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Dez estados não cumprem limite de gasto e podem pagar R$ 30 bi à União

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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou hoje (27) que 10 dos 19 estados que renegociaram dívidas com a União não conseguiram cumprir limite de despesa.

“Eles perdem todo benefício do alongamento e têm de pagar o extra de juros que deixaram de pagar nos últimos dois anos. É uma conta de mais de R$ 30 bilhões”, disse o secretário.

De acordo Mansueto, os estados ainda serão notificados e poderão recorrer administrativamente e judicialmente. Questionado, não citou os estados com problemas para cumprir o limite de despesa.

Em 2016, a Lei Complementar 156 permitiu o alongamento da dívida dos estados com a União por mais 20 anos e a suspensão do pagamento mensal de juros do segundo semestre de 2016 até junho de 2018.

A única exigência para a renegociação foi que os estados se comprometessem a limitar a despesa primária corrente (despesas com pessoal e custeio) ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2018 e 2019.

Caso os estados não cumpram com essa obrigação por dois anos consecutivos, perdem o benefício do alongamento da dívida e ainda teriam que pagar, em 12 meses, todo o benefício de redução dos juros que tiveram desde 2016.

Segundo o Tesouro Nacional, o problema é que há estados, inclusive alguns com boa situação fiscal, que não conseguiram cumprir com a exigência de limite de crescimento da despesa, porque a queda da inflação foi maior do que a esperada quando da assinatura da lei.

O Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) encaminhado em junho ao Congresso Nacional resolve a situação, porque dá prazo de dois anos aos estados para se reenquadrarem no teto de gastos e cinco anos para adequação aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), informou o secretário.

Áudio: Comissão de Direitos Humanos debate prevenção do suicídio

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A prevenção do suicídio foi tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH), na última quinta-feira (26). Os senadores discutiram a campanha de conscientização “Setembro Amarelo” com representantes do Ministério da Saúde, do Centro de Valorização da Vida e da Associação Psiquiátrica da América Latina. Mais de 80 mil pessoas se suicidaram no Brasil entre 2011 e 2017. Segundo a Organização Mundial da Saúde, são 800 mil casos por ano em todo o mundo: a maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Ouça os detalhes no áudio da repórter da Rádio Senado, Raquel Teixeira. E veja aqui a íntegra da audiência pública.


Source: Senado

Prazo de adesão a modelo de escola cívico-militar termina hoje

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Termina hoje (27) o prazo para que estados e municípios manifestem interesse em aderir ao modelo de cívico-militar proposto pelo governo federal. A gestão híbrida compartilhada com civis e militares será implementada, em 2020, em 54 escolas.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), as escolas devem manifestar interesse junto a secretarias estaduais de Educação. Serão selecionadas duas instituições de cada estado e do Distrito Federal.

Nos estados em que não houver interesse pelo programa, municípios voluntários podem pedir participação por meio de ofício ao MEC, com os nomes das instituições que pretendem aderir ao programa.

Para participar da seleção, os colégios devem ter de 500 a mil alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental ou do ensino médio.

Segundo o ministério, uma das condições é que estados e municípios apliquem consulta pública sobre a mudança, uma vez que a adesão ao programa é voluntária. A aceitação pode ocorrer por meio de audiência pública ou votação. O MEC disponibilizou o passo a passo para a realização da consulta à comunidade. A orientação está disponível na internet.

O governo local pode optar por outra forma de realizar a consulta pública. É necessário, no entanto, enviar o resultado para o MEC. A instituição de ensino deve assegurar a participação do maior número possível de pessoas da comunidade escolar, credenciando os eleitores do processo.

Terão preferência na seleção as instituições de ensino com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e em situação de vulnerabilidade social. A comparação é feita com outras escolas do mesmo estado. Ao todo, o governo pretende implementar 216 escolas cívico-militares até 2023.

Atuação dos militares

O MEC vai liberar R$ 54 milhões para o programa em 2020, sendo R$ 1 milhão por escola. O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em algumas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar e reformas, entre outras intervenções.

As escolas em que haverá pagamento de pessoal são as que fizerem parceria com o MEC e o Ministério da Defesa, que contratará militares da reserva das Forças Armadas para trabalho nos estabelecimentos. A duração mínima do serviço é de dois anos, prorrogável por até dez, podendo ser cancelado a qualquer tempo. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.

Os estados poderão ainda destinar policiais e bombeiros militares para apoiar a administração das escolas. Nesse caso, o MEC repassará a verba ao governo, que, em contrapartida, investirá na infraestrutura das unidades, com materiais escolares e pequenas reformas.

Os militares irão atuar como monitores, acompanhando os alunos e fazendo contato com as famílias.

Finep lança linha de crédito para inovação de indústrias

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Uma nova linha de crédito da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), voltada para a inovação empresarial, vai injetar R$ 200 milhões no mercado para incentivar áreas como internet das coisas, big data, computação em nuvem, segurança digital, robótica avançada, manufatura digital e aditiva, inteligência artificial e digitalização. O Finep Inovacred 4.0 atenderá empresas de pequeno a médio e grande portes, com faturamento anual de até R$ 300 milhões.

Segundo o diretor de Inovação da Finep, Alberto Dantas, a nova linha de crédito vai apoiar a formulação e implementação de planos empresariais estratégicos de digitalização que abarquem que usem nas suas linhas de produção  tecnologias da Indústria 4.0 – conjunto de ferramentas voltadas para automação industrial associada à digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas. Essas tecnologias é que permitirão a adoção da internet das coisas, nova revolução tecnológica que conectará itens usados no dia a dia à rede mundial de computadores.

“São três os principais gargalos para a implantação da Indústria 4.0 no país hoje: a falta de conhecimento dos empresários, o elevado custo de implementação e fatores técnicos, como ausência de mão de obra especializada”, explicou Dantas, na Conferência de Inovação da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que está sendo realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná.

De acordo com Dantas, o financiamento é de um ganho de, no mínimo, 20% na produtividade das empresas beneficiárias. Dantas destacou que os desafios em inovação são crescentes no país. Entre os exemplos de tecnologia que podem ser adotados, ele citou a possibilidade de rastrear uma garrafa de bebida alcoólica pelo fornecedor. A tecnologia permitirá identificar quando a garrafa foi aberta, quanto ainda tem de líquido no recipiente e em que localidade há maior consumo da bebida. Dessa forma, a empresa poderá fazer um levantamento mais apurado sobre o índice de consumo do produto.

Câmara Brasileira da Indústria 4.0

A linha de crédito foi elaborada pela Finep em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

De acordo com governo federal, é a primeira iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, formada por mais de 30 entidades representativas do governo, empresas e academia. Entre as atividades do colegiado, também está a viabilização da construção da estrutura de 5G no Brasil.

*A repórter viajou a convite da Anpei

Quase 1 milhão fazem 2ª fase da Olimpíada de Matemática amanhã

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Cerca de 1 milhão de alunos de escolas públicas e privadas de todo o Brasil farão amanhã (28) a prova da segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O início da aplicação será às 14h30, no horário de Brasília.
Nesta fase, os estudantes que se classificaram na primeira fase da competição responderão a seis questões discursivas. Ao todo, terão 3 horas para respondê-las. Os alunos que fazem a prova em braille, a prova ampliada ou que precisem de acompanhante terão até 4 horas de prova.
Esta é a 15ª edição da Olimpíada, que tem como tema os povos indígenas. O exame, este ano, bateu recorde, foram, de acordo com a organização, 54.830 escolas inscritas, distribuídas em 99,71% dos municípios brasileiros. Na primeira fase, a Obmep 2019 contou com a inscrição de 18,1 milhões de estudantes de 54.831 escolas públicas e privadas.
Os estudantes podem verificar onde será aplicada a prova na página da Obmep. [LINK: http://www.obmep.org.br/mapa_2afase.htm]
A Obmep é voltada para estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e premia separadamente alunos de escolas públicas e privadas. Estudantes de escolas públicas receberão 6.500 medalhas, sendo 500 de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil, de bronze, além de 46,2 mil certificados de menção honrosa. Já os alunos de escolas particulares receberão 975 medalhas, sendo 75 ouros, 225 pratas e 675 bronzes, além de  5,7 mil certificados de menção honrosa.
A Olimpíada é realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A Sociedade Brasileira de Matemática apoia a competição. A divulgação dos vencedores está prevista para 3 de dezembro, segundo o Impa.

PF combate grupo criminoso que planejava mortes de policiais

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Um grupo criminoso que, além de traficar drogas e armas, tinha um setor responsável por planejar mortes de policiais, agentes penitenciários e integrantes de facções inimigas foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). A quadrilha agia na região de Tocantina, no estado do Maranhão.

As investigações da Operação Letum partiram da apuração de um assassinato em junho, que levaram à identificação de um braço da organização criminosa responsável por eliminar rivais. Os investigadores identificaram aproximadamente 20 casos de homicídios cometidos pelo grupo.

Cerca de 100 policiais federais cumpriram 30 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nas cidades de São Luís, Vitória do Mearim e Imperatriz, no Maranhão; Palmas, no Tocantins; e Dourados e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. As ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Criminal da capital maranhense.

Segundo a PF, o nome da operação, Letum, faz referência à personificação da morte na mitologia romana.

CI analisa projeto que permite à iniciativa privada a construção de ferrovias

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A Comissão de Infraestrutura (CI) analisa, na próxima terça-feira (1º), sete itens da pauta. Entre eles, o PLS 261/2018, que permite à iniciativa privada a construção e a operação de suas próprias ferrovias, como atividade econômica. O projeto já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas ainda não tem o relatório na CI.

De autoria do senador José Serra (PSDB-SP), o projeto estabelece que as autorizações não terão vigência predefinida, sendo extintas somente por cassação, caducidade, decaimento, renúncia, anulação ou falência. Essa possibilidade de negócio será feita em regime de direito privado e realizada mediante autorização, precedida de chamada e anúncio públicos. O relator da proposta na CI é o senador Jean Paul Prates (PT-RN). Se for aprovado na CI, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Segurança no trânsito das cidades

Outra proposta que está na pauta é o PLS 702/2015, que determina a separação das rodovias federais em relação às vias locais urbanas. O projeto já havia sido aprovado na CI em 2017, mas como foi na forma de um substitutivo, ainda precisa passar por um turno suplementar. Durante o tempo em que ficou esperando entrar em pauta, sofreu três emendas. O novo relatório, do senador Lasier Martins (Podemos-RS), é pelo acolhimento de apenas uma emenda, feita pelo ex-senador Valdir Raupp.

O projeto evita que vias de trânsito rápido sejam implantadas em conflito com rodovias já existentes, algo que ocorre em muitos planos municipais. Um dos artigos prevê que o tráfego de loteamentos deverá ser projetado de forma que a conexão com as rodovias e vias de trânsito rápido seja feito necessariamente por vias coletoras. Na emenda, o senador propõe redação para afastar a dúvida de que tipo de via poderia conectar o loteamento urbano às vias de trânsito rápido e rodovias. A redação substitui o termo “vias de tráfego rápido” por “vias de trânsito rápido”.

A CI se reúne às 11h, no plenário 13 da ala Senador Alexandre Costa.


Source: Senado

Confúcio Moura pede ao governo que não acabe com escola integral no Brasil

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O senador Confúcio Moura (MDB-RO) ressaltou nesta sexta-feira (27), em Plenário, que é vergonhoso ainda discutir educação integral no Brasil. Ele lembrou que desde de 1930, Anísio Teixeira, que foi reitor da Universidade de Brasília, criou as escolas integrais, as escolas-classe da Bahia — que, na opinião do senador, diminuiu o analfabetismo no estado naquela época. Ele destacou que no Brasil existe o “efeito sanfona”. Para o senador, há uma polarização das disputas eleitorais, “o que um faz, o outro desfaz”.  Confúcio Moura aproveitou para fazer um apelo ao governo federal para que não acabe com as escolas integrais no país.

— O Brasil é craque em desfazer. Então, um faz…. quando outro entra, fala que você fez tudo errado, desfaz e não respeita o dinheiro público, não respeita nada, não respeita as boas iniciativas. Eu gostaria muito que o Ministro da Educação e o governo Bolsonaro não destruíssem as escolas integrais, que são um pouco mais caras — e têm que ser mais caras —, mas ainda são muito baratas; que não acabassem com esse programa e, inclusive, o ampliassem — apelou o parlamentar.

Confúcio Moura destacou o estado do Ceará como referência em escolas integrais. Ele citou a cidade de Sobral, como exemplo. Para ele, a continuidade dos bons projetos, pelo atual gestor, é de suma importância.

— É um estouro de felicidade, de referência para o Brasil o município Sobral. O estado do Ceará desponta pela conectividade, isto é, cada governante respeitou o outro e passou a bola para frente. Ninguém desfez o passado — ressaltou.


Source: Senado

Lei de Regularização Fundiária precisa de condições para ser aplicada, diz Izalci

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O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu nesta sexta-feira (27) em Plenário uma plataforma unificada de dados que facilite a regularização fundiária no Brasil. De acordo com o parlamentar, apesar da existência de uma lei específica para regular o tema (Lei 13.465, de 2017), a maioria dos municípios brasileiros enfrenta dificuldades para colocá-la em prática, por falta de condições e de pessoal qualificado. Izalci pediu apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a plataforma de compartilhamento de dados.

O parlamentar sugeriu a realização de uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), realizada na última quarta-feira (25). Participaram do debate representantes do Ministério da Economia, da Casa Civil, do BNDES e integrantes da própria CDR. De acordo com o Izalci Lucas, a falta de regulação nas propriedades rurais traz muitos prejuízos, como a dificuldade de acesso ao crédito. Sem a escritura, que é uma garantia, os produtores não conseguem financiamento bancário para fomentar seus empreendimentos.

— O nosso objetivo é proporcionar que qualquer município do país possa, de fato, aproveitar a lei. Nós fizemos a lei exatamente para isso. Então, alguns estados precisam de condições para dispor da lei. Aqui, no Distrito Federal mesmo, na área rural, ela ainda não foi regularizada, e há aí milhares de pessoas que por anos e anos aguardam pela escritura.


Source: Senado

CDR pode votar distrito industrial para exportação em Foz de Iguaçu

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Proposta para a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Foz do Iguaçu (PR) está na pauta da reunião da próxima quarta-feira (2) na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR). ZPEs são distritos industriais incentivados, onde as empresas operam com suspensão de impostos, liberdade cambial (podem manter no exterior as divisas obtidas com as exportações) e procedimentos administrativos simplificados — com a condição de destinarem a maior parte de sua produção ao mercado externo.

O autor do projeto (PL 2.329/2019), senador Alvaro Dias (Podemos-PR), explicou que Foz do Iguaçu conta com forte atividade industrial, em que despontam os setores de produtos alimentícios, minerais não metálicos, tecidos e calçados, mas ainda carece de incentivos para aproveitar todo o seu potencial econômico. Segundo o parlamentar, a região possui mão de obra qualificada, infraestrutura básica para instalação de novas indústrias e fluxo de matéria-prima e produtos.

O texto recebeu parecer favorável do relator, senador Flávio Arns (Rede-PR), que destaca a localização privilegiada da cidade em relação aos países do Mercosul. “A localização geográfica do município favorece a instalação de uma ZPE, pois Foz do Iguaçu encontra-se a oeste do estado do Paraná, na tríplice fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai”, apontou.

Taquari

Também está na pauta um projeto que estabelece normas para a revitalização da bacia hidrográfica do rio Taquari, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O autor da proposta (PLS 365/2018), o ex-senador Pedro Chaves (MS) menciona que o assoreamento do Taquari constitui a mais grave ameaça econômica e ambiental ao Pantanal Mato-Grossense.

As áreas agrícolas situadas na bacia do Taquari terão prioridade no acesso a recursos para implementação das técnicas previstas no plano setorial de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas na agricultura, sobretudo para recuperação de pastagens degradadas na região do Alto Taquari. Relator do projeto, o senador Otto Alencar (PSD-BA) acolheu emenda que, segundo ele, vai ajudar a fomentar a adoção de práticas do Plano Agricultura de Baixo Carbono na bacia do Rio Taquari.


Source: Senado

Paim defende educação e políticas públicas para combater extrema pobreza

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O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta sexta-feira (27), em Plenário, que para tirar os mais de 13 milhões de brasileiros que vivem na extrema pobreza — ou seja, com menos de R$ 90 ao mês — é preciso investir em educação e adotar políticas que garantam direitos sociais e trabalhistas.

De acordo com o cadastro único do governo Federal, a região Nordeste é a que apresenta os piores índices. Mas foi no estado de São Paulo onde a extrema pobreza mais cresceu nos últimos sete anos: 40%. De 2018 para 2019, o índice de aumento da extrema pobreza foi maior em Roraima, com 10,5%; e no Rio de Janeiro, com 10,4%, enquanto a média nacional foi de 4,4%, disse Paulo Paim.

— Esses brasileiros e brasileiras — eu estou me referindo a mais de 13 milhões de pessoas — não têm acesso à moradia, à saúde, à educação, à previdência, não possuem emprego. Eles comem quando tem alguma coisa para mastigar, dia sim, dia não, do vizinho que ajuda, do parente solidário, muita coisa pegam no lixo, comem sobras de restaurantes — comentou.

O senador Paulo Paim lamentou, ainda, que muitas pessoas que vivem hoje em extrema pobreza trabalharam, por anos, com carteira assinada, e, atualmente, não contam com qualquer benefício.


Source: Senado

STJ comemora programa de inclusão de surdos e destaca parceria com o Senado

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reuniu nesta terça-feira (26), Dia Nacional do Surdo, dezenas de colaboradores com essa deficiência para homenageá-los. Uma menção especial foi dirigida ao Senado, que estabeleceu parceria com esses trabalhadores a fim de validar filmes curtos e didáticos feitos com o uso de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) sobre o processo legislativo. Esses pequenos tutoriais foram desenvolvidos pela página do portal e-Cidadania, com apoio da TV Senado.

O STJ iniciou há 10 anos um projeto de contratação de 500 deficientes auditivos para promover o escaneamento do acervo. A iniciativa permitiu a digitalização de 374 milhões de páginas de mais de 1 milhão de processos, ao mesmo tempo em que ofereceu emprego para centenas de pessoas. Atualmente, a equipe de colaboradores surdos é composta por 150 pessoas, que trabalham em regime de seis horas de trabalho, em dois turnos.

— O tribunal prova, na prática, que é possível promover a inclusão social com ganhos para todos, a organização e os surdos. As pessoas só querem oportunidade para trabalhar — afirmou a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que é médica e tem projetos voltados para pessoas com deficiência.

Conforme a presidente da Comissão Multidisciplinar de Acessibilidade e Inclusão do tribunal, ministra Nancy Andrighi, a administração pública precisa se empenhar mais a fim de dar às pessoas com deficiência condições para que tenham uma vida plena e autônoma.

— Ouvir os pais contando como o trabalho no STJ transformou a vida do filho, antes limitada e sem expectativas e agora com alegria e esperança, é algo inestimável e recompensador — afirmou.

A ministra mencionou a parceria com o Senado, que abriu mais portas para os surdos terceirizados que atuam no STJ.  Esses trabalhadores foram convidados, em 2017, a analisarem os filmes tutoriais que estavam sendo desenvolvidos no âmbito do e-Cidadania. O objetivo desses filmes era incentivar surdos a encaminharem ideias legislativas.

— Como eu havia trabalhado com os surdos no STJ anteriormente, resolvi convidar o pessoal para ajudar na validação dos tutoriais. O retorno foi muito positivo, em uma parceria benéfica para todos os participantes — relatou Alisson de Queiroz, coordenador de Apoio ao Programa e-Cidadania.

Boas práticas de inclusão e acessibilidade fazem parte das diretrizes de gestão do Senado, como acentuou Karin Kassmayer, coordenadora do Núcleo de Ações Socioambientais (NCas).

— Estamos em um processo de aprimoramento de recepcionistas, para que o atendimento ao visitante também seja realizado em Libras — declarou Karin Kassmayer, ressaltando que o Senado já conta com disponibilidade de intérpretes da linguagem de sinais em todos os eventos.


Source: Senado

Para debatedores, Brasil tem cumprido meta para reduzir emissão de carbono

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Especialistas reunidos na Comissão de Meio Ambiente (CMA), nesta quinta-feira (26), para debater o alcance da Política Nacional de Mudança Climática (PMNC) afirmaram que o desmatamento no Brasil teve forte redução de 2005 a 2012 e permanece mais ou menos estagnado desde então.

De acordo com Fábio Marques, representante da empresa Plantar Carbon, no Brasil as pessoas tendem a enxergar o passivo de emissões de carbono sem olhar para os ativos, que são muito bons na opinião dele. Nessa linha, o país além de estar reduzindo a emissão, está usando outras formas de energia limpas e as áreas desmatadas são recompostas.

— O desmatamento vem reduzindo, então a conta de emissão e de remoção de gás carbônico quase fecha, o que não ocorria antes de 2009 — explicou.

O engenheiro químico Ricardo Esparta, da Ecopart Assessoria, não só concorda com os dados de Marques, como vai além dizendo que queimada na Amazônia não é algo natural. Prova disso seria que há plano setorial de controle de desmatamento e de queimadas no Cerrado, enquanto na Amazônia ele é apenas de desmatamento.

— Não existe plano setorial de queimadas na Amazônia porque queimada na Amazônia não é algo natural. Não existe queimada natural na Amazônia. Ela só pega fogo se cortarem árvores e forem deixadas para secar.

Os dois avaliaram na comissão a Política Nacional de Mudança Climática (Lei 12.187, de 2009), que veio para cumprir as metas ambientais do Acordo de Paris: a redução de até 39% nas emissões de gases de efeito estufa pelo Brasil até 2020. A PNMC é composta por diversos planos focalizados regionalmente (Amazônia, Cerrado) ou por setores econômicos (agricultura, indústria, mineração, energia).

Os planos visam atender metas gradativas de redução de emissões antrópicas quantificáveis e verificáveis, considerando diversos setores, como geração e distribuição de energia elétrica, transporte público urbano, indústria, serviços de saúde e agropecuária, considerando as especificidades de cada setor.

Esparta explicou quem ao ser desenhada, em 2009, a PNMC tinha como premissa o crescimento da economia de 5% ao ano. Se esse crescimento tivesse se confirmado, o Brasil estaria emitindo mais gás carbônico e a expectativa era ter ações setoriais para reduzir em cerca de 37,5% as emissões de gás carbônico.

Mas o país não cresceu nessa proporção e as metas climáticas foram facilmente cumpridas. Ou seja, além de reduzir o desmatamento — grande responsável pela emissão de carbono no Brasil — o país passou pela desaceleração da economia, já que as crises econômicas freiam as indústrias e puxam para baixo o consumo de energia.

— A realidade, por causa dos problemas econômicos, foi inferior ao consumo previsto nos planos setoriais. Os planos se reajustam com a realidade.

Esparta, contudo, contesta o pensamento inverso: de que quanto mais cresce a economia, necessariamente aumenta a emissão de poluentes. Ele mostrou um gráfico que relaciona o PIB de 2007-2015 às emissões de carbono.

— Conseguimos reduzir as emissões em 40%, mesmo crescendo — frisou o consultor da Ecopart. A empresa executa projetos sobre a mudança do clima de desenvolvimento limpo do protocolo de Kyoto.

Sobre a PNMC, ele disse ainda que o problema foi o estabelecimento de uma meta mais do que a preocupação com a real transição para uma economia de baixo carbono e menos dependente de combustíveis fósseis.

— A energia eólica era uma das mais caras no início dos anos 2000 e hoje é uma das mais baratas, assim como a solar fotovoltaica, ou seja, isso hoje se torna mais economicamente atraente.

Plano ABC

Um dos planos setoriais é o de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, conhecido como Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). Na audiência pública, ele foi avaliado pelo engenheiro florestal e coordenador do Portfólio de Pesquisa em Mudanças Climáticas da Embrapa de Campinas, Giampaolo Queiroz Pellegrino.

— Na avaliação do cumprimento do Plano ABC, estamos relativamente com a meta cumprida, embora algumas vertentes estejam aquém ou além do proposto. O que interessa é saber para onde vamos a partir disso.

O pesquisador defendeu que a lógica das políticas de baixa emissão de carbono precisa permear todas as políticas ligadas à agricultura. Também explicou que não se convence o setor agrícola de fazer uma produção de baixo carbono por si só.

— Mostramos que o melhor modelo é aquele que reduz déficit hídrico enquanto aumenta a produtividade, a eficiência técnica e econômica; aquele que diversifica a produção e usa insumos alternativos. E por trás disso, estamos levando a lógica do modelo de redução de carbono.

Pellegrino avaliou que é preciso melhorar a sustentabilidade, o fator econômico e ter como monitorar e mensurar essas duas vertentes no Plano ABC.

Na audiência, o representante da Plantar Carbon concordou que trazer esse modelo de baixa emissão aliado ao fator financeiro é um grande acerto. Fábio Marques comentou que no ano passado o mercado de carbono movimentou algo em torno de US$ 82 bilhões e sua grande vantagem é ter a precificação como uma variável global.

— Não importa onde se emite o carbono. O efeito para o clima é o mesmo. Isso é diferente de alguns outros temas, como água e biodiversidade, que podem ter um impacto mais local.

Ele destacou ser possível integrar o mercado de carbono com outros instrumentos financeiros. Como exemplo, ele citou a securitização de recebíveis lastreada em carbono.

— O banco que nos comprou os créditos, aceitou que se fizesse um empréstimo com a garantia do crédito de carbono no negócio, pagos pelo Banco Mundial. Isso reduziu o spread bancário. É um mecanismo inovador que permitiu a antecipação dos recursos e começou a ser feito há mais de dez anos.

O debate foi solicitado pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Carlos Viana (PSD-MG) e Eliziane Gama (Cidadania-MA); e faz parte do plano de trabalho da CMA para monitorar, ao longo do ano, a execução da política sobre mudança climática.


Source: Senado

Especialistas defendem uso de tecnologia em favor da qualidade de vida dos idosos

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A Subcomissão Permanente de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa discutiu nesta quinta-feira (26) a gerontecnologia, área de conhecimento multidisciplinar que trata do desenvolvimento de estudos e pesquisas para contribuir para a longevidade e qualidade de vida da população idosa. Por meio de inovações tecnológicas, a gerontecnologia permite mais independência e autonomia para os idosos. A reunião foi uma iniciativa do senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Uma das convidadas para a audiência pública, Carla Santana, presidente da Sociedade Brasileira de Gerontecnologia, afirmou que o Brasil passa por uma mudança demográfica significativa, com crescente número de idosos, e com isso há demandas específicas para essa parcela da população.

— É um convite a gente pensar que o processo de envelhecimento é real, é concreto, e vai impactar todos os mercados. É importante pensar que o impacto é na indústria, no setor de hospedagem, indústria alimentícia, seguros, robótica, saúde. No exterior todos esses mercados já estão se adaptando ao envelhecimento humano e acho que, no Brasil, ele é um nicho importante para ser ampliado no âmbito das suas oportunidades de desenvolvimento de produtos, serviços e conhecimento de uma forma mais ampla — defendeu.

Já o secretário Nacional de Promoção e Defesa da Pessoa Idosa do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Antonio Costa, destacou o Programa Viver, do governo federal, que tem por objetivo potencializar as habilidades necessárias da pessoa idosa para um envelhecimento ativo e saudável por meio de quatro campos de ação: tecnologia, educação, saúde e mobilidade física.

— A nossa secretaria faz a doação de uma rede de computadores e nós trabalhamos inicialmente em quatro eixos, que é o eixo da inclusão digital, a introdução ao celular, a introdução ao smartphone, aos aplicativos que são necessários para que esses idosos tenham oportunidade de serem inseridos no mundo digital — afirmou Costa.

Tecnologias assistivas

O senador Eduardo Gomes aproveitou a presença do representante do Ministério para pedir um roteiro dos programas do governo que tratem de tecnologias assistivas para que possam receber recursos de emendas parlamentares na proposta de Lei Orçamentária de 2020.

A audiência pública faz parte das atividades propostas pelo plano de trabalho da subcomissão, criada em maio deste ano para promoção e defesa dos direitos e da inclusão da pessoa idosa, além de fiscalizar e acompanhar programas governamentais.

Da Rádio Senado


Source: Senado

Maioria dos brasileiros apoia distribuição pelo SUS de remédios feitos de cannabis

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A maioria dos brasileiros (79%) acham que medicamentos feitos a partir da planta da maconha devem ser distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o que aponta pesquisa divulgada esta semana pelo DataSenado. Ainda de acordo com o levantamento, 75% das pessoas entrevistadas são a favor de que que indústrias farmacêuticas sejam autorizadas a produzir remédios à base da erva.

A pesquisa foi feita pelo DataSenado entre 14 e 27 de junho para ouvir os brasileiros sobre a legalização do uso medicinal da cannabis, gênero de plantas que inclui a maconha. Foram entrevistadas 2.400 pessoas de todas as unidades da Federação, por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais com nível de confiança de 95%.

Apesar do alto índice de brasileiros a favor da produção e da distribuição de remédios à base de cannabis, a maioria (64%) é contra o cultivo da planta na casa dos pacientes em tratamento médico com substâncias derivadas da maconha. O número é mais que o dobro dos que concordam com o plantio (31%). Para 90% dos entrevistados, esse cultivo deve ser fiscalizado pelas autoridades.

A pesquisa também mostrou que a grande maioria dos entrevistados (87%) declara saber que substâncias retiradas da planta da maconha podem ser usadas para tratar doenças. Entre essas pessoas, 41% conseguem mencionar doenças que poderiam ser tratadas pela cannabis, como epilepsia e câncer, as duas mais lembradas. Apenas 9% declararam conhecer alguém que tenha feito uso medicinal dessas substâncias.

Ao divulgar a pesquisa do DataSenado pelo Twitter, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirmou que o governo precisa ouvir a sociedade, já que três em cada quatro brasileiros apoiam a cannabis medicinal. “Falamos de saúde pública. Até quando vamos negligenciar as tantas vidas que dependem de um remédio?”, questionou.

Recorte

O conhecimento sobre a possibilidade de uso da cannabis em tratamentos de saúde é menor entre os mais velhos, acima de 60 anos (83%), entre os evangélicos (81%), entre as pessoas com renda de até dois salários mínimos (83%) e entre pessoas com escolaridade mais baixa, até o ensino fundamental (81%).

No recorte religioso, os evangélicos têm o menor índice de aprovação à autorização para que indústrias farmacêuticas possam produzir medicamentos à base da planta da maconha. A aprovação nesse grupo é de 67%, contra 75% entre católicos, 80% entre fiéis de outras religiões e 91% entre pessoas sem religião. A aprovação também é mais baixa quanto menor é a escolaridade dos entrevistados.

Projeto

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quinta-feira (26) uma sugestão legislativa (SUG 6/2016) que estabelece regras para fiscalização e tributação da maconha medicinal. Com a decisão, a matéria sugerida pela Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos (Reduc) passa a tramitar como projeto de lei. A Mesa do Senado vai definir o número do projeto e por quais comissões será analisado.


Source: Senado