares, a moeda brasileira tende a se valorizar. Inversamente, uma maior procura por dólares desvaloriza o real. Com a recente cotação do dólar ultrapassando a marca de R$ 5,60, muitos têm buscado entender os fatores que contribuem para esse cenário de valorização do dólar. Compreender os principais fatores que influenciam essa paridade cambial é essencial para investidores, empresários e cidadãos que buscam entender o impacto dessas flutuações em suas finanças e na economia em geral.

Fatores Internos

Política Econômica e Fiscal

A política econômica e fiscal do Brasil tem um impacto direto na cotação do real. Medidas fiscais, como o controle de gastos públicos e a gestão da dívida pública, influenciam a confiança dos investidores na economia brasileira. Recentemente, os dados de déficits fiscais previstos, e a recuso do governo em conter gastos, tem gerado debates sobre sua eficácia em manter a disciplina fiscal e a confiança do mercado.

Taxa de Juros

A taxa Selic, definida pelo Banco Central do Brasil, é outro fator crucial. Em 2023, o Banco Central manteve a taxa Selic elevada em 13,75% ao ano, como forma de combater a inflação. Taxas de juros mais altas atraem investimentos estrangeiros em busca de rendimentos maiores, fortalecendo o real. No entanto, há pressões políticas para a redução da taxa de juros, o que pode afetar a paridade cambial e minar a confiança do investidor estrangeiro, gerando menor interesse por comprar Real e investir no Brasil.

Inflação

Níveis elevados de inflação corroem o poder de compra do real, desvalorizando a moeda. A manutenção de uma inflação controlada é fundamental para a estabilidade cambial. Em 2023, a inflação acumulada foi de 4,65%, dentro da meta estabelecida pelo Banco Central. Esse controle da inflação contribuiu para uma relativa estabilidade do real. Mas o atual cenário de troca do presidente do BC e o elevado gasto fiscal do governo, tendem a pressionar a inflação para cima. Além do fato de que um dólar elevado, por si só já irá alimentar uma elevação na inflação, já que boa parte da cadeia de valor agregado dos produtos nacionais é importada.

Fatores Externos

Política Monetária dos EUA

Decisões de política monetária do Federal Reserve (Banco Central Americano) têm grande influência na paridade cambial. Em 2023, o Fed continuou a aumentar as taxas de juros em um esforço para controlar a inflação nos Estados Unidos, o que fortaleceu o dólar em relação a outras moedas, uma vez que investimentos seguros estavam rendendo mais do que anteriormente nos EUA, houve uma grande migração de capital em direção aos EUA. Desde então o FED está postergando o corte de juros, isso retêm capital nos EUA. E Impede maiores cortes de juros no Brasil.

Preços das Commodities

O Brasil é um grande exportador de commodities, como soja, minério de ferro e petróleo. Em 2023, os preços das commodities mostraram volatilidade devido a incertezas geopolíticas e à recuperação econômica global pós-pandemia. A valorização dessas commodities no mercado internacional fortalece o real, pois aumenta a entrada de dólares que precisão ser convertidos em Reais no país. No entanto, a recente queda nos preços do minério de ferro tem gerado preocupações sobre a balança comercial brasileira e uma menor compra de real com as vendas do minério.

Fluxo de Capitais

O fluxo de capitais estrangeiros, seja por meio de investimentos diretos ou de portfólio, também afeta a cotação do real. A entrada de capital estrangeiro aumenta a demanda por reais, pois os investidores precisam converter seus dólares para realizar investimentos no Brasil. Esse aumento na demanda por reais tende a valorizar a moeda brasileira em relação ao dólar. Em 2023, houve um aumento na entrada de investimentos estrangeiros diretos, impulsionado por um ambiente de negócios mais favorável e reformas estruturais em andamento, porém esse cenário está se invertendo rapidamente, vimos uma retirada líquida recorde nos investimentos estrangeiros.

Cenário Político

A estabilidade política é fundamental para a confiança dos investidores. Incidentes de instabilidade, incertezas eleitorais ou crises políticas podem desvalorizar o real, pois aumentam a percepção de risco. As reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, são vistas como positivas para a valorização da moeda. A recente aprovação da reforma tributária no Congresso, que visa simplificar o sistema tributário brasileiro, é um passo importante nessa direção.

Em resumo…

A cotação do real frente ao dólar é influenciada por uma complexa rede de fatores internos e externos. A política econômica e fiscal do Brasil, a taxa de juros, a inflação, as decisões do Federal Reserve, os preços das commodities e o fluxo de capitais são alguns dos principais elementos que determinam essa paridade cambial. A estabilidade política e a implementação de reformas estruturais também desempenham um papel crucial.

Para investidores e cidadãos, é essencial acompanhar de perto esses fatores e entender suas inter-relações. A diversificação de investimentos e a adoção de estratégias que considerem a volatilidade cambial são práticas recomendadas para mitigar riscos e aproveitar oportunidades em um cenário econômico global dinâmico e desafiador. A dinâmica da oferta e demanda por moedas é central para entender a valorização ou desvalorização do real, e o aumento da procura por reais para investimentos no Brasil ilustra como esses mecanismos influenciam a taxa de câmbio.

 

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
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Panorama de Mercado

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No Brasil

Bloqueio de Despesas Acima do Esperado, Mas Desafios Fiscais Persistem

O governo brasileiro anunciou um congelamento de despesas no valor de R$ 15 bilhões. Desse total, R$ 11,2 bilhões representam um bloqueio, ou seja, uma redução de despesas não obrigatórias para acomodar o crescimento das despesas obrigatórias e cumprir o limite de gastos. Os restantes R$ 3,8 bilhões são referentes a um contingenciamento, uma diminuição do total das despesas para atingir a meta de resultado primário.

A notícia do congelamento de despesas foi bem recebida pelo mercado, que viu nisso um esforço maior para o cumprimento das regras fiscais. O bloqueio é considerado significativo, alinhando-se às nossas estimativas de R$ 16 bilhões. Se houver necessidade de novos bloqueios, espera-se que sejam menores. No entanto, o contingenciamento ficou abaixo do necessário, que estimamos em aproximadamente R$ 26 bilhões. Algumas premissas otimistas no relatório do governo reduziram a necessidade de cortes maiores. Caso haja frustração de receitas, novos cortes podem ser realizados ou a meta de resultado primário pode ser revisada.

Prazo para Acordo sobre Desoneração da Folha Prorrogado

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, estendeu até 11 de setembro o prazo para que o Congresso e o governo federal cheguem a um acordo sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e municípios. O prazo inicial venceria nesta sexta-feira, mas o Ministério da Fazenda e os senadores ainda não chegaram a um consenso sobre as fontes de compensação para financiar o benefício.

Os senadores propuseram medidas alternativas que, segundo nossas estimativas, gerariam menos de R$ 10 bilhões em receita este ano. O governo insiste em um possível aumento da alíquota da CSLL para complementar a compensação, caso as medidas do Senado não sejam suficientes. Com a elevação proposta da CSLL, o impacto potencial chegaria a R$ 11,6 bilhões, ainda abaixo dos R$ 18 bilhões necessários para compensar a desoneração.

Real se Desvaloriza Contra o Dólar

Nesta semana, o Real desvalorizou cerca de 2% frente ao Dólar, encerrando próximo de R$ 5,60/US$. Essa depreciação ocorreu mesmo com o anúncio de contenção de gastos além do esperado pelo mercado, devido a fatores externos. Na quarta-feira, o Iene se valorizou fortemente contra o Dólar diante de especulações sobre intervenção do banco central do Japão. Isso levou a um rebalanceamento das carteiras, com forte venda de Real e outras moedas emergentes, como as do Chile e da Colômbia, que cederam cerca de 3% na semana. Sem essa interferência internacional, os ativos brasileiros provavelmente teriam respondido de maneira mais positiva às notícias fiscais domésticas.

Cenário Internacional

 

BCE Mantém Taxas de Juros

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter suas taxas de juros de referência na reunião de julho. A comunicação que acompanhou a decisão foi neutra, indicando que o banco central não está muito preocupado com a inflação, apesar das recentes surpresas altistas. O BCE continua monitorando os riscos de baixa para as perspectivas de crescimento econômico e a sustentabilidade fiscal, especialmente na França e Itália.

Economia dos EUA Mostra Sinais de Reequilíbrio

Apesar da volatilidade dos dados no primeiro semestre, a economia dos EUA parece estar respondendo à política monetária restritiva. As vendas no varejo estagnaram em junho, reforçando a perspectiva de desaceleração do crescimento econômico. Jerome Powell, Presidente do Fed, indicou progressos na convergência gradual da inflação à meta de 2%, com leituras benignas de inflação corrente no segundo trimestre. Falas de diretores do Fed ao longo desta semana corroboraram o discurso de Powell, com Christopher Waller mencionando a aproximação do ciclo de corte nos juros e John Williams afirmando que os dados de inflação estão se movendo consistentemente na direção correta.

Atividade na China Decepciona

Na China, o PIB cresceu 4,7% no segundo trimestre de 2024, abaixo da previsão de 5,1%. Este foi o crescimento anual mais fraco desde o primeiro trimestre de 2023, devido à recessão imobiliária, fraca demanda interna, desvalorização do Yuan e tensões comerciais com o Ocidente. Em relação aos indicadores de junho, as vendas no varejo cresceram apenas 2,0%, o menor acréscimo em quase 17 meses, enquanto a produção industrial aumentou 5,3%, o ritmo mais lento em três meses.

Bolsas de Valores

O Ibovespa interrompeu sua sequência de quatro ganhos semanais, caindo 1,0% em reais e 3,5% em dólares, fechando aos 127.616 pontos. No cenário global, a retórica mais branda do Federal Reserve, combinada com dados de inflação e emprego moderados, indicou uma economia sólida. A rotação de ações de tecnologia para papéis cíclicos continuou, com a Nasdaq caindo 4,0% e o S&P 500, 2,0%, na semana. Domesticamente, o foco esteve nos ruídos fiscais, com o mercado aguardando clareza sobre medidas para cumprir a meta de déficit fiscal.

Destaques da Semana

Positivo: Usiminas (USIM5)

A Usiminas teve alta de 5,8%, impulsionada por uma perspectiva positiva sobre a demanda por aço na América Latina e aumento da participação acionária da BlackRock.

Negativo: Pão de Açúcar (PCAR3)

O Pão de Açúcar caiu 13,4%, pressionado pela abertura na curva de juros.

FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-governo-indica-contencao-de-gastos/  https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-interrompe-sequencia-de-altas-semanais-em-meio-a-incertezas-fiscais/

 

Mateus H. Passero
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As Principais Vertentes Econômicas: Ortodoxa e Heterodoxa

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As Principais Vertentes Econômicas: Ortodoxa e Heterodoxa

O debate sobre a escolha do novo diretor do Banco Central tem trazido à tona questões fundamentais sobre as direções possíveis da política econômica no Brasil. A definição do perfil do novo dirigente pode sinalizar uma inclinação maior para políticas ortodoxas ou heterodoxas, influenciando diretamente as estratégias de crescimento econômico, arrecadação e controle da inflação. Neste contexto é importante entender as diferenças entre as abordagens, como cada uma delas busca entregar crescimento econômico, inflação controlada e boa arrecadação ao governo.

Vertente Ortodoxa

A economia ortodoxa, ou neoclássica, fundamenta-se na crença de que mercados livres são eficientes e que a intervenção governamental deve ser mínima.

Crescimento Econômico

A estabilidade macroeconômica é essencial para criar um ambiente favorável aos negócios, reduzindo incertezas e incentivando investimentos privados. Por exemplo, a Alemanha pós-reunificação adotou políticas de austeridade e reformas estruturais que ajudaram a estabilizar a economia e promover o crescimento a longo prazo. No Brasil, o Plano Real implementado em 1994 estabilizou a moeda e controlou a hiperinflação através de uma política monetária restritiva.

Melhora na Arrecadação

A ampliação da base tributária e a simplificação do sistema tributário são estratégias centrais para melhorar a arrecadação. A reforma tributária nos EUA em 2017 buscou simplificar o código tributário e reduzir a evasão, enquanto no Brasil a proposta de reforma tributária visa unificar impostos como PIS e Cofins em um único imposto sobre bens e serviços (IBS). Além disso, a redução de gastos públicos é outra característica da política ortodoxa, focando na austeridade fiscal para equilibrar o orçamento e evitar déficits públicos.

Controle de Inflação

A política monetária restritiva, como a elevação das taxas de juros, é utilizada para reduzir a demanda agregada e controlar a inflação. O Federal Reserve dos EUA aumentou as taxas de juros para conter a inflação em várias ocasiões, incluindo a resposta à crise de 2008. No Brasil, o Banco Central aumentou a taxa Selic em 2021 para combater a crescente inflação pós-pandemia. A disciplina fiscal, buscando a redução do déficit público e a contenção da dívida pública, também é uma prática comum para reduzir pressões inflacionárias.

 

Vertente Heterodoxa

A economia heterodoxa agrupa diversas escolas de pensamento que desafiam as premissas ortodoxas, defendendo maior intervenção estatal e políticas ativas de desenvolvimento. As principais políticas heterodoxas incluem:

Crescimento Econômico

O estímulo à demanda através do aumento dos gastos públicos e políticas de redistribuição de renda é uma estratégia fundamental. Durante a Grande Depressão, o New Deal nos EUA envolveu grandes investimentos em infraestrutura e programas sociais, que estimularam a economia. No Brasil, programas como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida incentivaram o consumo e a construção civil, promovendo o crescimento econômico e melhorando o acesso à moradia para famílias de baixa renda.

Melhora na Arrecadação

A progressividade tributária é defendida para que os mais ricos paguem uma proporção maior de seus rendimentos em impostos. Os países nórdicos, como a Suécia, têm sistemas tributários altamente progressivos que financiam robustos estados de bem-estar social. No Brasil, propostas de tributação sobre grandes fortunas e heranças visam aumentar a progressividade do sistema tributário. Além disso, o aumento dos investimentos em infraestrutura e serviços públicos pode, a longo prazo, melhorar a arrecadação através do crescimento econômico.

Controle de Inflação

A política de renda, que inclui controle de preços e salários para evitar que aumentos de custos se traduzam em inflação, é uma prática comum em momentos de crise. Na Argentina, o controle de preços e salários tem sido uma medida heterodoxa para conter a inflação, embora com resultados mistos. No Brasil, durante o Plano Cruzado em 1986, houve congelamento de preços para tentar controlar a inflação, com resultados controversos. A regulação dos mercados essenciais, como energia e alimentos, para evitar flutuações excessivas de preços, também é uma prática defendida pela vertente heterodoxa.

Comparação das Abordagens

A vertente ortodoxa tende a focar na estabilidade macroeconômica e no controle da inflação como pré-condições para o crescimento econômico, acreditando que um ambiente estável naturalmente atrai investimentos e gera crescimento. Em contraste, a vertente heterodoxa acredita que o crescimento econômico pode ser promovido através de políticas ativas de estímulo à demanda e investimentos públicos, mesmo que isso signifique uma maior intervenção estatal e risco de inflação a curto prazo.

No Brasil, essas abordagens têm sido alternadas conforme os governos. Políticas ortodoxas foram adotadas nos anos 1990 para estabilizar a economia e controlar a inflação, enquanto políticas heterodoxas foram mais prevalentes na década seguinte, focando em crescimento econômico e inclusão social.

A escolha entre uma abordagem ortodoxa ou heterodoxa depende do contexto econômico e social específico, bem como dos objetivos de política econômica de cada governo. Compreender as diferenças e as implicações de cada abordagem é fundamental para a formulação de políticas que promovam o desenvolvimento sustentável e equitativo.

Nesse sentido, a escolha do novo diretor do Banco Central não é apenas uma decisão administrativa, mas também um indicativo do caminho que o país poderá seguir em termos de política econômica nos próximos anos.

 

Mateus H. Passero
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Prouni 2/2024: MEC ofertará mais de 8 mil bolsas em Santa Catarina

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O Ministério da Educação (MEC) está oferecendo, em Santa Catarina 8.064 bolsas para o Programa Universidade para Todos (Prouni). Dessas, 7.775 são integrais (100%) e 289 são parciais (50%), distribuídas em 161 cursos, de 60 instituições catarinenses participantes do programa. A oferta de bolsas por município pode ser acessada na página do Prouni, em “Consulta de bolsas”.  

Cursos – O curso de graduação com o maior quantitativo de bolsas ofertadas no estado é Pedagogia, com 584, sendo 559 integrais e 25 parciais. Depois dele, os dois cursos com as maiores ofertas são: Administração com 431 bolsas (404 integrais e 27 parciais), e Educação Física, com 361 bolsas (356 integrais e cinco parciais).    

Inscrição – O período de inscrição para o programa ocorre de 23 a 26 de julho, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. A divulgação do resultado vai acontecer em duas chamadas, em 31 de julho e 20 de agosto.   

O candidato poderá se inscrever nas bolsas integrais (se sua renda familiar bruta mensal per capita não excede o valor de 1,5 salário mínimo) ou parciais (se sua renda familiar bruta mensal per capita não excede o valor de 3 salários mínimos).   

Prouni  Criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005, o Programa Universidade para Todos oferta bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. O Prouni ocorre duas vezes ao ano e tem como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior.     

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu)