Investimento adequado em saneamento básico pode acrescentar R$ 1,4 trilhão ao PIB do Brasil, revela Abcon

182 views
3 mins leitura

O setor de saneamento pode contribuir para que o Brasil tenha um ganho no PIB de aproximadamente R$ 1,4 trilhão. A projeção consta em estudo divulgado pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon). De acordo com o levantamento, para atingir esse resultado, o país precisa investir R$ 893 bilhões no setor até 2033.

Segundo o diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, o ganho estimado representa um PIB de 2,7%. Na avaliação dele, a projeção mostra o evidente potencial do setor, sobretudo na capacidade de ajudar o país a crescer economicamente, por meio da ampliação dos serviços de água e esgoto.

Ministério da Economia abre contribuições de reforma regulatória para deixar Brasil mais próximo da OCDE

Indústria aeroespacial brasileira receberá investimentos de R$ 550 milhões

Número de trabalhadores autônomos atinge recorde e chega a 25,7 milhões no Brasil

“Consideramos que a realização desse conjunto de investimento permitiria ao país alcançar 99% da população com água tratada, e 90% da população com esgoto tratado. Ao realizar esse investimento, o setor de saneamento teria que fazer compras. Ou seja, o setor mostra, dessa forma, um vigor econômico grande para alavancar um ciclo de crescimento e contribuir para o aumento do PIB”, pontua.

De acordo com o levantamento, caso o investimento necessário seja feito no tempo adequado, o ganho nas receitas federais será de quase R$ 952 bilhões, “o que representa um importante acréscimo que irá repercutir em todas as esferas públicas”.

Metas para o próximo governo (2023-2026)

●   Investimentos necessários:

R$ 59,3 bilhões em água
R$ 175,4 bilhões em esgoto
R$ 73,6 bilhões na recuperação da depreciação das redes existentes

●   Níveis de atendimento a alcançar:

91% da população com abastecimento de água (mais 15 milhões de pessoas a serem atendidas)
71% da população com esgotamento sanitário (mais 27 milhões de pessoas a serem atendidas)

De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o investimento do setor entre 2018 e 2020 foi de R$ 50,5 bilhões, o que corresponde a 32,5% do montante estimado para esse mesmo período como necessário para o alcance da universalização até 2033.

Fonte: Brasil 61

Confiança de empresários da indústria tem maior queda em 2022, aponta CNI

166 views
4 mins leitura

Mesmo com a alta da expectativa do desempenho econômico da indústria brasileira, empresários do setor sentem diminuir a confiança no mercado industrial. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), publicado nesta quinta-feira (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 2,6 pontos de setembro para outubro, a maior queda de confiança do ano, e está em 60,2 pontos.

O recuo ocorre após sucessivos avanços do otimismo do setor industrial ao longo deste ano. Mas, apesar da queda, o índice está acima da linha de corte de 50 pontos que, segundo a entidade, separa a confiança da falta de confiança.

De acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko, a principal causa da retração da confiança foi a maior moderação das expectativas do setor industrial para os próximos seis meses.  “Essa queda foi resultado tanto de um recuo nas avaliações das condições atuais quanto na expectativa do empresário para os próximos seis meses, ainda que tenha sido mais expressivo esse recuo no lado das expectativas”, avalia Nocko.

No início desta semana, a CNI divulgou uma nova projeção de crescimento para o Produtor Interno Bruto (PIB) da indústria. O índice aumentou de 0,2% nas previsões de julho para 2% nos dados mais recentes. Segundo a entidade, esse movimento de expansão da economia industrial foi impulsionado por dois setores específicos: o da indústria de transformação e o da construção civil.

Confiança da indústria

Entre os dados que fazem parte do ICEI há o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas. Neles, o empresariado do setor avalia quatro elementos, como explica Nocko. “O empresário industrial é questionado a respeito das avaliações das condições atuais da economia brasileira, das avaliações das condições atuais das empresas e das expectativas para os próximos seis meses, tanto da economia brasileira quanto da empresa”, comenta a economista.

Em ambos os casos, visualizou-se um pessimismo dos dirigentes. O Índice de Condições Atuais também apresentou recuo, saindo dos 58,4 pontos em setembro para 56,9 pontos agora em outubro, uma queda de 1,5 ponto. No caso do Índice de Expectativas, a queda foi de 3,2 pontos, caindo para 61,18 pontos.

Assim como o ICEI, os dois índices seguem com valores positivos e apontando percepção positiva do momento atual da economia brasileira e das empresas em relação aos seis meses anteriores. A avaliação, porém, é mais moderada que em setembro, especialmente na percepção dos empresários com relação às suas próprias empresas, aponta a CNI.

A pesquisa foi feita com 1.459 empresas, sendo 572 de pequeno porte, 535 de médio porte e 352 de grande porte, entre os dias 3 e 7 de outubro.

Fonte: Brasil 61

Chuva continua em quase todo o Sul nesta terça-feira (18)

//
908 views
1 min leitura

A previsão do tempo para esta terça-feira (18) é de muitas nuvens com pancadas de chuva e possibilidade de trovoadas em toda a região Sul, com exceção das microrregiões rio-grandenses de Litoral Lagunar, Jaguarão, Campanhas Meridional e Central.

A temperatura mínima para o Sul fica em torno de 12ºC, e a máxima pode chegar a 28°C. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

Fonte: Brasil 61

Dia Mundial da Menopausa: que cuidados tomar para viver com mais qualidade nessa fase da vida

100 views
5 mins leitura

Calorões, mudança de humor e falha na menstruação. A jornalista Renata Franco, hoje com 51 anos, começou a ter esses e outros sintomas aos 47. Procurou o ginecologista e confirmou que estava no climatério, período que antecede a menopausa. Durante um ano, ela teve que lidar com esses desconfortos.

“Eu menstruava um mês sim, dois não ou até duas menstruações no mesmo mês. Logo começaram aqueles calores terríveis, principalmente na altura do seio e nas costas. Aquelas ondas de calor duravam uns 20 dias, depois ficavam cerca de 40 dias sem aparecer e então, voltava tudo de novo”, conta a jornalista.

Menopausa é o nome que se dá à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Além do fim do sangramento mensal, significa que o estoque de óvulos se esgotou no corpo, o que acontece, geralmente, entre os 45 e 55 anos. Mas uma mulher só pode afirmar que está na menopausa depois de um ano sem menstruar.

Para a ginecologista Marina Lutterbach, o autocuidado precisa estar ainda mais presente nessa fase. “Tentar ter um estilo de vida mais saudável é fundamental. Principalmente pelo metabolismo estar mais lento. As visitas periódicas ao ginecologista e cardiologista, servem para os exames de rastreio de cânceres como mama, útero, pele, reto e tratamentos diversos como o aumento do colesterol e a identificação de doenças reumatológicas”.

Doenças associadas

A alteração hormonal que acontece durante a menopausa é a principal responsável pelas mudanças no organismo da mulher. Com a redução da produção do principal hormônio feminino, o estrogênio, não é só o sistema reprodutor que sofre, mas também os ossos, cérebro e sistema cardiovascular. Por isso, após a menopausa, doenças relacionadas a esses órgãos podem ser mais frequentes. A redução da densidade óssea pode causar osteoporose, aumentando o risco de fraturas, por exemplo.

Diabetes, hipertensão e até mesmo depressão podem surgir ou se agravar nesse período. “Haverá uma diminuição brusca da produção de hormônios, de maneira geral, e, predominantemente, o estrogênio. Como nosso corpo funciona todo interligado, essa queda vai interferir não só nos ovários, como também no sistema cardiovascular, tecido ósseo, pele e até mesmo no globo ocular”, pontua a ginecologista.

Se preparando ainda na idade fértil

O avanço da ciência e da tecnologia no campo da saúde permite que os desconfortos  frequentes nessa fase da vida da mulher sejam amenizados. Muitas mulheres recorrem à terapia de substituição hormonal, popularmente conhecida como reposição hormonal, para equilibrar os níveis no organismo e aumentar o conforto da mulher. Mas essa terapia não é indicada para todo mundo.

O que está acessível a todas e sempre apresenta resultados positivos é manter uma alimentação equilibrada, aumentar a ingestão de líquidos e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e café. Além disso, manter uma rotina de exercícios e buscar atividades alternativas que reduzem o estresse, como ioga e meditação.

A servidora pública Ana Carolina Torelly, de 44 anos, ainda não tem sintomas de menopausa, mas há tempos se prepara para quando acontecer. “O que eu pretendo,  é fazer um acompanhamento médico, com constante dosagem de hormônio, manutenção de peso, alimentação saudável para entrar bem na menopausa.”

Fonte: Brasil 61

Após nova “década perdida”, especialistas indicam que presidente eleito deve priorizar agenda do crescimento econômico

107 views
5 mins leitura

Entre 2011 e 2020 a economia brasileira cresceu, em média, 0,3% ao ano. Foi a década de pior desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 120 anos. O resultado da economia nesse período ficou abaixo, inclusive, da chamada “década perdida”, entre 1981 e 1990, quando o PIB cresceu apenas 1,6% a.a.

Ao Brasil 61, especialistas afirmaram que a pauta do crescimento econômico deve ser uma das prioridades da agenda econômica do presidente da República eleito em outubro. Os economistas também opinaram sobre as estratégias que o próximo governante deve adotar para que o país volte a crescer de forma mais expressiva.

Para o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, a chave para o crescimento econômico começa por manter aquilo que vem dando certo nos últimos anos, como as reformas estruturais, mais precisamente do trabalho e da previdência. “É fundamental continuar na implementação dessas reformas, porque ainda falta muita coisa para organizar melhor o funcionamento da economia”, destaca.

Ele cita as reformas tributária e administrativa como imprescindíveis, mas também diz que é preciso abrir a economia, aumentar a competitividade e, consequentemente, a produtividade no país. De acordo com o Índice de Liberdade Econômica de 2022, divulgado pela Heritage Foundation, o Brasil ocupa a posição de número 133 entre 184 países. Isto quer dizer que em 132 países é mais fácil fazer negócio do que aqui.

“É necessário continuar com as privatizações, tirar o Estado de uma forma estrutural da economia e criar incentivos para o setor privado ocupar esse espaço, como aconteceu nos últimos quatro ou cinco anos, quando a taxa de investimento saiu de 15% e foi para 19% do PIB, com uma queda ao mesmo tempo da taxa de investimento do setor público”, diz José Camargo.

Benito Salomão, economista-chefe da Gladius Research, destaca que a economia brasileira apresenta taxas de crescimento baixas há mais de dez anos, o que também vale para o PIB per capita. O nosso PIB per capita vem estagnado há mais de uma década. Em 2022, o Brasil tem o mesmo PIB per capita que tinha em 2009. Então, há uma agenda de crescimento que precisa ser enfrentada pelo governo”, analisa.

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que o PIB per capita brasileiro na última década empatou com o dos anos 80 como aqueles com os piores desempenhos desde o início do século XX. A riqueza por habitante recuou 0,6%. Em uma comparação internacional com 190 países, o PIB per capita do Brasil performou pior do que o de outras 155 nações entre 2011 e 2020. Em vizinhos sul-americanos, como Chile e Peru, o indicador cresceu 0,8% e a década foi positiva.

Salomão acredita que a agenda do crescimento econômico deve ser marcada pela abertura da economia, aprovação de marcos regulatórios, investimento em ciência, tecnologia e infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos). Essa pauta, segundo o economista, deve ser tocada pelo presidente em paralelo a uma agenda que ele classifica como de “desenvolvimento social e humano”.

“É preciso que a agenda de crescimento econômico se dê concomitantemente com a agenda de distribuição de renda e de investimento maciço em capital humano. Isso envolve também investimentos em educação, envolve fortalecimento de programas de transferência de renda, envolve política de permanência e acompanhamento das crianças nas escolas, ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz.

Fonte: Brasil 61

CAIXA e Sebrae firmam parceria para estimular empreendedorismo feminino

206 views
4 mins leitura

A CAIXA e o Sebrae firmaram, nesta segunda-feira, 17 de outubro, uma parceria para estimular o empreendedorismo feminino, a estratégia CAIXA Pra Elas Empreendedoras. Até 19 de novembro, as duas instituições promovem ações de atendimento por todo o país, com a oferta de linhas de crédito, cursos de capacitação e orientações. Tudo para que mulheres que têm, ou pretendem ter o próprio negócio.

Nesta terça-feira, 18 de outubro, o banco fará a primeira ação de atendimento do CAIXA Pra Elas Empreendedoras, em São Paulo (SP), no Mega Polo Moda. No evento, as empreendedoras também vão poder renegociar dívidas e receber orientações do Sebrae, e ter acesso a produtos da CAIXA Cartões e da CAIXA Seguridade.

Além disso, o intuito da parceria é apoiar milhares de brasileiras empreendedoras a enfrentarem cada etapa do negócio próprio e desenvolver suas empresas, com acesso a valores crescentes de investimento, como explica a presidente da CAIXA, Daniella Marques:

“E quando ela se formaliza, abre a MEI e faz o curso, ela já vai ter acesso –mesmo se estiver negativada- de um crédito de até R$1 mil reais para dar esse primeiro passo. Depois disso, na etapa de concessão, a gente vai oferecer soluções bancárias compatíveis com suas necessidades, três meses de formalizados terão outras linhas de créditos.com sete meses, o valor escala um pouco e a partir dos 12 meses, através do FAMPE e do Pronampe, elas têm acesso a valores ainda maiores para investir, crescerem e dar fôlego aos seus negócios.”

Na iniciativa, a CAIXA e o Sebrae desenvolvem a “Rampa Empreendedora”: as que desejam montar e formalizar o próprio negócio terão acesso a cursos de capacitação e orientações para a sua regularização como MEI; já as empreendedoras formalizadas serão encaminhadas para cursos específicos e podem contratar linhas de crédito de até 1 mil reais.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explica mais. “Posto a formalização, entramos com o treinamento, na sequência, o crédito. Mas é apostar naquilo que nós fizemos: formaliza, treina e dá o recurso para começar a realizar o curso do empreendedor. E esse desafio de tentar formalizar olhando lá na base é um desafio formidável, mas nós estamos preparados para isso.”

Para ter acesso a todos esses serviços, basta ir a uma das agências da CAIXA. As mulheres poderão acessar opções de Crédito e Serviços Bancários, com a abertura de conta PJ, disponibilização das linhas Pronampe e FAMPE, Maquininha Azulzinha, Microcrédito, Antecipação de Recebíveis e Cartão de Crédito.

Para orientar as mulheres empreendedoras, serão indicados os canais de atendimento do Sebrae e a trilha de formalização assistida, pelo 0800 570 0800.

Para mais informações, acesse: caixa.gov.br/caixa-pra-elas ou baixe o app CAIXA Tem.

Fonte: Brasil 61

Para 73% dos industriais, o maior gargalo do setor de infraestrutura está no serviço de transporte, aponta pesquisa

166 views
7 mins leitura

De acordo com 73% dos industriais, o maior gargalo do setor de infraestrutura em suas regiões está no serviço de transporte. Para 13%, o maior gargalo está no setor de energia, seguido de saneamento (6%) e telecomunicações (5%). É o que aponta pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre infraestrutura, divulgada nesta terça-feira (18).

Matheus de Castro, gerente de Transporte e Mobilidade Urbana da CNI, comenta o impacto desses gargalos. “A nossa pesquisa revelou a falta de ativos de infraestrutura que nós temos hoje no Brasil. Nós temos um déficit na oferta de serviços de transporte que, caso o Brasil tivesse disponível, nós teríamos um custo produtivo muito inferior.”

Questionados de forma mais específica sobre cada um dos gargalos, 77% dos empresários apontaram, como primeira ou segunda opção, que a infraestrutura das rodovias é o principal problema no serviço de transporte. No caso da energia, 40% citaram dificuldades relacionadas ao uso de energias renováveis.

A qualidade do sinal de celular foi apontada como o principal gargalo do serviço de telecomunicações por 52% dos empresários. Quando o assunto é saneamento, o quesito visto como mais problemático foi a falta de saneamento básico em geral.

Perguntados sobre as duas principais obras necessárias para melhorar o contexto das indústrias em suas regiões, 36% apontaram a infraestrutura das estradas. Outros 31% a ampliação ou duplicação de rodovias.

Os industriais que exportam também tiveram que responder quais são os principais gargalos logísticos para as empresas escoarem a produção para fora do Brasil. O mais citado foi a infraestrutura portuária (14%), seguida pelos custos com insumos (12%), pelo transporte rodoviário (11%) e pela burocracia (11%).

Mais de 28% dos empresários da indústria trocariam escoamento de produtos para modal ferroviário, aponta pesquisa

Avaliação dos modais nas regiões

Quando a pesquisa solicitou aos empresários que comparassem as condições de infraestrutura de transporte, 48% deles apontaram que as condições em seus respectivos estados são ótimas ou boas. No caso das regiões, 46% avaliaram como ótimas ou boas, número que cai para 26% quando o assunto é a qualidade da infraestrutura de transporte do país.

Arte: Brasil 61

Prioridades e problemas na logística das indústrias

Em relação ao principal problema na logística e operação para as empresas de suas respectivas regiões, 46% dos empresários citaram o custo; 22% o roubo de cargas; 20% as más condições dos modais; 7% a má qualidade da frota; e 3% a tecnologia ineficaz. Tido como o principal problema, o custo foi classificado como alto ou muito alto por 84% dos empresários.

Arte: Brasil 61

O principal motivo para os custos terem aumentado muito ou um pouco nos últimos quatro anos foi a alta no preço dos combustíveis, apontaram sete em cada dez empresários.

Potencial logístico e concessões

Também segundo os entrevistados, o modal ferroviário é aquele que mais está aquém de seu potencial atualmente. Essa é a avaliação de 60% dos industriais. O transporte por hidrovias também está abaixo de seu potencial para 49%. Já o modal rodoviário está acima ou pouco acima de seu potencial para 33%.

“Os pedidos de autorizações ferroviárias já foram feitos e temos dezenas de contratos assinados para a construção de novas ferrovias. Então, se nós pensarmos num período de três a quatro anos é possível, sim, que nós já tenhamos mais oferta de infraestrutura ferroviária”, aponta Matheus de Castro sobre o potencial do modal ferroviário. “Além disso, nós precisamos também de uma maior integração da nossa malha entre a malha concedida e a futura malha autorizada. Isso vai permitir, sim, uma alavancagem do modal de ferrovias aqui no país”, finaliza.

Na avaliação dos participantes, as condições de operação de todos os modais de transporte melhoraram após privatizações e concessões. Confira abaixo.

Arte: Brasil 61

Frete e transporte

Na última sessão da pesquisa, eles tiveram que avaliar questões ligadas ao frete. Quase metade dos empresários utiliza apenas frete contratado para transportar os produtos da empresa. Apenas 10% deles utilizam unicamente frota própria.

Para 66%, o custo do frete é alto ou muito alto para a empresa atualmente. Enquanto que para 22% é médio; e para 9% é baixo ou muito baixo. Além disso, o frete representa, em média, 15% do valor final dos produtos, sendo que quase metade dos entrevistados disseram que o custo do frete no valor final da mercadoria é de até 10%.

Amostra

O levantamento foi feito com 2.500 empresários de médias e grandes indústrias, nos 26 estados e no Distrito Federal, sendo 500 de cada região do país. As entrevistas ocorreram entre 23 de junho e 9 de agosto.

Fonte: Brasil 61

Exame de sangue pode ajudar no diagnóstico de transtornos mentais

96 views
4 mins leitura

Diagnosticar transtornos psiquiátricos, como depressão, transtornos bipolares, esquizofrenia e anorexia, normalmente é algo feito por meio de análises clínicas subjetivas. O tratamento, por sua vez, se dá pelo método de tentativas e erros, sem que exista um exame capaz de identificar precisamente uma destas doenças.

Pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, descobriram que os exames de sangue comuns podem mudar esse cenário, ajudando a detectar alguns dos problemas que afetam a saúde mental da população.

Ao analisar dados genéticos, bioquímicos e psiquiátricos de quase meio milhão de pessoas, os cientistas descobriram relações entre alguns biomarcadores e transtornos psiquiátricos.

Vale destacar que os biomarcadores são substâncias presentes no corpo humano que representam um sinal de doença ou algum outro processo específico.

Eles, geralmente, são detectados em um exame de sangue, como colesterol, açúcar, enzimas hepáticas, vitaminas ou marcadores de inflamação. Podem, também, servir como ferramenta de diagnóstico ou de teste para saber se um tratamento específico está funcionando para um indivíduo.

Os pesquisadores usaram dados genéticos do grupo Neale, do Reino Unido, e investigaram a relação entre nove transtornos psiquiátricos e 50 fatores medidos em exames de sangue de rotina.

De acordo com a publicação, a ampla disponibilidade de dados genéticos permitiu que fosse investigado como as variantes genéticas estão relacionadas ao risco de doença mental.
Essas mesmas variações também podem ser ligadas aos níveis medidos de um biomarcador no sangue.

Por exemplo, uma variante em um gene específico pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia e também estar ligada a uma diminuição nos níveis de uma vitamina que circula no sangue.

Os pesquisadores encontraram uma relação genética entre traços bioquímicos e transtornos psiquiátricos e, ainda, “fortes evidências de um efeito causal” entre os dois. O que sugere que pode ser possível direcionar os traços bioquímicos para o tratamento das doenças.

“Encontramos evidências de que algumas substâncias medidas no sangue podem realmente estar envolvidas na causa de algumas doenças mentais alvo de tratamento”, destacou William Reay, primeiro autor do estudo na publicação feita na revista Science.

A descoberta ajuda nas pesquisas em torno do diagnóstico e tratamento da depressão, apontada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como um dos principais problemas de saúde enfrentados atualmente, principalmento após a pandemia.

O estudo destaca ainda que é necessário que o trabalho prossiga para identificar como essas medidas de sangue estão ligadas a esses distúrbios de uma forma mais precisa. Além de descobrir se os biomarcadores podem ser direcionadas para tratamento.

Fonte: R7

Saúde do idoso ainda sente impactos do isolamento social trazido pela pandemia

181 views
7 mins leitura

A saúde do idoso foi diretamente impactada pela pandemia de covid-19 e os reflexos ainda são sentidos nas unidades que prestam serviços de atendimento à saúde. Isso aconteceu não só pelo fato de estarem entre os grupos de maior risco desde o início da crise sanitária, mas também porque o isolamento necessário nos períodos mais críticos impactou diretamente nos casos de acidentes domésticos e, em paralelo, na interrupção dos acompanhamentos de rotina. Portanto, são mais idosos chegando por traumas e menos para consultas de doenças crônicas.

“Constatamos o aumento da quantidade de pacientes idosos atendidos no Pronto Socorro ao longo da pandemia devido aos acidentes que ocorrem dentro de casa”, analisa o ortopedista Ademir Schuroff. Referência em suporte a vítimas de trauma, o Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR), recebeu mais de 1,3 mil pacientes com mais de 60 anos em 2020, primeiro ano da covid-19 no país. Já em 2022, os números voltaram a estabilizar, mas ainda assustam. Foram 269 idosos atendidos entre janeiro e agosto. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de um terço dos atendimentos hospitalares por traumas e lesões são de pessoas que têm acima de 60 anos.

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 75% das quedas ocorrem em casa e 34% acabam provocando algum tipo de fratura. No caso de uma lesão, a realização rápida do procedimento mais adequado e a redução do tempo de internação podem salvar muitas vidas. “Se for uma fratura no colo do fêmur, é feita uma artroplastia de quadril para substituir essa articulação. Mas se é uma fratura na região proximal do fêmur, a mais comum, o melhor caminho é uma cirurgia minimamente invasiva com a ajuda de uma haste”, explica o ortopedista.

Doenças do coração

Desde o início da pandemia de covid-19, um em cada três brasileiros deixou de realizar exames de rotina e consultas. Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramet), a busca por serviços ambulatoriais e diagnósticos caiu cerca de 40%. São números que preocupam quando se sabe que mais de mil pessoas morrem por dia por doenças cardiovasculares, problemas do coração e de circulação no Brasil. Segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), 36 milhões de adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos, a hipertensão atinge 60%; a cada duas pessoas com mais de 80 anos, ao menos uma é hipertensa. Diante de uma população cada vez mais velha, são necessários procedimentos modernos, rápidos e seguros.

Nesse contexto, o serviço de hemodinâmica é uma estrutura de suma importância no tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas. “Com o avanço da tecnologia e as novas técnicas de tratamento é possível realizar intervenções minimamente invasivas em doenças antes tratadas apenas com cirurgias abertas de grande porte”, esclarece o cardiologista Rômulo Francisco de Almeida Torres, do Hospital Universitário Cajuru. “A agilidade no procedimento e na recuperação impacta diretamente no melhor resultado para a saúde do paciente”, afirma.

Dedicados em diagnosticar e tratar doenças de forma certeira, os profissionais da saúde que trabalham na hemodinâmica do hospital paranaense com atendimento 100% SUS reconhecem que o setor é importante, principalmente para o tratamento de pessoas com idade mais avançada. “Quanto mais idosa a população, mais patologias associadas ao envelhecimento são observadas”, analisa Rômulo.

Investimento em melhorias

Para oferecer mais segurança aos pacientes idosos com doenças cardíacas, neurológicas e vasculares, um projeto do Hospital Universitário Cajuru deve promover justamente a modernização do setor de hemodinâmica. Com a aquisição de novos equipamentos, a estimativa é que 1,2 mil idosos passem a ser beneficiados a cada ano – mas o volume de atendimentos será ainda maior considerando as demais faixas etárias. Para o investimento se tornar realidade, a instituição lança mão de campanhas para captação de R$ 8,7 milhões, a partir do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.

”A destinação de valores via percentual de Imposto de Renda devido, seja de pessoa física ou jurídica, é essencial para darmos sequência ao nosso atendimento humanizado e de qualidade. Dessa forma, o contribuinte consegue escolher onde seu dinheiro será aplicado e tem certeza de que foi em um projeto que realmente beneficia a população”, afirma o diretor-geral do hospital, Juliano Gasparetto.

Além de uma significativa melhoria na assistência, Juliano Gasparetto explica que o novo equipamento e as novas instalações da hemodinâmica irão gerar oportunidades de aprendizado para residentes, estudantes e, também, profissionais que atuam no setor. “Somos uma instituição filantrópica e 100% SUS, atuando com um déficit de cerca de R$ 2,5 milhões ao mês. Por isso, a contribuição da população e de empresas é fundamental para que nosso hospital-escola continue a salvar vidas”, complementa o diretor-geral.

OUTUBRO ROSA: Trilogia da saúde permeia antes, durante e depois do câncer de mama

180 views
12 mins leitura

Trilogia da saúde permeia antes, durante e depois do câncer de mama

Em homenagem à campanha do Outubro Rosa, especialistas da Jasmine Alimentos destacam que a doença pode ser evitada com adoção de hábitos simples

Recentes relatórios mundiais revelam que 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama são diagnosticados anualmente. A taxa de mortalidade, por sua vez, é de aproximadamente 450.000 mulheres por ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer nas mamas é o mais incidente em todas as regiões, com as mais expressivas taxas nas regiões Sul e Sudeste. Apenas em 2022, foram estimados 66.280 novos casos, o que corresponde a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. Os altos índices também reforçam um novo marco: relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o câncer de mama se tornou o mais comum do mundo, superando o de pulmão, que foi, por anos, o primeiro do ranking.

Fatores de risco

A doença é causada por alterações genéticas, diretamente relacionadas à biologia celular. Os principais fatores de risco são: idade (comumente, a partir dos 50 anos), mutações genéticas (principalmente nos genes BRCA1 e BRCA2), menstruação precoce (antes dos 12 anos), nuliparidade, primeira gestação após os 30 anos, menopausa tardia (após os 55 anos), tecido mamário denso, terapia de reposição hormonal, uso de anticoncepcional oral e históricos pessoal e familiar de câncer de mama. Cabe destacar que a doença de caráter hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos.

Fatores ambientais e comportamentais também representam riscos como: tabagismo, obesidade, alcoolismo, sedentarismo e exposição à radiação, agrotóxicos e dioxinas (poluentes orgânicos tóxicos ao ambiente provenientes de processos industriais e combustão).

Cabe destacar que, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, isto é, às mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, aos hábitos e estilos de vida, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Trilogia da saúde da mulher

  • Prevenção começa na despensa e geladeira

Um dos pilares do estilo de vida saudável é a alimentação. Ingerir alimentos de boa qualidade tem papel fundamental na manutenção da saúde, prevenção do tumor, e de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes e , claro, o câncer de mama. Uma alimentação adequada e saudável inclui alimentos in natura e minimamente processados, que preservam as propriedades nutricionais dos ingredientes.

“O consumo rotineiro de frutas e vegetais leva ao aumento da ingestão de polifenóis, que são compostos bioativos que trazem diversos benefícios para a saúde, com efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes. O consumo pode assegurar maior resistência contra o crescimento de tumores cancerígenos”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo.

O controle do índice glicêmico também pode colaborar para a prevenção da doença. “Alimentos com carboidratos complexos, como cereais e grãos integrais, possuem maiores quantidades de fibras, as quais estão relacionadas com controle da insulina e dos estrogênios. A linhaça é considerada um alimento funcional devido a seus nutrientes com potentes funções antioxidantes e anticancerígenas, como ácidos graxos da família ômega-3 (principalmente EPA e DHA), ácido α-linolênico, lignanas e fibras, além de seu alto teor de magnésio, fósforo e zinco”, destaca.

Diferentes estudos apontam que seu consumo adequado pode auxiliar na saúde intestinal, no controle dos níveis de colesterol e na proteção contra o aparecimento e crescimento de tumores mamários. O principal componente da linhaça, que é estudado como anticancerígeno, é a lignana. Cerca de 95% deste fotoquímico possui estrutura bioquímica similar ao estrogênio, permitindo sua ligação nas células cancerígenas e diminuindo o risco de metástase.

  • Alimentação é aliada durante o tratamento de câncer de mama

É sabido que o tratamento oncológico contra o câncer de mama tende a ser invasivo e causar diversos efeitos colaterais na paciente, como sintomas gastrointestinais, alterações no apetite, enfraquecimento imunológico e cansaço. Ainda, é muito comum que os pacientes ganhem peso em razão de medicamentos, efeitos colaterais e questões emocionais. Por essa razão, manter uma alimentação saudável com boas quantidades e variedade de alimentos in natura é fundamental.

Dentre os grupos alimentares indispensáveis, citam-se as verduras e os legumes, priorizando os verdes-escuros, como brócolis, couve, espinafre, agrião e rúcula. Além de fibras, esses  ingredientes possuem boas quantidades de vitaminas A, C, E e K; e minerais como cálcio, ferro, magnésio e potássio. As frutas, em geral, são ricas em nutrientes, como vitaminas A, complexo B, C e E; minerais como cobre e fósforo; e compostos bioativos como betacaroteno, quercetina e antocianinas que atuam como anti-inflamatórios e antioxidantes. “Invista em banana, uva, manga, mamão, limão, cranberry, goji berry, maçã e abacate”, destaca a nutricionista.

As sementes e castanhas como linhaça, chia, semente de abóbora, castanha-de-caju, semente de girassol, castanha-do-Pará e gergelim possuem cobre, ferro, magnésio, selênio, zinco, gorduras insaturadas (ômega-3) e vitaminas do complexo B e E. Os grãos, leguminosas e cereais integrais como aveia, feijões, arroz integral, quinoa, amaranto, lentilha, grão-de-bico também conferem boas quantidades de vitaminas do complexo B, C, E, cobre, ferro, magnésio, potássio e fibras.

“O consumo diário de alimentos variados, em proporções adequadas e voltadas para as necessidades de cada mulher pode favorecê-la no controle do peso, na disposição para prática de atividade física, realizações de suas tarefas, no fortalecimento do sistema imunológico e na sua saúde mental como um todo. Ajustar a alimentação conforme os efeitos colaterais também é de suma importância”, explica Adriana.

  • Recuperação e cura: hábitos alimentares após o câncer de mama

O ambiente tumoral pode ser estimulado pelo excesso de tecido adiposo associado a níveis elevados de triglicerídeos, glicemia e insulina. O ambiente pró-inflamatório, causado pelo acúmulo de gordura, leva à liberação de substâncias inflamatórias, desregulação da leptina (hormônio da saciedade), alterações na insulina e aumento de peso, reforçando esse ciclo. Ainda, cabe destacar que mulheres já diagnosticadas com câncer de mama possuem um risco adicional de 30% para a segunda malignidade, denotando ainda mais a importância de uma alimentação saudável e regular.

Cada vez mais evidências confirmam que o consumo de carne vermelha processada pode aumentar o risco de câncer de mama. “Quando a carne vermelha é cozida em altas temperaturas são liberadas substâncias cancerígenas, dentre elas, aminas heterocíclicas, que estão relacionadas com atividade carcinogênica devido à sua interação com o estrogênio específico do tecido mamário. Acredita-se que o consumo regular de carne vermelha processada pode aumentar em até 9% o risco de desenvolvimento de câncer de mama”, destaca Adriana.

Até o momento, não existe um consenso sobre uma dieta específica para prevenção e tratamento do câncer de mama, entretanto, sabe-se que padrões alimentares saudáveis com alimentos ricos em compostos anti-inflamatórios têm eficácia comprovada na prevenção primária. “Algumas dicas valiosas são: escolher itens variados que contemplem todos os grupos alimentares, como proteínas, carboidratos, vitaminas, água e sais minerais. Alimentos com alto índice de fibra, como pães integrais e cereais, auxiliam na recuperação muscular. Inclua, no mínimo, duas porções de vegetais; e até três porções de frutas diariamente, pois são ricos em nutrientes. Vale lembrar que é preciso desenvolver um plano individualizado que atenda às particularidades e necessidades de cada paciente”, finaliza a nutricionista.

Cada tipo de câncer responde de modo diferente a um tratamento e demanda um padrão alimentar específico, devendo ser avaliado individualmente, em conjunto com o profissional de nutrição. É importante ressaltar que uma alimentação deficitária pode resultar em perda de massa magra, e  mais, criar um risco maior de infecções e complicações pós-cirúrgicas.

Produção florestal bate recorde e atinge R$ 30,1 bilhões

164 views
5 mins leitura

A produção florestal brasileira teve alta de 27,1%, e atingiu valor recorde de R$ 30,1 bilhões em 2021, de acordo com relatório da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) divulgado pelo IBGE. O segmento continua a retomada iniciada ainda em 2020, após o forte impacto causado pela pandemia de Covid-19 nos diferentes setores econômicos.

O valor de produção da silvicultura, que são as florestas plantadas, superou o da extração vegetal e fechou o ano passado com crescimento de 21,3%, chegando a R$ 23,8 bilhões. Essa tendência se mantém desde 2000. A extração também garantiu a continuidade da trajetória de alta e avançou 31,5%, atingindo um valor de produção de R$ 6,2 bilhões.

“Tivemos grande aumento da produção dos produtos da silvicultura em 2021 devido ao aumento da procura por esses produtos, como madeira em tora para papel celulose, madeira em tora para outras finalidades, carvão vegetal, lenha. Todos tiveram crescimento acima de 20% no valor de produção em 2021”, explica Carlos Alfredo Guedes, gerente de Agropecuária do IBGE.

De acordo com a pesquisa, a área total da silvicultura é de 9,5 milhões de hectares, dos quais 7,3 milhões, ou 76,9%, são de eucalipto. A indústria de celulose, para a qual está destinada a produção de eucalipto, está em nono lugar no ranking das exportações brasileiras, segundo o Ministério da Economia (2,4%).

Minas Gerais lidera produção da silvicultura

Dentre os estados brasileiros, Minas Gerais é o que apresenta a maior parcela de contribuição para o crescimento nacional. Em 2021, o valor da produção da silvicultura em Minas cresceu 22,5% e chegou a R$ 7,2 bilhões. Segundo o IBGE, esse índice equivale a 30,2% do total produzido em território nacional. O estado é o maior produtor de carvão vegetal, com 90% do volume brasileiro.

A presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), Adriana Maugeri, indica fatores determinantes para os bons números em Minas Gerais: a reestruturação dos mercados internacionais, como o asiático e o europeu, assim como a demanda interna por outros estados.

“A China se abriu em meados de 2020 com forte e robusto plano de recuperação e investimentos internos, principalmente estruturação interna do país. Naturalmente, essa demanda puxa muito a necessidade de produtos brasileiros de origem florestal, tais como aço, ferro gusa e ligas metálicas. Também tivemos procura pelas nossas florestas pelas indústrias produtoras de celulose de outros estados, que não Minas Gerais”, explica Maugeri.

Sobre as projeções para o setor florestal, a presidente da AMIF é otimista. “Há otimismo forte, mas um otimismo com o pé no chão. É preciso olhar para nossas florestas, tanto em quantidade quanto em qualidade, de volume de madeira disponibilizado para um mercado cada vez mais crescente em fontes renováveis, manejo certificados e reconhecidamente sustentáveis”, conclui.

No extrativismo, destaque para açaí e erva-mate 

A pesquisa do IBGE aponta que, dos nove grupos de produtos que compõem a exploração extrativista, apenas o das oleaginosas teve redução no valor da produção (-2,8%). Entre os não madeireiros, o açaí, com R$ 771,2 milhões, e a erva-mate, com R$ 762,9 milhões, são os produtos que mais geram valor de produção.

No cenário do extrativismo entre os estados brasileiros, o Pará é o líder em valor de produção, chegando a R$ 1,94 bilhão em 2021. Na sequência, aparecem Mato Grosso (R$ 970 milhões), Paraná (R$ 784 milhões) e Rondônia (R$ 544 milhões).

Fonte: Brasil 61

Saúde dos idosos: médico explica como prevenir quedas

191 views
5 mins leitura

A aposentada Célia Sampaio, de 74 anos, entendeu o que um tombo representa para pessoas idosas depois de uma visita à farmácia, a menos de 100 metros de casa.

“A calçada tinha uma pedra que estava levantada, com mais ou menos 15 centímetros. Eu não prestei atenção, tropecei e caí. As consequências foram que eu quebrei meu braço direito, tive algumas escoriações, pancada no joelho, mas o pior foi o braço mesmo, que foi fraturado e eu tive que fazer uma cirurgia e colocar uma placa. Eu hoje tenho uma placa aqui, de titânio no braço.”

Casos como o da Dona Célia são frequentes no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia apontam que a estimativa de tombos entre os idosos com 80 anos ou mais é de 40% todos os anos. Em locais de longa permanência, como asilos, as quedas são ainda mais frequentes, e podem atingir 50% dos idosos. Essas ocorrências entre pessoas com idade mais avançada podem acarretar graves problemas para a saúde.

Vários fatores que podem levar um idoso a cair estão relacionados ao próprio indivíduo ou ao ambiente. “Ao próprio indivíduo, é perda da acuidade visual, uso de medicamentos, perda da força muscular, perda do equilíbrio, acordar à noite, no escuro, dores articulares. Em relação ao ambiente, domiciliar principalmente, estão tapetes escorregadios, ausência de barras nos banheiros, uso de banheiras, pequenos móveis baixos fora do campo de visão do idoso, pets também podem ser causa”, explica o Chefe do Centro de Quadril do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Lourenço Peixoto.

Os principais riscos relacionados às quedas são as fraturas eventuais, frequentemente no punho, ombro, quadril e bacia. As lesões podem, além da dor, evoluir para casos cirúrgicos por causa da osteoporose. Há ainda chance de casos de traumas cranioencefálicos, com potencial risco de vida.

“Felizmente houve muitos avanços na medicina e a ortopedia evoluiu junto. Hoje as cirurgias são feitas de forma minimamente invasiva, mais humanizada. Os hospitais geralmente estão acostumados a lidar com idosos, já que as fraturas entre idosos são uma verdadeira epidemia dos tempos modernos. O melhor a se fazer é atuar na profilaxia. O tratamento avançou, mas o melhor dos mundos é que o idoso não caia e não venha a sofrer fraturas”, destaca Peixoto.

Como reduzir o risco

Como formas de prevenção, além dos cuidados domiciliares, como barras de apoio dentro dos banheiros, por exemplo, há medidas de abordagem multidisciplinar na área médica. Oftalmologista para corrigir problemas de visão, otorrinolaringologista para questões relacionadas à labirintite, cardiologista e pneumologista são alguns profissionais que podem atuar na saúde dos idosos.

“Educadores físicos, nutrólogos e fisioterapeutas também auxiliam. Outras medidas importantes são uma visita ao ambiente domiciliar desses indivíduos, de maneira que possam ser detectadas as armadilhas mais comuns que propiciam as quedas, como superfícies escorregadias, móveis baixos, escadas sem corrimão, todo o ambiente deve ser vistoriado”, conclui o Dr. Peixoto.

Direito à atenção integral à saúde

No Brasil, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa orienta um modelo voltado para o cuidado, com foco na recuperação, permanência, promoção da autonomia e independência. As ações devem ser direcionadas para rastrear as principais necessidades de saúde dessa população, a partir de aspectos como estado clínico, capacidade funcional e psicossocial.

Fonte: Brasil 61

Riscos no esporte: Lesões cerebrais aumentam riscos de segundo impacto com danos ainda piores

189 views
3 mins leitura

As lesões no desporto são bastante comuns. Algumas mais aparatosas envolvendo lesões visíveis, sangramentos ou fraturas chamam mais a atenção, mas nem por isso são as mais perigosas ou com recuperação mais difícil.

No final de setembro, o quarterback Tua Tagovailoa, que atua no Miami Dolphins, recebeu o passe, mas foi derrubado. Após o embate, foi visível o balançar de cabeça e o tropeçar no chão enquanto tentava se livrar. Após um exame médico, ele voltou ao jogo contra o Buffalo Bills com o que seu treinador, mais tarde, disse ter sido uma lesão nas costas.
O PhD em neurociências Fabiano de Abreu Agrela reitera que devemos estar atentos às lesões invisíveis, principalmente as que afetam a cabeça e a coluna.

Ainda segundo o especialista, depois de acontecimentos como este, a chance de novo acontecimento com consequências piores tem grande chance de acontecer. E porquê? O tempo de recção aumenta e a nossa visão fica turva, menos nítida e menos focada. Este acontecimento veio a passar-se quatro dias depois num jogo contra os Cincinnati Bengals. Tagovailoa acabou por abandonar o campo com uma concussão como diagnóstico.

“Depois de um golpe na cabeça, quando o cérebro mole atinge o crânio inflexível, a lesão desencadeia uma catadupa de alterações. Entre estas mudanças podemos observar que algumas células nervosas se tornam hiperativas, a inflamação se instala e o fluxo sanguíneo é alterado. Esses eventos a jusante no cérebro – e como eles se relacionam com os sintomas de concussão – podem acontecer ao longo de horas e dias e não são fáceis de diagnosticar de forma rápida.”, aponta Abreu.

Como refere ainda o neurocientista, “ os exames de neuroimagem são úteis neste caso, para determinar os pormenores de lesão na região e adjacentes como consequência dos traumas sofridos para que, os responsáveis médicos possam determinar o período e tipo de tratamento, assim como o afastamento dos campos. Infelizmente muitas vezes as pessoas tendem a minimizar as consequências deste tipo de lesão pelos resultados não se apresentarem visíveis no imediato!”, conclui.

Fonte:MF Press Global

Teste da orelhinha: médico explica importância do exame nos primeiros meses de idade

180 views
3 mins leitura

A Triagem Auditiva Neonatal, também conhecida como Teste da Orelhinha, é de extrema importância para a detecção de problemas auditivos em recém-nascidos. O teste é uma forma de diagnóstico precoce. Quanto antes for feita a estimulação do bebê, maiores as chances de recuperação.

O exame é pouco invasivo, com a introdução de um fone no conduto auditivo da criança e a realização de um estímulo sonoro. O aparelho faz a leitura da resposta das células da cóclea, localizada na região do ouvido interno e responsável pela função auditiva. Dessa forma, é possível identificar alterações.

“O Sistema Nervoso Central apresenta grande plasticidade quando precocemente estimulado, principalmente até os dois meses de idade, permitindo o aumento de conexões nervosas e possibilitando melhores resultados na reabilitação auditiva e desenvolvimento de linguagem de crianças acometidas pela deficiência auditiva”, explica Jefferson Pitelli, otorrinolaringologista do Hospital Anchieta de Brasília.

Pitelli lembra ainda que, caso algo seja detectado no Teste da Orelhinha, não necessariamente significa que há problemas auditivos. “Outros exames de maior complexidade terão de fazer parte da investigação diagnóstica”, conclui.

Há cerca de um ano, a filha da coordenadora de Comunicação, Nara Lima, fez o teste ainda na maternidade. “O teste foi super rápido e sabemos da importância que ele tem. Todos os resultados foram conforme o previsto pelo protocolo. Ficamos felizes que não precisamos refazê-lo depois de algum tempo”, conta Nara.

A deficiência auditiva pode ter fatores hereditários ou etiologias adquiridas, como infecções neonatais e durante a gravidez. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2019), 1,1% da população brasileira tem algum grau de deficiência auditiva (surdez), número que representa 2,2 milhões de pessoas.

Importância da audição

A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala, da linguagem e da aprendizagem. Por meio desse sentido, as crianças podem desenvolver a vocalização, descobrir o significado das palavras e aprender a construir frases.

“A capacidade auditiva também influencia nas habilidades de comunicação e linguagem ao longo da vida. Dessa forma, alterações auditivas podem comprometer essas habilidades e, consequentemente, o aprendizado”, destaca Pitelli.

Fonte: Site Barra

Foto: Lia de Paula / Agência Senado