Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas começou nesta terça-feira (1º)

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Pessoas físicas com dívidas em atraso com instituições financeiras têm agora em de novembro  oportunidade de cuidar da saúde do bolso. De 1º até dia 30, ocorre o segundo Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira deste ano.

Ação conjunta do Banco Central (BC), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país, o mutirão oferece oportunidade de renegociação de dívidas com desconto e parcelamentos que caibam no bolso.

Podem participar do mutirão pessoas físicas com débitos em atraso com bancos e demais tipos de instituições financeiras, desde que a dívida não esteja atrelada a bens dados em garantia. As negociações podem ser pedidas por meio da plataforma Consumidor.gov.br  ou pelos canais diretos das instituições participantes, disponíveis na página do mutirão.

No site do mutirão, o interessado também terá acesso ao link do Registrato, sistema do Banco Central que informa todos os relacionamentos do cidadão com o sistema financeiro. A página permite consultas sobre informações de dívidas com bancos e órgãos públicos, cheques devolvidos, contas, chaves Pix e operações de câmbio. O site também dará acesso à plataforma de educação financeira Meu Bolso em Dia, da Febraban.

Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), explica que os devedores podem se reorganizar financeiramente de diversas formas junto às instituições financeiras. “O consumidor tem várias vantagens para participar do Mutirão de Negociação e Orientação Financeira. Ele pode renegociar suas dívidas em atraso, pode buscar uma nova pactuação, parcelamento da dívida e até juros menores.”

O diretor da Febraban também ressalta a importância da preparação prévia oferecida pela plataforma do mutirão. “O consumidor que tiver interesse em negociar suas dívidas em atraso pode acessar a página eletrônica mutirão.febraban.org.br e ter acesso a conteúdo exclusivo de orientação financeira, dicas de como trocar uma dívida mais cara por uma mais barata, como fazer o seu orçamento doméstico e como calcular aquelas despesas e o saldo que pode ser renegociado para dívidas”, enumera.

“Depois disso, nesta página, o consumidor é redirecionado para plataforma do Ministério da Justiça, da Senacon, onde mais de 160 instituições financeiras estão prontas para receber os pedidos dos consumidores.”

Mutirão

Neste ano, o mutirão alertará os cidadãos sobre o superendividamento e a possibilidade de pedir renegociação, conforme previsto na Lei 14.181/21.  Pela lei, os cidadãos superendividados têm direito a renegociar o valor global do débito, simultaneamente com todos os credores. Segundo o BC, isso permite acordos mais vantajosos do que negociar uma dívida com cada banco.

O BC orienta as pessoas com suspeita de superendividamento a não renegociar os débitos pelo mutirão. Segundo o órgão, as pessoas devem buscar ajuda especializada nos órgãos de proteção e defesa do consumidor, cujos links estão disponíveis na página da ação conjunta.

No último mutirão, realizado em março, foram negociados 1,7 milhão de contratos em atraso durante 25 dias. De acordo com o BC, o endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou 52,9% da renda familiar disponível em agosto. Definido como o valor atual da dívida e os rendimentos em 12 meses, o indicador caiu 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior, mas subiu 3,5 pontos no acumulado em 12 meses.

O comprometimento de renda, que equivale às parcelas mensais divididas pela renda mensal da família, atingiu 29,4% em agosto, no maior nível desde o início da série, em 2005. O indicador subiu 0,8 ponto percentual na comparação com julho e 3,9 pontos em 12 meses.

Dicas para cuidar do bolso

A plataforma Meu Bolso em Dia tem o passo a passo para a educação financeira, principalmente por suas ferramentas de personalização. Mas o economista César Bergo destaca uma entre todas as dicas: saber com o que gastar.

“O principal é não fazer compra por impulso. Existe o endividamento bom e ruim. O bom é aquele em que você adquire um bem que se paga com o decorrer do tempo e o ruim é aquele gasto desnecessário, como uma viagem, que a pessoa financia e depois passa muito tempo se lamentando pela dívida”, explica.

Segundo o economista, a educação promovida pela plataforma também é crucial para que as pessoas entendam a importância de ter o “nome limpo” na praça. Sem isso, muitas vezes é impossível alugar um imóvel, financiar novos bens e ter menor restrição nas parcelas de qualquer compra. “Sem falar na saúde emocional e no bem-estar do consumidor”, finaliza.

Fonte: Brasil 61

Desempregados estão, em média, há 1,5 ano sem trabalho, aponta pesquisa CNDL/SPC

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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há 18 meses (1 ano e meio), em média, sem ocupação formal, três meses a mais do que apontou o levantamento realizado em 2020.

A pesquisa também mostra que 64% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, um aumento de 13 pontos percentuais em comparação a 2020. As justificativas destacadas pelos entrevistados apontam que para eles o mais importante no momento é arrumar emprego para pagar as despesas (35%), voltar ao mercado de trabalho (17%) e a percepção de que é mais fácil conseguir um emprego melhor estando empregado (11%).

Segundo o estudo, 86% dos desempregados afirmam não ter alguma reserva financeira para se manter por algum tempo até arrumar um emprego. Entre os que possuem algum tipo de reserva (14%), 58% são provenientes de poupança ou outro investimento.

A demora para se recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal, bicos e freelancers. De acordo com a pesquisa, 67% dos desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar, um aumento de 27 pontos percentuais em relação à 2020. Em seguida, aparecem os que têm parte ou a totalidade das despesas pagas por amigos ou familiares (34%).

Para os desempregados que atuam no trabalho temporário, fazem bico ou são freelancers, as principais atividades realizadas são: serviços gerais (27%), comércio ambulante (12%), revendedor de produtos (9%), diarista (8%) e serviços de beleza (8%). Serviços gerais é predominante entre os homens, enquanto revenda de produtos, diarista e serviços de beleza entre as mulheres.

Os desempregados que realizam trabalho temporário conseguem gerar, em média, R$850,10 por mês. Esse valor médio é 30% inferior ao salário-mínimo vigente, de R$ 1.212,00.

A grande maioria (90%) dos desempregados que realiza trabalho temporário considera essa atividade como, de fato, um bico até arrumar um emprego ou abrir seu negócio.

“Vivenciamos um período pós-pandemia com uma economia que se recupera com dificuldade, impactada pela alta dos juros e da inflação, e pela queda dos investimentos. Mesmo os números oficiais mostrando uma melhora dos indicadores econômicos e queda no desemprego nos últimos meses, é imprescindível o desenvolvimento e ampliação de políticas públicas tanto de auxílio à população desempregada quanto para a melhoria do ambiente de negócios do país, aliado à ampliação do crédito, incentivo para criação de novos negócios e fortalecimento das empresas, que são as que mais geram emprego e renda”, alerta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.

Desemprego atinge principalmente os mais pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio

A pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: cinco em cada dez desempregados são mulheres (53%), enquanto 47% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (32%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (29%).

Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (97%), enquanto apenas 3% estão nas Classe A e B. A renda média é de 1,7 salários-mínimos, ou R$ 2.060, sendo R$ 606 menor que 2020.

Em relação à escolaridade, 60% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 33% têm o 2º grau incompleto e 7% o ensino superior completo ou mais. Apenas 10% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 51% são solteiros e 19% correspondem aos casados; mais da metade dos entrevistados possui filhos (58%).

 

Emprego com carteira assinada é o preferido por quem procura trabalho; 62% dos desempregados não têm sido chamados para entrevistas

O emprego com carteira assinada é o preferido por aqueles que procuram trabalho (57%), seguido daqueles que aceitariam qualquer oportunidade, independente do formato (29%) e dos que buscam trabalho como autônomos, por conta própria (7%).

O tempo médio em que os entrevistados passam buscando emprego por dia é de 2,7 horas, sendo que 33% passam até 2 horas por dia e 32% entre 2 e 6 horas. Além disso, 87% dos desempregados afirmam estar dispostos a aceitar uma vaga, mesmo que seja em área diferente da sua formação e experiência profissional (43%) ou somente diferente de sua experiência profissional (33%). Esse resultado é 26 pontos percentuais acima do verificado em 2020.

Concomitante a isso, apenas cerca de 4 em cada 10 desempregados têm sido chamados para entrevistas de emprego (38%). A oportunidade de participar de entrevistas é maior para os que possuem ensino médio completo ou mais.

Ao mesmo tempo, dentre os que já foram chamados para entrevistas, quase a metade (47%) afirma já ter recusado proposta de emprego, tendo como principais motivos: ser longe da casa em que reside (17%), remuneração/benefícios insuficientes (10%) e remuneração/benefícios menores do que ganhava no emprego anterior (6%).

Vale destacar que 62% dos entrevistados não têm sido chamados para entrevistas, sendo que para 36% isso se deve ao fato de não estar se candidatando para muitas vagas. Já 23% acreditam que a idade está influenciando na falta de entrevistas, 21% por falta de qualificação e 21% por considerar que a concorrência na área que atua está alta.

 

54% dos desempregados não estão confiantes de que conseguirão um novo emprego

A pesquisa mostra que 54% dos desempregados estão se sentindo pouco ou nada confiantes de que vão conseguir emprego nos próximos 3 meses, enquanto 45% dos desempregados acreditam que irão conseguir e estão confiantes sobre isso. Entre os motivos do otimismo, 51% dos entrevistados justificam que são bons profissionais e tudo vai dar certo, seguido da necessidade de manter o ânimo e esperança (50%), e a crença de que as oportunidades de trabalho estão aumentando (24%). E para aqueles que acreditam que irão ser contratados, 41% creem que conseguirão emprego dentro de até três meses. Sendo o tempo médio de 4 meses e 13 dias (20 dias a mais do que na pesquisa de 2020).

Entre aqueles que estão pouco ou nada confiantes de conquistar um emprego nos próximos três meses, destacam-se os motivos: não estar sendo chamados para entrevistas de emprego (31%), considerar que as empresas estão demitindo e o desemprego aumentando (30%) e por não estar vendo muitas vagas disponíveis no mercado (29%).

O levantamento aponta ainda que 22% dos desempregados afirmam ter planos para se mudar para o exterior, caso continuem sem conseguir emprego (aumento de 7 pontos percentuais comparado à pesquisa de 2020).

Mesmo após Justiça ordenar desbloqueio, caminhoneiros seguem nas rodovias do país

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Os bloqueios em diferentes estradas do país continuam nesta terça-feira, mesmo depois que o  Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na noite da segunda-feira (31), que as vias fossem liberadas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares dos estados estão escaladas e agem desde o começo da terça para desbloquear os pontos, que se concentram em 22 estados e no Distrito Federal.
O presidente do STF, ministro Alexandre de Moraes, estipulou multa de R$ 100 mil por hora para o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e para caminhoneiros que descumprirem a medida.

A maior preocupação é com relação ao desabastecimento de produtos alimentícios, cargas vivas e combustíveis, que estão parados nos bloqueios das estradas. De acordo com representantes do setor produtivo, as linhas de produção de carnes estão desacelerando e existe uma potencial chance de que a produção seja suspensa, ainda segundo esses representantes, animais, rações e produtos refrigerados estão parados em pontos de bloqueio. E os veículos que se dirigem aos portos do país estão com dificuldades em acessar esses pontos.

Um dos estados com mais pontos de bloqueio, Santa Catarina, é também um dos  maiores produtores de proteína animal do país e já começa a sofrer com os bloqueios. O vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC), Enori Barbieri , fala sobre as dificuldades que os produtores já começam a sentir.

“Nós temos uma estrutura em Santa Catarina, de pequenas  propriedades, poucas rodovias, e uma produção muito grande de suínos, aves e leite que são produtos muito perecíveis, pela falta de comida, já que não chega o caminhão, ou pela retirada do leite.”

O presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Campinas e Região (Recap), Emilio Martins, explica que nessa segunda (31) não houve falta de combustíveis porque a reposição acontece sempre no começo da semana. Mas a situação na região metropolitana de São Paulo pode se tornar dramática.

“Muitos postos já sem combustível, um feriado amanhã [quarta-feira], muita gente já precisando viajar, sair daqui, muitas pessoas precisando vir para cá, uma situação muito crítica. Eu acredito que o desabastecimento robusto vai acontecer hoje [terça-feira] no final da tarde e amanhã acho que já vamos ter muitos problemas”, acredita

Além dos problemas em terra, a malha aeroviária do país também enfrenta problemas. Durante a manhã de terça-feira, a concessionária GRU Airport, responsável pelo aeroporto de Guarulhos (SP), informou que 25 voos foram cancelados, sendo 12 ainda nesta segunda-feira (31) e outros 13 na terça. Parte dos voos eram da companhia aérea Latam, que informou, em nota, que por conta de bloqueios de importantes vias do Brasil, uma situação alheia ao controle da companhia, alguns voos acabaram impactados.

Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou na segunda-feira (31) que as paralisações de rodovias por caminhoneiros que ocorrem em vários locais do país podem gerar desabastecimento e impactar a cadeia produtiva. A bancada ressaltou que respeita o direito à manifestação, mas pediu que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e produtos de primeira necessidade.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em nota, também se posicionou contrariamente a qualquer movimento que comprometa a livre circulação de trabalhadores e o transporte de cargas e que provoque prejuízos diretos no processo produtivo e na vida dos cidadãos. Segundo a Confederação, o direito constitucional de ir e vir dos brasileiros precisa ser respeitado. A CNI é veementemente contrária a qualquer manifestação antidemocrática que prejudique o país e sua população, diz a nota.

Fonte: Brasil 61

Presidente eleito deve priorizar crescimento econômico e transição para economia de baixo carbono, aponta CNI

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Acelerar o crescimento do país, promover a transição para uma economia de baixo carbono e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), esses são os desafios do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao assumir o governo em janeiro de 2023.

Em posicionamento divulgado nesta segunda-feira (31), o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que os próximos quatro anos vão exigir união e diálogo entre os setores público e privado e a sociedade para a construção de uma política industrial moderna, pautada nos investimentos em inovação e tecnologia e na agenda do clima.

“Muitos dos problemas econômicos e sociais são antigos. Seus diagnósticos e soluções já foram exaustivamente discutidos. Precisamos, agora, concentrar esforços no enfrentamento dessas questões. Por isso, seguindo o exemplo dos países mais desenvolvidos, defendemos a adoção de uma visão de país de longo prazo, que tenha como objetivos centrais a inovação, os ganhos de produtividade e a maior inserção da economia brasileira no concorrido mercado internacional”, afirma.

Na última década, entre 2011 e 2020, a economia brasileira cresceu, em média, 0,3% ao ano. Desempenho inferior à chamada “década perdida”, nos anos 80, quando o PIB cresceu 1,6% a.a.

“O grande desafio do próximo governo é acelerar o ritmo de crescimento da economia brasileira, que não vem crescendo rapidamente há mais de uma década”, ressalta Mário Sérgio Telles, gerente-executivo de Economia da CNI.

Agenda

Com base em sugestões de empresários e de representantes das federações estaduais e das associações nacionais setoriais da indústria, a CNI entregou 21 documentos à campanha do presidente eleito com sugestões para um país forte, dinâmico e inovador.

“A indústria preparou 21 documentos dos mais diversos temas e apresentou ainda em junho a todos os candidatos à Presidência da República. Além disso, agora mais recentemente a CNI preparou um plano de retomada da indústria que também foi apresentado aos dois candidatos que estavam disputando o segundo turno, de modo que deixamos claro para todos os candidatos qual a nossa visão e as nossas prioridades para o próximo governo”, lembra Telles.

A agenda de reformas, principalmente a reforma tributária sobre o consumo, visando a criação de um sistema tributário eficiente e que estimule os investimentos produtivos e a criação de empregos, deve ser uma das prioridades do próximo presidente, explica.

“Além disso, o novo governo precisa de uma relação harmônica com o Congresso, porque ainda existem diversas reformas a serem feitas. A principal reforma, do ponto de vista da indústria, é a da tributação do consumo, que está no Congresso na forma da PEC 110”.

A doutora em economia Margarida Gutierrez afirma que o sistema tributário é oneroso e complexo, o que atrapalha o desenvolvimento da indústria e, por consequência, do país. “Tem que tornar o sistema mais simples, mais progressivo, mais transparente, dar um fôlego para a indústria. A indústria no Brasil é muito tributada. Isso tira a competitividade do setor industrial brasileiro. Por quê? Porque ele exporta. Então, ele se depara com um nível de competitividade já por aí mais baixo”, avalia.

O documento aponta que a infraestrutura do Brasil deve receber atenção especial, pois apesar dos avanços obtidos com as concessões e privatizações nos últimos anos, é preciso investir mais para ampliar e modernizar o setor.

Entre as medidas que a CNI classifica como indispensáveis para isso estão a adoção de marcos regulatórios efetivos para promover a competição no mercado de gás natural, de combustíveis e de energia elétrica, e ampliar os investimentos em sistemas eficientes de transportes.

A avaliação é de que o país precisa aumentar os investimentos em transporte em, pelo menos, três vezes. Hoje, o Brasil investe em infraestrutura de transportes cerca de 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB). Para a entidade, o patamar ideal para modernizar a logística de transporte seria de 2% do PIB.

Inovação e sustentabilidade

Segundo a CNI, o Brasil também precisa se preparar para aproveitar as oportunidades abertas pela indústria 4.0 e pela descarbonização da economia, que tendem a determinar o futuro das empresas e o crescimento dos países.

Para isso, a entidade defende investimento em pesquisa e inovação de modo que o país reduza as emissões de gases de efeito estufa e ocupe posição de maior destaque no esforço global para conter as mudanças climáticas. Responsável por 70% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento, a indústria é essencial nesse processo.

“Uma prioridade que a CNI identifica é a questão da transição para a economia de baixo carbono. O mundo inteiro está discutindo essa questão e o Brasil precisa se adaptar de uma forma a acelerar o nosso crescimento, para que isso seja uma oportunidade para a economia brasileira e isso passa, por exemplo, por energias renováveis”, diz Telles.

Educação

O posicionamento também diz que a “revolução tecnológica em curso exige um sistema educacional mais conectado com a era do conhecimento”. Por isso, pontua que o novo governo deve priorizar a melhoria da qualidade da educação básica e da formação profissional e técnica dos trabalhadores para atender às demandas do mercado de trabalho em constante transformação.

Fonte: Brasil 61

Uso de energia solar proporciona economia de até 98% na conta de luz

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Benefícios ambientais, econômicos e sociais. São esses alguns exemplos de vantagens encontradas por quem opta pelo uso de placas solares em vez da energia gerada por hidrelétricas e termelétricas. Além disso, a economia na conta de luz pode chegar a até 98%.

Por conta desses fatores, o Banco da Amazônia (Basa) passou a oferecer linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas que desejam adquirir placas solares para abastecimento elétrico. Para o superintendente regional do Basa no Pará e Amapá, Edmar Bernaldino, por se tratar de uma fonte de energia limpa e renovável, a energia solar favorece a preservação do meio ambiente.

“A partir do momento que você vem com o financiamento de energia solar, você estará reduzindo seu consumo de energia tradicional, substituindo por um modelo sustentável que fornece um ganho muito grande para questões ambientais e financeiras. Você vai, com certeza, reduzir um custo de pagamento de energia elétrica, a partir do momento que já se tem o retorno desse investimento”, pontua.

As taxas de juros apresentadas são a partir de 0,62% ao mês, bem abaixo da média do mercado, com incisão de bônus de adimplência para pagamento. Dependendo do porte, o financiamento pode ser de até 100% do valor contratado, incluindo o seguro.

O crédito é oferecido por meio do FNO Energia Verde, e também pode ser utilizado para o financiamento de projetos de implantação, melhoria e reforço de sistemas de micro e minigeração de energia.

Demanda mundial deve se recuperar em 2023

Fertilizantes respondem por 76% das importações

A aquisição de energia solar por parte da população brasileira tem avançado consideravelmente. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, (Absolar), o país atingiu a marca histórica de 1 milhão de sistemas de energia solar instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, somando 10,6 gigawatts (GW) de potência. O coordenador do Grupo de Trabalho de Geração Distribuída da Absolar, Guilherme Susteras, explica o que levou a essa alta.

“O primeiro fator tem a ver com o aumento da tarifa de energia. A energia elétrica, que antes talvez era o quarto ou o quinto item principal do custo de uma empresa ou de uma residência, tem se tornado talvez o primeiro ou o segundo item. Ao mesmo tempo você tem uma tendência contínua de redução do custo da tecnologia.

Então, quanto mais pessoas no mundo todo instalam sistemas solares fotovoltaicos, mais barato fica de produzir o próximo sistema. E o terceiro fator é que as pessoas estão cada vez mais interessadas no tema da sustentabilidade e começam a perceber que elas também podem tomar ação”, considera.

Acesso ao FNO Verde

A linha FNO Energia Verde é destinada a qualquer pessoa física com renda comprovada. O interessado precisa ter cadastro no Banco da Amazônia, uma vez que o limite de crédito precisa ser avaliado.

A partir desse limite, é aprovado o valor máximo que o cliente pode tomar de financiamento para esta fonte de linha de crédito. Durante a análise de limite de crédito, será verificado o comprometimento mensal, assim como a parcela máxima que o interessado pode comprometer da sua renda mensal, para fim de cobertura da parcela do financiamento da energia solar.

Fonte: Brasil 61

OURO: Qual a expectativa para o preço em 2023?

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O índice de preços dos metais preciosos do Banco Mundial caiu 9% no terceiro trimestre de 2022, puxado pelo fraco investimento e baixa demanda física, em razão do fortalecimento do dólar e taxas de juros mais altas. Estes fatores superaram o impacto positivo da demanda para entesouramento, motivada pela guerra da Ucrânia e alta da inflação.

Nesse cenário, os preços da prata caíram fortemente (cerca de 15%), devido à redução na demanda industrial, enquanto os preços do ouro e da platina tiveram redução de 8%. Após uma queda projetada de 4% em 2022, a expectativa é que o índice de preços caia 4% em 2023 em razão de altas taxas de juros esperadas e preocupações sobre a possibilidade de uma recessão global que impactaria a atividade industrial.

Os preços do ouro caíram 8% no terceiro trimestre de 2022, já que as taxas de juros mais altas e valorização do dólar superaram as preocupações a respeito da crescente inflação e riscos geopolíticos. O Federal Reserve, dos EUA, aumentou as taxas de juros cinco vezes, até setembro de 2022, com uma elevação de 3%, fazendo com que o índice do dólar americano tenha aumentado 16%, o nível mais alto em 20 anos. Enquanto isso, os títulos de 10 anos do tesouro (TIPS – Treasury Inflation-Protected Securities) alcançam seu mais alto nível desde fevereiro de 2011, aumentando a atrativIdade dos ativos de custo zero. Como resultado, os ETFs de ouro caíram por cinco meses consecutivos.

A demanda da joalheria na China teve leve crescimento nos últimos meses, seguindo a liberação das restrições relacionadas com a pandemia Covid-19, enquanto as importações da Índia tiveram um incremento nas taxas de 7.5% para 12.5%. Os bancos centrais também continuaram a acumular ouro. No entanto, as compras físicas não foram suficientes para superar os efeitos da demanda do metal para investimento. Como as taxas de juros devem continuar elevadas no próximo ano, a projeção é que os preços do ouro caiam 4% em 2023.

Os preços da prata caíram 15% no terceiro trimestre de 2022, influenciados pela fraca demanda industrial e pelas mesmas políticas monetárias e fatores econômicos que afetaram os preços do ouro. Mais da metade da demanda global por prata advém de aplicações industriais. Apesar da demanda fotovoltaica continuar a crescer, a demanda para eletrônicos enfraqueceu consideravelmente, já que a produção global de eletrônicos caiu cerca de 20% no ano, até setembro. Os novos pedidos de produtos manufaturados também caíram fortemente, tanto nas economias avançadas e mercados emergentes quanto nos países em desenvolvimento. A fraca demanda física e para investimento devem manter os preços sob pressão para baixo. Assim, espera-se que os preços da prata caiam 16% em 2022 e se mantenham nos mesmos níveis em 2023. Em longo prazo, a prata deve se beneficiar da transição energética, particularmente para uso em células fotovoltaicas.

Os preços da platina caíram 8% no terceiro trimestre de 2022, também influenciados pelos mesmos fatores que afetaram outros metais, principalmente as altas taxas de juros, a baixa demanda industrial e a demanda da joalheria, além da retração econômica global. A demanda automotiva – onde a platina é usada nos catalisadores – está se recuperando, mas ainda se encontra abaixo dos níveis pré-pandemia. Há o risco da falta de suprimento da Rússia e Ucrânia. A demanda por platina também pode ser suportada pela substituição com paládio, em que o suprimento da Rússia está sob risco (a Rússia responde por 40% da oferta global de paládio). Pelo lado da oferta, os preços devem ser suportados pelas interrupções de produção na África do Sul devido a cortes de eletricidade e atraso de projetos, bem como cortes de eletricidade na América do Norte, devido a enchentes. Olhando para diante, os preços da platina devem se manter firmes em 2023, devido à limitada oferta das minas. A platina enfrenta obstáculos da transição energética, com o incremento dos veículos elétricos (os quais não requerem catalisadores eletrolíticos). Mas em longo prazo o metal pode se beneficiar da uma economia a hidrogênio e seu uso em células de combustível.

Fonte: Brasil 61

O TEMPO E A TEMPERATURA: Possibilidade de geada na região Sul nesta quinta-feira (3)

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Nesta quinta-feira (3), poucas nuvens em toda região Sul com possibilidade de geada no sudeste paranaense, Serrana, oeste catarinense, noroeste e centro oriental rio-grandense.

Possibilidade de chuva isolada nas regiões metropolitanas de Curitiba e Florianópolis.

A temperatura mínima para a região fica em torno dos 4°C, e a máxima prevista é de 22ºC. A umidade relativa do ar varia entre 40% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

Fonte: Brasil 61

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios aponta desafios para o 5G

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A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou levantamento que aponta os desafios das cidades de todo o país no que diz respeito à atualização das legislações locais e simplificação dos procedimentos de licenciamento para a instalação de antenas de 5G e ampliação da cobertura 4G, na medida em que o cronograma de ativação da rede 5G for avançando para cidades médias e pequenas, o que segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve ocorrer entre 2023 e 2029.

Se por um lado temos o avanço da nova tecnologia 5G, a ampliação da cobertura 4G e as oportunidades de negócios e promoção de serviços públicos, por outro temos a falta de oferta da internet em muitas localidades e a má qualidade dos serviços prestados. Segundo a CNM, esse cenário marca as realidades do país.

A ampliação de cobertura do 4G já começa em 2023, levando a tecnologia de quarta geração aos mais de 7.000 lugares onde ela ainda não funciona, incluindo várias regiões metropolitanas, além de vilas, áreas urbanas isoladas e aglomerados rurais.  Para isso, e para a chegada do 5G, será necessária a instalação de novas infraestruturas, o que só é possível com a atualização das legislações locais, adequando-as à Lei Geral de Antenas.

Diogo Della Torres, coordenador de infraestrutura da Conexis Brasil Digital, representante das principais operadoras de telefonia do país, explica que os avanços proporcionados pela maior cobertura do 4G e a chegada do 5G beneficiam vários setores.

“O país está em processo de intensa digitalização dos diversos serviços da sociedade. Na educação, temos os recursos audiovisuais; na saúde, a marcação de consultas on-line, verificação de exames realizados, cirurgias de forma remota; serviços financeiros estão cada vez mais digitais; na indústria e na agricultura os diversos equipamentos utilizados têm trabalhado conectados em nuvem, de forma integrada, e não mais individual. Os próprios serviços públicos, nas mais diversas esferas, estão cada vez mais no mundo digital e menos físico”, pontua Torres.

O coordenador de infraestrutura da Conexis Brasil ressalta, no entanto, que esses avanços só serão sentidos pela população à medida que os municípios atualizarem suas legislações e permitirem que os investimentos cheguem à cidade.

“É importantíssimo que os municípios adequem suas legislações para o licenciamento municipal das antenas, para que os procedimentos sejam mais ágeis, menos burocráticos, simplificados e integrados. Com isso, os investimentos que as operadoras fazem nas suas infraestruturas de comunicação vão se traduzir rapidamente em conectividade ao cidadão. As leis municipais precisam estar aderentes à Lei Geral de Antenas, ao regramento federal. E adequadas, também, à nova tecnologia”, aponta.
Fonte: Brasil 61

Defesa Civil Nacional reconhece situação de emergência em 54 cidades atingidas por desastres

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A Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em 54 cidades do País atingidas por desastres naturais. As portarias com os reconhecimentos federais foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (1º).

Das 54 cidades, 44 estão no Paraná, das quais 40 enfrentam um período de estiagem. . Já o município de Laranjal registrou um vendaval, enquanto Lindoeste, Marquinho e Cafezal do Sul passaram por enxurradas.

Ainda na Região Sul, as cidades de Entre Rios e Ouro Verde, em Santa Catarina, registraram chuvas intensas.

No Sudeste, os municípios de Barbacena e Paula Cândido, em Minas Gerais, enfrentaram queda de granizo.

Por fim, na Região Nordeste, as cidades de Irajuba e Quijingue, na Bahia, e Martins e Serrinha, no Rio Grande do Norte, também passam por um período de estiagem.

Como solicitar recursos federais para ações de defesa civil

Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para atendimento à população afetada.

As ações envolvem socorro, assistências às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a valor ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.

Fonte: Brasil 61

Defesa Civil de União da Vitória realiza diversos atendimentos após forte temporal de domingo

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A Defesa Civil e o Departamento de Manutenção do Município de União da Vitória estão realizando diversos atendimentos desde o forte temporal que atingiu toda a região no final da tarde deste domingo, 30. As equipes estão trabalhando na retirada de árvores e galhos e também atendimento em residências atingidas

“Recebemos diversos chamados desde ontem, de casas que tiveram as telhas quebradas ou levantadas com a força do vento, e também de queda de árvores e galhos, inclusive na rede elétrica, o que causou a queda de luz em diversos pontos do Município”, afirmou o coordenador da Defesa Civil, Ricardo Sommer.

Desde então, em pronta resposta, as equipes iniciaram os atendimentos com entrega de lonas nas casas atingidas e com a retirada de árvores e galhos que caíram com a chuva, contando com auxílio do Corpo de Bombeiros que também atendeu diversos chamados de emergência.

O coordenador também afirmou que os atendimentos seguem e que podem ser solicitados pelos telefones (42) 99143-1530 (Whatsapp) e (42) 99917-4085 (Ligações e Whatsapp).

A Defesa Civil de Porto União continuou a fiscalizar as áreas afetadas pela tempestade nesta segunda-feira, 31. Uma grande preocupação estava na Praça Hercílio Luz, centro da cidade. Como resultado de fortes rajadas de vento, um telhado desalojou e derrubou uma barbearia. As lojas vizinhas deste estabelecimento e uma farmácia foram danificadas pela água que vazou para o teto.

A prefeitura e os bombeiros estão realizando serviços de limpeza de ruas e retirada de árvores que caíram ou foram danificadas. Eles também recebem regularmente assistência na remoção de detritos dos esforços de combate a incêndios.

Chuvas!

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DEFESA CIVIL ESTÁ TRABALHANDO PARA ATENDER A POPULAÇÃO DEPOIS DAS FORTES CHUVAS DE DOMINGO ⚠️⚠️
Em caso de transtornos relacionados às chuvas entre em contato com a Defesa Civil de União da Vitória através dos telefones:
☎ 42 99143 1530 (Whatsapp)
☎ 42 99917 4085 (Ligações e Whatsapp)
🚒 Em caso de emergências entre em contato com o Corpo de Bombeiros através do telefone 193 ou através do whatsapp 42 3523 6808.

O TEMPO E A TEMPERATURA: Pancadas de chuva em grande parte da região Sul nesta segunda-feira (31)

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esta segunda-feira (31), tempo nublado com pancadas de chuva isoladas e trovoadas no Paraná, Santa Catarina e noroeste e nordeste rio-grandense.

Nas demais regiões do Rio Grande do Sul, muitas nuvens com possibilidade de chuva.

A temperatura mínima para a região fica em torno dos 5°C, e a máxima prevista é de 26ºC. A umidade relativa do ar varia entre 45% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

Fonte: Brasil 61

O que é o Produto Interno Bruto, o PIB, do país?

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O Produto Interno Bruto (PIB) é responsável por medir o desempenho econômico de um país em determinado período, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O IBGE explica que o indicador pode ser visto como uma fotografia da economia por se tratar do cálculo do valor que considera o total de bens e serviços finais produzidos no país naquele momento específico que está sendo analisado.

No entanto, é importante ressaltar que a análise é feita com base somente nos bens e serviços finais produzidos para evitar a dupla contagem. “Por exemplo, na produção de um automóvel. Temos que descontar do valor de produção do automóvel todos os insumos que foram utilizados para produzi-lo, como plástico, borracha e vidro. Porque, senão, vamos contar esses insumos duas vezes”, explica Claudia Dionisio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

A gerente ainda esclarece que o cálculo do PIB é realizado levando em consideração o valor desses bens e serviços adicionados à economia e também os impostos que recaem sobre esses produtos.

Além disso, o IBGE realiza a mediação do PIB de forma a medir a riqueza nacional, mas também faz esse cálculo de forma segmentada, o que permite, por exemplo, obter dados sobre o PIB do agronegócio exclusivamente e onde estão concentrados os pólos de desenvolvimento dessa atividade no país.

Já em relação à periodicidade, o indicador mede o balanço geral anual, mas também pode ser calculado em intervalos menores de tempo, como em trimestres, permitindo, assim, o acompanhamento do índice e possíveis revisões sobre o valor estimado para o ano corrente.

Para realizar esse cálculo, o IBGE leva em consideração os seguintes indicadores:

  • Balanço geral de pagamentos, feito pelo Banco Central;
  • Declarações de Informações Econômicos-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), realizado pela Secretaria da Receita Federal;
  • Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV);
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feito pelo IBGE;
  • Produção Agrícola Municipal (PAM) – IBGE;
  • Pesquisa Anual do Comércio (PAC) – IBGE;
  • Pesquisa Anual de Serviços (PAS) – IBGE;
  • Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) – IBGE;
  • Pesquisa Anual – Empresa (PIA – Empresa) – IBGE;
  • Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM – PF) – IBGE;
  • Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) – IBGE;
  • Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) – IBGE.

Limitações do PIB

O cálculo do PIB, segundo o IBGE, não tem como objetivo o desenvolvimento do país, mas pode ser usado como um instrumento para tomada de decisões e formulação de políticas públicas, por exemplo.

Ainda que relevante para indicar a saúde econômica do país, o Produto Interno Bruto não expressa fatores importantes como a distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde, como informa o IBGE. “Um país tanto pode ter um PIB pequeno e ostentar um altíssimo padrão de vida, como registrar um PIB alto e apresentar um padrão de vida relativamente baixo”.

 

Fonte: Brasil 61

Entenda como o PIB afeta o cotidiano da população brasileira

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022 para 2,8%, ante 1,7%, conforme apontado na estimativa anterior, de julho. Já para 2023, a projeção do FMI revela que o PIB brasileiro deve ter elevação de 1%.

O relatório Focus divulgado na última segunda-feira (24) também aumentou a previsão de crescimento para este ano. A expectativa para o PIB de 2022 passou de 2,71% para 2,76%. Foi a segunda alta consecutiva da estimativa. Para 2023, o mercado estima que o PIB vai subir 0,63%, ante os 0,59% projetados no relatório Focus anterior.

O crescimento do indicador calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também registrou alta: no acumulado dos quatro trimestres até junho deste ano, foi de 2,6%. Os setores que despontam nessa recuperação do PIB são o de serviços e a indústria.

O economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, acredita que a perspectiva de um cenário mais positivo veio, principalmente, com o fim da pandemia, já que a economia voltou a se movimentar em níveis semelhantes aos notados antes de 2020. Além disso, ele também destaca como motivo a aprovação de reformas importantes, como a previdenciária e a trabalhista.

“O Brasil fez um conjunto de reformas espetaculares nos últimos seis anos, que melhoraram muito o comportamento da economia e gerou um grande aumento na taxa de investimento. Entre elas estão a reforma trabalhista, reforma da previdência, autonomia do Banco Central, os novos marcos regulatórios de saneamento e ferrovias. A taxa de investimento da economia brasileira passou de 14,6% para mais de 19% do PIB, entre 2017 e 2021”, avalia.

A nova estimativa do FMI para o desempenho da economia do Brasil neste ano é superior a dos índices projetados para países sul-americanos, como Chile (2,0%), Paraguai (0,2%) e Peru (2,7%). E maior também que a de economias avançadas, como Estados Unidos, Alemanha, França e Japão.

Como o PIB afeta a vida da população?

Apesar de o cálculo desconsiderar as particularidades e os comportamentos individuais da população, o indicador reflete diretamente no cotidiano dos brasileiros. Quanto mais aquecida a economia, maior o aumento da oferta de empregos, por exemplo, como explica o mestre em economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Murilo Viana.

“Significa mais otimismo em relação à perspectiva de crescimento econômico e isso reverbera, então, em uma maior demanda de serviço, bens e movimento da economia. Isso traciona uma maior produção industrial e geração de emprego e renda. É uma forma direta de atingir as pessoas comuns”, afirma o economista.

Segundo Viana, um dos principais fatores que influenciam no PIB do país é o consumo das famílias. Como consequência, as empresas precisam investir mais na produção de produtos e serviços para atender a essa demanda, que pode resultar em mais contratações de trabalhadores.

“Demandando menos trabalhadores você vai ter um processo de demissão ou diminuição em contratações e, evidentemente, também um esfriamento do mercado de trabalho e da capacidade de aquisição de bens e serviços por parte da população. Então, todos esses elementos compõem, digamos, uma grande matriz de demanda de serviços”, destaca.
Fonte: Brasil 61