Anvisa aprova remédio contra covid-19 para imunocomprometidos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (24) o uso emergencial de novo medicamento que promete aumentar a resistência contra a covid-19 em pessoas imunocomprometidas graves em decorrência de outros problemas de saúde.
Produzido pela AstraZeneca do Brasil, o remédio Evusheld, não é um substitutivo à vacinação da população em geral, sendo recomendado apenas para pessoas não infectadas pelo novo coronavírus, cujas defesas imunológicas estejam comprometidas por outras doenças ou que não possam ser vacinadas contra a covid-19.
Já autorizado em outros países, como os Estados Unidos, o medicamento Evusheld pode ser usado por pessoas a partir dos 12 anos de idade ou com pelo menos 40 kg, que não tenham tido contato recente com pessoas com covid-19. Profilático, o remédio é composto por dois anticorpos monoclonais IgG1, o cilgavimabe e o tixagevimabe, que serão injetados por via intramuscular, sucessivamente e, a princípio, uma única vez.
Produzidos em laboratório, os dois anticorpos têm a função de imitar a ação de anticorpos naturais, produzidos pelo próprio corpo humano. São programados para agir sobre a proteína do vírus, impedindo que ele se reproduza dentro do organismo humano e, assim, evitar que a infecção pelo novo coronavírus se agrave.
“Estamos falando de dois anticorpos monoclonais IgG1 humanos. Ou seja, anticorpos modificados e utilizados de forma a se ligarem à proteína spike do vírus para impedir que o ele se replique, neutralizando-o”, explicou o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, o farmacêutico Gustavo Mendes Lima Santos. Ele afirmou que ensaios científicos demonstraram que, ao menos nos testes in vitro, o cilgavimabe e o tixagevimabe demonstraram ser capazes de neutralizar as diferentes variantes do Sars-Cov-2, incluindo a variante Ômicron.
“Quanto à segurança [de uso], os principais eventos adversos emergentes de tratamento foram dor de cabeça, fadiga e tosse, mas, comparativamente, não houve uma incidência muito grande”, assegurou Santos. “Além disso, houve uma atenção especial aos eventos adversos graves cardíacos, uma questão especial em todos os aspectos relacionados à covid-19. Os dados demonstraram um perfil de segurança satisfatório, mas, claro, esta questão demandará um acompanhamento.”
Para a Anvisa, como de costume, será preciso monitorar por algum tempo eventuais reações que podem resultar do uso do medicamento, principalmente entre adolescentes. E, se necessário, reavaliar sua eficácia frente a variações do vírus que possam surgir no futuro. Além disso, estudos clínicos ainda em andamento devem ser concluídos a fim de esclarecer “incertezas” restantes.
Baseado nas informações apresentadas pela Astrazeneca, a Anvisa indica o Evusheld para pessoas que estejam tratando um tumor sólido ou malignidades hematológicas; que estejam em tratamento pós transplante de órgãos ou em terapia imunossupressora; com imunodeficiência primária moderada ou grave (por exemplo, as síndromes de DiGeorge ou de Wiskott-Aldrich); que tenham recebido, nos últimos dois anos, um transplante de células-tronco hematopoiéticas ou que estejam recebendo terapia de imunossupressão.
O medicamento também pode ser aplicado, de forma profilática, em pacientes com infeccção por HIV avançada ou não tratada; que estejam fazendo tratamento ativo com altas doses de corticoides, agentes alquilantes, antimetabólitos, medicamentos imunossupressores relacionados ao transplante ou agentes quimioterápicos do câncer classificados como gravemente imunossupressores, além de medicamentos anti-fator de necrose tumoral e outros agentes biológicos que são imunossupressores ou imunomoduladores.
“Temos, hoje, um adequado arsenal de vacinas com inovações tecnológicas na estratégia da profilaxia da covid-19. No entanto, nenhum outro produto está disponível no país com esta finalidade preventiva, ficando desassistidas aquelas pessoas que não desenvolvem uma resposta imunológica adequada às vacinas ou que possuem alguma contraindicação à imunização por serem intolerantes a algum componente da vacina”, destacou a diretora-presidente substituta da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, ao votar a favor da autorização do uso do Evusheld.
“Considero que, no cenário de uma pandemia, o uso de um novo produto na profilaxia da covid-19 pode proporcionar mais uma estratégia para a proteção da população, sendo uma ferramenta adicional para minimizar os riscos individuais, reduzir surtos e controlar a disseminação do vírus.”
Caminhos do Gás Natural: SCGÁS completa 28 anos de fundação
Percorrendo Santa Catarina com redes de gás natural ou pelo modal GNC (Gás Natural Comprimido), a SCGÁS completa 28 anos de fundação nesta sexta-feira, 25. Focando no desenvolvimento do estado e expansão da rede, a Companhia atende 69 cidades catarinenses e mais de 18 mil clientes diretos, entre indústrias, unidades residenciais, estabelecimentos comerciais e postos, além dos quase 113 mil veículos movidos a GNV emplacados no Estado.
O propósito da empresa é promover o desenvolvimento socioeconômico catarinense por meio do gás natural, que leva competitividade para o setor industrial e comercial e economia para os motoristas de aplicativos, taxistas e usuários, que têm os veículos automotivos como fonte de trabalho e renda. Além disso, nos espaços urbanos, ao atender bairros e empreendimentos, leva comodidade e segurança ao distribuir uma energia em rede, mais sustentável, contribuindo com a melhoria da mobilidade e qualidade do ar das cidades.
“Vivemos um momento de fortalecimento interno, adequação da estrutura e processos para dar conta de um plano de investimentos robusto. Com unidade, organização e propósito, podemos enfrentar os desafios referentes ao novo mercado de gás e à transformação do nosso setor. Creio que Santa Catarina continuará sendo referência para o país no gás natural”, comemora o diretor presidente da SCGÁS, Willian Anderson Lehmkuhl.
A distribuidora foi fundada em 1994 e iniciou o fornecimento de gás ao mercado em abril de 2000, fornecendo o insumo à indústria, Döhler, de Joinville, do ramo têxtil. Atualmente, abastece as principais marcas catarinenses e tem 1.352 quilômetros de rede implantada. Considerando os municípios atendidos, Santa Catarina tem o segundo melhor índice nacional, com 23% das cidades abastecidas com o insumo.
Desenvolvimento regional
Para levar o insumo à novas regiões catarinenses, a distribuidora pretende chegar a 90 municípios com acesso ao gás natural até 2026. O atendimento será ampliado no mercado de varejo, especialmente em locais verticalizados de grande concentração residencial e em regiões industrializadas que possuem clientes de baixo consumo, ao tempo que os setores termointensivos já estão abastecidos.
Nos próximos cinco anos, a Companhia investirá R$ 665 milhões em obras e projetos para implantar novas redes e atender novos clientes. Trata-se do maior plano de negócios da história da empresa, que também abastecerá 140 novas indústrias. Até 2026, a rede vai crescer cerca de 50% e o número de clientes diretos atendidos avançará mais de 130%.
Com isso, serão 480 indústrias abastecidas, ampliando o percentual do PIB desse setor abastecido que hoje já atinge 50%. Diversos ramos industriais, dentro da diversidade das pequenas propriedades produtivas, fruto da formação socioeconômica catarinense, contam com o gás natural. Entre os principais estão o segmento cerâmico, metal-mecânico, têxtil e de vidros e cristais.
Novos desafios
O futuro reserva novos desafios para a distribuidora. Além de atender aos extremos geográficos catarinenses e acelerar o processo de interiorização, a Companhia objetiva ver o processo de aproveitamento de energias renováveis avançarem no país, articulando as ações com o modelo de abastecimento com gás natural.
O processo de modernização também inclui a operação de novos modais de abastecimento, como acontece com a rede local em Lages e com os projetos de rede isolada que beneficiarão Canoinhas e Três Barras, no Planalto Norte, Imbituba, no Sul catarinense e, futuramente, estuda-se, atender São Lourenço do Oeste da mesma forma.
A SCGÁS também se organiza para lidar, num futuro próximo, com um mercado de gás natural mais aberto e com forte participação de agentes internacionais. Além disso, busca soluções para aproveitamento do GNL (Gás Natural Liquefeito) que terá porta de entrada por meio do Terminal Gás Sul (TGS), na Baía da Babitonga.
Por isso, vem constantemente adequando sua estrutura administrativa e revisando seus processos internos, que permitem que a distribuidora opere com custo abaixo da média do setor e promova o investimento em implantação de infraestrutura com o menor custo por quilômetro no país.
Você pode se interessar por
Primeiro no país, Santa Catarina já emitiu 139,5 mil documentos de identidade com numeração única para RG e CPF
Santa Catarina foi o estado pioneiro na adoção do novo documento de identidade com numeração única, válida para todo o Brasil. Desde 8 de novembro do ano passado, quando a operação começou, já foram emitidas 139.542 carteiras em que o RG é igual ao CPF, o que aumenta a segurança e reduz a burocracia para o cidadão. Nesta quarta-feira, 23, o documento único está sendo lançado em caráter nacional e se tornará obrigatório para todos até 6 de março de 2023.
O projeto catarinense, que contou com a parceria do Ciasc e da Receita Federal, foi o primeiro passo fundamental na construção de um sistema nacional integrado e seguro. Apoiador da ideia mesmo antes de assumir o governo estadual, o governador Carlos Moisés foi o primeiro cidadão brasileiro a obter o novo documento.
“Essa é uma conquista que tem tudo a ver com o estilo de governança que desenvolvemos, aproximando o Governo do cidadão a partir de soluções inovadoras e eficientes. É um grande passo para muitos outros que virão. Além da praticidade de se ter uma só numeração para os dois principais documentos presentes em nossas vidas, a fusão do CPF com o RG vai eliminar inconsistências do sistema e blindá-lo contra a maior parte das fraudes na emissão da carteira de identidade”, destaca o governador.
Documento ainda é novidade para a população
A pedagoga Marilaine da Silva, que já dispõe da nova carteira de identidade desde o ano passado, conta que o documento ainda causa estranheza a algumas pessoas. A partir de hoje, porém, será realidade em todo o país. Ao apresentar a identificação durante um processo seletivo da rede municipal de ensino, a moradora de Palhoça lembra com bom humor da expressão de desconfiança do atendente, que procurava dois números diferentes de identificação.
“Que documento é esse?”, foi a pergunta que também ouviu em uma clínica, durante consulta médica.
“Quando soube do lançamento nacional do documento com número único, confesso que senti orgulho de Santa Catarina, pois desde o ano passado já estou usando o meu. Além de prático, já que tem só um número para decorar, fico feliz que vai trazer mais segurança contra fraudes”, disse.
Mais segurança e tecnologia
Hoje, cada um dos 26 estados brasileiros (além do Distrito Federal) possui sistema de identificação independente, permitindo que um mesmo cidadão possa ter até 27 numerações de RG diferentes. Quando replicado em todas as unidades federativas, o projeto desenvolvido pelo antigo Instituto Geral de Perícias – hoje Polícia Científica de Santa Catarina – integrará todos os sistemas estaduais ao banco de dados da Receita Federal, tendo o CPF como única chave de consulta.
O perito-geral da Polícia Científica e presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública de Santa Catarina, Giovani Eduardo Adriano, explica que a falta de um sistema integrado permite que um cidadão possa fazer carteira de identidade em outro estado usando a própria foto, sua impressão digital e a certidão de nascimento de um terceiro. Embora alguns governos estaduais compartilhem seus bancos de dados para conferência, muitos ainda estão vulneráveis a essa prática.
“Com o documento vinculado ao número único nacional do CPF e atrelado à biometria hoje utilizada na carteira de identidade, teremos máxima segurança ao sistema de identificação civil brasileiro. É motivo de grande alegria estar hoje aqui para ver nosso sonho se concretizando. Graças ao apoio e visão do governador Carlos Moisés, o projeto pioneiro catarinense agora cumpre seu propósito, que é de promover a construção de um sistema de identificação nacional único e seguro”, comemora Giovani Adriano, que foi a Brasília prestigiar o evento.
O diretor de Identificação da Polícia Científica, perito Fernando de Souza, explica que o processo de emissão do novo documento possui diversas etapas de verificação, com análise de setores diferentes, em sistemas interligados que permitem identificar erros, fraudes e eventuais inconsistências do cadastro, tais como números de carteira de identidade e CPF duplicados.
“Temos um ganho significativo no combate e eliminação de fraudes, além de aumentar as chances de encontrar crianças sequestradas e pessoas desaparecidas ao usar uma numeração única no Brasil. Vale destacar que o lançamento da nova identidade não tira a validade dos documentos atuais. Por isso, não há necessidade de correr para solicitar um novo RG. No futuro, a tendência é que seja adotado exclusivamente um documento unificado”, explica.
Como destacou o delegado adjunto da Receita Federal em Florianópolis, Douglas Barbosa Lucas, “ao assumir o compromisso de desenvolver esse projeto, Santa Catarina arcou com todo o ônus e enfrentou muitas dificuldades até aqui. Agora os estados terão toda a expertise necessária para replicá-lo de forma muito mais simples, por isso, o nosso agradecimento à Polícia Científica e ao Ciasc”, disse.
Tire suas dúvidas sobre o novo documento
O que é o novo documento com número único?
É um projeto pioneiro desenvolvido pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Polícia Científica, que trata da criação da primeira carteira de identidade do Brasil com uma numeração nacional única, na qual o número do CPF passa a valer também como o RG.
Por que ele foi criado?
Para melhorar e tornar mais seguro o sistema de identificação civil no Brasil, integrando as bases de dados estaduais com o cadastro nacional do CPF. Atualmente cada estado possui sistemas independentes que geram diferentes numerações para as carteiras de Identidade.
Tem amparo legal?
Sim, conforme artigo 5, parágrafo 1 do Decreto n. 9.278/2018.
Qual o objetivo?
Criar um cadastro único nacional para combater fraudes e eliminar a possibilidade de uma única pessoa ter até 27 Carteiras de Identidade oficiais no Brasil, com números diferentes.
Quais as vantagens para o cidadão?
Ter o CPF e o RG com mesmo número, facilitando o uso dos dois documentos mais presentes na vida do cidadão. Segurança dos dados pessoais, reduzindo os riscos de ter seus documentos utilizados por terceiros.
Com a adesão dos demais estados, o cidadão poderá fazer sua Carteira de Identidade em qualquer estado brasileiro com o número único. As pessoas que vão morar em outros estados não terão mais que fazer um RG com número diferente.
Quais as vantagens em termos de segurança?
Quando todos os estados adotarem o novo documento:
– Maior dificuldade para estelionatários assumirem os dados de identificação de outra pessoa;
– Maior facilidade para encontrar pessoas desaparecidas e crianças sequestradas;
– Troca de informações entre bancos de dados estaduais e o banco da Receita Federal, acelerando resultados atrelados à identificação civil e criminal nacional.
O que muda em relação ao atual?
Na Carteira de Identidade atual estão impressos o número do CPF e do RG, que são diferentes. A partir do dia 8/11/2021 todos os documentos de identidade impressos em Santa Catarina terão apenas o número do CPF para representar seu RG e CPF. Para quem já possui RG catarinense, o número antigo do RG será impresso na parte interna do documento.
Tem que fazer o novo documento agora?
Não há necessidade. Não há validade legal para a Carteira de Identidade, portanto, os documentos atuais continuam valendo.
Que tipo de fraudes será possível evitar?
– Com a integração do cadastro nacional do CPF à biometria usada na carteira de identidade, assim que todos os estados aderirem ao projeto será muito difícil que uma pessoa viva assuma a identidade de uma pessoa morta;
– Um foragido de um estado não conseguirá emitir identidade em outro estado usando os dados de um terceiro;
– Criminosos terão mais dificuldade para fraudar documentos de crianças sequestradas.
Pessoas de outros estados podem fazer o novo RG em Santa Catarina?
Sim. O número do documento será o número do CPF.
Quais os efeitos práticos para Santa Catarina?
– Os comerciantes e seus clientes terão maior facilidade com o uso de um número só para identificação do comprador nas transações;
– A troca de informações entre Polícia Científica e Receita Federal é feita por block-chain, sistema com a mesma segurança das criptomoedas;
– A praticidade de ter o mesmo número para CPF e RG;
– Mais chances de se encontrar pessoas desaparecidas no Brasil, desde que seus CPFs estejam marcados na rede de desaparecidos nacional.
Quem tem RG em Santa Catarina vai perder a numeração?
Até que o número único seja uma realidade nacional, o número antigo da Carteira de Identidade feita em Santa Catarina será impresso na parte interna do documento para que o cidadão possa apresentá-lo se necessário. Os atuais números de RG entrarão em desuso de forma gradual.
Quem tem RG feito em outro estado também terá o número registrado no verso?
Não, pois se trata de um número gerado pelo sistema de outro estado.
O documento será válido em todo o Brasil?
Sim, conforme Decreto n. 9.278/2018.
Por que até hoje não foi feita a unificação dos documentos?
Já surgiram projetos com o mesmo propósito, porém, até o momento nenhum deles conseguiu avançar até a efetiva implantação.
O que é necessário levar para fazer o novo documento?
– A certidão de nascimento para solteiros e a certidão de casamento para casados e/ou divorciados/viúvos, atualizadas e com as devidas averbações;
– Número do CPF;
– Comprovante de residência se a pessoa não tiver gravado na memória o seu endereço.
Hoje em dia as crianças nascem e já tem seu CPF na certidão de nascimento. Elas poderão fazer seu RG também nesse momento?
Sim.
A Polícia Científica vai emitir o CPF para fazer a carteira de identidade?
Neste momento apenas usaremos CPFs já existentes. As pessoas que não possuírem CPF devem solicitá-lo junto à Receita Federal e seus conveniados (cartórios, correios, Banco do Brasil e caixa econômica federal).
O novo documento também será aceito nas fronteiras dos países do Mercosul, como o atual?
Sim, a carteira de identidade com número único terá a mesma validade legal dos documentos usados atualmente.
Travessa Jornalista Lulu Augusto
Na tarde desta segunda-feira. 21 de fevereiro, na Secretaria Municipal de Cultura de União da Vitória que hoje funciona na Vila Maria, antiga residência da Família Amazonas, no Distrito de São Cristóvão, o prefeito, Bachir Abbas, sancionou a Lei que denomina de Travessa Jornalista Lulu Augusto a via pública que une União da Vitória a Porto União.
A aludida Lei de nº 4986/2021, de 30 de novembro do mesmo ano, foi um projeto do Executivo, sendo, unanimemente, aprovada pelo Legislativo Municipal.
Oportuno salientar que em Porto União, o prefeito Eliseu Mibach, sancionou em 28 de outubro de 2021, a Lei nº 4766/2021 que também denomina o lado catarinense da mesma via, de Jornalista Lulu Augusto, em projeto/Lei de autoria do vereador Luiz Alberto Pasqualin.
A solenidade de segunda-feira, contou com a presença de integrantes da família Augusto, com a quase totalidade dos colunistas de Caiçara, e, foi aberta pela secretária municipal de Cultura, Francielle Misturini, que saudou os presentes e ressaltou a importância da jornalista Lulu Augusto, que ousou fundar um jornal em uma sociedade dominada pelo patriarcalismo no início dos anos 50.
O prefeito Bachir Abbas ao fazer uso da palavra disse: “Lulu Augusto foi uma mulher à frente de seu tempo, que com coragem desafiou poderosos e marcou sua carreira jornalística por inúmeras denúncias, sempre clamando por justiça”.
O jornalista Delbrai Augusto Sá, na qualidade de representante da família Augusto iniciou sua fala agradecendo ao prefeito Bachir pela sensibilidade e pelo reconhecimento da trajetória profissional de Lulu Augusto. Agradeceu a Francielle Misturini por os estar recebendo em sua casa, a Secretaria Municipal de Cultura, dizendo-se sentir-se honrado por ter Francielle como sua sucessora.
Delbrai disse que sua tia Lulu, devia estar sentindo-se triplamente feliz. Primeiro por seu nome denominar uma via pública em União da Vitória, segundo por também denominar a mesma travessa no lado catarinense e, finalmente, pela solenidade ter sido realizada na Vila Maria que foi a residência da família Amazonas, onde Lulu passou memoráveis e felizes momentos de sua juventude, amiga que era da família, especialmente de Maria Aparecida Amazonas Marcondes, a Cicida, que Delbrai até hoje a ela se refere como Tia Cida, que reside no município de Cotia, na grande São Paulo.
Lulu Augusto
Lulu Augusto, nasceu em 15 de março de 1930, em União da Vitória, Paraná. Filha de Maria Joana Linhares Augusto e Didio Augusto.
Cresceu na Rua Barão do Cerro Azul, em três diferentes endereços.
Em 1949, com apenas 19 anos, passou a residir em Curitiba, onde ao lado da amiga, Maria Alba Mendes da Silva, fundou o jornal literário Jandaia.
No início de 1953, retornou a União da Vitória, embora ainda mantivesse até meados de 1954, em Curitiba, a publicação do Jandaia.
Em meados de 1953, no intuito de continuar as denúncias contra os algozes da menina Zilda Santos,
vítima de brutal assassinato, escreveu a radionovela, O Crime do Iguaçu, levada ao ar pelos microfones da Rádio União.
Com isso, Lulu dava continuidade às denúncias de impunidade do hediondo crime, iniciadas por seu irmão, Dante de Jesus Augusto, em seu programa matinal, Bom Dia para Você, também na Rádio União.
Ao aproximar-se o derradeiro capítulo da novela, era anunciado nos microfones da Rádio União, que no último capítulo, seriam revelados os nomes verdadeiros dos assassinos da menina Zilda.
Numa época de impunidade ainda maior que a de hoje, quando marginais ricos e poderosos silenciavam a justiça, o último capítulo foi proibido de ir ao ar e Lulu e os atores, assim como diretores da rádio ameaçados de prisão, caso insistissem em levar ao ar o derradeiro capítulo.
Temendo pela prisão de Lulu Augusto e dos membros do elenco da novela, inúmeras meretrizes da Rua Cruzeiro, em Porto União, endereço do lupanar onde Zilda foi seviciada e assassinada, postaram-se em frente a emissora, em um cordão humano para proteger Lulu e seus acólitos.
O capítulo não foi ao ar, motivando Didio Augusto, pai de Lulu, que na época era colaborador do jornal O Comércio, tentar publicar no supracitado hebdomadário, o último capítulo da novela. O jornal O Comércio, temendo represálias judiciais decidiu não fazer a publicação. Indignado, Didio Augusto declarou que fundaria um jornal nem que este tivesse apenas um número, para denunciar os algozes de Zilda.
Ao chegar em casa Didio disse que iria fundar um jornal, ideia, imediatamente, acolhida por Lulu, que em 12 de agosto de 1953, fundaria o Jornal Caiçara, hoje com 68 anos de idade e não apenas com um único número, mas já ultrapassando as 2.550 edições.
Na segunda metade dos anos 60, Lulu, ao lado da professora Arlete Bordin, fundaria o Centro de Letras Didio Augusto, confraria que reunia escritores e intelectuais para discutir e refletir a literatura e a arte em geral.
Lulu além jornalista era poeta de rara sensibilidade, exímia cronista da cotidianidade, além, de ser talentosa desenhista.
No início dos anos 60, Lulu gerenciou a Rádio Colméia, onde passaria de agitadora cultural a espécie de promoter, iniciando tal atividade com a promoção de um show humorístico, com o cantor e menestrel, Juca Chaves, na época o enfant terrible da sátira e da paródia.
Logo em seguida Lulu retornaria à Rádio União, gerenciando a emissora até o começo da década seguinte.
Foi nos microfones da União que Lulu criaria dois quadros que se tornariam célebres no radialismo local, as crônicas diárias, Falando francamente e posteriormente, A vida em espiral.
Foi também nessa época que Lulu promoveria em União da Vitória o concurso de beleza Glamour Girl e traria para as cidades irmãs os cantores Wanderley Cardoso, Jerri Adriani e Martinha, todos no auge da popularidade, surfando nas ondas da Jovem Guarda.
Em 1975, Lulu Augusto, fundaria Caiçara Gráfica e Editora Ltda., tendo como sócios Sulamita da Costa, Gilberto Francisco Brittes e Gilberto Abrão. Mais tarde, Lulu compraria as partes de Gilberto Brittes e Gilberto Abrão. Em 1986, Delbrai Augusto Sá compraria a parte de Sulamita da Costa e seguiria como sócio de Lulu até 1994, quando a impressão do Jornal Caiçara seria terceirizada e a Gráfica Caiçara encerraria suas atividades. Em 1998 foi criado o Jornal Caiçara online.
No final da década de 70, Lulu conclui o curso de técnica jornalística, na União dos Profissionais de Imprensa do Rio de Janeiro.
Em 24 de novembro de 1994, Lulu Augusto recebe em Curitiba uma Medalha de Honra ao Mérito, pelos relevantes serviços prestados à Ordem e à comunidade, outorgada pelo Grão Mestre, do Grande Oriente do estado do Paraná, João Darcy Ruggeri.
No final da década de 90, Lulu Augusto é homenageada pelo Conselho da Mulher Executiva de Porto União e União da Vitória, laureada reconhecida como mulher fazedora da história.
Em 26 de agosto de 2005, Lulu Augusto recebe o título de Irmã Honorária da Academia de Cultura do Paraná.
Durante a década de 70, Lulu Augusto mantém a publicação da revista Em Voga.
Na segunda metade da década de 80, Lulu Augusto ao lado de Delbrai Augusto Sá funda a revista Atual.
Em 1997, Lulu Augusto cria com Sulamita da Costa, a revista Perfil.
Também nos anos 90, Lulu Augusto em parceria com a publicitária Janice da Penha Augusto Rost, criaria a agência de publicidade e propaganda, Skema Publicidade.
No final dos anos 90, Lulu Augusto, lançaria pelo Jornal Caiçara uma coleção de livros denominada Grandes Clássicos da Literatura Mundial, que objetivava incentivar a leitura e era uma parceria com a tradicional Livraria do Chaim, de Curitiba.
Lulu Augusto faleceu em 13 de março de 2016, dirigindo o Jornal Caiçara até os últimos dias de sua vida, deixando um vasto legado de coragem, persistência e criatividade, ousando como mulher e solteira, criar um órgão de comunicação em uma época ainda mais dominada pelo conservadorismo e pelo patriarcalismo, muitas vezes desafiando poderosos de plantão, aos quais jamais se curvou.
Feminista convicta, desde sempre, defendeu a igualdade de gênero, exortando as mulheres que propugnavam por esta causa e repudiando peremptoriamente toda e qualquer manifestação misógina.
Religiosa que era, dizia que apenas se ajoelhava diante de Deus.
Em 2018, em homenagem prestada pela Associação de Artistas Plásticos Amadeu Bona, Lulu foi retratada pela artista plástica, Beatriz Bolbuck.
Em 2019, em obra denominada Mulheres Fazedoras, publicada pela Editora Life, organizada por Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski e Silvia Regina Delong, a jornalista é enfocada em artigo de autoria de Elaine Schmitt e Karina Janz Woitowicz, cujo título é Lulu Augusto e o Jornal Caiçara: Protagonismo feminino no jornalismo do interior paranaense.
E A ECONOMIA?
Muita gente está com medo do que irá acontecer com a nossa economia nos próximos meses. A eleição presidencial no Brasil acaba criando um certo agito no meio econômico, as tensões entre Rússia e EUA (há quantos anos não ouvíamos isso hein!?!), o preço do barril do petróleo, os preços das ‘commodities’, principalmente as que produzimos aqui, enfim, muita coisa afeta nosso futuro e é visível que o Brasil é um país aonde não se pode planejar nada… O que dá certo hoje, daqui a um ano não tem mais sustentabilidade. O que custa barato hoje, amanhã custará muito caro. São poucos os ramos da nossa indústria, comércio e serviços que conseguem se manter numa linha contínua, sem o efeito montanha russa. E então, qual é a opinião de vocês, com o dólar baixando as exportações de compensado e outros produtos da madeira, que tanto nos deram lucros nos últimos anos, já não aparecem mais tão atrativos. A Agricultura ainda está bem, mas os insumos subiram e não baixam mais, comendo as margens dos pequenos agricultores. Qual é o cenário que você vê para daqui um ano? Recessão ou crescimento?
CARNAVAL CHEGANDO
E ficam apenas as lembranças de um tempo em que pessoas vinham de todo o Brasil passar o carnaval em nossas cidades, já que as festas nos clubes eram simplesmente inesquecíveis. Tive a oportunidade de pular muitos canavais por aqui nesta época de ouro e ver hoje que não conseguimos mais reunir meia dúzia de gatos pingados em um bloco de carnaval é muito triste. Mas o que poderia ser feito para que aquelas épocas áureas retornassem?
Só se voltarmos no tempo, porque os costumes mudaram, os mais jovens não tem mais as mesmas necessidades dos jovens das décadas passadas, as leis acabaram criando muitas armadilhas para os famosos blocos. Aquele carnaval teria que ser reinventado…
Quem sabe um dia alguém ache um caminho para isso!!!
E-BOOK DO GOVERNO DIGITAL
Este é para todos os prefeitos e vereadores da região baixarem e lerem durante o feriado de carnaval: o e-book ‘O Futuro do Governo Digital’.
Lançado pela Celepar, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Observatório Sistema Fiep e o Governo do Paraná, o e-book busca semear as mudanças no mundo digital e compartilhar como podemos nos adaptar a elas, para dar continuidade a essa transformação.
O livro digital é gratuito e mostra as diversas tendências que podem impactar a vida do cidadão e toda a sociedade. Para ficar por dentro desta evolução, faça o download no endereço abaixo:
https://www.celepar.pr.gov.br/Pagina/e-book-O-Futuro-do-Governo-Digital
Investimentos para Cruz Machado em 2022
São Mateus do Sul inicia distribuição de alimentos da Agricultura Familiar para entidades locais
Secretaria da Saúde alerta para importância da dose de reforço contra casos graves da Covid-19
Santa Catarina vem se destacando nacionalmente nos resultados da vacinação, com mais de 76,06% da população com o esquema vacinal primário completo (duas doses ou dose única), contemplando mais de 5 milhões de catarinenses. Porém, a dose de reforço que garante a proteção contra os casos graves da Covid-19 ainda possui uma cobertura baixa, com apenas 29,92% da população apta, ou seja, acima dos 18 anos, tendo sido vacinada.
No grupo da população acima dos 60 anos, 380.156 pessoas ainda não buscaram a sua dose de reforço no Estado. Isto significa que, 35% da população desta faixa etária, considerada a mais vulnerável, está em risco para uma evolução mais grave da doença.
Os dados de internação no Estado mostram, ainda, que 80% dos pacientes que estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) não receberam a dose de reforço. “Estamos demonstrando através dos dados a importância de completar o esquema vacinal. A doença evoluiu, temos uma nova variante altamente transmissível, mas sabemos que a vacina é a nossa principal proteção”, afirma o secretário de Estado da Saúde, André Motta.
Matriz de Risco Potencial
Levando em consideração os riscos associados à evolução de forma grave da doença em pessoas sem esquema primário completo e da população acima dos 60 anos sem dose de reforço, a Matriz de Risco Potencial do Estado passará a utilizar esses indicativos como forma de observar a situação das 17 regiões de saúde de Santa Catarina.
Desta forma, a Matriz passará a contar com a dimensão “Proteção Específica” que substituirá a dimensão “Monitoramento”. “Buscamos, dessa forma, acompanhar as regiões que apresentam maior risco associado a evolução para casos graves. Compondo esse dado na nossa Matriz, conseguiremos transmitir à população os riscos associados ao fato de o esquema vacinal não estar completo”, complementa o secretário.
Segundo dados do Vacinômetro, quatro regiões possuem menos de 60% dos idosos acima dos 60 anos sem dose de reforço: Foz do Rio Itajaí (59,92%); Grande Florianópolis (59,51%); Alto Vale do Rio do Peixe (58,52%) e Médio Vale do Itajaí (54%).
Ainda, segundo informações do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira, 21, ao todo, 622.400 catarinenses estão com a segunda dose da vacina em atraso.
A mudança na Matriz de Risco Potencial já poderá ser observada a partir desta semana.
Segundo dados do Vacinômetro, quatro regiões possuem menos de 60% dos idosos acima dos 60 anos sem dose de reforço: Foz do Rio Itajaí (59,92%); Grande Florianópolis (59,51%); Alto Vale do Rio do Peixe (58,52%) e Médio Vale do Itajaí (54%).
Ainda, segundo informações do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira, 21, ao todo, 622.400 catarinenses estão com a segunda dose da vacina em atraso.
A mudança na Matriz de Risco Potencial já poderá ser observada a partir desta semana.
Santa Catarina se consolida como estado mais seguro do Sul do Brasil
Santa Catarina teve mais um ano de redução nas mortes violentas em 2021. A taxa por 100 mil habitantes caiu de 9,6 para 9,2, conforme dados disponibilizados pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial (CSSPPO). Com isso, o estado se consolida como o mais seguro do Sul do Brasil. Para efeito de comparação, o índice de mortes violentas nos estados vizinhos ficou em 14,5 no Rio Grande do Sul e 16,8 no Paraná. Em nível nacional, apenas São Paulo possui taxa menor (6,6).
Segundo o governador Carlos Moisés, o resultado comprova a eficácia das forças de segurança catarinenses. Em um intervalo de cinco anos, a queda na taxa de letalidade violenta é de 40%. Ele destaca ainda que Santa Catarina ficou em 1º lugar no quesito Segurança Pública no ranking do Centro de Liderança Pública (CLP) do ano passado, que considera também outros indicadores.
“Todos esses resultados são fruto também do investimento recorde que estamos realizando na Segurança Pública. São R$ 343 milhões até o fim deste ano. Hoje, nós vemos uma queda em quase todos os indicadores de criminalidade. Inclusive tivemos um novo recuo no mês de janeiro. As forças de segurança de Santa Catarina são um exemplo para o Brasil”, afirma o governador.
O presidente do CSSPPO, Giovani Eduardo Adriano, destaca que a queda na criminalidade coincide também com a criação do Colegiado Superior, ocorrida na atual gestão. Ele citou ainda que a média brasileira de mortes por 100 mil habitantes é de 19,3. Isso significa que a taxa catarinense (9,2) é menos da metade da nacional. “Trabalhamos de forma colegiada e fazemos reuniões semanais com todas as instituições. O ano de 2022 será cheio de desafios, pois teremos um aumento da circulação de pessoas, o que consequentemente pode levar a mais crimes. Porém, o nosso Colegiado segue com o propósito de reduzir todos os índices possíveis”, diz Giovani.
Paraná recebe uma das maiores remessas de vacinas contra a Covid-19 com mais de 1,4 milhão de doses
O Ministério da Saúde confirmou o envio de mais 1.421.750 vacinas contra a Covid-19 ao Paraná, ainda nesta semana. A remessa é destinada para o público infantil e dose de reforço da população acima de 18 anos.
De acordo com 88ª informe técnico do governo federal, são 856.150 vacinas para dose de reforço, sendo 349.150 da Janssen, que serão enviadas por via terrestre nesta quarta-feira (23), ainda sem horário de chegada confirmado, e 507.000 vacinas AstraZeneca, divididas em dois lotes previstos para desembarcar no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, durante a manhã, às 10h05, e no início da noite, às 18h25.
“É uma das maiores remessas que o Paraná recebe e aguardamos todos os lotes chegarem para iniciarmos a distribuição. Estou satisfeito com a quantidade de vacinas que receberemos, pois isso significa mais paranaenses imunizados”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Foi um compromisso que assumimos desde o início da campanha, que não deixaríamos faltar doses”, enfatizou.
PÚBLICO INFANTIL – Além das vacinas para dose de reforço, são esperadas mais 565.600 doses da CoronaVac para crianças de 6 a 11 anos. A remessa faz parte da 91ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde e deve ser enviada, via terrestre, nesta quinta-feira (24), às 8h, ainda sem horário de chegada confirmado. Segundo o documento, são 14.600 vacinas para a primeira dose e 551.000 para a segunda dose desse público.
Todos os imunizantes serão conferidos e armazenados no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, e distribuídos para as 22 Regionais de Saúde nos próximos dias.
Governo apresenta estudos para a nova concessão da distribuição de gás natural no Estado
O Governo do Paraná apresentou nesta terça-feira (22), em uma audiência pública, o Plano Estadual do Gás, a partir dos estudos realizados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), referente aos serviços de distribuição de gás canalizado que atualmente são concedidos à Companhia Paranaense de Gás – Compagas.
Garantindo o cenário democrático, na audiência desta manhã foram acolhidas contribuições de diversos setores da sociedade civil, bem como de atores importantes ligados à discussão do tema. Além da Compagas e da FIPE, participaram representantes da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), dirigentes de grandes indústrias consumidoras e seus sindicatos representados.
Os estudos tiveram início em 2019 e, desde então, o assunto vem sendo tratado pelo Governo com total transparência e clareza, com a participação dos agentes envolvidos nas discussões sobre o novo modelo de serviço de prestação de gás.
A construção do Plano Estadual do Gás foi realizada pela FIPE e, posteriormente, avaliada pelo Comitê Técnico Intersecretarial formado pela Governadoria, Casa Civil, Secretaria de Estado da Fazenda, Secretaria de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes e Celepar. A gestão e a fiscalização do contrato são de responsabilidade do Paranacidade, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas.
RENOVAÇÃO – Os estudos apresentados pela FIPE concluíram pela antecipação da renovação da concessão e a prorrogação da outorga junto à Compagas por mais 30 anos, além de definir as diretrizes e metas a serem incluídas no novo contrato para viabilizar a expansão e a interiorização do uso do gás natural no Paraná. O atual contrato vence em julho de 2024 e o Governo fará a renovação por mais 30 anos, com a assinatura sendo antecipada para ainda neste ano. A discussão foi antecipada a fim de garantir novos investimentos no setor de imediato.
Para Felipe Sande, coordenador da Modelagem Econômica da FIPE, a consulta pública foi bastante produtiva para os resultados que o Governo pretende alcançar “O que vimos aqui hoje foi a constatação das melhorias que tinham que ser feitas neste contrato. O modelo regulatório e tarifário precisa ser modernizado. As contribuições caminham nesta direção e o resultado será benéfico”, afirmou o coordenador.
De acordo com o representante da Casa Civil no Comitê Técnico, Marcelo Curado, as contribuições feitas na audiência são fundamentais na construção de um novo plano que atenda não somente as diretrizes do Estado, bem como os interesses da indústria, dos investidores e da sociedade como um todo. “O saldo da audiência é bastante positivo. Estamos fazendo uma construção transparente de todo o processo, foram colocadas questões que já haviam sido explicitadas na consulta pública e agora reforçadas em audiência”, destacou.
O próximo passo será a análise das considerações pelo Comitê e também pela FIPE, para então serem respondidas aos participantes da audiência. “Na nossa visão o resultado é bastante positivo pelo resultado que mostra o esforço do Governo de construir de fato um bom modelo de gestão do setor do gás para os próximos 30 anos”, explicou.
MOMENTO ÚNICO – Sobre a transparência no processo e a importância nas discussões, o gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, João Arthur Mohr, ressaltou se tratar de um momento único no Paraná o trabalho realizado para a construção do Novo Plano do Gás, que trará oportunidades de gerar empregos, renda, investimentos e competitividade ao Estado. “É uma oportunidade única para nós planejarmos juntos os próximos 30 anos, uma possibilidade concreta de equipararmos o nosso preço do gás natural com nossos estados concorrentes. É o que vai tornar o nosso estado mais competitivo”, disse.
A Compagas, que atua no mercado há 26 anos na distribuição do gás, encaminhou uma proposta, que foi concebida a partir de um olhar estratégico do negócio, visando a perenidade da concessão, a fim de permitir uma expansão, com consequente interiorização da rede de distribuição de gás natural, e o atendimento a outras regiões do Estado, de forma a contribuir com o Plano do Gás.
De acordo com a Compagas, os cenários apresentados pela Companhia estão pautados nas diretrizes de expansão e interiorização do serviço de distribuição de gás canalizado, de incorporação do biometano na matriz de suprimento do negócio, de redução das margens e consequente aumento da competitividade da indústria paranaense, de preservação da competitividade do gás natural frente a outros combustíveis concorrentes, de amortização da base de ativos existente, por meio de regras regulatórias claras e transparentes e de garantia do equilíbrio regulatório das tarifas ao longo da vigência do contrato.
Para o diretor-presidente da Companhia, Rafael Lamastra Junior, é uma condição precedente a realização de um planejamento com a consequente renovação da concessão. Lamastra explicou que o novo Plano definirá um marco regulatório que apontará as condições que vão orientar a renovação da concessão. “A audiência pública tem um papel fundamental, assim como foi a contratação da consultoria da FIPE para os estudos técnicos, porque a partir daí o Estado passa a ter noção do que deseja e estabelece as metas e os encaminhamentos para os próximos 30 anos desse importante mercado que é gás natural para o Paraná, para seus consumidores e principalmente o setor industrial.
AMPLIAÇÃO E COMPETITIVIDADE – Em linhas gerais, o Plano do Gás apresentado pelo Governo prevê a interiorização com o atendimento das 10 mesorregiões do Estado, investimentos para desenvolver o uso do gás natural e um novo modelo tarifário que incorpora elementos como produtividade e eficiência, e estabelece revisões periódicas da tarifa. Como consequência tem-se um contrato de concessão com uma tarifa menor, margens compatíveis com as praticadas nacionalmente e mais desenvolvimento para o Paraná.
A contribuição apresentada na audiência pela Compagas contempla investimentos que podem chegar a R$ 2,3 bilhões (acrescidos aos R$ 500 milhões de pagamento de outorga), um crescimento de até 136% da rede de distribuição de gás, com a implantação de mais de 1,1 mil km de novos gasodutos, a ligação de até 22 novas localidades, alcançando um total de 36 municípios com gás natural no Estado, e que representam quase 70% do PIB do Paraná, além de um volume que pode chegar a 50 bilhões de m³ distribuídos até 2054, quintuplicando o atual volume de distribuição. Os cenários apresentados também indicam uma redução média na margem unitária que pode atingir até 37% para o setor industrial, já a partir de 2024.
A Compagas destacou que a realização dos cenários apresentados está condicionada a uma série de fatores macro e microeconômicos como, por exemplo, a realização dos volumes de distribuição projetados pela empresa, as aprovações de licenças ambientais e de operações necessárias para atuação em outras localidades e a disponibilidade do gás natural e/ou biometano a preços competitivos.
A Companhia também apresentou como proposta para a minuta do contrato de concessão que o plano indicativo de investimentos seja sempre avaliado e aprovado pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar), considerando o ambiente macroeconômico, a competitividade do gás natural e a viabilidade técnico-econômica dos projetos.
A partir de agora, a FIPE e o Comitê Técnico Intersecretarial farão as análises, consolidarão as informações recebidas e emitirão o relatório conclusivo. O cronograma de trabalho prevê ainda a análise pela Agepar, pela Procuradoria Geral do Estado e, finalmente, a assinatura do contrato de prorrogação da concessão.