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Polícia Federal suspende confecção de passaportes

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Devido à falta de recursos, a Polícia Federal suspendeu, a partir deste sábado (19), a confecção de novas cadernetas de passaporte. Segundo a PF, o orçamento de R$ 217,9 milhões destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem é “insuficiente” para seguir com as operações, uma vez que seriam necessários R$ 74 milhões, mas o caixa da entidade tem R$ 27,3 milhões de espaço para esse fim, conforme dados do Portal da Transparência.

De acordo com a corporação, os cidadãos que foram atendidos até a última sexta-feira (18) vão receber o documento. Ademais, não há previsão para a retomada do serviço de confecção do passaporte, ainda que o agendamento continue disponível. A taxa para emissão do passaporte junto à Polícia Federal varia de R$ 257,25 a R$ R$ 514,50, dependendo de excepcionalidades. O prazo para entrega do documento é entre 6 e 10 dias úteis.

A interrupção do serviço é decorrência dos contingenciamentos feitos pelo governo federal no orçamento da União, que chegou a R$ 10,5 bilhões em 2022. Para solucionar a questão, o Ministério da Economia tenta realocar verbas, mas não há muito espaço fiscal para a manobra, segundo interlocutores do órgão. A reportagem acionou a pasta, que informou que a área técnica responsável já foi acionada, mas ainda não se manifestou oficialmente até a publicação.

Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), lamenta a situação. “É inaceitável ver a Polícia Federal e a população que utiliza os seus serviços passarem por uma situação tão constrangedora”. Na avaliação de Leiro, a verba necessária para manutenção do serviço é “irrisória” quando comparada ao retorno que a corporação dá para o país. “Estamos falando de 74 milhões de reais até o final do ano para o passaporte, enquanto a polícia traz, todos os anos, 43 bilhões de reais ao Estado, 5 vezes mais o orçamento da Polícia Federal”, frisa.

O orçamento previsto para a PF em 2022 é de R$ 8,03 bilhões, sendo que R$ 6,27 já foram executados, ou seja, 78%.
Planejando uma viagem internacional com o namorado, a advogada Carolina Guimarães foi pega totalmente desprevenida . “A gente vai fazer uma viagem na Europa no ano que vem, tá um pouquinho longe, mas a gente tinha se programado para fazer esses procedimentos do passaporte na próxima semana, até receber essa notícia aí. A gente espera que volte realmente a funcionar normalmente, pelo menos, até o final do ano”.

TIRA-DÚVIDAS

Veja abaixo tira-dúvidas divulgado pela PF após a suspensão da confecção de novos passaportes:

Já fui ao posto da PF fazer meu passaporte. Ele será entregue na data prevista?

Sim. Todos aqueles que foram atendidos nos postos de emissão até o dia 18/11 receberão seus passaportes normalmente.

Já fiz o pagamento da taxa. Vou receber meu passaporte?

Se você fez o pagamento da taxa, mas ainda não compareceu ao agendamento, não há prazo para entrega do passaporte.

Os postos da PF ficarão fechados? E o agendamento online?

O agendamento online do serviço e o atendimento nos postos da PF continuarão funcionando normalmente.

Tenho uma emergência. Os passaportes de emergência serão emitidos?

A emissão do passaporte de emergência segue normalmente.

O passaporte de emergência será concedido àquele que, tendo satisfeito as exigências para concessão de passaporte, necessite do documento de viagem com urgência e não possa comprovadamente aguardar o prazo de entrega. Hipóteses de catástrofes naturais; conflitos armados; necessidade de viagem imediata por motivo de saúde do requerente, do seu cônjuge ou parente até segundo grau; para a proteção do seu patrimônio; por necessidade do trabalho; por motivo de ajuda humanitária; interesse da Administração Pública ou outra situação emergencial cujo adiamento da viagem possa acarretar grave transtorno ao requerente.

Sem passaporte

A apresentação de passaporte é necessária para viagens internacionais, não sendo necessários para viagens dentro do território brasileiro. Além disso, os países que compõem o Mercado Comum do Sul, o Mercosul, também não exigem a apresentação do documento.

Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela são os membros fundadores e efetivos do tratado. Mesmo tendo sua participação suspensa da organização, a Venezuela segue recebendo brasileiros por período de até 90 dias sem necessidade de apresentar passaporte. Além dos membros efetivos, há também os associados do Mercosul: Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname, que também só exigem de brasileiros a apresentação de qualquer documento de identidade.

Fonte: Brasil 61

ENEM: Segundo dia de provas ocorre neste domingo (20)

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Estudantes de mais de 1,7 mil municípios participam, neste domingo (20), do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio. Ao todo, cerca de 2,5 milhões de participantes compareceram ao primeiro dia do exame, no último dia 13, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), responsável pela aplicação.

Os participantes farão as provas de matemática e ciências da natureza, que engloba química, física e biologia. Ao todo, serão 90 questões objetivas. A aplicação terá 5 horas de duração. As provas serão aplicadas tanto para os candidatos inscritos na versão impressa quanto na versão digital do exame. As questões serão iguais nas duas modalidades.

Nesta reta final, segundo a psicóloga e coach acadêmica da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Maria de Lurdes Zamora Damião, não adianta tentar estudar dia e noite para aprender o que não foi aprendido, afinal o tempo é curto. “O que adianta é você investir no seu bem-estar, dormir bem, se alimentar bem, fazer algum tipo de atividade física, principalmente aeróbico, para que você consiga elevar os níveis de dopamina e fique mais motivado”, sugere a especialsita. Damião recomenda também aliviar a mente com “algum exercício de atenção plena, pode ser uma meditação, que vai ajudar a acalmar esse fluxo de pensamentos que fica rondando a nossa cabeça e ir para a sua prova”.

Outro ponto que a psicóloga aborda é a frustração. Segundo ela, os candidatos devem ter em mente que um desempenho não tão bom não siginfica o fim de um sonho, e que há sempre o ano seguinte. “Tudo o que nós fazemos, todos os projetos que nós abraçamos, pode nos trazer conquistas ou aprendizados. E quando traz aprendizados, porque a gente não obteve o resultado que nós queríamos, isso não significa que nós somos um fracasso. Só significa que, de repente, a gente fracassou nesse projeto. Mas tem 2023 aí, você pode se preparar ao longo do ano para realmente, no dia da prova de 2023, alcançar um resultado maravilhoso!”, pondera a psicóloga;.

ENEM: O que levar e o que não levar

Na chegada ao local de prova, os candidatos devem apresentar obrigatoriamente documento de identificação com foto e caneta esferográfica de tinta preta. Além disso, a caneta deve ter material transparente e, de preferência, mais que uma, pois não é possível pedir emprestado durante o exame.

Os participantes somente poderão permanecer no local de aplicação das provas sem a máscara de proteção contra a Covid-19 nos estados ou municípios onde o uso do item em local fechado esteja liberado por decreto ou ato administrativo de igual poder regulamentar.

Antes de entrar na sala, os estudantes receberão um envelope porta-objetos, onde deverão guardar tudo que não é permitido na hora da prova. Eletrônicos, inclusive celulares, devem ser desligados antes de guardados. Rélogio, óculos escuros, fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens também são proibidos. A Declaração de Comparecimento impressa também deve ficar no envelope. Esse envelope deve ser fechado, lacrado e guardado até a entrega da prova e consequente saída do local de aplicação da prova.

Fonte: Brasil 61

CAIXA paga benefícios Caminhoneiro e Taxista neste sábado (19)

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A CAIXA credita neste sábado, dia 19, a parcela de novembro dos benefícios Caminhoneiro e Taxista para cerca de 686 mil profissionais. O crédito será
realizado em conta poupança social digital aberta automaticamente em nome do beneficiário. O acesso e a movimentação dos valores podem ser feitos pelo aplicativo CAIXA Tem ou em qualquer agência da CAIXA.

O beneficiário poderá realizar os saques pelo próprio app, sem necessidade de ir até uma agência.

Os auxílios Caminhoneiro e Taxista preveem pagamentos mensais de R$ 1 mil aos beneficiários até dezembro deste ano.

Têm direito ao benefício os caminhoneiros cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTC) até 31 de maio de 2022, cadastro mantido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTC) – Ministério da Infraestrutura, com registro de atividade/operação de transporte de carga na ANTT em 2022, ou que tenham realizado a autodeclaração do Termo de Registro.

Já o Benefício Taxista é concedido aos motoristas de táxi registrados nas prefeituras até 31 de maio de 2022, que sejam titulares de concessão, permissão, licença ou autorização emitida pelo poder público municipal ou distrital.

Os motoristas que tiverem dúvidas sobre o pagamento dos auxílios podem ligar para a Central de Atendimento Alô Trabalho, no número 158. As informações sobre o pagamento das parcelas também podem ser consultadas no Atendimento CAIXA ao Cidadão pelo número 111.

Para mais informações sobre o calendário de pagamento dos benefícios Caminhoneiro e Taxista, basta acessar www.caixa.gov.br.

Fonte: Brasil 61

APAE Porto União inicia as rematrículas para 2023

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A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Porto União, inicia de 21 à 25 de novembro, o prazo de rematrículas para o ano letivo de 2023, como determina a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e os pais ou responsáveis devem ficar atentos ao prazo e documentações.

Segundo a diretora da APAE, Lorena Scheffer Redolfi, o atendimento inicia na segunda-feira, 21, e o prazo final é na sexta-feira, 25, com atendimento das 8h às 12h e das 13h às 17h, e quem deve fazer a rematrícula é os pais ou responsáveis. Os documentos necessários são: (do aluno) RG, CPF, Cartão SUS, comprovante de residência, laudo médico e receita de medicamentos. Já dos pais ou responsáveis os seguintes documentos, RG e CPF.

Em caso de dúvidas os pais ou responsáveis devem ligar no telefone (42) 3522 23 87 ou ir até a APAE na avenida João Pessoa nº 619, em horário comercial e falar com secretária pedagógica.

Foto: Comunicação APAE Porto União

Sebrae diz que Copa do Mundo ainda não mobilizou pequenos negócios

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) fez pesquisa com 6.028 empreendedores de 26 estados e do Distrito Federal e apurou que 63% das empresas não estão se preparando para a Copa do Mundo de futebol, enquanto 37% elaboraram produtos ou serviços para atender esse público. A copa está prevista para iniciar em 21 de novembro, no Catar. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de agosto e 11 de setembro.

A sondagem mostra que, no momento, 20% dos empreendedores em nível nacional acreditam que a Copa do Mundo vai ajudar no aumento do faturamento da empresa; 44% estão indecisos e acreditam que o faturamento não vai aumentar e nem diminuir; 13% consideram que haverá diminuição das vendas e 24% não souberam responder.

Motivos

Entre os principais motivos para o comportamento dos empreendedores em relação à Copa do Mundo está a crise econômico-financeira que ficou ainda maior com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), disse hoje (26) à Agência Brasil a analista da Coordenação de Comércio e Serviços e gestora de Projetos de Varejo do Sebrae, Poliana Valente. “Os pequenos negócios estão muito naquele processo de ressurgir, de ganhar fôlego, de tentar resgatar e recuperar não só a lucratividade, mas até mercado, aumento de vendas. Eles estão muito focados agora, na verdade, no pós-pandemia, para sobreviver”, disse.

Outro motivo para o aparente desinteresse dos empreendedores é o fato de a Copa do Mundo acontecer em um período diferente do habitual, que é o meio do ano. “Culturalmente, a gente estava acostumado a vê-la em um determinado período e, sempre, no meio do ano. A questão de ter sido jogada para o final do ano culturalmente também mexeu um pouco no radar das pessoas, e nesse olhar para a Copa”.

Segundo ela, a realização do torneio entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro coincide com um período que é extremamente crítico para os pequenos negócios, principalmente quando se fala do varejo, que se apropria mais dessa oportunidade frente a Copa.

Segurança

Poliana Valente lembrou que, no final do ano, o varejo tem eventos importantes, como o Black Friday e o Natal, que são datas muito significativas para o comércio de bens e serviços. “Acaba que os pequenos negócios estão muito mais voltados a estratégias de produtos e marketing e ajustes de seus pontos de venda para essas datas que são mais seguras, fazem parte do calendário anual e são importantes para aquecer as vendas”, ressaltou.

Segundo Poliana, a Copa acabou competindo com essas datas, que são mais confiáveis e seguras para os empreendedores apostarem, e que cada data dessas necessita de estratégias, planejamento e divulgações diferentes. “Isso tudo demanda tempo, recursos. Então, os empresários estão muito mais com esse olhar para as campanhas que são mais seguras, principalmente nesse período de resgate dos negócios no pós-pandemia”.

A analista acredita, entretanto, que a partir de novembro, com o início dos jogos, as pessoas estarão com mais fôlego para, de fato, olhar a Copa. “O brasileiro gosta muito de futebol, a seleção une o país como um todo”.

Poliana Valente, entanto, alerta os empreendedores para que percebam, dentro do propósito do seu negócio, da realidade que têm e dos produtos e serviços que oferecem, o que poderia estar agregando para fazer dessa Copa um momento especial.

Com boa divulgação de seus negócios, a gestora acredita que os varejistas poderão conseguir potencializar a venda e engajar mais esses consumidores, mesmo para a Copa do Mundo. “Não há razão para perderem a esperança, mas devem avaliar qual seria o melhor tipo de estratégia. Porque, na minha percepção, quando a gente entrar em novembro, as pessoas estarão mais nessa energia da Copa”.

Fim do ano

A visão de fim de ano dos pequenos empresários é um pouco mais animadora. De acordo com a pesquisa nacional, 26% dos entrevistados acreditam que os desafios que surgiram no caminho provocaram mudanças valiosas para o seu negócio; 22% estão animados com as novas oportunidades; e 11% pensam que o pior já passou.

Poliana Valente lembra que o Brasil ainda enfrenta um processo de crise, de inflação alta e desemprego elevado, que gera queda no poder de compra dos consumidores, com direcionamento para aquisição de itens mais básicos. “Eu acho que uma grande forma de tentar conciliar e diminuir essa preocupação é pensar, dentro do seu negócio, como seus produtos e serviços podem de fato agregar para uma experiência bacana para as pessoas, de forma que elas consigam presentear quem amam, apesar de toda essa fase que a gente está vivenciando enquanto país e estado. No fundo, apesar de todos os problemas, ninguém que tenha um pouco de condição vai deixar de presentear alguém”, disse.

Se a diminuição de preços não é possível para o pequeno empreendedor, a analista do Sebrae sugeriu que outros meios podem ser acessados para cativar o público, como brindes, atendimento diferenciado, às vezes, inclusive, por meio da colaboração entre produtos, serviços e empresas, onde o comprador perceba um valor maior agregado.

Segundo Poliana, no Black Friday há a percepção de que o consumidor pode comprar coisas que está precisando a um preço mais convidativo. Já o Natal tem toda uma questão afetiva, de estar em família, de presentar, independente de o produto desejado estar um pouco mais caro naquele momento.

Vendas no Natal devem movimentar R$ 66,6 bilhões na economia, estimam CNDL/SPC Brasil

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O fim do ano se aproxima e a expectativa para o Natal aumenta. A data deve movimentar as ruas de todo o país, levando mais de 118 milhões de consumidores às compras. É o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o levantamento, o Natal deste ano deve injetar R$ 66,6 bilhões na economia.

Percebe-se uma estabilidade na intenção de compras quando comparado ao ano passado, 73% pretendem dar presente(s) para outras pessoas no Natal deste ano (em 2021, eram 77%).

Entre os que não vão presentear, 30% afirmam não gostar ou não ter o costume, 28% não têm dinheiro, e 16% estão desempregados. O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca a importância da data para o comércio.

“O Natal é o período mais aguardado do ano pelos consumidores e comerciantes, é a principal data comemorativa do calendário. O brasileiro tem a tradição de presentear os familiares e amigos e esse ano não será diferente. O período promete movimentar as ruas de todo o país e o comércio conta com as vendas para fechar as contas do ano. Os últimos tempos foram de muitos desafios para o setor de Comércio e Serviços, por isso é o momento de se preparar para aproveitar a oportunidade da melhor data comemorativa do Varejo”, destaca Costa.

Filhos serão os mais presenteados. Roupas, calçados, perfumes/cosméticos e brinquedos lideram o ranking dos presentes

De acordo com a pesquisa, os mais lembrados na hora de presentear serão os filhos (62%), o cônjuge (45%) e a mãe (41%). Além disso, 59% dos consumidores pretendem comprar presentes para si mesmo no Natal, uma queda de 10 pontos percentuais em relação ao ano passado. Em média, os consumidores pretendem comprar 4,2 presentes para algum familiar ou amigo no Natal e o ticket médio de cada presente será de R$ 132. Vale destacar ainda que 40% daqueles que vão comprar presentes desejam gastar até R$ 100,00 por presente.

Entre os itens mais comprados, 57% afirmam que pretendem comprar roupas, 38% calçados, 36% perfumes/cosméticos, 34% brinquedos e 21% acessórios.

De acordo com os consumidores que presentearam no Natal de 2021, 44% pretendem comprar este ano a mesma quantidade de presentes adquiridos no ano passado, enquanto 29% pretendem comprar mais presentes e 16% menos, uma queda de 6 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Entre os pesquisados, 41% pretendem gastar mais nas compras de presentes este ano, um aumento de 10 pontos percentuais em comparação a 2021 e principalmente as classes A/B). Enquanto 29% têm intenção de gastar a mesma quantia e 21% pretendem gastar menos – queda de 13 pontos percentuais frente a 2021, e com destaque nas classes C/D/E e consumidores até 54 anos.

 

Entre aqueles que devem gastar mais em 2022, 40% afirmam que os preços estão mais caros, 21% que darão mais presentes e 20% afirmam que darão um presente melhor.

Principais compras serão feitas nos canais off-line, principalmente nas lojas de departamento e shopping center

De acordo com a pesquisa, 82% dos consumidores pretendem realizar compras nos canais off-line, principalmente nas lojas de departamento (42%) e em shopping center (40%). E 50% pretendem fazer alguma compra pela internet, representando 81,2 milhões de consumidores.

Entre aqueles que farão compras online, 36% devem comprar quase todos os presentes na internet, 31% metade dos presentes, e 21% todos os presentes dessa forma, em média, 7 a cada 10 presentes serão comprados por este canal. 77% devem utilizar os aplicativos, 76% os sites e 18% o Instagram para adquirir os produtos.

O levantamento aponta ainda que 85% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de preços antes de comprar os presentes, sendo que 86% vão utilizar a internet, sobretudo os sites e aplicativos. Os principais sites e aplicativos utilizados na pesquisa serão os de lojas varejistas (77%) e os buscadores (67%).

Já 67% farão pesquisas de forma offline, principalmente nas lojas de shopping e de rua.

Na percepção da maioria dos consumidores (70%), os preços dos presentes deste ano estão mais caros que do ano passado e 23% que estão na mesma faixa de preço.

Os consumidores também estão atentos aos preços. Quando se trata da escolha do estabelecimento onde pretendem comprar os presentes, 53% são influenciados pelo preço. Já 39% escolhem o local por conta de ofertas e promoções; 23%, pela variedade de produtos; e 29%, pelo valor do frete, um aumento de 7 pontos percentuais em comparação com o ano passado. Cartão de crédito parcelado e PIX serão principais formas de pagamento. Número médio de parcelas será de 4,7

As principais formas de pagamento dos consumidores nas compras de Natal serão: cartão de crédito parcelado (45%), PIX (42%), cartão de débito (36%) e dinheiro (35%). Entre os que pretendem pagar parcelado, o número médio será de 4,7 parcelas, o que significa que o consumidor pagará a última prestação em abril de 2023.

De acordo com os consumidores, 47% pretendem parcelar as compras para ter condições de comprar todos os presentes, 43% para poder comprar presentes melhores e 39% afirmam que mesmo tendo condições de pagar à vista, preferem pagar desta forma para garantir sobra de dinheiro no orçamento.

“O pagamento por PIX teve um importante crescimento em relação ao ano passado. São 12 pontos percentuais de aumento. Essa é uma tendência que o lojista precisa ficar atento. Mesmo comprando nas lojas físicas, o consumidor deve utilizar o online para pagar as compras. As lojas precisam se adaptar para não perder vendas”, alerta Costa.

 

 

CNC projeta maior oferta de vagas temporárias desde o Natal de 2013

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários no país para dar conta do aumento previsto para as vendas no varejo relativas ao Natal, estimado em 2,1%. Essa deve ser a maior oferta de trabalho temporário em 9 anos, quando, em 2013, foram abertos 115,5 mil postos.

A estimativa da CNC, divulgada é que a taxa de efetivação seja de 11%, o que representa 3 pontos percentuais a menos do que em 2021.

Regionalmente, São Paulo (30,3 mil), Minas Gerais (12,2 mil), Paraná (8,9 mil) e Rio de Janeiro (8 mil) concentrarão 54% da oferta de vagas para o Natal deste ano. As previsões da CNC são baseadas em aspectos sazonais das admissões e desligamentos no comércio varejista, registrados mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“A conversão de vagas temporárias em efetivas em 2022 não deve ser tão expressiva quanto depois do Natal de 2021, quando chegou a 15%, porque, no ano passado, o varejo ainda estava repondo os postos que haviam sido fechados nas duas primeiras ondas de covid-19”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Segundo a CNC, 97 mil trabalhadores temporários foram contratados em 2021, 46% a mais do que o registrado em 2020, o primeiro ano da pandemia da covid-19. Dois meses antes dos Natais de 2020 e 2021, a circulação de consumidores no varejo ainda estava, respectivamente, 22,1% e 4,8% abaixo do nível pré-pandemia. Atualmente, o fluxo de consumidores nas lojas já é 3,1% acima do período imediatamente anterior ao início da crise sanitária.

Os maiores volumes de contrato devem se concentrar no ramo de hiper e supermercados, no qual a previsão é de abertura de 45,5 mil vagas temporárias, e no setor de vestuário, com 25,8 mil. “Se, por um lado, os hiper e supermercados, que são os segmentos que mais empregam no varejo, tem destaque no número absoluto de vagas, as lojas de roupas, acessórios e calçados são, historicamente, as mais beneficiadas pelas vendas natalinas”, disse o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

Enquanto o faturamento do varejo cresce, em média, 34% no período de fim de ano, o setor de vestuário costuma registrar alta de até 90%.

O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1,6 mil, avançando, portanto, 2,5% em termos nominais, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a remuneração média ficou em R$ 1,5 mil. Os valores mais altos, de R$ 2,3 mil, devem ser pagos pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação, seguidas pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos, que deve pagar em torno de R$ 1,8 mil. Entretanto, esses segmentos respondem por apenas 2,3% das vagas totais a serem criadas.

A previsão da CNC é que haja aumento de 2,1% nas vendas de fim de ano no varejo como um todo. O ramo de hiper e supermercados tende a registrar alta de 4,8% nas vendas, já descontada a inflação, mas as vendas nas lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos devem cair 3,4% em relação ao ano passado.

“Essa perspectiva decorre do somatório entre a desaceleração da inflação e o encarecimento do crédito, já que a taxa de juros de operações envolvendo pessoas físicas atingiu o maior patamar desde abril de 2018, o que favorece as compras em segmentos que dependem menos de empréstimos e financiamentos”, explicou Fabio Bentes.

Massa de ar frio derruba temperaturas em boa parte do país no começo de novembro

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A passagem de uma frente fria seguida de forte massa de ar polar derrubou a temperatura em boa parte do país na primeira semana de novembro. Em algumas cidades do Sul do Brasil, como Bom Jardim da Serra e São Joaquim, em Santa Catarina, a temperatura caiu mais de 10 graus entre dois dias consecutivos durante a semana.

A frente fria intensa atinge a região Sul e se estende até a parte central do país, com atuação no Sudeste. O fenômeno provoca acumulados de chuvas no litoral de São Paulo, norte de Minas Gerais e áreas pontuais do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

No Centro-Oeste, há previsão de chuva em parte da região, com acumulados que podem ultrapassar os 40 milímetros em áreas pontuais no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Nas demais áreas, são previstos pequenos acumulados de chuva.

Para a Região Norte, são previstos acumulados de chuva superiores a 50 milímetros no noroeste da região, com destaque para o Pará, áreas pontuais do Amazonas e de Roraima e no oeste do Tocantins. Nos estados do Acre, Rondônia e sul do Amazonas, são previstas chuvas mais amenas.

Por fim, no Nordeste, não são previstos volumes de chuva em parte da região, devido ao predomínio de uma massa de ar quente e seco. Entretanto, em áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, há previsão de chuva.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

Fonte: Brasil 61

Novembro Azul: homem também precisa se prevenir e cuidar da saúde

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O mês de novembro marca um momento de conscientização para que os homens cuidem da própria saúde. Este é, resumidamente, o objetivo da campanha do Novembro Azul – que comemora 11 anos no Brasil. O movimento Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina.

No Brasil, o movimento chegou por meio dos esforços do Instituto Lado a Lado pela Vida, uma organização social que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade – o câncer e as doenças cardiovasculares – além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem.

A diretora de relações institucionais e internacionais do Instituto Lado a Lado pela Vida, Fernanda Carvalho, explica que a importância do Novembro Azul é a de “chamar o homem para sua responsabilidade, que ele precisa se cuidar. Tem que romper o paradigma de que cuidar da saúde é coisa da mãe, coisa da mulher. Todo mundo tem que se cuidar! Pois ninguém melhor do que você para cuidar de si próprio”, destacou.

No Brasil os homens vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres, e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, problemas de colesterol e pressão arterial elevada, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Pesquisas e estudos têm comprovado que a saúde, além da relação com a genética, é impactada pelas escolhas e hábitos de vida. No caso dos homens, a falta de cuidados preventivos é um fator relevante.

Por isso, Fernanda Carvalho avalia que outro ponto importante deste mês de conscientização é a educação das novas gerações. “Fazer com que os meninos também aprendam, assim como as meninas, a conhecer o seu corpo. A identificar se tem uma coisa que não está legal, que está errada, e buscar atendimento médico ou questionar a mãe e dizer que está sentindo alguma coisa. Precisamos evitar essa máxima de que o homem não sente dor ou não precisa se cuidar, só na hora que está num estágio muito avançado”, avaliou.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia revela que mais de dois terços dos homens que morrem do coração têm diabetes e acima de 80% das mortes por diabetes estão relacionadas a problemas cardíacos e renais, ou seja, vasculares. Além disso, a sobrevida média depois que um homem tem o primeiro infarto é de cerca de 8 anos.

Outro problema de saúde que mata muitos homens é o câncer de próstata. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano passado, foram registradas 16.055 mortes em decorrência do câncer, o que equivale a 44 mortes por dia.

O INCA estima o surgimento de 65.840 novos casos da doença em 2022. O diagnóstico precoce é estratégia utilizada para encontrar o tumor em uma fase inicial e, assim, aumentar as chances de sucesso no tratamento e reduzir o índice de mortes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, e é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata.

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos. Diante disso, a indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estágio da doença e expectativa de vida.

Sintomas

Além da alta taxa de mortalidade, o câncer de próstata não apresenta sintoma nas fases iniciais ou, quando apresenta, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Quando na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, em casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Prevenção

Manter hábitos saudáveis é a melhor forma de evitar a doença. Alimentação balanceada com frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, aliada à pouca ingestão de gordura, ajudam a diminuir o risco de câncer. Da mesma forma, fazer uma atividade física ao menos 30 minutos por dia, manter o peso adequado à altura (já que estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal elevado), diminuir o consumo de álcool e não fumar são algumas recomendações para prevenir contra essa e outras doenças.

Uma informação importante no caso do câncer de próstata é a hereditariedade. Caso haja algum parente próximo, pai ou irmão, com a doença antes dos 60 anos, o risco aumenta de 3 a 10 vezes, se comparado à população em geral.

Detecção

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem duas diferentes estratégias para o diagnóstico: uma destinada às pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem sintomas e aparentemente saudáveis (rastreamento). Para isso, são realizados dois tipos de exames:

Exame de toque retal – O médico avalia tamanho, forma e textura da próstata ao examinar as partes posterior e lateral do órgão.

Exame de PSA – É um exame de sangue que mede a quantidade de Antígeno Prostático Específico (PSA), uma proteína produzida pela próstata. Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

O Instituto Nacional de Câncer é contra a organização de programas para realização de exames sem sintomas ou fatores de risco. Homens que demandam espontaneamente o rastreamento devem ser informados por seus médicos sobre os riscos e provável ausência de benefícios associados a esta prática. O Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde, não recomenda a realização do rastreamento do câncer de próstata por existirem evidências científicas de que pode produzir mais danos do que benefícios em casos de homens assintomáticos. O rastreamento sem critérios ou fatores de risco aumenta as chances de diagnóstico de tumores que não evoluíram nem ameaçaram a vida, submetendo os homens a um tratamento que pode causar impotência sexual e incontinência urinária.

Fonte: Brasil 61

Saúde bucal: especialista explica causas, prevenção e tratamento da cárie

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A ingestão de carboidratos fermentáveis, como o açúcar, e a má higiene bucal podem desencadear a produção de ácidos por bactérias da boca e provocar cáries. Doenças como diabetes e hipertensão, por exemplo, também podem diminuir a quantidade de saliva e aumentar o risco de infecção nos dentes.

“A cárie é uma doença infecciosa. Na ausência de tratamento, pode progredir até destruir totalmente a estrutura dentária por meio do ataque de ácidos. É uma doença multifatorial, na qual várias características genéticas, ambientais e comportamentais interagem”, explica a odontologista Mara Cristina Mourão Marques.

A higiene bucal correta, de três a quatro vezes por dia, a redução do consumo de açúcar e o uso de flúor, que pode estar presente na água e no creme dental, previnem contra a cárie. Fazer boa hidratação também é uma medida preventiva, segundo a dentista Mara Cristina. “O consumo frequente de água é muito importante para a produção de saliva, que serve como neutralizante daqueles ácidos produzidos pelas bactérias da boca”, conclui.

A advogada Camila França, de 33 anos, sempre sofreu com cárie. Ela consumiu muitos produtos com açúcar ao longo da vida, mas mudou os hábitos com o passar dos anos. “Sempre comi muito doce, bala. Quando comecei a ficar mais velha, comecei a me conscientizar da importância e passei a cuidar mais. Usei mais fio dental, dei mais importância para a escovação”, conta.

Tratamento

Há vários tipos de tratamento das lesões de cárie, a depender do estágio da infecção. Nas formas iniciais, o uso do flúor é eficaz. Existe ainda o tratamento restaurador atraumático, abordagem minimamente invasiva com instrumentos de escavação manual.

“Quando a cárie está em estágio mais avançado e já houve cavitação, no esmalte ou na dentina, será necessário realizar remoção da parte infectada, com caneta de alta rotação, micromotor e brocas, os famosos motorzinhos, e posterior restauração do dente com resina composta. Quando estiver muito profunda, será necessário tratamento de canal”, diz Mara Cristina.

Fonte: Brasil 61

Evento do Conselho Nacional de Justiça orienta cidadãos para evitar longas disputas judiciais

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A conciliação entre as partes envolvidas num processo legal é o principal objetivo da XVII Semana Nacional da Conciliação, de 7 a 11 de novembro. O evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado para evitar o enfrentamento de processos jurídicos que durariam anos.

Segundo o CNJ, com a conciliação, é possível resolver o problema em menos tempo, com menos burocracia. A iniciativa envolve os Tribunais de Justiça, Tribunais do Trabalho e Tribunais Federais, que selecionam processos com possibilidade de acordo e intimam as partes envolvidas para buscar soluções.

“Os principais benefícios da conciliação são a economia de tempo para as partes, com a resolução rápida do conflito, e a ausência de desgaste emocional, de ficar mantendo conflito por tempo indeterminado. Além disso, possibilita o empoderamento do cidadão, que pode participar ativamente na solução do próprio conflito e garantir que haja satisfação para ambas as partes”, explica Célia Machado, servidora da Comissão de Solução Adequada de Conflitos do CNJ.

As ações da Semana são voltadas para as conciliações denominadas processuais, quando o caso já está na Justiça. Há também a chamada conciliação pré-processual, que acontece antes da instauração do processo. Nesses casos, o próprio interessado busca a solução do conflito com o auxílio de conciliadores ou mediadores.

Célia Machado destaca ainda os princípios norteadores da conciliação no Brasil. “Tanto da conciliação quanto da mediação são informalidade, simplicidade, economia processual, celeridade, oralidade, flexibilidade processual. Além disso, o Código de Ética de Conciliadores e Mediadores Sociais prevê princípios fundamentais que regem a atuação, como a confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independência e autonomia, respeito à ordem pública e às leis vigentes, empoderamento e validação”, conclui.

Como participar?

Os interessados em resolver conflitos durante a Semana Nacional da Conciliação devem procurar o tribunal em que o caso tramita e informar o desejo de conciliar. Na página do CNJ, há o contato de todos os núcleos permanentes de métodos consensuais de resolução de conflitos. Esses núcleos são as estruturas responsáveis por planejar, implementar e manter as ações voltadas ao cumprimento da política em âmbito estadual.

Fonte: Brasil 61

Anvisa aprova registro de medicamento para terapia avançada no combate ao câncer

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro sanitário do terceiro produto de terapia gênica para tratamento de câncer. O fármaco é destinado a pacientes adultos com linfoma de grandes células B (LDGCB) — linfomas graves — recidivados ou refratários. Ou seja, para aqueles em que não houve resposta aos tratamentos iniciais ou os casos em que o tumor some, mas volta após algum tempo. O medicamento é conhecido como Yescarta e fabricado pela Kite, empresa da Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil.

Neste ano, dois outros produtos receberam sinal verde pela Anvisa e foram aprovados, são eles:  Kymriah (tisagenlecleucel), da empresa Novartis Biociências, utilizado para tratamento de linfoma e Leucemia linfoide aguda (LLA) em pacientes jovens; e o Carvykti (ciltacabtageno autoleucel) da empresa Janssen-Cilag Farmacêutica, indicado para pacientes adultos com mieloma múltiplo que já receberam algumas linhas de tratamento.

O que é a Terapia gênica?

A terapia gênica é um tratamento que introduz genes saudáveis do próprio receptor no organismo para substituir ou modificar células que estão causando problemas de saúde — é como uma alteração genética. Segundo informações da Anvisa, a terapia com células geneticamente modificadas tem demonstrado perfil de segurança e eficácia no tratamento de pacientes em recidiva e refratariedade para linfomas graves.

Entenda como funciona

A terapia gênica avançada consiste em retirar as células de defesa (células T) do próprio doador com linfoma, leucemia ou com mieloma múltiplo e encaminhar esse material para uma base de produção dos CAR-T Cells (células produzidas em laboratório derivadas das células mais importantes do nosso sistema de defesa).

Essa técnica fornece o gene saudável, para corrigir a mutação causadora de doenças presentes no DNA do paciente. A introdução do material genético em tecidos e em células com fins terapêuticos pode atuar de duas maneiras: ou simplesmente na adição de genes ativos ou na modificação ou supressão de genes defeituosos. Para que o procedimento seja possível, são utilizados vetores virais que tornam o vírus inofensivo e retiram o potencial patogênico. Isso permite o transporte do gene terapêutico saudável para o interior das células e dos tecidos-alvos.

“As células T do doador vão estar agora com o sinalizador na sua superfície para detectar essas células doentes do linfoma CD 19. Então o linfócito T. ele vai como um míssil teleguiado atrás dessas células positivas do linfoma. E quando ele encontra, ele é ativado e se torna uma célula efetora. E essa célula efetora, ela é capaz de aniquilar, exterminar de matar as células do linfoma”, explica o onco-hematologista Volney Vilela.

Cuidados especiais

O médico Volney Vilela destaca que apesar de ser um tratamento seguro, a terapia gênica é um procedimento de alta complexidade que demanda cuidados especiais com pacientes que já vêm de um processo de quimioterapia, desde a estrutura necessária para o manejo do produto até a qualificação específica dos profissionais que vão manipular, administrar e monitorar o paciente. Dentre as principais preocupações de segurança, o onco-hematologista destaca “a síndrome de liberação de citocinas (SRC), uma resposta sistêmica à ativação e à proliferação de células CAR-T, que pode causar infecções.” A previsão é de que o fármaco esteja disponível para uso comercial e uso clínico no Brasil no primeiro semestre de 2023.

Fonte: Brasil 61

Custo da construção civil subiu 0,44% em setembro, mas alta é menor que elevação de agosto

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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) teve alta de 0,44% em setembro. No entanto, a taxa é 0,14 ponto percentual menor que a alta registrada em agosto, de 0,58%. Foi o menor resultado desde julho de 2020.

Para o conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Carlos Eduardo de Oliveira Jr., o resultado pode estar relacionado a uma redução no ritmo de crescimento da construção civil.

“O ritmo do processo de crescimento da construção civil vinha numa retomada e agora sofreu uma paralisação. Isso se deve, principalmente, a uma redução no grau de investimento no setor, bem como na aquisição de novos imóveis por parte de parcela da população”, destaca.

O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 1.661,85, em agosto, para R$ 1.669,19, em setembro. Do total, R$ 999,96 são referentes aos materiais, enquanto R$ 669,23 à mão de obra. Na avaliação do advogado especialista em direito tributário, Jorge Lucas de Oliveira, apesar desse aumento, a tendência é que haja uma redução desses valores, uma vez que eles são representados por uma elevação da oscilação cambial.

“Se pegarmos esses valores no acumulado, veremos que o custo nacional vem caindo, desde quando a pandemia teve seu ápice e veio recrudescendo. Esse valor acompanhou essa diminuição. Portanto, é possível que haja esses repiques, mas a tendência continua sendo de queda”, pontua.

Desempenho por região

A partir do acordo coletivo firmado em Santa Catarina, e elevação na parcela dos materiais nos três estados, a região Sul registrou a maior variação regional no mês de setembro, com 0,95%. As outras regiões do país apresentaram os seguintes resultados:

  • Norte: 0,52%
  • Nordeste: 0,42%
  • Sudeste: 0,27%
  • Centro-Oeste: 0,42%

Os custos regionais, por metro quadrado, foram os seguintes:

  • Norte: R$ 1.653,98
  • Nordeste: 1.556,52
  • Sudeste: R$ 1.737,19
  • Sul: R$ 1.745,74
  • Centro-Oeste: R$ 1.683,10

Em relação aos estados, Santa Catarina registrou a maior alta, com 2,80%, resultado do aumento na parcela de materiais, e do reajuste notado nas categorias profissionais.

Fonte: Brasil 61

Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas começou nesta terça-feira (1º)

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Pessoas físicas com dívidas em atraso com instituições financeiras têm agora em de novembro  oportunidade de cuidar da saúde do bolso. De 1º até dia 30, ocorre o segundo Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira deste ano.

Ação conjunta do Banco Central (BC), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país, o mutirão oferece oportunidade de renegociação de dívidas com desconto e parcelamentos que caibam no bolso.

Podem participar do mutirão pessoas físicas com débitos em atraso com bancos e demais tipos de instituições financeiras, desde que a dívida não esteja atrelada a bens dados em garantia. As negociações podem ser pedidas por meio da plataforma Consumidor.gov.br  ou pelos canais diretos das instituições participantes, disponíveis na página do mutirão.

No site do mutirão, o interessado também terá acesso ao link do Registrato, sistema do Banco Central que informa todos os relacionamentos do cidadão com o sistema financeiro. A página permite consultas sobre informações de dívidas com bancos e órgãos públicos, cheques devolvidos, contas, chaves Pix e operações de câmbio. O site também dará acesso à plataforma de educação financeira Meu Bolso em Dia, da Febraban.

Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), explica que os devedores podem se reorganizar financeiramente de diversas formas junto às instituições financeiras. “O consumidor tem várias vantagens para participar do Mutirão de Negociação e Orientação Financeira. Ele pode renegociar suas dívidas em atraso, pode buscar uma nova pactuação, parcelamento da dívida e até juros menores.”

O diretor da Febraban também ressalta a importância da preparação prévia oferecida pela plataforma do mutirão. “O consumidor que tiver interesse em negociar suas dívidas em atraso pode acessar a página eletrônica mutirão.febraban.org.br e ter acesso a conteúdo exclusivo de orientação financeira, dicas de como trocar uma dívida mais cara por uma mais barata, como fazer o seu orçamento doméstico e como calcular aquelas despesas e o saldo que pode ser renegociado para dívidas”, enumera.

“Depois disso, nesta página, o consumidor é redirecionado para plataforma do Ministério da Justiça, da Senacon, onde mais de 160 instituições financeiras estão prontas para receber os pedidos dos consumidores.”

Mutirão

Neste ano, o mutirão alertará os cidadãos sobre o superendividamento e a possibilidade de pedir renegociação, conforme previsto na Lei 14.181/21.  Pela lei, os cidadãos superendividados têm direito a renegociar o valor global do débito, simultaneamente com todos os credores. Segundo o BC, isso permite acordos mais vantajosos do que negociar uma dívida com cada banco.

O BC orienta as pessoas com suspeita de superendividamento a não renegociar os débitos pelo mutirão. Segundo o órgão, as pessoas devem buscar ajuda especializada nos órgãos de proteção e defesa do consumidor, cujos links estão disponíveis na página da ação conjunta.

No último mutirão, realizado em março, foram negociados 1,7 milhão de contratos em atraso durante 25 dias. De acordo com o BC, o endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou 52,9% da renda familiar disponível em agosto. Definido como o valor atual da dívida e os rendimentos em 12 meses, o indicador caiu 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior, mas subiu 3,5 pontos no acumulado em 12 meses.

O comprometimento de renda, que equivale às parcelas mensais divididas pela renda mensal da família, atingiu 29,4% em agosto, no maior nível desde o início da série, em 2005. O indicador subiu 0,8 ponto percentual na comparação com julho e 3,9 pontos em 12 meses.

Dicas para cuidar do bolso

A plataforma Meu Bolso em Dia tem o passo a passo para a educação financeira, principalmente por suas ferramentas de personalização. Mas o economista César Bergo destaca uma entre todas as dicas: saber com o que gastar.

“O principal é não fazer compra por impulso. Existe o endividamento bom e ruim. O bom é aquele em que você adquire um bem que se paga com o decorrer do tempo e o ruim é aquele gasto desnecessário, como uma viagem, que a pessoa financia e depois passa muito tempo se lamentando pela dívida”, explica.

Segundo o economista, a educação promovida pela plataforma também é crucial para que as pessoas entendam a importância de ter o “nome limpo” na praça. Sem isso, muitas vezes é impossível alugar um imóvel, financiar novos bens e ter menor restrição nas parcelas de qualquer compra. “Sem falar na saúde emocional e no bem-estar do consumidor”, finaliza.

Fonte: Brasil 61

Desempregados estão, em média, há 1,5 ano sem trabalho, aponta pesquisa CNDL/SPC

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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há 18 meses (1 ano e meio), em média, sem ocupação formal, três meses a mais do que apontou o levantamento realizado em 2020.

A pesquisa também mostra que 64% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, um aumento de 13 pontos percentuais em comparação a 2020. As justificativas destacadas pelos entrevistados apontam que para eles o mais importante no momento é arrumar emprego para pagar as despesas (35%), voltar ao mercado de trabalho (17%) e a percepção de que é mais fácil conseguir um emprego melhor estando empregado (11%).

Segundo o estudo, 86% dos desempregados afirmam não ter alguma reserva financeira para se manter por algum tempo até arrumar um emprego. Entre os que possuem algum tipo de reserva (14%), 58% são provenientes de poupança ou outro investimento.

A demora para se recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal, bicos e freelancers. De acordo com a pesquisa, 67% dos desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar, um aumento de 27 pontos percentuais em relação à 2020. Em seguida, aparecem os que têm parte ou a totalidade das despesas pagas por amigos ou familiares (34%).

Para os desempregados que atuam no trabalho temporário, fazem bico ou são freelancers, as principais atividades realizadas são: serviços gerais (27%), comércio ambulante (12%), revendedor de produtos (9%), diarista (8%) e serviços de beleza (8%). Serviços gerais é predominante entre os homens, enquanto revenda de produtos, diarista e serviços de beleza entre as mulheres.

Os desempregados que realizam trabalho temporário conseguem gerar, em média, R$850,10 por mês. Esse valor médio é 30% inferior ao salário-mínimo vigente, de R$ 1.212,00.

A grande maioria (90%) dos desempregados que realiza trabalho temporário considera essa atividade como, de fato, um bico até arrumar um emprego ou abrir seu negócio.

“Vivenciamos um período pós-pandemia com uma economia que se recupera com dificuldade, impactada pela alta dos juros e da inflação, e pela queda dos investimentos. Mesmo os números oficiais mostrando uma melhora dos indicadores econômicos e queda no desemprego nos últimos meses, é imprescindível o desenvolvimento e ampliação de políticas públicas tanto de auxílio à população desempregada quanto para a melhoria do ambiente de negócios do país, aliado à ampliação do crédito, incentivo para criação de novos negócios e fortalecimento das empresas, que são as que mais geram emprego e renda”, alerta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.

Desemprego atinge principalmente os mais pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio

A pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: cinco em cada dez desempregados são mulheres (53%), enquanto 47% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (32%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (29%).

Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (97%), enquanto apenas 3% estão nas Classe A e B. A renda média é de 1,7 salários-mínimos, ou R$ 2.060, sendo R$ 606 menor que 2020.

Em relação à escolaridade, 60% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 33% têm o 2º grau incompleto e 7% o ensino superior completo ou mais. Apenas 10% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 51% são solteiros e 19% correspondem aos casados; mais da metade dos entrevistados possui filhos (58%).

 

Emprego com carteira assinada é o preferido por quem procura trabalho; 62% dos desempregados não têm sido chamados para entrevistas

O emprego com carteira assinada é o preferido por aqueles que procuram trabalho (57%), seguido daqueles que aceitariam qualquer oportunidade, independente do formato (29%) e dos que buscam trabalho como autônomos, por conta própria (7%).

O tempo médio em que os entrevistados passam buscando emprego por dia é de 2,7 horas, sendo que 33% passam até 2 horas por dia e 32% entre 2 e 6 horas. Além disso, 87% dos desempregados afirmam estar dispostos a aceitar uma vaga, mesmo que seja em área diferente da sua formação e experiência profissional (43%) ou somente diferente de sua experiência profissional (33%). Esse resultado é 26 pontos percentuais acima do verificado em 2020.

Concomitante a isso, apenas cerca de 4 em cada 10 desempregados têm sido chamados para entrevistas de emprego (38%). A oportunidade de participar de entrevistas é maior para os que possuem ensino médio completo ou mais.

Ao mesmo tempo, dentre os que já foram chamados para entrevistas, quase a metade (47%) afirma já ter recusado proposta de emprego, tendo como principais motivos: ser longe da casa em que reside (17%), remuneração/benefícios insuficientes (10%) e remuneração/benefícios menores do que ganhava no emprego anterior (6%).

Vale destacar que 62% dos entrevistados não têm sido chamados para entrevistas, sendo que para 36% isso se deve ao fato de não estar se candidatando para muitas vagas. Já 23% acreditam que a idade está influenciando na falta de entrevistas, 21% por falta de qualificação e 21% por considerar que a concorrência na área que atua está alta.

 

54% dos desempregados não estão confiantes de que conseguirão um novo emprego

A pesquisa mostra que 54% dos desempregados estão se sentindo pouco ou nada confiantes de que vão conseguir emprego nos próximos 3 meses, enquanto 45% dos desempregados acreditam que irão conseguir e estão confiantes sobre isso. Entre os motivos do otimismo, 51% dos entrevistados justificam que são bons profissionais e tudo vai dar certo, seguido da necessidade de manter o ânimo e esperança (50%), e a crença de que as oportunidades de trabalho estão aumentando (24%). E para aqueles que acreditam que irão ser contratados, 41% creem que conseguirão emprego dentro de até três meses. Sendo o tempo médio de 4 meses e 13 dias (20 dias a mais do que na pesquisa de 2020).

Entre aqueles que estão pouco ou nada confiantes de conquistar um emprego nos próximos três meses, destacam-se os motivos: não estar sendo chamados para entrevistas de emprego (31%), considerar que as empresas estão demitindo e o desemprego aumentando (30%) e por não estar vendo muitas vagas disponíveis no mercado (29%).

O levantamento aponta ainda que 22% dos desempregados afirmam ter planos para se mudar para o exterior, caso continuem sem conseguir emprego (aumento de 7 pontos percentuais comparado à pesquisa de 2020).

Mesmo após Justiça ordenar desbloqueio, caminhoneiros seguem nas rodovias do país

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Os bloqueios em diferentes estradas do país continuam nesta terça-feira, mesmo depois que o  Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na noite da segunda-feira (31), que as vias fossem liberadas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares dos estados estão escaladas e agem desde o começo da terça para desbloquear os pontos, que se concentram em 22 estados e no Distrito Federal.
O presidente do STF, ministro Alexandre de Moraes, estipulou multa de R$ 100 mil por hora para o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e para caminhoneiros que descumprirem a medida.

A maior preocupação é com relação ao desabastecimento de produtos alimentícios, cargas vivas e combustíveis, que estão parados nos bloqueios das estradas. De acordo com representantes do setor produtivo, as linhas de produção de carnes estão desacelerando e existe uma potencial chance de que a produção seja suspensa, ainda segundo esses representantes, animais, rações e produtos refrigerados estão parados em pontos de bloqueio. E os veículos que se dirigem aos portos do país estão com dificuldades em acessar esses pontos.

Um dos estados com mais pontos de bloqueio, Santa Catarina, é também um dos  maiores produtores de proteína animal do país e já começa a sofrer com os bloqueios. O vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC), Enori Barbieri , fala sobre as dificuldades que os produtores já começam a sentir.

“Nós temos uma estrutura em Santa Catarina, de pequenas  propriedades, poucas rodovias, e uma produção muito grande de suínos, aves e leite que são produtos muito perecíveis, pela falta de comida, já que não chega o caminhão, ou pela retirada do leite.”

O presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Campinas e Região (Recap), Emilio Martins, explica que nessa segunda (31) não houve falta de combustíveis porque a reposição acontece sempre no começo da semana. Mas a situação na região metropolitana de São Paulo pode se tornar dramática.

“Muitos postos já sem combustível, um feriado amanhã [quarta-feira], muita gente já precisando viajar, sair daqui, muitas pessoas precisando vir para cá, uma situação muito crítica. Eu acredito que o desabastecimento robusto vai acontecer hoje [terça-feira] no final da tarde e amanhã acho que já vamos ter muitos problemas”, acredita

Além dos problemas em terra, a malha aeroviária do país também enfrenta problemas. Durante a manhã de terça-feira, a concessionária GRU Airport, responsável pelo aeroporto de Guarulhos (SP), informou que 25 voos foram cancelados, sendo 12 ainda nesta segunda-feira (31) e outros 13 na terça. Parte dos voos eram da companhia aérea Latam, que informou, em nota, que por conta de bloqueios de importantes vias do Brasil, uma situação alheia ao controle da companhia, alguns voos acabaram impactados.

Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou na segunda-feira (31) que as paralisações de rodovias por caminhoneiros que ocorrem em vários locais do país podem gerar desabastecimento e impactar a cadeia produtiva. A bancada ressaltou que respeita o direito à manifestação, mas pediu que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e produtos de primeira necessidade.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em nota, também se posicionou contrariamente a qualquer movimento que comprometa a livre circulação de trabalhadores e o transporte de cargas e que provoque prejuízos diretos no processo produtivo e na vida dos cidadãos. Segundo a Confederação, o direito constitucional de ir e vir dos brasileiros precisa ser respeitado. A CNI é veementemente contrária a qualquer manifestação antidemocrática que prejudique o país e sua população, diz a nota.

Fonte: Brasil 61

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