Fim de ano aumenta casos de Covid-19 e Influenza H3N2 já tem transmissão comunitária

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O primeiro fim de ano com uma maior flexibilidade de aglomeração desde o início da pandemia acabou aumentando os casos de Covid-19 e fazendo a transmissão comunitária em alguns estados do vírus da Influenza H3N2, que vem assustando os especialistas. Com as Festas de fim de ano e o retorno das aglomerações acabou indicando o aumento dos dois vírus e a criação da Flurona, uma contaminação pelo Covid-19 e pelo novo vírus de Influenza.

Em Porto União e União da Vitoria os casos seguiram como do resto do País, aumentou, apesar do aumento dos casos não foi registrado nenhum óbito neste final de ano.

Porto União registrou no último boletim 55 suspeitos; 39 casos ativos e os óbitos se manteve ao mesmo número do último mês, 97.  No último dia de 2021 e no primeiro dia do ano os números se mantiveram: 25 casos suspeitos e 23 casos ativos. Isso mostrou que os números de suspeitos mais que dobrou em 3 dias e os casos confirmados subiu mais 16.

União da Vitória não foi diferente, os casos aumentaram mais que na cidade vizinha. No dia 31 de dezembro de 2021 haviam 8 casos e 22 suspeitos, já no boletim de ontem já haviam 23 casos confirmados e 89 suspeitos. Até o momento não há casos oficiais registrados de Influenza H3N2 nas cidades.

Em entrevista a imprensa no fim de ano, o secretário de saúde de Porto União, Marivaldo dos Reis Santa Isabel falou sobre os casos e a importância da vacinação. “Ficou comprovado que ao longo do ano com a vacinação avançando vimos que a curva de contágio e dos leitos de UTI e de enfermaria ocupados foram diminuindo. Então o que nós podemos fazer desse balanço que apesar das vacinas, só fez aumentar a resistência. Mais ou menos há um mês nós começamos a ter vários dias com zero pacientes na enfermaria zero na UTI zero pacientes contagiados. Então quando eu pergunto a vacina resolveu o problema? A vacina resolveu o problema e agora nós precisamos fazer nosso dever de casa. Quem vai para o litoral quando voltar das férias do litoral por favor nos procure no centro covid, nós não vamos desativar aqui Janeiro e Fevereiro. Quem estiver voltando fora do nosso município nos procure mesmo sem sinais e sintomas procure-nos para fazer o teste covid”, solicita.

Segundo ele nos Estados Unidos e na Europa estão com sérios problemas de vacinação, sério problema dos reforços e está tendo uma terceira ou quarta onda já com Ômicron e a variante Delta.

 

H3N2

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná confirmou 224 novos casos de Influenza H3N2 nesta segunda-feira, 3. Agora, o Paraná soma 262 diagnósticos positivos, com um óbito. A transmissão da doença já é considerada comunitária, ou seja, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

Dentre os casos de H3N2, três já foram confirmados para a cepa Darwin, nos municípios de Castro e Pato Branco (duas mulheres de 23 anos), além de um residente do Rio de Janeiro, diagnosticado na cidade paranaense de Rio Negro (um homem de 22 anos).

“Estamos passando por um momento atípico, registrando aumento no número de casos e procura hospitalar nas últimas semanas por Síndrome Gripal e Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG’s) em pleno verão, sendo que essas doenças possuem maior circulação no hemisfério Sul geralmente no período do inverno”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Os sintomas da H3N2 são conhecidos e, em sua maioria, provocam febre alta, tosse, dor de garganta, cabeça, corpo e articulações. A orientação da Sesa é que em caso de sintomas, a população procure um serviço de saúde para atendimento.

“As medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, lavagem das mãos e uso do álcool em gel, não servem apenas para evitar Covid-19, mas também para a Influenza. E em casos de contaminação, o principal é que as pessoas busquem o atendimento nas Unidades de Saúde espalhadas por todo o Estado”, afirmou o secretário.

“Não estamos com surto de gripe, mas mais de 700 mil vacinas contra a Influenza ainda não foram aplicadas no Paraná. Precisamos que a população continue buscando pela imunização, dificultando a infecção pelo vírus da gripe, seja ele qual for”, completou.

 

CASOS

A primeira confirmação da doença foi registrada no Paraná no dia 2 de dezembro de 2021. Agora, os casos estão divididos nos seguintes municípios: Paranaguá, Almirante Tamandaré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Colombo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Carambeí, Castro, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, Chopinzinho, Pato Branco, Ampére, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Cianorte, Tuneiras do Oeste, Capitão Leônidas Marques, Terra Boa, Tapira, Paranapoema, Paranavaí, Itaguajé, Ivatuba, Maringá, Sarandi, Apucarana, Jandaia do Sul, Cambé, Ibiporã, Londrina, Rolândia, Bandeirante, Cornélio Procópio, Nova Santa Bárbara, Barra do Jacaré, Jundiaí do Sul, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Palotina, Quatro Pontes, Terra Roxa, Toledo e Telêmaco Borba.

A Secretaria também registra 14 casos de residências de outros estados (SP/MT/CE/MG/SC/RS/RJ) atendidos em Paranaguá, Campo Largo, Campo Mourão, Colorado, Cornélio Procópio, Curitiba, Rio Negro e Floresta.

Destes, 130 são mulheres e 132 homens. A faixa etária varia de um mês a 89 anos de idade. O óbito é de uma mulher de 77 anos, residente de Maringá.

CEPAS

Com o passar do tempo, a doença sofre mutações, surgindo as chamadas “sublinhagens”, como a H3N2 que é um tipo do vírus da Influenza A (H3), circulante no Estado há pelo menos cinco anos. Consequentemente, as sublinhagens possuem “cepas” que distinguem especificamente o vírus responsável pela infecção, como é o caso da Darwin, recém-descoberta na Austrália e inserida na H3N2.

AÇÕES

Em até 48h da infecção pelo vírus da Influenza, o medicamento oseltamivir (tamiflu), quando receitado por um médico e em dosagem apropriada, possui efetividade contra o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte.

A equipe responsável pela Assistência Farmacêutica da Sesa já disponibilizou o medicamento para todas as Regionais de Saúde e os estoques permanecem abastecidos. Além disso, a Secretaria também solicitou mais remédios ao Ministério da Saúde e está em negociação para compra de testes rápidos específicos para a gripe, a fim de ampliar o monitoramento da doença no Estado.

Atualmente os diagnósticos de Influenza são realizados nos serviços de saúde após procura por atendimento e também nas 34 unidades sentinela do Paraná – responsáveis pela detecção de doenças circulantes por meio de amostras aleatórias. Já com relação a nominação da cepa do vírus, a confirmação depende do sequenciamento genômico da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

 

Flurona

O primeiro caso de contágio simultâneo pelo coronavírus SARS-CoV-2 e pelo vírus Influenza, conhecido como “flurona”, em Israel foi detectado em uma mulher grávida não vacinada, confirmou o Ministério da Saúde israelense. Flurona é uma designação definida a partir dos termos “flu” (gripe, em inglês) e “rona” (de coronavírus).

A mulher recebeu alta em 30 de dezembro, após ser tratada com sintomas leves derivados dessa infecção dupla, informou o jornal Times of Israel.

Os casos de flurona foram detectados pela primeira vez nos Estados Unidos (EUA), durante o primeiro ano da pandemia de covid-19.

Os especialistas do Ministério da Saúde israelense acreditam que haja casos semelhantes, ainda não identificados, quando quase 2 mil pessoas estão internadas por gripe e, ao mesmo tempo, os casos positivos da variante Ômicron do SARS-CoV-2 estão aumentando no país.

A circulação dos vírus Influenza e SARS-CoV-2 é preocupante e de alto risco para a população, especialmente os cidadãos mais vulneráveis, já que as duas doenças afetam o sistema respiratório superior, alertaram especialistas.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ômicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde, foi notificada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta pelo menos 110 países.

Paraná registra 262 casos de Influenza H3N2; transmissão da doença é considerada comunitária

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A Secretaria de Estado da Saúde confirmou 224 novos casos de Influenza H3N2 nesta segunda-feira (3). Agora, o Paraná soma 262 diagnósticos positivos, com um óbito. A transmissão da doença já é considerada comunitária, ou seja, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

Dentre os casos de H3N2, três já foram confirmados para a cepa Darwin, nos municípios de Castro e Pato Branco (duas mulheres de 23 anos), além de um residente do Rio de Janeiro, diagnosticado na cidade paranaense de Rio Negro (um homem de 22 anos).

“Estamos passando por um momento atípico, registrando aumento no número de casos e procura hospitalar nas últimas semanas por Síndrome Gripal e Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG’s) em pleno verão, sendo que essas doenças possuem maior circulação no hemisfério Sul geralmente no período do inverno”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Os sintomas da H3N2 são conhecidos e, em sua maioria, provocam febre alta, tosse, dor de garganta, cabeça, corpo e articulações. A orientação da Sesa é que em caso de sintomas, a população procure um serviço de saúde para atendimento.

“As medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, lavagem das mãos e uso do álcool em gel, não servem apenas para evitar Covid-19, mas também para a Influenza. E em casos de contaminação, o principal é que as pessoas busquem o atendimento nas Unidades de Saúde espalhadas por todo o Estado”, afirmou o secretário.

“Não estamos com surto de gripe, mas mais de 700 mil vacinas contra a Influenza ainda não foram aplicadas no Paraná. Precisamos que a população continue buscando pela imunização, dificultando a infecção pelo vírus da gripe, seja ele qual for”, completou.

CASOS – A primeira confirmação da doença foi registrada no Paraná no dia 2 de dezembro de 2021. Agora, os casos estão divididos nos seguintes municípios: Paranaguá, Almirante Tamandaré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Colombo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Carambeí, Castro, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, Chopinzinho, Pato Branco, Ampére, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Cianorte, Tuneiras do Oeste, Capitão Leônidas Marques, Terra Boa, Tapira, Paranapoema, Paranavaí, Itaguajé, Ivatuba, Maringá, Sarandi, Apucarana, Jandaia do Sul, Cambé, Ibiporã, Londrina, Rolândia, Bandeirante, Cornélio Procópio, Nova Santa Bárbara, Barra do Jacaré, Jundiaí do Sul, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Palotina, Quatro Pontes, Terra Roxa, Toledo e Telêmaco Borba.

A Secretaria também registra 14 casos de residências de outros estados (SP/MT/CE/MG/SC/RS/RJ) atendidos em Paranaguá, Campo Largo, Campo Mourão, Colorado, Cornélio Procópio, Curitiba, Rio Negro e Floresta.

Destes, 130 são mulheres e 132 homens. A faixa etária varia de um mês a 89 anos de idade. O óbito é de uma mulher de 77 anos, residente de Maringá.

CEPAS – Com o passar do tempo, a doença sofre mutações, surgindo as chamadas “sublinhagens”, como a H3N2 que é um tipo do vírus da Influenza A (H3), circulante no Estado há pelo menos cinco anos. Consequentemente, as sublinhagens possuem “cepas” que distinguem especificamente o vírus responsável pela infecção, como é o caso da Darwin, recém-descoberta na Austrália e inserida na H3N2.

AÇÕES – Em até 48h da infecção pelo vírus da Influenza, o medicamento oseltamivir (tamiflu), quando receitado por um médico e em dosagem apropriada, possui efetividade contra o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte.

A equipe responsável pela Assistência Farmacêutica da Sesa já disponibilizou o medicamento para todas as Regionais de Saúde e os estoques permanecem abastecidos. Além disso, a Secretaria também solicitou mais remédios ao Ministério da Saúde e está em negociação para compra de testes rápidos específicos para a gripe, a fim de ampliar o monitoramento da doença no Estado.

Atualmente os diagnósticos de Influenza são realizados nos serviços de saúde após procura por atendimento e também nas 34 unidades sentinela do Paraná – responsáveis pela detecção de doenças circulantes por meio de amostras aleatórias. Já com relação a nominação da cepa do vírus, a confirmação depende do sequenciamento genômico da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Agência Brasil explica mudanças nas aposentadorias em 2022

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Quem está prestes a se aposentar precisa estar atento. A reforma da Previdência estabeleceu regras automáticas de transição, que mudam a concessão de benefícios a cada ano.

A pontuação para a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade sofreu alterações. Confira abaixo as mudanças que começam a vigorar neste ano.

Aposentadoria por idade

A regra de transição estabelece o acréscimo de seis meses a cada ano para as mulheres, até chegar a 62 anos em 2023. Na promulgação da reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade mínima estava em 60 anos, passando para 60 anos e meio em janeiro de 2020. Em janeiro de 2021, a idade mínima para aposentadoria das mulheres aumentou para 61 anos. Agora, está em 61 anos e meio em 2022.

Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos desde 2019. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de contribuição exigido está em 15 anos.

Aposentadoria por tempo de contribuição

A reforma da Previdência estabeleceu quatro regras de transição, das quais duas previram modificações na virada de 2021 para 2022. Na primeira regra, que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu em janeiro: para 89 pontos (mulheres) e 99 pontos (homens).

Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa para quem tem longo tempo de contribuição, a idade mínima para requerer o benefício passou para 57 anos e meio (mulheres) e 62 anos e meio (homens). A reforma da Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo mínimo de contribuição exigido é 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Pensão por morte

Depois de mudar em 2021, o tempo de recebimento do benefício ficará inalterado em 2022. Segundo a Lei 13.135, de 2015, a cada três anos, um ano é acrescido nas faixas etárias estabelecidas por portaria do governo federal editada em 2015. Como a última alteração ocorreu em 2021, as idades mínimas dos pensionistas só voltarão a aumentar em 2024.

Atualmente, o pensionista com menos de 22 anos de idade receberá a pensão por até três anos. O intervalo sobe para seis anos para pensionistas de 22 a 27 anos, 10 anos para pensionistas de 28 a 30 anos, 15 anos para pensionistas de 31 a 41 anos e 20 anos para pensionistas de 42 a 44 anos. Somente a partir de 45 anos, a pensão passa a ser vitalícia.

A medida vale para os novos pensionistas. Beneficiários antigos estão com direito adquirido.

Ômicron pode ser o vírus de mais rápida propagação da história

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A variante Ômicron do SARS-CoV-2 pode já ser o vírus de mais rápida propagação de toda a história. A informação foi dada pelo médico infectologista norte-americano Roby Bhattacharyya do Hospital Geral de Massachusetts. A nova cepa é dominante em várias nações do mundo e está levando à explosão do número de casos de covid-19.

“É uma propagação incrivelmente rápida”, alertou Bhattacharyya.

O médico e pesquisador fez um cálculo entre a Ômicron e o sarampo, um dos vírus mais contagiosos. Ele concluiu que, num cenário de ausência de vacinação, um caso de sarampo daria origem a mais 15 casos em apenas 12 dias. Já um caso de Ômicron daria origem a 216 casos no mesmo período. A estimativa significa que, em 35 dias, a Ômicron poderia atingir 280 mil pessoas, enquanto o sarampo afetaria 2.700.

No entanto, num cenário em que a maioria da população está vacinada ou já teve covid-19, o especialista estima que um caso de Ômicron dê origem a apenas mais três casos, número semelhante ao do vírus original, ausente de mutações.

Essa previsão continua, mesmo assim, preocupante, podendo ser comparada à transmissibilidade do SARS-CoV-2 quando apareceu inicialmente e começou a propagar-se, num momento em que não havia vacinas e poucas eram as medidas de contenção.

“Nas condições atuais”, com vacinação e restrições, “um modelo simples de crescimento exponencial revelaria 14 milhões de pessoas infectadas com Ômicron a partir de um único caso, em comparação com as 760 mil infectadas com sarampo numa população sem defesas específicas”, adiantou o médico.

Ômicron

“É o vírus mais explosivo e de mais rápida difusão de toda a história”, alertou também o médico Anton Erkoreka, que investiga epidemias passadas.

Ele comparou o SARS-CoV-2 à gripe russa de 1889: ambos os vírus levaram apenas três meses para se propagar em todo o planeta. Agora, “a variante Ômicron bateu o recorde de propagação”, afirmou.

Se, por um lado, a nova cepa consegue infectar até pessoas já vacinadas, por outro essas vacinas impedem, na maioria dos casos, a doença grave. O menor risco individual é a razão pela qual, neste momento, o número de contágios dispara, mas o número de pessoas hospitalizadas se mantém estável.

Em pessoas não vacinadas, a Ômicron é apenas cerca de 25% menos grave do que a variante Delta, a versão do vírus que até há pouco tempo era dominante, afirmou o infectologista Roby Bhattacharyya.

Até agora, seis estudos em fase preliminar sugeriram que a Ômicron tem maior facilidade de invadir as vias respiratórias altas, mas menor capacidade de infectar os pulmões, o que pode explicar a sua maior capacidade de infecção e menor letalidade.

A equipe do pesquisador Michael Chan, da Universidade de Hong Kong, foi a primeira a calcular em laboratório que a nova estirpe se multiplica 70 vezes mais rápido nos brônquios do que a variante Delta. No entanto, aparenta ser dez vezes menos eficiente nos pulmões.

Covid-19: vacina para crianças chega na segunda quinzena de janeiro

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As vacinas contra a covid-19 para crianças de 5 e 11 anos de idade começarão a chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. A informação foi dada nesta segunda-feira (3) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Na segunda quinzena de janeiro, as vacinas [para crianças] começam a chegar e serão distribuídas como nós temos distribuído”, disse sem dar detalhes sobre quantidade.

Sobre entrega de doses pediátricas do imunizante da Pfizer, o laboratório informou que está definindo as etapas de fornecimento com o governo brasileiro. “A Pfizer está atuando junto ao governo para definir as etapas do fornecimento das vacinas contra a covid-19 para imunização da faixa etária de 5 a 11 anos, com estimativa de entregas a partir de janeiro de 2022”.

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, há duas semanas, a aplicação da vacina da Pfizer para crianças. Diante do aval da Anvisa, o Ministério da Saúde decidiu incluir as crianças no Programa Nacional de Imunização e liberar a vacinação daquelas que apresentarem prescrição médica para isso.

A medida causou reação de governadores e pelo menos 20 estados, além do Distrito Federal, já adiantaram que não irão seguir a recomendação da pasta. Nessas unidades da federação, a vacinação deverá sem feita sem exigência de pedido médico. São estes, os estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Nesse público o imunizante já está sendo aplicado nos Estados Unidos, Áustria, Alemanha, Chile, China e Colômbia. Segundo o ministro, o Brasil será “um dos primeiros países a distribuir a vacina para crianças que os pais desejem fazer”.

Consulta pública

Ontem (2) foi encerrada uma consulta pública aberta pelo Ministério sobre o assunto e amanhã haverá uma audiência pública com especialistas de diversas correntes sobre o assunto na sede da pasta, em Brasília.

A lista oficial de participantes ainda não foi divulgada pela pasta. Representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) participarão do debate. Na quarta (5) a pasta formalizará sua decisão sobre o assunto.

Questionado sobre o assunto, Queiroga ressaltou hoje que a medida não foi um “referendo” nem um “plebiscito”. “Nem é referendo, nem plebiscito. É uma consulta pública, seguida de uma audiência pública onde os especialistas das diversas correntes vão poder discutir para a sociedade tomar conhecimento. O objetivo disso, qual é? Oferecer aos pais as informações necessárias para que eles possam tomar as melhores decisões para os seus filhos”, explicou.

Supremo

A consulta pública para vacinação de crianças foi contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. Na última sexta-feira (31), a ministra Cármen Lúcia deu um prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro e Queiroga prestem informações sobre a medida.

A confederação quer que o Supremo determine à União que a vacinação desse grupo passe a ser obrigatória, e que a faixa etária seja incluída com urgência no Plano Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

Estados do Sul pedem apoio ao Governo Federal para minimizar os impactos da estiagem na região

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Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e parte do Mato Grosso do Sul já contabilizam prejuízos com a falta de chuvas e recorrem ao Governo Federal em busca de apoio na renegociação de dívidas e agilidade no pagamento do seguro agrícola para os produtores rurais. Nesta segunda-feira, 3, os secretários da Agricultura dos quatro estados participaram de reunião virtual com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa), Guilherme Soria Bastos Filho, para apresentar os cenários e as demandas.

“Essa reunião foi resultado de uma conversa que tivemos com a ministra Tereza Cristina na última semana, quando relatamos as dificuldades enfrentadas pelos produtores catarinenses. Nós estamos direcionando nossas ações para agilizar os decretos de emergência dos municípios e também a elaboração dos laudos para liberação do Proagro. A nossa solicitação principal para o Ministério da Agricultura é a criação de um crédito emergencial para aqueles produtores que perderam sua fonte de renda”, destaca o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Altair Silva.

Em Santa Catarina, as regiões Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste são as mais afetadas. A média atual de precipitações nesses locais é de, respectivamente, 20, 31 e 46 milímetros – sendo que o esperado seria uma média em torno de 150 mm. A principal preocupação do setor produtivo é a quebra na safra de milho – tanto milho grão quanto silagem – que deve impactar diretamente as cadeias produtivas de carne e leite.

O secretário Altair Silva explica que no Extremo Oeste a colheita de milho esperada deve ter uma redução de até 50% e a expectativa de safra estadual já está sendo reduzida. “Nós esperávamos uma safra voltando à normalidade com 2,7 milhões de toneladas colhidas, já estamos revendo esses números e talvez nossa colheita não passe de 1,9 milhão de toneladas. O que atinge diretamente o setor produtivo de carnes e leite, sem contar o prejuízo dos produtores de grãos”.

Até o momento o estado conta com 67 municípios com decretos de emergência publicados ou em vias de publicação e 1.500 famílias rurais que perderam sua fonte de renda devido à estiagem, principalmente produtores de grãos e silagem.

Nos outros estados do Sul, a situação é semelhante. Segundo o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, os prejuízos calculados são bilionários, principalmente nos cultivos de soja, milho e feijão. “Nós trabalhávamos com uma colheita de 21 milhões de toneladas de soja, hoje já reduzimos a expectativa para 13 milhões de toneladas e esse quadro tende a ter uma evolução para pior”. No milho, o cenário é ainda mais preocupante. O estado pretendia colher 4,2 milhões de toneladas e reduziu a estimativa para 2,4 milhões de toneladas. São 144 municípios paranaenses com decretos ou sinalizando fazer decretos de emergência. No Rio Grande do Sul, são 110 municípios afetados.

Ainda esta semana haverá uma nova reunião com a equipe técnica do Ministério da Agricultura para apresentar as ações disponíveis para os produtores rurais que tiveram prejuízos devido à falta de chuvas. O Governo Federal trabalha ainda com a possibilidade de uma visita da ministra Tereza Cristina aos estados do Sul.

Ômicron causa mais de 4 mil cancelamentos de voos nesse domingo

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Mais de 4 mil voos foram cancelados pelo mundo nesse domingo (2), mais da metade nos Estados Unidos. O número de interrupções foi significativo no período de festas de fim de ano, com eventos climáticos adversos e um novo surto de coronavírus causado pela variante Ômicron.

Os voos cancelados até as 17h (horário de Brasília) de ontem incluíram 2.400 chegando, partindo, ou internos nos Estados Unidos, de acordo com o website de rastreamento de voos FlightAware.com. No mundo todo, mais de 11.200 decolagens foram adiadas.

Entre as companhias aéreas com mais cancelamentos estavam a SkyWest e a SouthWest, com 510 e 419 respectivamente, mostrou o FlightAware.

Os feriados de Natal e ano-novo são normalmente uma época de pico de viagens aéreas, mas a rápida propagação da variante Ômicron, altamente transmissível, levou a um aumento brusco nos casos de covid-19, forçando as companhias aéreas a cancelarem voos, enquanto pilotos e equipes de tripulação entravam em quarentena.

As agências de transporte pelos Estados Unidos também suspenderam e reduziram serviços, devido à escassez de funcionários por causa da nova cepa.

A Ômicron trouxe um número recorde de casos e afetou as festividades de ano-novo em grande parte do planeta.

Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra a covid-19 de 2022

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Com 1,1 milhão de doses, chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o primeiro lote de 2022 de vacinas contra a covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, a carga com os imunizantes do laboratório norte-americano Pfizer foi desembarcada na tarde de ontem (2).

Neste ano, o Brasil deve receber mais 354 milhões de doses de vacinas, sendo 100 milhões de um contrato com a Pfizer e 120 milhões do imunizante da AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O restante é referente a contratações assinadas em 2021 e que devem ser entregues ao longo deste ano.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, já foram aplicadas 328,5 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em todo o país, sendo 143,7 milhões de segunda dose ou dose única. Mais de 20 milhões de pessoas receberam doses adicionais de reforço da imunização.

Governo investiu cerca de R$ 86 milhões em obras de saúde pública em 2021

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), investiu cerca de R$ 86 milhões em obras nos municípios do Paraná em 2021. Foram autorizados R$ 42,9 milhões para 80 obras de construção, R$ 40,6 milhões para 270 ampliações e reformas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e R$ 3 milhões para obras em hospitais municipais.

Além disso, no último ano, 99 obras foram finalizadas, somando quase R$ 70 milhões de recursos do Governo do Estado, sendo 93 construções e/ou reformas de UBS e seis reformas em hospitais.

“Estes investimentos fazem parte da proposta do governador Ratinho Junior de regionalização da Saúde, que é aproximar o serviço da casa das pessoas. Estamos trabalhando em parceria com os municípios para expandirmos cada vez mais este atendimento e evitar que o cidadão precise se deslocar por horas até um serviço de Saúde. E esse planejamento seguiu mesmo com todas as dificuldades da pandemia no ano passado”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Em 2022, seguirão em andamento 725 obras de UBS, no valor de R$ 189,3 milhões; 44 em hospitais filantrópicos, somando R$ 134,7 milhões; cinco de Pronto Atendimento, no valor de R$ 6,1 milhões; uma obra de construção de um Centro de Controle de Zoonoses, no valor de R$ 1 milhão; e seis de reparos em hospitais, centro de pesquisa, laboratório e Regional de Saúde, com investimento de mais R$ 4,7 milhões.

“Temos muitos projetos em andamento por todo o Paraná, grande parte já em processo de execução. Nossa missão é dar mais agilidade e transparência nestes processos para que as obras sejam entregues no menor tempo possível”, disse o coordenador do setor de Obras da Sesa, Adilson Silva Lino.

PROJETOS – Na divisão de Projetos, a pasta ainda deu encaminhamento para os novos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME), que serão implantados em Jacarezinho, Campo Mourão, Cornélio Procópio e Paranavaí, somando mais de 16 mil metros quadrados.

“A implantação dos AMEs é uma grande parceria do Governo do Estado com os Consórcios de Saúde para ofertar mais procedimentos de maneira regionalizada”, explicou Beto Preto.

Por meio do Programa Paraná Competitivo, estão sendo desenvolvidos, ainda, oito grandes projetos para ambulatórios, unidades próprias, Regionais de Saúde e hospitais, totalizando cerca de 40 mil metros quadrados, viabilizando a construção de novos hospitais, instalação de tomógrafos, plano diretor e reformas completas em diversas unidades.

Para 2022, a divisão também deve iniciar quatro projetos para novos hospitais, centros de pesquisas e laboratórios.

Recursos do Fundo Paraná para pesquisas devem chegar a R$ 92,9 milhões em 2022

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Até novembro de 2021, o Governo alcançou a marca de R$ 86,8 milhões aplicados pelo Fundo Paraná, para o fomento da pesquisa científica e tecnológica, por meio do financiamento de 236 projetos estratégicos para o Estado. O resultado foi divulgado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), durante a 28ª reunião ordinária do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná), no final de dezembro.

Foi apresentado o relatório operacional do Fundo Paraná 2021 (parcial), assim como a previsão orçamentária para o ano de 2022, que deve chegar a R$ 92,9 milhões. Conforme determina a Constituição do Paraná, o aporte financeiro equivale a uma parcela de 2% da receita tributária estadual, com possibilidade de acréscimo de recursos, a depender do desempenho da economia, ao longo do exercício.

A distribuição dos recursos compreende 40% para a Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), vinculada à Seti, que no ano passado respondeu pela aplicação de R$ 32,1 milhões; 40% para a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que utilizou R$ 32,1 milhões; e 20% para o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), com R$ 16 milhões aplicados. Ainda em 2021, a dotação orçamentária foi complementada com R$ 6,7 milhões, oriundos de encargos especiais.

Para 2022, a estimativa da Seti é que os recursos sejam aplicados da seguinte maneira: R$ 37,1 milhões pela UGF, mais R$ 37,1 milhões pela Fundação Araucária e R$ 18,5 milhões pelo Tecpar.

LEGISLAÇÃO – O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou que os recursos do Fundo Paraná são alocados conforme estabelecido na Lei Estadual 12.020/1998 e os respectivos decretos regulamentadores. “Atualmente, 1,5% se destina ao pagamento de ativos tecnológicos, enquanto 0,5% são direcionados ao financiamento de projetos”, afirmou.

Ele explicou que essa pequena parcela da arrecadação tributária estadual mantém um grande volume de atividades e projetos essenciais ao desenvolvimento do Paraná, operacionalizados principalmente pelas universidades estaduais.

“O Fundo Paraná tem viabilizado a implantação e manutenção de programas e projetos considerados estratégicos, possibilitando o apoio à infraestrutura das sete universidades estaduais e dos institutos de pesquisa científica. Os recursos contemplam desde a construção e reforma de laboratórios, até a aquisição de equipamentos de ponta para melhoria das condições de pesquisa”, disse o superintendente.

Durante a reunião, os membros do CCT Paraná reforçaram a necessidade de retorno da divisão dos recursos para os próximos exercícios, ficando 1% dos recursos para os ativos tecnológicos e 1% para os projetos estratégicos do Estado.

PRIORIDADE – Segundo o coordenador da UGF, Luiz Cezar Kawano, os projetos apoiados pelo Fundo Paraná condizem com as áreas prioritárias definidas pelo CCT Paraná: Agricultura e Agronegócios, Biotecnologia e Saúde, Energias Sustentáveis e Renováveis, Cidades Inteligentes e Sociedade, Educação e Economia.

“Todos os projetos também se inserem em duas condicionantes, a transformação digital e o desenvolvimento sustentável”, disse.

Kawano explica que o intuito é ampliar a capacidade de fomentar políticas públicas de inclusão social e digital, a curto, médio e longo prazo, unindo academia, governo, sociedade civil e empresas; e auxiliar na difusão de iniciativas multidisciplinares, conciliando desenvolvimento econômico, preservação de recursos naturais e coesão social em uma sociedade digital.

PARCERIA – A Fundação Araucária dispõe de três linhas de atuação para aplicação dos recursos: fomento à produção científica, tecnológica e de inovação; verticalização do ensino superior e formação de professores; e disseminação científica, tecnológica e de inovação.

A instituição tem priorizado o financiamento do trabalho em rede interdisciplinar e interinstitucional, desde a implementação de 25 Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napis). Essa ação vem incentivando as instituições de ensino superior e de pesquisa científica a trabalhem em conjunto, a fim de otimizar a aplicação dos recursos públicos.

Já o Tecpar, além de ofertar serviços tecnológicos e atuar como entidade certificadora, desenvolve projetos na área de pesquisa e insumos e produtos para a saúde humana e animal.

CONSELHO – O Conselho de Ciência e Tecnologia do Paraná é responsável pela proposição da Política Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, como parte integrante da Política de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Paraná. Além disso, avalia planos, metas e prioridades, estabelecendo diretrizes para aplicação de recursos em programas e projetos estratégicos.

Presidido pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o colegiado é composto por 11 membros: o superintendente Aldo Bona e o secretário de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, representando o Poder Executivo; os presidentes da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, e do Tecpar, Jorge Augusto Callado, representando a comunidade tecnológica. Os demais membros representam as comunidades, científicas, empresarial e trabalhadora.